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Universidade Federal da Bahia - UFBA

Instituto Multidisciplinar em Saúde - Campus Anísio Teixeira


Curso: Psicologia - Componente Curricular: IMS 237 – Psicologia Social I
Professor: Kueyla de Andrade Bitencourt
Aluno: Jornelino Amaral Ferreira

A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA E A CIÊNCIA DA PSICOLOGIA


Maria Luiza Marques Cardoso
Introdução (pp. 1-2)
O trabalho da autora mostra o tempo de existência e regulamentação da
psicologia. Comenta sobre a formação de profissionais, a partir de uma visão
individualista, os quais se mantem a serviço das ideologias dominantes. Ela
pretende discutir a necessidade de instituir uma psicologia que não apenas
considere o sujeito individualmente, mas também todos os ângulos sociais que o
atravessam.
Pressupostos históricos para o surgimento da psicologia científica (pp. 2-
11)
De maneira panorâmica a autora mostra que a psicologia cientifica tem
suas raízes no transcurso da Modernidade. Para tanto faz um levantamento
histórico apontando algumas mudanças em diversas áreas do saber e dos
relacionamentos humanos, ocorridas desde o período medieval até Modernidade
e durante a Modernidade, que desaguaram em um novo conceito de homem e de
mundo. Aborda a constituição do Sujeito Moderno, relatando que depois destas
mudanças o homem passa a ser visto somo ser individual; atendendo assim o
capitalismo, que precisava do individuo como ser produtivo e consumidor. Tudo
que perpassa o ser humano passa a seguir esta lógica. Segundo a autora, no
rastro da privatização social, surge a privatização subjetiva, então se desenvolve
a noção do mundo interno; não obstante, os seres humanos serem todos iguais e
poderem desenvolver suas potencialidades. É para dar contas dos fracassos
desse projeto que a psicologia surge.
O Surgimento da psicologia científica (pp. 12-15)
Para a autora, durante o transcurso da Modernidade a psicologia se
desvincula da filosofia, no trato das questões existências do homem e passa a
buscar respostas na ciência. A verdade cientifica absoluta é criticada e a
epistemologia do final do século XIX e inicio do século XX rompe com o período
anterior. A subjetividade característica da modernidade vai abrigar suas teorias
dentro da recém-surgida psicologia.
Segundo a autora, a psicologia cientifica surge com a fundação em 1879, de
um laboratório experimental pelo alemão W. Wundt (1832-1920). Ele da inicio a
psicologia experimental, adota a introspecção como método, que falha. Propõe
então a psicologia social que adotaria o uso das comparações entre as culturas. No
entanto a psicologia cientifica não rompe com o sistema dominante, antes o
referenda.
A autora aponta que, após o surgimento da dicotomia teoria x pratica, os
problemas da psicologia são direcionados à má aplicação de suas teorias; contudo

para ela essa separação não faz sentido. Ainda segundo a autora , durante sua
história a psicologia tem se voltado para discussões secundárias, já que tratar de
questões relevantes exporia o seu envolvimento com a lógica da Modernidade.
Então lhe restou integrar o indivíduo neste contexto capitalista, desenvolvendo para
tanto teorias e técnicas; sendo assim considera apenas a subjetividade e os desejos
do sujeito, sem levar em conta a relação deste com a ordem social vigente e assim
retira da discussão as questões sociais.
Formação dos psicólogos (pp. 28-31)
De acordo com o trabalho, o psicólogo sai de nossas universidades
prioritariamente, preocupado com as teorias e técnicas para atuar em um mercado
que atende aos interesses dominantes. Os estudantes são enformados, isto é,
colocados numa forma que atende tal interesse, não desenvolvendo portanto, a
crítica e a analise.
Considerações finais (pp. 31-32)
Para a autora, em seu trabalho, outros temas poderiam ser tratados e os que
aqui estão, carecem de mais aprofundamento isto porque o presente pretendeu não
fazer conclusões e sim levantar questões e problematizá-las.

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