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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO


CAMPUS DE TANGARÁ DA SERRA- MT

Matemática Financeira
Notas de Aula Ciências Contábeis
Eugênio Carlos Stieler
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Matemática Financeira Pág.2

Sumário

PROGRAMA DA DISCIPLINA ...................................................................................................... 5


MATEMÁTICA FINANCEIRA ....................................................................................................... 6
1. CONCEITOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA ............................................................... 6
1.1. DEFINIÇÃO DE TAXA DE JUROS ......................................................................................... 6
1.2. O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO .................................................................................... 6
1.3. DIAGRAMA DOS FLUXOS DE CAIXA ..................................................................................... 7
2. TIPOS DE FORMAÇÃO DE JUROS ................................................................................ 8
2.1. JUROS SIMPLES .............................................................................................................. 8
2.2. ATIVIDADES PROPOSTAS ................................................................................................ 10
2.3. CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA ............................................................................................ 12
2.4. TAXAS DE JUROS NOMINAIS E EFETIVAS .......................................................................... 14
2.5. EQUIVALÊNCIA DE TAXAS ............................................................................................... 15
2.5.1. ATIVIDADES ................................................................................................................. 16
3. DESCONTOS ............................................................................................................... 18
3.1. CONCEITO .................................................................................................................... 18
3.2. DESCONTO S IMPLES (OU B ANCÁRIO OU COMERCIAL) ....................................................... 18
3.3. DESCONTO COMERCIAL PARA UMA SÉRIE DE TÍTULOS DE MESMO VALOR .............................. 19
3.4. ATIVIDADES PROPOSTAS ................................................................................................ 22
4. SÉRIE DE PAGAMENTOS............................................................................................. 24
4.1. NOÇÕES SOBRE FLUXO DE CAIXA .................................................................................... 24
4.2. SÉRIES DE PAGAMENTOS IGUAIS COM TERMOS VENCIDOS .................................................. 25
4.2.1. FATOR DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL (FAC) ...................................................................... 25
4.2.2. FATOR DE FORMAÇÃO DE CAPITAL (FFC) .......................................................................... 26
4.2.3. FATOR DE VALOR ATUAL (FVA) ....................................................................................... 27
4.3. FATOR RECUPERAÇÃO DE CAPITAL ................................................................................... 28
4.3.1. QUANDO O PRAZO NÃO É CONHECIDO.............................................................................. 28
4.4. SÉRIES DE PAGAMENTOS IGUAIS COM TERMOS ANTECIPADOS ............................................. 29
4.4.1. FATOR DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL ............................................................................... 29
4.4.2. FATOR DE VALOR ATUAL ................................................................................................. 30
4.5. PERPETUIDADE ............................................................................................................. 30
4.5.1. ATIVIDADES PROPOSTAS ................................................................................................ 31
5. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO ................................................................................... 35
5.1. SISTEMA DO MONTANTE ................................................................................................ 35
5.2. SISTEMA DE JUROS ANTECIPADOS .................................................................................. 36
5.3. SISTEMA AMERICANO .................................................................................................... 37
5.4. SISTEMA PRICE, FRANCÊS OU DE PRESTAÇÕES CONSTANTES ............................................. 38
5.5. SISTEMA DE AMORTIZAÇÕES CONSTANTES - SAC ............................................................. 39
5.6. SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO - SAM ....................................................................... 41
5.6.1. ATIVIDADES PROPOSTAS ................................................................................................ 42
6. MÉTODO PARA ANÁLISE DE FLUXOS DE CAIXA ....................................................... 43
6.1. TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE ..................................................................................... 43
6.2. VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL .................................................................................. 43
6.3. ATIVIDADES PROPOSTAS ................................................................................................ 45
7. TAXA INTERNA DE RETORNO..................................................................................... 46
APÊNDICE................................................................................................................................. 51
1. PLANILHA ELETRÔNICA ............................................................................................ 51
1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 51
1.2 A PLANILHA BROFFICE CALC. ......................................................................................... 51
1.2.1 BARRA DE MENU .................................................................................................... 51
1.2.2 INSERIR UMA FÓRMULA ........................................................................................... 52
1.2.3 FÓRMULAS MATEMÁTICAS SIMPLES ........................................................................... 52
1.2.4 COMO DIGITAR FÓRMULAS CONTENDO ENDEREÇOS DE CÉLULAS : ................................. 53
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Matemática Financeira Pág.3


1.3 MATEMÁTICA FINANCEIRA NA PLANILHA ............................................................................... 55
1.3.1 COMPREENDENDO O BÁSICO ...................................................................................... 55
1.3.2 POR QUE OS VALORES RETORNADOS SÃO NEGATIVOS? .................................................... 55
1.3.3 ASSEGURANDO QUE SEUS PERCENTUAIS ESTÃO CORRETOS ............................................... 56
1.3.4 ARREDONDANDO PERCENTUAIS E DECIMAIS CORRETAMENTE ....................................... 56
1.3.5 PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CÁLCULO FINANCEIRO ............................................ 57
1.3.6 ATINGIR META ....................................................................................................... 59
1.3.7 ALGUMAS FUNÇÕES FINANCEIRAS POSSÍVEIS DE SE CALCULAR NA PLANILHA .................. 59
A) EFETIVA_ADD ............................................................................................................ 59
B) NOMINAL ................................................................................................................... 60
C) VF ............................................................................................................................... 60
D) VP .............................................................................................................................. 61
E) NPER .......................................................................................................................... 61
F) PGTO.......................................................................................................................... 62
G) PPGTO ....................................................................................................................... 62
H) TAXA .......................................................................................................................... 62
I) TIR ............................................................................................................................. 63
J) VPL ............................................................................................................................. 63
K) ÉPGTO ....................................................................................................................... 64
L) IPGTO ........................................................................................................................ 64
COMO USAR A CALCULADORA FINANCEIRA HP-12C .............................................................. 66
1.4 DIAGNÓSTICO ............................................................................................................... 66
1.5 PONTO E VÍRGULA DECIMAIS .......................................................................................... 66
1.6 NÚMERO DE CASAS DEPOIS DA VÍRGULA .......................................................................... 66
1.7 TROCA DE SINAL ........................................................................................................... 66
1.8 LÓGICA RPN (REVERSE POLISH NOTATION ) ...................................................................... 66
1.9 CÁLCULO DE EXPRESSÕES .............................................................................................. 67
1.10 ROTAÇÃO DA PILHA ................................................................................................... 67
1.11 TROCA DE X COM Y .................................................................................................... 67
1.12 LIMPEZA DO VISOR .................................................................................................... 67
1.13 ÚLTIMO X ................................................................................................................. 67
1.14 NÚMEROS MUITO GRANDES OU MUITO PEQUENOS ......................................................... 67
1.15 MENSAGENS DE ERRO ................................................................................................. 67
1.16 PERCENTAGENS ......................................................................................................... 68
1.17 FUNÇÕES FINANCEIRAS : FLUXOS CONSTANTES .............................................................. 68
1.18 PAGAMENTO ÚNICO (QUANDO PMT = 0) ..................................................................... 68
1.19 SÉRIES UNIFORMES (QUANDO PMT NÃO É ZERO ) .......................................................... 69
1.20 FUNÇÕES FINANCEIRAS FLUXOS VARIÁVEIS ................................................................... 70
1.21 ADMINISTRAÇÃO DOS DADOS NA MEMÓRIA ................................................................... 71
1.22 O FLAG C .................................................................................................................. 71
1.23 OUTRAS FUNÇÕES DA CALCULADORA ............................................................................ 72
1.24 PROGRAMA DE CONVERSÃO DE TAXAS .......................................................................... 72
1.25 SOFTWARE DE CONVERSÃO AUTOMÁTICA DE TAXAS ....................................................... 72
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PROGRAMA DA DISCIPLINA

EMENTA

Valor do dinheiro no tempo. Capitalização simples. Conceito de juros simples. Capitalização


compostas. Conceito de juros compostos. Taxas equivalentes. Desconto de duplicatas. Taxa de desconto.
Valor de face e valor de mercado . Valor presente e valor futuro de uma série de pagamentos ou
recebimentos. Sistemas de amortização. Valor presente líquido e taxa interna de retorno. Problemas da
TIR. Equivalência de taxas de juros. Períodos de capitalização. Equivalência de fluxos de caixa.
Perpetuidade.

CARGA HORÁRIA TOTAL

60 horas/aula

OBJETIVOS

Proporcionar aos participantes uma sólida base conceitual da matemática financeira, para servir de ponto
de partida para estudos mais avançados em finanças e análise de investimentos.
Oferecer um quadro referencial que permita a imediata aplicação dos conceitos apresentados.
Promover a troca de experiência entre o professor e os participantes, por meio de estudos de casos
práticos.

METODOLOGIA

Aulas expositivas, estudos de casos, uso da planilha eletrônica no laboratório de informática.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A média final da disciplina será composta da seguinte forma: (a) avaliação individual, sob a
forma de prova escritas, (b) trabalhos práticos, individuais ou em grupo, a serem realizados no
laboratório de informática e ou em casa.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

ARRUDA, Sérgio Roberto Matemática Financeira ao alcance de quase todos . São Paulo: 2ª ed.
Sagra, 1996.
ASSAF NETO, A., Matemática Financeira e suas Aplicações , São Paulo, Atlas, 1994.
CRESPO, Antônio Arnot. Matemática Comercial e financeira fácil. São Paulo: Saraiva, 1996.
LAPPONI, J. C., Matemática Financeira Usando o EXCEL, São Paulo, Lapponi Treinamento e Editora,
1995.
MILONE, Giuseppe. Curso de Matemática Financeira . São Paulo: Atlas, 1993.
MORGADO, A. C. de Oliveira; WAGNER, E.; ZANI, S. Cristina. Progressões e Matemática Financeira.
Rio de Janeiro: Wagner, 1993.
SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira – Aplicações à Análise de Investimentos. 2ª
ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
VERAS, Lilia Ladeira. Matemática Financeira. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.
VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Matemática Financeira. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.
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MATEMÁTICA FINANCEIRA

1. CONCEITOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

1.1. DEFINIÇÃO DE TAXA DE JUROS

Uma taxa de juros, ou taxa de crescimento do capital, é a taxa de lucratividade recebida num
investimento. De uma forma geral, é apresentada em bases anuais, podendo também ser utilizada em
bases semestrais, trimestrais, mensais ou diárias, e representa o percentual de ganho realizado na
aplicação do capital em algum empreendimento.
Por exemplo, uma taxa de juros de 12% ao ano indica que para cada unidade monetária
aplicada, um adicional de R$ 0,12 deve ser retornado após um ano, como remuneração pelo uso daquele
capital. (Thuesen, 1977)
A taxa de juros, simbolicamente representada pela letra i, pode ser também apresentada sob a
forma unitária, ou seja, 0,12, que significa que para cada unidade de capital são pagos doze centésimos
de unidades de juros. Esta é a forma utilizada em todas as expressões de cálculo.
A taxa de juros também pode ser definida como a razão entre os juros, cobrável ou pagável, no
fim de um período de tempo e o dinheiro devido no início do período. Usualmente, utiliza-se o conceito
de taxa de juros quando se paga por um empréstimo, e taxa de retorno quando se recebe pelo capital
emprestado.
Portanto, pode-se definir o juro como o preço pago pela utilização temporária do capital alheio,
ou seja, é o aluguel pago pela obtenção de um dinheiro emprestado ou, mais amplamente, é o retorno
obtido pelo investimento produtivo do capital.
Genericamente, todas as formas de remuneração do capital, sejam elas lucros, dividendos ou
quaisquer outras, podem ser considerados como um juro.
Quando uma Instituição Financeira decide emprestar dinheiro, existe, obviamente, uma
expectativa de retorno do capital emprestado acrescido de uma parcela de juro. Além disso, deve-se
considerar embutido na taxa de juros os seguintes fatores: (Thuesen, 1977)

Risco - grau de incerteza de pagamento da dívida, de acordo, por exemplo, com os


antecedentes do cliente e sua saúde financeira;

Custos Administrativos - custos correspondentes aos levantamentos cadastrais, pessoal,


administração e outros;

Lucro - parte compensatória pela não aplicação do capital em outras oportunidades do mercado,
podendo, ainda, ser definido como o ganho líquido efetivo;

Expectativas Inflacionárias - em economias estáveis, com inflação anual baixa, é a parte que
atua como proteção para as possíveis perdas do poder aquisitivo da moeda.

1.2. O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

O conceito do valor do dinheiro no tempo surge da relação entre juro e tempo, porque o dinheiro
pode ser remunerado por certa taxa de juros num investimento, por um período de tempo, sendo
importante o reconhecimento de que uma unidade monetária recebida no futuro não tem o mesmo valor
que uma unidade monetária disponível no presente.
Para que este conceito possa ser compreendido, torna-se necessário a eliminação da idéia de
inflação. Para isso, supõe-se que a inflação tecnicamente atinge todos os preços da mesma forma,
sendo, portanto, anulada no período considerado.
Assim, um dólar hoje vale mais que um dólar amanhã . Analogamente, um real hoje tem
mais valor do que um real no futuro, independentemente da inflação apurada no período.
Esta assertiva decorre de existir no presente a oportunidade de investimento deste dólar ou real
pelo prazo de, por exemplo, 2 anos, que renderá ao final deste período um juro, tendo,
consequentemente, maior valor que este mesmo dólar ou real recebido daqui a 2 anos.
Conclui-se, pelo fato do dinheiro ter um valor no tempo, que a mesma quantia em real ou
dólares, em diferentes épocas, tem outro valor, tão maior quanto à taxa de juros exceda zero. Por outro
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lado, pode-se dizer que este dinheiro varia no tempo em razão do poder de compra de um real ou dólar
ao longo dos anos, dependendo da inflação da economia, como será visto adiante.

1.3. DIAGRAMA DOS FLUXOS DE CAIXA

Para identificação e melhor visualização dos efeitos financeiros das alternativas de investimento,
ou seja, das entradas e saídas de caixa, pode-se utilizar uma representação gráfica denominada
Diagrama dos Fluxos de Caixa .
Este diagrama é traçado a partir de um eixo horizontal que indica a escala dos períodos de
tempo. O número de períodos considerado no diagrama é definido como o horizonte de planejamento
correspondente à alternativa analisada. (Oliveira, 1982) . Cabe ressaltar que é muito importante a
identificação do ponto de vista que está sendo traçado o diagrama de fluxos de caixa. Um diagrama sob
a ótica de uma Instituição Financeira que concede um empréstimo, por exemplo, é diferente do diagrama
sob a ótica do indivíduo beneficiado por tal transação (Thuesen, 1977).

A figura abaixo mostra um exemplo de um diagrama genérico de um fluxo de caixa.

Convencionou-se que os vetores orientados para cima representam os valores positivos de caixa,
ou seja, os benefícios, recebimentos ou receitas. Já os vetores orientados para baixo indicam os valores
negativos, ou seja, os custos, desembolsos ou despesas.

R$ 5.500 R$ 5.000 R$ 4.500 R$ 4.000 R$ 2.000 R$ 4.000

0 1 2 3 ... (n-1) n

Fig. 1 - Representação de um Diagrama de Fluxo de Caixa

No presente trabalho será adotada a notação definida abaixo, em todos os diagramas de fluxo de
caixa estudados:

i - taxa de juros para determinado período, expressa em percentagem e utilizada nos cálculos na
forma unitária.
Ex.: rendimento de dez por cento ao ano i = 0,10 ou 10 % a.a.

n - número de períodos de capitalização.


Ex.: aplicação de um capital por cinco meses n = 5

VP - valor equivalente ao momento presente, denominado de Principal, Valor Presente ou Valor


Atual. Na HP-12C representada por PV.
Ex.: aplicação de R$ 10.000,00 efetuada hoje; VP = 10.000,00.

J - juros produzidos ou pagos numa operação financeira.


Ex.: um capital de R$ 5.000 rendeu R$ 300 ao final de 1 ano; J = 300,00.

VF - valor situado num momento futuro em relação à VP, ou seja, daqui a n períodos, a uma
taxa de juros i, denominado Montante ou Valor Futuro. Na HP-12C representada por FV.

Ex.: uma aplicação de R$ 15.000, feita hoje, corresponderá a R$ 19.000 daqui a n períodos, a
uma taxa de juros i; VF = 19.000.

R - valor de cada parcela periódica de uma série uniforme, podendo ser parcelas anuais,
trimestrais, mensais etc. Na HP-12C representada por PMT.

Ex.: R$ 5.000,00 aplicados mensalmente numa caderneta de poupança produzirão um montante


de R$ 34.000,00 ao fim de n meses; R = 5.000,00

A notação para os elementos da Matemática Financeira varia para cada autor. Desta forma,
não é recomendável a memorização de uma só notação nem sua adoção como padrão. Recomenda-se o
aprendizado dos conceitos fundamentais da Matemática Financeira, independentemente da notação
utilizada, de modo que qualquer problema possa ser resolvido.
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Por convenção, todas as movimentações financeiras, representadas em cada período dos
diagramas de fluxo de caixa, estão ocorrendo no final do período. Por exemplo, um pagamento efetuado
no segundo ano de um diagrama de fluxo de caixa significa que esta saída de dinheiro ocorreu no final
do segundo ano.

2. TIPOS DE FORMAÇÃO DE JUROS

Os juros são formados através do processo denominado regime de capitalização, que pode
ocorrer de modo simples ou composto, conforme apresentado a seguir:

2.1. J UROS SIMPLES

No regime de capitalização a juros simples, somente o capital inicial, também conhecido como
principal VP , rende juros. Assim, o total dos juros J resultante da aplicação de um capital por um
determinado período n, a uma taxa de juros dada, será calculado pela fórmula:

J = VP.i.n (1)

Para fins de cálculo, a taxa de juros deverá estar na mesma unidade de tempo do período de
aplicação, ou seja, para um período em anos, a taxa deverá ser anual.
Logo, pode-se calcular o total conseguido ao final do período, ou seja, o montante, através da
soma do capital inicial aplicado com o juro gerado. O montante pode ser expresso, para este caso, por:
VF = VP + J, originando a fórmula:

VF = VP (1 + i.n) (2)

Nos meios, econômico e financeiro, o emprego de juros simples é pouco frequente. O reinvesti
mento dos juros é prática usual e a sua consideração na consecução de estudos econômico-financeiros
deve ser levada em conta, até mesmo por uma questão de realismo. (Oliveira, 1982) Assim, o presente
texto será desenvolvido consoante os princípios da capitalização a juros compostos, que será visto no
próximo item.

Situação problema:
a. Um capital de $ 10.000,00 foi aplicado por cinco meses, a juros simples. Calcule o valor a ser
resgatado no final deste período à taxa de 4 % a.m.
Dados:
VP = 10.000
n = 5 meses
i = 4% ao mês

b. Um capital de $ 25.000,00, aplicado durante sete meses, rende juros de $7.875,00. Determinar a taxa
mensal correspondente.
Dados:
VP =
J=
n=
i=

c. Uma aplicação de $ 50.000,00 pelo prazo de 180 dias obteve um rendimento de $ 8.250,00. Indaga -
se: Qual a taxa anual correspondente a essa aplicação?

VP =
J=
n=
i=
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d. Sabendo-se que os juros de R$ 6.000,00 foram obtidos com a aplicação de $7.500,00, á taxa de 8%
ao trimestre, pede-se que se calcule o prazo.

Dados:
VP =
J=
¡=
n=

e. Qual o capital que, á taxa de 4% ao mês, rende juros de $ 9.000,00 em um ano?

Dados:
J=
n=
¡=
VP =

f. Um empréstimo de R$ 23.000,00 é liquidado por $ 29.200,00 no final de 152 dias. Calcular a taxa
mensal de juros.

g. Calcular o valor dos juros e do montante de uma aplicação de $ 20.000,00, feita a uma taxa de 4,94%
ao mês, pelo prazo de 76 dias.

h. Calcular o montante da aplicação de um capital de $ 8.000,00, pelo prazo de 12 meses, á taxa de 3%


ao mês.

i. Determinar o valor atual de um título cujo valor de resgate é de $ 60.000,00, sabendo-se que a taxa
de juros é de 5% ao mês e que faltam quatro meses para o seu vencimento.
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Matemática Financeira Pág.10


j. Sabendo-se que certo capital, aplicado durante 10 semestres, á taxa de 36% ao ano rende $
72.000,00 de juros, determinar o montante.

k. Um empréstimo de $ 40.000,00 deverá ser quitado por $ 80.000,00 no final de 12 meses.


Determinar as taxas, mensal e anual cobradas nessa operação.

l. Em que prazo uma aplicação de R$ 35.000,00 pode gerar um montante de R$53.375,00,


considerando-se uma taxa de 30% ao ano?

2.2. ATIVIDADES PROPOSTAS


1. Determinar quanto renderá um capital de $ 60.000,00 aplicado à taxa de 24% ao ano de juro
simples, durante sete meses.
Resposta: $ 8.400,00.

2. Um capital de $ 28.000.00, aplicado durante 8 meses, rendeu juros simples de $ 11.200,00.


Determinar a taxa anual.
Resposta. 60% a.a.

3. Durante 155 dias, certo capital gerou um montante de $ 64.200,00. Sabendo-se que a taxa de juros
simples é de 4% ao mês, determinar o valor do capital aplicado.
Resposta: $ 53.204,42.

4. Qual o valor dos juros simples contidos no montante de $ 100.000.00 resultante da aplicação de
certo capital a taxa de 42% a.a., durante 13 meses?
Resposta. $ 31.271,48.

5. Qual o valor a ser pago, no final de cinco meses e 18 dias, correspondente a um empréstimo de $
125.000,00, sabendo-se que a taxa de juros simples é de 27% ao semestre?
Resposta. $ 156.500,00.

6. Em quanto tempo um capital de $ 800.00 aplicado à taxa de 0,1% ao dia gera um montante de $
1.000,00? (juro simples)
Resposta: 250 dias

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