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Estado Novo (Com exercícios para os Alunos)

A crise do capitalismo em 1929 levou à ascensão de governos autoritários em vários países. O


salazarismo, em Portugal, e o franquismo, na Espanha, inspiraram-se no fascismo italiano e
no nazismo alemão. No Brasil, essa tendência se manifestou no Estado Novo de Vargas.

Resumo
O Estado Novo foi um regime ditatorial imposto por Getúlio Vargas em 1937, a partir de um
golpe de Estado, que teria como objetivo evitar uma possível insurreição comunista. Getúlio
dissolveu o Congresso e impôs uma nova Constituição que dava poderes totais ao presidente
da República, aproximando o regime do fascismo.

Com o apoio de setores conservadores, Getúlio assumiu toda a autoridade sobre a política
interna e externa do país, substituiu os governadores por interventores, estabeleceu a censura
total nos meios de comunicação e criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que
conseguiu, por meio de intensa publicidade, atrair a simpatia das massas para o governo.

Durante o Estado Novo, foi incentivada a criação de novas fábricas e de grandes negócios
imobiliários. Além disso, foram ampliados os direitos dos trabalhadores e das mulheres.
Criaram-se os territórios e declarou-se guerra à Alemanha e à Itália.

O Manifesto dos Mineiros, de 1943, abalou o prestígio de Vargas na consciência liberal do


país. Finalmente, com a derrota mundial do nazifascismo e a retomada do poder pelos regimes
democráticos, depois da Segunda Guerra Mundial, Getúlio foi deposto em outubro de 1945.

A Constituição de 1937
Assim que o Estado Novo foi decretado, em 10 de novembro de 1937, entrou em vigor uma
nova Carta constitucional. Ela assemelhava-se à primeira Constituição brasileira, implantada
no Império em 1824: ambas foram impostas sem discussão prévia no Legislativo.

A Constituição de 1937 foi elaborada pelo intelectual Francisco Campos, que desde o início
da Revolução de 1930 apoiava Getúlio Vargas na tentativa de implementar uma sociedade
mais moderna. Sua admiração pelo fascismo e pelo nazismo era pública. A Constituição
brasileira baseava-se na Constituição polonesa, que deu origem ao termo Polaca, como passou
a ser conhecida mais tarde. Ela refletia, em grande parte, as necessidades políticas de Vargas,
justificando seu viés autoritário.

A organização político-partidária do Estado Novo


Na visão do Estado Novo, para que o presidente da República pudesse garantir a
modernização e a industrialização, era preciso que houvesse “união entre as pessoas”.
Entretanto, os partidos políticos, que incentivavam a “divisão” do povo, dificultavam a
concretização desse ideal.

Como apoio à causa, a Polaca proibiu a formação de organizações político-partidárias, que,


em vez de expressarem o ideal e o desejo de nação, colocavam em risco a sua manutenção.
Percebeu-se aí uma distância entre o autoritarismo de Vargas e o fascismo europeu: Vargas
dispensou o partido político como instrumento de controle, decidindo-se por uma política
mais personalista e populista, enquanto o fascismo optou pela utilização do partido único para
controlar o Estado e a sociedade.
A Constituição eliminou o aspecto federalista da nação – os antigos governadores foram
destituídos e substituídos mais uma vez por interventores federais (pessoas da confiança de
Getúlio) com o intuito de enfraquecer as lideranças políticas estaduais e oligárquicas. Isso
garantiria ao presidente o controle da máquina pública, que se completaria com a criação do
Departamento Administrativo de Serviços Públicos (Dasp), em 1938,

O populismo trabalhista do Estado Novo

Cartaz de propaganda do Estado Novo.

Para dinamizar o Estado e garantir à máquina estatal a mão-de-obra técnica necessária para a
operação e a prestação de serviços à comunidade, foram instituídos os concursos públicos.
Esse ato reforçava o controle de Vargas sobre a sociedade brasileira, dando ao povo a
impressão de que ele era o único responsável pelos benefícios conquistados.

A Constituição de 1937 incorporou toda a legislação trabalhista implantada por Vargas nos


primeiros anos do Governo Provisório. Além disso, reforçou aspectos já estabelecidos, como
a filiação obrigatória dos sindicatos ao governo, que dele se tomavam reféns, deixando de
representar unicamente os interesses da classe trabalhadora. Determinou ainda que o governo
escolhesse os líderes sindicais, que eram chamados de pelegos (em alusão à pele colocada sob
a sela do cavalo para, torná-la mais confortável, uma vez que sua função era impedir o choque
entre empresários e operários).

A Intentona Integralista
O fato de os integralistas terem apoiado o Estado Novo (o Plano Cohen, que criou as
condições para o golpe, foi elaborado pelo integralista Olímpio Mourão Filho) levou-os a
acreditar que Getúlio Vargas os utilizaria como base para o controle da máquina do Estado. O
grupo ambicionava o Ministério da Educação para, através dele, tentar integrar seus valores
aos da sociedade, educando-a desde o berço.
Entretanto, o presidente da República tinha outros planos: a Polaca deixava claro que Vargas
não tinha interesse em dividir o poder com grupo político algum e que os integralistas já
haviam cumprido sua função. A proibição de partidos e agremiações políticas afetava também
a Ação Integralista Brasileira, impedindo-a de se organizar e de se manifestar publicamente.

Plínio Salgado, que, em apoio a Vargas, havia retirado sua candidatura pouco antes do golpe,
sentiu-se traído pelo presidente, mas não esboçou reação mais dura. O problema foi o restante
do grupo integralista, que decidiu combater o governo. Seguindo os passos dos comunistas
que participaram da Intentona Comunista em 1935, os integralistas iniciaram um movimento
– a Intentona Integralista – para depor Vargas e tomar o controle do Estado.

Em maio de 1938, um grupo de integralistas cercou o Palácio da Guanabara, residência oficial


do presidente, e iniciou um tiroteio. Armados, Vargas e seus funcionários resistiram até que
Eurico Gaspar Dutra, então ministro da Guerra, fosse alertado da tentativa de golpe e reunisse
tropas para encerrar o cerco.

Mais tarde, teve início uma violenta perseguição aos integralistas: os líderes do movimento
foram perseguidos e um grande número de camisas-verdes acabou sendo preso. Ao perceber
que o cenário político lhe era desfavorável, Plínio Salgado optou pelo exílio político em
Portugal. Os integralistas, de outro lado, receberam um tratamento bem melhor que os
comunistas em 1935, até porque alguns membros desse grupo e os simpatizantes do fascismo
tinham posições estratégicas no governo.

O Estado Novo e seus mecanismos de controle


Com o fim da crise integralista, Getúlio Vargas começou a se dedicar à construção dos
instrumentos que garantiriam na prática o que a Constituição de 1937 previa em lei. Três
instituições atuaram intensamente durante o Estado Novo, buscando reforçar o controle de
Vargas sobre o Estado e fortalecer sua imagem paternalista de “pai dos pobres”: o Dasp,
o DIP e a Polícia Secreta.

Dasp
O Departamento Administrativo de Serviços Públicos (Dasp) foi o primeiro órgão a ser criado
pelo Estado Novo. Suas principais funções eram organizar e modernizar a burocracia estatal,
que, até a ascensão de Vargas, em 1930, era comandada pelas oligarquias, em uma clara
relação entre clientelismo e nepotismo. A contratação através de concursos públicos, que
havia sido instituída por Getúlio e passado a vigorar, contribuía para o distanciamento entre
essas oligarquias e a administração pública, reduzindo sua influência e, consequentemente,
aumentando a influência do presidente da República.

O Dasp buscava organizar os negócios do Estado e documentar suas funções, o que


legitimava e regularizava sua atuação na sociedade. Nesse contexto, era o responsável pelo
orçamento da União e dos Estados, por vezes substituindo o Legislativo, que havia sido
suspenso por determinação da Carta constitucional.

O Dasp possuía ramificações estaduais, os Daspinhos, que apoiavam os interventores com a


finalidade de aumentar a presença e o poder de Vargas nos Estados. Além disso, tentavam
enfraquecer as oligarquias estaduais, o que ocorria também por causa de sua maior
dependência em relação ao Estado e aos serviços por ele prestados.

DIP
Em 1939, o governo Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que se
tomaria o elemento mais importante do Estado Novo varguista. Sua função era controlar todos
os meios de comunicação, filtrando as notícias e criando um clima favorável ao governo. Para
cumpri-la, obrigou as agências de notícia e os profissionais da imprensa escrita a se
cadastrarem.

Logo após a Revolução de 1930, foram criados órgãos federais para “trabalhar” a imagem do
governo. O DIP, que respondia diretamente à presidência da República, é um aprimoramento
desses órgãos. Por meio da Agência Nacional, o DIP impedia que aspectos negativos do
governo viessem a público. Além disso, dava destaque às obras realizadas pelo Estado Novo e
tentava fortalecer a imagem de Vargas perante a sociedade, enaltecendo as virtudes e a
preocupação do presidente com os trabalhadores. Cerca de 60% das informações veiculadas
pela imprensa “livre” vinham da Agência Nacional, o que mostra o controle exercido pelo
DIP sobre os meios de comunicação.

A principal arma do DIP foi o rádio, essencial em um país de grande massa iletrada como o
Brasil na época. Além de alcançar enormes distâncias, o rádio transmitia mensagens simples,
tocava músicas populares e veiculava programas como A Hora do Brasil (que existe até hoje),
usadas pelo DIP para aproximar o presidente do povo.

A Polícia Secreta
Para completar o aparato estatal-burocrático, o governo varguista criou a Polícia Secreta.
Chefiada pelo fascista Filinto Müller e inspirada na Gestapo (polícia secreta nazista), sua
função era reprimir com violência qualquer indivíduo que se colocasse contra o regime.

De atuação quase sempre associada aos funcionários do DIP, a Polícia Secreta hostilizava os
intelectuais que iam contra o governo e os movimentos políticos (como o ilegal PCB) que
insistiam em operar durante o Estado Novo.

Estado Novo: trabalhismo e subordinação da classe operária


Um dos maiores objetivos de Getúlio Vargas, desde o início de seu governo, sempre foi a
obtenção do apoio da classe trabalhadora urbana. Visando a essa meta, o presidente criou leis
que regulamentavam o trabalho urbano para apaziguar a massa trabalhadora

A exclusão dos trabalhadores rurais não foi um descuido do governo – não lhe interessava
entrar em conflito com a elite oligárquica, que, mesmo enfraquecida, era importante para a
economia nacional. Afinal, apesar do início do processo de industrialização, a maior parte da
pauta de exportações brasileiras era de produtos primários, principalmente café.

As leis trabalhistas criadas durante o Estado Novo foram reunidas em uma única legislação,
a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Inspirada na legislação da Itália fascista de
Benito Mussolini, a Carta del Lavoro (Carta do Trabalho), a CLT aprofundou o sistema de
proteção ao trabalhador, garantindo-lhe segurança e estabilidade no emprego.

Contudo, ela também proibiu manifestações coletivas da classe, que deveria se organizar
em sindicatos e não em partidos (os primeiros eram permitidos pela Polaca, desde que
devidamente registrados no governo; os últimos eram proibidos). Assim, estimulava-se a
participação do trabalhador, que se sentia integrado à sociedade, desde que não opinasse
quanto aos rumos que ela tomaria – tal atribuição era exclusiva do Estado Novo e de seu líder.
A inspiração nazifascista do Estado Novo
Durante o Governo Provisório (1930-1934), a tendência autoritária de Getúlio Vargas já se
revelava:

 na demora em estabelecer uma Constituinte;


 na aproximação com os tenentes, que apoiavam um Estado forte e autoritário;
 na opção pelo trabalhismo e pela retórica nacionalista;
 na criação da Ação Integralista Brasileira (AIB) (1932).

Aos poucos, Vargas aproveitou essa estrutura política para organizar o Estado brasileiro,
dando-lhe características próprias – embora ele tenha se inspirado no modelo fascista, não era
inteiramente totalitário. Entre os pontos do fascismo incorporados por Getúlio Vargas ao
Estado, estavam:

 a centralização do poder;
 a adoração cega ao líder;
 o uso da propaganda para fortalecer os laços entre o governante e a sociedade;
 a educação da juventude para formá-la de acordo com os princípios defendidos pelo
presidente;
 o corporativismo sindical, que atrelava a massa trabalhadora às necessidades do
Estado.

Há, no entanto, pontos em que o Estado varguista se distanciava do fascismo europeu: além
de não ser controlado por um partido único, não havia perseguição do ideal de pureza racial,
já que no Brasil se defendia a miscigenação como elemento unificador. Criou-se inclusive o
Dia da Raça (4 de setembro), dedicado a comemorar a “cordialidade e a tolerância racial”.

Um elemento que comprova a inspiração do fascismo, mas não a sua plena adoção no país, é a
perseguição aos integralistas em 1938, logo após o golpe que deu início ao Estado Novo.

A perseguição antissemita no Estado Novo


Apesar de não ser antissemita, Getúlio Vargas perseguiu judeus de origem alemã, a fim de
agradar ao governo nazista. Uma de suas vítimas foi Olga Benário Prestes, esposa do líder
comunista Luís Carlos Prestes, deportada para a Europa e encaminhada a um campo de
concentração. Olga foi assassinada em uma câmara de gás em 1942.

O ministro brasileiro Oswaldo Aranha impediu a entrada de muitos judeus que tentavam fugir
do nazismo. Alguns navios foram mandados de volta a Alemanha. Havia leis de restrição a
imigrantes refugiados, não apenas judeus, desde 1937, numa demonstração da postura
xenófoba do Estado Novo – mas maquiada pelo ideal de “proteção nacional”.

Vargas: entre os Estados Unidos e a Alemanha


Após a ascensão do Terceiro Reich, em 1932, o governo da Alemanha iniciou um processo de
recuperação econômica, no intuito de retomar seu posto de nação industrializada e sua
liderança no cenário político mundial. Para recobrar sua capacidade industrial, o país
necessitava de matérias-primas; por isso, teve de se voltar para as nações latino-americanas, já
que era limitado por uma série de acordos estabelecidos durante o pós-guerra.
Os alemães, para abordar o governo brasileiro, faziam valer acordos bilaterais e o comércio de
compensação, em que produtos estratégicos eram trocados por outros de interesse mútuo. O
Brasil interessava-se pela tecnologia militar alemã, que, assim como a organização
tecnocrática, era bastante apreciada pelos elementos da alta cúpula das Forças Armadas, como
os generais Góis Monteiro e Gaspar Dutra. O próprio Vargas incentivava tal aproximação,
uma vez que a economia alemã passara a absorver o excedente produzido pelo Brasil e não
encontrava espaço nos mercados norte-americano e britânico, tradicionais parceiros
comerciais brasileiros.

Entretanto, assim como os alemães tinham seus admiradores no governo brasileiro, o governo
norte- -americano contava com a simpatia do ministro das Relações Exteriores, Oswaldo
Aranha. Para ele, o estreitamento das relações econômicas com os Estados Unidos seria mais
vantajoso que os acordos comerciais realizados com a Alemanha. Por isso, o ministro
esforçou-se para que o governo brasileiro fizesse vários acordos comerciais com os norte-
americanos em 1933, 1935 e 1939.

Pode-se compreender a posição dúbia do governo brasileiro, já que ele obtinha de ambas as
nações vantagens econômicas que contribuíam para sua industrialização. Contudo, tal
situação não iria se prolongar. Quando Vargas implantou o Estado Novo, em 1937, as
relações internacionais tomaram-se mais complicadas. Assim, lentamente, o governo
brasileiro foi se distanciando da Alemanha, sua antiga parceira econômica, sobretudo pelo
fato de ela não poder lhe fornecer recursos tecnológicos nem financeiros para a instalação da
indústria de base no país.

O Brasil optou por aproximar-se então dos Estados Unidos, o que foi consolidado com a
Missão Aranha em 1939, mesmo ano em que teria início a Segunda Guerra na Europa. Tal
aproximação foi estreitada entre 1941 e 1942, quando os Estados Unidos entraram na guerra:
como a nação norte-americana necessitava de matérias-primas estratégicas, a serem
fornecidas pelo Brasil, o presidente Franklin Roosevelt decidiu visitar o país em busca do
apoio de seu governo e da sociedade.

O Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial em 1944, foram enviados cerca de 25 mil
soldados, chamados de pracinhas.

As contradições do Estado Novo


Desde o início da Segunda Guerra Mundial existia no Brasil um movimento muito forte,
principalmente nas camadas populares, de negar o nazismo e o fascismo. Havia oposição
entre os que defendiam governos ditatoriais e os que defendiam governos democráticos.

Da mesma forma, a posição internacional do Brasil não guardava relação com a política
interna de Vargas: enquanto a Força Expedicionária Brasileira (FEB) lutava na Europa em
nome da democracia, o país era governado por um regime que limitava as liberdades civis.

Cresce a oposição ao governo Vargas


Manifestações contrárias ao Estado Novo já ocorriam antes mesmo da entrada do Brasil na
Segunda Guerra Mundial e do rompimento com a Alemanha.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), fundada em 1937, organizava movimentos


contrários ao fascismo e favoráveis à entrada do Brasil na guerra ao lado dos Aliados (França,
Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética).
Mesmo depois que Vargas se desvencilhou dos integralistas em 1938, manteve em sua equipe
de governo simpatizantes do fascismo e do nazismo, como Francisco Campos e Filinto
Müller, além dos generais Góis Monteiro e Eurico Gaspar Dutra, cuja admiração pelas Forças
Armadas alemãs era notória.

As manifestações antifascistas foram aproveitadas pelas forças políticas insatisfeitas com os


rumos do governo, que passaram a questionar publicamente o Estado Novo.

O Manifesto dos Mineiros

Em 1943, os políticos mineiros lançaram o Manifesto dos Mineiros, em que exigiam a


imediata redemocratização do país e o restabelecimento da Constituição de 1934. O
documento deixava claro que as elites discordavam dos rumos dados por Vargas à Revolução
de 1930.

Em 1943, Filinto Müller, chefe da polícia secreta, foi demitido pelos abusos cometidos na
repressão a passeatas antivarguistas e antifascistas. Ao mesmo tempo, formou-se a Sociedade
Amigos da América, composta de intelectuais e militares insatisfeitos com o regime.

A Sociedade reforçou o pedido do manifesto e marcou o distanciamento entre Vargas e as


Forças Amadas – que, desde o golpe de 1937, garantiam sua autoridade.

O fim do Estado Novo


O ano de 1944 marcou a rápida desintegração do Estado Novo. No mesmo período, Vargas
perdeu dois importantes aliados: Osvaldo Aranha, então ministro das Relações Exteriores, e
Góis Monteiro, chefe do Estado-Maior do Exército. Isso não só enfraqueceu Vargas como
animou a oposição a se organizar politicamente. Nasceu a União Democrática Nacional
(UDN), fruto da aliança entre as oligarquias antigetulistas e o grande capital que se opunha às
medidas nacionalistas de Vargas e se somava ao coro daqueles que pediam o retomo à ordem
democrática.

Já que não podia impedir a onda democratizante, Getúlio tentou definir seu ritmo. Em
fevereiro de 1945, ele aplicou uma série de decretos que liberalizavam o regime: definiu datas
para a realização de novas eleições e concedeu anistia geral a todos os inimigos políticos,
além de abrir espaço para a ampla organização político-partidária, admitindo até mesmo o
renascimento do Partido Comunista Brasileiro (PCB), sob a liderança de Luís Carlos Prestes.

A tática do presidente Vargas era clara: tirar o controle sobre o processo de redemocratização
da União Democrática Nacional (UDN), fundada em 1945, que tinha sérias críticas ao
governo. Isso o levou a estimular a organização de dois outros partidos: o Partido Social
Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista (PTB).

O primeiro congregava os grupos burocráticos e as oligarquias que haviam prosperado


durante o governo Vargas e que representavam a visão modernizante da classe empresarial
nacionalista. Seu objetivo era manter a ponte política entre Getúlio e as elites privilegiadas
pelos esforços de industrialização por ele realizados. O segundo tinha óbvia ligação com o
trabalhismo, movimento criado e alimentado pelo próprio Vargas. Esse partido representava a
classe trabalhadora e foi por meio dele que Getúlio passou a atuar politicamente.

O queremismo e a destituição de Getúlio Vargas


Insatisfeita com os acontecimentos, a UDN passou a exigir que o presidente da República
fosse destituído e que o Judiciário se tomasse responsável pelo Executivo até que houvesse
novas eleições. O desejo da UDN de destituir Vargas gerou um efeito oposto na sociedade,
fazendo surgir o movimento queremista, assim chamado em referência às palavras de ordem
dos manifestantes: “Queremos Getúlio”, ou “Constituinte com Getúlio”. O movimento era
formado pelos trabalhistas e pelos nacionalistas que apoiavam Vargas, além de contar com a
importante participação do PCB.

O queremismo ganhou as ruas e movimentou a população em prol da participação de Getúlio


Vargas nas eleições seguintes. A oposição a Getúlio também era intensa, sendo favorecida
pela crescente inflação, que minava o poder de compra e parte de sua popularidade na
sociedade.

Então, Vargas cometeu o erro de nomear seu irmão Benjamim Vargas chefe de polícia da
capital, o que foi interpretado pelas forças antigetulistas como a preparação de um novo golpe
de Estado. Eurico Gaspar Dutra foi enviado por Góis Monteiro até o Palácio da Guanabara e
em 29 de outubro de 1945 destituiu Getúlio, que não resistiu.

Getúlio Vargas retomou a São Borja (sua cidade natal no Rio Grande do Sul), onde preparou
sua futura volta ao poder.

Estudo dirigido

1. Explique o que foi o Estado Novo e seus mecanismos de controle.


2. Explique a Revolução constitucionalista.
3. Explique as principais mudanças da Constituição de 1937.
4. Explique o que foi o movimento tenentista, seus objetivos e modo de ação.
5. Explique As contradições do Estado Novo
6. Explique o que foi Manifesto do Mineiros
7. Explique o que foi o DIP e a que interessava a G. Vargas.
8. Explique o texto:Vargas: entre os Estados Unidos e a Alemanha
9. Explique o populismo.

TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS.


Questão 1 – A Revolução de 1930 encerrou o período da nossa história chamado República
Velha e colocou Getúlio Vargas como chefe do governo provisório. Sobre esse momento
histórico, assinale a alternativa correta:

A) Getúlio Vargas assumiu o poder e iniciou a ditadura do Estado Novo.


B) Na área econômica, Getúlio Vargas incentivou a industrialização.
C) Getúlio Vargas fez um plano econômico que resgatou os cafeicultores da crise.
D) No final do governo provisório, Vargas convocou eleições presidenciais diretas.
E) nenhuma resposta

Questão 2 – Em 1934, o Congresso Nacional promulgou uma nova Constituição para o Brasil.
Leia as alternativas e assinale a que corretamente traz alguns itens contidos na nova Carta:
A) Garantia do voto do analfabeto nas eleições diretas.
B) Eleição direta de Getúlio Vargas para presidente.
C) Voto feminino, voto secreto e criação da Justiça Eleitoral.
D) Direitos trabalhistas, voto aberto e eleições indiretas.
E) nenhuma resposta
Questão 03: O Brasil sofreu de forma relativamente forte os efeitos da Crise de 1929 por que:
 A) o governo de Getúlio Vargas promoveu medidas de incentivo econômico, com empréstimos
obtidos no Exterior;
B) o País, não tendo uma economia capitalista desenvolvida, ficou menos sujeito aos efeitos da crise;
C) houve redução do consumo de bens e, com isso foi possível equilibrar as finanças públicas;
D) acordos internacionais, fixando um preço mínimo para o café, facilitaram a retomada da economia;
E) a base da economia eram as exportações de produtos agrícolas, principalmente o café, sem grande
valor agregado.

Questão 04: De uma forma geral as fases da Era Vargas (1930 - 1945) apresentam como traço
marcante:
A) O abandono definitivo da política de proteção ao café.
B) A crescente centralização político-administrativa .
C) Um respeito aos princípios democráticos, em toda sua duração.
D) Um leve "surto industrial", resultante da conjuntura da Grande Guerra (1914 - 1918).
 E) Um caráter extremamente ditatorial, em todas as suas três fases.

Questão 05: A Europa dos anos 30 conheceu os extremismos resultantes do confronto ideológico
entre os totalitarismos de esquerda e de direita. No Brasil
Os representantes de direita (nazi-fascismo), durante o Governo Constitucional da Era Vargas eram:

 A) os aliancistas, reunidos em torno da Aliança Nacional Libertadora;


B) os "camisas-verdes" liderados por Luís Carlos Prestes;
C) os tenentes, que após a Revolução de 1930, tornaram-se defensores do Estado Fascista;
D) os integralistas, sob a liderança de Plínio Salgado, sonhavam com um Estado Totalitário;
E) os getulistas, adeptos de um Estado Forte, sob a liderança de Vargas.

Questão 06 : A política cultural do Estado Novo com relação aos intelectuais caracterizou-se:

A) pela repressão indiscriminada, por serem os intelectuais considerados adversários de regimes


ditatoriais;
B) por um clima de ampla liberdade pois o governo cortejava os intelectuais para obter apoio ao seu
projeto nacional;
C) pela indiferença, pois os intelectuais não tinham expressão e o governo se baseava nas forças
militares;
D) pelo desinteresse com relação aos intelectuais, pois o governo se apoiava nos trabalhadores
sindicalizados;
E ) por uma política seletiva através da qual só os adversários frontais do regime foram reprimidos.

Questão 07: O período entre as duas guerras mundiais (1919 - 1939), foi marcado por:

A) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e


comunismo;
B) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre o fascismo e o
comunismo;
C) estagnação das economias socialista e capitalista e aliança entre os EUA e a URSS para deter o
avanço fascista na Europa;
D) prosperidade das economias capitalista e socialista e aparecimento da guerra fria entre os EUA e a
URSS;
E) a coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo
monopolista.

Questão 08:-A expressão Estado Novo foi empregada para identificar um fato histórico a partir do
momento em que:

A) entrou em vigor a terceira Constituição brasileira, a de 1934;


B) foram reunidos num só os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara;
C) através de um golpe político, em 10 de novembro de 1937 Getúlio Vargas outorgou ao País uma
Carta que lhe conferia plenos poderes;
D) assumiu a Presidência da república, Jânio Quadros;
E) assumiu a Presidência da República, João Goulart.

Questão 09: Durante a vigência do Estado Novo (1937-1945), destaca-se a implantação da legislação
trabalhista. Foram medidas do governo Getúlio Vargas, EXCETO:

A) A redução da jornada de trabalho.


B) A regulamentação do trabalho feminino.
C) A remuneração de férias trabalhistas.
D) A liberdade de organização sindical.
E) A criação dos institutos de aposentadoria. 
.
Questão 10:Assinale a opção correta a respeito do Estado Novo, implantado pela Constituição de
1937. 

A) Comparada à Constituição de 1934, a nova carta apresentava como característica nítida a


descentralização do poder. 
B) O Plano Cohen serviu de pretexto para o reforço do autoritarismo. 
C) A Lei de Segurança Nacional, até hoje vigente, foi proposta após a instauração da nova carta. 
D) Plínio Salgado, líder da Ação Integralista Brasileira, foi um dos grandes beneficiados pelo novo
regime político. 
E) Imediatamente após a implantação do Estado Novo, Getúlio Vargas substituiu todos os
governadores de estado.

Questão 11:-O órgão criado por Vargas, durante o Estado Novo, para cuidar da censura à imprensa e
a propaganda oficial recebeu o nome de
A)-Hora do Brasil.
B)-Departamento de Fiscalização e Censura.
C)- Repórter Esso.
D)- Rádio Nacional.
E) Departamento de Imprensa e Propaganda.

Questão 12 :- “Vargas seria veiculado junto aos jovens e às crianças como um ser superior –
estratégia usada pelas políticas de culto à personalidade. Por isso mesmo, foi durante o Estado Novo
que se construiu definitivamente o mito Vargas, fruto do carisma do presidente, mas também da
eficiente máquina de propaganda existente.”

(D'ARAUJO, Maria Celina. . Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000, p. 36).

Com relação à cultura, à educação e à propaganda no Estado Novo, é correto afirmar que: 

A) a ampla liberdade de imprensa, prevaleceu, desfrutada pelos meios de comunicação. 


B) a ingerência do Estado na cultura ocorreu somente nas comemorações do dia da pátria e do
trabalho. 
C) a interferência do Estado era só na economia, não ocorrendo na política migratória, favorecendo a
entrada especialmente de japoneses e judeus. 
D) a preparação de material de propaganda do governo e a censura de todas as matérias da imprensa
escrita e falada eram realizadas pelo DIP. 
E) a nacionalização da educação não se estendeu a outras áreas da produção cultural, permitindo, com
isso, a multiculturalidade.

Continuando ( se tiver questão repetida fala assim mesmo KKKKK)


Questão 01
EAD / UFPR 2009/2010 - Em 1945 o Estado Novo chegava ao fim. Sobre a derrocada da ditadura
Vargas, é correto afirmar:
a) Devido ao prolongado exercício do poder, a popularidade de Getúlio Vargas estava em baixa,
levando a enormes manifestações de populares e de trabalhadores que pediam sua saída do governo.
b) A crise econômica decorrente da Segunda Guerra Mundial havia legado enorme desemprego,
fechamento de fábricas e estabelecimentos comerciais, bem como a quase interrupção do comércio
exterior, ajudando a erodir a popularidade de Vargas.
c) Os ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), após terem combatido o nazi-
fascismo na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, se mobilizaram maciçamente para exigir o
fim da ditadura Vargas.
d) O processo de destituição de Vargas permitiu que ele e seus aliados formassem novos partidos
políticos que, por sua vez, dominaram a cena política nacional durante quase todo o período de 1945 a
1964.
e) O anseio popular pelas liberdades democráticas e civis inviabilizou a manutenção da legislação
trabalhista e sindical imposta à nação por Vargas.
Questão 02:
Sobre a política trabalhista do Estado Novo é correto afirmar que:
a) autorizava a greve e não se inspirava na Carta Del Lavoro, vigente na Itália fascista.
b) embora sendo reconhecidos os benefícios sociais do salário mínimo, da Justiça do Trabalho e da
CLT, Vargas manipulava as lideranças sindicais e as relações com o Estado eram caracterizadas pelo
paternalismo e pelo intervencionismo.
c) nesse período vigorou um sindicalismo autêntico, livre da figura do “pelego” ou líder sindical
manipulado pelo Estado.
d) a criação do imposto sindical trouxe enormes vantagens sociais, não representando um instrumento
de subordinação ao Estado.
e) Vargas procurou manter uma postura liberal, não interferindo nas relações capital e trabalho.

Questão 03
(Enem/2017) Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda procuraram aperfeiçoar-se na
arte da empolgação e envolvimento das “multidões” através das mensagens políticas. Nesse tipo de
discurso, o significado das palavras importa pouco, pois, como declarou Goebbels, “não falamos para
dizer alguma coisa, mas para obter determinado efeito”. CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação.
In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.

O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo fundamental à
propaganda política, na medida em que visava
a) conquistar o apoio popular na legitimação do novo governo.
b) ampliar o envolvimento das multidões nas decisões políticas.
c) aumentar a oferta de informações públicas para a sociedade civil.
d) estender a participação democrática dos meios de comunicação no Brasil.
e) alargar o entendimento da população sobre as intenções do novo governo.

Questão 04
MACKENZIE 2003 - Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas, em discurso pelo rádio, afirmava:
“A disputa presidencial estava levando o país à desordem. Os comunistas infiltram-se dia a dia nas
instituições nacionais. A nação corre perigo de uma luta de classes e os partidos inquietam nosso
povo.“ As afirmações de Vargas serviram de pretexto para:
a) o Plano Cohen e a implantação do Estado Novo.
b) a eclosão da Revolução Constitucionalista de São Paulo.
c) a Intentona Comunista, liderada por Luís Carlos Prestes.
d) o Queremismo e as pretensões continuístas de Vargas.
e) o golpe militar que depôs Vargas e elegeu o General Dutra.
Questão 05
 IFS 2013- “Imediatamente após o golpe, Vargas dissolveu o Congresso e outorgou uma nova
Constituição centralizadora, que concentrava amplos poderes nas mãos do Executivo. Sua proposta de
organização do Estado tinha pontos em comum com os modelos fascistas europeus em voga nesse
período.”

BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2º ed., São Paulo: Moderna, 2010, volume 3.
p. 99.

Considerando-se o Governo Vargas durante o Estado Novo (1937/1945), é correto afirmar que:
 a) concedeu liberdades individuais e aboliu a pena de morte no Brasil.
b) consolidou uma política agroexportadora da soja para combater a inflação.
c) Reprimiu, violentamente, a Revolução Constitucionalista de São Paulo.
d) instalou no Brasil a Companhia Siderúrgica Nacional e a Companhia Vale do Rio Doce.
e) criou a Petrobrás estabelecendo o monopólio estatal sobre a exploração do petróleo brasileiro.

Questão 06
Assinale a alternativa que contenha as principais características do Estado Novo.
a) Industrialização; valorização do trabalho; criação das leis trabalhistas; censura; difusão da rádio;
ampliação do acesso à educação; controle dos sindicatos.
b) Ruralização; valorização do trabalho; criação das leis trabalhistas; censura; difusão da rádio;
ampliação do acesso à educação; controle dos sindicatos.
c) Industrialização; valorização do trabalho; criação das leis trabalhistas; censura; difusão da televisão;
ampliação do acesso à educação; liberdade dos sindicatos.
d) Industrialização; valorização do trabalho; criação das leis trabalhistas; censura; difusão da rádio;
restrição do acesso à educação; controle dos sindicatos; democracia
e) Todas as resposta estão corretas

Questão 07
CEFET-MG - 2017 - Aquarela do Brasil, Ary Barroso, ano de 1939.
“Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro*
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Brasil!
Pra mim... pra mim...”
(In: GOMES, Ângela de Castro. (Coord.). História do Brasil-Nação (1808-2010): Olhando para dentro (1930-1964). Rio de
Janeiro: Ed. Objetiva, 2013, p. 23. v. 4.)
*Inzoneiro: esperto, manhoso.

Durante o Estado Novo, foi desenvolvido um projeto cultural, voltado para o


a) reforço da identidade nacional, por meio do rádio, da literatura e do cinema.
b) aumento do número de museus, pela incorporação dos teatros e das editoras.
 c) reconhecimento do patrimônio artístico, mediante censura às escolas de samba.
d) avanço da educação local, mediante a proibição de temas históricos nas salas de aula.
e) fortalecimento da cultura dos povos nativos do Brasil

Questão 08
PUCRS 2004- Entre as características da nova ordem política brasileira implantada com o Estado
Novo estava
a) a formação de um governo democrático que fizesse frente à escalada da Ação Integralista Brasileira.
b) a mobilização política do campesinato, para fortalecer as bases de apoio das oligarquias
tradicionais.
c) a participação do Estado na economia, para assegurar a industrialização no contexto internacional,
caracterizado pela ascensão de regimes fortes.
d) a formação de uma aliança da esquerda com os liberais, numa frente única nacionalista.
e) a retirada do apoio brasileiro aos sistemas de acordos interamericanos.

Questão 09
PUCRS 2002- Em 1939, o Estado Novo criou um Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que
estava encarregado de realizar a censura às ideias contrárias ao regime e difundir a propaganda política
do governo. O DIP lançou mãos de vários meios de comunicação para atingir o maior número de
cidadãos com a ideologia do Estado Novo, visando mobilizar a sociedade em torno de seu programa
político. Entre esses meios de comunicação e propaganda, podemos destacar um novo meio, que, em
especial, permitiu às ideias estadonovistas atingirem as classes médias urbanas e o operariado.
Estamos nos referindo
a) à imprensa operária.
b) ao rádio.
c) à televisão.
d) ao cinema.
e) às revistas quinzenais. 

Questão 10
(Unirio/2000) Na casa do beato Pedro Batista em Santa Brígida, na Bahia, D. Pedro II divide um
espaço na parede com Getúlio Vargas. Este exemplo caracteriza um tipo de idealização da figura de
mitos que ficaram sedimentados na memória popular. Podemos afirmar que Getúlio Vargas
potencializou uma imagem de “pai dos pobres”, em grande parte devido às(aos):

(Schwarcz, Lília Moritz. As Barbas do Imperador. D. Pedro II: Um Monarca nos Trópicos. São Paulo, Cia das Letras, 1998 p. 322)

a) medidas de caráter populista, atraindo as massas trabalhadoras.


b) medidas revolucionárias introduzidas com a reforma agrária.
c) restrições econômicas impostas aos industriais brasileiros.
d) restrições rígidas impostas à burguesia nacional e internacional.
e) discursos ufanistas disseminados entre os camponeses brasileiros.

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