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ESCOLA ESTADUAL GENERAL MALAN

EDUCAÇÃO FÍSICA

SARAH CHRISTINE DO NASCIMENTO DIAS DANTAS


JULIANNY TERESA PINTO DE ARRUDA
GABRIELLY GONÇALVES DA SILVA
MELISSA HELENA SILVA PEREIRA
YASMYM DE ALMEIDA PADILHA
MATHEUS CABRERA PICCINI
EMILLI DIAS LIPU DIAS

O FANATISMO NO MUNDO DO FUTEBOL


Crença e determinação andam lado a lado.

Campo Grande
2023
RESUMO
Fanatismo é Sentimento de cuidado e admiração excessiva (cega e veemente)
demonstrada por algo ou por alguém (sistema, doutrina, partido político, religião,
ídolos etc.). O Futebol traz consigo de uma forma sutil e às vezes disfarçada
paralelos sobre os mais variados temas da religião, como hinos, liturgia e
devoção.

Palavras-chave: Artigo, informação, futebol, fanatismo, religião

INTRODUÇÃO
A principal característica de uma religião é a criação de limites dividindo o mundo
sagrado do mundo profano. A questão fica ainda mais clara ao vislumbrarmos o
papel dos ídolos, as origens e significados do termo em si, e transportando-os
para o universo do futebol.

Em se tratando de religião em nosso país, a primeira coisa que se costuma


observar é que o brasileiro é profundamente religioso (e até mesmo se torna um
fanático). Diz-se, mesmo, que Deus é brasileiro e que somos o maior país
católico do mundo. Tal qual a religião, o futebol assumem o seu papel lúdico e
encantador. Pelas conquistas até então insuperáveis afirma-se que Deus é
brasileiro.

A síntese mais completa e complexa da articulação entre a religião e cultura no


Brasil é, sem dúvida alguma, a de Gilberto Freyre: “verificou-se entre nós uma
profunda confraternização de valores e de sentimentos” [2]. Outrossim, não
poderíamos esquecer que são duas paixões nacionais. Em tese, religião, política
e futebol não se discutem. A razão disso tudo é que cada um tem o seu jeito de
pensar e de ser.

Nenhum outro esporte mobiliza os brasileiros tanto quanto o futebol, já


oficializado como paixão nacional, mas muitas das vezes, a fé acaba se
transformando em um fanatismo enorme, como iremos falar nesse artigo.
OBJETIVO

O objetivo deste artigo é mostrar a visão da fé, determinação, admiração e


crença dos torcedores e dos jogadores dentro do meio do futebol e como essa
admiração de seus torcedores podem se tornar algo extremo e violento.

METODOLOGIA

A metodologia usada nesse artigo foi a pesquisa bibliográfica que se


caracteriza por ser a leitura de livros, artigos acadêmicos, jornais ou qual outro
material de cunho técnico ou acadêmico com o propósito de fazer um
apanhado completo sobre um determinado tema.

RESULTADOS OBTIDOS

Chegamos à conclusão de que o fanatismo por futebol muita das vezes vem de
pessoas que se consideram boas pessoas e normalmente sempre estão
demonstrando sua fé e crença nos jogos de seus times do coração, todavia, o
fanatismo é considerado um desvio de comportamento, mas não um transtorno
mental.

Entretanto, não significa que o fanatismo, de qualquer espécie, futebol ou não,


seja inócuo, isto é, seja falto de risco. Ele pode progredir para um distúrbio
psiquiátrico a depender dos prejuízos que gera na vida social afetiva e
profissional.

Por exemplo, ao romper relações familiares, terminar relacionamentos afetivos,


sofrer processos judiciais ou até mesmo ter decretado a restrição de sua
liberdade por causa do objeto de seu fanatismo, o indivíduo, alquebrado,
solitário, desiludido, pode ficar sujeito a desenvolver transtornos psicológicos.
1. CRER É TER FÉ, E TER FÉ É CRER

A influência das manifestações religiosas é marcante no futebol brasileiro.


Santinhos, capelas dentro dos clubes, oração de Ave Maria e Pai Nosso nos
vestiários (independente da crença), camisas louvando Jesus e devoções afro-
brasileiras invadem os campos de todo Brasil. Essa é o tema da dissertação de
mestrado em Ciências da Religião “É Gol! Deus é 10 - A religiosidade no futebol
profissional paulista e a sociedade de risco”, defendida pelo professor de
educação física Clodoaldo Gonçalves Leme, em 15 de outubro

Segundo Hilário, todo o repertório religioso que envolve o universo futebolístico,


de tão difíceis, são milagrosas, gols improváveis, ao ponto de serem espíritas,
camisas e uniformes tratados como mantos sagrados, e estádios que, de tão
místicos para os torcedores, se transformam em templos ou catedrais. Sem
citaras estátuas erguidas em homenagem aos jogadores que fizeram história,
elevados ao patamar de ídolos que, assim como os deuses da mitologia grega,
vivem eternamente no panteão... do futebol.

Os exemplos de fé no futebol são muitos. Em 2002, por exemplo, quando o


Palmeiras foi rebaixado para a segunda divisão, a torcida Mancha Verde
resolveu protestar fazendo um enterro simbólico de jogadores e dirigentes em
frente ao clube. Para afastar o “mau agouro”, a calçada do clube Palestra Itália
também foi lavada por baianas, como se faz na Igreja do Senhor do Bonfim, em
Salvador.

Fanatismo ou não, parece estar longe o tempo em que a religião vai sair de
campo. Se isso acontecer um dia, claro. Enquanto isso não acontece, o estádio
segue como um verdadeiro altar dedicado aos deuses do futebol, a embalar fiéis
seguidores em canções e orações, pedindo até mesmo o sacrifício humano (na
maioria delas, o humano com a camisa da equipe adversária) na promessa de
ser campeão. Até porque, quem nunca apelou para os deuses na hora do time
do coração marcar ou defender um pênalti, numa final de campeonato, que atire
a primeira pedra.
2. DETERMINAÇÃO

A vitória não vem fácil. É preciso jogar com paixão, treinar, tentar errar, acertar e
se esforçar muito – mas muito mesmo. Além de raça, determinação e talento, é
preciso atenção para algumas coisas mais como se alimentar bem, dormir cedo,
saber do seu compromisso com aquilo e etc.

O importante não é ganhar a taça no final, mas sim lutar por ela, se esforçar, se
desenvolver e se dedicar. É claro que não é legal perder. Mas o troféu é só uma
questão simbólica, porque o que importa é ver que você foi longe, evoluiu e se
esforçou ao máximo. A determinação e amor ao esporte são fundamentais, já o
troféu é consequência.

3. SUPERAÇÃO

Entre os valores do esporte, está a capacidade de superação, de ultrapassar os


limites preestabelecidos. E foi isso que muitos atletas conseguiram em todo o
mundo: superar barreiras que pareciam insuperáveis. O esporte é sinônimo de
superação, de ultrapassar os limites para levar o corpo um pouco mais além.

A própria ONU afirma que “o esporte tem o poder de mudar o mundo e tem
desempenhado historicamente um papel importante em todas as sociedades”, e
até o considera como “um direito fundamental e uma poderosa ferramenta para
fortalecer os vínculos sociais e promover o desenvolvimento sustentável, a paz,
o bem-estar, a solidariedade e o respeito”.

Um grande exemplo de superação de um jogador brasileiro, é o Thiago Silva,


Capitão da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo, Thiago Silva correu o
risco de perder parte do pulmão no começo da carreira. Acometido por uma
tuberculose, o jogador ficou internado na Rússia - na época, atuava pelo Dínamo
de Moscou.

A chegada do técnico Ivo Wortmann mudou tudo. O treinador chamou um


profissional de Portugal para cuidar do zagueiro e, posteriormente, quando foi
contratado pelo Fluminense, indicou a contratação do defensor, que se tornaria
ídolo nas Laranjeiras e depois alçaria voos maiores no futebol europeu.
4. TORCEDORES FANÁTICOS

Muitas das vezes, torcedores que usam muito de sua fé, porém possui o
psicológico abalado, acaba se tornando um torcedor fanático, onde com suas
atitudes, acaba cometendo atos tais como violência, agressões verbais, brigas,
estupros e mortes são parte destas manifestações.
As brigas pelo fanatismo por um clube de Futebol sempre aconteceram. No
entanto, esse histórico de confrontos começou na década de 70 e 80, entre,
sobretudo, torcidas organizadas. Havia uma tradição de brigas proveniente da
Inglaterra, em que as torcidas, que se denominavam Hooligans, se enfrentavam
sem o uso de armas. Os fanáticos tratavam as brigas como um segundo duelo,
além da partida em si, pois havia uma enorme rivalidade entre os clubes. O
fanatismo nos esportes traria consequências para os torcedores num futuro
próximo.

• A GOTA D’ÁGUA;

A falta de uma prova concreta de que a religião é capaz de promover o milagre


da multiplicação de gols e títulos não impede, porém, que os torcedores se
comportem como verdadeiros fanáticos religiosos. O caso mais emblemático
acontece na Escócia, com a bipolarização entre os católicos do Celtic e os
protestantes do Rangers, ambos de Glasgow. O dia em que acontece o clássico
entre os dois, o Old Firm, costuma ser o mais violento do ano no país.

No livro Como o futebol explica o mundo, o jornalista Franklin Foer registra


que a procura pelos hospitais em Glasgow é cerca de nove vezes maior em dias
de Old Firm e, não raro, os incidentes terminam em morte. Para se ter uma ideia,
ele cita o caso de um torcedor do Celtic que morreu, ao ser atingido por uma
flecha no peito, após um clássico. E não foi na Idade Média, mas em 1999.
Apesar do acirramento entre as partes, o lado protestante costuma ter jogadores
católicos no elenco, e vice-versa.

Esse tipo de comportamento que mistura o meio-campo entre futebol e fé vem


intrigando os pesquisadores. O professor de História Social da Universidade de
São Paulo, Hilário Franco Júnior, dedicou boa parte de sua pesquisa ao assunto,
no livro de sugestivo título A dança dos deuses, uma verdadeira bíblia para quem
quer entender um pouco mais sobre os vários aspectos que envolvem o futebol.
Nele, Hilário sugere que a industrialização e o tecnicismo rebaixaram um pouco
a importância das religiões tradicionais, mas, como sempre é preciso crer em
algo para preencher o “vazio espiritual”, há quem tenha substituído as antigas
divindades por times de futebol.
❖ CONCLUSÃO

Sendo fanatismo ou não, parece estar longe o tempo em que a religião vai tirar
o time de campo. Se isso acontecer um dia, claro. Enquanto isso, o estádio
segue como um verdadeiro altar dedicado ao deus do futebol, a embalar fiéis
seguidores em cânticos e orações, exigindo, às vezes, até o sacrifício humano
(na maioria delas, o humano com a camisa da equipe adversária) na promessa
do paraíso de ser campeão. Até porque, quem nunca apelou para os céus na
hora de o time do coração marcar ou defender um pênalti, numa final de
campeonato, que atire a primeira pedra.

FONTES:

https://www.prp.unicamp.br/pibic/congressos/xvcongresso/cdrom/pdfN/827.pdf

https://www.metodista.br/revistas/revistas-
ims/index.php/COR/article/viewFile/1685/1681#:~:text=Futebol%20e%20Religi%C3%A3o%3A
%20identificando%20os,mesmo%20se%20tornar%20uma%20religi%C3%A3o

https://revistacontinente.com.br/secoes/arquivo/crencas--a-fe-move-montanhasr-e-bolas-de-
futebol

https://www.otempo.com.br/opiniao/leonardo-boff/o-futebol-se-parece-com-a-religiao-em-
muitos-aspectos-como-na-fe-1.876489

https://factual900.com.br/fanatismo-nos-esportes-e-suas-consequencias-para-os-torcedores/

https://www.90min.com/pt-BR/posts/5991507-6-jogadores-que-superaram-imensas-
dificuldades-para-chegar-ao-topo

https://www.mapfre.com/pt-br/actualidade/compromisso/historias-superacao-
esporte/#:~:text=Entre%20os%20valores%20do%20esporte,corpo%20um%20pouco%20mais%
20al%C3%A9m.

https://universidadedofutebol.com.br/2013/07/28/a-relacao-entre-o-futebol-e-religiao-no-
brasil/

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