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Revolução Francesa e Império Napoleônico

1.
(UERN-RN)
“Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sob a influência
da Revolução Industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas
fundamentalmente pela Revolução Francesa. A Grã-Bretanha forneceu o modelo
para as ferrovias e fábricas, o explosivo econômico que rompeu com as estruturas
socioeconômicas tradicionais do mundo não europeu; mas foi a França que fez suas
revoluções e a elas deu suas ideias, a ponto de bandeiras tricolores de um tipo ou de
outro terem se tornado o emblema de praticamente todas as nações emergentes, e
a política europeia (ou mesmo mundial) entre 1789 e 1917 foi em grande parte a
luta a favor e contra os princípios de 1789, ou os ainda mais incendiários de 1793. A
França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática
para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, o conceito
e o vocabulário do nacionalismo. A França forneceu os códigos legais, o modelo de
organização técnica e científica e o sistema métrico de medidas para a maioria dos
países. A ideologia do mundo moderno atingiu as antigas civilizações que tinham até
então resistido às ideias europeias inicialmente através da influência francesa. Esta
foi a obra da Revolução Francesa.”
Disponível em <www.cefetsp.br/edu/eso/cleber/revolucaofrancesa.html>.

Apesar de todas as influências derivadas da Revolução Francesa, no decorrer


do processo revolucionário, após a eliminação da monarquia absolutista, vários
problemas estabeleceram-se entre os próprios revolucionários quanto à
organização da França a partir de então. Tais problemas estiveram diretamente
relacionados

a. às diferenças culturais e linguísticas do território francês, ainda distribuído


em feudos e reinos, com dialetos variados.
b. à diversidade na constituição da sociedade francesa, composta de clero,
nobreza e burguesia, com concepções ideológicas e interesses
diferentes.
c. às discrepâncias entre os girondinos, jacobinos, sans-culottes e outros
membros do terceiro estado, que tinham níveis socioeconômicos
diferentes.
d. às divergências religiosas, principalmente entre protestantes
(huguenotes) e católicos, que não se acertavam em relação ao destino
do clero e das terras da Igreja.
2.
(PUC-SP)
“O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, é o instrumento usado para
reprimir a contrarrevolução. É a parte sombria e mesmo terrível desse período da
revolução, mas é preciso levar em conta o outro lado dessa política.”
Michel Vovelle. São Paulo: Editora Unesp, 2007. p. 74-75.

São exemplos dos “dois lados” da política revolucionária desenvolvida na


França, durante o período do Terror,

a. o julgamento e a execução de cidadãos suspeitos e o tabelamento do


preço do pão.
b. a prisão do rei e da rainha e a conquista e colonização de territórios no
norte da África.
c. a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o fim do controle sobre
os salários dos operários.
d. a ascensão política dos principais comandantes militares e a implantação
da monarquia constitucional.
e. o início da perseguição e da repressão contra religiosos e a convocação
dos Estados Gerais.
3.

(UEL-PR) Às vésperas da Revolução Francesa, com o fracasso da Assembleia


dos Estados Gerais, membros do terceiro estado se reuniram no salão de jogos
do palácio real, onde fizeram o Juramento da Sala de Pela, que foi o
compromisso

a. da burguesia e dos sans-culottes em elaborar uma Constituição.


b. do clero e da aristocracia em permanecer no poder.
c. da aristocracia e dos sans-culottes visando ampliar as liberdades
individuais.
d. da burguesia e do clero para atrelar o Estado à Igreja Católica.
e. do poder clerical e do popular para o domínio conjunto do Estado.
4.
(UFMT-MT)
“A Revolução Francesa pode não ter sido um fenômeno isolado, mas foi muito mais
fundamental do que os outros fenômenos contemporâneos e suas consequências
foram portanto mais profundas.”
HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1977.

Uma das consequências mais profundas, segundo Hobsbawm, foi a Declaração


dos Direitos do Homem e do Cidadão. Sobre ela, analise as afirmativas.

I. Representou as exigências da maioria dos liberais burgueses contra os


privilégios da nobreza e do clero, mas não um manifesto a favor de uma
sociedade democrática e igualitária.
II. Significou uma tentativa da monarquia absoluta de permanecer no poder,
fazendo concessões à nobreza descontente e aos burgueses jacobinos
que lutavam pela igualdade.
III. Foi um manifesto revolucionário a favor de uma sociedade efetivamente
democrática e igualitária, do fim da monarquia e da nobreza, do
desligamento da Igreja do Estado e da ascensão do povo ao centro da
república democrática.
IV. Expressou a vontade de parte da burguesia de governar a partir de uma
monarquia regulada por uma Constituição e apoiada numa oligarquia
possuidora de terras.

Estão corretas as afirmativas

a. III e IV, apenas.


b. II, III e IV, apenas.
c. I e IV, apenas.
d. I, II e III, apenas.
e. I, II, III e IV.

5.
(UFG-GO) Leia o texto a seguir:
“Napoleão voltara, e nenhuma notícia jamais deixara os governos da Europa tão
apreensivos. Milhares de europeus seguiram avidamente esse rematado autocrata,
acreditando que ele espalharia os ideais da Revolução Francesa: liberdade,
igualdade e fraternidade. Mais surpreendente era que o próprio Napoleão ainda
acreditava ser um apóstolo da revolução.”
WEIR, William. 50 batalhas que mudaram o mundo. São Paulo:
M. Books, 2003. p. 320-321. (Adaptado)

Ao retorno de Napoleão, após cerca de cem dias nos quais governou a França
precariamente, seguiu-se a batalha de Waterloo, travada entre os franceses
simpatizantes do imperador e uma coalização formada por britânicos e
prussianos. Estava em jogo no campo de batalha

a. a continuidade do projeto republicano ditatorial napoleônico contra o


fortalecimento e a restauração dos ideais monarquistas.
b. a imposição do Código Napoleônico, de inspiração burguesa, como
principal conjunto de leis das nações europeias.
c. a permanência do período do Terror e a continuidade das execuções dos
opositores aos ideais da Revolução Francesa.
d. a exportação dos ideais revolucionários para além das fronteiras da
França, com o objetivo de tornar a Europa uma só nação.
e. a coroação de Napoleão como imperador, cerimônia na qual seu poder
ganharia autoridade superior à do papado.
6.
(UNESP-SP)

“Artigo 5o – O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria


pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é
declarada boa presa. [...]

Artigo 7o – Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias


inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida
em porto algum.

Artigo 8o – Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a


disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se
fossem propriedade inglesa.”
Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. In: MATTOSO, Kátia M. de
Queirós. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963),
1977.

Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo imperador da França em


1806, permitem notar a disposição francesa de
a. estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam
a depender mais de seu comércio interno.
b. impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para
o comércio na Europa e nas áreas coloniais.
c. provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da
ocupação militar da Península Ibérica.
d. ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e
ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus.
e. debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de
industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa.
7.

(PUC-RJ) Como general, cônsul e, depois, imperador, Napoleão Bonaparte


transformou a França de um país sitiado numa potência expansionista com
influência em todo o continente europeu. No entanto, a expansão francesa com
seus ideais burgueses encontrou muitas resistências principalmente entre as
nações dominadas por setores aristocráticos.

Assinale a opção que identifica corretamente uma ação implementada pelo


governo napoleônico.

a. O estabelecimento do catolicismo cristão e romano como religião


de estado.
b. A descentralização das atividades econômicas, o que permitia que
as economias locais prosperassem sem o pagamento de impostos.
c. A adoção do Código Civil que garantia a liberdade individual, a igualdade
perante a lei e o direito à propriedade privada.
d. O estímulo, por parte das leis francesas, à criação de sindicatos de
trabalhadores, livres da influência do Estado.
e. A estatização de toda propriedade agrícola, comercial e industrial nas
regiões dominadas pelo Exército napoleônico.

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