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FATEC ITAQUERA

Aula do dia 16/11/21 -Refrigeração II


Situação Problema
O reservatório de água da figura é utilizado para refrigerar o motor de combustao interna de um gerador de
eletricidade instalado em uma siderúrgica. A água sai do motor e entra nesse reservatório com uma temperatura
T1, com vazão volumétrica de 80 litros/s e deve deixar o reservatório com temperatura T2, com a mesma vazão,
em direção ao motor. Para refrigerar a água desse reservatório é utilizada uma serpentina, por onde também entra
água com uma temperatura T3,vinda de um evaporador que pertence a um sistema de refrigeração por
compressão de vapor. A água sai da serpentina com uma temperatura T4, e segue de volta para o evaporador. O
fluido refrigerante utilizado no ciclo de refrigeração é o Refrigerante R134a e a temperaturas de operação do
ciclo, 5, 6, 7 e 8 são apresentadas na tabela de condições operacionais. Finalmente, o condensador do ciclo de
refrigeração é então resfriado por outra serpentina na qual entra água com temperatura T9, vinda de uma torre de
resfriamento localizada fora da fábrica. A água dessa serpentina sai com uma temperatura T10 de volta para a
torre de resfriamento. Na torre de resfriamento, o ar entra com possui TBS = 24ºC e TBU = 21ºC. O ar sai da
torre com TBS = 28ºC (saturado).
(Dados: á = , ; á = ).

Determinar:
a) A vazão mássica de água de (1) para (2).
b) A potência calorífica a ser retirada da água do reservatório (carga térmica).
c) A vazão mássica de água de (3) para (4).
d) A vazão volumétrica de água de (3) para (4).
e) A potência calorífica do evaporador, desconsiderando perdas de calor de (3) para (4).
f) A vazão mássica do refrigerante do ciclo de refrigeração por compressão de vapor.
g) O título do vapor do fluido de refrigeração na entrada do evaporador.
h) A potência do compressor.
i) A potência calorífica rejeitada pelo condensador.
j) O Coeficiente de Performance (COP) do ciclo de refrigeração.
k) A vazão mássica da água de refrigeração do condensador.
l) A vazão volumétrica da água de refrigeração do condensador.
m) O approach da torre de resfriamento
n) A eficiência da torre de resfriamento
o) A vazão mássica de ar da torre de resfriamento
p) A vazão em volume do ar da torre de resfriamento

Condições Operacionais
Ponto T (°C) P (kPa)
ou x
1 60 ----
2 25 ----
3 28 ----
4 40 ----
5 -15 ----
6 0 150 kPa
7 60 1200 kPa
8 30 x=0
9 25 ----
10 28 ----

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Solução:

Item a) A vazão mássica de água de (1) para (2).

Dado:
̇ =
Dividindo-se por 1000, têm-se:

̇ = ,

á =

̇ = ∙ ̇
̇ = ∙ ,

̇ =

Item b) A potência calorífica a ser retirada da água do reservatório (carga térmica).


̇ = ̇ ∙ ∙∆
̇ = ∙ ∙( − )

̇ = ∙ ∙( ° − ° )

̇ = ∙ ∙( − )

̇ =− =− ,

Item c) A vazão mássica de água de (3) para (4).

̇ = ̇ = |− | = |− , |

̇ = ̇ ∙ ∙∆
̇
= ̇
∙∆
̇
= ̇
∙( − )

= ̇
∙( ° − ° )


= ̇
∙( − )

, = ̇

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Item d) A vazão volumétrica de água de (3) para (4).
̇ = ∙ ̇

̇
= ̇

,
= ̇

, = ̇

Item e) A potência calorífica do evaporador, desconsiderando perdas de calor de (3)


para (4).
̇ = ̇ = ̇ = |− | = |− , |

Item f) A vazão mássica do refrigerante do ciclo de refrigeração por compressão de


vapor.
Aplicando-se a Primeira Lei da Termodinâmica para volumes de controle entre 5 e 6 (Evaporador)

̇ + ̇ ∙ + ∙ + = ̇ ∙ + ∙ + + ̇

Desprezando-se As variações de Energia Cinética e Potencial, e considerando-se que o


Evaporador não realiza trabalho têm-se:

̇ + ̇ ∙ + ∙ + = ̇ ∙ + ∙ + + ̇

̇ + ̇ ∙ = ̇ ∙

̇ = ̇ ∙ − ̇ ∙

̇ = ̇ ∙( − )

̇
( )
= ̇ ( Equação 1 - Vou resolver depois – faltam as entalpias)

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Próximo passo: Determinar os Estados Termodinâmicos (Entalpias)

Estado 6 (Entrada do Compressor)


Vapor Superaquecido
=
= °
= ,

Consultando-se a Tabela B.5.2 (R134a Superaquecido)


Têm-se:

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Estado 7 (Saída do Compressor)
Vapor Superaquecido
=
= °
=?

Consultando-se a Tabela B.5.2 (R134a Superaquecido)


Têm-se:

= ,

Estado 8 (Saída do Condensador)


Líquido Saturado

= °
=?

Consultando-se a Tabela B.5.1 (R134a Saturado)


Têm-se:

= ,

= ,

=( − )∙ + ∙

Página 5/13
= ( − )∙ , + ∙ ,

= ,

Estado 5 (Saída da Válvula de Expansão)


Vapor Saturado Úmido (Líquido+vapor)
=?
=− °
=?

Vamos lembrar que a válvula de expansão é ISOENTÁLPICA

= = ,

Consultando-se a Tabela B.5.1 (R134a Saturado), para T = - 15°C,


Têm-se:

= ,

= ,

Página 6/13
No software CATT3, têm-se (Disponível em www.blucher.com.br , na página do Livro: Fundamentos da
Termrodinâmica):

Voltando-se a Equação 1, é possível determinar-se a Vazão mássica de refrigerante

̇
= ̇
( − )

,
= ̇
, − ,

73,07 = ̇

Página 7/13
Item g) O título do vapor do fluido de refrigeração na entrada do evaporador

= ( − )∙ + ∙
= − ∙ + ∙
− =− ∙ + ∙
− = ∙ − ∙
− = ∙( − )

=
( − )

, − ,
=
, − ,

, =

Item h) A potência do compressor.

Aplicar a Primeira Lei da Termodinâmica para Volumes de Controle entre 6 e 7


(Compressor):

̇ + ̇ ∙ + ∙ + = ̇ ∙ + ∙ + + ̇

Desprezando-se As variações de Energia Cinética e Potencial, têm-se:


̇ + ̇ ∙ + ∙ + = ̇ ∙ + ∙ + + ̇
̇ + ̇ ∙ = ̇ ∙ + ̇

O Compressor é Adiabático (Não troca calor com o Ambiente), logo:

̇ + ̇ ∙ = ̇ ∙ + ̇
̇ ∙ = ̇ ∙ + ̇
̇ ∙ − ̇ ∙ = ̇
̇ ∙( − )= ̇

, ∙ , − , = ̇

− , =− , = ̇

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Item i) A potência calorífica rejeitada pelo condensador.

Aplicar a Primeira Lei da Termodinâmica para Volumes de Controle entre 7 e 8


(Condensador):

̇ + ̇ ∙ + ∙ + = ̇ ∙ + ∙ + + ̇

Desprezando-se As variações de Energia Cinética e Potencial, têm-se:


̇ + ̇ ∙ + ∙ + = ̇ ∙ + ∙ + + ̇
̇ + ̇ ∙ = ̇ ∙ + ̇

O Condensador não realiza Trabalho, logo:

̇ + ̇ ∙ = ̇ ∙
̇ = ̇ ∙ − ̇ ∙
̇ = ̇ ∙( − )

̇ = , ∙ , − ,

̇ =− , =− ,

Item j) O Coeficiente de Performance (COP) do ciclo de refrigeração.

̇
= =
̇

,
=
|− , |

= ,

Verificação dos Resultados – Ciclo de Refrigeração (Prova Real):

̇ + ̇ = ̇
, + |− , | = |− , |

, = |− , | Exercício está Correto

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Item k) A vazão mássica da água de refrigeração do condensador (que vem da torre de
resfriamento)

̇ = ̇ = ̇ = |− | = |− , |

̇ = ̇ ∙ ∙∆
̇
= ̇
∙∆
̇
= ̇
∙( − )

= ̇
∙( ° − ° )

= ̇
∙( − )

, = ̇

Item l) A vazão volumétrica da água de refrigeração do condensador.

̇ = ∙ ̇

̇
= ̇

,
= ̇

, = ̇

Página 10/13
Item m) O approach da torre de resfriamento
Dados:
T10 = 28°C
TBUar = 21°C

= í á −
= −
= ° − °
= °

Item n) A eficiência da torre de resfriamento

= Como está no Livro do Hélio Creder

Como vamos utilizar:

á − í á
=
á −

á − í á
=
á −


=

° − °
=
° − °

= , ≅ , %

Item o) A vazão mássica de ar da torre de resfriamento

Página 11/13
̇á
=
̇
̇á
̇ =

̇ =
,
̇ = ,

E a vazão mássica?

̇ = ̇ ∙∆
̇ = ̇ ∙( − )

̇
( )
= ̇ Equação 2 (Faltam as entalpias específicas)

Entalpia do ar que entra na torre (hent)

Dados:

TBSar = 24°C
TBUar = 21°C

Na carta Psicrométrica, têm-se:

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Entalpia do ar que saida torre (hsai)

Dados:

TBSar = 28°C
Ar saturado  UR = 100%

Na carta Psicrométrica, têm-se:

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Logo, a vazão mássica será dada por:

̇
= ̇
( − )

,
= ̇

, = ̇

Item p) A vazão em volume do ar da torre de resfriamento

Densidade ou massa específica do ar

= ∙ ∙

Considerar, para o ar que entra na torre de resfriamento:

=
Página 14/13
= ° =
= ∙
(Tabela A.5)

=

=

, =

̇ = ∙ ̇

̇
= ̇

,
= ̇
,

, = ̇

Aula do dia 08/11/2022

a) Determinar a potência da bomba instalada na tubulação entre o condensador e a


torre de resfriamento.

Dados:

Página 15/13
á =

á =

á = á ∙

á = ∙ ,

á =
=

Passo 1: Determinar-se os diâmetros das tubulações de sucção e recalque.

Dados:
Vazão Volumétrica da água  ̇ á = ,

Em m³/h, têm-se:

̇á = , ×

̇á = ,

Consultando-se a tabela 6.1 – Pág. 227 do Livro do Helio Creder – Refrigeração e Ar Condicionado

Método 1: Considerando-se a vazão dada:

Considerar: Sistema Aberto


Maior valor de vazão de água na tabela: 204 m³/h
Diâmetro: 150mm = 0,150m


=

Página 16/13
, ∙( , )
=
= ,

Fazendo-se uma regra de três, têm-se

A Vazão
0,0176 204
x 4014,368

∙ = , ∙ ,
, ∙ ,
=
= ,

Logo, a área mínima (A) da tubulação será de 3,55 m².

O diâmetro mínimo será dado por:


=


=


=


=

∙ ,
=
,

= , (Esse seria o diâmetro mínimo para evitar uma velocidade muito alta).

Método 2: Considerando-se a velocidade máxima:

Vamos agora, estimar a Área, através da velocidade máxima de 3,1m/s, que é o maior valor
que aparece na tabela:

̇ = ∙
̇
=

Página 17/13
,
=
,
, ²=

O diâmetro mínimo será dado por:


=

∙ ,
=
,

= , (Esse seria o diâmetro mínimo para evitar que a velocidade ultrapasse 3,1
m/s, o que atende a norma NBR-6401).

Atenção: Nesse exemplo, vamos adotar o menor diâmetro (D = 0,685m).


Vamos utilizar o mesmo diâmetro para a tubulação de sucção e de recalque, pois o diâmetro
está muito grande.
Mas, sempre que possível, adotar o diâmetro da tabela para a tubulação de recalque e um
diâmetro comercial um pouco maior para a tubulação de sucção.

Passo 2: Determinar-se as velocidades da água nas tubulações de sucção e recalque.

Como o diâmetro é o mesmo, a velocidade será a mesma, tanto para a sucção, quanto para o
recalque.

̇
=

̇
=

,
=
,

= ,

Passo 3: Aplicar a Equação da Conservação de Energia Mecânica em Fluidos entre a entrada


e a saída da torre de resfriamento.

Página 18/13
+ + + = + + + ,
∙ ∙
,
+ + + = + + + ,
∙ , ∙ ,

+ + + = + , + + ,

+ = + , + ,

= − + , + ,

= , + , (Equação I)

Passo 4: Determinar a perda de carga na sucção (Entre 1 e 5)

4.1) Perda de carga singular na sucção (hs)


Consultando-se a tabela de singularidades para se determinar o coeficiente de perda de
carga singular (ks) – Livro: Mecânica dos Fluidos – Franco Brunetti

1
Singularidades:
(2) e (4) – Cotovelos 90°  ks = 0,9
(3) – Válvula de gaveta  ks = 0,2

Página 19/13
= ∙

= + +

= ∙ + ∙ + ∙
∙ ∙ ∙

= ∙( + + )

,
= ∙( , + , + , )
∙ ,

= , (Sucção)

4.2) Perda de carga distribuída na sucção (hf)

= ∙ ∙

4.2.1 - Determinando-se o fator de atrito (f) (coeficiente de perda de carga distribuída):

Para Re<=2000  =

Para Re>2000  Calcular Re e Dh/ e consultar Diagrama de Moody-Rouse (Livro Mecânica


dos Fluidos – Franco Brunetti)

Calculando-se Número Adimensional de Reynolds



=

, ∙ ,
=

= = , ∙ (Logo: Re>2000)

Página 20/13
Consultando-se a tabela de rugosidade da tubulação – Livro: Mecânica dos Fluidos –
Franco Brunetti

Considerado: Tubo de aço Rugosidade: = , ∙

Calcular a razão (divisão) entre o Diâmetro e a rugosidade.


,
= = , ≅
, ∙

Consultando-se o Diagrama de Moody- Rouse (Franco Brunetti), têm-se:

Página 21/13
≅ ,

4.2.2 - Determinando-se a perda de carga distribuída na sucção:

= ∙ ∙

( + + ) ,
= , ∙ ∙
, ∙ ,

= , (Sucção)

4.3) Perda de carga Total na sucção (entre 1 e 5)

Página 22/13
çã = +

çã = , + ,

çã = ,

Passo 5: Determinar a perda de carga no recalque (Entre 6 e 11)

5.1) Perda de carga singular no recalque (hs)


Consultando-se a tabela de singularidades para se determinar o coeficiente de perda de
carga singular (ks) – Livro: Mecânica dos Fluidos – Franco Brunetti

Singularidades:
(8) e (10) – Cotovelos 90°  ks = 0,9
(9) – Válvula de retenção  ks = 0,5

= ∙

= + +

= ∙ + ∙ + ∙
∙ ∙ ∙

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= ∙( + + )

,
= ∙( , + , + , )
∙ ,

= , (Recalque)

5.2) Perda de carga distribuída no recalque (hf)

= ∙ ∙

5.2.1 - Determinando-se o fator de atrito (f) (coeficiente de perda de carga distribuída):

Para Re<=2000  =

Para Re>2000  Calcular Re e Dh/ e consultar Diagrama de Moody-Rouse (Livro Mecânica


dos Fluidos – Franco Brunetti)

Calculando-se Número Adimensional de Reynolds



=

, ∙ ,
=

= = , ∙ (Logo: Re>2000)

Consultando-se a tabela de rugosidade da tubulação – Livro: Mecânica dos Fluidos –


Franco Brunetti

Considerado: Tubo de aço Rugosidade: = , ∙

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Calcular a razão (divisão) entre o Diâmetro e a rugosidade.
,
= = , ≅
, ∙

Consultando-se o Diagrama de Moody- Rouse (Franco Brunetti), têm-se:

Página 25/13
≅ ,

5.2.2 - Determinando-se a perda de carga distribuída na sucção:

( + + + + ) ,
= , ∙ ∙
, ∙ ,

= , (Recalque)

5.3) Perda de carga Total no recalque (entre 6 e 11)

= +

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= , + ,
= ,

Passo 6: Determinar a perda de carga Total na Instalação

= çã +
= , + ,
= ,

Passo 7: Determinar altura manométrica da bomba (HB) utilizando-se a equação I:

= , + ,

= , +
= , + ,
= ,

Passo 8: Determinar a potência da bomba (NB):

Dado: = % (catálogo, curva da bomba)

∙ ̇ ∙
=

∙ , ∙ ,
=
,
= ,

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