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PRÁTICAS INCLUSIVAS

PARA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES

ETAPA 5
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br

Curso sobre Práticas Inclusivas para Formação de Professores


Centro Universitário Leonardo da Vinci

Coordenação
Ana Clarisse Alencar Barbosa

Autora
Carolina dos Santos Maiola

Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância


Prof.ª Francieli Stano Torres

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância


Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa
Letícia Vitorino Jorge

Revisão
Fabiana Lange Brandes
Suellen Cardoso de Lima
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS

Apresentação

Prezado leitor, chegamos ao nosso último capítulo desta formação! Neste espaço
acompanharemos alguns diálogos sobre as práticas pedagógicas inclusivas e como
elas podem acontecer em sala de aula. Para isso, retomamos algumas ideias sobre
planejamento de aula, objetivos e avaliação, além de mostrar a importância da observação
e do registro periódico do professor, de acordo com os avanços e obstáculos em suas
ações pedagógicas e nas aprendizagens dos alunos.

Além disso, apresentamos os principais aspectos descritos nos Parâmetros


Curriculares Nacionais – Adaptações curriculares em ação, no que se refere aos tipos
de adaptações que podem ser aplicadas na escola e em sala de aula.

E, para finalizar, acompanharemos o conceito de produção de material


pedagógico adaptado e sua contribuição nas práticas em sala de aula. Nesse momento,
exemplificaremos alguns materiais possíveis de serem produzidos, de acordo com as
necessidades específicas dos alunos. A produção de material, além de ser produzido com
materiais diversificados, também poderá ser realizada para os alunos cegos ou surdos
através da utilização de novas tecnologias e equipamentos de impressão. Vejamos!

2 PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

1 O QUE SÃO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS?

Como pudemos acompanhar em nossos estudos, o sistema educacional brasileiro


passou por grandes mudanças nos últimos anos no que se refere às normativas legais
que regem a educação, e mais especificamente também na educação especial. Observa-
se um discurso que retoma a importância da valorização e o respeito a diversidade,
propondo-se a convivência e a aprendizagem de todos os alunos no contexto do ensino
comum.

Diante disso, evidencia-se a necessidade de maior esforço da equipe pedagógica


e dos professores para se adequarem a esse novo paradigma e o desafio de ensinarem a
turma toda. Assim, além de aprenderem a adaptar o planejamento e os procedimentos
de ensino, o professor precisa focar nas competências dos alunos e não somente enfatizar
as suas deficiências e dificuldades.

As práticas pedagógicas inclusivas sinalizam que o professor deve intervir nas


atividades que o aluno ainda não tem autonomia, ajudando-o a se sentir capaz de
realizá-las. Quando as práticas privilegiam a construção coletiva em sala de aula, com
base nas necessidades dos alunos e levando em consideração seus diferentes ritmos,
estilos e interesses, tem-se um perfil estratégico de mediação que inclui a todos.

FIGURA 1 - INCLUSÃO

FONTE: Disponível em: </MLB-755247651-o-professor-e-a-educaco-inclusiva-formaco-praticas-_JM>.


Acesso em: 25 maio 2016.

Da mesma forma, a avaliação da aprendizagem desses alunos deve ser coerente


com os objetivos e atividades selecionadas em sala, sempre considerando esta
avaliação não comparativa à aprendizagem do outro, mas sim, a partir do percurso
de aprendizagens que este sujeito fez, comparando-o com ele mesmo, do começo até
o fim do processo.

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PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 3

FIGURA 2 – PRÁTICAS INCLUSIVAS

FONTE: Disponível em: </MLB-755247651-o-professor-e-a-educaco-inclusiva-formaco-praticas-_JM>.


Acesso em: 25 maio 2016.

Para isso, a observação e o registro dos resultados das intervenções do professor


são essenciais como apoio para a realização dos próximos planejamentos. Pois em muitos
casos, há a necessidade de se flexibilizar na abordagem do conteúdo, na viabilidade
de múltiplas formas de participação do aluno e nos diversos modos de expressão dele.

Apresentamos a seguir um esquema ilustrativo que mostra o que o professor


deve observar, registrar e suas respectivas etapas. Aproveite esta ideia e a coloque em
prática na sua sala de aula!

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4 PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
FIGURA 3 - REGISTRO PEDAGÓGICO

feedback

FONTE: Disponível em: <www.naescola.eduqa.me>. Acesso em: 25 maio 2016.

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2 ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Uma das grandes barreiras encontradas pelo professor em sala de aula em se


tratando da inclusão de pessoas com deficiência no ensino comum, refere-se à dificuldade
que encontra quando verifica uma disparidade entre os conteúdos que devem ser
abordados em uma determinada turma e o nível de conhecimento que o aluno com
deficiência traz consigo. Não raras as vezes, ainda em processo de aquisição da leitura
e escrita, não acompanha o ritmo e os objetivos estabelecidos nas aulas.

Vimos no tópico anterior que as práticas inclusivas remodelam esse pensamento e


expectativa centrada na manutenção de um currículo único, predeterminado para todos
os alunos e vislumbra outras possibilidades que se ajustem às necessidades específicas
dos alunos, quando necessário. O Projeto Político Pedagógico da escola deve orientar
a operacionalização do currículo como um recurso para promover a aprendizagem do
aluno através da flexibilização, adaptação e estratégias necessárias.

FIGURA 4 - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

FONTE: Disponível em: <http://www.institutotratos.com.br/wp/produto/as-contribuicoes-do-projeto-


politico-pedagogico-180-horas/>. Acesso em: 25 maio 2016.

Mas, no que consiste a Flexibilização e Adaptação Curricular?

A Flexibilização Curricular viabiliza uma maior participação de todos os alunos sem


a necessidade da elaboração de um currículo específico para o aluno com deficiência.
Ele não elimina e nem reduz conteúdos e objetivos curriculares, mas os torna mais
acessíveis, ajustando-se as condições e capacidades de aprendizagem de cada aluno.

Já a Adaptação Curricular, expressa e garantida desde 1999 através dos Parâmetros


Curriculares Nacionais – Adaptações curriculares em ação, sugere a viabilidade da
adaptação dos conteúdos sem “abrir mão” da qualidade de ensino, permitindo o alcance
de objetivos educacionais significativos.

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FIGURA 5 - PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

FONTE: Disponível em: <http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-722002117-pcn-adaptacoes-


curriculares-necessidades-especiais-_JM>. Acesso em: 25 maio 2016.

As estratégias da adaptação curricular podem ser divididas em dois grupos


(PCNs, 1997): adaptações de grande porte e adaptações de pequeno porte.

• As ADAPTAÇÕES DE GRANDE PORTE são as modificações que necessitam de


aprovação técnico-político-administrativa para serem colocadas em prática. Dessa
forma, compreendem ações que são de responsabilidade de instâncias político-
administrativas superiores, já que exigem modificações que envolvem ações de
natureza política, administrativa, financeira, burocrática, entre outras. Ou seja, estão
além da competência do professor.

FIGURA 6 - ACESSIBILIDADE

FONTE: Disponível em: <http://blog.isocial.com.br/a-interface-acessibilidade-e-educacao-inclusiva/>.


Acesso em: 25 maio 2016.

• Por sua vez, as ADAPTAÇÕES DE PEQUENO PORTE envolvem modificações a


serem realizadas no currículo e, portanto, são de responsabilidade do professor.

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Tais adaptações têm o objetivo de garantir que o aluno com deficiência participe
produtivamente do processo de ensino e aprendizagem, na sala comum da escola
regular. Dentre elas, para os PCNs (MEC/SEESP, 1997, p. 49), podemos destacar as:

 Adaptações de acesso ao currículo: Referem-se aos recursos técnicos e materiais


específicos (Tecnologia Assistiva), bem como a remoção de barreiras arquitetônicas.
 Adaptações não significativas: Conjunto de ajustes nos diferentes elementos
da proposta curricular para possibilitar o processo de ensino-aprendizagem e
interação do aluno com deficiência na dinâmica geral da aula: 
     >formas de agrupamentos de alunos;
 >organização dos recursos materiais;
>procedimentos de avaliação;
>metodologia variada.
 Adaptações individuais: Ocorrem quando todas as alternativas de adequações
de aula foram tentadas e o aluno possua um nível curricular significativamente
abaixo do esperado pela sua idade. Caracterizam-se como um conjunto de mo-
dificações propostas para um determinado aluno, com o objetivo de responder
às suas necessidades educacionais especiais, podendo ser compartilhadas com os
demais alunos.

 Adaptações individuais significativas: Aplicadas para que sejam úteis ao


aluno em curto, médio e em longo prazo. Favorecem o acesso ao conhecimen-
to, consideram os ambientes, os materiais, o modo de ensinar e a lógica nas
atividades. Normalmente os alunos que necessitam desse tipo de adaptação
curricular, apresentam graves comprometimentos e para eles são designados
professores de apoio. É uma educação para a vida.

Percebe-se maior necessidade de adaptação curricular individual quando


há crescente complexidade das atividades acadêmicas que vão se ampliando de
acordo com o avanço da escolarização. E isso se estenderá consequentemente para a
necessidade de adaptação aos processos de avaliação do indivíduo também. Contudo,
os PCNs, destacam que, fazer adaptações no sistema de avaliação não pode ser tomado
como “brecha” para aprovação indiscriminada e inconsequente de alunos, nem para
“empurrar’ o aluno com deficiência para as séries mais avançadas, até que ele “saia”
do sistema (MEC/SEESP,1997).

3 MATERIAL PEDAGÓGICO ADAPTADO

O material pedagógico adaptado é um recurso que visa viabilizar ações


educacionais, por meio da participação de todos os alunos nas atividades pedagógicas
de forma contínua, contextualizada e capaz de difundir o conhecimento científico e
acadêmico que a escola deve proporcionar.

Entendendo que a escola deve atender as diferentes necessidades educacionais


dos alunos, é importante que o seu processo de aprendizagem apresente igualdade de
condições, por isso, e em muitos casos, é preciso que ele seja instrumentalizado através
de materiais pedagógicos adaptados as suas especificidades.

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Para sua elaboração, faz-se necessário realizar estudos, pesquisas, adequações e
preparação para que o material seja adequado e de boa qualidade, podendo ser utilizado
com maior funcionalidade e aproveitamento. Estes materiais adaptados contribuem
com a ação docente, na busca de resultados em relação à aprendizagem de conceitos,
abstrações, criatividade, autonomia e ao desenvolvimento de habilidades.

Diante disso, podemos dizer que a produção de materiais pedagógicos adaptados


tem como objetivos:

• Minimizar as dificuldades apresentadas pelas deficiências.


• Proporcionar situações de aprendizagem condizentes com a capacidade de cada
sujeito.
• Assegurar condições de acesso ao currículo, promovendo a aprendizagem efetiva do
aluno.

Podemos confeccionar e utilizar o material pedagógico adaptado para todos os tipos


de deficiência e em diversos momentos de aprendizagem. Desde o aluno com deficiência
física, que apresenta limitações motoras para pegar objetos ou realizar atividades de
escrita, quanto alunos cegos, que necessitam de materiais em alto relevo e da escrita
no código Braille.

A adaptação em relevo é comumente utilizada na produção de materiais e


consiste num recurso que viabiliza à pessoa cega as informações ilustrativas, que podem
estar presentes em mapas, gráficos e desenhos e que, em muitos casos, apresentam
informações fundamentais para a compreensão dos conhecimentos que se deseja
construir. Materiais com texturas também são bem aceitos por alunos que apresentam
espectro do autismo e deficiência intelectual.

FIGURA 7 - ATIVIDADES ADAPTADAS 1

FONTE: Disponível em: <http://universoautista.com.br/oficial/produto/atividades-01/>. Acesso em: 25


maio 2016.

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FIGURA 8 - ATIVIDADES ADAPTADAS 2

FONTE: Disponível em: <http://universoautista.com.br/oficial/produto/atividades-01/>. Acesso em: 25


maio 2016.

FIGURA 9 - ATIVIDADES ADAPTADAS 3

FONTE: Disponível em: <http://www.fai.com.br/portal/noticia_impressao.php?cod_item=1397>.


Acesso em: 25 maio 2016.

O Guia Prático para Adaptação em Relevo (SANTA CATARINA, 2001, p. 15-16),
considera alguns critérios importantes a serem considerados:

• Eleger materiais que não agridam a sensibilidade tátil, evitando rejeição e


irritação da pele, prejudicando o contato e a percepção.
• Não utilizar materiais perecíveis (arroz, feijão, milho e outros), evitando
assim, a proliferação de fungos e mofos, que podem vir a trazer danos à saúde
do usuário.
• Utilizar texturas diversificadas, sem muitos detalhes, para melhor destacar
as partes específicas que compõem o todo.

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FIGURA 10 - ATIVIDADES EM ALTO RELEVO 1

FONTE: <http://blogcrer.blogspot.com.br/p/blog-page_14.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

Podemos utilizar materiais que fazem parte do nosso uso comum, como:

a) Botões, canutilhos e miçangas.

FIGURA 11 - ATIVIDADES EM ALTO RELEVO 2

FONTE: <http://blogcrer.blogspot.com.br/p/blog-page_14.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

a) Cortiça e cordões.
b) Tecidos, telas e fitas.

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FIGURA 12 - ADAPTAÇÃO COM TEXTURAS 1

FONTE: <http://blogcrer.blogspot.com.br/p/blog-page_14.html>. Acesso em: 25 mai. 2016.

a) Argolas, colchetes e velcros.


b) Tule, algodão e lixa.

FIGURA 13 - TITULO: ADAPTAÇÃO COM TEXTURAS 2

FONTE: <http://blogcrer.blogspot.com.br/p/blog-page_14.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

a) E.V.A, plástico, esponjas, MDF.

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FIGURA 14 - JOGOS ADAPTADOS

FONTE: <http://blogcrer.blogspot.com.br/p/blog-page_14.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

3.1 UTILIZAÇÃO DO SISTEMA BRAILLE NO CONTEXTO DA SALA DE AULA

Os materiais pedagógicos adaptados sugeridos anteriormente são muito bem


aceitos nos planejamentos e práticas em sala quando há aluno com deficiência visual
inserido no contexto. Além desses recursos que aproveitam texturas diferenciadas e
que auxiliam na exploração dos materiais e associam estes a novos conhecimentos,
principalmente na formação inicial da criança com deficiência, também podem ser
acrescidos outros tipos de tecnologias que serão úteis para o dia a dia em sala de aula,
conforme mostramos a seguir.

3.1.1 Impressão Braille

Atualmente é possível adquirir impressoras computadorizadas de pequeno


porte que imprimem em folhas soltas ou em papel contínuo textos em braille. Ou seja,
o professor poderá elaborar o texto em um programa específico no computador e ele
converte para o código braille no momento da impressão.

FIGURA 15 - IMPRESSORA BRAILLE

FONTE: Disponível em: <http://www.geocities.ws/acegosjf/depart.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

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3.1.2 Tecnologias da Informação e comunicação – TICs

Abrange qualquer equipamento, sistema ou subsistema interconectado. Incluem


produtos de telecomunicação, equipamentos com Word Wide Web, multimídia, software
aplicativos e sistemas operacionais, internet, dentre outros.

A existência desses recursos possibilita à pessoa cega a utilização do computador


de forma prática e facilitadora. Confirmamos isso através das palavras de Borges (2009,
p. 99):
[...] o computador se tornou o artefato com maior influência nos últimos anos
para os cegos, pois a partir de sua disponibilização, tornou-se possível que
aquilo que escrevessem, fosse lido ´por qualquer um´, e também a leitura que
os ‘outros’ escreveram, sem intermediação de outras pessoas.

Assim, podemos destacar:

• Leitores de tela: programas que capturam qualquer informação apresentada em forma


de texto e a transforma em uma resposta falada, utilizando sintetizador de voz.
• JAWS: software de acesso as principais funcionalidades do sistema, desde acesso a
pastas e arquivos até navegação na internet.
• Sistema DOSVOX: programa utilizado pelas pessoas cegas que realiza a comunicação
através de síntese de voz. Neles são encontrados programas específicos e interfaces
adaptativas como: editor, leitor e formatador de textos; formatador para braille; jogos
de caráter didático e lúdico; programas para acesso à internet, ampliador de ecrãs
para pessoas com visão reduzida e programas de apoio à educação de crianças com
deficiência visual.

FIGURA 15 - PROGRAMA DOSVOX

FONTE: Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/ferramentas.htm>. Acesso em: 25 maio


2016.

3.1.3 Audiodescrição

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A audiodescrição consiste em transformar imagens em palavras para que
informações transmitidas visualmente sejam acessadas pelas pessoas com deficiência
visual, assim, materiais audiovisuais como filmes, novelas, teatro e cinema podem ser
acessíveis.

FIGURA 17 - AUDIODESCRIÇÃO NO CINEMA

FONTE: Disponível em: <http://extra.globo.com/noticias/rio/cinema-adaptado-para-surdos-cegos-tem-


audiodescricao-traducao-em-libras-14404149.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

3.1.4 Livro falado

O livro falado consiste no acesso à informação de livros e revistas através da


gravação dos conteúdos lidos em voz alta. Apresenta baixo custo e facilidade de
manuseio. O conteúdo pode ser gravado em voz humana ou sintetizada. Fundações
como Dorina Nowill apresentam um enorme acerto de audiolivros disponíveis. Para
conhecer melhor, você poderá acessar: <www.livrofalado.pro.br>.

FIGURA 18 – AUDIOLIVRO

FONTE: Disponível em: <http://www.ebc.com.br/educacao/2013/01/usp-disponibiliza-audiolivros-


para-vestibulandos-cegos>. Acesso em: 25 maio 2016.

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3.2 UTILIZAÇÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO CONTEXTO DE SALA


DE AULA

Conforme acompanhamos no capítulo anterior, o aluno surdo foca sua atenção


para aspectos visuais do seu cotidiano, por isso, conforme Freitas (2009, p. 123-124), é
importante que o professor se atente para algumas situações:

• Em relação ao espaço:

 Na sala de aula, o aluno deve ser posicionado de modo que possa ver os
movimentos e as expressões faciais e corporais do professor e dos colegas.

 Os espaços da sala, como murais e paredes devem ser aproveitados na ex-


posição de material visual e outros de apoio, que favoreçam a apreensão das
informações passadas nas aulas expositivas.

 O espaço escolar deve, como um todo, conter informações em sistema al-


ternativo de comunicação (linguagem icônica, gestual, língua de sinais) que
indiquem espaços de uso coletivo ou de acesso comum (banheiro, refeitório,
auditório, pátio, secretaria, biblioteca, laboratórios etc.).

• Em relação aos materiais e equipamentos didáticos:

 Computadores e softwares educativos específicos.


 Materiais impressos em língua de sinais.
 Materiais com muitas imagens, similares à vida real (revistas, livros etc.).

Na sala de aula, verificamos que na maioria dos conteúdos a serem trabalhados,


não há material adaptado para o aluno surdo. Por isso, é importante que o planejamento
realmente aconteça para que se possa elaborar esses materiais que auxiliarão na
intervenção pedagógica. Eles devem estar relacionados aos temas abordados em sala
de aula em consonância com a turma. Veja alguns exemplos:

FIGURA 19 - MATERIAL ADAPTADO LIBRAS 1

FONTE: Disponível em: <http://salamultiespecialdaandrea.blogspot.com.br/2012/09/deficiencia-


auditiva-alguns-modelos.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

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FIGURA 20 - MATERIAL ADAPTADO LIBRAS 2

FONTE: Disponível em: <http://salamultiespecialdaandrea.blogspot.com.br/2012/09/deficiencia-


auditiva-alguns-modelos.html>. Acesso em: 25 maio 2016.

FIGURA 21 - MATERIAL ADAPTADO LIBRAS 3

FONTE: <http://liliacamposmartins.blogspot.com.br/2012/02/como-educar-alunos-com-deficiencia.
html>. Acesso em: 25 maio 2016.

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FIGURA 22 – MATERIAL ADAPTADO LIBRAS 4

FONTE: Disponível em: <www.librasescola.blogspot.com.br>. Acesso em: 25 maio 2016.

O professor que não tiver conhecimento de Libras, poderá solicitar orientação


e apoio ao intérprete que acompanha o seu aluno, o instrutor de libras ou à instituição
que oferece o atendimento educacional especializado ao aluno com deficiência auditiva.

REFERÊNCIAS

BORGES, M. M. F. C. Diretrizes para projetos de parques infantis públicos. Florianópolis,


2009. Dissertação (Mestrado) - Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura,
Universidade Federal de Santa Catarina.

FREITAS, P. S. Introdução à educação física Adaptada para pessoas com deficiência. Curitiba: UFPR,
2009.

SANTA CATARINA. Catálogo de Materiais Pedagógicos Adaptados da Fundação Catarinense de


Educação Especial. São José, SC: FCEE, 2001.

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