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ÍNDICE
MOMENTOS QUE ANTECEDEM UM RITUAL DE AXEXÊ:........................................................4
RITUAL DE COMO DAR SAÍDA AO CORPO NO VELÓRIO – ACOMPANHAMENTO.................................5
REGRESSO DO IGBALÉ E PREPARATIVOS PARA A FESTA DO AXEXÊ...................................................6
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A MONTAGEM DO AXEXÊ...............................................................6
MATERIAIS PARA A MONTAGEM DO IGBALÉ NA “CASA DE EGUN” – ILE IBÓ AKÚ.......................7
MONTAGEM DO IGBALÉ DO SALÃO....................................................................................................8
COMIDAS PARA O POVO QUE ESTÁ ACOMPANHANDO O AXEXÊ.........................................................9
O QUE VAI DENTO DOS POTES............................................................................................................9
TEMPO DE DURAÇÃO DO AXEXÊ........................................................................................................9
PERTENCES – JOGOS DO EGUN – DETERMINAÇÃO DO QUE VAI OU NÃO NO CARREGO – QUEM
HERDA A CASA......................................................................................................................................................9
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Momentos que antecedem um ritual de Axexê:
Falecimento Súbito
Quando o falecimento é súbito ou por acidente, em que não se dá tempo para nada no
momento, a coisa é feita na base do improviso, isto porque, para se arriar um axexê, temos
jogos de Ifá para saber como montar o Igbalé, Orixá para carrego; isto tudo de acordo com a
posição da pessoa que faleceu na hierarquia da casa que a mesma pertence;
Pessoa Enferma
Quando a pessoa está enferma e que se espera o desenlace, faltante, temos que a partir desta
quase que certeza, arriar o Orixá da cabeça do enfermo e colocá-lo inteiramente dentro de
uma bacia com água de canjica. E enfrente o seu Igbá é posto uma tigela com água, outra com
água de canjica e mais uma com canjica e uma vela de 7 dias.
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E oni yè,
ò munra se bí lagbà kése egbé,
ò munra se bí ó l àgbà kése egbé
è nyìn wa òkú ònòn kó ihò
è nyn wa òkú dodo kó se
è nyin wa òkú non l agbà kóró
è nyìn wa òkúnòn làgbà kú egbé
ò munra se bí làgba kése egbé
ò munra se bí ó làgbà kése egbé
é nyìn wa òkú nã kó ihò
è nyìn wa òkú làgbà kó se
è nyìn wa òkú nòn làgbà kojá
é nyin wa òkú nòn i agbà kú igbó
Dentro do caixão em cada canto do mesmo, vai um acaçá, um ekurú, um pouco de egbô, é
colocado bastante egbô embaixo da cabeça de Egun e embaixo da mesa onde será efetuado o
velório; um egbô de Oxalá em bacia de ágata e, na porta da entrada da rua um agbô de oriri,
com atin e um ovo cru;
O que sobra da obrigação da cabeça do Egun é colocado em um alguidar no mesmo das
pernas do Egun, isso tudo bem coberto com as flores para que não fique a mostra;
Para as pessoas de Oxalá, é feito tudo normalmente, exceto o pombo que não deve ser
sacrificado, sim passado no Orí e solto. E sua cabeça é toda envolvida com algodão por
debaixo do ojá.
Atenção: Essa obrigação só pode ser feita por uma Babalorixá ou um Ogã de cargo, em
caráter reservado longe dos leigos e curioso.
Cantiga para ser entoada no momento em que o corpo é retirado do velório ou do Ile Asé:
Axé bi ire’le
Ho mo s’ere, s’ere omo
Arole mo axé bi nló
Ho mo s’ere, s’ere Omo
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Ikú o l’omo
Sa l’arin, l’arin l’arin
Omo ikú olomo
Sa l’arin, sa l’arin baba
Ò Ìkú bá lè ilè yó
Ìkú bá lè
Ò Ìkú bá lé ilè yó
Ìkú bá lè
Bá lé níre Éégun
Ní s'orò hò
Ìkú bá lè ilè yó
Ìkú bá lè ara nlo
No momento, em que o corpo desce a sepultura, “se for Zelador, Ogã, Ekeji ou Egbonmi”
canta-se a seguinte cantiga:
Se for filha de santo ou filho sem cargo, ou melhor, Iyawo, canta-se o seguinte:
-4-
apetrechos, enfim, tudo o que a ele pertenceu, formando nesse recinto uma espécie de corpo
armado em roupas e etc;
A essa altura, as outras pessoas que tem responsabilidade na casa já estão preparando as
comidas do Egun e, também em cozinha separada a comida do pessoal que está prestigiando o
axexê;
Dentro do barracão será arriado o Igbalé de sala, composto de: cabaças, akidavis, atoris, velas,
cigarros, alguidás e um lençol para cobrir tudo.
Os dois amalás são feitos em recipientes de barro para proteger a casa, um de farinha de
inhame, que ficará em cima da cumeeira pelo lado de fora e outro com farinha de acaçá que
ficará no portão;
Deve ser feitos, todos os dias, defumadores de Mirra, benjoim e alfazema, passando na roça
toda e depois indo para o Igbalé de Egun.
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Materiais para a Montagem do Igbalé na “Casa de Egun” – ILE IBÓ AKÚ
Para a montagem do Igbalé da pessoa falecida, são reunidas as roupas em geral, tanto pessoais
como de santo, velas, contas, os Orixás que vão no carrego, agbôs, comidas de santo, atorís de
amora, nove peças amarradas em palha da costa, obi e/ou orogbo, atins, agbô, etc;
A recinto formado dentro da Casa de Egun é no formato de uma oca, montado com bambus,
mariwo e coberto com pano branco;
Armação:
Forma-se no centro desse recinto provisório no Ilé Ibó Akú, círculos de dentro para fora, um
de areia, um de waji, um de ossun e um de efun. Em cima é colocada uma tigela com egbô,
dentro dessa é colocada uma quartinha de louça (com ou sem alça – de acordo com o Orixá do
finado) com água e dentro dessa, uma bandeira branca;
Em cima do efun do círculo é colocado atin de Oxalá, por cima dos círculos também são
dispostos 9 acaçás, 7 ekurus, o atorí (Ixan) para chamar o Egun, ao lado um tigelinha com atin
de Oxalá, um jarro com as taliscas tiradas dos mariwos feitos;
Em volta de tudo isso e dentro da armação feita, são dispostos os pertence do Egun, assim
como jogo, contas, Igbás, etc.
As comidas de santo são trocadas a cada três dias, e são usadas as seguintes:
7 ekurus, 7 acarajés, 7 acaçás, deburu, egbô, 7 bolos de farinha, 1 omolokum com 7 ovos,
milho cozido sem coco, e uma tigela com água de egbô;
São feitos muitos acaçás para as pessoas passarem no corpo no caminho para o trabalho;
Todos os dias, quando se abra o Obi no Ile Ibó Aku, fica se sabendo o andamento e como o
Egun vai seguindo. Observar que para Egun o Obi só deve ser aberto em dois;
Permanecerá dentro do recinto provisório, uma vela de 7 dias acesa e todos os dias será acesa
uma vela de cera no início do axexê;
Existe uma diferença muito grande entre um axexê de Iyawo e o de Babalorixá, Iyalorixá,
Ekeji, Ogã, Iyadagan, etc;
Orixá de Zeladores, com “casa aberta” nunca é despachado, porque se for, a casa de
candomblé está também se encerrando naquele momento de carrego. Para isso, é feito um
jogo com diversos zeladores ou Ogãs, para saber quem herdará ou cuidará do Orixá daquela
pessoa. Geralmente é um filho da casa que também tenha cargo - isto somente com relação a
Orixá de zeladores.
“O Orixá”, sendo Xangô e Oxalá, mesmo sendo Iyawo em carrego, devendo o jogo escolher
alguém para tratá-los mesmo que seja até outro irmão de outra casa. Se não for o caso, depois
deve ser despachado em local determinado no jogo, mas nunca com o carrego.
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cima é colocada uma tigela (contendo egbô, 1 obi, 3 acaçás embrulhados, mel, vinho moscatel
e dendê), sobre tudo isso é colocado um mariwo, em volta são dispostas as comidas. São
postos envoltos da montagem do meio, 7 bandeiras de cores diferente fincadas em 7
quartinhas com areia, egbô e água de egbô;
Os alguidás com as cabaças dos rituais de Jeje ou Angola são temperados todos os dias com
vinho moscatel;
Dentro do pote do Zerin (Jeje), é colocado nome da pessoa que faleceu, mais seu kelê, 1 ovo,
atin, mel, vinho moscatel e dendê. No centro é feitos o desenho símbolo da nação, em cima
forma-se de dentro para fora um círculo com areia, um com waji, um com ossun e um com
efun, em cima é colocada uma tigela (contendo egbô, 1 obi, 3 acaçás embrulhados, mel, vinho
moscatel e dendê), sobre tudo isso é colocado um mariwo, em volta são dispostas as comidas;
Lembrar-se que no dia que começa o axexê, coloca-se um ekurú com uma tira de papel com o
nome do Egun no cemitério que foi enterrado, ou em outro no caso de impossibilidade.
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Preparativos paro o Ritual de Axexê
Agbôs e folhas usadas para os Alguidás
Nada se faz sem folhas, incluem-se também os rituais aos Eguns e sendo assim citamos a
seguir algumas folhas que são usadas nesses rituais: Imbaúba (não-prata), cana do brejo,
coerana, amora, mariwo, alumã e arruda;
As folhas são maceradas com todo os temperos a seguir: azeite de dendê, mel, não leva sal,
obi e/ou orogbo, atin de pemba ralada e etc;
Se houver perturbações por parte do Egun, é cortada com agbô forte e egbô de Oxalá.
fala que Egun não tem bandeira, ele é chamado e louvado em qualquer Nação, e assim vem
satisfeito prestar sua caridade, pois disso depende sua purificação. No Ketú, é arriado em
cabaças e tocado em três cabaças, duas inteiras e uma sem pescoço;
Na nação Jeje, o ritual de Axexê, é denominado Zerin, e sua arriada é feita em potes e tocado
com abanos e um pote com asas ou não (dependendo do Orixá do finado) e mais dois
alguidás, cada um com a metade de uma cabaça de pescoço cortada em duas, com ervas e
atins, usando também akidavis para marcar o ritmo;
ou
Na nação Angola, muito parecida com o ritual Jeje, também é tocado em potes e o ritual é
chamado de Wumbi, acompanhado de bandeiras brancas na boca de quartinhas e, seu modo de
dança é muito mais alegre.
Indumentária
Como é sabido de todos, o branco representa a paz, assim como o luto e na nossa religião,
nesse ritual, a roupa permitida é o branco para os ritos de axexê, sendo que as mulheres usam
ojá de cabeça e o pano da costa cobrindo todas as partes do corpo. As mulheres da Roça se
vestem com camisú apenas, roupa branca sem brilho, sem pintura, sem jóias.
Atins
Assim que o filho chega, para o início do Axexê, procura logo o seu zelador para que lhe seja
ministrado os atins de olhos, cabeça, face, peito e costa, assim como procurar os Ogãs
responsáveis pelo ritual para que lhe sejam amarrados os mariwos no pulso esquerdo bem
como a palha da costa, servindo tudo isso como proteção para perturbações de espíritos que
ali estão perambulando. Além do uso de um ikodidé, que deve ser usado na cabeça por
debaixo do ojá ou aketé.
Muita gente feita com falta de conhecimento da matéria, diz que o orixá Xangô, não é
chamado ou louvado em Axexê, porque ele tem medo de Egun nada disso, o orixá Xangô não
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tem medo de Egun e para comprovar tudo que estamos falando, devem todos aqueles que vão
ao Axexê usar uma conta de Xangô como proteção para a entrada de qualquer Egun que por aí
esteja em busca também de luz.
AXEXÊ
1º ao 5º dia
O ritual de Axexê dura sete dias consecutivos. Durante os cincos primeiros dias as
mesmas cerimônias se repetem exatamente.
Este dinheiro todo, apurado durante os dias do axexê, é somado e o seu anexado para o
pagamento da missa de sete dias, que embora não sendo do ritual negro, os africanos como
sinal de reverência à religião católica sempre mandaram rezar desde o início do Brasil. Mas
isso fica a critério do Egbé.
Todos do Egbé que estão presentes enrolam suas cabeças com torsos brancos e cobrem
cuidadosamente o corpo com um grande oja branco. No momento em que se ascende a vela,
supõe-se que o espírito do finado se encontre na sala representado pela cuia. Um longo rito
vai desenrola-se, começando pelo Zelador, seguindo em ordem hierárquica por cada uma das
sacerdotisas de grau elevado e finalmente por um grupo de dois a dois das mais novas. Cada
uma saúda o exterior, a cuia, os presentes e dança em volta da cuia colocando moedas que
passam previamente por sua cabeça, delegando sua própria pessoa ao finado. Ao mesmo
tempo despede-se do finado, com cantigas apropriadas. Uma das cantigas entoadas é uma
reverência a todos os Axexê que, como dissemos, são os primeiros ancestrais, são o começo e
a origem do universo, de uma linguagem, de uma linhagem, de uma família, de um "terreiro".
A venerável morta a Adoxu que merece essa cerimônia e é seu objeto converter-se-á também
num axexê.
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Cânticos
Tó kòrooro orò
En keèré e n awèrè
Tó kòrooro orò
En keèré e n awèrè
A vós que completais o ciclo tradicional
A vossa esteira especial, vossa esteira de bambú
Saudando particularmente Oxossi que, como já dissemos, é o ancestre mítico fundador dos
"terreiros" ketú e conseqüentemente, Axexê do filhos do "terreiro".
Todos os presentes estão obrigados a despedir-se do finado e delegar-se nele por meio das
moedas que colocam na cuia-emissária.
Quando todo os presentes protestaram suas homenagens e despediram-se do finado, formam
uma roda e todo o egbé e os parentes do finado entoam, entre outras, a cantiga:
Ta ní bàbá ikú
Èrò bi o.
Ta n í bàbá ìkú
Èrò bi o.
Ta ní bàbá ikú
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Èrò bi o.
Pai que mergulhou na Morte,
e a paz nasceu para ele.
Pai que mergulhou na Morte,
E a propiciação nasceu com ele.
E oni yè,
Ò munra se bí lagbà kése egbé,
Ò mura se bí ó l àgbà kése egbé
Ènyìn wa òkú ònòn kó ihò
Ènyn wa òkú làgbà kó se
Ènyin wa òkú non l agbà kóró
Ènyìn wa òkúnòn làgbà kú egbé
Ò munra se bí làgba kése egbé
Ò munra se bí ó làgbà kése egbé
Ényìn wa òkú ònòn kó ihò
Ènyìn wa òkú làgbà kó se
Ènyìn wa òkú nòn làgbà kojá
Ényin wa òkú nòn i agbà kú igbó
Ele tornou-se preparado para nascer na comunidade dos mais velhos (ancestrais), lá num lugar imaginário.
Ele tornou-se preparado para nascer na comunidade dos mais velhos (ancestrais), lá num lugar imaginário.
Ó nosso falecido tornastes somente o caminho dos mais velhos (ancestrais), lá num lugar imaginário.
Ó nosso falecido, tornastes somente o caminho da sepultura.
O
“A cantiga acima, quando cantado no axexê, somente dança zeladores de fora e que já raspou
alguém”.
Àla a fà àgòbò
Àla a fà àgòbò
Àla a fà lórò
Àla a fà lórò
Com o pano branco nos cobriremos, pedimos licença e proteção.
Com o pano branco nos cobriremos, pedimos licença e proteção.
Com opano branco nos cobriremos no culto tradicional.
Com o pano branco nos cobriremos no culto tradicional.
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Cânticos aos Abiku:
E àbíkú ó lóoore
E àbikú ó lóoore
Oló yè ènyin àgbà oore
Oló yè ènyin àgbà oore.
No nascimento e na morte sois benevolentes
No nascimento e na morte sois benevolentes
Senhores da vida, vós mais velhos, sê-de benevolentes.
Senhores da vida, vós mais velhos,sê-de benevolentes.
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A àgò fóró-fóró a sòrò npè
Oba si o ìkú o
A àgò fòrò-fòrò a sòrò npè
Yewà riro o ìkú o
A àgò fòrò a sòrò npè
Yemonja odò o ìkù o
Àgò fòrò-fòrò a sòrò npè
Nàná saluba o ìkú o
A àgò fòrò-fòrò a sòrò npè
Òsolufon o ìkú o
A àgò fòrò-fòrò a sòrò npè
Òsogíyàn o ìkú o
Àgò fóró-fóró a sòrò npè
A Morte é quem nos atormenta,
Proteção incessantemente estamos vos pedindo
A morte é quem nos atormenta,
Proteção incessantemente estamos vos pedindo.
A morte é quem nos atormenta
Proteção incessantemente estamos vos pedindo.
Caçador, (ógun,Ossaim, Xangô, etc...), suceda a morte na chefia
Proteção incessantemente vos pedindo.
Axé bi ire’le
Ho mo s’ere, s’ere omo
Arole mo axé bi nló
Ikú o l’omo
Sa l’arin, l’arin l’arin
Omo ikú olomo
Sa l’arin, sa l’arin baba
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Ajé logba'ra nipa bé lorun
B'o delê é maió jinguin
Padê mi o
Se ela chegar na casa, sorria com alegria
Ela me encontrou
Se ela chegar na casa, sorria com alegria
Ela me encontrou
A Morte leva as pessoas pela a trilha que alcança o Orum
As Ajés levam as pessoas pela trilha que alcança o Orum
Se ela chegar na casa, sorria com alegria
Ela me encontrou
Oruká ojê
Kojemi ti o ká
Odé Arole,
Oruká ojê
Kojemi ti o ká
Odé nimauorá
O anel de chumbo
Que não seja eu a colocá-lo
Caçador Herdeiro da Casa,
O anel de chumbo
Que não seja eu a colocá-lo
Caçador, proteja-me sempre
Cantigas para quem tem “Pai e Mãe” finados, somente estas pessoas podem dançar
É ma ko ma ku
B'omodê d'olu joyê
Odé Arole
É ma ko ma ku
Lessé Olorum
B'omodê d'olu joyê
Axiri l'omó
Ma’na roko
Mexikun
Ma’na roko
Mexikun
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Essa cantiga somente os filhos de Obaluaiye, Nanã, o responsável pelo Axexê e Zeladores
convidados pelo mesmo podem dançar
Talabe olowo ma ke loxe
Pato baiye
O ki loxe o palabe
Omo tirodo ke’wa le
O ki loxe o palabe
Ma ke loxe talabe olowo
Ma ke loxe pamoro
Araiye oke loxe o palabe, emi torodo kewale
O ki loxe o palabe
Iku arele Xala
Iku arele Xala
Iku arele Xala nã
Iku arele Xala
Kosebé
Quando se toca Zerin, esta cantiga é cantada no intervalo entre uma cantiga e outra, quem
está dançando na frente do pote, tem que sair imediatamente da frente do mesmo
Galo cantou ma iku elo
Galo cantou ma iku
Gayele mina jojo
Galo cantou ma iku elo aye aye
Galo cantou ma iku
OBS.:
É importante dizer que, quem dança o axexê não deve rodar, só se dança para frente, pois
quem roda bambeia, e o espírito do finado está ali presente e ainda não está cônscio de que
não pertence mais a este mundo, podendo encostar em alguém que não siga as normas do
ritual, e isto não e bom.
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Os sacerdotes vêm e levantam ritualmente a cuia cheia de moedas, apagam a vela e
transportam tudo, também obi e as comidas, para o recinto especial exterior, onde tudo é
Como a morte é um processo inverso à vida, no ritual de Axexê louva-se o “regresso ao pó”,
começando-se por Oxun, que inventou o candomblé, pois foi ela que iniciou a primeira
Iyawo, sendo a primeira Zeladora;
Sendo assim, a ordem é a seguinte:
Oxun, Iansã, Obá, Iyewá, Iyemojá, Nanã, Oxumarê, Obaluiye, Iroko, Ossayin, Oxóssi, Ogun;
Observe que não estão incluídos Xangô e Oxalá, o primeiro começa a ser louvado a partir do
6º dia e Oxalá no arremate, quando se encerra tudo, pois nesse momento chamamos todos os
Orixás para darem sua presença, para assim limparem a roça de candomblé com folhas,
passando em todos os presentes atins e defumando tudo.
Lembrar-se que Exu, nada tem haver com isso, pois mesmo sendo no axexê, o Ipade é feito
em primeiro lugar, porque é ele o mensageiro e o carregador de todos os ebós e sendo assim,
ele não quer saber quem morreu, que ser o primeiro a receber as oferendas.
Iku o!
Iku o gbe lo o gbe
Dide k’ o jo eku o!
Òdigbõse o!
ARREMATE FINAL
6º e 7º dia
Ao pé das comidas e do obi colocam-se, ao lado da cuia, os animais que vão ser
oferecidos de acordo com o tempo de iniciado do finado.
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Animais para o Sacrifício
Os animais para Egun são sempre de cor branca e da melhor qualidade possível, bichos em
bom estado de saúde, sem aleijões, sem nenhuma espécie de problemas, para que o Egun se
sinta satisfeito em receber sua matança para afastamento;
Os animais podem ser: 1 cabrito (podendo se substituído por 1 igbin) e 4 frangos;
Quando a casa não tem Ile-Ibo-Aku, o sacrifício é feito somente com incisão lateral, isso sem
tirar a cabeça do bicho e também suas patas;
Quando a Roça tem tudo montado e preparado, os sacrifícios obedecerão a uma norma
comum para Egun, e nesse caso, serão tirados os Oris e patas, assim como Axés e a
arrumação é diferente;
No caso citado acima, tudo é cozido na água e sal, e no axexê do dia em que a pessoa morre
nada leva sal, isso não pode ser esquecido;
No Ile-Ibo-Aku, tem entre outras coisas que dispor de um morim branco na parede e amarrado
em cima deste pano um mariwo.
Os membros do egbé retomam seus lugares e esperam ser avisados do fim do rito
que se desenrola do Ile-Ibo-Aku.
Nesse meio tempo, os sacerdotes preparam o chamado final do finado. Trazem tudo,
"assentos", objetos pertencentes ao finado, cuia, comidas e animais para o Ile-Ibo-Aku.
Traçam no solo de barro batido um pequeno círculo com areia e por cima, um círculo com
cada uma das três cores símbolos. É um ojúbo provisório, em que se invoca o finado.
No meio dele, parte-se o obi e, com seus segmentos, consulta-se o oráculo sobre a
destinação a ser dada a cada um dos objetos e "assentos" do finado, incluindo o lugar onde o
Eru-Ikú deve ser despachado. Se trata de uma sacerdotisa de grau elevado, às vezes acontece
que o "assento" de seu orixá fique no "terreiro" para ser adorado, com a condição de que o
finado, consultado, esteja de acordo.
Também pode querer deixar alguns objetos de uso pessoal, determinadas jóias ou
emblema a um parente ou a uma irmã do "terreiro". O resto, o que o finado não deixa para
ninguém, em especial seu Bara, seu Igbá-Orí, é posto em volta do pequeno círculo assim
como as três vasilhas novas de barro, que servirão se assim for, como assento do Egun. Se o
finado pertence à cúpula do "terreiro" ou possui méritos excepcionais, as três vasilhas são
separadas para se proceder mais tarde a seu "assentamento" no Ile-Ibo-Aku. Caso contrário,
que é a maioria, as três vasilhas são colocadas junto aos demais objetos que circundam o
círculo-ojúbo. O sacerdote responsável pelo ritual invoca o finado três vezes, batendo no solo
com um Ixan novo preparado com uma grossa tala de palmeira. Invoca-se para que venha
apanhar seu carrego, para que leve e se separe para sempre do egbé e do "terreiro".
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Um grande carrego é preparado. É chamados os zeladores, Ogã e Orixás virados (Oyá, Nanã e
Obaluaiye), que estando na hora devem acompanhar o carrego.
Gbe ‘rú le mã lo a fi bo
Gbe ‘rú le mã lo a fi bo
O egbé forma uma roda, canta saudando os orixás, e dois cantos finais despedem-se
do finado.
Iku o!
Iku o gbe lo o gbe
Dide k’ o jo eku o!
Òdigbõse o!
OBS.:
Sabemos que o Orixá do Zelador “com casa aberta” não vai em carrego (santo de cabeça),
neste caso, vai os outros Orixás que ele tem assentado e despacha-se junto com o carrego no
último dia do Axexê.
Na volta do carrego, geralmente, por estarem muito cansadas todas as pessoas, dá-se
um intervalo para que todos se recomponham. Faz-se almoço, ainda sem carne vermelha. No
entardecer do sétimo dia, canta-se o Padê de encerramento e, em seguida, procede-se ao
sacudimento, isto é, a lavar, varrer e sacudir todos os Ilés e o salão da Roça com ramos de
folhas especiais.
- 18 -
Awuyeé ma oyá
Olomo ni xe
Iku’re é ma Oyá
K’olomo ni xe
Awuye é ki komo ré
E sun fun ye gbalé
Kó ma Oyá
Olomo ni xe
Si ya ji ya
La do je a
Iye iye iye
Si ya ji ya
La do je a
Si ya ji ya do gbala kó sé
Tambo afá
Tambo jirá
E mona serere
Mbango bango
Tatetu, Mametu
Mbango bango
Tatetu, Mametu
Simbe lekue
Uhun uhun
Simbe lekue
Simbe lekue
Tata ki ame
Xora xora
Fun ganga mameto
Xora xora
Fun ganga
- 19 -
Batuca no badi
Senhora do mejê
Oya tu pelebé
Mariwo
Oya tu pelebé
Mariwo
Tanu gongo yo
Tata ta no gongo yo
Tanu gongo yo
Tata ta no gongo yo
Xora muketu
Xora um ganga
Bure bure brekete
Abiku oloore
Abiku oloore
Oloye ni agba oore
Oloye ni agba oore
Kewá Jire
Mona ta kewá jire
Mametu
Mona ta kewá jire
- 20 -
Mama
Jira mona ta kewá
Kimbanda ke odo
Umbanda mona tata
Kewá jire mameto
Jire
Mona ta kewá jire
Mametu
Mona ta kewá jire
Mama
Kumbanda mona ta
Kewa kan jira
Kumbanda mona tata
Kewá jire mameto
- 21 -