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Engenharia Ambiental e Sanitária

Eletroeletrôtrônicos e
seus componetes
Alunos:
Elder Bruno G. Muniz
Gabriel Cunha Siqueira
Pedro Henrique C. de F. Santos
Thaís Andrade Viana
Sumário
Introdução

1. Resíduos sólidos Eletroeletrônicos e seus componentes


2. Classificação

Gestão do resíduo sólido Eletroeletrônicos e seus componentes

1. Instrumentos legais
2. Organizações e instituições

Gerenciamento do resíduo sólido


Eletroeletrônicos e seus componentes

1. Processo de gerenciamento
2. Etapas do processo
3. Segurança do trabalho

Bibliografia

GESTÃO E GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS E REJEITOS
Eletroeletrônicos e seus
componentes
Introdução

A crescente geração de resíduos eletroeletrônicos


é um desafio decorrente do avanço tecnológico.
Esses resíduos, também conhecidos como e-lixo,
incluem dispositivos eletrônicos descartados ou
obsoletos. A gestão adequada desses resíduos é
essencial devido aos impactos ambientais e à
saúde. Este artigo aborda a composição química
dos eletroeletrônicos, fontes geradoras, impactos
e medidas para um gerenciamento adequado.
Compreender essas questões é fundamental para
promover a conscientização e buscar soluções
sustentáveis.
1 - Resíduo sólido Eletroeletrônicos e
seus componentes.
Resíduos sólidos de eletroeletrônicos são equipamentos
elétricos ou eletrônicos descartados ou considerados
obsoletos, como celulares, computadores, TVs,
eletrodomésticos, entre outros. Esses resíduos incluem
os componentes presentes nesses dispositivos, como
placas de circuito, cabos, baterias, telas, metais, plásticos
e vidros. Esses componentes podem conter substâncias
perigosas, como chumbo, mercúrio, cádmio, berílio e
retardantes de chama bromados, que representam
riscos ambientais e à saúde humana se não forem
gerenciados adequadamente. A gestão e o
gerenciamento adequados desses resíduos são
essenciais para minimizar os impactos negativos e
promover a sustentabilidade.
1.2 - Resíduos eletroeletrônicos no Brasil
No Brasil, a geração de resíduos eletroeletrônicos tem
aumentado, tornando-se um desafio em termos de
gestão e impactos ambientais. A falta de
infraestrutura adequada e sistemas eficientes de
coleta, reciclagem e disposição final é uma
preocupação. Esses resíduos contêm substâncias
tóxicas, representando riscos ambientais e à saúde
humana. Apesar dos desafios, o país busca soluções
por meio da reciclagem e reaproveitamento dos
componentes. A implementação de políticas e
legislações, como a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, e a conscientização da população são
fundamentais para um gerenciamento adequado
desses resíduos.
1.3 - Principais fontes geradoras
Empresas e Governo e setor
Setor de saúde
indústrias público

Empresas de diversos Hospitais, clínicas, O setor público,


setores, como laboratórios e outras incluindo órgãos
tecnologia, instalações de saúde governamentais,
telecomunicações, instituições
geram resíduos
varejo, serviços e educacionais e
eletroeletrônicos,
manufatura, são fontes agências
como equipamentos
geradoras significativas governamentais, é
médicos, monitores,
de resíduos responsável pela
eletroeletrônicos. Isso aparelhos de
geração de resíduos
inclui o descarte de diagnóstico, eletroeletrônicos
equipamentos de equipamentos de através do descarte de
informática, laboratório e computadores,
equipamentos de dispositivos de equipamentos de
comunicação, máquinas tratamento. escritório, dispositivos
industriais e outros de ensino e outros
dispositivos eletrônicos dispositivos utilizados
utilizados em suas em suas atividades.
operações.
1.3 - Principais fontes geradoras
Consumidores Revendedores e
domésticos fabricantes

Os consumidores são Revendedores e


uma das principais fabricantes de produtos
fontes geradoras de eletrônicos também são
resíduos fontes geradoras de
eletroeletrônicos, uma resíduos
vez que adquirem e eletroeletrônicos. Isso
substituem ocorre tanto no descarte
regularmente de dispositivos
dispositivos eletrônicos, danificados, obsoletos ou
como celulares, devolvidos quanto no
computadores, gerenciamento de
televisores e resíduos resultantes de
eletrodomésticos. processos de fabricação.
1.4 - Geração de Resíduos eletroeletrônicos
por continentes (Mega Tonelada)
1.5 - Países que mais geram resíduos
Eletroeletrônicos
1.6 - Impactos Ambientais

Contaminação do substâncias Infiltram e Solos e


solo e da água tóxicas Contaminam lençóis freáticos

Queima ou Prejudiciais à
liberação de
Poluição do ar decomposição saúde humana e
inadequada gases tóxicos ao meio
ambiente
Componentes Os gases refrigerantes e Contribuem para o
Efeito estufa presentes nos os poluentes orgânicos aquecimento global e
persistentes (POPs), o efeito estufa
resíduos

Resultando em danos Perda de habitats e


Degradação do Contaminando
aos ecossistemas diminuição da
ecossistema Solo, Ar e Água naturais. população de espécies

Desperdício de Exploração
Desperdício de Falta de gestão recursos (matéria desnecessária de
recursos valiosos adequada prima novas matérias-
secundária) primas
1.7 - Elementos contidos nos REEE
que são prejudiciais à saúde humana.

CHUMBO (PB) MERCÚRIO (HG) CÁDMIO (CD)

A exposição ao chumbo pode O mercúrio é altamente A exposição ao cádmio pode


levar a danos no sistema tóxico e pode causar danos ao ter efeitos tóxicos nos
nervoso central, afetando o sistema nervoso central, pulmões, rins e sistema
desenvolvimento neurológico especialmente em estágios de cardiovascular. Pode causar
em crianças, causando desenvolvimento, como na danos nos rins, distúrbios
problemas de aprendizagem e gestação e infância. A pulmonares, osteoporose,
comportamentais. O chumbo exposição ao mercúrio pode além de estar associado a
também pode afetar os levar a danos neurológicos, problemas reprodutivos e
sistemas renal, cardiovascular afetar a função cognitiva, a câncer de pulmão.
e reprodutivo, além de estar memória e o aprendizado.
associado a anemia, danos aos Também pode causar
ossos e perturbações no problemas renais e
sistema imunológico. cardiovasculares.
1.7 - Elementos contidos nos REEE
que são prejudiciais à saúde humana.

ARSÊNICO (AS) CROMO (CR) NÍQUEL (NI)

O arsênico é um carcinógeno O cromo hexavalente, uma


forma tóxica do cromo, é A exposição ao níquel pode
humano conhecido e pode
carcinogênico e pode causar causar reações alérgicas na
causar diversos problemas de
câncer de pulmão. Também pele, conhecidas como
saúde. A exposição ao
pode causar irritação da pele, dermatite de contato. Além
arsênico está associada a
dermatite, problemas disso, a inalação de
câncer de pele, pulmão,
respiratórios, danos nos rins e compostos de níquel pode
bexiga e rim.
no fígado. levar a problemas
Também pode afetar o
respiratórios, asma
sistema cardiovascular, o
ocupacional e, em casos
sistema nervoso central e
mais graves, câncer de
estar relacionado a problemas
pulmão e nasossinusais.
de pele e danos nos pulmões.
2.1 - Classificação dos REEE
de acordo com a PNRS.

Os resíduos eletroeletrônicos e seus componentes são classificados como


Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) de acordo com a sua natureza ou origem,
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Resíduos Componentes de Resíduos


Eletroeletrônicos (REE) Eletroeletrônicos (CRE)

São os equipamentos elétricos e Referem-se aos elementos que


eletrônicos descartados ou compõem os equipamentos
considerados obsoletos, como eletroeletrônicos, como placas de
circuito, fios, cabos, baterias,
computadores, telefones
lâmpadas, capacitores, resistores,
celulares, televisores,
entre outros. Os componentes
eletrodomésticos, entre outros. podem ser retirados dos
Esses resíduos são provenientes equipamentos eletroeletrônicos
principalmente de residências, durante o processo de desmontagem,
escritórios, comércios e reciclagem ou descarte adequado.
indústrias.
2.2 - Classificação dos REEE de
acordo com a Norma NBR
10.004: 2004.

A Norma NBR 10.004: 2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),


classifica os resíduos quanto à sua periculosidade em quatro classes: Classe I -
Perigosos, Classe II - Não Inertes, Classe II A - Não Inertes de Natureza Não
Biodegradável e Classe II B - Não Inertes de Natureza Biodegradável. De acordo com
essa norma os resíduos eletroeletrônicos e seus componentes são classificados da
seguinte maneira:

Resíduos Componentes de Resíduos


Eletroeletrônicos (REE) Eletroeletrônicos (CRE)

Classe II - Não Inertes: Os resíduos A classificação de componentes


eletroeletrônicos são classificados dependerá de sua composição e
como não inertes, pois contêm características específicas. Alguns
componentes e materiais que podem podem ser classificados como
ser reativos, tóxicos ou inflamáveis, Classe II - Não Inertes, enquanto
mas não são considerados perigosos o outros podem se enquadrar na
suficiente para se enquadrarem na Classe I - Perigosos.
Classe I.

2.3 - Linhas dos produtos eletroeletrônicos


GESTÃO DO RESÍDUO SÓLIDO
ELETRÔNICO E SEUS COMPONENTES
1. Instrumentos Legais - Regulamentadores
Existem vários aspectos legais que direcionam e envolvem a gestão e o gerenciamento dos
resíduos eletrônicos e seus componentes. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
instituída pela Lei n° 12305/10, classifica os resíduos eletrônicos conforme a sua origem e
periculosidade, porém a norma que os classifica de acordo com os riscos ao meio ambiente
e à saúde pública é a ABNT NBR 10004/04.
A PNRS também conceitua a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e os acordos
setoriais, que são ferramentas utilizadas para fazer a correta manipulação e destinação destes
materiais, no seu Art. 33 inciso VI, a PNRS afirma que os produtos eletroeletrônicos e seus
componentes são obrigados a estruturas uma logística reversa . Contudo, o Decreto n°
10936/22 é a legislação que os regulamenta, descrevendo principalmente, as
responsabilidades dos geradores de resíduos sólidos e do poder público, e como deverá ser
implementado o programa de coleta seletiva e Logística Reversa no país.
1. Instrumentos Legais - Regulamentadores
As normas para a implementação do Sistema de Logística Reversa Obrigatória de Produtos
Eletrônicos de Uso Doméstico e seus Componentes são estabelecidas pelo Decreto n°
10240/20. O objeto deste Decreto é a estruturação (fase 01), a implementação (fase 02) e a
operacionalização desse programa de logística reversa. Em seus anexos vem a relação dos
produtos eletrônicos cabíveis de logística reversa, o cronograma de implantação da fase 2 e
a lista dos municípios alvos dessa logística reversa.
Este Decreto também relata as obrigações de cada um dos elementos ativos no processo de
gerenciamento desse resíduo, seja por acordo setorial ou para iniciativas isoladas, e em caso
de descumprimento das normas, os infratores ficarão sujeito as penalidades previstas na
legislação, pois o lançamento incorreto de resíduos sólidos é prescrito na Lei n° 9605/98
como crime ambiental.

1. Instrumentos Legais - Regulamentadores


Os requisitos necessários para garantir a proteção à saúde do trabalhador e do meio
ambiente na manufatura reversa dos resíduos eletrônicos, são estabelecidos pela ABNT NBR
16156/13. Esta norma aborda os deveres da empresa para planejar, implementar e operar os
planos e procedimentos para a aplicação dos requisitos legais em relação a saúde e
segurança do trabalhador e identificar as áreas de risco e monitorá-las.
Para os estabelecimentos que trabalham com a manufatura reserva dos aparelhos de
refrigeração, a ABNT NBR 15833/18 define quais são os procedimentos necessários para o
transporte, armazenamento e desmonte com reutilização, recuperação dos materiais
recicláveis e destinação final ambientalmente adequada de resíduos eletrônicos de
refrigeração.
No âmbito Estadual, a lei que promove as ações de logística reversa é a Lei Ordinária n°
14248/02, que aborda sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos, e principalmente,
reafirma que os REEE devem ter uma destinação ambientalmente adequada.
1. Instrumentos Legais - Regulamentadores
No dia 30 de maio de 2023, em Goiás, foi sancionada a Lei Estadual n° 21983/23 que institui
a Política Estadual TI Verde, que tem por objetivo a eliminação verde de computadores
antigos e equipamentos eletrônicos, bem como a sua reciclagem correta e estimular a
economia circular.
No município de Goiânia, a Resolução Normativa n° 004/21 – CGR, dispõe as regras gerais
para a gestão de resíduos sólidos no município, e reafirma em seu Art. 667, que são de
responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, a gestão e a
correta destinação de resíduos eletrônicos e seus componentes.
A Câmara Municipal de Goiânia, aprovou a Lei n° 10229/18, o Projeto Papa-Pilhas, que
obriga os comércios de aparelhos eletrônicos de pequeno porte instalem coletores de
resíduos eletrônicos, e apresentem anualmente os comprovantes da destinação
ambientalmente adequada desses resíduos para o órgão fiscalizador.

1. Instrumentos Legais - Acordo Setorial


O acordo setorial para implantação do Sistema de Logística Reversa de Produtos
Eletrônicos de Uso Doméstico e seus Componentes foi assinado em 31 de outubro de 2019,
tendo como objetivo estruturar, implementar e operacionalizar este programa.
Os órgãos integrantes deste acordo são: o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
(MMA), a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), a Associação
Brasileira da Distribuição de Produtos e Serviços de Tecnologia da Informação (ABRADISTI), a
Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (ASSEPRO
NACIONAL) e a Gestora para Resíduos de Equipamentos Eletrônicos Nacional (GREEN
ELETRON).
O gerenciamento desse Sistema de Logística Reversa previsto por este acordo tem as
seguintes etapas: o descarte dos consumidores em pontos de recolhimento, o recebimento e
armazenamento temporário nos pontos de coleta, o transporte, e a destinação final
ambientalmente adequada.
1. Instrumentos Legais - Acordo Setorial
A elaboração e a divulgação desse programa é realizada pelo Grupo de Acompanhamento
de Performance (GAP) e pelas Entidades Gestoras. Além disso, este grupo é responsável por
fornecer os dados, informações sobre a execução deste Sistema de Logística Reversa, para
que o MMA possa avaliar e monitorar o desempenho e cumprimento das metas deste acordo
setorial.
Organizações e Instituições -
Participantes
3.1. Organizações e Instituições - Participantes
Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos – Abree,
fundada em 2011, sem fins lucrativos gerenciadora de sistema coletivo de logística
reversa, contratando, fiscalizando e auditando as prestadoras de serviço desse meio.
Gestora para Resíduos de Equipamentos Eletrônicos Nacional - Green Eletron, fundada
em 2016 pela Abinee, é uma entidade gestora sem fins lucrativos que contrata e
coordena os serviços de coleta, transporte e a destinação final ambientalmente
adequada dos eletrônicos descartados.
Recicladora Urbana - ReUrbi: fundada em 2012 é uma empresa privada que atua na
logística reversa e processamento de resíduos eletrônicos, reciclando e recondicionando
equipamentos eletrônicos, com mais de 80 projetos sociais atendidos com esse resíduo.
Desctec Natureza e Tecnologia - Goiânia: é uma empresa especializada em coleta,
triagem, descaracterização e reciclagem de REEE, garantindo o retorno desses materiais
à cadeia produtiva conforme a economia circular.
2. Organizações e Instituições - Fiscalização
Federal
Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico (ANA)
Estadual
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD)
Municipal
Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA)

Processo de Gerenciamento
Processo de Gerenciamento

Importador

Comerciante Consumidor

Descarte nos pontos de coleta

Fabricante

Matéria prima secundária Indústria de reciclagem

Triagem

Outras indústrias Disposição final adequada


Etapas do processo

Coleta Segregação Identificação

Acondicionamento
Armazenamento Acondicionamento Classificação

Destinação Final
Tratamento

Transporte
Reciclagem

Disposição Final
Monitoramento
Etapas do Processo:
Atividades realizadas em cada etapa
Os resíduos eletroeletrônicos são coletados em pontos designados, como
postos de coleta, pontos de reciclagem ou empresas especializadas em
Coleta gerenciamento de resíduos. Esses pontos são estabelecidos com base na Lei nº
12.305/2010, que estabelece a responsabilidade dos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes na implementação de sistemas de logística
reversa. Atividades realizadas: Identificação e cadastramento, Divulgação e
sensibilização, Recebimento e triagem, Acondicionamento

Os resíduos eletroeletrônicos coletados são triados para separar os materiais


reaproveitáveis dos não recicláveis. a separação é feita de acordo com a norma
Segregação
NBR 16156:2013. Atividades realizadas: Triagem visual, separação
magética,separação por densidade e Separação por processos químicos.

Nesta etapa, os resíduos eletroeletrônicos são identificados e classificados de


Identificação e acordo com sua natureza, origem, composição química e periculosidade. de
Classificação acordo com a norma NBR 16156:2013. Atividades realizadas: Inspeção visual,
Identificação dos materiais, Avaliação da periculosidade, Classificação de
acordo com normas e Registro e documentação.
Etapas do Processo:
Atividades realizadas em cada etapa
A etapa de acondicionamento e armazenamento dos resíduos
Acondicionamento
eletroeletrônicos envolve embalar, identificar e armazenar esses
e
materiais de forma adequada. É crucial garantir embalagens resistentes
Armazenamento
para evitar vazamentos e danos durante o transporte e armazenamento.
Normas como Norma ABNT NBR 10004, resolução ANATEL 680, regem
essa etapa. Atividades realizadas: Embalagem adequada, identificação e
rotulagem, Armazenamento seguro, registro e documentação e
Monitoramento e inspeção regular.
A etapa de transporte dos resíduos eletroeletrônicos envolve o
deslocamento seguro e controlado desses materiais, do local de geração
Transporte até a destinação final adequada. Essa etapa é essencial para garantir a
integridade dos resíduos, minimizar riscos à saúde e ao meio
ambiente.para isso se faz necessário: veícuols apropriados,
Documentação e rastreabilidade. seguindo as Resoluções CONAMA
523/2013 e ANTT 5232/2016. Atividades realizadas: Planejamento
logístico, Carregamento e descarregamento, Documentação e
rastreamento, Cumprimento das normas e regulamentações.
Etapas do Processo:
Atividades realizadas em cada etapa
Nesta etapa, os resíduos eletroeletrônicos passam por processos de
tratamento, como descontaminação, remoção de componentes perigosos e
Tratamento redução de volume. O tratamento visa reduzir os impactos ambientais e
maximizar a recuperação de recursos dos resíduos. Atividades realizadas:
recuperação de mteriais, Triagem e separação e Tratamento de substâncias
perigosas.

Os materiais recuperados dos resíduos eletroeletrônicos são encaminhados


para a reciclagem, onde são processados e transformados em novos produtos
Reciclagem ou matérias-primas. Isso é feito seguindo as diretrizes do Programa Nacional
de Resíduos Eletroeletrônicos (PNREE), Norma ABNT NBR 16156:2014, Resolução
CONAMA nº 401/2008, além claro da PNRS.

O monitoramento do gerenciamento de (REEE) consiste em acompanhar e


controlar as atividades relacionadas ao gerenciamento dos REEE para garantir
que sejam realizadas de forma adequada e em conformidade com as normas e
Monitoramento regulamentos aplicáveis. Atividades realizadas: Verificação da segregação
correta dos resíduos, Acompanhamento do transporte, Controle do
armazenamento, Verificação do tratamento adequado, Avaliação da destinação
final, Registro e documentação.
Etapas do Processo:
Atividades realizadas em cada etapa
A destinação final abrange todas as ações para encaminhar os resíduos
Disposição final de forma adequada, considerando a minimização dos impactos
ambientais e a proteção da saúde pública. Isso inclui todas as etapas
anteriores do gerenciamento de resíduos, como segregação, coleta,
transporte, tratamento e reciclagem. Atividades realizadas: Seleção do
local de disposição final, Preparação do local, Cobertura e compactação,
monitoramento.

A destinação final abrange todas as etapas do gerenciamento de


resíduos, incluindo a disposição adequada dos resíduos, com foco na
Destinação Final
minimização dos impactos ambientais e na proteção da saúde pública.

Busca-se alternativas sustentáveis e responsáveis, priorizando a


redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sempre que possível.
Atividades realizadas: Planejamento e escolha da destinação, Avaliação e
preparação dos resíduos, Encaminhamento para instalações
especializadas, Tratamento dos resíduos, Registro e documentação.
Unidades físicas, Técnicas, Procedimentos,
Máquinas e Equipamentos para o manejo.
Como são executadas as atividades em cada etapa.
Coleta

Unidades físicas: Pontos de coleta,


centros de triagem. Identificação dos pontos de coleta
Técnicas: Coleta seletiva, coleta e roteirização das coletas.
porta a porta. Coleta seletiva dos resíduos
Procedimentos: Roteirização da eletroeletrônicos nos pontos
coleta, separação dos resíduos determinados.
coletados. Separar os resíduos de acordo com
Máquinas e equipamentos: suas categorias.
Caminhões de coleta, contêineres,
caixas de coleta, carrinhos de
transporte.

Segregação

Unidades físicas: Áreas de


segregação, galpões de triagem.
Técnicas: Separação dos resíduos Recebimento dos resíduos
por tipo, categoria ou composição. coletados e sua separação por tipo,
Procedimentos: Identificação e categoria ou composição.
separação dos diferentes tipos de Identificação e classificação dos
resíduos. materiais presentes nos resíduos.
Máquinas e equipamentos: Esteiras
transportadoras, mesas de triagem,
contêineres específicos para cada
tipo de resíduo.

Identificação e
Classificação

Unidades físicas: Áreas de


identificação e classificação. Análise da composição dos
Técnicas: Análise da composição dos resíduos por meio de técnicas
resíduos, identificação de materiais laboratoriais ou análise visual.
perigosos. Identificação de materiais
Procedimentos: Uso de técnicas perigosos, tóxicos ou valiosos
laboratoriais, análise visual. presentes nos resíduos.
Máquinas e equipamentos:
Equipamentos de análise química,
microscópios, instrumentos de
medição.

Acondicionamento e
Armazenamento

Unidades físicas: Depósitos,


armazéns.
Acondicionar os resíduos em
Técnicas: Acondicionamento correto
embalagens adequadas, como
dos resíduos, embalagens
apropriadas. contêineres ou tambores,
Procedimentos: Identificação e garantindo a segurança no
rotulagem dos recipientes de armazenamento.
armazenamento. Realizar a identificação e
Máquinas e equipamentos: rotulagem correta dos recipientes
Contêineres, tambores, caixas de de armazenamento.
armazenamento, sistemas de

ventilação e controle de temperatura.

Transporte

Unidades físicas: Veículos de


transporte, rotas de transporte.
Carregar os resíduos nos veículos
Técnicas: Movimentação segura dos
de transporte de forma segura e
resíduos.
adequada.
Procedimentos: Carregamento e
Seguir as normas de transporte e
descarregamento dos resíduos,
documentação necessárias para o
documentação de transporte.
transporte dos resíduos.
Máquinas e equipamentos:
Caminhões de transporte,
empilhadeiras, paletes.

Tratamento

Unidades físicas: Instalações de


tratamento, fábricas de reciclagem.
Técnicas: Processos de tratamento Desmontar os equipamentos
físico, químico ou biológico. eletroeletrônicos para separação
Procedimentos: Desmontagem, dos componentes.
descontaminação, recuperação de Realizar tratamentos físicos,
materiais. químicos ou biológicos para
Máquinas e equipamentos: recuperar os materiais valiosos e
Máquinas de trituração, reduzir os impactos ambientais.
separadores magnéticos, fornos de
fundição, tanques de tratamento
químico.

Monitoramento

Unidades físicas: Instalações de


tratamento, laboratórios de análise. Coletar amostras e realizar
Técnicas: Monitoramento ambiental, análises para monitorar a
análise de amostras. qualidade do ar, da água e do solo.
Procedimentos: Coleta de amostras, Avaliar os resultados das análises
análise de poluentes. para garantir o cumprimento das
Máquinas e equipamentos: normas ambientais.
Equipamentos de medição e análise,
sistemas de monitoramento
ambiental.

Reciclagem

Unidades físicas: Fábricas de


reciclagem, centros de
Separar os materiais por tipo para
processamento.
serem processados e reciclados.
Técnicas: Processos de recuperação
Utilizar máquinas e equipamentos
de materiais.
específicos para trituração,
Procedimentos: Separação de
separação e processamento dos
materiais, processamento de
componentes.
materiais.
Máquinas e equipamentos:
Trituradores, separadores
magnéticos, prensas, máquinas de
fundição.

Disposição final

Unidades físicas: Aterros sanitários,


unidades de disposição final. Preparar os resíduos para a
Técnicas: Descarte seguro dos disposição final, como
resíduos. compactação e embalagem segura.
Procedimentos: Separação e Encaminhar os resíduos para
preparação dos resíduos para aterros sanitários ou outras
disposição final. unidades de disposição final
Máquinas e equipamentos: apropriadas.
Máquinas de compactação, veículos
para transporte dos resíduos para
aterros.

Destinação Final

Unidades físicas: Aterros sanitários,


instalações de tratamento térmico. Realizar o tratamento térmico,
Técnicas: Processos de tratamento como incineração, quando
térmico, incineração. necessário.
Procedimentos: Tratamento final Garantir a conformidade com as
dos resíduos antes do descarte. normas e regulamentações
Máquinas e equipamentos: Fornos ambientais para o descarte
de incineração, sistemas de adequado dos resíduos.
tratamento de gases.

SEGURANÇA DO TRABALHO
É essencial que os trabalhadores envolvidos na gestão de resíduos
Treinamento e eletroeletrônicos recebam treinamentos adequados sobre os riscos
envolvidos, o manuseio seguro dos materiais, as práticas corretas de
capacitação desmontagem e reciclagem, além do uso dos equipamentos de proteção.
A capacitação contínua é importante para manter os trabalhadores
atualizados sobre as melhores práticas e regulamentações.

Durante as operações de desmontagem e reciclagem de resíduos


eletroeletrônicos, é necessário implementar medidas para controlar a
Controle de poeira
dispersão de poeira e a emissão de substâncias tóxicas no ambiente de
e emissões trabalho. Isso pode incluir o uso de sistemas de exaustão, captação
localizada, lavagem dos materiais ou utilização de barreiras físicas.
SEGURANÇA DO TRABALHO
É importante que o local de trabalho seja organizado de forma a
Organização do minimizar os riscos, garantir a circulação segura dos
espaço de trabalho trabalhadores e facilitar o acesso aos equipamentos de proteção
e ferramentas necessárias. Além disso, deve-se sinalizar
adequadamente os perigos presentes e fornecer informações
sobre os procedimentos de segurança.

Os resíduos perigosos presentes nos equipamentos


Gerenciamento de eletroeletrônicos devem ser devidamente identificados,
resíduos perigosos segregados e armazenados de acordo com as regulamentações
específicas. É importante implementar boas práticas de
manuseio e armazenamento, além de garantir a correta
destinação final desses materiais.
SEGURANÇA DO TRABALHO
Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs)
Os trabalhadores devem utilizar os EPIs adequados para cada etapa do processo,
como luvas, óculos de proteção, máscaras respiratórias, aventais ou macacões de
proteção, visando minimizar a exposição a substâncias perigosas, poeiras,
vapores ou gases nocivos.
Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs)

Luvas
Óculos
Máscaras
Aventais ou macacões de proteção
Calçados de segurança
Referências
China e Estados Unidos lideram lista de países que mais geram lixo eletrônico.
Disponível em: <https://news.un.org/pt/story/2020/07/1719142> . Acesso em 07 de
junho de 2023.

Brasil. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm >. Acesso em: 05 de junho de 2023.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 10.004: 2004. Resíduos sólidos
- Classificação. Rio de Janeiro: ABNT. Disponível em: <
file:///C:/Users/elder/Downloads/ABNT-NBR-10004.pdf >. Acesso em: 05 de junho de
2023.

Goiás. Lei Estadual nº 14.248, de 29 de julho de 2002. Dispõe Política Estadual De


Resíduos Sólidos. Goiá. Disponível em: <
file:///C:/Users/elder/Downloads/Lei%20Ordin%C3%A1ria%2014.248.pdf >.
Referências
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Acordo Setorial para Implantação de Sistema
de Logística Reversa de Produtos Eletrônicos de Uso Doméstico e seus
Componentes. Disponível em: < https://portal-api.sinir.gov.br/wp-
content/uploads/2022/05/Acordo_Setorial_-
_Eletroeletro%CC%82nicos__sem_anexos.pdf >. Acesso em: 20 de maio de 2023.

ABREE. Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos.


Disponível em: < https://abree.org.br/conheca-a-abree >. Acesso em: 20 de maio de
2023.

Green Eletron. Gestora para Logística Reversa de Eletrônicos. Disponível em: <
http://greeneletron.org.br/sobre >. Acesso em: 20 de maio de 2023.

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Goiânia. Resolução Normativa nº 004/2021, de 17 de dezembro de 2021. Estabelece as


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Goiânia. Lei nº 10.229, de 02 de agosto de 2018. Dispõe Sobre o Projeto Papa-Pilhas.


Goiânia - GO. Disponível em: <
https://www.goiania.go.gov.br/html/gabinete_civil/sileg/dados/legis/2018/lo_20180802_
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Referências
SINIR. Eletroeletrônicos e seus componente. Disponível em: <
https://sinir.gov.br/perfis/logistica-reversa/logistica-reversa/eletroeletronicos/ >.
Acesso em 04 de junho de 2023
Muito obrigado Pela
Atenção!!!

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