Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bianchi Ferment A Cao
Bianchi Ferment A Cao
INDUSTRIAL
COORDENADORES: V O LU M E 2t
WILLIBALDO SCHMIDELL
URGEL DE ALMEIDA LIMA
EUGÊNIO AQUARONE
WALTER BORZANI
UOQUIMICA
BIOLOGIA
ÍÕLECULAR
BIOTECNOLOGIA
, INDUSTRIAL ,
U n h a r i a QU'
Coordenadores:
W IL I IBA I.D O S C H M ID E L L
U R G E L D E A L M E ID A LIM A
E U G Ê N IO AQUARONE
W A L T E R BO R Z A N I
BIOTECNOLOGIA
INDUSTRIAL
VOLUME II
ENGENHARIA
BIOQUÍMICA
ft
EDITORA EDGARD BLÜCHER ltda.
© 2001 Urgel d e A lm eida Lim a
E ugênio A qua rone
Walter B orzan i
W illibaldo S chm idell
1- e d iç a o - 2001
EDITORA AFILIADA
AUTORES
13.1 - Introdução
Quem nunca viu uma laranja coberta por uma camada verde ou negra de
mofos? Um pão embolorado? Ou mesmo um sapato mofado após ter sido deixado
em um lugar úmido? Pois bem, esses exemplos citados, que acontecem com fre
qüência na natureza, ocorrem principalm ente devido a determinadas condições
ambientais e alimentação propícias ao crescimento desses microrganismos.
Porém, esse desenvolvimento microbiano indesejável pode ser, se houver
um controle do processo, uma ferramenta potencialmente interessante na obten
ção de diversos produtos, tais como enzimas, biomassa microbiana, inóculos, além
de alimentos, medicamentos, pigmentos, etc.
Essa forma de processo é denominada "ferm entação em estado sólido", "fer
mentação em substrato sólido", "ferm entação em meio sem i-sólido" ou sim ples
mente "ferm entação sem i-sólida". Como forma abreviada, pode ser utilizada tam
bém a sigla FSS (embora, menos freqüentemente, alguns pesquisadores prefiram
usar as siglas FMS e FES).
Esse processo, comumente empregado em países do Oriente e do continente
africano visando a elaboração de alimentos, vem ganhando adeptos em sua utili
zação, ano após ano, entre pesquisadores da Europa e do continente americano,
devido a peculiaridades que serão enfocadas nas páginas seguintes.
T om ando por base a definição utilizada por DURANT et al.\ na qual tam
bém se enqu adram algumas outras extraídas da l i t e r a t u r a , m a s ressalvando
que o substrato não tem de ser necessariam ente insolúvel em água e, desta forma
ser sólido, pois ocorrem exem plos em que o substrato líquido (solução de sacaro
se e de sais nutrientes ou melaço) está um edecendo uma m atriz sólida inerte (sa
bugo de milho ou bagaço de cana),6'7,6 a ferm entação em estado sólido pode ser
definida com o "pro cessos que referem -se a cultura de m icrorganism os sobre ou
dentro de partículas em matriz sólida (substrato ou m aterial inerte), onde o con
teúdo de líquido (substrato ou meio umidificante) ligado a ela está a um nível d
atividade de água que, por um lado, assegure o crescimento e metabolism o da
células e, por outro, não exceda à máxima capacidade de ligação da água com
matriz sólida".
Por essa definição, eliminam-se também algumas confusões criadas por de
terminados autores,9 que colocam erroneamente os sistemas de filtro biológico ae
róbio utilizados em processos de tratamento de águas residuárias e o sistema dt
fermentação acética para obtenção de vinagre, onde, em ambos os casos, há a per
colação de nutrientes líquidos através de uma matriz sólida inerte e insolúvel, na
qual estão imobilizados os microrganismos, como processos de fermentação eir
estado sólido.
O termo fermentação em superfície, às vezes utilizado para referir-se à cul
tura em substrato sólido, deve ser evitado, pois esta denominação diz respeito ao
processo em que há o crescimento microbiano sobre a superfície líquida estática
de um substrato, tal como a antiga forma de produção de vinagre em barris.
Outro erro que não deve ser cometido é confundir esse processo com a cul
tura em meio sólido ou semi-sólido utilizando agar, usualmente empregada em
microbiologia para a seleção e manutenção de microrganismos.
Nesse capítulo serão descritos, de maneira sucinta, tópicos de interesse à
compreensão desse processo, mais especificamente tipos de microrganismos, ca
racterísticas dos substratos, formas de reatores e principais controles comumente
utilizados, as vantagens e desvantagens inerentes ao sistema em relação ao pro
cesso submerso, além de exemplificar alguns casos relatados por pesquisadores
em diversos artigos científicos. ;
Porém, dentre todos os assuntos analisados, o estudo sobre produção de co
gumelos comestíveis, pela quantidade de material bibliográfico existente, mesmo
empregando os meios em estado sólido para o crescimento e produção enzimática,';
não será examinado neste capítulo, pois merece uma atenção à parte.
No item "Referências bibliográficas" será apresentado um vasto número de
títulos de artigos científicos utilizados neste capítulo, visando facilitar a procura
de material bibliográfico para aqueles que quiserem iniciar uma pesquisa envol
vendo esse processo. ;
Figura 13.1 - Influência do tamanho das partículas na velocidade de fermentação de açúcar de beterraba por Z/mo
monas mo bilis para a produção de etanol.
Nesse último caso, porém', além de ser uma etapa de consumo muito grande
de energia, a esterilização pelo calor pode causar uma modificação nas caracterís
ticas do substrato, tais como textura ou qualidade nutricional, que refletem na for
mação de uma massa com pacta ou granular, um ressecamento da massa e, às ve
zes, uma adesão da m assa à parede do fermentador. OSHIMA32 cita a modificação
da textura de diferentes meios após a esterilização.
Félizmente, alguns autores mostram que, a partir da adição de uma quanti
dade grande de inóculo que visa evitar ou abrandar o problema de contam ina
ções, a não esterilização do meio não afeta a produtividade, como por exemplo na
obtenção de penicilina33 e de etanol.34
Diversas m atérias-prim as e, dentre estas, principalm ente diversos tipos de
resíduos agroindustriais, podem ser empregadas na fermentação em estado sóli
do. A escolha de cada meio, logicamente, irá depender do produto final que se de
seja obter.
Assim, os primeiros reatores que devem ser citados são os de vidro, com u-
I mente utilizados em laboratório. Erlenmeyers são os prim eiros a serem lem bra-
* dos, devido à facilidade de manuseio durante as pesquisas.
Frascos de Fernbach58 também são bastante utilizados, inclusive em nível in-
dustrial, para a produção de esporos, devido à ampla área superficial entre o substra-
■: to e a atmosfera que o mesmo fornece para o desenvolvimento dos microrganismos.
WÊk •
^ Garrafas de cultura também são muito empregadas pelos m e sm o s fatos ex-
£ postos acima. Esses "reato res", embora excelentes para o início de u m a p esqu isa,
j§. deixam a desejar quando se pensa em uma ampliação de escala do processo.
Dessa forma, diversos tipos de reatores têm sido propostos para am e n iz a r os
problemas de aeração, troca de calor, umidade, entre outros.
flèífcUra ~ ^ eatores de vidro: pela ordem, frasco de Fernbach de 2500 mL. garrafa de cultura, tubular vertical,
^ ^ .T n e y e r de 250 mL, erlenmeyer de 2800 mL.
mm-
• Bandejas: as primeiras a surgirem foram as bandejas rasas. Construídas em
estrutura de madeira/9 bam bu,2 alumínio59 ou outros materiais,6 de diver
sos tamanhos (mas, com a altura do meio variando basicamente entre 2 a 7
cm 2'9), elas podem possuir seu fundo intacto, o que significaria uma atuação
muito parecida com a dos erlenmeyers, porém com uma área superficial de
troca e uma capacidade de alocar meio de cultura muito maior. Podem
também ter seu fundo substituído por uma tela perfurada, o que lhes con
fere uma maior eficiência na circulação de ar por todo o meio, e não so
mente na parte superior exposta ao ambiente.
Para a disposição das bandejas, deve-se ter um local apropriado para o de
senvolvimento da fermentação. Podem ser utilizadas sim plesm ente salas com es
tantes, fazendo-se uso de ar natural ou aeração forçada (passando antes por umi-
dificadores), desde que haja o controle de temperatura e umidade. As bandejas,
perfuradas, por outro lado, podem ser também dispostas em estufas que possuam
uma adaptação para a entrada de aeração forçada pelo fundo do equipamento.
CANNEL; MOO-YOUNG2 citam o exemplo de utilização de grandes bandejas
(1,4 a 4,5m 2) com fundo de tela, para a produção de "k o ji" em processo mecaniza
do, que são colocadas em câmaras de incubação tendo a temperatura ajustada pela
passagem de ar por entre o substrato.
Nesses casos, o substrato é aspergido por uma solução de inóculo. Instala
ções desse tipo requerem um elevado número de trabalhadores, além de o número
de bandejas manipuladas diariamente ser igualmente elevado.
Figura 13.3 - Reatores tipo bandeja: pela ordem, com meio de cultura e vazio com fundo perfurado.
r
d_Í3
1
e 1 13 J
PRODUÇÃO DE ENZIMAS
a) Fitase: para a redução de níveis de ácido fítico em farinha de sem ente
de colza e de canola (su bprod utos do p ro cessa m en to de óleo a partir destas m a
térias-primas), utilizou-se uma cultura de A spergillus carbonarius em meio com pos
to por farinha de canola e fosfato inorgânico/1 O período de fermentação foi de 72
horas, a um teor de umidade de 53-60%/2 A adição de oleato de sódio (1%) e Twe-
en-80 ao meio aumentou a produtividade do processo.83
b) a-amilase: para a produção desta enzima termoestável, utilizaram-se di
versas linhagens de Bacillus, como Bacillus coagulans,2] Bacillus m egaterium ,84 Ba
cillus licheniform isSD e Bacillus sp .,HC) em meio de farelo de trigo,21 com partículas de
diâmetro entre 0,4 e 0,8 cm, pH inicial 7,0 a 40UC.84 Foi mostrado que a atividade
enzimática é reduzida em até 85% caso o teor de umidade inicial do meio varie de
65% a 95%. LONSANE; RAMESH1 mostram um resumo desta produção em FSS por
bactérias. Já por fungos, verificou-se a produção por Rhizopus oryzae em meio à
base de mandioca/'
c) Pectinase: foram empregadas culturas de A spergillus sp .,3Ü A spergillus car
bonarius88 e A spergillus niger em meio de resíduo fibroso de processamento de
mandioca/0 farelo de trigo e sais/* pectina mais sacarose, glicose ou ácido galactu-
rônico embebidos em suporte de bagaço de cana.43 Um dos meios consistiu de par
tículas de tamanho entre 3-5 mm , " a uma umidade de 70%,30,43 e a 30°C.SS Foi
constatado que, em termos de atividade enzimática, a fermentação em estado sóli
do foi onze vezes superior à fermentação submersa.43
d) C elulases: Foi observada a atividade celu lolítica de extratos e n zim áti-
cos obtidos a partir de T richoderm a reesei/ T richoderm a v irid e,42,89 P en icilliu m ci-
trinum,'11 P en icilliu m chrysogen um e Fiisarium ox y sp oru m ,42 tendo com o su bstrato
palha de trig o ,3 bagaço de cana seco ao so l,42 cascas de arroz41 e fibra de c o c o / 1
Foram u tilizad as, com o condições do processo, um pH inicial de 5,8 a um teor
de umidade^de 80% e tem peratura de 25"C42 e 30°C/ durante um período de
■7-14 dias.41,'~,S) O bservou -se, tam bém , que a produção em meio sólido foi três
Vezes su perior à su b m ersa .42
e) E n z im a s p ro te o lític a s : v e rific o u -se a p ro d u çã o de e n z im a s p r o te o líti-
Cas a p a rtir de B a cillu s a m y lo liq u e fa c ie n s ,1" A sp erg illu s a z v a m o r i/9 e A s p e r g illu s
oryzae, 0,91 à te m p e r a tu r a de 30 e 37°C,37 pH in icial de 7 ,9 j9 e um te o r de
Umidade de 3 5 % ,40 u tiliz a n d o arroz c o z id o ,4' farelo de tr ig o 91 e fa r in h a de
ifoia.39 °
f) amiloglicosidase: estudou-se a produção por R hizopus oryzae,s' Aspergil
o r y z a e 23 e A spergillu s niger,l3,2S'5/'3S'92 em meio à base de farinha de m andioca,87 fare
lo de trigo28,38,73'92 e farelo de arroz.13 Empregou-se, como condições de cultivo
uma temperatura entre 28 e 30°C,15,23,3S'92 a valores iniciais de um idade de 55% e pH
4,7.92 M ostrou-se que a produtividade em meio sólido foi 32 vezes superior à pro
dução em meio líquido.8'
li
Resfriamento e inoculação com esporos de Aspergillus
4
Mistura e colocação em bandejas ou tambores rotativos
JJ
Incubação a 20-45°C de 1 a 7 dias
u u
Extração da enzima com água ou solução-tampao Secagem e moagem da cultura
Jj
Extrato enzimático
D
Farelo enzimático
Figura 13.9 - Uma seqüência típica de um processo de produção de enzimas pelo método de cultura sólida.
P R O D U Ç Ã O DE TOXINAS
Observou-se que diferentes espécies de Fusarium são potenciais produtores
de toxinas, tais como a fusarina C,93 a fumonisina,49 deoxinivalenol e
3-acetildeoxinivaleol/1 tendo como substrato arroz51 ou milho.49 Da mesma forma,
A spergillus produzem aflatoxina e ocratoxina, principalmente por Aspergillus flavus,
A spergillus parasiticus e A spergillus ocraceus.™'*0'61'94,95 O s estudos foram conduzidos
em uma faixa de temperatura entre 25 a 29°C, teor de umidade entre 18 a 31%,
utilizando-se como meio sólido forragens de alfafa e aveia,10,50'94 grãos de sorgo,
soja, trigo, amendoim, milho e arroz.10'30,93
PRO D U Ç Ã O DE AN TIBIÓTICOS ^
a) Penicilina: a utilização de P énicillium chrysogenum , em meio de bagaço
cana umidificado com solução nutriente à base de glicose, lactose e água de mace
ração de milho, obteve maior produtividade volum étrica e m aior rendimento e111
menor período de fermentação, quando com parado com o processo submerso^
Para tanto, foi introduzido no processo um inóculo com 5,0 x 106 esporos por
ma de meio, à temperatura de 26°C, pH inicial de 5,5 e um teor de umidade im * ...
de 70 a 73%, durante um período de 46 horas.33
b) Iturina: para a produção deste antibiótico antifúngico por Bacillus subtilis,
utilizou-se farelo de trigo, verificando-se que a produção em meio sólido foi de
cinco a seis vezes maior que a similar em meio líquido.4S
PRODUÇÃO DE BIOPESTICIDAS
a) Foram produzidos esporos do fungo entomopatogênico B ea u v eria
brongniartii em grãos de milho pré-tratados, alcançando um rendimento de 4,8 x
108 conídios por grama de grãos;6'
b) Estudou-se a atuação do farelo fúngico, obtido a partir da fermentação de
Stilbella aciculosa em farelo de trigo, contra Rhizoctonia solani;96
c) Esporos de Coniothyrium m initans, inibidor da germinação de Sclerotinia
sclerotiorum , foram produzidos em diferentes tipos de substratos, alcançando um
rendimento na faixa de 1,9 a 9,3 x 108 esporos por grama de meio de cultura;9'
d) Verificou-se a produção de esporos de Bacillus thuringiensis a partir de
resíduos de indústria de processamento de mandioca, alcançando um alto rendi
mento no processo, bem superior à cultura subm ersa.18
PRODUÇÃO DE ESPOROS
Efetuou-se a obtenção de esporos de T richoderm a harzianum (potencial gera
dor de celulases, biopesticidas, antibióticos, com postos flavorizantes e proteína
microbiana) em suporte inerte (bagaço de cana) e substrato composto por fari
nha de m andioca e solução nutriente, a 29°C, com um teor de umidade de 75%,
durante um período de 6 dias a uma taxa de aeração de 300 litros de ar por qu ilo
grama de meio por hora. A partir de um inóculo de 3,0 x 10' esporos/g meio, fo
ram gerados até 5,0 x 1 0 10 esporos/g de meio, 5 vezes mais que a produção em
meio agar.98
ENRIQUECIMENTO PROTÉICO
Visando obter um enriquecimento protéico microbiano, foram estudadas as
linhagens de A spergillus niger,29MAoA7 Trichoderm a reesei,lA6 Rhyzopus sp./5 Rhizopus
oligosporus," A spergillus oryzae,w Saccharom yces diastaticus e Saccharom yces sp.'° Os
meios empregados foram cana-de-açúcar e nutrientes,29 polpa de batata-doce,1''1’
arroz cozido,40 farinha de mandioca e solução salina,44 "g rits" de milho,99 polpa de
café, bagaço de laranja,4" palha de trigo e solução nutriente,43 com uma concen
tração inicial de 2 a 5 x 107 esporos por grama de meio.29,44
Verificou-se que as variáveis do processo observadas foram as mais diversi-
!cadas dentre todas as aplicações da fermentação em estado sólido revistas. Como
exemplos, os estudos foram conduzidos a um pH inicial de 2,5/ 3,5,47 3,8/
3,5-4,3,45 4,2,29 4,5'° e 5,0,46 a teores de umidade de 40%/° 50-55% ,44 60%,99 65%/°
g V 7 0 % « « e 80% ,47 temperaturas de 28°C/ 29°C,46 30°C,45'70 33-36°C,29 35°C,44'47
C, e 38°C/° com taxas de aeração de 4,329 e 8,047 litros por quilograma de meio
Por minuto.
Também foram realizados estudos a partir de resíduos agrícolas celulósicos
‘palha de centeio(3D), folha de " m a p le " (j6)), com pré-tratamento com H 2S 0 4 e
NH^OH/3 ou N aO H 36 a 121°C para hidrólise do material. Após essa etapa, adicio
nou-se solução salina e inoculou-se com Candida utilis, A erobasidium pululans, Tri-
choderm a viride33 e Chaetomium cellu lolyticu m ,j6 a um teor de um idade de 75%-78% e
temperatura ambiente'1' ou a 37°C.j6
A LIM EN TO S ORIENTAIS
Com o exem plo, foi estudada a p ro d u çã o de tem p eh , um tradicional ali-
m ento da Ind o nésia, a partir de R liizopus olig o sp o ru s100 e R h izop u s sp./9 em meio
à base de tr ig o 100 ou soja,'’’9 a 31°C por 20-24 h o ra s.39,100 Por esse p ro cesso , o sabor
d esag ra d á v el da soja torna-se mais aceitáv el, o alim ento é m ais facilm ente di
gerível devido à ação das enzim as lip o líticas, p ro teo líticas e am ilolíticas produ
zid as, além de au m entar os níveis de niacina e ribo flav ina ao longo da
fe rm e n ta ç ã o .100
Referências bibliográficas
(1) D U R A N D , A., DE LA B R O IS E , D ., B L A C H È R E , H. L a b o r a t o r y sc a le b io re a c
tor for so lid s ta te p ro c e s s e s . J o u r n a l o f B i o t e c h n o l o g y , v. 8, p . 5 9 - 6 6 , 1988.
(2) C A N N E L , E., M O O - Y O U N G , M. S o l i d - s t a t e f e r m e n t a t io n s y s te m s . P ro c e s s B i
o c h e m i s t r y , v . 15, p .2 -7, 1980.
(3) C H A H A L , D.S. S o li d - s t a t e f e r m e n t a t io n w ith T r ic h o d e r m a r e e s e i for cellulase
p r o d u c t io n . A p p l i e d and E n v i r o n m e n t a l M i c r o b i o l o g y , v. 49, p . 2 0 5 - 1 0 , 1 985.
(4) L O N S A N E , B.K ., G H I L D Y A L , N .P ., R A M A K R I S H N A , S.V . E n g in e e r in g as
p e c t s of p e c t o l y t i c so lid sta te f e r m e n t a t io n . E n z y m e M i c r o b . T e c h n o l ., v. 7, p . 258-65,
1985. ■•
(5) T H I E M A N N , J.E. P r o d u ç ã o de e n z i m a s p o r f e r m e n t a ç ã o em s u b s t r a t o se-
m i - s ó l i d o c o m e s p e ci a l r e f e r ê n c i a à s c e l u l a s e s . In: S E M I N Á R I O D E " H I D R Ó L I S E
E N Z I M Á T I C A DE B I O M A S S A S " , 2, 1 98 5, M a r i n g á . A n a i s . .. M a r i n g á , 1985. p . 107-31.
(6) C A H N , F.J. C itric a cid f e r m e n t a t io n on s o lid m a t e r ia l s . I n d u s t r i a l a n d E n g in e"
e r i n g c h e m i s t r y , v. 27, p . 2 0 1 -4 , 1935.
(7) K A R G I , F., C U R M E , J .A ., S H E E H A N , J .J . S o l i d - s t a t e f e r m e n t a t io n of s w e e t
s o r g h u m to e th a n o l. B i o t e c h n o l o g y an d B i o e n g i n e e r i n g , v. 27, p . 3 4 - 4 0 , 1 985.
(8) K IR B Y , K .D ., M A R D O N , C .J. P r o d u c t i o n of fu e l e t h a n o l b y s o lid - p h a s e fer
m e n t a ti o n . B i o t e c h n o l o g y and B i o e n g i n e e r i n g , v. 2 2, p .2 4 2 5 - 2 7 , 1980.
(9) A I D O O , K .E ., H E N D R Y , R., W O O D , J.B . S o lid s u b s t r a t e f e r m e n t a t io n . A d v a n
ces in A p p l i e d M i c r o b i o l o g y , v. 28, p . 2 0 1 - 3 7 , 19 82 .
. 1 2
(10) H ESSELTIN E, C.W. Solid state ferm entation - Part 1. P rocess B io ch e m istry , v. '
n.6, p.2 4 -7 ,1 9 7 7 .
(11) RALPH , B.J. Solid substrate ferm entations. Food Tech nology in Australia, v. 28,
p.2 47-51,1976.
(12) U N D E R K O FL E R , L.A., SEV ER SO N , G.M., G O ERIN G , K.J. Saccharification of gra
in mashes for alcoholic ferm entation. Ind. Eng. Chem., v. 38, p .9 8 0 - 8 5 ,1946.
(13) U N D E R K O FL E R , L.A., SE V E R SO N , G.M ., G O E R IN G , K.J., C H R ISTE N SEN , L.M.
Commercial Production and use of m old bran. Cereal Chem istry, v. 24, p .1-22, 1947.
(14) K U M A R , P.K .R., L O N SA N E , B.K. Potential of fed-batch culture in solid state fer
mentation for prod uction of gibberellic acid. Biotechnology Letters, v. 9 , 1 7 9 - 8 2 ,1 9 8 7 .
(15) PA N D EY , A. Recent process developm ents in solid-state fermentation. Process B i
ochemistry, v. 27, p .1 0 9 -1 7 ,1 9 9 2 .
(16) TE N D E R G Y , R.P. Solid state fermentation. T re n d s in B io te ch n o lo g y , v.3, n.4,
p.96-9, 1985.
(17) BH A LLA , T.C., JO SH I, M. Protein enrichm ent of apple pom ace by co-culture of
cellulolytic m ou lds and yeasts. W orld Journal of M icrobiology and Biotechnology, v. 10,
p.116-7,1994.
(18) M O RA ES, I.O., C A PA L B O , D.M .F., A RRU D A , R.O.M ., DEL BIAN CH I,V.L. Biotech
nology in Food Production: the Case of B acillus thu ringiensis Production U sing Cassava Liquid
Waste as a Ferm entation Substrate. In: W O RLD C O N G R ESS OF FO OD SC IEN C E AND
TECHNOLOGY, 9, 1995, Budapeste. Proceedings... Budapeste, 1995.
(19) L O N SA N E, B.K., R A M ESH , M.V. Production of bacterial therm ostable al-
fa-amylase by solid-state ferm entation: a potencial tool for achieving econom y in enzym e p ro
duction and starch hydrolysis. Advances in Applied M icrobiology, v. 35, p .1-5 6,1 9 9 0 .
(20) AM IN , G. C onversion of sugar-beet particles to ethanol by the bacterium Zym om o-
nas mobilis in solid-state fermentation. B io te ch n o lo g y Letters, v. 14, p.4 9 9-5 0 4 ,1 9 9 2 .
(21) A M IN , G., A LLA H , A.M.K. By-products formed during direct conversion of sugar
beets to ethanol by Z ym om onas m obilis in conventional subm erged and solid-state ferm entati
ons. B io tech n ology Letters, v. 14, p .11 87 -92 ,19 92 .
(22) XAV IER, S., LO N SA N E, B.K. Sugar-cane pressm ud as a novel and inexpensive
substrate for production of lactic acid in a solid-state ferm entation system. A pplied M icrob io
logy and Biotechnology, v. 41, p.291-5, 1994.
(23) SATO, K., N A G A TA N I, M., SATO, S. A method of supplying m oisture to the m ed i
um in a solid-state culture with forced aeration. J. Ferm ent. T e ch n o l., v. 60, p.6 0 7 -10 ,19 82.
(24) D E SG R A N G E S, C., G E O R G ES, M„ V E R G O IG N A N , C„ DU R A N D , A. Biomass esti
mation in solid state ferm entation. II. On-line measurements. A p p lied M ic r o b io lo g y and B io
technology, v. 35, p .2 06 -9 ,1 9 9 1 .
(25) D E SG R A N G E S, C„ V E R G O IG N A N , C., G EO RGES, M„ DU R A N D , A. Biomass esti
mation in solid state fermentation. I. M anual biochem ical methods. A p p lie d M ic ro b io lo g y
and B iotechnology, v. 35, p .2 0 0 - 5 , 1991.
;.... (26) SR IN IVA S, M .R.S., C H A N D , N„ LON SAN E, B.K. Use of Plackett-Burm an design
f e - F rapid screening of several nitrogen sources, grow th/product prom oters, m inerals and enz-
yme inducers for the production of alpha-galactosidase by A spergillus niger M RSS 234 in solid
s ate fermentation system. B io p rocess E n g in eerin g , v. 10, p .139-44, 1994.
. (27) ELIAS, A., LEZC A N O , O. Effect of the N source and some grow th factors in the ye-
Population established during Saccharina production. C u b an Jo u rn a l of A g ricu ltu ral S c i
ence, v. 27, p.269-74, 1993.
(31) G A R G , K., SH ARM A, C.B. Repeated batch production of citric acid from sugarca
ne m olasses using recycled solid-state surface culture of A spergillus niger. Biotechnology Let
ters, V. 1 3 , p . 9 1 3 - 6 , 1991.
(32) O SH IM A , K., CHURCH , M.B. Industrial mold enzymes. Industrial and Enginee
ring C h em istry, v. 15, n .l , p.67 -70 ,19 23 .
(34) R O U K A S, T. Solid-state ferm entation of carob pods for ethanol production. Appli
ed M icrobiology and Biotechnology, v. 41, p .2 9 6 - 3 0 1 ,1994.
(35) H A N , Y.W., AN DERSON , A.W . Sem isolid ferm entation of ryegrass straw. Appl.
M icrobiol., v. 30, p.930-4, 1975.
(42) SH A R M A , D.K., NIW AS, S., B E H E R A , B.K. Solid state ferm entation of bagasse foi
the prod uction of cellulase enzyme from cellulolytic fungi and extent of sim ultaneous produc
tion of reducing sugars in the fermenter. Jou rn al of M icrobial Biotechnology, v. 6, p .7-14/
1991.
(62) N ISH IO , N., TAI, K., N A G A I, S. Hidrolase production by A spergillus niger in 'solid
state cultivation. Eur. J. Appl. M ic ro b io l. B io te ch n o l., v. 8, p.2 63 -7 0,1 97 9.
(63) SIL M A N , R.W., C O N W A Y, H.F., A N D ERSO N , R.A., BAGLEY, E.B. Prod u ction of
aflatoxin in corn by a large-scale solid-substrate ferm entation process. B io te c h n o lo g y and B io -
engineering, v. 21, p .1799-808, 1979.
(64) RO U SSO S, S., R A IM B A U L T, M., V IN IE G R A -G O N Z A L E Z , G., SA U C E D O -C A S T A
N E D A , G., LO N SA N E, B.K. Scale-up of cellulases production by Trichoderm a harzianum on a
m ixture of sugar cane bagasse and wheat b ran in solid state ferm entation system. Micol. Neo-
trop. Apl., v. 4, p .8 3-9 ,1 9 9 1 .
(65) SA U C E D O -C A S T A N E D A , G „ L O N S A N E , B.K., K R ISH N A IA H , M .M ., NAVARRO,
j.M ., RO U SSO S, S., RA IM BA U LT, M. M ainten an ce of heat and water b alances as a acale-up
criterion for the production of ethanol by S chw ann iom yces castelli in a solid state fermentation
system. Process Biochemistry, v. 27, n.10, p .9 7 - 1 0 7 ,1 9 9 2 .
(66) C RO O K E, P.S., H O N G, K., M A L A N E Y , G.W., TA N N E R , R.D. Solid and se-
m i-solid state bioreactors: static, rotating and fluidized bed fermentors. Journal of the Bio
mass Energy Society of China, v. 10, n.1-2, p .1 -1 7 ,1 9 9 1 .
(67) VYAS, R.V., YADAV , D.N., PA TE L, R.J. M ass production of entomopathogenic
fungus B eauveria bron gniartii on solid substrates. Indian Journal of Experim ental Biology, v.
2 9 , p . 7 9 5 - 7 , 1991.
(68) R A M A N A M URTH Y, M.V., K A R A N T H , N.G., RA G H A V A RAO, K.S.M.S. Bioche
mical Engineering Aspects of solid-state ferm entation. Advances in Applied M icrobiology, v.
38, p.99-146, 1993.
(69) M O O -YO U N G , M.A., M O R E IR A , R., TEN D ER G Y , R.P. Principles of so-
lid-substrate fermentation. In: SM ITH , S.E., BERRY, D.R., VR IST IU N SEN , B. The filamentous
fungi. Londres 1983. p .117-44.
(70) YAN G, S.S. Protein en rich m en t of sw eet potato residue with am ylolytic yeasts by
solid-state fermentation. Biotechnology and Bioengineering, v. 32, p.8 8 6 -9 0,19 88 .
(71) RATH BU N , B.L., SH U LE R , M.L. H eat and mass transfer effects in static so-
lid-substrate fermentations: design of ferm entation chambers. B iotechnology and Bioenginee
ring, v. 25, p.929-38, 1983.
(72) RA M STA C K , J.M., L A N C A S T E R , E.B., BO T H A ST, R.J. Gas chrom atographic he
ad space analysis of solid substrate ferm entations. Process Biochem istry, v. 14, n.2, p.2-4,1979.
(73) BACA, M.T., ESTEBAN, E., A L M E N D R O S, G., S A N C H E Z -R A Y A , A.J. Changes in
the gas phase of com post during solid-state ferm entation of sugarcane bagasse. Bioresource
T ech n olog y, v. 44, p .5-8 ,19 93 .
(74) SA U C E D O -C A S T A N E D A , G„ T R E JO -H E R N A N D E Z , M.R., L O N SA N E, B.K.,
N A V A R R O , J.M ., RO USSOS, S., D U FO U R , D., R A IM B A U L T, M. On-line automated monito
ring and control systems for C 0 2 and 0 2 in aerobic and anaerobic solid-state fermentations.
Process Biochemistry, v. 29, p .1 3 -2 4 ,1 9 9 4 .
(96) L EW IS, J.A., PA PA V IZA S, G.C. Stilbella aciculosa: a potential biocontrol fungus
against R hizocton ia solan i. B io co n tro l S c ien ce and T e c h n o lo g y , v. 3, p.3 -11 ,1 9 9 3 .
(97) M C Q U IL K E N , M.P., W H IP P S, J.M. Production, survival and evaluation of so-
lid-substrate inocula of C oniothyrium m initans against Sclerotinia sclerotioru m . European Jour
nal of Plant Pathology, v. 101, p .101-10, 1995.
(98) RO U SSO S, S., O LM O S, A., RA IM BAULT, M„ SA U C E D O -C A S T A N E D A , G.,
L O N S A N E , B.K. Strategies for large scale inoculum developm ent for solid state fermentation
system: conidiospores of T richoderm a harzianum . Biotechnology T echn iqu es, v. 5, p.415-20,
1991.
(99) RYO O , D., M U RP H Y, V.G., KARIM, M.N., TE N D E RG Y, R.P. E vaporative tempera
ture and m oisture control in a rocking reactor for solid substrate ferm entation. Biotechnology
Techn iq ues, v. 5, 19-2 4,1 99 1.
(100) W A N G , H.L., H E SSELTIN E, C.W. Wheat tempeh. Cereal Chem istry, v. 43,
p .5 6 3 -7 0 ,1 9 6 9 .