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Volume 04
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Formação em Teologia
I Cosmovisão do Pentateuco
A cultura e a religião babilônica marcaram profundamente o cotidiano das
civilizações da antiguidade bíblica, afetando a história do povo de Deus. É
extremamente necessário entender o ambiente cultural babilônico, presente em
todo o Antigo Testamento, para entender as ações de Deus, cujo objetivo é resgatar
seus filhos da idolatria. Nesse sentido, o Livro de Gênesis também tem o propósito
de confrontar a idolatria e incredulidade dos hebreus, que foi a causadora dos dois
grandes cativeiros de Israel. Essa influência babilônica foi presente não só na
história bíblica, mas em outros povos e continua até hoje.
Lembrando que Ninrode é peça-chave para desvendar a religião babilônica,
por sua vez, a religião babilônica vai ajudar a desvendar o cenário do Pentateuco.
É improvável que Ninrode seja um nome próprio, já que significa “Rebelde ou
rebeldia”, e como já mencionado, o nome dele é Sargom. Ao se analisar os
documentos históricos, vemos que as relações de Ninrode eram bastante
conflituosas, os historiadores suspeitam que Semíramis, sua mulher, também seria
sua mãe, vale ressaltar que a essa altura Babel e Nínive já haviam sido construídas.
Segundo a tradição, Sem, filho de Noé e tio-avô de Ninrode, foi quem o
matou, e seguindo a História, Semíramis, esposa de Ninrode, surge grávida após
seu assassinato pelas mãos de Sem. Caçador, escravagista e conquistador violento,
Ninrode é o símbolo duma sociedade que se rebela contra a vontade de Deus, tendo
papel central em sua organização. A fim de manter a popularidade e dominância
de Ninrode, sua esposa difunde as ideias de permanência e legado: “Lembre-se que
ele é o príncipe dos céus, o deus sol. Ele não morreu. Enquanto o sol nascer, ele
estará conosco e aquecerá nossos corações.”
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II Nascimento do mito
A partir do momento em que a esposa de Ninrode faz essas declarações,
uma história comum se torna em uma colcha de retalhos de lendas e assim nasce
um mito. As pessoas começam a acreditar que ela está grávida, não de um simples
homem, mas do deus-sol, e cria-se a ideia de que a gravidez foi gerada pelo espírito
do deus-sol. Este mito é o fundamento da tradição cultural babilônica, e de acordo
com esse mito:
• Ninrode é o deus-sol.
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E esse trio babilônio pode ser visto ao longo da Bíblia e da história, até
mesmo sob outros nomes, veja o caso de Semíramis e seus outros nomes:
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Os cananeus, povo pagão que habitava Canaã e cuja terra foi conquistada
por Israel, beberam da tradição babilônica e multiplicaram os falsos deuses. Os
nomes e símbolos variam de tempo em tempo, cultura e lugar. E a simbologia, em
cada caso, transmite a mensagem e os valores da religião babilônica, de forma que
distorça a relação homem/mulher, assim como a de Deus com o ser humano.
Abaixo, vemos os diferentes nomes dados à tríade babilônica, de acordo com
algumas regiões:
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Perceba que essas mulheres, que faziam parte do povo de Deus, estavam
orando para Tamus. Esse é o pano de fundo que precisamos enxergar.
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Notas
1 : W. Porte
2: Fonte – Wikipedia
Bibliografia sugerida
PRICE, Randall. Manual de arqueologia bíblica (Thomas Nelson/ Randall Price e H Wayne
House; tradução de Wilson Ferraz de Almeida- Rio de Janeiro: Thomas Nelson. 2020)
Manual bíblico vida nova/ Editor geral: David S. Dockery; tradução: Lucy Yamakami. Hans
Udo Fuchs, Robinson Malkomes. - São Paulo: Edições Vida Nova,2001.
MESQUITA, Antônio Neves de. Povos e Nações do Mundo Antigo (Editora: HAGNOS)
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PHILLIPS, John. Explorando as Escrituras: uma visão geral de todos os Livros da Bíblia.
(2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005)
DOUGLAS, J. O Novo Dicionário da Bíblia. (São Paulo: Edições Vida Nova, 1986).
RAWLINSON, George. The Historical Evidence of the Truth of the Scripture Records
(1892)
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