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INTRODUÇÃO AO CALCULO INTREGRAL


1. Introdução
Em muitos problemas, embora a derivada de uma função seja conhecida, torna-se necessário
determinar a própria função. É o caso dos seguintes exemplos:
 Um sociólogo que, conhecendo a taxa de crescimento da população, poderá usar tal dado
para prever futuras taxas de crescimento daquela população;
 Um físico que, conhecendo a velocidade de um corpo, será capaz de determinar a posição
futura do corpo;
 Um economista que, conhecendo a taxa de inflação, poderá fazer estimativas de preço, no
futuro; entre outros.

Ao processo de determinação de uma função a partir de sua derivada dá-se o nome de cálculo
das primitivas ou integração.

2. Definição
Uma função F(x) para a qual F ’ (x) = f(x) para todo x pertencente ao domínio de f é uma
primitiva (ou integral indefinida) de f.

1 3
Exemplo: Mostre que F(x) = x  5 x  2 é uma primitiva de f(x) = x2 + 5
3
Solução: F(x) é uma primitiva de f(x)  F ’ (x) = f(x). Assim, derivando F(x), temos:
F ’ (x) = x2 + 5 = f(x)

3. Primitiva Genérica de uma Função


Uma função possui mais de uma primitiva. Por exemplo, F(x) = x3 é uma primitiva da função
f(x) = 3x2, pois F ’ (x) = 3x2 = f(x). Da mesma forma, G(x) = x3 + 12 também é uma primitiva de
f(x), pois a derivada da constante 12 é zero e G ’ (x) = 3x2 = f(x).

Em geral, se F for uma primitiva de f, qualquer função obtida ao acrescentarmos uma constante a
F também será uma primitiva de f. Na realidade, podemos obter todas as primitivas de f somando
constantes a qualquer primitiva de f.
Assim, se F e G forem primitivas de f, existe uma constante k tal que: G(x) = F(x) + k

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4. Interpretação Geométrica
Existe uma explicação geométrica simples para o fato de duas primitivas quaisquer de uma
função diferirem entre si de um valor constante. Se F for uma primitiva de f, então F ’ (x) = f(x).
Isto significa que, para cada valor de x, f(x) é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de
F(x). Se G for outra primitiva de f, o coeficiente angular de sua reta tangente também é f(x).
Logo, o gráfico de G é “paralelo” ao gráfico de F e pode ser obtido transladando-se
verticalmente o gráfico de F. Assim, existe uma constante k, tal que G(x) = F(x) + k. A figura a
seguir ilustra esta situação para várias primitivas da função f(x) = 3x2.

y = x3 + k

Figura: Alguns exemplos das primitivas de 3x2

5. Notação de Integração

Costuma-se escrever:  f ( x) dx  F ( x)  k para exprimir o fato de toda primitiva de f(x) ser da

forma F(x) + k.

Por exemplo, para expressar o fato de toda primitiva de 3x2 ser da forma x3 + k, escrevemos:

 3x dx  x 3  k
2

O símbolo  chama-se sinal de integração e indica que queremos encontrar a forma mais

genérica da primitiva da função que o segue. O sinal de integração lembra um “S” alongado, que
representa “SOMA”. Veremos, uma relação tão importante entre derivadas e somas, que recebe o
nome de Teorema Fundamental do Cálculo.

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Na expressão  f (x) dx  F(x)  k , a função f(x) a ser integrada denomina-se integrando. A


constante k (não especificada), acrescentada a F(x) a fim de tornar mais genérica a expressão da
primitiva, denomina-se constante de integração.
O símbolo dx que segue o integrando serve para indicar que x é a variável em relação a qual
efetuaremos a integração.

Definição da integral indefinida (ou primitiva) utilizando a notação de integral

 f (x) dx  F(x)  k  F ' (x)  f(x),  x  Dom(f)

6. Regras de Integração

A integração é a operação inversa da diferenciação. Logo, podemos formular várias regras de


integração partindo das correspondentes (porém no sentido inverso) regras de diferenciação
(derivadas).

6.1 Regras da potência para Integração

x  n  x n1 , ou seja, para derivar uma função potência,


d  n
Segundo a regra de potencia:
dx 
 
retiramos uma unidade do expoente e multiplicamos o expoente original pela função elevada ao
novo expoente. Enunciando esta regra no sentido inverso, teremos que, para integrar uma função
potência, devemos aumentar seu expoente de uma unidade e dividir o resultado pela nova
potência.
n dx  1  x n  1  k
Segue-se um enunciado mais preciso da regra. Para n  1 , x n 1

ou seja, para integrar x n ( n  1 ), aumenta-se o expoente de uma unidade, e divide-se a função


elevada ao novo expoente por este novo expoente.

d  1 n  1 n  1 n n
Para comprovar esta regra, basta observar que:
dx  n  1
x   n  1  x  x

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Exemplos:
1) Calcule as integrais
1 3
1
x 31
1 3
x4 x2 x2 2
a)  x 3 dx 
3 1
k
4
k b)  x dx   x dx 
2
1
k 
3
 k  x2  k
3
1
2 2
2 5
2 1 5
3 3
x x 3
c)  x dx 
3
2 k  5  k  . x3  k
1 5
3 3

x 01 x1
d)  dx   1 dx   x 0 dx 
0 1
k 
1
k  xk

1 1
1  1
1  x 2
x 2
e)  x
dx   x dx 2
1
k 
1
k 2 x k
 1
2 2
1
A regra da potência vale para todos os valores de n, à exceção de n = - 1 (caso em que é
n 1
indefinido).

6.1.1. Como determinar uma primitiva de x–1


1
Precisamos determinar uma função cuja derivada é . O logaritmo natural ln x é a tal função,
x
1
logo  x dx  ln x  k . Na realidade, isto só é válido quando x for positivo, pois ln x não é

1
definido para valores negativos de x. Quando x é negativo, segue-se que ln |x| é a primitiva de
x
d d -1 1
, pois, sendo x negativo, |x| = - x e [ln | x |]  [ln (- x)]   .
dx dx -x x

1
Quando x é positivo, segue-se que ln |x| é a primitiva de , pois sendo x positivo, |x| = x e
x
d d 1
[ln | x |]  [ln x]  .
dx dx x
1 1
Assim, a integral de
x
é dada por:  x dx  ln | x |  k .

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6.2. Integral de ex
A integração da função exponencial ex é trivial, pois ex é sua própria derivada. Assim,

e
x dx  e x  k

6.3. Regras da constante multiplicada e da soma

É fácil rescrever as regras de derivação para soma e constante multiplicada e transformá-las em


regras de integração para estes casos.

6.3.1 Regra da constante multiplicada para integrais

Para qualquer constante k,  k  f(x) dx  k   f ( x) dx


ou seja, a integral de uma constante multiplicada por uma função é igual à constante multiplicada
pela integral da função.

6.3.2. Regra da soma para integrais

 [f(x)  g(x)] dx   f ( x) dx   g ( x) dx
ou seja, a integral da soma é a soma de cada uma das integrais.

Exemplo:
1) Calcule as integrais
a)  5 dx  51dx  5x  k
x3 x3
b)  [ x 2  e x ] dx   x 2 dx   e x dx   k1  e x  k 2   e x  k
3 3
c)
 x 2 1 2 1 1 2 1 x3 1
               k  3e x  2 ln | x |  x 3  k
x x
3e x  dx 3 e dx 2 dx x dx 3e 2 ln | x |
x 2  x 2 2 3 6

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Nota: pelo exemplo c, temos que ao invés de adicionarmos uma constante a cada uma das 3
primitivas, basta adicionar apenas uma constante k ao final do resultado encontrado.

6.4 Integrais de produtos e quocientes


Não existem regras gerais de integração de produtos e quocientes. Ocasionalmente,
conseguiremos exprimir um produto ou um quociente de uma forma integral, com o auxílio das
regras já apresentadas.

3x5  2 x  5
Exemplos: Calcule  x3 dx

3x 5  2 x  5 3x 5 2 x 5
Fazendo a divisão indicada, temos: 3
 3  3  3  3 x 2  2 x  2  5 x 3
x x x x
Assim,
3x 5  2 x  5 x3 x 1 x 2
    
2 3 2 3
dx  [3 x 2
 2 x  5 x ] dx  3 x 2
dx  2 x dx  5 x dx  3   2   5. k 
x3 3 1 2
2 5
 x3   2  k
x 2x
x3  8
1) Calcule  x  2 dx
Fazendo a divisão indicada, temos :
x3 - 8 x  2
- x3  2x2 x 2  2x  4
2x 2  8
x3  8
- 2x 2  4 x   x 2  2 x  4 , pois ( x  2).( x 2  2 x  4)  x 3  8
x2
4x  8
 4x  8
0

Assim:

x3  8 x3 2 x 2 x3
 x2                 x2  4x  k
2 2
dx [ x 2 x 4] dx x dx 2 x dx 4 1 dx 4 x k
3 2 3

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6.5. Métodos de Integração

6.5.1 O método de substituição no cálculo da integral


Em alguns casos para se encontrar a integral do tipo  f ( x)dx , torna-se conveniente, fazer uma
substituição de variável. Por exemplo: seja calcular
du
 2 x( x  1)4 dx. Fazendo u = (x² + 1), teremos  2 x , onde du = 2xdx e.
2

dx
du du u5
 2 x.u .  u du =
4 4
dx = , substituindo-se na integral acima: = , fazendo a volta
2x 2x 5
( x 2  1)5
 2x( x  1)dx  C.
2
temos:
5

Exemplos:
Questão 1.  ( x  5)9 dx

du
Solução: fazendo u = x – 5 temos  1 ou du = dx, substituindo-se:
dx
u10 ( x  5)10
 u du  , então;  ( x  5)9 dx  C
9

10 10

Questão 2.  2 x x 2  3dx

du
Solução: fazendo u = x² - 3, temos du = 2x dx  dx = então
2x
3
du u 2 2 ( x 2  1)3
 2 x x  3 dx =  2 x u . 2 x =
1
  C
2 2
u du 2. =
3 3

x2
Questão 3.  x3  1 dx
du
Solução : u = x³ - 1  du = 3x² dx  dx =
3x 2

x 2 du 1 du 1 1
 u . 3x 2 = 3  u = 3 nu = 3 n( x  1)  C
3

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sen x
Questão 4.  tgxdx   cos x dx
du
Solução: u = cosx  du = -senx dx  dx = -
sen x
sen x du du
 u
(
sen x
)= -  u
= - nu = - n(cos x)  C

Questão 5. x x 2  4dx

du
Solução : u = x² + 4  du = 2x dx  dx =
2x
3
x2  4
1
du 1 1 u 2
u3
 x u . 2 x = 2  u du = 2 . 32
=
3
=
3
C

2
1
x
e
Questão 6. x 2
dx

1 1
Solução : u =  du = - 2 dx  dx = - x² du
x x
1
eu
 x 2 ( x du) = -  e du = - e = - e x + C
2 u u

ex
Questão 7.  (e x  1)3 dx
du
Solução : u = e x 1  du = e x dx  dx =
ex
e x du 1 1
 u3 . ex = u
3
du = - = - C
2u 2
2(e  1) 2
x

6.5.2 Integração por partes


Se duas funções u e v são diferenciáveis então:
d (uv) = u dv + v du ou u dv = d (uv) – v (du), onde :

 udv = uv -  vdu

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 Como foi mostrada a integração por partes se aplica no geral em funções expressas como
produto de duas funções dadas. Assim, torna-se necessário à escolha minuciosa das partes u e
dv, de modo a tornar a integral dada mais simples possível.

Exemplos:
Questão 1.  x.sen x.dx
Solução: Fazendo u = x, temos du = dx e
dv = senx dx têm-se v =  sen xdx  v = - cosx

Substituindo na fórmula  udv = uv -  vdu , temos :


 x sen x.dx = x.(-cosx) -  ( cos x)dx = -x cosx +  cos xdx então:
 x.sen x.dx = -x cosx + senx + C

Vale salientar que as escolhas de u e v foi bastante feliz, visto que recaímos em uma integral de
solução simples. Para comprovar o fato, vejamos o caso em que a escolha fosse feita de outra
forma: Fazendo u = senx temos du = cosx dx
x2
dv = x dx  v =  x.dx  v=
2
x2
Substituindo na fórmula  udv = uv -  v d u, temos:  x.sen x.dx = senx. (
2
) -

x2
 cos x.( 2
)dx o que torna o cálculo da integral muito mais complexo.

 x.e .dx
x
Questão 2.

Solução: Fazendo u = x  du = dx
dv = e x dx  v =  e dx  v = e x , substituindo na fórmula:
x

 x.e .dx = x.e x -  e .dx = x.e - e x = e x ( x – 1) + C


x x x

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7. Aplicações
Nos exemplos que se seguem a taxa de variação é conhecida e o objetivo consiste em calcular a
expressão da própria grandeza. Como a taxa de variação é a derivada, calculamos sua expressão
por integração.

7.1. Crescimento Populacional


Exemplo: Estima-se que, daqui a t meses, a população de uma certa cidade variará segundo a
taxa de 2  6 t pessoas por mês. A população atual é de 5.000 pessoas. Qual a população daqui
a 9 meses?
Solução: Seja P(t) a população da cidade daqui a t meses. Então, a derivada de P é a taxa de
dP
variação da população em relação ao tempo, ou seja,  26 t
dt

Segue-se que a função população P(t) é uma primitiva de 2  6 t , ou seja,


3
dP
P (t )   dt dt   (2  6 t )dt  2t  4t 2  k , para alguma constante k.
Para determinar k, usamos a informação de que a população atual (quando t = 0) é de 5.000, ou
3

seja: 5.000  20  402  k  k  5.000,


3

logo P(t )  2t  4t 2  5.000 e a população daqui a 9 meses será


3
P(9)  2  9  4  9  5.000  5.126
2

7.2. Economia, administração, ciências contábeis e engenharia de produção

Nas aplicações à economia, se conhecemos a função marginal então podemos usar a integração
indefinida para determinar a função custo total, conforme ilustram os exemplos a seguir:

Exemplos:
1) Um fabricante calculou que o custo marginal de uma produção de q unidades é de 3q2 – 60q
+ 400 reais por unidade. O custo de produção das duas primeiras unidades foi de R$ 900,00.
Qual será o custo total de produção das cinco primeiras unidades?

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Solução:
Vale lembrar que o custo marginal é a derivada da função custo total c(q). Logo,
c’(q) = 3q2 – 60q + 400 e, portanto, c(q) deve ser a primitiva
c (q)   c' (q) dq   (3q 2  60q  400) dq  q3  30q 2  400q  k , para alguma constante k.

O valor de k é determinado com base no fato de que c (2) = 900.

Em particular, 900 = (2)3 – 30(2)2 + 400(2) + k  k = 212. Então, c(q) = q3 – 30q2 + 400q +
212

e o custo de produção das 5 primeiras unidades é de:


C(5) = (5)3 – 30(5)2 + 400(5) + 212 = R$ 1.587,00
2) Um fabricante constata que o custo marginal da produção de x unidades de uma componente
de copiadora é dado por 30 – 0,02x. Se o custo da produção de uma unidade é R$ 35,00,
determine a função custo e o custo de produção de 100 unidades?

Solução: Seja C a função custo, então o custo marginal é a taxa de variação de C em relação a x,
isto é: C ’ (x) = 30 – 0,02x
Logo  C ' ( x) dx   (30  0,02x) dx  C(x)  30x - 0,01x2  k

para algum k. Com x = 1 e C(1) = 35, obtemos: 35 = 30 – 0,01 + k, ou k = 5,01


Consequentemente C(x) = 30x – 0,01x2 + 5,01
Em particular, o custo da produção de 100 unidades é C(100) = 3.000 – 100 + 5,01 = R$
2.905,01

3) Um fabricante de bicicletas espera que daqui a x meses os consumidores estarão adquirindo


F(x) = 5.000 + 60 x bicicletas por mês ao preço de P(x) = 80 + 3 x u.m. (unidades
monetárias) por bicicleta. Qual é a receita total que o fabricante pode esperar da venda das
bicicletas durante os próximos 16 meses? Resposta: R’ (x) = F(x).P(x)  R (x) = ... assim,
R(x) = 7.267.840

Solução:

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R’ (x) = F(x).P(x)  R’ (x) = [5000 + 60 x ] . [80 + 3 x ]

R’ (x) = 400.000 + 15.000 x + 4800 x + 180x  R’ (x) = 400.000 + 19.800 x + 180x

x 2 180x 2
Assim,  (400.000  19.800 x  180x)dx = 400.000x+19.800 3 + 2 +k =
2
3

= 400.000x + 13.200 x 2 + 90x2 + k


3

R(x) = 400.000 x + 13.200 x 2 + 90x2 (produção nula  k = 0)


3

Logo,R(16) = 400.000  (16) + 13.200  (16) 2


+ 90  (16)2  R(16) = 6.400.000 + 844.800 +
23.040. R(16) = 7.267.840 unidades monetárias.

Integral Definida

O matemático grego Arquimedes (287 – 212 A.C.) utilizou o denominado método de exaustão
para determinar a quadratura da parábola. O método, cujo desenvolvimento foi creditado a
Eudoxo (cerca de 370 A.C.), consiste em exaurir ou esgotar a região, cuja área se quer
determinar, por meio de outras áreas já conhecidas.
Vejamos agora como definir e calcular a área de uma região limitada por uma função f, contínua
em um intervalo [a,b].

A B A B

Se dividirmos o intervlo [a,b] em n partes e construirmos retângulos. Quanto maior for o número
n, mais próxima da área da figura será a soma das áreas dos retângulos.

O limite da soma das áreas desses retângulos, quando n tende a infinito, é, por definição, a área
da figura dada.

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Na figura abaixo, dividimos o intervalo [a, b] em n partes iguais a x e construímos os


retângulos com base igual a x e altura igual a f (x):

y
f(x2) f(x)
f(x1)
f(x3)
x = (b-a) / n

a x x1 x x2 x x3 b X

A área da figura é definida como limite da soma das áreas desses retângulos, quando n tende a
infinito, isto é:
n
A [ f ( x1)x  f ( x2 )x  f ( x3 )x  ...  f ( xn )x] ou A  f ( xk )x
lim lim
n  n  k 1

A figura acima dá o significado geométrico desta soma se f(x)  0 e também mostra que esta
soma é uma boa aproximação da área determinada pelo gráfico de f, pelo eixo x e pelas
ordenadas x = a e x = b.
Sendo f (xn)x a área do retângulo de base x (ou dx) e altura f (xn), cabe destacar que quanto
mais retângulos tivermos menor será x e quanto melhor for a posição de xn, melhor será a
aproximação entre a área sob a curva e suas outras delimitações.

Exemplo: y
y 






 

 

 

 







 x

                  
x 

                  







 

 

 

 











n=2 n=4

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y y







n=8  n = 40



x

            

 


n 



 f ( x k )x
Definição: A integral definida de f, desde a até b é o lim ,
n k 1
 

 x

        

b f ( x)dx  n
Símbolo : a lim  ( fxk )x
n k 1

Teorema Fundamental do Cálculo


Consideremos f(x) uma função definida num intervalo [a, b]. Suponhamos que exista uma
função F(x), definida e derivável nesse intervalo, tal que F’(x) = f(x), para todo x  [a, b]. Então,
temos:

f ( x )dx  F( x )  F(b)  F(a ) , onde F é uma integral indefinida de f.


b b

 a a

1
x
2
Exercício–Exemplo : Calcular dx
0

1
x3 1 x3  1 0 1
0      
2 2
Uma primitiva de f(x) = x é, como vimos, F(x) = . Assim: x dx
3  3 0  3 3 3

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