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1.

Software

1.1. Espécies de licenças

Observação: em matéria de software fala-se em licença (no caso de computação de nuvem


fala-se em assinatura).

I. Software Proprietário: não livre.

Ex: recursos do Microsoft, Adobe Photoshop, CoreDraw, Google Chrome.

. Restrição (uma, várias ou todas):

 Cópia
 Redistribuição
 Modificação
 Uso

. Geralmente é pago: espécie de aluguel que confere o direito ao uso (não é possível comprar
o software) → pode ser gratuito (livre ≠ gratuito).

. Em regra, possui código fonte fechado → copyright.

Engenharia reversa: tentativa de reproduzir/recriar o software proprietário → pode configurar


pirataria/plágio (cuidado: ≠ engenharia social).

. Outras licenças:

1. Freeware: software proprietário de uso gratuito (comumente utilizado como


estratégia de venda, disponibilizando uma versão gratuita, mas cobrando pelas
posteriores).
2. Shareware: software proprietário de uso gratuito para testar demo ou trial.
3. Adware: software gratuito, mas que traz publicidade em forma de banners ou links
que bancam os custos do software (muitas vezes oferecem a versão paga sem
propaganda) → muitas vezes aparece como malware, por instalar junto com o
software outras ferramentas (ex: motor de busca no navegador).

II. Software Livre

Ex: Linux, LibreOffice, Mozilla Firefox.

. Pode ser, sem qualquer restrição:

 Copiado
 Usado
 Redistribuído
 Alterado
 Estudado
. Não pode ser apropriado e transformado em proprietário.

. Geralmente é gratuito → o serviço pode ser cobrado, mas a licença de uso não.

Ex: atualização pode ser cobrada.

. Código aberto (open source): permite a edição pelo usuário → software livre raiz: GPL.

Ex: Android utiliza o código fonte do Linux.

. GPL (General Public License): baseado em 4 liberdades (executar, acessar e modificar, copiar
e distribuir, melhorar) → copyleft.

Cuidado: GPL é a licença de uso livre, enquanto GNU é o projeto de software livre.

Os Linux GNU possuem a licença GPL – certo.

. Outras licenças (variações de software livre)

1. BSD permissiva: pode ser transformado em proprietário, mas garante créditos de


autoria ao código original.
2. LGPL: permite uso do código em outros projetos, mas tem que manter o código
original aberto (variante do GPL).
3. OSD: licença copyleft, que permite redistribuição.
4. X-Mit: permissiva.

Ressalvas:

1. Domínio público: software após o decurso do prazo de exploração do direito autoral de 50


anos (não se confunde com código fonte aberto).

2. Portal brasileiro de software público: aceita apenas softwares 100% livres, ou seja, que não
usa/dependa de software proprietário para o seu uso → qualquer um pode pegar e colocar SW
no portal.

Ex: software que funciona apenas no Windows não é 100% livre.

1.2. Linguagem de programação

Dois processos:

a) Código fonte (arquivo de texto) → Compilador: transformador de código → Executável →


Usuário.

b) Código fonte (arquivo de texto) → Interpretador → Usuário.

Ex: navegadores, máquina virtual (Java).

Principais interpretadores do Linux: Bash e Tchsh.


Enquanto o compilador transforma o código em um executável, sendo este apresentado ao
usuário, o interpretador interpreta o código e apresenta diretamente os resultados ao usuário.

1.3. Tipos de software

I. Firmware (software embutido ou embarcado): software gravado em um dispositivo


(hardware), cuja função é determinar o seu funcionamento lógico → o software (firmware),
interno a peça, exerce o seu controle.

Ex: BIOS (realiza o carregamento do computador) e android (também é um SO).

Destaque para sua utilização da IoT.

. Específico para a peça, ou seja, o firmware não funciona em outros dispositivos.

Ex: ao comprar um celular ele só atualiza até determinado momento.

O firmware é um conjunto de instruções operacionais que são programadas diretamente no


hardware dos equipamentos eletrônicos – certo.

Quando se inicia um computador ele busca na memória ROM um firmware que contém
instruções para a inicialização do computador. Trata-se do firmware BIOS – certo.

II. Drivers: manual/externo ao hardware, que descreve como comunicar-se com as peças.

. Específico para a peça e para o sistema operacional.

Existem drivers genéricos, mas não é recomendado a sua utilização, como forma de
aproveitamento das funções.

. Caminho da comunicação: peça hardware  Driver  SO.

III. Sistema Operacional: plataforma que gerencia o hardware.

Ex: Windows, Linux, Android, IOS.

. O sistema é a base para permitir a comunicação entre usuário/computador/aplicativos.

IV. Aplicativos: projetados para finalidades específicas.

. Finalidades:

 Suítes de escritório: conjunto de aplicativos que cooperam em termos de uso, uma vez
que cada um atende uma necessidade específica e, em conjunto, atendem uma
necessidade maior.

Ex: LibreOffice, Microsoft Office (cuidado: não confundir o SO – Windows – com os


aplicativos – Microsoft Office, visto que eles não estão diretamente ligados, ou seja, ao
baixar o Windows é preciso baixar, separadamente o Microsoft Office).
 Segurança: antimalware (antivírus), firewall e antispyware.
 Malwares
 Utilitários (essenciais): leitor PDF, compactadores (ex: Winzip, Winrar), navegadores
(ex: Google Chrome).

2. Sistema Operacional

2.1. Definição: programa (software) que tem como principais funções gerenciar toda a parte
física do computador e servir de interface entre o usuário e a máquina.

Ex: Windows, Linux, MAC OS, Solaris, Chrome OS, Android.

I. Gerenciamento da parte física do computador: inclui o uso de dispositivos (memória,


drivers), demais programas (processadores de texto, planilhas de cálculo) e demais periféricos
(impressoras, scanners).

Nesse contexto, o driver é um importante software (programa), desenvolvido pelo fabricante


do dispositivo, que será instalado dentro do SO para transmitir as informações necessárias
para o funcionamento do equipamento (o driver é específico para um determinado SO).

Ex: caso atualize o SO é preciso entrar em contato com o fabricante para baixar um novo
driver, permitindo que o equipamento volte a funcionar.

Não confundir: drive é um hardware, ou seja, um dispositivo, parte física.

II. Interface máquina-usuário: a máquina atua mediante sistema binário (combinações de 0


e 1), de modo que o SO irá traduzir os comandos do usuário para a linguagem da máquina,
permitindo a execução das tarefas.

. É possível a instalação de mais de um SO em uma mesma máquina de duas formas:

1. Gerenciador de boot: através do particionamento do HD, que permite ao usuário, ao


ligar a máquina, optar por qual SO irá utilizar, uma vez que não é possível usar mais de um
ao mesmo tempo.

V: não exige uma máquina potente, visto que carrega os sistemas de forma independente.
D: não é possível carregar ao mesmo tempo, de modo que, para trocar de um sistema para
outro, é necessário reiniciar o computador.

Os principais gerenciadores são no Linux o LILO e GRUB, e no Windows o Dualboot.

O procedimento será necessário também no caso de se ter mais de uma versão de um


mesmo SO.

SO: Windows 8 e Windows 10.

Cuidado: Para ter o Windows e o Linux, simultaneamente, podendo optar pela utilização de
um ou outro após a inicialização, é preciso instalar primeiro o Windows, visto que o Ubuntu
identifica uma instalação, criando um menu de opção para o momento da inicialização.
Lado outro, o Windows não identifica a instalação Ubuntu, de modo que caso seja
instalado posteriormente, o usuário fica preso apenas ao Windows.

2. Máquina virtual: um arquivo de computador que se comporta como um computador de


verdade, sendo possível utilizar diversas máquinas virtuais, simultaneamente, no mesmo
computador físico, no qual será possível instalar outro SO.

V: possibilidade de execução simultânea. D: pode afetar o desemprenho do computador.

2.2. Componentes

. Partes:

a) Núcleo
b) Interface

I. Kernel (núcleo): “coração” do sistema operacional (parte mais importante, que é sempre a
mesma), tratando-se do software responsável por controlar o hardware do computador,
realizando a interface entre os programas e o SO e gerenciando os recursos do sistema →
parte interna e principal.

No Linux o kernel é o GNU Linux (núcleo Linux).

O kernel não se altera, sendo que os desenvolvedores fazem alterações no SO para


desenvolver novas funcionalidades e distribuições. O Linux possui o código-fonte aberto,
permitindo o acesso e modificação por qualquer pessoa.

Espécies:

Núcleo Monolítico Microkernel


Kernel grande. Kernel pequeno.
SO complexo para o design. SO fácil de projetar, implementar e alterar.
Atende solicitações mais rapidamente, Demora mais para atender solicitações,
possuindo alto desempenho. possuindo baixo desempenho.
Todos os serviços do SO estão incluídos. Fornece apenas IPC e serviços de
gerenciamento de dispositivo de baixo nível.
Baixa tolerância a falhas. Fornece maior segurança e confiabilidade,
visto que a maioria dos serviços é executada
como usuário (e não como kernel).

 Kernel Monolítico: bloco único que apresenta todas as funções essenciais para o
funcionamento e outras estruturas para funções adicionais (drivers de dispositivo),
que podem ser utilizadas, sendo vantajoso, na medida em que, caso precise, a
estrutura já está disponível (ex: para ouvir áudios).

Trata-se do SO mais indicado para usuários domésticos.

O Linux é um SO com kernel monolítico (assim como o Windows).


 Microkernel: bloco com o essencial para o sistema inicializar e outros blocos com o
necessário para o SO funcionar, sendo mais sucinto e, portanto, mais rápido (menos
coisas para serem carregadas).

O usuário não entra em contato direto com o kernel, se comunicando com ele por intermédio
de outros elementos que também compõem o sistema operacional.

O kernel é um hardware – errado (é um software que comanda o hardware).

II. Shell: interface de comunicação, consistente na camada que envolve o kernel e se comunica
com o usuário, tratando-se de um software que interpreta o que o usuário deseja e traduz
essa informação para o kernel → trata-se de um interpretador e transmissor de comandos.

Formas:

 Textual (não gráfica): uso de linhas de comando de texto → ambiente mais simples,
consistente na tela preta na qual se edita os comandos, trata-se do prompt de
comando.

SO: Linux (principais: sh, bash, csh, tsch, zsh).

 Gráfica (GUI): também conhecido como gerenciador de desktop/área de trabalho →


uso de ícones, janelas, mouse, toque no ambiente X (Xwindows, X11).

SO: Windows, Linux (utiliza as duas formas de interface, ademais, suporta distintas GUIs,
sendo as principais o GNOME e KDE).

O sistema operacional é um software básico – certo (ele é necessário para o funcionamento do


computador).

O shell e o kernel são duas partes essenciais do sistema operacional Linux: o primeiro serve
para interpretar os comandos do usuário, e o segundo, para controlar os dispositivos do
computador - certo.

2.3. Características

. Quanto à tarefa:

 Monotarefa: executa uma tarefa por vez e, se precisar parar para executar outra,
perde o trabalho feito.
 Multitarefa: sistema que aparenta (em verdade, há alternância de forma célere, mas
não há simultaneidade) ou realiza mais de uma tarefa simultaneamente, pautado na
ideia da existência de mais de um processador para realização simultânea.

Ex: navegar na internet com um browser e editar um texto no Word.

SO: Linux, Windows, IOS.

. Quanto ao usuário:
 Monousuário: sistema que permite apenas uma sessão ativa por vez (cuidado:
permite o cadastro de mais de um usuário, contudo, não admite login simultâneo).
 Multiusuário: sistema que suporta múltiplas sessões ativas simultaneamente.

SO: Linux, Windows, Mac OS.

Observação: é possível sistema monotarefa e multiusuário bem como multitarefa e


monousuário (características distintas).

. Plug and play (plugar e usar): sistema que busca e instala automaticamente os drives
necessários, logo, o usuário não precisa fazer nada, basta conectar o dispositivo ao
computador que o SO, automaticamente, faz o que for preciso para que seja identificado e
operado.

. 32 X 64 bits: reconhece até 3GB de memória RAM (suporta aplicativos 32) X reconhece mais
que 3GB de memória RAM (suporta aplicativos 32 e 64).

O linux é um sistema multitarefa, isto é, permite executar mais de um aplicativo, porém,


enquanto um é executado, o outro fica em segundo plano – errado (não fica em segundo
plano).

3. Sistema Linux

3.1. Características*

. Software livre: sistema open source que possui código fonte aberto, de modo que qualquer
usuário pode editá-lo, permitindo a criação de versões distintas (Windows: sistema fechado).

O código-fonte aberto permite que qualquer pessoa veja como o sistema funciona, podendo
modificá-lo e vendê-lo livremente – errado (admite-se a venda da distribuição, mas não do
código-fonte).

. Copyleft: é livre (no sentido de liberdade e não gratuidade), de modo que exige que todas as
versões modificadas e extensões também sejam livres (Windows: copyright) → licença GPL
(GNU General Public License).

. Multiusuário e multitarefa: permite que vários usuários acessem o sistema ao mesmo tempo
e a execução de diversos programas simultaneamente.

. Multiplataforma: roda em diversos tipos de plataformas de computadores, sejam eles x86


(32bits) ou x64 (64bits).

. Multiprocessador: permite o uso de mais de um processador no mesmo computador.

. Monolítico: possui apenas um kernel, responsável por todas as execuções e processos do


sistema (assim como o Windows).

. Case sensitive: diferencia caracteres maiúsculos e minúsculos → PASTA ≠ pasta.


A maioria dos comandos e diretórios utilizam letras minúsculas.

 Admite o máximo de 255 caracteres em nomes de arquivos e diretórios.


 O caractere “.” antes de um nome renomeia o arquivo para oculto.
 Não admite o caractere “/” na nomeação de arquivos e diretórios.

. Preemptivo: admite tirar de execução um processo em detrimento de outro (interrupção de


processo), conferindo prioridade a um processo.

. É considerado um sistema seguro (possui um único vírus compatível, enquanto o Windows


uma série de vírus).

O Linux é um software livre e gratuito – certo.

3.2. Sistemas de arquivos: essencial para manipulação de dados dentro do disco rígido, sendo
espécie de gerenciador e organizador que permite ao sistema ler os arquivos contidos no HD.

Ex: determina quantos caracteres poderão ser utilizados para nomeação de arquivos.

. Principais (Linux possui um conjunto de sistemas de arquivos maior que o Windows):

 Ext4
 XFS
 JKS
 ReiserFs
 BTRFs

Fs = fire system = sistema de arquivo.

. Tecnologia journaling: permite recuperar o sistema após um desastre no disco.

3.3. Distribuição: estrutura do sistema Linux.

. Composição:

1. Kernel: núcleo básico do sistema Linux, que integra o pacote GNU.


2. GNU pack: pacote básico de ferramentas que compõem o sistema Linux, de modo que
qualquer sistema criado a partir do GNU é considerado integrante do sistema Linux,
enquanto pacote aberto.
3. Servidor X-Window* (X-11): pacote de interface gráfica.

GNU (kernel) + Servidor X-Window (X-11) + GUI (interface gráfica adicionada pelo usuário) +
Pacote de aplicativos (adicionado pelo usuário) = Distribuição Linux.

. Principais distribuições (conforme surgimento e evolução histórica):


Existem diversas distribuições, sendo as abaixo citadas as mais cobradas. Algumas provas
cobram a derivação.

Ex: Ubuntu é distribuição decorrente do Debian – certo.

I. Debian → sistema utilizado pelo governo do Paraná a partir do programa “Paraná Digital”.

I.I. Ubuntu: distribuição Linux com o maior número de usuários domésticos, desenvolvida a
partir do Debian, com o acréscimo de um conjunto de aplicativos e aprimoramento da
interface gráfica (utiliza a interface gráfica Gnome).

 Kubuntu
 Linux Mint: surgimento a partir do Ubuntu, sendo a mais utilizada das versões
atualmente.

I.II. Linux Mint: versão que utiliza o repositório do Debian, permitindo ao usuário escolher
se irá utilizar elementos do armazém deste ou do Ubuntu.

II. Red Mat: muito utilizado por servidores de internet, cuja manutenção passou a ser cobrada
após um tempo de sua criação (não é possível a cobrança da licença do Linux, mas das suas
manutenções e atualizações pode), o que propiciou o surgimento de outros sistemas a partir
dele.

 Fedora
 Mandrake
 Conectiva

Observação: Mandriva criado a partir da junção do Mandrake e do Conectiva, sendo


recomendado para servidores domésticos.

Observação: principais distribuições quanto ao custo.

 Distribuições livres: Ubuntu, Debian e OpenSuse.


 Distribuições corporativas: Red Hat, Mandriva, SuSe.

. GUI: interface gráfica de usuário (ou seja, acrescida sobre o sistema Linux, que já possui a
interface X-11).

Não se confunde com as distribuições.

Estão em menor número que as distribuições, de modo que é importante conhecê-las para
distinguir daquelas, quando for cobrado em prova.

O Windows utiliza uma única interface gráfica, enquanto o Linux é compatível com diferentes
ambientes gráficos, inclusive, podendo operar sem se utilizar de qualquer um deles.

 Gnome: elegância e desempenho.


 KDE: elegância (desempenho ruim, pois é muito pesado).
 XFCE: alto desempenho (não preza pela estética, sendo bem básico).
 Unity: remodelagem do Gnome (interface utilizada pelo Ubuntu).
 Mate (interface utilizada pelo Linux Mint)
 Cinnamon (interface utilizada pelo Linux Mint)
 Black Box
 Flux Box

3.4. Diretório (árvore de diretórios Linux): estrutura do sistema.

. Diretório raiz: / (Windows: C:\) → armazena todos os outros.

\ (barra invertida): no Linux, possui apenas duas funcionalidades: i) proteger um caractere


especial e ii) indicar que um comando irá continuar na próxima linha.

$: usuário comum

#: administrador/super usuário/root

Cuidado: não confundir administrador da rede com usuário root.

Principais*:

/ home: pasta dos usuários → dentro da qual cada usuário terá sua própria pasta,
reservada para arquivos pessoais, sendo que o root tem acesso a todas, enquanto
cada usuário só tem acesso a sua pasta (Windows: Document and Settings).
/ root: pasta do usuário root → ao baixar o sistema operacional essa pasta é
automaticamente criada, sendo que somente após digitar a senha desta pasta (senha:
root) será solicitada pelo sistema que seja criada nova pasta (exceção: distribuição
Ubuntu não cria a pasta root, criando um usuário diretamente) → não deve ser
utilizado no dia-a-dia, pois, em razão da diversidade de poderes que possui, a sua
utilização vulnerabiliza o sistema; há apenas um usuário root e diversos comuns.
/ boot: arquivos essenciais para inicializar o sistema, possuindo o kernel e outros
arquivos de inicialização.
/ bin: binários (executáveis) e comandos essenciais do sistema → onde estão os
programas instalados e comandos editados no terminal (Windows: .exe).
/ Sbin: binários e comandos do sistema → arquivos e comandos executados pelo
sistema, de modo que são aqueles que exigem a interferência do administrador.
/ snap: gerenciamento de pacotes.
/ srv: dados de serviço fornecidos pelo sistema.
/ lib (e lib64): bibliotecas compartilhadas e módulos do kernel → comandos e funções
que mais de um programa utiliza, para evitar a necessidade de duplicação de dados.
/ media: armazenamento de mídias temporárias, consistente nas mídias removíveis (CD,
DVD, pen drive) → ao conectar os dispositivos ao computador esse diretório é
automaticamente criado para permitir o acesso ao conteúdo dessas mídias.
/ dev (device/ dispositivos): arquivo de dispositivos de entrada e saída, ou seja, dos
drivers, bem como placa de som, disco rígido, etc.
Windows Linux

C: /dev/hda1

D: /dev/fd1

E: /dev/sda1

/ mnt: montagem de dispositivos e sistemas de arquivos (dispositivos contidos em dev)


em partições e discos locais e de rede (para o administrador) → hda1, hda2, sbd,
cdrom etc (Windows: C:, D:, E:).
/ etc: armazena os arquivos de configuração e inicialização do sistema operacional →
como o Linux é um sistema aberto, a maioria das configurações utiliza simples editores
de textos (Windows: registros).
/ tmp: armazena arquivos de forma temporária.
/ run: também armazena arquivos temporários que, contudo, não podem ser apagados.
/ proc: informações sobre os processos em execução no sistema (criado na memória, de
modo que não ocupa espaço no disco).
/ usr: programas diversos, incluindo programas de usuários, sistemas de janelas X, jogos,
entre outros → diretório com o maior número de arquivos.

/usr/lib (bibliotecas), /usr/bin (executáveis), /usr/x11 (arquivos do sistema do gerenciador


de janelas), /usr/man (manuais online).

/ opt: opcionais, reservado para instalação de aplicação de terceiros como o OpenOffice


e softwares pagos.

Cuidado: letras minúsculas (sistema case sensitive), salvo o S do Sbin.

/etc é o local onde normalmente se armazenam arquivos de configurações globais do sistema


– certo.

No Linux, o diretório raiz é onde fica localizada a estrutura de diretórios e subdiretórios do


sistema, e o diretório representado por /dev é onde ficam os arquivos de dispositivos de
hardware do computador em que o Linux está instalado – certo.

DPC PR: A montagem e desmontagem de dispositivos do sistema operacional Linux utilizam o


diretório /dev – certo.

. Gerenciador de arquivos: permite o acesso e navegação pelas pastas dos diretórios


(programa equivalente ao Windows Explorer).

I. Konqueror: também pode ser utilizado como navegador de internet, desde que
ativado o modo para tal.
II. Nautilus
III. Dolphin
3.5. Terminal Linux: interface simples (tela preta) para inserção de comandos.

. Shell (interpretador Shell): estrutura de leitura e interpretação de comandos → recebe os


comandos de texto do usuário e traduz para que sejam aplicados ao kernel.

Principais interpretadores (de comandos no terminal): bash e sh.

. Edição de textos: se encontram dentro do próprio terminal, sendo utilizados para editar
comandos.

Editores mais comuns: VI e VIM.

 busca o histórico de comandos (uma seta: último comando; duas setas: penúltimo; e assim
sucessivamente).

. Usuário (que efetua o comando no terminal): nomedousuário @ computador /diretório ~$


ou #

$: usuário comum

#: administrador/super usuário/root

. Comandos:

 sudo: permite que o usuário comum execute comandos de super usuário (é preciso
saber a senha do administrador)
 su: altera o usuário comum para o administrador, que possui mais poderes e
privilégios para executar comandos no terminal.
 exit (man sh ou man csh): sair do terminal ou retorno para o usuário comum (caso
esteja no super usuário).
 halt: desliga o computador.
 ssh: acesso remoto via SSH (utilização do protocolo de segurança shell).
 passwd: alterar a senha.
 pwd (print working directory): mostra o diretório atual.
 ls (dir): listar conteúdo do diretório atual (≠ cat: conteúdo do arquivo).

ls-l: listar todo o conteúdo do diretório atual / ls-a: listar todo o conteúdo do diretório
atual, inclusive, itens ocultos / ls-R: listar todo o conteúdo do diretório e subdiretórios.

 mkdir: criar diretório.


 rmdir: remover diretório vazio.
 cd: navegar, mudar e abrir diretórios.

cd.: diretório atual / cd..: volta ao diretório anterior / cd~: vai para o diretório do usuário
(“home”) / cd-: volta para o último diretório acessado (“desfazer”).

cd (= vai para o diretório raiz).

cd /mnt (= vai para o diretório /mnt).


 touch: cria um arquivo vazio.
 cat: unir, criar e exibir arquivos.

$ cat arquivo1 > arquivo2 (= concatenar arquivos).

 cp: copiar.

cp-R (cp-r): copia todos os arquivos do diretório, inclusive, subdiretórios / cp-f: cópia a
força (se o arquivo já existe na pasta não perguntará ao usuário se deseja realmente uma
nova cópia) / cp*: copia todos os arquivos de um diretório.

 mv: mover ou renomear (permite a alteração do nome do arquivo original, ao


contrário do cp, no qual somente o da cópia será alterado).
 rm: remover arquivo.

rm-d: remove um diretório (mesmo que contenha arquivos) / rm-r: deleta o conteúdo dos
subdiretórios / rm-f: não pede autorização para o usuário e ignora os arquivos não
localizados/ rm-i: pergunta ao usuário se deseja mesmo apagar o arquivo.

 apropos: busca por comandos que contenham (palavras-chave) (diferente do atalho


tab pode ser utilizado sem que se saiba o início do comando).
 find: pesquisar por informações → find + (diretório) + (parâmetro).

O parâmetro pode ser: name (nome do arquivo), type, size, mtime (data da modificação).

 grep: localizar arquivos, conteúdos que contenha, pesquisando o termo dentro dos
arquivos.
 info: explorador de informações.
 man: manual, exibe opções do comando (help).
 file: determina o tipo do arquivo.
 diff: compara o conteúdo de dois arquivos.
 cmp: comparar dois arquivos (propriedade, tamanho, etc) (≠ diff).
 gzip: compacta/descompacta (arquivos em formato zip).
 tar: empacota (agrupa arquivos).
 head: exibe primeiras linhas de um arquivo.
 tail: exibe as últimas linhas de um arquivo (por padrão as 10 últimas).
 lpr: imprimir arquivo.

lprq: mostra o status da fila de impressão / lprm: remove trabalhos da fila de impressão.

 chmod: altera permissões de arquivos e diretórios, ou seja, privilégios dos usuários.


 chown: altera o dono do arquivo ou grupo.

# chown Maria /mp3 (= Maria passou a ser dona do diretório /mp3) → não inclui os
subdiretórios (pastas dentro do diretório), sendo que, para incluí-las é preciso acrescentar
-c-R.

# chown –c-R Maria /mp3.


 df: espaço livre em disco (free).
 du: espaço em disco ocupado (used).
 ln: cria atalho (links).
 vi: editor de texto.
 ifconfig: IPs da máquina, atribui um endereço a uma interface de rede ou configura
parâmetros (no Windows é o ipconfig).
 ping (+ endereço que visa conectar): teste de conexão.
 lshw: informações sobre configuração do hardware, do sistema, da memória, placa-
mãe, etc.
 history: histórico de comandos no terminal (mostra todos os comandos, enquanto
pressionar a seta vai mostrando um a um).
 ps: lista de processos em execução.

Comando jobs também mostra processos.

 top: lista de processos mais detalhado, visto que mostra o desempenho dos processos,
como memória utilizada (em tempo real).
 kill: matar processo (encerra processos em andamento).
 bg (&): coloca processo em segundo plano (bg de background).

Quando o comando é digitado, em regra, ele é executado em primeiro plano ( fg), contudo,
ao fim, caso se acrescente o &, ele será executado em segundo plano (bg).

 fg: traz processo para primeiro plano (fg de firstground).

. Caracteres de intercomunicação:

 >: redireciona a saída de um comando para um dispositivo ou arquivo (joga o que está
no comando para dentro do arquivo).
 >>: adiciona ao final do arquivo (o > substitui, de modo que o >> é indicado para se ter
mais cautela).
 <: redireciona a saída de um arquivo para um comando (joga o que está no arquivo
para o comando).
 I (pipe): redireciona a saída de um comando para um comando → separador de
comandos, delimitando comando de entrada e saída (lista de comandos).

cat (nome do arquivo) I grep (palavra) → mostra dentro do arquivo apenas as linhas que
contenham a palavra.

Ressalva: o comando tee une as duas funções, separando comandos e levando arquivos.

. Repositório: base de conteúdo (fontes de recursos), de modo que hospedam os pacotes de


software de cada distribuição.

apt: comando que busca um pacote no repositório para trazer para o sistema / dpkg: instala o
pacote / apt-get: instala, atualiza e remove pacotes.
Para tornar o repositório mais acessível ao usuário há o gerenciador de pacotes Synaptic →
ferramenta “amigável” de instalação, remoção e atualização de pacotes, para buscar
conteúdos do repositório (se assemelha a Apple Store ou Google Play, apresentado a lista de
aplicativos disponíveis).

Cuidado: Ubuntu 10.09 retirou o gerenciador da sua função padrão, devendo ser instalado
manualmente.

O comando chown é capaz de mudar o grupo de um arquivo ou diretório do sistema – certo


(grupo traz a ideia de dono).

O ps é uma ferramenta destinada ao monitoramento de processo em ambiente Linux – certo.

O comando dir exibe o caminho completo do diretório atual – errado (exibe o conteúdo de um
diretório).

DPC PR: Deseja-se criar um link simbólico do arquivo vim, o qual deverá ser chamado vi, a
alternativa que corretamente criará tal link é: ln –s vim vi.

DPC PR: A alternativa que apresenta, corretamente, o comando que irá desligar o computador
é: shutdown –s nowo (s é o comando que desliga o sistema).

UFPR: Para criar uma pasta com o nome meus trabalhos utiliza-se o comando mkdir meus
trabalhos ou md “meus trabalhos” – errado (não existe o comando md e o comando mkdir
meus trabalhos criará duas pastas, logo, o correto seria mkdir “meus trabalhos”).

No Linux, o diretório /home é o local onde é instalada a maior parte dos aplicativos e das
bibliotecas do sistema operacional, enquanto no diretório /usr são armazenados os arquivos
dos usuários – errado (/home = arquivos dos usuários, /lib = bibliotecas, /usr = arquivos,
programas e bibliotecas).

3.6. Permissões*

O sistema de permissão torna o sistema mais “blindado”, permitindo apenas que o usuário
root execute tarefas potencialmente danosas (mais seguro que o Windows).

Somente o usuário root (superusuário) possui permissões irrestritas, sendo responsável pela
configuração do sistema e a forma de uso pelos demais usuários.

No Linux, um usuário comum não pode causar danos ao sistema operacional da máquina de
forma acidental – certo.

. Sintaxe: números ou letras.

 0: sem permissão.
 1: executar.
 2: gravar.
 3: gravar/executar.
 4: ler.
 5: ler/executar.
 6: ler/gravar.
 7: ler/gravar/executar.

Executar = 1 / Gravar = 2 / Ler = 4 (os demais são as somatórias de 4, 2 e 1 → não precisa


decorar todos → quanto mais letras, menor o número).

 r (read): permissão de leitura.


 w (write): permissão de escrita (gravar).
 x (execute): permissão de execução, ou seja, para entrar em um diretório.
 - (negativa): não permitido.

Observação: arquivos executáveis possuem extensão .bin (no Windows possuem


extensão .exe).

. Tipos de arquivos (primeiro caractere da sintaxe):

 d: arquivo do tipo diretório (pasta).


 -: arquivo comum (texto, planilha, imagem).
 l: link.

. Tipos de usuários (ordem sucessiva de aparecimento na sintaxe):

Alteração do dono do arquivo por meio do comando chown.

 u: proprietário/dono (1º).
 g: grupo de usuários (2º) → alteração do grupo por meio do comando chgrp.
 o: usuário comum (3º).

Para modificar o grupo de um arquivo no Linux, é necessário ser o proprietário do arquivo,


pertencer ao grupo que está sendo modificado ou ser o superusuário – certo.

Sintaxe: tipo de arquivo (d, -1) + 3 caracteres relativos ao dono (r,w,x, -) + 3 caracteres relativos
ao grupo (r,w,x, -) + 3 caracteres relativos ao usuário comum (r,w,x, -).
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cuidado: não confundir com a ausência de permissão.

-rw-r-- → trata-se de um arquivo; proprietário pode ler e escrever, mas não executar; grupo
pode apenas ler.

chmod 623 estudar.txt = -rw-w-wx → primeiro grupo = proprietário / segundo grupo = grupo
de usuários / terceiro grupo = usuário comum, logo, proprietário pode ler e gravar; grupo de
usuários pode gravar; usuário comum pode gravar e executar.

dwxr-xr-x → primeiramente aparece o tipo de arquivo (d = diretório).

. Alteração das permissões*: por meio do comando chmod.

 =: aplique esta regra.


 +: adicione esta regra.
 -: retire esta regra.

Cuidado: não confundir - (menos = remover) e - (hífen = arquivo ou ausência de permissão)


→ se vem acompanhado do comando chmod será usado no sentido de retirada.

chmod u=rwx, g+rw, o-r.

A alteração também pode ser feita pelos números binários.

FUNPAR cobra os dois modos (letras e binários).

3.7. Softwares

Cuidado: provas costumam cobrar os nomes, misturando com espécies de interfaces para
confundir o candidato.

. Pacote para escritório: LibreOffice (Writer, Calc, Impress, Base, Draw)

. Editores de texto simples: Vi/Vim, Emacs, Nano, Gedit, krite, Sublime text, Joe.

. Editores de Imagens: Gimp (editor padrão), RawStudio, Photivo, F-Spot.

. Navegadores: Mozilla Firefox (navegador padrão), Google Chrome, Opera, Konqueror.

. Correio eletrônico: Mozilla Thunderbird (gerenciador de email padrão), Evolution, Kmail.

Rythmbox (gerenciador padrão de músicas) / Shotwell (gerenciador padrão de imagens/fotos).

. Gravadores de CDs/DVDs: Brasero, GnomeBaker.

. Servidor Web (armazena páginas da Web): Apache.

. Servidor Proxy (controle de conexão e acesso à internet): Squid → utilizados para manter a
segurança em redes intranet.

Nas configurações de rede do SO Linux é possível criar um proxy da rede para determinar
quais serviços poderão ser acessados ou não na rede. Ademais, admite-se a criação de uma
VPN, para comunicação com um servidor privado.

3.8. Atalhos

. Gerais (palavras em inglês):

 Ctrl + Q (quit): fechar o aplicativo ativo.


 Ctrl + A (all): seleciona tudo.
 Ctrl + S (save): salvar o documento com as alterações feitas.
 Ctrl + P (print): imprimir o documento.
 Ctrl + C: copiar.
 Ctrl + V: colar.
 Ctrl + X: cortar.

. Terminal (comandos) (cuidado: fogem do senso comum):

 Ctrl + Alt + T: abertura do terminal no ambiente gráfico.


 Ctrl + Alt + F5: abertura do terminal fora do ambiente gráfico.
 Tab: completa o comando (quando houver mais de uma opção apresenta uma lista de
possibilidades)
 Ctrl + C (c de cancelar): interrompe a execução.
 Ctrl + Z: joga a execução para segundo plano.
 Ctrl + L (l de limpar): limpa a tela (equivale ao comando clear ou CLS).
 Ctrl + U: apaga até o início da linha (usado em caso de erro na digitação do comando).
 Ctrl + K: apaga até o final da linha.
 Ctrl + W: apaga toda a palavra anterior a posição do cursor.
 Ctrl + Y: cola o texto apagado (mediante o uso dos atalhos ctrl + u, ctrl + k e ctrl + w).
 Ctrl + A: início da linha (a primeira letra, no início)
 Ctrl + E: fim da linha
 Ctrl + P: visualização do comando anterior (apertando repetidamente dá acesso ao
histórico de comandos).
 Ctrl + N: visualização do comando seguinte (utilização junto com a tecla ctrl + p).
 Ctrl + Shift + C: copiar (cuidado: ctrl + c X ctrl + shift + c).
 Ctrl + Shift + V: colar

. Gnome:

 Ctrl + Alt + espaço: reiniciar o Gnome.


 Alt + F2: abrir caixa “executar comando”.
 Alt + F4: fechar a janela atual.
 Alt + Tab: alternar entre janelas.
 Ctrl + Alt + F1: mudar para o primeiro terminar.
 Alt + Print: capturar tela ativa.

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