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EXPEDIENTE

Direção e Planejamento
Pr. Eduardo Toma

Elaboração
Pr. Joubert de Oliveira Sobrinho

Redação
Associação
Av. Kenkite Simomoto, 564 -Jaguaré
São Paulo – SP – CEP 05347-010
Telefone (11) 3716.2222

Revisão de Texto
Pr. Claudio Pinto

Arte
Rubens Jr.

Edição de Texto
Pr. Eduardo Toma

Suporte e Apoio
Pr. Sidney Santos

Gravação e Edição de Vídeo


Pr. André Luís T. da Silva

Colaboração
Pra. Elisa Toma

Versão
V1 - Agosto/2021

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AULA 2
SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA NAS
ESCRITURAS – PARTE 2
Introdução
A Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus. Sua correção, autoridade e
infalibilidade decorrem de sua inspiração divina. Podemos, com alegria e
confiança, afirmar como o salmista Davi: “Louvarei o teu nome, por causa da
tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu
nome e a tua palavra.” Sl 138.2
Dentro da cultura judaica havia grupos de homens (escribas, copistas,
massoretas) com a responsabilidade única de copiar, preservar e transmitir
as Escrituras Sagradas com fidelidade e perfeição. O escriba copiava o texto
e seu supervisor imediato avaliava seu trabalho. Caso encontrasse algum
erro, a cópia era queimada.
Tantas vezes copiavam os livros que, ao longo do tempo, acabavam por
memorizá-los, contando letras, sílabas e palavras. Ao encontrar a palavra
Yahweh, antes de escrevê-la, o copista levantava-se, fazia suas abluções
(lavava-se), trocava a pena e, depois, escrevia o sagrado nome. Assim fazia
sempre que o nome aparecesse para ser copiado do texto, não importando
quantas vezes. Essa disciplina rigorosa preservou o texto bíblico
praticamente perfeito durante milênios.

Afinal o que é a Bíblia e como se apresenta?


• A palavra Bíblia é derivada da palavra grega biblos, que significa livros,
coleção de livros ou biblioteca.
• A Bíblia reúne 66 livros divididos em duas partes: ANTIGO TESTAMENTO,
com 39 livros e NOVO TESTAMENTO, com 27 livros.
• No ANTIGO TESTAMENTO a história de Israel é o veículo da revelação de
Deus através das profecias e das promessas da vinda do Messias Salvador.
• O NOVO TESTAMENTO apresenta a vida de Jesus Cristo, seus
ensinamentos, o início da Igreja, doutrinas e revelações, em cumprimento
das profecias e promessas do Antigo Testamento.

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ANTIGO TESTAMENTO
QTD TIPO LIVROS
Livros da Lei – Torá –
5 Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio
Pentateuco
Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II
12 Livros históricos
Crônicas, Esdras, Neemias, Ester
Jó, salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos
5 Livros poéticos
Cânticos de Salomão
17 Livros proféticos
Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel,
5 Profetas maiores
Daniel
Oséias, Joel, Amós Obadias, Jonas, Miquéias, Naum
12 Profetas menores
Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias

NOVO TESTAMENTO
QTD TIPO LIVROS
Livros biográficos
4 Mateus, Marcos, Lucas, João
(evangelhos)
1 Livro histórico Atos dos Apóstolos
Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios,
Livros doutrinários Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II
21
(epístolas) Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus, Tiago, I e II Pedro,
I, II e III João, Judas
1 Livro profético Apocalipse

Quais são as características únicas da Bíblia?


• Os livros foram escritos dentro de um período de mais de 1.500 anos.
Moisés escreveu o Pentateuco em torno de 1.490 a.C. (antes de Cristo) e
João escreveu o Apocalipse em torno de 96 d.C. (depois de Cristo).
• Foram escritos durante mais de 40 gerações (cada geração com 35 anos,
em média).
• Foram escritos por mais de quarenta autores diferentes: Moisés – líder
político formado no Egito; Pedro – pescador; Amós – condutor de boiada;
Josué – general; Neemias – copeiro do rei; Daniel – primeiro-ministro;
Lucas – médico; Salomão – rei de Israel; Mateus – coletor de impostos;
Paulo – fariseu, rabino etc.
• Foram escritos em diferentes lugares, condições e circunstâncias: Moisés,
num deserto; Jeremias, numa masmorra; Daniel, no palácio e na colina;
Paulo, numa prisão; Lucas, em viagem; João, na ilha de Patmos; Davi, em
tempos de guerra; Salomão, em tempos de paz; Alguns, no auge da
alegria; outros, em profunda tristeza e desespero.

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• Foram escritos em três continentes: Ásia, África, Europa.
• Foram escritos em três idiomas: Hebraico (IIRe.18.26-28/Is.19.18);
Aramaico (trechos de Esdras, Daniel e Jeremias), no Antigo Testamento
e Grego (Novo Testamento – idioma internacional nos tempos de Jesus).
• Apesar de tratar de centenas de temas controversos, os livros apresentam
COESÃO e COERÊNCIA. Essa harmoniosa unidade é, em si, excepcional,
única, miraculosa, sobrenatural.
• Jesus Cristo é o principal assunto da Bíblia, ele é o mistério que foi
revelado pelas Escrituras dos profetas a todas as nações para obediência
da fé,
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que
de mim testificam.” Jo 5.39
“Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a
pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos
eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras
dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para
obediência da fé.” Rm 16.25,26
• É possível resumir a Bíblia em um único versículo:
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho único gerado, para
que todo o que nele crê não morra eternamente, mas tenha a vida eterna.” Jo 3.16

O que significa quando se diz que a Bíblia é um livro


profético?
• O termo profecia na Bíblia possui dois aspectos:
- É a proclamação da vontade de Deus,
- É, também, uma revelação que prediz o futuro.
• Quase 30% do texto bíblico é constituído de predições.
• A Bíblia é o único volume já produzido por um grupo de homens, em que
se encontram um grande número de profecias a respeito de nações, em
particular, de Israel, de outros povos da terra, de certas cidades e,
especialmente, daquele que viria e seria o Messias.
• Nenhuma religião possui citações proféticas reais e específicas acerca de
acontecimentos históricos a ocorrer no futuro, nem de um Salvador que
deveria aparecer no meio da raça humana.
• Deus é verdadeiro e sua palavra não falha. Tudo está sujeito à sua
vontade, Nm.23.19; Is.46.9,10; Mt.24.35; Jr.1.12. Uma profecia divina deve
se cumprir em 100% de seus detalhes. Menos que isto é condenada e não
procede de Deus, Dt 18.20-22; Nm 23.19; Is 46.9-10; Mt 24.35; Jr 1.12.
• Os apóstolos utilizaram duas fortes argumentações para a apresentação
de Jesus como Messias:

5
- Sua ressurreição
- As profecias messiânicas cumpridas, At 2.14-36; Rm 1.2-4.
• Jesus apelou às profecias, Mt.5.7; Lc.24.27,44; Jo.5.39,40,46,47; Mt.26.56;
Lc.4.20,21; 22.37
• Além de profecias detalhadas sobre cidades, nações e pessoas
específicas (mesmo fora do povo de Israel), a Bíblia apresenta mais de
trezentas profecias pormenorizadas sobre a vinda e a vida de Jesus.
Profecias sobre a vida de Jesus

ACONTECIMENTO PROFECIA DATA CUMPRIMENTO DATA


Mt 1.18,24,25; Lc
Nascido de uma virgem Isaías 7.14 758 a.C. 5-4 a.C.
1.26ss
Nascido em Belém Miquéias 5.2 710 a.C. Mt 2.1.4-8; Lc 2.4-7 “

Recebeu presentes Sl 72.10; Is.60.6 1023/698a.C. Mt 2.1,11 “

Herodes mata crianças Jeremias 31.15 606 a.C. Mt 2.16 “

Jesus sobre um jumento Zacarias 9.9 487 a.C. Lc 19.30-38; Mt 21.1-11 33 d.C.

Traído por um amigo Sl 41.9; 55.12-14 1023 a.C. Mt 10.4; 26.49,50 “


Preço: 30 moedas de
Zacarias 11.12 487 a.C. Mt 26.15; 27.3 “
prata
Moedas atiradas no
Zacarias 11.13b “ Mt 27.5a “
templo
Mudo perante
Isaías 53.7 712 a.C. Mt 27.12 “
acusadores
Mãos e pés
Salmo 22.16 1017 a.C. Lc 23.33 “
traspassados
Destino de suas roupas Salmo 22.18 “ Jo 19.23,24 “

Deram-lhe fel e vinagre Salmo 69.21 1023 a.C. Mt 27.34 “


Abandonado pelos
Zacarias 13.7 487 a.C. Mc 14.50 “
discípulos
Salmo 16.10;
Ressurreição 1060/1023a.C At 2.31;13.33; Mt 28.6 “
30.3; 41.10

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Profecia sobre a cidade de Tiro
Ezequiel, 26.3-21, profetizou sobre a cidade de Tiro (592 – 570 a.C.),
apresentando as seguintes predições:
PROFECIA REF. CUMPRIMENTO
Três anos depois da profecia, Nabucodonosor II rodeou
1. Nabucodonosor destruirá
a cidade por 13 anos. Quando conseguiu entrar, a
a cidade de Tiro localizada Ez 26.7,8
maioria do povo havia fugido para uma ilha distante
no continente.
800 m da costa onde fortificaram outra cidade isolada.
2. Muitas nações lutarão A história registra que a Babilônia (Nabucodonosor), a
contra Tiro. Ez 26.3 Grécia (Alexandre, o Grande, 333aC) Roma (Antígono
314aC) e os Ptolomeus guerrearam contra ela.
3. Tornar-se-á como uma Alexandre, o Grande, para conseguir chegar à ilha,
penha descalvada; plana retirou o entulho da cidade do continente e o lançou na
como o topo de uma Ez 26.4 água a fim de construiu uma passagem. O local da
penha. antiga cidade se tornou “liso” sem, nem mesmo os
restos das construções.
4. Os pescadores vão O local onde estava a cidade se tronou uma vila de
estender suas redes no Ez 26.5 pescadores. Até recentemente poder-se-ia ver redes
local da antiga cidade. estendidas naquele lugar.
Os engenheiros de Alexandre construíram o molhe
(passagem, paredão que avança pelo mar adentro –
5. Lançarão o entulho na
Ez 26.12 nos portos quebra o ímpeto do mar e serve de abrigo a
água.
navios), usando os restos da antiga cidade, jogando-os
ao mar. As ruínas de Tiro, hoje, estão no mar.
Por mais de 25 séculos não se reconstruiu a cidade,
6. Tiro jamais será embora seja um local com grandes fontes de água
Ez 26.14
reconstruída. potável – 40.000 m3 de água por dia – quantidade
suficiente para suprir uma grande cidade moderna.
Tiro não pode ser escavada como normalmente fazem
os arqueólogos, devido ao fato dela ter sido varrida
7. Jamais voltará a ser
Ez 26.21 para o mar. A cidade construída foi destruída
encontrada.
definitivamente em 1291 dC. A Tiro que hoje existe não
foi reconstruída no mesmo lugar.

“Se Ezequiel tivesse em sua época olhado para Tiro e tivesse essas sete
predições pela sabedoria humana, essas estimativas indicam que as chances
de todas elas se concretizarem seria de apenas 1 em 75.000.000. Todas se
concretizaram nos mínimos detalhes.” Peter Stoner

A Cidade de Tiro
O que foi antigamente uma fortificada cidade da Fenícia é hoje Es-Sur, um
pobre povoado. Estava situada numa ilha rochosa na parte oriental do
Mediterrâneo. Tiro perdeu a sua qualidade de ilha quando foi cercada por
Alexandre Magno, que edificou um molhe, que pôs a cidade em comunicação
com o continente. Em 332 a.C., Alexandre e seu exército vitorioso
apareceram diante de Tiro. E a cidade, confiando em sua quase
inexpugnável posição, fechou os seus portões contra o que lhe parecia um
pequeno exército macedônio. O cerco que se seguiu tornou-se um dos
grandes episódios da história militar do mundo. Alexandre construiu um
caminho para cruzar o pequeno estreito que separava a cidade do
continente. E foi somente através desse gigantesco feito de engenharia que
Alexandre conseguiu lançar o ataque final, mediante o qual conquistou a

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cidade de Tiro. Foi desse modo que a profecia de Ezequiel teve
cumprimento, quando a grande e famosa cidade de Tiro tornou-se um lugar
onde os pescadores vinham enxugar e remendar suas redes, Ez 26.5,14; 47.10.
O molhe foi alargado pelo depósito de areia, e hoje tem de largura uns
quinhentos metros. (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia)
Profecia a respeito de Josias
• Diante do rei Jeroboão um homem de Deus profetizou a vinda de Josias
da linhagem de Davi que sacrificaria os falsos profetas e queimaria seus
ossos sobre o altar.
“E eis que, por ordem do SENHOR, um homem de Deus veio de Judá a Betel; e
Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso. E clamou contra o altar com a
palavra do SENHOR e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho
nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os
sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos de homens se queimarão
sobre ti.” 1Rs 13.1,2
• Josias foi contemporâneo do Faraó Neco, rei do Egito (610-595 a.C.), 2Rs
23.29. Trezentos anos depois tudo se cumpriu.
“Semelhantemente quebrou as estátuas, e cortou os bosques, e encheu o seu lugar
com ossos de homens. O altar de Betel é profanado e derribado eE também o altar
que estava em Betel e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito pecar
a Israel, juntamente com aquele altar, também o alto derribou; queimando o alto, em
pó o desfez e queimou o ídolo do bosque. E, virando-se Josias, viu as sepulturas que
estavam ali no monte, e enviou, e tomou os ossos das sepulturas, e os queimou sobre
aquele altar, e assim o profanou, conforme a palavra do SENHOR, que apregoara o
homem de Deus, quando apregoou estas palavras.” 2Rs 23.14-19
Profecia sobre o cativeiro babilônico
• Isaías profetizou 100 anos antes, que Judá seria conquistada e seus
habitantes levados em cativeiro para Babilônia.
“Então, disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do SENHOR dos Exércitos: Eis que
virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus
pais até ao dia de hoje, será levado para a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse
o SENHOR. E dos teus filhos, que procederem de ti e tu gerares, tomarão, para que
sejam eunucos no palácio do rei da Babilônia.” Is 39.5-7
Profecia sobre a vinda de Ciro, rei da Pérsia
• Isaías profetizou, 100 anos antes, que o rei Ciro permitiria que os judeus
retornassem após o cativeiro babilônico.
“Sou eu quem confirma a palavra do seu servo e cumpre o conselho dos seus
mensageiros; quem diz a Jerusalém: Tu serás habitada, e às cidades de Judá: Sereis
reedificadas, e eu levantarei as suas ruínas; quem diz à profundeza: Seca-te, e eu
secarei os teus rios; quem diz de Ciro: É meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz;
dizendo também a Jerusalém: Sê edificada; e ao templo: Funda-te. Assim diz o
SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela sua mão direita, para abater as
nações diante de sua face; eu soltarei os lombos dos reis, para abrir diante dele as
portas, e as portas não se fecharão.” Is 44.26-28; 45.1

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As Probabilidades
Peter Stoner, professor emérito de ciências da Faculdade de Westmont,
trabalhou com seiscentos estudantes para cálculo de probabilidade
matemática de apenas oito profecias do AT serem cumpridas em qualquer
pessoa da atualidade. Resultado: 1 em 1017.
Para ter-se a idéia do cálculo, Lee Strobel imaginou toda a terra seca do
mundo coberta com ladrilhos brancos, quadrados de 3,81 cm de lado,
havendo apenas um ladrilho pintado de vermelho na parte inferior. Uma
pessoa deveria perambular pelo mundo durante toda a vida pelos sete
continentes. Ser-lhe-ia permitido abaixar uma única vez e apanhar um único
ladrilho. Qual seria a probabilidade do ladrilho escolhido ser aquele cuja base
estava pintada? A mesma de oito profecias do AT testamento serem
cumpridas por qualquer pessoa em toda a história.
Para quarenta e oito profecias do AT, o resultado foi 1 em 10157, o mesmo que
localizar um átomo em um trilhão de trilhão de trilhão de trilhão de bilhão de
universos.
A Bíblia não é um livro comum, com informações ultrapassadas ou assuntos
desconexos. Ela apresenta uma consciência sobrenatural, porém, acessível a
qualquer pessoa que esteja sinceramente interessada em verificar sua
veracidade e autoridade.

Quais os sentidos encontrados no texto bíblico?


Há três sentidos ou formas de apresentação e interpretação do texto bíblico:
1. Sentido literal
As palavras no seu imediato significado.
“Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto” (sentido literal). Jo 11.11-14.
2. Sentido figurado ou alegórico
Simbolismo das palavras e dos textos: vinho é sangue (Mt 26.28); semente é
a Palavra de Deus (Lc 8.11); porta é o coração do homem (Ap 3.20).
Muitos fatos ocorridos com o povo de Israel são figuras para nós, hoje, 1Co
10.6-11; Cl 2.16-17. A sabedoria de Deus é oculta em mistério, 1Co 2.7. Seu
segredo é para os que o temem, Sl 25.14.
A parábola é uma forma particular de expressão divina. Uma parábola é uma
narração alegórica que contém algum preceito moral; no caso bíblico, ela é
uma história da terra que apresenta uma verdade do céu, Sl 78.2; Mt 13.10-
17,34-35.
3. Sentido espiritual ou enigmático
Quando o significado ultrapassa o sentido literal e alegórico (sem os
desvirtuar nem corromper), apresentando uma dimensão adicional

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extraordinária, uma resposta pessoal, revelada pelo Espírito Santo, 1Co 2.9-
14; 1Co 10.11; Hb 9.9.
A segurança está em que jamais o sentido alegórico ou enigmático deturpará
o sentido literal.

A Bíblia é uma revelação inspirada por Deus?


• Por meio da Bíblia, Deus disponibilizou o conteúdo da revelação especial
para o mundo. Ele usou um método para que o conteúdo das Escrituras
fosse registrado. Esse método é a inspiração. A inspiração é a influência
sobrenatural sobre os autores das Escrituras, que converteu suas
anotações em um registro preciso da revelação e fez com que seus
escritos sejam a Palavra de Deus.
“Toda Escritura (é) divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir,
para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente instruído para toda boa obra.” 2Tm 3.16,17 (a tradução preferencial
inclui “é”, reafirmando que toda a Bíblia é inspirada).
• Inspirada = soprada ou expirada por Deus - indicação de que saiu de Deus,
foi produzida por ele. Um paralelo com o sopro que deu vida a Adão.
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas
o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” Gn 2.7
• O propósito das Escrituras inspiradas é ensinar, repreender, corrigir,
restaurar, educar na justiça para que cada cristão seja, aperfeiçoado,
capacitado, preparado para agir bem em todas as áreas da vida. A Bíblia
não é para ser admirada num museu, mas aplicada, experimentada em
nossas vidas.
• A revelação é a comunicação da verdade de Deus para a humanidade,
portanto, é vertical. A inspiração refere-se ao meio e à forma em que a
verdade é transmitida, portanto, é horizontal. Embora a revelação e a
inspiração ajam conjuntamente, é possível que nas Escrituras haja:
Inspiração sem revelação - quando o Espírito Santo levou os autores a
registrarem palavras de descrentes, por exemplo, que não foram
reveladas por Deus, ou assuntos não revelados, mas que possuíam
informações de fácil acesso às pessoas, e seriam proveitosas ao objetivo
da revelação, por exemplo, as genealogias das famílias, tanto no AT
quanto no NT. O evento da tentação de Jesus no deserto foi um fato
inspirado pelo Espírito Santo para ser relatado, porém, as palavras do
diabo ali presentes, obviamente, não são “a Palavra de Deus”;
Revelação sem inspiração - casos em que a revelação não foi registrada
porque o Espírito Santo, conforme sua vontade e propósito, foi seletivo,
impediu, não levou ou não autorizou nenhum autor a registrá-los:

10
“Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse
escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se
escrevessem. Amém!” Jo 21.25
“E sei que o (Paulo) tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito
falar.” 2Co 12.3,4
• Não só uma parte, mas toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa,
útil para suas finalidades. Refere-se ao Antigo e Novo Testamento.
“Toda Escritura (é) divinamente inspirada é proveitosa (útil) para ensinar, para
redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” 2Tm 3.16,17 (a tradução
preferencial inclui “é”, reafirmando que toda a Bíblia é inspirada)
• Toda, significa Antigo e Novo Testamento. Veja abaixo, que Paulo une
uma referência do AT com uma do NT e chama ambas de Escritura.
“Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro
do seu salário.” 1Tm 5.18
“Não atarás a boca ao boi, quando trilhar.” Dt 25.4
“E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o
obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa.” Lc 10.7
• Pedro chama os escritos de Paulo de Escrituras, mostrando a aceitação
da igreja primitiva e o reconhecimento de sua autoridade.
“…nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada,
falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de
entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras,
para sua própria perdição.” 2Pe 3.15,16
• Neste texto Pedro enfatiza que a fonte das Escrituras é Deus e jamais a
vontade humana. Os homens falaram da parte de Deus, sob influência
determinante do Espírito Santo.
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum,
mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2Pe 1.20,21
• A igreja primitiva confirma que o Espírito Santo inspirou as Escrituras.
“Varões irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse
pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus.”
Atos 1.16 (Pedro cita os Salmos 69.25 e 109.8)
“Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia
anunciado: que o Cristo havia de padecer… o qual convém que o céu contenha até
aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus
santos profetas, desde o princípio.” At 3.18,21
• Os profetas testemunharam que falaram as palavras do Senhor.
“E estas são as palavras que disse o SENHOR acerca de Israel e de Judá: Assim diz o
SENHOR…” Jr 30.4,5

11
“Ouvi esta palavra que o SENHOR fala contra vós, filhos de Israel…” Am 3.1
“O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse
o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine
sobre os homens, que domine no temor de Deus.” 2Sm 23.2,3
• Jesus considerava a Escritura plenamente inspirada, autorizada,
permanente e indestrutível. Todo o uso que Jesus faz do Antigo
Testamento indica que ele o considerava ser Palavra de Deus.
“...e a Escritura não pode ser anulada (não pode falhar).” Jo 10.35
“Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo…
Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas
de toda a palavra que sai da boca de Deus…
Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus…
Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus,
adorarás e só a ele servirás.” Mt 4.1,4,7,10
• O Templo e as Escrituras eram dois objetos considerados sagrados em
Israel nos tempos de Jesus. Jesus não hesitou em mencionar que o
primeiro passaria, seria destruído. Mas que as Escrituras seriam cumpridas
plenamente.
“E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para
lhe mostrarem a estrutura do templo. Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto?
Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.”
Mt 24.1,2
“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou
um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.” Mt 5.18

A Bíblia contém erros?


• Os autógrafos são os manuscritos originais da Bíblia. Eles já não existem.
Todavia, os originais do Antigo Testamento, por exemplo, foram
meticulosamente copiados, originando os manuscritos mais antigos de
que dispomos. Nas cópias é possível encontrar erros dos copistas, erros
gráficos. Como temos uma abundância de cópias traduzidas em várias
línguas e disponíveis hoje, sabemos que o texto original foi preservado
neles. As variações duvidosas encontradas nos manuscritos encontrados
(falta de letras ou palavras) não deturpam nem alteram em nada nenhum
artigo de fé ou preceito moral. Uma análise acurada concluiu que o texto
do Novo Testamento, por exemplo, é 98,33% puro.
• Há, em resumo, três tipos diferentes de posição sobre a questão da
inerrância (ausência de erros) das Escrituras.
A inerrância absoluta - afirma que a Bíblia inclui análises detalhadas de
assuntos da ciência e da história e é totalmente verdadeira. Entende que
os autores bíblicos tinham intenção de fornecer dados científicos e

12
históricos exatos. Portanto, qualquer discrepância pode e deve ser
explicada.
A inerrância plena - A Bíblia é completamente verdadeira, porém, seu
objetivo principal não é prestar informações científicas e históricas,
embora as apresente de forma verdadeira. A Bíblia registra estas
informações da maneira como se apresentam aos olhos humanos
(referências fenomenais), com descrições populares, implicando muitas
vezes em referências gerais e aproximações. Mesmo assim são corretas,
não constituem erros.
A inerrância limitada - Considera a Bíblia inerrante e infalível nas
referências doutrinárias à salvação. Quanto aos assuntos da ciência e
história, Deus não lhes revelou, portanto refletem o entendimento
corrente da época dos autores. Nesta perspectiva, a Bíblia pode conter
erros, porém, sem grandes consequências.
• Havemos de pensar: se Deus nos deu uma revelação especial a respeito
de si mesmo e inspirou seus servos para que a registrassem, é de se
esperar que a Bíblia é, garantidamente, uma fonte digna de toda
confiança dessa revelação. Ainda que apresente pontos difíceis de
entender, a seu tempo poderão ser esclarecidos, como é comum
acontecer ainda hoje (constantemente pesquisadores descobrem fatos
ou dados que esclarecem partes das Escrituras, dantes sob a dúvida dos
críticos).
• Por outro lado, se há algum erro nas Escrituras, onde estarão os demais
possíveis erros? Pode-se confiar no que ela diz ou teremos que desconfiar
de parte? Qual parte? Doutrinal, descrição histórica, sobre o caráter de
Deus, sobre a divindade de Jesus Cristo ou sobre a Trindade? Não é esta
a conclusão que chegamos. A Palavra de Deus é totalmente digna de
crédito e confiança.
• A inerrância bíblica significa que quando todos os fatos são conhecidos,
quando corretamente interpretada, de acordo com o nível a que a cultura
e os meios de comunicação usados na época em que foi escrita e de
acordo com os propósitos a que foi destinada, as Escrituras, em seus
escritos originais, demonstrarão ser completamente verdadeiros em tudo
o que declaram, quer seja doutrina, moralidade, questões sociais,
históricas, físicas ou científicas. (Com base em M. J. Erickson e Paulo
Feinberg).
• A inerrância plena é a definição que mais expressa o entendimento da
perfeição da revelação bíblica. A definição acima se coaduna com ela.
O que Jesus diz sobre haver ou não erros nas Escrituras?
• O testemunho de Jesus é de plena confiabilidade no Antigo Testamento.
Jesus jamais corrigiu ou discordou de alguma porção das Escrituras. Para
ele o que a Bíblia disse foi o que Deus disse.

13
“...e a Escritura não pode ser anulada (não pode falhar).” Jo 10.35
• Jesus autenticou a precisão explícita, literal e histórica do Antigo
Testamento. Ao citá-las ele estava afirmando que aqueles eventos eram
fatos históricos e que realmente aconteceram, especialmente as
narrativas tidas como lendárias pelos críticos.
A CRIAÇÃO
“Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os
fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Mt 19.4-6
O DILÚVIO UNIVERSAL
“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem.
Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam-se
e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o
perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda
do Filho do Homem.” Mt 24.37-39
JONAS ENGOLIDO POR UM PEIXE
“Mas ele lhes respondeu e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém
não se lhe dará outro sinal, senão o do profeta Jonas, pois, como Jonas esteve três
dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três
noites no seio da terra. Os ninivitas ressurgirão no Juízo com esta geração e a
condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui
quem é mais do que Jonas.” Mt 12.39-41
O LIVRO DE DANIEL
“Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel,
está no lugar santo (quem lê, que entenda), então, os que estiverem na Judeia, que
fujam para os montes.” Mt 24.15,16
LÓ, SODOMA E GOMORRA
“Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam,
compravam, vendiam, plantavam e edificavam. Mas, no dia em que Ló saiu de
Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos. Assim será no dia em
que o Filho do Homem se há de manifestar. Naquele dia, quem estiver no telhado,
tendo os seus utensílios em casa, não desça a tomá-los; e, da mesma sorte, o que
estiver no campo não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló.” Lc 17.28-32
“E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou
cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que, no Dia do Juízo, haverá
menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.” Mt
10.14,15
O MANÁ QUE DESCEU DO CÉU
“Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se
alimenta também viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de
vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para
sempre.” Jo 6.57,58

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A SERPENTE DE BRONZE NO DESERTO
“E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do
Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna.” Jo 3.14,15
Concluímos que a Bíblia é inerrante?
• A Bíblia alega ser a palavra literal de Deus, com autoridade e credibilidade
demonstrada.
• Não existe um único e deliberado erro comprovado nas Escrituras, apesar
das constantes avaliações críticas dos dados bíblicos.
• Jesus, a autoridade máxima e final, testemunhou inteiramente a favor
delas.
• Podemos afirmar com absoluta certeza, que A BÍBLIA É INERRANTE,
exata e infalível Palavra de Deus, os textos das Escrituras são plenamente
confiáveis, e que as possíveis contradições são aparentes e humanas.

Quais os materiais utilizados para a escrita dos livros


da Bíblia?
• PAPIRO – O mais comum dos materiais de escrita e o mais perecível. Era
preparado com uma planta, junco, que possuía o mesmo nome. Este junco
crescia nos rios e lagos de pouca profundidade existentes no Egito e na
Síria (porto Byblos). O papiro foi utilizado até por volta do século terceiro
d.C.
• PERGAMINHO – É a pele de ovelhas, cabras, antílopes e outros animais,
preparadas, tosadas, raspadas, resultando num material mais durável para
a escrita. Chamou-se pergaminho devido a sua produção ligada à cidade
de Pérgamo.
• VELINO – Peles de filhotes de diversos animais. Eram frequentemente
tingidos de púrpura (vermelho), escrito com letras prateadas ou
douradas.
• ÓSTRACO – Fragmento de cerâmica não-esmaltada de uso comum entre
o povo, encontrados em abundância no Egito e na Palestina.
• PEDRAS – Escritas com canetas de ferro.
• TABLETES DE ARGILA – Mais baratos e duráveis, eram inscritos com
instrumento pontiagudo e posteriormente postos para secar.
• TABLETES DE CERA – Um pedaço de madeira coberto de cera escrito
com estilete de metal.
• CINZEL – Instrumento de ferro para entalhar pedras.
• ESTILETE DE METAL –Instrumento para grafar em tabletes de argila e
cera, também chamado estileto.

15
• PENA – Feita de juncos, de 15 a 40 cm de comprimento. A pena de ave
surgiu entre os gregos no século III a.C., Jr 8.8.
• TINTA – Mistura de carvão, cola e água.

Como era a apresentação dos livros antigos?


• FORMA DE ROLO – Eram folhas de papiro coladas uma ao lado da outra
que, por sua vez, eram enroladas num bastão. Possuíam, em geral, de 6m
a 10m de comprimento (já foram encontrados livros com 43m).
Geralmente escrito só de um lado. Quando escrito de ambos, chamava-
se opistógrafo, Ap.5.1. Não eram práticos de serem manuseados. “Um
grande livro é um grande estorvo”, disse Calímaco, catalogador dos livros
da biblioteca de Alexandria.
• FORMA DE CÓDICE OU LIVRO – O cristianismo foi o principal motivo para
o desenvolvimento desta forma de apresentação de um manuscrito
tornando a leitura mais prática com folhas presas de um lado só e escritas
de ambos os lados.
• ESCRITA UNCIAL – Letras maiúsculas cuidadosamente desenhadas,
próprias para livros.
• MINÚSCULA CAROLINA – Letras menores e cursivas, criadas visando a
produção de livros.
• AS DIVISÕES DA BÍBLIA – Embora, ao longo do tempo, tenha-se tentado
dividir em capítulos o texto, tanto hebraico quanto grego, não foi senão
no século treze (1227 d.C) que Estevão Langton, um professor da
Universidade de Paris e Arcebispo de Cantuária, dividiu a Bíblia no atual
sistema de capítulos. A vulgata latina foi a primeira Bíblia a incorporar
tanto a divisão de capítulos como a de versículos.

O que é o cânon e como foi determinado?


• Cânon vem da palavra “cana”, “junco”. O junco era utilizado como vara de
medir e, por esta razão, cânon veio significar o “padrão”, referindo-se à
“regra de fé” ou mesmo “lista” ou “rol”. Por fim, cânon significa: LISTA DE
LIVROS OFICIALMENTE ACEITOS.
• Antigo Testamento - O povo judaico sempre preservou seus escritos
sagrados, mas alguns fatores determinaram a definição do cânon do AT.
• A destruição de Jerusalém e do templo em 70 d.C. Os judeus se
espalharam e precisavam definir oficialmente seus livros sagrados. Pode-
se dizer que a unidade cultural do povo judeu foi preservada por eles.
• O florescimento do cristianismo e o aparecimento de muitos textos
cristãos, forçaram os judeus a reunirem seus próprios escritos para tentar
estabelecer uma diferenciação e uma certa resistência.

16
• Novo Testamento - Outros fatores determinaram a definição do cânon do
NT.
• Marcião, o herege, (140 d.C.) desenvolveu e divulgou seu próprio cânon.
A Igreja precisava se posicionar.
• Algumas igrejas orientais estavam usando livros claramente falsos.
• Edito do Imperador Diocleciano, em 303 d.C., que ordenou a destruição
dos livros sagrados cristãos. Era necessário definir os verdadeiros livros
(líderes da das igrejas cederam muitos apócrifos para serem queimados).
• Após 25 anos do terrível edito de Diocleciano, o seu sucessor, o
Imperador Constantino, converteu-se (328 d.C.) e proclamou um edito
para que se preparassem 50 Bíblias às custas do governo. Eusébio, a fim
de certificar-se dos livros realmente reconhecidos pelos líderes das
igrejas, empreendeu uma viagem visitando as principais igrejas e
pesquisando os livros acolhidos como verdadeiros e inspirados.
Resultado: sua lista revelou o número de 27 livros para o Novo
Testamento. Os mesmos que hoje temos em nossas mãos.

E o que dizer dos apócrifos?


• Do grego, “apokruphos” significa “oculto” ou “escondido”. Este nome foi
dado por Jerônimo ao grupo de livros considerados não inspirados pelo
Espírito Santo.
• Filo, filósofo judeu de Alexandria (20 a.C. – 40 d.C), usou muito os textos
do Antigo Testamento e, seus escritos, mas jamais citou os livros
apócrifos como inspirados.
• Flávio Josefo, historiador judeu (30-100 d.C.) também jamais os citou
como inspirados.
• Jesus e os escritores do NT, citaram muito o AT, mas não os apócrifos.
• Os estudiosos judeus reunidos em Jâmnia (90 d.C.) não reconheceram os
apócrifos.
• Nenhum concílio ou deliberação da igreja cristã, nos primeiros quatro
séculos, reconheceu os apócrifos como inspirados.
• Jerônimo (340-420 d.C,), tradutor da Vulgata (versão traduzida para o
latim) rejeitou os apócrifos.
• Muitos dos grandes Pais da igreja antiga atacaram os apócrifos, tais como:
Orígenes, Cirilo de Jerusalém, Atanásio, etc.
• Durante a Reforma, muitos estudiosos católicos rejeitaram os apócrifos.
• No Concílio de Trento, na Contra-Reforma (1.546 d.C.), a Igreja Católica
incluiu os apócrifos no cânon.

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E por que não aceitamos os apócrifos?
• Estão repletos de divergências e anacronismo (erros de cronologia,
tempo) históricos e geográficos.
• Ensinam doutrinas falsas que incentivam práticas divergentes das
Escrituras inspiradas.
• Apresentam estilos literários e artificialidade no trato de assuntos que
destoa das Escrituras inspiradas.
• Não possuem autoridade profética, sentimento poético e religioso que
conferem caráter divino às Escrituras.
• Alguns livros apócrifos: I e II Esdras, Tobias, Judite, Adições a Ester,
Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, Adições a Daniel: Susana,
Bel e o Dragão, Cântico dos Três Hebreus, A Oração de Manassés, I e II
Macabeus, Epístola de Pseudo-Barnabé, Epístola aos Coríntios, II Epístola
de Clemente, Pastor de Hermas, Didaquê (O ensino dos doze apóstolos),
Apocalipse de Pedro, Os Atos de Paulo e Tecla, Epístola aos Laodicenses,
Evangelho Segundo os Hebreus, As Sete Epístolas de Inácio, e muitos
outros.

Com que método se verifica a credibilidade da Bíblia?


• “PROVE-ME CIENTIFICAMENTE QUE A BÍBLIA É VERDADEIRA!” – A
prova científica constitui-se na repetição de um experimento em presença
do indivíduo que o questiona. Depende de avaliação de fenômenos e
experimentos, ou de observação repetida. O Método Científico não pode
comprovar os fatos bíblicos pelo fato deles não poderem ser repetidos,
da mesma forma que não pode provar onde você esteve ontem. Mas este
método não é o único.
• NOSSAS PROVAS SÃO JUDICIAIS E NÃO CIENTÍFICAS – Somente uma
prova histórica pode comprovar ou não um fato passado. É possível
chegar-se a um veredito com base em provas dignas de crédito que são
divididas em três tipos: ORAL, ESCRITO e de EVIDÊNCIAS (provas
materiais).
• O MÉTODO JUDICIAL, com base em nas provas ORAIS, ESCRITAS e de
EVIDÊNCIAS (provas materiais), exige verificação da fidelidade destes
testemunhos. Um documento é um testemunho escrito. Por exemplo, o
método científico não consegue provar que eu estive no supermercado
ontem (não é possível voltar no tempo e repetir o evento). O método
judicial procurará por pessoas que me viram (provas orais), por
documentos (tickets de estacionamento, nota fiscal, boleto de cartão de
crédito) e evidências materiais (embalagens de alimentos, sacolas
plásticas usadas, vídeos de segurança etc.).

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• A fé cristã é inteligente, não é cega nem ignorante, Jo.8.32. Amar ao
Senhor com todo o entendimento é amá-lo inteligentemente, Mc.12.30.
Não nos guiamos por vista, mas somos chamados a usar a inteligência
que Deus nos deu.
• Deve-se testar a credibilidade histórica dos documentos da Bíblia pelos
mesmos critérios usados para testar todos os demais documentos
históricos. Para tal usa-se o:
- Teste das Evidências Internas,
- Teste das Evidências Externas,
- Teste Bibliográfico.

Como se verifica a autenticidade de documentos


históricos?
• Para verificar a autenticidade de um documento, aplicam-se testes de
comprovação. Há três princípios básicos da historiografia: o teste
bibliográfico, o teste das evidências internas e o teste das evidências
externas.
• No teste de evidências internas analisa-se o conteúdo, comparando as
informações do documento consigo mesmo, verificando se possui
coerência interna. Isto é facilmente verificável em cada livro da Bíblia.
• No teste das evidências externas compara-se o conteúdo do documento
com outros documentos da mesma época, procurando cruzar e comparar
as informações. Pelo número disponível de cópias e traduções existentes,
tanto do Antigo quanto no Novo Testamento, este teste é também
facilmente verificável.
• No teste bibliográfico analisa-se a forma como o texto foi transmitido
para que o documento chegasse até nós. Uma vez que não temos os
originais, verifica-se o índice de fidelidade das cópias fazendo a
correlação entre o número de manuscritos existentes e o intervalo de
tempo entre o original e a cópia.
• Hoje temos mais de 24.000 manuscritos do Novo Testamento, entre
cópias e traduções, e o menor intervalo entre o original e a cópia mais
antiga disponível hoje. Nenhum outro documento antigo aproxima-se
destes números. Considere que a literatura clássica mais digna de crédito
na preservação do texto original é a Ilíada de Homero com 643 cópias.
Ela está em segundo lugar com estes números. Compare.

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Cópia + antiga INTERVALO entre Nº de cópias
Obra Data
existente hoje o original e cópia existentes hoje
Ilíada de
900 a.C. 400 a.C 500 anos 643
Homero
Novo
40-100 d.C. 125 d.C. 25 anos +24.633 (*)
Testamento
(*) Esse número de cópias manuscritas é oficial até a data perto do ano 2.000 (quando
o livro Evidência que Exige um Veredicto de Josh MacDowell foi escrito). Pode ser que,
hoje, a arqueologia tenha achado mais, mas não temos essa informação. Depois disso,
os textos impressos foram baseados nos manuscritos selecionados (textus receptus).
Veja mais à frente uma figura do esquema dos principais manuscritos: siríaco, latino,
grego.

• Muito da história humana (sobre o Império Romano, por exemplo) é


conhecida, hoje através de bem poucos documentos aos quais se dá
crédito sem restrição. Portanto, pôr em dúvida a credibilidade do texto
bíblico é pôr em dúvida toda a documentação em que se baseia história
da humanidade.

Como as várias traduções apoiam a credibilidade da


Bíblia?
• As traduções antigas são um forte apoio em favor do testemunho e
exatidão dos textos bíblicos. Isto se deve ao fato do cristianismo ser uma
religião missionária, que propagava a fé entre os povos. Com esta
finalidade, traduzia-se o Novo Testamento para o idioma dos povos
evangelizados, contrariando o costume da época, pois raramente se
traduziam as literaturas clássicas para outros idiomas. Ao interessado
caberia o dever de aprender a língua original da obra para poder ter
acesso a ela.
• Paulo incentivava os irmãos a copiarem as cartas recebidas e enviá-las às
outras igrejas da região, bem como obter cópias enviadas a elas,
promovendo uma instrução coletiva por meio de manuscritos copiados,
Cl 4.16.

20
Qual é a história que a Bíblia conta?
Antigo Testamento
• A Criação
Deus criou o universo, a Terra e tudo que nela há e por último criou o
homem e a mulher, à Sua imagem e semelhança, dando-lhes autoridade e
domínio sobre toda a terra em Seu Nome. Colocou-os no Jardim do Éden,
no sudoeste da Ásia, aproximadamente no centro geográfico da maior
região da superfície da terra. O propósito de Deus era ser Pai de uma
família composta por filhos e filhas que refletissem o caráter do Deus-
Filho, Jesus, com os quais pudesse conviver eternamente em plena
comunhão de amor e perfeição.
• Queda e prenúncio da redenção
Adão e Eva, voluntariamente desobedeceram a Deus dando ouvidos a
Satanás, entregando a este a autoridade e o poder sobre a Criação.
Herdaram o mesmo mal que havia no coração de Satanás: o pecado. O

21
pecado é desobediência, independência de Deus, egoísmo, orgulho e
rebelião contra Deus. Toda a criação sofreu com isto, bem como toda a
descendência humana herdou este mal. O pecado trouxe a morte para
quem foi criado para ser eterno e a separação de Deus para quem foi
criado para viver em plena comunhão com Ele. Deus, no entanto,
prometeu que da descendência da mulher viria um libertador, o Salvador,
que iria destruir o império do mal, redimir e restituir à humanidade a
condição anterior de família de Deus.
• Abraão e a nação de Israel
Para que o Salvador pudesse vir a seu tempo, Deus chamou Abraão,
estabeleceu com ele uma aliança e dele formou uma nação mediante a
qual o plano de restauração poderia ser executado. Deus tirou Abraão da
Babilônia e o trouxe para Canaã. Seus descendentes migraram para o
Egito e ali tornaram-se uma grande nação. Temendo o seu crescimento,
os egípcios os escravizaram. Após 400 anos, Deus agiu para livrá-los da
escravidão.
• Moisés e a Lei
Moisés foi chamado por Deus para conduzir o Seu povo de volta à terra
prometida, Canaã. Neste período Deus lhe deu, através de Moisés, a Lei a
fim de que pudesse ser um povo separado e consciente da necessidade
do Salvador. Deus confirmou a promessa da vinda do Messias. Após
peregrinar por 40 anos no deserto, o povo conquistou e habitou em
Canaã.
• Crescimento e divisão do reino
Sob os reinados de Davi e Salomão a nação veio a tornar-se um grande
reino. Encerrando-se o reinado de Salomão o reino foi dividido. O reino
do norte chamado “Israel” durou cerca de 200 anos e foi levado cativo
pela Assíria em 721 a.C. O reino do sul chamado “Judá” durou depois disto
um pouco mais de 100 anos.
• Cativeiro e retorno a Jerusalém
Ao redor do ano 600 a.C, foi levado cativo para a Babilônia. Após 70 anos
de cativeiro, um remanescente do povo hebreu voltou à sua terra e
restabeleceu sua vida como nação. Durante todo este período Deus
enviou profetas que além de anunciar o que sucederia à nação,
confirmaram a promessa do Salvador, o Messias, dando sinais e detalhes
de como seria sua vinda, vida e ministério.
Novo Testamento
• Jesus e a redenção humana
Após 400 anos sem que a Palavra de Deus fosse proferida por mais
nenhum profeta, nasce Jesus em Belém de Judá cumprindo as mais
detalhadas profecias, as quais não se encontram iguais em nenhuma

22
literatura humana. Jesus é reconhecido como o Messias. As escrituras
proféticas, suas obras e palavras o atestam. Ele pregou o reino de Deus,
o evangelho (a boa notícia) da salvação de Deus, separou discípulos e
operou milagres nunca vistos, destituindo o poder do mal. Sem pecado, e
por isso indigno de morte, no devido tempo entregou-se como sacrifício
pelo pecado humano, proporcionando por meio de sua morte e
ressurreição (a morte não pôde detê-lo) a destruição do diabo, do império
da morte, o perdão de nossos pecados, o retorno à vida eterna e à plena
comunhão com o Pai.
• Igreja e a eternidade
Ressuscitado dentre os mortos, Jesus enviou seus discípulos para que
anunciassem a boa notícia da salvação, a mensagem do reino de Deus,
Sua vida e seu poder redentor a todas as nações, sob o poder, unção e
direção do Espírito Santo, até Sua volta. Assim formou-se a Igreja, o grupo
de homens e mulheres crentes que vivem a nova vida de comunhão com
Deus através de Jesus. A Igreja cresceu e se espalhou por toda a terra,
iniciando na direção do oeste, através da Ásia Menor, Grécia até Roma,
alcançando todo o mundo civilizado conhecido dentro dos dois primeiros
séculos depois de Cristo. Através de cartas e viagens missionárias, os
apóstolos, (Paulo, principalmente), orientaram as igrejas durante sua
expansão. Ao longo de mais de 2000 anos a Igreja está presente hoje na
terra, a fim de cumprir sua missão, aguardando o retorno de Jesus que
voltará para buscá-la e para julgar as nações, finalizando o plano de Deus
de redenção humana.

23
AULA 2
QUESTIONÁRIO
1. O que é a Bíblia e como se apresenta?
2. Quais são as características únicas da Bíblia?
3. Quais são os dois aspectos mencionados sobre o termo profecia na Bíblia?
Cite 3 profecias sobre a vinda e a vida de Jesus.
4. Comente cada um dos sentidos encontrados no texto bíblico (sentido
literal, figurado e espiritual).
5. A bíblia é uma revelação inspirada por Deus. Explique com suas palavras;
INSPIRAÇÃO SEM REVELAÇÃO e REVELAÇÃO SEM INSPIRAÇÃO.
6. Porque a Bíblia é inerrante?
7. O que é o cânon e os apócrifos?

24
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