Você está na página 1de 5

Externato Albert Einstein

Trabalho de Português

Tema: Resumo do livro 'O voo dos flamingos'

Nome dos alunos: Agira De Fátima Pedro Miguel n.1

Charmilia Herminio Guambe n.4

Fabyulla Fernandes Mucambe n.6

Shirley Celso Mula n.10

Docente: Paulo

Maputo, ao Abril de 2023


Introdução

O 'último voo do flamingo' do escritor Mia Couto é um romance que conta os primeiros anos após
Guerra em Moçambique envolvendo a intervenção dos capacetes azuis-Nações Unidas, o povo de uma
vila com os seus atractivos como a prostituta, a velha-moça, o tradutor, o padre, o administrador, a
mulher do administrador, o pai do tradutor o Sulplício, Padre Muhando, Zeca Andorinho, o maior
feiticeiro da vila, Chupanga, capanga de Estevão Jonas, e o mistério da feitiçaria Africana. O romance
passa-se na vila de Tizangara, um nome fictício africano.
Capítulos 1 a 5

Na vila de Tizangara, chega uma delegação de soldados das Nações Unidas, que vigiam o processo de
paz. Tudo está a correr bem, quando os soldados começam a desaparecer misteriosamente através de
explosões sem explicação, essas explosões não eram causadas por nenhum engenho, minas ou outro
armamento, ficando apenas como sinal de existência do corpo, o pênis, através do qual a prostituta da
vila, a Ana Deusqueira, que já dormiu com todos os homens da vila, descobria a identidade do dono. Os
desaparecimentos provocam uma preocupação das Nações Unidas que mandam o delegado italiano
Massimo Risi, onde fica encarregue de descobrir a causa do desaparecimento de somente os capacetes
azuis, ele vem a África com os seus métodos avançados de investigação com o objectivo de resolver o
caso e ganhar a tão famosa e esperada promoção. Quando chega a vila depara-se com os mistérios
africanos, que por vezes fazem desaparecer as letras dos seus relatórios, as suas gravações e também
conhece a moça-velha Temporina que tem cara de velha, mas tem corpo de jovem, isso por conta de ter
passado da idade sem ter dormido com 1 homem, ele dorme com a temporina mas quando isso
acontece ele sempre pensa que está a sonhar, nutre um desejo pela Temporina, mas não pode dormir
com ela porque os homens de Tizangara ao verem as suas mulheres a meterem-se com os soldados,
encomendam o feitiço que faz com que os homens que se metem com elas, explodem na hora do
orgasmo e por fim temos o tradutor, que não é na verdade tradutor de nenhuma língua, mas é
acompanhante do italiano Massimo e traduz para ele as realidades africanas e é também o narrador do
romance. O narrador também tem a sua história: ele acha que nasceu por defeito, quando nasceu a mãe
ficou cega, mas não se conformava em não ver a cara do filho e sempre garantia que um dia iria-lhe ver,
a mãe também ficou impedida de ter mais filhos depois dele, o pai ficou frio e começou a dormir com
outras mulheres.

Capítulos 6 a 10

Estevão Jonas, o governante local, escreve uma carta ao chefe provincial para informar o que estava
acontecendo em Tizangara. Na carta, em tom confessional, Jonas conta que os soldados estavam
explodindo, mas ninguém sabe porque o motivo ainda. Além disso, diz ele que quando sua mulher o
toca, suas mãos se esquentam como se fossem carvão aceso, chegando um dia inclusive a pegar fogo,
ele teme um dia explodir também. Massimo Risi e o tradutor vão ao gabinete de Jonas para ouvir o
depoimento de Deusqueira, que havia sido gravado pelo governante. A fita começa a tocar e nela a
prostituta conta que os homens realmente explodem e o que causa as explosões, sem mais saber o que
fazer, Risi e o tradutor resolvem ficar andando pela vila para se distraírem, ao que encontram o
hospedeiro, ele estava a procurar o irmão tanto de temporina vindo em sua direcção e tem desmaio.
Eles resolvem voltar para a pensão e o hospedeiro conta as histórias das primeiras explosões. Conta ela
quando teve a primeira explosão, as pessoas acharam que ainda era a guerra e se esconderam na
floresta, lá, ele encontrou sua mãe, que lhe contou uma velha história sobre o flamingo. Num tempo em
que não havia noite, era sempre dia, um flamingo disse que faria seu último voo e que iria para outra
terra, a terra das estrelas. Quando o flamingo partiu, o bater das asas fundiu-se com o horizonte, que o
flamingo se extinguiu e a noite nasceu naquela terra.
Capítulos de 11 a 15

No outro dia, prendem o padre Muhando, que dizia ter sido quem causou as explosões. Quando
conseguiram conversar com ele, Risi e o tradutor ouvem sua história incerta e não lhe dão confiança.
Eles percebem que Muhando, que vivia a xingar Deus pelas ruas, realmente enlouquecera e não sabia
direito o que estava falando. No dia o tradutor resolve visitar seu pai e Risi pede para acompanha-lo por
temer ficar sozinho. O velho Sulplício não os recebe bem e se recusa a falar com o estrangeiro. Por fim,
ele acaba fazendo uma série de críticas à presença estrangeira no país, à colonização e aos dirigentes
locais, que se dizem salvadores, mas também fizeram muita coisa ruim. O tradutor conta logo depois
que Estevão Jonas assumiu o comando, Sulplício, na época policial, prendeu o sobrinho de Jonas. Dona
Ermelinda ficou furiosa e em um instante o moço estava solto e Sulplício é que ficou preso com as mãos
amarradas. Ermelinda ainda tacou sal nas feridas e ordenou que só o soltassem no dia seguinte. Após
essas histórias ouve-se uma nova explosão e Sulplício diz que essa não era uma explosão de
estrangeiros, mas sim uma das explosões reais, de gente ali da terra mesmo. Quem havia explodido era
o sobrinho tonto de Hortênsia, irmão de Temporina. Risi e o tradutor foram a cidade e tentar entender o
acontecido e encontraram o padre Muhando, já liberto, a praguejar contra Deus por ter deixado o moço
morrer. Em seguida, encontraram o maior feiticeiro da cidade, Zeca Andorinho, que contou a eles que
havia feito sobre encomenda dois feitiços para Risi. Um deles era um likaho de sapo, que faria ele inchar
e explodir, o outro, um likaho de cágado, que o protegeria. Então, Zeca Andorinho diz que fez o likaho
de sapo para os homens que explodiram e começa a contar sobre eles, mas sua fala é incerta e não se
sabe exactamente o que ele quer dizer com aquilo. Porém, deixa Risi avisado que, apesar de Zeca ter
feito o likaho de cágado para protege-lo, o italiano deveria tomar cuidado onde pisava.

Capítulos de 16 a 20

Um dia, o tradutor entra no quarto de Risi e o descobre arrumando suas malas para partir. Sem mais
saber o que fazer, perdido em um labirinto, ele resolverá ir embora. Então, ele mostra uma gravação
que fez de Deusqueira onde ela conta como foi quando o zambiano explodiu. No dia seguinte o italiano
sai com Temporina para ir se despedir do padre Mujando e o tradutor resolve ir à casa de Estevão Jonas
para informa-lo da partida de Risi. Chegando lá, estava uma grande confusão, pois ele gritava e xingava
Ana Deusqueira dizendo que ela havia causado as explosões. Ela, por sua vez, diz que ele é que era o
culpado, pois ele desviava o dinheiro destinado para remoção das minas e plantava mais ainda para
conseguir mais dinheiro. Dona Ermelinda chega e, para o espanto de todos, acode Deusqueira e expulsa
Estevão de casa. O tradutor vai informar aos outros o que havia acontecido e Temporina decide ir se
juntar à Deusqueira. Um tempo depois, ela volta dizendo que Estevão e seu capanga, Chupanga,
decidiram fugir para outro país e que iriam explodir a barreira para que a vila toda fossem inundada e
não sobrassem provas das minas. O tradutor e outros resolvem ir atrás para impedir, mas Risi deveria
ficar ali, pois o negócio deveria ser resolvido por gente ali da terra. Apanharam Chupanga no meio da
estrada e o levaram à Tizangara na presença de Zeca Andorinho e do velho Sulplício. Decidem não matar
Chupanga, mas ele deve ir embora e levar Ermelinda junto. Voltam Risi, o tradutor e Sulplício para casa.
À noite, o tradutor vê seu pai tirar os ossos para dormir, coisa que o velho sempre disse que fazia, mas
ele nunca tinha acreditado nessas histórias do pai. Dormem os três ali fora sob a árvore e, ao
despertarem no meio da noite, descobrem que não há mais país. Tudo tinha sido engolindo por um
grande abismo. Chega, então, um barco carregando os ossos de Sulplício, que os coloca de volta ao lugar
e chama Risi para ir ver onde os explodidos se encontravam. O italiano nega e Sulplício entra no barco e
vai embora. Risi então escreve seu último relatório dizendo que o país havia sumido. Ele faz um avião
com o papel e joga em direcção ao abismo. Os dois se sentam e ficam esperando um novo barco chegar,
esperando um outro voo do flamingo.

Você também pode gostar