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A Verdadeira Alegria e o Sentido da Vida.

“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e
cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” (Ec 12.1).

Paulo nos conclama em Filipenses 4.4: “Alegrai-vos sempre no Senhor; mais uma vez vos digo:
alegrai-vos!”. Essa alegria verdadeira, não passageira, constante e permanente, está
fundamentada na fé na ressurreição de Jesus Cristo. É claro que existe uma diferença gritante
entre as alegrias do homem ímpio e a alegria de alguém que crê em Jesus Cristo. O livro de
Eclesiastes, que fala repetidamente no gozo da vida, nos exorta a pensar que Deus vai chamar
cada um de nós à responsabilidade. “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu
coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e
agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Ec
11.9).

Como o Senhor vai exigir prestação de contas de tudo o que fazemos, deveríamos sentir um
grande e profundo temor a Deus. Podemos e devemos nos alegrar em nossa juventude.
Podemos ser felizes e devemos nos alegrar até quando ficarmos velhos. Podemos e devemos
curtir a vida. Mas Deus nos cobrará satisfação de tudo! Essa prestação de contas a Deus não
deveria diminuir nossa alegria. Deveria torná-la mais profunda e ainda mais significativa.
Deveria nos estimular a buscar a alegria verdadeira, real e perene. Encontramos essa alegria
legítima unicamente no Senhor.

Olhando a natureza, percebemos que Deus tem por princípio nos proporcionar alegria. A
natureza é cheia de beleza e encanto. Deus nos equipou, por exemplo, para sentirmos o sabor
dos alimentos. Por que será? Se a comida servisse apenas para não morrermos de fome, esse
sentido seria completamente supérfluo. Deus nos deu o sentido do sabor para nos deliciarmos
com o que comemos, para termos prazer com os alimentos que Ele nos dá. Ele nos concedeu o
sentido do olfato para percebermos o perfume das flores. Deu-nos o tato para sentir o carinho
de um toque afetuoso. A Criação toda é cheia de fontes de alegria. Parece feita para
proporcionar alegria aos homens. Infelizmente, o pecado entrou no mundo e deixou para trás
apenas uma cópia barata do que Deus havia planejado originalmente para suas criaturas.
Como será glorioso quando Deus nos reconduzir de volta às nossas origens, de volta aos Seus
planos originais!

A Bíblia, e com ela o próprio Deus, quer nos conduzir à alegria, uma alegria sem egoísmo, uma
alegria que não se regozija quando o outro passa mal, que não nutre inveja nem ciúmes. Essa
alegria verdadeira não se mantém à custa dos outros, não despreza a Deus mas, antes de tudo,
se alegra no Senhor. Essa alegria dos filhos de Deus alegra o coração do Senhor e os corações
dos que estão ao redor deles. Essa alegria que vem de um coração sincero, limpo e puro é uma
alegria que o homem natural é completamente incapaz de ter. Por isso, Paulo disse aos
cristãos daquela época: “Alegrem-se no Senhor!”. E essa ordem continua válida!
Essa alegria que vem de um coração sincero, limpo e puro é uma alegria que o homem natural
é completamente incapaz de ter.

Tudo o que os homens fazem, deixam de fazer, sentem ou deixam de sentir está permeado
pelo pecado. Mesmo nossas boas obras estão maculadas pelo mal se não forem inteiramente
feitas em Jesus Cristo, exclusivamente por amor a Ele. Não basta dizer que cremos na Pessoa
de Jesus. Muitos fazem isso, mas pensam em um Jesus meio mitológico, um bom exemplo de
homem santo ou um milagreiro poderoso. Mas a fé verdadeira, aquela fé que produz a alegria
que não vai embora mesmo quando vêm as lutas, quando nossa vida é sacudida e
chacoalhada, é a fé baseada na ressurreição de Jesus Cristo. Para ter a alegria legítima que a
Bíblia ensina é preciso crer em Jesus, e crer que Ele está vivo!

“Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé. E, se Cristo não ressuscitou,
é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em
Cristo pereceram” (1 Co 15.14,17-18). Em outras palavras, se Jesus Cristo não ressuscitou de
verdade, então a nossa fé cristã é o maior logro. Sem a ressurreição de Jesus Cristo não teria
havido nunca o perdão dos nossos pecados. Se você acredita em um Jesus histórico, apenas
crê que Ele fez milagres e chegou a morrer no Calvário, se você somente crê que Jesus foi uma
pessoa especial, um homem bom, talvez até com atributos divinos, e mesmo que você siga Seu
exemplo de vida, molde sua vida aos valores que Ele ensinou, pratique o bem, ajude o seu
próximo e baseie sua moral e sua ética superiores nos ensinamentos de Jesus, se você não crer
na ressurreição literal dEle e não acreditar que Ele realmente ressurgiu de entre os mortos,
tudo que você fizer não terá valor algum. Aos olhos de Deus, suas boas obras não serão apenas
supérfluas; serão erradas e más! Deus não se interessa nem um pouco se você fez coisas
maravilhosas, se você teve muitas realizações na vida, salvou animais, fez pão para os pobres,
ajudou as velhinhas a atravessar a rua ou trocou muitas fraldas de bebês. Sem crer em Jesus
Cristo e em Sua ressurreição dentre os mortos, todo o seu ativismo não serve para nada. Tudo
o que você fez é tão inútil como levar uma pá de areia ao deserto do Saara. No final, você será
um descrente crédulo sem encontrar a verdadeira felicidade.

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos
os homens” (1 Co 15.19). Muita gente tem fé, mas é uma fé limitada a este mundo e às coisas
desta vida. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, quer que entendamos que nossa fé precisa,
antes de tudo, estar centrada e embasada na ressurreição. Essa será uma fé ancorada na
eternidade. Essa fé é a fonte da alegria genuína e pura, verdadeira e real, que não passa nunca
e que dá sentido à vida. Se a fé em Jesus se limitasse a esta vida, teríamos de nos perguntar
que proveito ela nos traz. Os cristãos, em geral, passam pelos mesmos problemas que os ateus
ou pessoas de outras crenças. Crentes em Jesus também adoecem e morrem. Se eu me deitar
por uma hora no sol intenso, terei uma insolação igual a qualquer descrente. Se cair numa
poça de lama me sujarei como qualquer hindu. Cristãos que não acreditam numa ressurreição
real, que aconteceu de fato, são pobres miseráveis e sua fé é morta. Não têm motivo para se
alegrar.
Em Eclesiastes 11.10-12.8 Salomão nos dá o conselho de nos mantermos longe de tudo o que
é mau e que traz tristeza ao nosso coração, pois tudo seria vaidade. Ele nos incentiva a pensar
em Deus nos dias da nossa mocidade, antes que venham os dias maus que não nos agradam.
Esses dias maus são descritos por meio de diversas imagens e ilustrações que exemplificam o
processo de envelhecimento até chegar à morte. Portanto, não basta saber que existe um
Deus. Eu preciso de um Salvador! Preciso aceitá-lO como meu Salvador e Senhor. Saber,
apenas saber, não basta. Se eu souber que um banco de praça foi recém-pintado e me sentar
nele, ficarei sujo de tinta. Saber é importante, mas o mais importante é agir de acordo com o
que sabemos. Devo conhecer a Deus e agradar a Ele, vivendo do jeito que Ele aprova. Todo o
livro de Eclesiastes mostra sem rodeios que uma vida, da juventude à velhice, que tem
somente a perspectiva terrena é uma vida sem sentido. Não importa a sabedoria, a riqueza, a
felicidade, a beleza ou o prazer - tudo é passageiro, tudo é vão. Quando alguém parte desta
terra não leva nada disso consigo. Tudo fica para trás. Salomão, obviamente inspirado por
Deus, nos alerta a vivermos uma vida com Deus enquanto ainda somos jovens, começando o
mais cedo possível. Pois quanto mais esperamos, mais difícil será! Quanto mais velha a pessoa
vai ficando sem ser nascida de novo, mais endurecido torna-se seu coração.

O resumo de tudo é o temor a Deus. Tudo que importa e que traz a verdadeira felicidade é
temer ao Senhor Deus! “De tudo que se tem ouvido, a suma é: teme a Deus e guarda os seus
mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Ec 12.13). “Bom é que retenhas isto e
também daquilo não retires a mão; pois quem teme a Deus de tudo isto sai ileso” (Ec 7.18).

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O que significa temer a Deus? Para cristãos, não para aqueles apenas nominais, mas para os
verdadeiros renascidos que seguem a Jesus sem questionar, só existe um tipo de temor.
Vejamos:

Sabemos que não precisamos temer aos homens.

Romanos 8.31-39 é um texto maravilhoso sobre o temor a Deus, que devemos ter, e o temor
aos homens, que não precisamos nem devemos ter: “Que diremos, pois, à vista destas coisas?
Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes,
por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de
Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou
angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por
amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o
matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais do que vencedores, por meio daquele
que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos,
nem os principados, nem as coisas do presente, nem do provir, nem os poderes, nem a altura,
nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que
está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. O amor de Deus está em Cristo, e Cristo está vivo!
Não precisamos temer a Satanás, pois nosso Salvador Jesus o venceu! Na cruz do Calvário
tomou dele todo o seu poder sobre nós.

Para nós, cristãos, só existe um único temor, que é o temor a Deus. Temor no sentido de
honrar a Ele, sabendo de Sua santidade, pureza e justiça. Temor a Deus é um temor sábio, o
primeiro passo para o caminho certo, que conduz para o alvo, e o alvo é Cristo! Com o
verdadeiro temor em nossos corações poderemos chegar diante do Senhor (veja Pv 1.7). Esse
é o temor que leva à alegria e que dá sentido à vida!

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