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A gerência de dispositivos em sistemas operacionais é responsável por controlar a

comunicação entre os dispositivos de E/S e a CPU. O modelo de camadas é aplicado para


simplificar a complexidade do gerenciamento de dispositivos, dividindo-o em camadas
independentes. Cada camada é responsável por uma etapa específica do processo, desde a
interface com o usuário até o dispositivo físico.

As rotinas de E/S têm como principal finalidade permitir que os programas acessem os
dispositivos de E/S de forma padronizada e eficiente. Existem diferentes formas de um
programa chamar rotinas de E/S, como através de interrupções, chamadas de sistema ou
instruções específicas.

As rotinas de E/S (Entrada/Saída) são responsáveis por permitir que os programas acessem os
dispositivos de E/S de forma padronizada e eficiente. Sua principal finalidade é garantir que as
operações de E/S sejam realizadas de forma transparente e independente do dispositivo de E/S
utilizado.

Essas rotinas são importantes porque, sem elas, seria necessário que cada programa
implementasse sua própria forma de acessar os dispositivos de E/S, o que seria ineficiente e
difícil de gerenciar. Com as rotinas de E/S, o programa não precisa se preocupar com detalhes
específicos do dispositivo, como a forma como os dados são armazenados ou como o
dispositivo é controlado.

Outra finalidade das rotinas de E/S é garantir que o programa não fique bloqueado durante a
realização de operações de E/S. Por exemplo, quando um programa solicita a leitura de dados
de um disco magnético, ele não precisa esperar que a operação seja concluída antes de
continuar a execução. Em vez disso, a rotina de E/S irá colocar o programa em espera,
enquanto o dispositivo realiza a operação de leitura, e, em seguida, notificará o programa
quando a operação for concluída.

Dessa forma, as rotinas de E/S permitem que o programa possa realizar outras tarefas
enquanto aguarda a conclusão das operações de E/S, melhorando a eficiência e o
desempenho do sistema como um todo.

Existem diferentes formas de um programa chamar as rotinas de E/S, dependendo do sistema


operacional e da linguagem de programação utilizada. Algumas das principais formas são:

Interrupções: essa é uma forma comum de chamar as rotinas de E/S em sistemas operacionais
que utilizam interrupções para gerenciar as operações de E/S. Quando um programa precisa
realizar uma operação de E/S, ele envia uma solicitação de interrupção para o sistema
operacional, que irá interromper a execução do programa e executar a rotina de E/S
correspondente. Quando a operação de E/S é concluída, o sistema operacional retorna o
controle para o programa.
Chamadas de sistema: em sistemas operacionais que utilizam chamadas de sistema para
gerenciar as operações de E/S, o programa solicita a realização de uma operação de E/S por
meio de uma chamada de sistema. Essa chamada é interpretada pelo sistema operacional
como uma solicitação para executar a rotina de E/S correspondente. Quando a operação de E/S
é concluída, o sistema operacional retorna o resultado para o programa.

Instruções específicas: em algumas linguagens de programação, é possível utilizar instruções


específicas para acessar os dispositivos de E/S. Por exemplo, em linguagens Assembly, é
possível utilizar instruções de E/S que permitem que o programa leia ou escreva dados
diretamente nos registradores de E/S.

Independentemente da forma utilizada para chamar as rotinas de E/S, é importante que o


sistema operacional forneça uma interface padronizada e eficiente para que os programas
possam acessar os dispositivos de E/S de forma transparente e independente do dispositivo
utilizado. Isso permite que os programas possam ser escritos de forma mais genérica e
portável entre diferentes sistemas operacionais e dispositivos de E/S.

O subsistema de E/S (Entrada/Saída) é responsável por gerenciar o acesso aos dispositivos de


E/S pelo sistema operacional e pelos programas em execução. Suas principais funções incluem:

Gerenciamento de dispositivos: o subsistema de E/S é responsável por gerenciar todos os


dispositivos de E/S conectados ao sistema, mantendo informações sobre cada dispositivo,
como seu status, configuração e recursos disponíveis.

Gerenciamento de filas: para garantir que as operações de E/S sejam realizadas de forma
eficiente e justa, o subsistema de E/S utiliza filas para gerenciar as solicitações de E/S dos
programas. As filas são organizadas de acordo com prioridades e recursos disponíveis,
garantindo que as operações mais importantes ou urgentes sejam realizadas primeiro.

Gerenciamento de interrupções: o subsistema de E/S é responsável por gerenciar as


interrupções geradas pelos dispositivos de E/S, notificando o sistema operacional e os
programas em execução sobre eventos relevantes, como conclusão de operações ou erros de
hardware.

Gerenciamento de buffers: para garantir que as operações de E/S sejam realizadas de forma
eficiente, o subsistema de E/S utiliza buffers para armazenar temporariamente os dados a
serem lidos ou escritos nos dispositivos de E/S. Os buffers são gerenciados pelo subsistema de
E/S, garantindo que os dados sejam armazenados e recuperados de forma confiável.
Gerenciamento de drivers: o subsistema de E/S é responsável por carregar e gerenciar os
drivers de dispositivos, que são programas específicos responsáveis por controlar e acessar os
dispositivos de E/S. O subsistema de E/S garante que os drivers sejam carregados corretamente
e que os dispositivos sejam acessados de forma padronizada e eficiente.

Em resumo, o subsistema de E/S é responsável por gerenciar todos os aspectos relacionados


aos dispositivos de E/S no sistema, garantindo que as operações de E/S sejam realizadas de
forma eficiente, confiável e transparente para os programas em execução.

O principal objetivo de um device driver (ou driver de dispositivo) é permitir que o sistema
operacional e os programas em execução possam interagir com os dispositivos de E/S
conectados ao sistema de forma padronizada e eficiente.

Cada dispositivo de E/S possui sua própria interface de hardware e protocolo de comunicação,
o que dificulta a criação de programas genéricos capazes de interagir com todos os
dispositivos. Por isso, é necessário que cada dispositivo possua seu próprio driver, que é um
programa específico capaz de controlar o funcionamento do dispositivo e fornecer uma
interface padronizada para o sistema operacional e os programas em execução.

O driver de dispositivo é responsável por traduzir as solicitações de E/S dos programas para
as instruções específicas do dispositivo, permitindo que as operações de leitura e gravação
sejam realizadas de forma eficiente e confiável. Além disso, o driver também é responsável
por gerenciar recursos específicos do dispositivo, como a memória cache e as interrupções
geradas pelo dispositivo.

DMA (Direct Memory Access) é uma técnica de gerenciamento de E/S que permite que
dispositivos de E/S acessem diretamente a memória principal do sistema, sem precisar passar
pela CPU.

Normalmente, quando um dispositivo de E/S precisa transferir dados para a memória principal
ou vice-versa, ele precisa fazer isso através da CPU, que realiza a transferência de dados em
pequenos blocos chamados de interrupções. Isso pode ser um processo lento e ineficiente,
pois a CPU precisa estar constantemente envolvida no processo de transferência de dados.

Com a técnica DMA, o dispositivo de E/S tem acesso direto à memória principal do sistema,
podendo transferir blocos de dados maiores de uma só vez, sem precisar passar pela CPU. O
DMA é capaz de gerenciar a transferência de dados entre a memória principal e os dispositivos
de E/S de forma autônoma, sem a necessidade de intervenção da CPU.
A principal vantagem da técnica DMA é a redução da sobrecarga do processador. Como o
dispositivo de E/S pode transferir os dados diretamente para a memória principal, sem precisar
passar pela CPU, a carga de processamento sobre a CPU é reduzida, permitindo que ela possa
se concentrar em outras tarefas importantes. Isso resulta em um aumento significativo no
desempenho do sistema.

Além disso, a técnica DMA também pode ajudar a reduzir o consumo de energia, já que a
CPU pode ser colocada em um estado de baixo consumo de energia durante a transferência
de dados, economizando energia e prolongando a vida útil da bateria em dispositivos
móveis.

Os dispositivos de E/S estruturados são aqueles que possuem uma interface de comunicação
padronizada e uma estrutura bem definida de transferência de dados. Esses dispositivos
geralmente operam em blocos de dados fixos, e a ordem em que os dados são transferidos é
estritamente controlada. Exemplos de dispositivos estruturados incluem discos rígidos,
dispositivos de armazenamento em fita e placas de rede.

Já os dispositivos de E/S não-estruturados são aqueles que não possuem uma interface de
comunicação padronizada ou uma estrutura bem definida de transferência de dados. Esses
dispositivos geralmente operam com fluxos contínuos de dados, sem uma ordem estrita de
transferência ou tamanho fixo de bloco. Exemplos de dispositivos não-estruturados incluem
microfones, câmeras de vídeo, sensores e dispositivos de entrada de dados.

A principal diferença entre os dispositivos estruturados e não-estruturados está na forma como


eles transferem os dados. Os dispositivos estruturados são projetados para transferir dados em
blocos, o que permite uma transferência mais rápida e eficiente, além de facilitar o controle do
fluxo de dados. Já os dispositivos não-estruturados geralmente transferem dados em fluxo
contínuo, o que pode ser mais difícil de gerenciar, mas permite uma maior flexibilidade na
transferência de dados.

Em geral, os dispositivos estruturados são mais comuns em ambientes empresariais, onde a


eficiência e a confiabilidade são mais importantes, enquanto os dispositivos não-
estruturados são mais comuns em ambientes domésticos e em dispositivos móveis, onde a
flexibilidade e a adaptabilidade são mais valorizadas.

As operações de E/S em fitas e discos magnéticos são mais lentas do que a velocidade com que
o processador executa instruções porque os dispositivos de armazenamento magnético
possuem um tempo de acesso e um tempo de busca relativamente longos. Quando o
processador solicita uma operação de E/S, o dispositivo de armazenamento precisa primeiro
localizar o local do disco ou fita onde os dados estão armazenados, o que pode levar um tempo
significativo, dependendo do tamanho do dispositivo e do número de trilhas. Além disso, a
velocidade de transferência de dados em fitas e discos magnéticos é limitada pela velocidade
de rotação do dispositivo.

Por outro lado, o processador é capaz de executar instruções muito rapidamente, já que as
instruções são executadas diretamente na memória interna do processador, sem a necessidade
de acessar dispositivos externos. Além disso, o processador pode executar várias instruções em
paralelo, usando várias unidades de processamento, enquanto as operações de E/S em fitas e
discos magnéticos geralmente são executadas de forma sequencial, uma de cada vez.

Assim, a principal razão para a lentidão das operações de E/S em fitas e discos magnéticos é
a diferença na velocidade de acesso e transferência de dados entre esses dispositivos e a
memória interna do processador.

As técnicas de redundância em discos magnéticos são utilizadas para aumentar a confiabilidade


e a disponibilidade dos dados armazenados em discos rígidos, reduzindo o risco de perda de
dados em caso de falha de hardware. Essas técnicas consistem em armazenar informações
adicionais nos discos, que podem ser utilizadas para reconstruir os dados em caso de falha de
um ou mais discos.

Existem várias técnicas de redundância em discos magnéticos, sendo as mais comuns:

RAID 0: Essa técnica usa a técnica de striping, que divide os dados em blocos e os armazena em
diferentes discos em paralelo, aumentando assim a taxa de transferência de dados. No entanto,
essa técnica não oferece redundância e, portanto, não é capaz de proteger os dados em caso
de falha de um dos discos.

RAID 1: Essa técnica usa a técnica de espelhamento, que duplica os dados em dois ou mais
discos idênticos. Isso oferece uma camada de redundância, pois os dados ainda estarão
disponíveis mesmo se um dos discos falhar. No entanto, essa técnica também duplica os custos
de armazenamento, já que os dados precisam ser armazenados em múltiplos discos.

RAID 5: Essa técnica usa a técnica de striping com paridade distribuída, que divide os dados em
blocos e armazena informações de paridade em diferentes discos. Essas informações de
paridade permitem reconstruir os dados em caso de falha de um dos discos. Essa técnica é
mais eficiente em termos de custo do que a técnica RAID 1, pois armazena apenas um bloco
extra de paridade para cada conjunto de blocos de dados.
A escolha da técnica de redundância a ser usada depende das necessidades de cada sistema
e do equilíbrio entre a capacidade de armazenamento, desempenho e confiabilidade
desejados.

As técnicas RAID 0, RAID 1 e RAID 5 são utilizadas para implementar a redundância de dados
em discos magnéticos. Cada uma dessas técnicas possui vantagens e desvantagens distintas,
que devem ser consideradas na escolha da técnica mais adequada para cada situação.

RAID 0:

A técnica RAID 0 é baseada na técnica de striping, que divide os dados em blocos e os


armazena em vários discos simultaneamente, aumentando assim a taxa de transferência de
dados. Essa técnica não oferece redundância de dados, pois não há informações extras sendo
armazenadas. Sendo assim, se um disco falhar, todos os dados armazenados nele serão
perdidos.

Vantagens:

Maior desempenho de leitura/gravação de dados em comparação a um único disco;

Custo-benefício mais atrativo, pois é necessário menos espaço para armazenamento dos
mesmos dados.

Desvantagens:

Não oferece redundância de dados, o que pode levar à perda total dos dados em caso de falha
de um dos discos;

O aumento no número de discos pode aumentar a probabilidade de falhas.

RAID 1:

A técnica RAID 1 é baseada na técnica de espelhamento, onde os dados são gravados


simultaneamente em dois ou mais discos idênticos. Isso proporciona uma camada de
redundância de dados, pois, caso um dos discos falhe, os dados ainda estarão disponíveis no(s)
outro(s) disco(s).

Vantagens:

Maior confiabilidade e segurança de dados, pois há redundância;


Rápida recuperação em caso de falha de um dos discos.

Desvantagens:

Maior custo de armazenamento, pois é necessário utilizar um disco adicional para cada disco
que armazena os dados;

A escrita de dados pode ser mais lenta, já que os dados precisam ser escritos em dois discos ao
mesmo tempo.

RAID 5:

A técnica RAID 5 é baseada na técnica de striping com paridade distribuída, que divide os
dados em blocos e armazena informações de paridade em diferentes discos. Essas informações
de paridade permitem reconstruir os dados em caso de falha de um dos discos.

Vantagens:

Oferece redundância de dados com menor custo em comparação com a técnica RAID 1;

Alta performance de leitura de dados;

Capacidade de tolerância a falhas, permitindo que o sistema continue operando mesmo em


caso de falha de um disco.

Desvantagens:

Performance de escrita de dados pode ser mais lenta, pois as informações de paridade
precisam ser calculadas e armazenadas;

A recuperação em caso de falha pode levar mais tempo do que na técnica RAID 1.

Em resumo, a escolha da técnica RAID mais adequada depende das necessidades do sistema,
incluindo o desempenho desejado, a capacidade de armazenamento, a confiabilidade de
dados e o custo. Cada técnica possui vantagens e desvantagens distintas, que devem ser
consideradas cuidadosamente antes da implementação.

As principais funções do subsistema de E/S são gerenciar os dispositivos de E/S, fornecer uma
interface padronizada para os programas acessarem os dispositivos e coordenar as operações
de E/S.

A principal função de um device driver é permitir que o sistema operacional acesse os


dispositivos de E/S, fornecendo uma interface padronizada para a comunicação entre o sistema
operacional e o dispositivo.
A técnica de DMA (Direct Memory Access) permite que os dispositivos de E/S acessem
diretamente a memória principal, sem a necessidade de passar pela CPU. A principal vantagem
dessa técnica é a redução do tempo de transferência de dados, já que os dados são
transferidos diretamente entre o dispositivo e a memória, sem sobrecarregar a CPU.

Os dispositivos de E/S estruturados são aqueles que possuem uma estrutura fixa de dados,
como impressoras e monitores, enquanto os dispositivos de E/S não-estruturados são aqueles
que não possuem uma estrutura definida de dados, como discos magnéticos e fitas.

A principal razão das operações de E/S em fitas e discos magnéticos serem tão lentas, se
comparadas à velocidade com que o processador executa instruções, é devido à diferença de
tecnologia utilizada. Os dispositivos de E/S utilizam tecnologias mecânicas para ler e escrever
dados, enquanto a CPU utiliza tecnologia eletrônica.

As técnicas de redundância em discos magnéticos são utilizadas para aumentar a confiabilidade


e a disponibilidade dos dados armazenados. Essas técnicas consistem em manter cópias dos
dados em diferentes locais do disco, permitindo a recuperação dos dados em caso de falhas.

As técnicas RAID (Redundant Array of Independent Disks) são utilizadas para implementar a
redundância em discos magnéticos. RAID 0 divide os dados em blocos e os armazena em
diferentes discos, aumentando a velocidade de acesso aos dados, mas sem redundância. RAID
1 espelha os dados em dois discos, garantindo redundância, mas reduzindo a capacidade de
armazenamento. RAID 5 utiliza paridade para armazenar os dados em diferentes discos,
garantindo redundância e aumento da capacidade de armazenamento, mas com maior
complexidade de implementação.

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