1. Explicar o modelo de camadas aplicado na gerência de dispositivos.
A gerência de dispositivos em sistemas operacionais é responsável por controlar
a comunicação entre os dispositivos de E/S e a UCP. É uma das principais e mais complexas funções do SO. Sua implementação é estruturada por meio de camadas, em um modelo semelhante ao apresentado para o sistema operacional como um todo. Este modelo é aplicado para simplificar a complexidade do gerenciamento de dispositivos, dividindo-o em camadas independentes. Cada camada é responsável por uma etapa específica do processo, desde a interface com o usuário até o dispositivo físico. As camadas de mais baixo nível escondem características dos dispositivos das camadas superiores, oferecendo uma interface simples e confiável ao usuário e suas aplicações.
2. Dizer qual a principal finalidade das rotinas de E/S.
As rotinas de E/S têm a principal finalidade de permitir que os programas
acessem dispositivos de entrada e saída do computador, como teclado, mouse, impressora, disco rígido etc. Essas rotinas são importantes porque, sem elas, seria necessário que cada programa implementasse sua própria forma de acessar os dispositivos de E/S, o que seria ineficiente e difícil de gerenciar. Com essas rotinas, o programa não precisa se preocupar com detalhes específicos do dispositivo, como a forma como os dados são armazenados ou como o dispositivo é controlado.
3. Dizer quais as diferentes formas de um programa chamar rotinas de
E/S.
Existem diferentes formas de um programa chamar as rotinas de E/S,
dependendo do sistema operacional e da linguagem de programação utilizada. As principais formas são utilizando instruções de leitura/gravação e funções de programação de alto nível, ou, ainda, por meio de system call ao sistema em um código escrito em linguagem de alto nível.
4. Dizer quais as principais funções do subsistema de E/S.
Dispositivos de entrada e saída compartilham funções em comum, que são
tratadas pelo subsistema de E/S, enquanto as características específicas de cada periférico são gerenciadas pelos drivers. Por isso, é papel do subsistema de entrada e saída do sistema operacional fornecer uma interface padronizada para as camadas superiores.
5. Dizer qual a principal função de um device driver.
A principal função de um device driver é possibilitar a comunicação entre o
subsistema de E/S e os dispositivos, utilizando controladores específicos para periférico.
6. Explique o funcionamento da técnica de DMA e sua principal
vantagem.
Uma operação de leitura em disco utilizando DMA envolve a inicialização dos
registradores do controlador de DMA pela UCP. Por meio do driver de dispositivo, liberando a UCP para outras atividades. O controlador de DMA então solicita a transferência do bloco de dados do disco para o seu buffer interno por meio do controlador de disco. Após verificar a ausência de erros, o controlador de DMA transfere o bloco para o buffer de E/S na memória principal e gera uma interrupção para avisar ao processador que a transferência foi concluída. Essa técnica tem como vantagem evitar que o processador fique ocupado com a transferência do bloco.
7. Diferencie os dispositivos de E/S estruturados de não-estruturados.
Os dispositivos estruturados, também conhecidos como block devices, são
aquelas que armazenam informações em blocos de tamanho fixo e possuem endereços que permitem a leitura e gravação de forma independente dos demais blocos. Esses dispositivos são amplamente utilizados em sistemas de armazenamento de dados, como discos magnéticos e ópticos, por exemplo. Entretanto, quando falamos sobre dispositivos não-estruturados verifica-se que não possuem uma organização interna conhecida, sendo capazes de enviar ou receber uma sequência de caracteres sem estar estruturada no formato de bloco. Isso significa que a sequência de caracteres não pode ser acessada diretamente, o que impede operações de leitura e gravação em blocos de dados. São exemplos de dispositivos não-estruturados como terminais, impressoras e interface de rede. 8. Qual a principal razão de as operações de E/S em fitas e discos magnéticos serem tão lentas, se comparadas à velocidade com que o processador executa instruções?
As operações de E/S em fitas e discos magnéticos são lentas devido ao aspecto
mecânico presente em suas arquiteturas. É necessário posicionar os cabeçotes de leitura/gravação na posição correta e velocidade de rotação, número de setores ou blocos e velocidade de transferência de dados também afetam o tempo total das operações. Isso torna a leitura e gravação de dados mais lenta do que a execução de instruções pelo processador, que é um processo eletrônico. Técnicas de otimização, como o uso de buffer e leitura prévia de dados, podem reduzir o impacto mecânico e melhorar o desempenho do sistema.
9. O que são técnicas de redundância em discos magnéticos?
Com o intuito de aumentar a confiabilidade dos dados armazenados em discos
magnéticos, são utilizadas técnicas de redundância que consistem na criação de cópias dos dados em múltiplos discos. Dessa forma, mesmo que um disco apresente falha, os dados podem ser recuperados a partir das cópias armazenadas em outros discos.
10. Diferencie as técnicas RAID 0, RAID 1 e RAID 5, apresentando suas
vantagens e desvantagens.
O RAID (Redundant Array of Independent Disks) é uma técnica de redundância
usada em discos magnéticos. Existem vários níveis diferentes de RAID, cada um com suas próprias vantagens e desvantagens. RAID 0: Esta técnica divide os dados entre dois ou mais discos, aumentando a velocidade da leitura/gravação. Porém, não há redundância nos dados, o que significa que se um disco falhar, todos os dados serão perdidos. RAID 1: Esta técnica cria uma cópia exata dos dados em dois ou mais discos. Isso garante a integridade dos dados mesmo se um disco falhar. No entanto, o espaço total disponível é reduzido pela metade. RAID 5: Esta técnica usa três ou mais discos e distribui os dados e a paridade (informação usada para reconstruir os dados em caso de falha) entre eles. Isso oferece redundância e um bom desempenho, mas é mais complexo do que o RAID 0 ou RAID 1. Além disso, se mais de um disco falhar ao mesmo tempo, pode haver perda de dados. Referências Bibliográficas Machado, F. B., & Maia, L. P. Arquitetura de Sistemas Operacionais. LTC, 2015.