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Gerência de Dispositivos

Aluno: Brayham Procopio de Carvalho

1. Explicar o modelo de camadas aplicado na gerência de dispositivos.

A gerência de dispositivos em sistemas operacionais é responsável por controlar


a comunicação entre os dispositivos de E/S e a UCP. É uma das principais e
mais complexas funções do SO. Sua implementação é estruturada por meio de
camadas, em um modelo semelhante ao apresentado para o sistema
operacional como um todo. Este modelo é aplicado para simplificar a
complexidade do gerenciamento de dispositivos, dividindo-o em camadas
independentes. Cada camada é responsável por uma etapa específica do
processo, desde a interface com o usuário até o dispositivo físico. As camadas
de mais baixo nível escondem características dos dispositivos das camadas
superiores, oferecendo uma interface simples e confiável ao usuário e suas
aplicações.

2. Dizer qual a principal finalidade das rotinas de E/S.

As rotinas de E/S têm a principal finalidade de permitir que os programas


acessem dispositivos de entrada e saída do computador, como teclado, mouse,
impressora, disco rígido etc. Essas rotinas são importantes porque, sem elas,
seria necessário que cada programa implementasse sua própria forma de
acessar os dispositivos de E/S, o que seria ineficiente e difícil de gerenciar. Com
essas rotinas, o programa não precisa se preocupar com detalhes específicos
do dispositivo, como a forma como os dados são armazenados ou como o
dispositivo é controlado.

3. Dizer quais as diferentes formas de um programa chamar rotinas de


E/S.

Existem diferentes formas de um programa chamar as rotinas de E/S,


dependendo do sistema operacional e da linguagem de programação utilizada.
As principais formas são utilizando instruções de leitura/gravação e funções de
programação de alto nível, ou, ainda, por meio de system call ao sistema em um
código escrito em linguagem de alto nível.

4. Dizer quais as principais funções do subsistema de E/S.

Dispositivos de entrada e saída compartilham funções em comum, que são


tratadas pelo subsistema de E/S, enquanto as características específicas de
cada periférico são gerenciadas pelos drivers. Por isso, é papel do subsistema
de entrada e saída do sistema operacional fornecer uma interface padronizada
para as camadas superiores.

5. Dizer qual a principal função de um device driver.

A principal função de um device driver é possibilitar a comunicação entre o


subsistema de E/S e os dispositivos, utilizando controladores específicos para
periférico.

6. Explique o funcionamento da técnica de DMA e sua principal


vantagem.

Uma operação de leitura em disco utilizando DMA envolve a inicialização dos


registradores do controlador de DMA pela UCP. Por meio do driver de dispositivo,
liberando a UCP para outras atividades. O controlador de DMA então solicita a
transferência do bloco de dados do disco para o seu buffer interno por meio do
controlador de disco. Após verificar a ausência de erros, o controlador de DMA
transfere o bloco para o buffer de E/S na memória principal e gera uma
interrupção para avisar ao processador que a transferência foi concluída. Essa
técnica tem como vantagem evitar que o processador fique ocupado com a
transferência do bloco.

7. Diferencie os dispositivos de E/S estruturados de não-estruturados.

Os dispositivos estruturados, também conhecidos como block devices, são


aquelas que armazenam informações em blocos de tamanho fixo e possuem
endereços que permitem a leitura e gravação de forma independente dos demais
blocos. Esses dispositivos são amplamente utilizados em sistemas de
armazenamento de dados, como discos magnéticos e ópticos, por exemplo.
Entretanto, quando falamos sobre dispositivos não-estruturados verifica-se que
não possuem uma organização interna conhecida, sendo capazes de enviar ou
receber uma sequência de caracteres sem estar estruturada no formato de bloco.
Isso significa que a sequência de caracteres não pode ser acessada diretamente,
o que impede operações de leitura e gravação em blocos de dados. São
exemplos de dispositivos não-estruturados como terminais, impressoras e
interface de rede.
8. Qual a principal razão de as operações de E/S em fitas e discos
magnéticos serem tão lentas, se comparadas à velocidade com que
o processador executa instruções?

As operações de E/S em fitas e discos magnéticos são lentas devido ao aspecto


mecânico presente em suas arquiteturas. É necessário posicionar os cabeçotes
de leitura/gravação na posição correta e velocidade de rotação, número de
setores ou blocos e velocidade de transferência de dados também afetam o
tempo total das operações. Isso torna a leitura e gravação de dados mais lenta
do que a execução de instruções pelo processador, que é um processo
eletrônico. Técnicas de otimização, como o uso de buffer e leitura prévia de
dados, podem reduzir o impacto mecânico e melhorar o desempenho do sistema.

9. O que são técnicas de redundância em discos magnéticos?

Com o intuito de aumentar a confiabilidade dos dados armazenados em discos


magnéticos, são utilizadas técnicas de redundância que consistem na criação de
cópias dos dados em múltiplos discos. Dessa forma, mesmo que um disco
apresente falha, os dados podem ser recuperados a partir das cópias
armazenadas em outros discos.

10. Diferencie as técnicas RAID 0, RAID 1 e RAID 5, apresentando suas


vantagens e desvantagens.

O RAID (Redundant Array of Independent Disks) é uma técnica de redundância


usada em discos magnéticos. Existem vários níveis diferentes de RAID, cada um
com suas próprias vantagens e desvantagens.
RAID 0: Esta técnica divide os dados entre dois ou mais discos, aumentando a
velocidade da leitura/gravação. Porém, não há redundância nos dados, o que
significa que se um disco falhar, todos os dados serão perdidos.
RAID 1: Esta técnica cria uma cópia exata dos dados em dois ou mais discos.
Isso garante a integridade dos dados mesmo se um disco falhar. No entanto, o
espaço total disponível é reduzido pela metade.
RAID 5: Esta técnica usa três ou mais discos e distribui os dados e a paridade
(informação usada para reconstruir os dados em caso de falha) entre eles. Isso
oferece redundância e um bom desempenho, mas é mais complexo do que o
RAID 0 ou RAID 1. Além disso, se mais de um disco falhar ao mesmo tempo,
pode haver perda de dados.
Referências Bibliográficas
Machado, F. B., & Maia, L. P. Arquitetura de Sistemas Operacionais. LTC, 2015.

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