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BIOGRAFIA

Sou Ruth Vieira, Esposa de Paulo Vieira, Mae de Rebeca, Paulo Junior e Davi,
avó de Tereza, empresária, profissão design e diagramadora, transbordante da
mensagem que queima em meu coração como palestrante, escritora e ativadora
de Mulheres no MCP.
Há três anos reconfigurei meu status para filha amada do Pai, passei por um
processo de desconstrução e me desfiz de cresças e traumas, identifiquei meu
bloqueio e entendi que ele estava intimamente ligado ao meu propósito,
recuperei o amor próprio e o prazer de amar e cuidar da minha família. Sinto meu
coração queimar e o meu desejo e ativar milhares de mulheres para que treinem
seus filhos e honrem seus esposos para tenham famílias fortes e plenas como a
minha é hoje, viver para o reino se tornou meu estilo de vida.
Para seguir meu propósito me especializei na área de Relacionamentos
Conjugais com o curso a Base de Tudo com Pablo e Carol Marçal, fiz o
Treinamento Avançado de Lideres de Casais com Pr Josué Gonçalves, o Curso
Coisas de Casal com Pr Deive Leonardo, Casal Talks para psicólogos, em
formação de Terapia de Reprocessamento Generativo - TRG e Leitura Corporal
e Comportamental e Treinamento para Terapia de Casal, sou Autora do livro
Casamento do Improvável a Plenitude e dos Ebooks 30 passos para um
Casamento Pleno, Leitura obrigatória antes de pensar em Divórcio e As chaves
para um Casamento Pleno, autora do Método Casamento Pleno para mulheres
e Mulheres com Propósito.

Quando nos conectamos com Deus de forma íntima, aprendemos a nos mover
com propósito e a amar incondicionalmente.

www.casamentopleno.com
youtube @souruthvieira
Instagram @souruthvieira

Capitulo – Ruth Vieira

Quem me vê hoje não imagina de onde vim e por onde passei, apesar de focar
meu transbordo em famílias e mais intimamente em relacionamentos Conjugais
e plenitude no casamento, neste livro em coautoria o meu coração foi
direcionado a tratar sobre a Maternidade, no projeto Elas em movimento, sinto
em meu coração trazer a tona um assunto muito importante tomando como
exemplo minha própria vida.

Eu sou filha caçula de uma família de quatro irmãos, nasci em Belém, capital do
Pará, meus pais cristãos, minha mãe me ensinou valores onde eu deveria
respeitar a obra do Senhor e ser obediente aos seus princípios. Sempre vi meus
pais com a bíblia a mão, louvando e indo aos cultos evangélicos, mas confesso
que apesar de ouvir, louvar e participar dos cultos e eventos da igreja, não tinha
um conhecimento real de quem era Deus, não me sentia realmente amada e
acreditava que se eu não cumprisse a doutrina da forma correta, seria castigada,
assim eu criei uma relação de medo e constrangimento e não simplesmente de
amor, apesar de fazer parte de um grupo evangélico eu não me sentia
pertencente.

Minha visão distorcida da relação que eu deveria ter com Deus me impediu de
acessar o cuidado e a proteção do Pai, crenças e traumas fizeram parte da minha
vida desde a infância, vivi experiências terríveis que me fizeram ir ao fundo do
poço e todas essas experiências foram a principal trajetória até que eu tivesse a
real compreensão de quem eu sou, qual o meu propósito, qual missão faz parte
da minha vida. Viver tudo que eu vivi, me fez construir um storytelling e entender
o meu real propósito, pois entendi que todos os meus medos e bloqueios me
direcionavam para viver algo extraordinário após a ativação da minha real
identidade.

A respeito da maternidade preciso ressaltar alguns pontos, pois sei que o desejo
de toda mãe e vê seu filho feliz, com saúde, crescer em tamanho e em
entendimento e principalmente amando ao Senhor. Mas porque mesmo
querendo tudo isso, nem sempre acontece nem 50% dos nossos desejos? Não
é minha intenção fazer acusações e querer trazer a tona situações traumáticas,
é necessário eu mostrar erros e meu processo de cura para que você leitor, não
cometa os mesmos erros, quero dizer a você que precisei ser curada para
curar, ser amada para amar, ser cuidada para cuidar e aprender para ensinar.

Hoje eu entendo que mesmo querendo o melhor para nossos filhos, nos
sentimos impotentes e perdidas diante de certas situações, porque eu mesma
me senti assim. Mesmo sendo criada com amor e sendo levada ao caminho
certo, por vezes não me sentir assim, tive sérios problemas de dependência
emocional com minha mãe e bloqueios de paternidade que me trouxeram
traumas para uma vida inteira, até me livrar completamente desses bloqueios e
ativar a minha identidade. A partir daí, pude compreender a situação dos meus
pais, realmente eu recebi o máximo deles, e só assim eu consegui cumprir o
principio de ama-los e honra-los independente do que eles fizeram por mim, pois
foi assim que fomos instruídos em Êxodo 20:12 “Honra teu pai e tua mãe, a fim
de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá”, inclusive é
o primeiro mandamento com promessa, onde não faz distinção ou trás condição
sobre a forma que teus pais deveriam te tratar para que você os honre. Eu
realmente só vim aprender sobre isso a pouco tempo, mesmo passando a vida
inteira na igreja eu carreguei mágoas do meu pai, inclusive cheguei a confrontá-
lo por achar que eu tinha o direito de cobrar algo que ele não teve condições de
me dá, o maior detalhe de tudo isso é que a conta chega e você colhe
exatamente o que semeia.

Sendo de uma família cristã e vivendo rotineiramente na igreja e em movimentos


evangélicos, certamente era pra eu ter um encontro real com Deus.
Sinceramente não sei dizer exatamente onde está o erro, só sei afirmar que
paguei um preço muito alto, então você pode perguntar: Mas porque você diz
isso Ruth? O meu principal desejo é que ao final desta leitura, você compreenda
que não basta apenas mostrar e ensinar seus filhos, mas acima de tudo você
tenha um relacionamento e seja aquilo que deverá ser refletido em seus filhos,
e exatamente por isso que hoje dedico horas de treinamento para que meus
filhos tenham essa experiencia de conhecimento e relacionamento pessoal com
Deus.

Nós aprendemos em Provérbios 22:6 Ensina a criança no caminho em que deve


andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele e muitas vezes
repassamos um ensinamento aos nossos filhos APENAS lendo a bíblia,
contando histórias dos personagens e falando que Deus é bonzinho e se errar
ele castiga. Realmente somente essa instrução NÃO basta, teus filhos irão
ouvir, mas na prática não irão compreenderem e se obedecerem em
determinado momento vão ser tentados a fazer o contrário, como aconteceu
comigo.

Um ensinamento sem a prática dos princípios nos trás a uma relação com moeda
de troca com o Pai Celestial, como se fosse toma lá e me dá aqui, quando na
verdade devemos nutrir um relacionamento de intimidade da forma que ele tinha
com Adão no Jardim e que foi perdida após a introdução do pecado no mundo.
Na minha infância sempre me dediquei aos louvores e reuniões, mas na
juventude eu louvava de lábios mas o coração estava voltado para as
curiosidades do mundo, em Mateus 7:21 cita essa experiência onde diz “Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Mas como fazer teus
filhos aprenderem sobre o relacionamento íntimo com Deus?

A melhor maneira de ensinar nossos filhos é mostrar a eles na prática como é o


nosso relacionamento entre nós mesmo, ou seja, entre você e seu cônjuge,
entre você e seus pais, parente e familiares. Mostrar na prática a sua vivência a
respeito da bíblia, qual a sua experiencia diante dos fatos do dia a dia, como
você reage diante dos conflitos, como se sente direcionado por Deus a tomar
suas decisões. Crie um ambiente agradável de paz, onde podemos louvar e a
agradecer a Deus, nossos filhos devem ler e discutir a Bíblia trazendo a tona
reflexões para nossa vida no momento atual. acima de tudo, devemos ser um
exemplo que busca e vive essa intimidade com Deus. Nossos filhos veem e
sentem o ambiente do nosso lar mas do que imaginamos, eles tem um radar que
detectam a milhas de distância o reflexo da presença de Deus dentro do
ambiente famíliar.

Quando eu me tornei mãe aos 24 anos, não entendia nada sobre o real
significado da maternidade, isso acontece com muitas mães, que acreditam que
o maior desafio da maternidade é amar e se manter atenta, e comprometida,
acreditando que basta estabelecer limites claros e consistentes, definindo regras
específicas e explicar aos filhos a importância dessas regras. Muitas de nós
acreditamos que mostrar as consequências das regras se forem desrespeitadas
é suficiente, e não é. Muitas vão imaginar, como assim Ruth? Isso mesmo, eu
fiz tudo isso, não deu certo! Criei minha filha com muito amor, cheia de cuidados,
me preocupando com seu bem-estar, incentivando ela a se envolver em
atividades saudáveis que pudessem desenvolver suas habilidades sociais e
comportamentais. Mas eu não pude transmitir e ensinar um controle emocional
que eu não tinha como base, não mostrei como lidar com a frustração e
decepções e muito menos como resolver problemas para que ela pudesse se
sentir segura diante dos desafios e feliz independente do seu resultado
momentâneo. Realmente criar e educar um filho é uma tarefa desafiadora, mas
além de todas essas preocupações citadas a maior de todas é mostrar os
princípios e ativar a real identidade dos nossos filhos, fazer isso vai além de dá
o sustento material, frequentar a melhor escola ou levar a igreja, a maior tarefa
é você SER a imagem de Deus, e isso será refletido no caráter dos teus filhos.

É necessário que você encontre o equilíbrio entre o seu papel como mãe e o seu
papel como esposa e pessoa na sociedade. Enquanto você dedica a maior parte
do seu tempo à criação de seus filhos, é importante que você também cuide de
si mesmo. Isso significa encontrar tempo para descansar, cuidar de sua saúde
física e mental, cultivar suas relações com amigos e família, e fazer as coisas
que lhe trazem alegria, principalmente mantenha um relacionamento conjugal
que traga segurança e estabilidade emocional para vida dos teus filhos, sabe
porque? Pasmem!!! Serão instalados drives mentais que irão ser demonstrados
na fase adultas exatamente daquilo que eles vivenciam hoje enquanto são
crianças e adolescentes.

Talvez como eu pensei, você pense, e agora? Fiz tudo errado, não se desespere
como eu fiz, não entregue o controle de algo que Deus te capacitou e deu o dom
para que você exerça, que é a maternidade. Costumo dizer, que a melhor parte
é quando tomamos a conciencia do problema ou da dor, porque só assim
poderemos tratar e fazer o que precisa ser feito. Confesso que errei algumas
vezes, por não entender, não ter sabedoria e a inteligência emocional para gerir
minhas emoções e tomar a decisão mais assertiva, mas quando eu tomei a
consciência e resgatei meu relacionamento com o Deus e ativei a minha real
identidade, eu tenho como principal tarefa cumprir esse legado mostrando com
minhas ações e explicando sobre esse relacionamento aos meus
filhos. Esse relacionamento íntimo com Deus é a conexão mais profunda que
podemos ter com o Senhor, uma relação baseada em amor, confiança e
compromisso, que nos ajuda a nos conectar com o nosso propósito e nos motiva
a realizar a vontade de dEle, aprendemos a obedecer, a servir, a lutar e a
perseverar, nos ajuda a encontrar força, esperança, orientação e paz. Isso tudo
passa a ser um estilo de vida

Quero trazer uma reflexão profunda a nós mães, mas afinal qual é o nosso
papel? Você já parou pra pensar que inconscientemente você trata teus filhos da
forma que foi tratada? Que teus traumas são transferidos através das tuas
emoções durante todo o período de vivência ao lado dos teus preciosos filhos?
Meus pais me amaram, cuidaram, protegeram e sustentaram durante uma vida
inteira até a minha independência financeira, com certeza eles deram o melhor
que eles puderam, provavelmente não fizeram algo diferente porque não
conheciam outro método, isso acontece com todos os pais. Mas por muitas
vezes eu achei que não era o suficiente, muita coisa poderia ser diferente, mas
como? Como alguém pode dá ou fazer algo que não sabe e que não recebeu?
Não há nada melhor do que entender os meus medos e saber como enfrentá-
los, identificar e remover os meus bloqueios, e não me sentir vulnerável,
conhecer os meus reais valores, não desistir dos meus objetivos e seguir o meu
propósito. É com amor que conto o meu testemunho de transformação para que
você saiba que se aconteceu comigo, também pode acontecer com você, basta
que você decida dizer sim e viver o plano de Deus pra você. Não sei o que Deus
irá proporcionar a mim e minha família, o que eu sei é que estou sob o cuidado
Dele e a disposição pra profetizar as nações o que Ele é capaz de fazer.

Hoje aos 43 anos eu tenho três filhos, minha princesa já é mãe e trago a memória
tudo que vivemos, corrigindo a rota para não cometer os mesmos erros, tenho
dois filhos meninos que logo serão grandes homens de Deus, todos eles terão
suas identidades ativadas e saberão o que realmente precisa ser feito.
Precisamos entender que nossos filhos não são figurinhas de um álbum que irão
enfeitar nossas vidas e serem colocados onde queremos, eles precisam ser
treinados para cumprir o seu propósito.

Vou resumir alguns ensinamentos que eu recebi e pratico, tenho obtido bons
resultados e sou grata a Deus por esse atual estilo de vida.

Quando compreendemos e respeitamos as fases de nossos filhos, executamos


a real tarefa de laçar flechas e cumprir a promessa de crescer e multiplicar. De
0 a 7 anos, nossas crianças querem dominar tudo, mas somente podemos deixar
no controle deles 10% e os 90% devem estar no controle dos pais. Esse período
chamado setênio onde eles devem aprender e criar seu próprio espaço

De 08 aos 14 anos, nos precisamos nos adptar e entregar aos nossos filhos 60%
do controle de suas próprias vidas e apenas 40% no controle dos pais, esse é o
período que seu filho deve aprender a governar e tomar decisões.

Chegando os 15 anos até os 21 anos, 90% está no controle do seu filho e apenas
10% para os pais, você terá como principal tarefa direcionar os passos para que
os seus filhos possam tomar suas próprias decisões

Nessas fases determinam o tanto que você deve investir, sendo que a maioria
dos pais querem inverter esse tempo, fazendo completamente o contrário. Se
dedicando completamente a outras situações e não no desenvolvimento dos
seus filhos, quando crescem os pais querem ter controle dos filhos, quando na
verdade é o momento de eles escolhem os próprios caminhos.

A proteção é o cuidado que estimula o filho a crescer, você protege ele daquilo
que coloca a vida dele em risco ou pode maltrata-lo, já a super proteção impede
que teu filho de ter frustações e responsabilidades que vão ajudar amadurecer a
personalidade do teu filho. A superproteção gera filhos dependentes, egoístas e
egocêntricas, além de se tornarem inseguros, reprimidos e não saibam lidar com
os erros. Assim seu filho terá sequelas, já que não terão maturidade para lidar
com situações de forma responsável, seu filho precisa entender sobre o mudo
real, competitivo e sabendo que existe pessoas mais ágeis ou inteligentes que
ele. Devemos permitir que nossos filhos cometam seus próprios erros e possam
ter suas próprias experiencias. É na infância que os valores são formados e
aprenderão através dos exemplos mostrados.

A bíblia relata que nossos filhos são como flexas, mas para isso é necessário
que façamos o que for necessário para a criação e educação de nossos filhos
sejam direcionados ao alvo. Você deve lançar a flexa que é o seu filho, o alvo é
o proposito que seu filho deve exercer na terra, para isso você precisar ter
direcionamento de Deus para ajudar seu filho alcançar esse alvo que é para o
que ele foi criando, para expressar a imagem de Cristo nessa terra. Quando você
como mãe entende o propósito, deve levar a sério essa compreesão e mostrar
ao seu filho que ele nasceu para expressar o reino de Deus, ser imagem e
semelhança do Pai, dominando sobre todas as coisas. Para isso você como mãe
deve direcionar seu filho para esse propósito, ensinando que ele deve aprender
do amor de Deus, mostrando o caminho, segurando na mão dele. Ensino
princípios, valores inegociáveis, o amor de Deus e ministre bençãos sobre a vida
deles, para que eles reflitam o reino na terra.

Até os 21 anos seus filhos estão no aprendizado constante, use a liberdade para
ensiná-lo, canalize e direcione seu filho para o foco que é o propósito. Devemos
compreender que os nossos filhos não são nossos, Deus nos concede a benção
de ter filhos para treiná-los e ensinar, não humilhando e bloqueando, pois no
tempo devido eles irão ser lançados para bem longe. Aprenda a fazer perguntas
aos seus filhos, eduque seus filhos através de exemplos, que eles possam vê
em você a melhor vivência. Precisamos aprender educar nossos filhos para não
puni-los quando se tornarem adultos.

Não permita que seu filho faça tudo do jeito que ele quer, nós temos que mostrar
os significados das situações aos nossos filhos, se você não sabe o suficiente
treine a ponto de ter condições de treinar o seu filho, vivendo e ensinando
princípios. É essa herança que deve ser passada, o principal foco é transmitir ao
seu filho esse legado de aprendizado e experiencias, respeitando os ciclos e
sempre direcionando ao foco, que é o cumprimento do propósito.

Finalmente eu quero te dizer, se errou até aqui, apenas mude de rota,


intensifique as energias e faça remissão de tempo. É fato que a colheita é
obrigatória e sei exatamente o que eu estou te dizendo, mas você como mãe vai
aumentar teu nível de intimidade com Deus a ponto de você ter motivos para
agradecer todos os dias, vendo as transformações acontecerem e a felicidade
reinar no teu coração.
A realidade é que não existem filhos perfeitos e muito menos mães perfeitas, o
que existem são pessoas saudáveis, felizes, que se amam, vivem um
relacionamento com Deus e sabe quem são, filhos amados do Pai, feitos a sua
imagem e semelhança.

Quero dedicar esse capítulo a Raissa Rebeca, Paulo Junior e Davi a quem eu
tenho o orgulho de chamar de filhos, com quem eu aprendo todos os dias, a
quem eu treino e puxo o arco com toda energia para que eles alcancem lugares
inimagináveis. Sou grata a Deus pela experiência de ser mãe e viver essa
pressão de conhecimento e sabedoria que só tem me feito crescer.

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