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Grupos geradores Fórum Potência

Mercado é puxado por projetos Evento completa 24 edições e atrai centenas


customizados para garantir autonomia, de profissionais e empresas nas cidades de
confiabilidade e segurança Salvador, Porto Alegre e Maringá
Novembro’2017

A N O 14 Elétrica, energia, Iluminação, Automação,


N º 143 Sustentabilidade e Sistemas Prediais
EDITORA

Veículos Elétricos
Aspectos como tecnologia em
evolução, preços mais acessíveis e
preocupação com as
questões ambientais
impulsionam
o mercado de
veículos elétricos e
híbridos no mundo.
ANO 14 – Nº 143 • Potência

Perspectivas para
o Brasil são
positivas

Entrevista Eduardo Moreno, da Vitalux, fala sobre o trabalho das ESCOs no Brasil e
explica como a busca por maior eficiência energética pode beneficiar as empresas
Fórum
2018
o
d e naçã n
Coo f. Hilto
r
Eventos com duração de um dia com
Pro eno
Mor palestras de consultores renomados e
especialistas de empresas.

CIDADES QUE VÃO RECEBER O


FÓRUM POTÊNCIA 2018
MAIO JUNHO JULHO
Fotos: Divulgação

Belo Horizonte (MG) Curitiba (PR) Goiânia (GO)

AGOSTO OUTUBRO NOVEMBRO

Recife (PE) São Paulo (SP) Ribeirão Preto (SP)

Informações sobre patrocínio:

(11) 4225-5400 publicidade@hmnews.com.br


Fórum 2018

Principais Temas
Iluminação (LED), Fotovoltaica, Baixa Tensão, Média Tensão,
Medição e Termografia, Eficiência Energética, Proteção e
Seletividade, Painéis Elétricos, Subestações e Automação

Fórum Potência 2015-2017 (25 etapas)

Profissionais inscritos: 12.500


Empresas inscritas: 3.200
RAMO DE ATIVIDADE PROFISSÃO
Professores/
Concessionária Distribuidor/ Outros Estudantes
Pública 5% Revendedor Outros 6% 3%
Construtora 4% Técnicos/
5% Tecnólogos
Projetos
Consultoria 8%
15%
5%
Outros
Engenheiros
Autônomo 8%
8% Engenheiros
Eletricistas
Instalação 39%
11%
Outros
8%
Eletricistas
/Instaladores
13%

Ensino Manutenção
9% 11%

Indústria Técnicos/Tecnólogos/Eletrotécnicos
Serviços Públicos
9% 23%
10%

Organização Divulgação www.forumpotencia.com.br


linkedin.com/company/revistapotencia
Revista

facebook.com/revistapotencia
sumário

16 Matéria de Capa
Aspectos como tecnologia em evolução, preços mais acessíveis e preocupação com
as questões ambientais impulsionam o mercado de veículos elétricos e híbridos no
mundo todo. No Brasil, avanço ocorre em ritmo lento, mas perspectivas são positivas
para os próximos anos.

Outras seções 12 Entrevista


Eduardo Moreno, da Vitalux, fala sobre o
28 mercado
Setor de grupos geradores é puxado por
05 › ao leitor trabalho das ESCOs no Brasil e explica como projetos customizados que visam garantir
a busca por maior eficiência energética pode autonomia das operações, confiabilidade no
06 › Holofote
beneficiar empresas e, numa escala maior, o atendimento das demandas, melhor gestão dos
26 › ARTIgo Joel P. Martins próprio País. custos e ganhos de produtividade.

46 › entrevista João 12 28
Bencatel

48 › entrevista Amauri
mendes pedro

50 › Espaço Abreme

54 › artigo procobre

66 › ARTIGO LUIZ ARRUDA

38 FÓRUM Potência 60 Prêmio Abilux


68 › ARTIGO intelbras

70 › economia
Evento, que completou 24 edições realizadas, atraiu Conheça os projetos de iluminação que se
74 › vitrine centenas de profissionais e empresas nas cidades de destacaram na 8ª edição do evento, que somou 149
Salvador, Porto Alegre e Maringá. montagens inscritas.
78 › agenda
38 60
79 › link direto

80 › Recado do Hilton

4 potência
E X P E D IE N TE
ao leitor

Fundadores:
Durante o ano de 2017, publicamos na Revista Potência diversas

Tecnologia e oportunidade
Elisabeth Lopes Bridi
Habib S. Bridi (in memoriam)
reportagens com enfoque no desenvolvimento tecnológico ligado à
ano XIV • nº 143 • Novembr0'17
área elétrica. Entre outros temas, falamos sobre Internet das Coisas
Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, (IoT), Indústria 4.0, Smart Grid, inovação tecnológica, energias reno-
com circulação nacional, dirigida a indústrias, dis-
tribuidores, varejistas, home centers, construtoras, váveis (com destaque para a fotovoltaica e a eólica) e sobre a con-
arquitetos, engenharias, instaladores, integradores solidação do LED.
e demais profissionais que atuam nos segmentos
de elétrica, iluminação, automação e sistemas
Sem contar a cobertura da primeira edição do Prêmio Potência de
prediais. Órgão oficial da Abreme - Associação Inovação Tecnológica, que colocou em evidência os esforços das em-
Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de
Materiais Elétricos.
presas do nosso mercado em torno do desenvolvimento de soluções
e equipamentos cada vez mais inovadores.
Diretoria Nessa edição que chega às suas mãos mantivemos o perfil. Dessa
Hilton Moreno
Marcos Orsolon vez, ao abordar em nossa matéria de capa o tema Veículos Elétricos.
Conselho Editorial
O texto começa com uma frase que sintetiza bem a realidade desse
Hilton Moreno, Marcos Orsolon, Carlos Soares Peixi- mercado no Brasil: “Uma área ainda incipiente, mas altamente pro-
nho, Daniel Tatini, Francisco Simon, José Jorge Felismino Pa-
rente, José Luiz Pantaleo, Marcos Sutiro, Nellifer Obradovic,
missora”.
Nemias de Souza Noia, Paulo Roberto de Campos, Roberto Como exposto na reportagem, no Brasil esse setor tem despertado
Varoto, Nelson López, José Roberto Muratori e Juarez Guerra.
grande interesse da indústria (montadoras e fabricantes de compo-
Redação
nentes para o sistema), dos distribuidores e revendedores de material
Diretor de Redação: Marcos Orsolon
Editor: Paulo Martins elétrico, das concessionárias de energia e dos próprios consumidores
Fotos: Ricardo Brito
Jornalista Responsável: Marcos Orsolon
finais. No entanto, como de praxe no País quando se trata de tecno-
(MTB nº 27.231) logias emergentes, a evolução ainda é lenta. Mas promete.
Participou dessa edição: Clarice Bombana
Entre os desafios para o crescimento e consolidação do mercado
Departamento Comercial no Brasil (e no mundo), podemos citar a construção da infraestru-
Executivos de Vendas:
Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo
tura necessária para a recarga dos veículos. Além disso, o custo das
e Rosa M. P. Melo soluções ainda constitui um limitador concreto para a massificação
Gestores de Eventos das vendas, e o País também precisa evoluir quanto aos aspectos de
Pietro Peres e Décio Norberto
regulamentação e incentivos. Ou seja, não são poucos os entraves a
Gestora Administrativa serem superados
Maria Suelma
Mesmo assim, já identificamos avanços importantes nessa área,
Produção Visual e Gráfica
Estúdio AMC
que levam os especialistas a projetar boas perspectivas de crescimen-
to e uma importante plataforma para o desenvolvimento de tecno-
Impressão
nywgraf logias mais modernas e eficientes e de novos modelos de negócios.
Contatos Geral Basta ver os resultados de uma pesquisa feita pela Bloomberg New
Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 Energy Finance (BNEF). Segundo o levantamento, no mundo, os veícu-
São Caetano do Sul - SP - contato@hmnews.com.br
Fone: +55 11 4225-5400 los elétricos representarão 54% de todas as novas vendas de veículos
Redação
leves de passeio até 2040. Difícil dizer se o Brasil acompanhará esse
redacao@hmnews.com.br desempenho. No entanto, é fato que vamos avançar.
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Fechamento Editorial: 09/11/2017


Circulação: 17/11/2017

Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e


colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião
da revista e de seus editores. Potência não se responsa-
biliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitá-
rios. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme
são de responsabilidade da Associação. Não publicamos
matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proi-
bida a reprodução total ou parcial das matérias sem a
autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo
jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada Marcos Hilton
de acordo com a Lei de Imprensa. orsolon Moreno

potência 5
holofote

Ideia iluminada
A Philips Lighting, líder mundial em iluminação,
anunciou a criação da Philips Lighting Foundation, uma
organização sem fins lucrativos e independente, cuja
missão será fornecer acesso sustentável à iluminação
para as pessoas em comunidades que ainda não
possuem rede elétrica. Para alcançar esta missão, a
fundação vai formar parcerias com diversos atores da
cadeia de valor de iluminação.
“Construindo nosso legado de iluminar vidas ao redor

Foto: Divulgação
do mundo por mais de 125 anos, a Philips Lighting está
orgulhosa em apoiar a fundação com recursos, perícia
e conhecimento sobre iluminação”, disse Eric Rondolat,
diretor-presidente de Philips Lighting. O executivo
incentiva a participação e o apoio dos empregados da Cobrecom
Philips Lighting nas atividades da fundação.
Atualmente, uma, em cada sete pessoas em todo o na Bahia
mundo, não possui acesso à eletricidade, sendo que A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos teve participação
mais da metade desse grupo vive em comunidades de grande sucesso durante a 26ª Edição da Ecomac
rurais de países cujas economias estão em Bahia. A empresa foi uma das patrocinadoras do
desenvolvimento. A iluminação é um catalisador para evento, que foi realizado entre os dias 19 e 22 de
o desenvolvimento equitativo, melhorando o acesso outubro, no Hotel Iberostar Praia no Forte, no litoral
a serviços de saúde, educação e oportunidades de norte baiano.
subsistência. A fundação irá financiar projetos que Organizado pela Acomac-BA e pela Anamaco
atendem às necessidades de iluminação nas casas, (Associação Nacional dos Comerciantes de
ruas e instituições, garantindo que as comunidades Materiais de Construção), o encontro reuniu lojistas,
permaneçam ativas e economicamente viáveis após o executivos e dirigentes de entidades de vários
pôr do sol.  estados brasileiros e teve uma série de debates
“Nós vamos completar nossa missão de apoiar o com o tema ‘Ser criativo e lucrativo: O desafio da
desenvolvimento de um ecossistema orientado para atualidade’.
o mercado onde as comunidades estejam capacitadas “O evento foi uma grande oportunidade para
para se iluminarem”, disse Shalini Sarin, presidente da estarmos com os nossos clientes de maneira informal
Philips Lighting Foundation e vice-presidente sênior de e descontraída. E, durante os quatro dias, tivemos
Recursos Humanos e CSR da Philips Lighting. bons momentos de relacionamento e relaxamento”,
Mais informações sobre a fundação, seus parceiros e os afirma Paulo Alessandro Delgado, gerente de
projetos iniciais estão disponíveis no site http://www. Marketing da Cobrecom Fios e Cabos Elétricos.
lighting.philips.com/main/company/philips-lighting- Segundo o profissional, toda a diretoria e os gerentes
foundation. comerciais da Cobrecom Fios e Cabos Elétricos
estiveram presentes no evento.
Durante os quatro dias, a Cobrecom Fios e Cabos
Elétricos distribuiu diversos brindes personalizados,
como bolas, esteiras infláveis para uso dos hóspedes
na piscina e boias infantis. Os hóspedes também
receberam em seus quartos carregadores portáteis de
celulares e smartphones. “A empresa disponibilizou
ainda 6.000 copos com a logomarca da Cobrecom
para uso dos hóspedes no evento”, diz Delgado.
Além disso, patrocinou um mini trio elétrico e um
robô dançarino, que fizeram apresentações na sexta-
feira e no sábado. “Também sorteamos uma TV de
Foto: Divulgação

32 polegadas”, conclui o gerente de Marketing da


Cobrecom Fios e Cabos Elétricos.

6 potência
Investimento
em capacitação
Um projeto entre a Facens (Faculdade de Engenharia de Sorocaba)
e a Festo - líder mundial em automação industrial - proporcionará aos
alunos da instituição de ensino ter acesso aos mais modernos recursos
aplicados atualmente dentro das fábricas.
A partir da instalação de quatro laboratórios de Pneumática e Hidráulica,
Manutenção Mecânica, Indústria 4.0 e CNC, a parceria pretende transferir
novas tecnologias e conceitos aos estudantes. O investimento para essa
iniciativa é de R$ 2,5 milhões. O propósito desses laboratórios é capacitar os
estudantes, transferindo assim novas tecnologias para o ambiente de automação
de fábrica. Baseado em um conceito de arquitetura aberta, permite a evolução passo
a passo do sistema com a inclusão de estações não adquiridas num primeiro momento,
a futuras expansões com estações a serem desenvolvidas com diferentes tecnologias.
“Usando essas competências, as empresas terão mais competitividade no seu
mercado de atuação, além de maior eficiência produtiva e melhor qualidade de seus
produtos. Os custos decrescem e a flexibilidade aumenta por meio de uma estrutura
Foto: Shut
de dados bem definida, assim como um método para comunicação destes dados”, terStock

explica Felipe Anaya, engenheiro da Festo responsável pelo projeto.


De acordo com ele, o laboratório integrará tecnologias convencionais de produção, como máquinas de usinagem,
esteiras, sensores e atuadores, transladando para os conceitos mais avançados da indústria 3.0 como robôs,
controladores e supervisórios, e, por fim, dando início ao conceito de indústria 4.0 com rastreabilidade, RFID, softwares
de gerenciamento de produção e simulação 3D de processos avançados de manufatura.
holofote

Data Center - I Data Center - II


A crescente digitalização das empresas e indústrias, A Schneider Electric, líder na transformação digital
computação em nuvem e e-commerce contribuem em gestão de energia elétrica, apresentou ao
para o fortalecimento do mercado de data centers mercado, durante o DCD>Brasil 2017, em São
com a demanda de soluções em segurança Paulo, o StruxureWare™ Data Center Operation -
cibernética e armazenamento de dados. De acordo um aprimoramento do Data Center Infrastructure
com a consultoria IDC, os serviços de data center no Management (DCIM). 
Brasil - que já é o maior mercado na América Latina - A solução inclui novas funcionalidades que
chegarão a R$ 7,7 bilhões este ano. proporcionam melhor e maior visibilidade dos ativos
Presente em grandes projetos de infraestrutura para os responsáveis do data center e, no caso de
de diversos setores da indústria, a ABB oferece ambientes de colocation, também para seus clientes,
tecnologias inovadoras para eletrificação, automação abrangendo tanto TI quanto as instalações (facilities).
e controle, voltadas para a Indústria 4.0. As soluções O recurso suporta o crescimento das empresas,
da companhia foram apresentadas no DCD>Brasil facilitando o gerenciamento dos seus data centers em
2017, maior evento do setor de data centers na vários domínios, fornecendo inteligência acionável
América Latina, que aconteceu nos dias 30 e 31 de para um equilíbrio ideal de alta disponibilidade e
outubro, em São Paulo. rendimento máximo durante todo o ciclo de vida da
O Data Center Automation, por exemplo, integra solução.
as soluções digitais da ABB, o ABB AbilityTM, e Durante o evento também foi possível conhecer
permite o controle, monitoramento e otimização da o StruxureWare™ Data Center Expert, software
infraestrutura de forma remota e em um único painel. de monitoração que captura, organiza e distribui
“No Brasil já temos casos reais de ganhos em alertas, vídeo de vigilância e informações chave
produtividade e eficiência com o sistema de controle - fornecendo uma visão unificada de ambientes
e automação da ABB, que é o caso do projeto S11D, complexos de infraestrutura física em qualquer
da Vale”, diz Paolo Pescali, diretor-superintendente da lugar da rede.
divisão de Produtos para Eletrificação da ABB Brasil.  Simultaneamente, a empresa aproveitou a ocasião
A solução reúne dados detalhados do comportamento para lançar sua campanha de comunicação mundial
dos servidores, equipamentos e máquinas, que ‘BIG IDEA’, que tem como mote o slogan: ‘Seu Data
permitem um gerenciamento mais eficaz, com Center está Pronto para sua Próxima Grande Ideia?’,
minimização de falhas e planejamento dos ativos, ou destacando a importância do Data Center como
seja, a receita para ganhos operacionais. habilitador para os negócios e para a inovação nas
A ABB Brasil conta com um centro de excelência em empresas.
vendas, aplicação industrial, engenharia e serviços “Gerentes de data centers enfrentam um crescente
para atender o mercado nacional. “O data center desafio para acompanhar o ritmo dos negócios, incluindo
nunca pode parar e o serviço, além de ser uma das mudanças de capacidade e necessidade de performance,
partes mais cruciais, é o grande diferencial da ABB, em um mercado cada vez mais competitivo”, explica
que tem uma equipe especializada”, conclui Pescali. Alan Satudi, gerente de Marketing de produto da
A companhia ainda oferece produtos para proteção Schneider. “O StruxureWare™ Data Center Operation
de energia, como nobreaks e condicionadores para proporciona visibilidade de ativos, recursos para
cargas críticas, equipamentos de planejamento da capacidade
alta, média e baixa e funcionalidades
tensão (motores, para gestão de
disjuntores, risco que otimizam
inversores de o desempenho
frequência, e a eficiência
monitores de controle, do data center,
equipamentos de permitindo também
medição e analítica, o crescimento
transformadores, do negócio por
painéis para meio da oferta de
Foto: ShutterStock

controle remoto e novos serviços”,


outras). complementa.
 

8 potência
Foto: Divulgação
Feira Metalmecânica
A Feira Metalmecânica 2017 terminou com saldo positivo. Mais de 10 mil pessoas
visitaram a 12ª edição do evento, realizado no Parque de Exposições de Maringá (PR),
entre os dias 25 e 28 de outubro.
Cerca de 150 marcas expositoras apresentaram diversas soluções para o setor
industrial da região, que se encontra em constante evolução. Como, por exemplo, a
Reymaster, distribuidora de materiais elétricos com sede em Curitiba, que demostrou
em seu estande a utilização de barreiras de segurança da Contrinex pela indústria.
Os especialistas em automação da empresa mostraram como as barreiras detectam
a aproximação das mãos às partes perigosas das máquinas e interrompem o
funcionamento destas imediatamente, protegendo os trabalhadores na indústria. 
Automação e segurança (NR-12) foram assuntos também discutidos no Fórum
Potência, realizado simultaneamente à Feira no dia 26 de outubro. Victor Fagundes,
especialista em automação da Reymaster e o diretor geral da Contrinex no Brasil,
Júlio César dos Santos, dividiram o palco para falar do assunto.
Victor deu um panorama geral do tema no País. “A indústria está mais atenta às
inovações com relação à NR-12. As empresas que investem em segurança ganham
em competitividade. Isso porque valorizam seus funcionários, não são autuadas
por irregularidades e até ganham incentivos fiscais. É muito vantajoso”, contou.
Já Júlio explanou sobre a tecnologia IO-Link, que permite a comunicação com
sensores e atuadores, permitindo a informação cíclica sobre o estado do dispositivo,
representando a ponte de ligação (gateway) a redes industriais como Profibus,
ProfiNet, EtherCAT, etc. “Percebemos que o assunto gerou grande interesse dos
presentes no evento. No fim, alguns espectadores ainda foram ao nosso estande para
conversar e tirar algumas dúvidas”, afirmou Victor Fagundes. 
“A feira e o fórum foram sucesso. O público visitante era em sua maioria do setor
industrial. Isso foi ótimo para a empresa, pois certamente aumentou sua visibilidade
na região”, concluiu Marcelo Rocha, gerente Comercial da Reymaster.

Produção e Transmissão - I
O Grupo Bureau Veritas, líder mundial em nosso portfólio para oferecer soluções
Teste, Inspeção e Certificação (TIC), reuniu completas a um setor que é essencial
mais de 400 empresários e profissionais para o desenvolvimento do País”, destaca
do setor de energia em seu estande no Vinicius Parmezani, diretor Comercial do
XXIV Seminário Nacional de Produção e Bureau Veritas.
Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE). A companhia tem mais de 20 contratos
O encontro foi realizado em Curitiba, ativos somente no setor de energia
entre 22 e 25 de outubro, quando foram elétrica. Entre os serviços oferecidos
apresentadas as mais modernas está a Engenharia do Proprietário,
soluções para o setor. Independente e Consultiva que faz
“O mercado está estudos, avaliações técnicas e
crescendo no Brasil e tem análise de riscos. Os visitantes
oportunidade de negócios também conheceram sobre a
em todo seu ciclo, da inspeção de redes elétricas e
geração à distribuição de equipamentos, certificação e
Foto:
Div

energia. Diversificamos o auditoria de processos.


ulg

o
ã

potência 9
holofote

Produção e Transmissão - II
A Siemens, considerada uma das principais líderes no avançado em tecnologia e inovação na área de energia para
fornecimento de soluções eficientes para geração, transmissão o mercado brasileiro. “Para atender à crescente demanda
e distribuição de energia, levou ao Seminário Nacional de mundial por energia, a Siemens desenvolve continuamente
Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE) algumas soluções e tecnologias para transmitir energia, com alta
das principais inovações em energia para o setor, com confiabilidade, dos lugares mais remotos aos centros
destaque para o PowerLink IP, uma solução OPLAT pronta para consumidores, por meio de produtos inovadores e altamente
o futuro digital das redes de transmissão, que foi apresentado competitivos”, afirma Guilherme Mendonça, diretor de Energy
com exclusividade durante o evento. Management da Siemens.
Com capacidade de banda estendida e mais eficiente, o Pioneira também em soluções de infraestrutura, automação e
PowerLink IP utiliza uma faixa de frequência de até 256 kHz, de alta tensão, a companhia possui o mais completo portfólio
permitindo uma taxa de dados de até 2 MBps por direção de produtos para o gerenciamento de energia de ponta a
de transmissão, podendo substituir ou coexistir com vários ponta no País. “Atualmente, a base instalada da Siemens
sistemas OPLAT legados. Além disso, o PowerLink IP possui na área de energia gera 50% da eletricidade do Brasil. A
arquitetura baseada em pacotes, o que reduz e simplifica a companhia tem se tornado um agente facilitador além de
instalação, comissionamento, manutenção e treinamentos. parceiro tecnológico ideal para desencadear o potencial de
O público presente ao evento teve acesso ao que há de mais energia do País”, acrescenta o executivo.

Orientação às crianças
Brincar com pipas próximo à fiação elétrica de postes pode Santo, e Suzano, em São Paulo.
provocar acidentes e falhas na distribuição de energia Como resultado em Suzano, na região alcançada pelo
para casas e prédios. Pensando nisso, a Evoluir, empresa projeto, a EDP São Paulo, distribuidora de energia da
especializada em desenvolver conteúdos e metodologias região, identificou uma queda de 8% nas ocorrências
educacionais, junto com a EDP Brasil, que atua nos na rede elétrica em 2015. Em 2016, as interrupções do
segmentos de geração, distribuição, comercialização e serviço de fornecimento de energia caíram 13% nas
soluções em energia elétrica, com apoio do Instituto EDP mesmas regiões. “Identificamos um alto número de
- organização que coordena as ações socioambientais do ocorrências na rede elétrica, principalmente nos meses de
Grupo EDP -, criou o Programa Educacional ‘Brincando férias escolares; julho, agosto, dezembro e janeiro. A partir
com Pipas’, que leva ao conhecimento das crianças os disso, fizemos uma análise dos incidentes e pensamos em
principais cuidados e perigos da brincadeira e orienta a um projeto que levasse ao conhecimento das crianças os
melhor forma de se divertir sem correr riscos. cuidados necessários na brincadeira com pipas, além dos
O programa é direcionado aos alunos da Educação riscos que a rede elétrica pode oferecer”, explica Paulo
Infantil até o início do Ensino Fundamental - entre o Ramicelli, assessor do Instituto EDP.
1º e o 5º ano - e, desde sua criação, acumula impactos “Iniciamos o projeto em escolas públicas em Suzano e
positivos na comunidade. Atualmente já soma os resultados foram muito bons. 2017 será o 3º ano de
implantação em 14 escolas públicas, impactando mais Brincando com Pipas na cidade e depois iniciaremos
de 6,5 mil alunos nas cidades de Iúna, no Espírito em Guarulhos por mais 3 anos”, diz. De acordo com a
companhia, as cidades com maior índice de incidentes
na rede foram Guarulhos, Itaquaquecetuba e, em terceiro
lugar, Suzano. O Programa, criado em 2015, traz uma
série de atividades educativas que vão desde peças
teatrais e palestras até uma oficina de confecção onde
cada criança cria sua pipa. Ao todo, são realizados 3
workshops ao longo do ano. “Os resultados em 2015
- a primeira implantação -, foram tão positivos que já
fizemos novas e queremos expandir por todas as regiões
do Brasil. Para isso, estamos abertos a novas parcerias
com comercializadoras e distribuidoras de energia e
qualquer outra empresa que se interessar pelo projeto”,
afirma Fernando Monteiro, diretor da Evoluir.
Foto: ShutterStock

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entrevista Eduardo Moreno

Por um planeta
mais eficiente
Trabalho de empresas especializadas em promover o uso eficiente de
insumos como água e energia contribui para o melhor aproveitamento dos
recursos naturais e ajuda clientes a reduzir os gastos.

Entrevista a PAULO MARTINS

A
busca por maior economia no dia a dia das or-
ganizações e o aumento progressivo da consci-
ência ambiental vêm contribuindo para o cres-
cimento no mercado de uma atividade que se
tornou essencial para o planeta: a eficiência.
Só para ficar em alguns exemplos, o investimento no
retrofit de sistemas de iluminação e de ar-condicionado e
a modernização de maquinário nas indústrias e concessio-
nárias de saneamento básico constituem ações capazes de
produzir expressiva economia para as empresas e governos.
Além de poupar dinheiro e exercer menor pressão sobre os
recursos naturais, o uso de modo eficiente de insumos como
água e energia ajuda ainda a postergar o investimento na
construção de novas estruturas (usinas, represas, redes de
distribuição, etc.) para suprir às necessidades da população.
Um agente fundamental nesse processo são as chama-
das ESCOs (Energy Service Companies - Empresas de Serviço
de Energia), como a Vitalux, de São Paulo (SP). Trata-se de
uma empresa de engenharia atuante no segmento de Efi-
Foto: Divulgação

ciência Energética que visa ajudar os clientes a economizar


através do uso eficiente da energia, água e demais insumos.
Claro que o processo ainda esbarra em dificuldades ca-
racterísticas do Brasil, como a falta de apoio, mas essa ati- nômica, pois projetos de redução de custos ganham grande
vidade tem crescido e atraído um número cada vez maior destaque nesse contexto”.
de empresas interessadas, conforme define Eduardo More- Confira a seguir a entrevista completa com Eduardo
no, diretor da Vitalux: “O mercado de eficiência energética Moreno a respeito do trabalho das ESCOs e como a busca
brasileiro vem experimentando um desenvolvimento acele- por maior eficiência energética pode beneficiar empresas e,
rado nos últimos anos, mesmo em momentos de crise eco- numa escala maior, o País.

12 potência
1
Como funciona o trabalho de pende de orientação para definir o tica nos clientes? É preciso gastar
uma ESCO? projeto adequado para o seu caso? muito dinheiro para colocar um pro-
ESCOs (Energy Service Companies) Normalmente, os clientes que buscam por jeto como esse em prática?
são empresas de engenharia especiali- ESCOs já possuem propostas genéricas Os tipos de medidas de eficiência energé-
zadas em serviços de gestão energética para promoção de eficiência de certos tica mais identificados, normalmente, são:
e hídrica. Dentre os serviços oferecidos, sistemas, porém, muitas vezes, durante o retrofit de equipamentos como motores,
destacam-se a realização de diagnósticos a realização das avaliações energéticas ar-condicionado, sistemas de iluminação
energéticos para identificação de oportu- são encontradas novas oportunidades de e sistemas de bombeamento em estações
nidades de economia de energia; o supor- melhoria que expandem e incrementam elevatórias de água; a implantação de
te na contratação e a efetivação de finan- o escopo inicial. Por outro lado, existem sistemas de automação, como inversores
ciamentos para promoção de potenciais clientes que procuram ESCOs para que de frequência, sensores e dispositivos de
medidas de eficiência energética, e ainda realizem estudos completos em suas ins- programação; além da introdução de sis-
o gerenciamento e comissionamento de talações. Nesses casos as ESCOs identi- temas de monitoramento e controle que
projetos para implantação dessas medidas. ficam todos os sistemas que consomem facilitam a gestão de energia. Para im-
No cenário atual, em que as empresas es- energia, analisam seus parâmetros ope- plantação de cada uma dessas medidas
tão buscando oportunidades de otimizar racionais e então definem as medidas existem diferentes níveis de custo. Em ge-
projetos e processos, serviços como esses que apresentam a melhor relação custo-­ ral, o tempo para retorno do investimento
têm sido bastante procurados no mercado, benefício para implementação. para implantação de projetos de eficiência
visto que apresentam grande capacidade energética é bastante atrativo. Sistemas

4
de redução dos custos no consumo de in- O que, normalmente, motiva de iluminação, por exemplo, podem apre-
sumos como energia e água. os clientes, ao encomendar sentar retorno entre um e dois anos, em
um projeto de eficiência ener- edifícios comerciais. O capital investido

2
Qual a importância do trabalho gética: reduzir custos, contribuir nesse tipo de projeto pode ser obtido de
das ESCOs para o fomento da para o meio ambiente, reconheci- diversas maneiras para atender às mais
eficiência energética no País? mento institucional, etc? variadas necessidades. Existem modelos
Sem dúvida, promover ações de eficiên- Redução de custos com energia elétrica, de negócio nos quais não há investimen-
cia energética e melhorar o desempe- gás, combustível e água, por muitas vezes, to de capital próprio por parte do cliente,
nho operacional de sistemas existentes é o principal fator pelo qual os clientes de- e que o projeto se paga por sua econo-
são ações fundamentais para mover o sejam realizar projetos de eficiência ener- mia. Estes são os chamados contratos de
mercado. Por sua vez, as ESCOs têm as- gética. Empresas que se mobilizam para performance, uma das especialidades de
sumido papel importante para este de- introduzir medidas de eficiência energé- contratação das ESCOs.
senvolvimento, prospectando clientes que tica encontram inúmeras oportunidades

6
apresentam grandes potenciais de econo- de melhorias no processo, e, por conse- Existem linhas de financia-
mia e oferecendo serviços especializados quência, redução de custos operacionais. mento destinadas à promoção
que mapeiam o consumo e identificam Entretanto, a melhoria de indicadores de da eficiência energética? Elas
oportunidades de medidas de eficiência sustentabilidade e/ou obtenção de certi- são suficientes? O mercado sabe
energética atrativas e impactantes para ficações também são fatores que contri- disso e usa esses recursos?
clientes de diversos segmentos. buem na tomada de decisão do cliente. O mercado de eficiência energética brasi-
leiro ainda não conta com muitas linhas

3 5
Normalmente o cliente de Quais são as principais ações de financiamento dedicadas, se tornando
uma ESCO já sabe exatamente implantadas pelas ESCOs para este um grande desafio encontrado por
o que quer/precisa ou ele de- aumentar a eficiência energé- ESCOs na prospecção de novos negócios.

Empresas que se mobilizam para introduzir medidas de eficiência


energética encontram inúmeras oportunidades de melhorias no processo.
potência 13
entrevista Eduardo Moreno

Dentre as linhas mais conhecidas, estão: o Sendo assim, novas empresas e profissio- no que diz respeito à melhoria da
BNDES-PROESCO, o qual atualmente não nais ingressam no ramo todos os anos, eficiência energética? Quais áreas
apresenta um modelo de financiamento e novos clientes têm sido atraídos pelas apresentam os maiores potenciais
muito atrativo devido restrições apresen- vantagens de se solicitar um projeto de de eficientização?
tadas por suas condições de garantia exi- eficiência energética. Em comparação Com certeza o ramo de eficiência energé-
gidas; e ainda, a Agência de Desenvolvi- com outros países, porém, o Brasil ainda tica ainda apresenta grandes desafios. A
mento Paulista - Desenvolve SP, focada no enfrenta dificuldades com a escassez de tendência é que a otimização do uso de
desenvolvimento sustentável da economia incentivos públicos e linhas de financia- energia e recursos naturais ganhe cada
paulista, trabalha com juros baixos e visa mento mais agressivos direcionados à vez mais destaque, tendo em vista o
atender pequenos e médios empresários diminuição do consumo. contexto ambiental atual. Dentre as áre-
na promoção de ações nas áreas de efi- as com maior potencial, a indústria, em

9
ciência energética e energias renováveis. Onde essa consciência é mais geral, ainda apresenta grandes oportu-
forte: na indústria, no comércio, nidades. Dentro dela, a indústria de sa-

7
Que normas regulam o tra- na área de serviços, etc? E em neamento constitui uma área pouquíssi-
balho de eficientização ener- relação ao porte das empresas, onde mo explorada pela baixa capacidade de
gética? é maior ou menor essa consciência? investimento de muitos departamentos
Existem diversas normas que padronizam A fim de obter máximo desempenho de municipais de água e esgoto. Grande par-
o mercado de gestão de energia no Brasil seus sistemas, atualmente os setores co- tes dos sistemas de tratamento e distri-
e no mundo, dentre as principais, a ISO mercial e de serviços apresentam maior buição de água e de coleta e tratamento
50001 é a mais importante, pois estabe- interesse em gestão energética. Indús- de esgoto utilizam equipamentos antigos
lece um padrão internacional para siste- trias, por outro lado, apesar do grande e ultrapassados, representando, portan-
mas e processos necessários para melho- potencial que apresentam para implan- to, uma área com grandes potenciais de
rar o desempenho energético, incluindo tação de projetos de otimização do con- eficientização.
a eficiência energética, uso e consumo. sumo de energia, têm oferecido barreiras

11
para apoiar serviços de gestão de energia. Que benefícios a prática

8
De forma geral, como está o Outrossim, é possível afirmar que medi- da eficiência energética
nível de consciência do mer- das de gestão energética têm atraído poderia proporcionar ao
cado profissional brasileiro a organizações de todos os portes, pois o País, a curto, médio e longo prazos?
respeito do tema ‘eficiência energé- fato de reduzir o consumo de energia re- O uso eficiente de energia apresenta
tica’? Que aspectos precisam evo- sulta também em diminuição de custos variados benefícios, não apenas para
luir, nessa área? de operações e aumento de competitivi- as empresas que adotam estas ações,
O mercado de eficiência energética bra- dade no mercado. mas também para todo o País. Medidas
sileiro vem experimentando um desen- que visam a otimização de desempenho

10
volvimento acelerado nos últimos anos, Considerando o mercado energético de sistemas podem, em nível
mesmo em momentos de crise econômi- brasileiro como um todo, nacional, reduzir emissões de gases de
ca, pois projetos de redução de custos ga- é possível dizer que ain- efeito estufa, preservar o uso de recur-
nham grande destaque nesse contexto. da há muito trabalho a ser feito, sos naturais, proporcionar maior nível
de conscientização da população em re-
Foto: ShutterStock

lação ao meio ambiente e ainda reduzir


ou postergar o investimento em geração,
transmissão e distribuição de energia. In-
centivar a implantação de ações de efi-
ciência energética também pode auxiliar
no desenvolvimento de novos negócios
e cadeias produtivas em todo o País, fo-
mentando a indústria de fabricantes de
equipamentos que apresentem maior
eficiência e de prestadores de serviços
que atendam estas novas demandas de
instalação e manutenção.

14 potência
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matéria de capa VEÍCULOS ELÉTRICOS

16 potência
Mercado promissor
Tecnologia em evolução, preços mais
acessíveis e preocupação com as questões
ambientais devem impulsionar mercado de
veículos elétricos no mundo todo.

U
ma área ainda incipiente, mas altamente pro-
missora. De forma resumida, essa é uma das
definições aplicáveis ao segmento de veículos
elétricos no Brasil, que tem despertado grande
interesse da indústria (montadoras e fabricantes de compo-
nentes para o sistema), dos distribuidores e revendedores,
dos provedores de energia (concessionárias) e dos consu-
midores finais. O mercado segue em formação, o que inclui,
por exemplo, a construção da infraestrutura necessária para
recarga dos veículos. O custo das soluções ainda constitui
um limitador concreto para a massificação das vendas, e o
País também precisa evoluir quanto aos aspectos de regu-
lamentação e incentivos. Mesmo assim são muitos os avan-
ços, que fazem desse um segmento com boas perspectivas
de crescimento e uma importante plataforma para o de-
senvolvimento de tecnologias mais modernas e eficientes
e de novos modelos de negócios.
Um estudo publicado em julho pela empresa de pes-
quisa Bloomberg New Energy Finance (BNEF) revela im-
portantes dados dessa área na esfera global, incluindo a
perspectiva de crescimento constante das vendas de veí-

potência 17
matéria de capa VEÍCULOS ELÉTRICOS

culos elétricos (VEs) em todo o mundo, elétricos. Vale lembrar que o preço das

Foto: Divulgação
nos próximos anos. baterias de íon de lítio já caiu 73% por
Segundo o levantamento, os veícu- kWh, desde 2010. A BNEF calcula que
los elétricos representarão 54% de to- haverá nova queda - superior a 70% -
das as novas vendas de veículos leves nesses valores, até 2030. O fato se de-
de passeio, até 2040. Dessa forma, a verá às melhorias no processo de fabri-
estimativa é de que os VEs venham a cação e à maior densidade de energia
representar 33% de todos os veículos presente nas baterias.
leves de passeio existentes. Por aqui, se o mercado de veículos
A BNEF prevê que o real impulso elétricos ainda é pequeno, as possibili- INFRAESTRUTURA
para os EVs deverá acontecer a partir dades para expansão dessas tecnolo- Solução disponibilizada pela
ABB para o mercado de
da segunda metade da década de 2020. gias em solo brasileiro são gigantescas,
veículos elétricos. Empresa
Nesse momento, conforme projeta o es- considerando aspectos como o número tem participado ativamente
tudo, os carros elétricos poderão ter um de habitantes e a tendência de valorizar da construção da rede de
custo de propriedade mais baixo ao lon- soluções mais sustentáveis. eletropostos, inclusive no Brasil.
go da vida útil do que os modelos de ICE Segundo informação de Ricardo
(sigla em inglês para veículos com moto- Takahira, consultor proprietário da RTC2
res de combustão interna). Outro motivo Research & Technology Consulting, até números modestos, embora recente-
é que tende a se formar um momento setembro último o País concentrava mente tenham alcançado aumento de
importante, do ponto de vista psicoló- por volta de 6 mil unidades de VEs, - a oferta e consumo com a isenção dos
gico, para os compradores: quando seus maioria híbridos não plug-ins (que não impostos de importação - de 35% para
custos iniciais ficarão abaixo dos custos usam e não dependem da infraestrutura 0%, no caso dos elétricos puros -, e a
dos veículos convencionais. de recarga para circularem). redução dos mesmos tributos para 4%
A pesquisa da BNEF aponta ainda De qualquer forma, o executivo diz ou 7% no caso dos híbridos, depen-
para a possibilidade de haver queda sig- que já é possível perceber uma movi- dendo da eficiência energética”, cons-
nificativa no preço das baterias, que são mentação interessante nesse mercado. tata Takahira, que também atua como
componentes essenciais para os veículos “No Brasil, tais veículos ainda possuem vice-coordenador da Comissão Técnica
de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE
Brasil - associação que congrega espe-
Foto: ShutterStock

cialistas dedicados à disseminação de


técnicas e conhecimentos relativos à
tecnologia da mobilidade.
A Associação Brasileira do Veículo
Elétrico (ABVE) também mantém pers-
pectivas otimistas para o mercado na-
cional. A expectativa da entidade é de
que algo entre 30 mil e 40 mil veículos
verdes estejam em circulação no Brasil,
em 2020.
Atualmente, é possível detectar vá-
rios programas de mobilidade elétrica
sendo colocados em prática no País e
que tendem a contribuir para o cresci-
mento da área. É o caso dos projetos de
pesquisa e desenvolvimento mantidos
por concessionárias de energia, como a
CPFL. Entre as ações desenvolvidas pela
empresa está a implantação de eletro-
postos para carregamento de veículos
elétricos no interior de São Paulo.

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matéria de capa VEÍCULOS ELÉTRICOS

Foto: Divulgação/Luiz Molledo


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Nova versão do ônibus elétrico adotar veículos elétricos ou híbridos número até o final do ano. O número
Dual Bus, da Eletra, e os chamados
para atender aos índices menores de de veículos elétricos também vai au-
veículos levíssimos estiveram
entre as soluções apresentadas emissões. “A proposta é muito boa, mentar, de 11 para 15.
recentemente em uma feira porém, os critérios de medição que E, claro, há um forte trabalho da in-
especializada em São Paulo. vão indicar o cumprimento das me- dústria para levar essas tecnologias até
tas, precisam ser transparentes e con- o consumidor. Atualmente, montadoras
siderar ações efetivas, que só serão como a BMW e a Volvo já estão com
Existem também diversas iniciativas alcançadas de fato pela introdução seus modelos elétricos e híbridos no
no sentido de utilizar os VEs no trans- dos ônibus com tecnologias de baixa Brasil. Outras montadoras, como a Re-
porte público. Em Belo Horizonte (MG), emissão”, analisa. nault e a BYD Auto estão trazendo os
depois da utilização de ônibus e micro-­ A tecnologia também está presente carros com a proposta de custos mais
ônibus, agora está em fase de teste o em parte da frota de empresas e orga-
uso de táxis 100% elétricos. nizações diversas. A usina de Itaipu, por
Foto: Divulgação
Em São Paulo, a divulgação do Novo exemplo, mantém com sucesso o Sis-
Plano de Metas da Prefeitura abre a tema de Compartilhamento Inteligente
perspectiva de crescimento da aplica- (SCI) de veículos elétricos, para aten-
ção de veículos elétricos na cidade. A der os colaboradores que precisam se
proposta prevê a implantação de de- deslocar dentro da margem brasileira
zenas de quilômetros de corredores de da hidrelétrica. Até o momento foram
ônibus e a utilização de quatro mil no- criados quatro postos de compartilha-
vos veículos, além de definir índices para mento, mas a intenção é dobrar este
reduzir a poluição da frota que serve a
capital paulista.
Na opinião de Iêda Maria Alves A migração para os veículos
Oliveira, executiva da Eletra, princi- elétricos contribui para diminuir
pal fabricante brasileiro de tecnolo- a emissão de gases poluentes,
gias de tração elétrica e híbrida para que é uma questão de saúde
pública nos grandes centros.
ônibus, essas medidas deverão incen-
ARIANA PIMENTEL MARCONDES
tivar os operadores do transporte a | SCHNEIDER ELECTRIC

20 potência
Tecnologia dos veículos elétricos tem
um grande campo para crescimento,
no Brasil. Expectativa é de que algo
entre 30 mil e 40 mil unidades estejam
em circulação no País, em 2020.

atrativos. Inclusive, desde 2015 a BYD to desenvolvido localmente. O modelo


está produzindo no País os chassis dos tem dimensões menores (13,20 metros
ônibus elétricos, diminuindo assim o cus- de comprimento) e pode circular como
to do equipamento. elétrico híbrido ou elétrico puro. Hoje, a
Pioneira na fabricação de veículos marca Eletra está presente em 400 ôni-
elétricos no Brasil, a Eletra apresentou bus com tração elétrica em operação em
Foto: Divulgação

recentemente uma nova versão do Dual São Paulo e em países como Argentina
Bus, ônibus elétrico de conceito inédi- e Nova Zelândia.

Tecnologia apresenta uma série de


vantagens, mas esbarra em entraves
Conforme enumeram os especialis- de poluentes - fala-se até mesmo em micos, conforme destaca a associação.
tas do setor, são vários os benefícios de- emissão zero, dependendo do modelo. Danilo Leite, especialista em inova-
correntes de uma eventual massificação Os VEs também são silenciosos e econô- ção e gerente do Programa Emotive, de-
dos veículos elétricos - mesmo conside-
rando que isso provocaria aumento no
Foto: Divulgação/Arquivo Volkswagen Caminhões e Ônibus

uso de energia elétrica.


Segundo estudo da Bloomberg New
Energy Finance, até 2040 os VEs deve-
rão adicionar 5% ao consumo global de
eletricidade, mas possibilitarão substituir
8 milhões de barris de combustível de
transporte por dia.
Em seu portal na internet, a ABVE
cita a sustentabilidade como uma das
vantagens apresentadas pelos veículos
elétricos ou híbridos, pois esse tipo de
tecnologia proporciona baixa emissão

TRAÇÃO ELÉTRICA
O caminhão E-Delivery - Emissão
Zero, da Volkswagen: autonomia
de 100 a 200 quilômetros,
dependendo do tipo de operação.

potência 21
matéria de capa VEÍCULOS ELÉTRICOS

TECNOLOGIA incentivado, precisamos estabelecer po-


O modelo de carregador EVlink, líticas, por exemplo, quanto à taxação
da Schneider Electric, que tem
da recarga. “Como não se pode cobrar
investido no desenvolvimento de
soluções flexíveis. diretamente pela quantidade de energia
que o cliente consome, se eu paro meu
carro elétrico em alguma vaga que é de-
dicada para ele, o valor a ser cobrado
desenvolvimento de Smart Grids (Redes é pelo tempo em que se está na vaga.
Inteligentes de Energia). Além disso, a Ou seja, independentemente de consu-
migração para os VEs contribui para a mir 30 kWh ou 2 kWh, no final eu vou
diminuição dos gases poluentes, que são pagar o mesmo preço. Isso também gera
questões de saúde pública nos grandes dificuldades nas aplicações em condo-
centros”, detalha. mínios residenciais, visto que a grande
Apesar dos esforços de muitos espe- maioria ainda não utiliza o veículo elé-
cialistas, empresas e entidades setoriais, trico, dificultando o gerenciamento dos
o mercado de Veículos Elétricos ainda postos de recarga que consomem ener-
tem que vencer vários obstáculos para gia da área comum”, comenta Ariana.
Foto: Divulgação/ Schneider Electric

atingir um ritmo maior de crescimento Ricardo Takahira, que faz parte da


no Brasil. Entre os principais problemas, Comissão Técnica da SAE, confirma que
destacam-se o alto valor inicial do inves- para os veículos elétricos puros e híbri-
timento, o preconceito contra a tecnolo- dos do tipo plug-ins, que necessitam da
gia, a pequena rede de abastecimento infraestrutura de eletropostos, não há
senvolvido pela CPFL Energia, faz uma e a falta de regulamentação específica. regulamentação para a comercialização
comparação do ponto de vista finan- Ariana Marcondes cita aquela que de energia - atividade essa que é restri-
ceiro: “O custo atual da eletricidade, se considera a maior barreira enfrentada ta aos concessionários da Agência Na-
comparado com o preço do combustí- atualmente pelo mercado de veículos cional de Energia Elétrica (Aneel). “No
vel, torna o valor do quilômetro rodado elétricos: “Na tabela de tributação, a caso de uma iniciativa de cunho privado,
mais barato com veículos elétricos. Além incidência de impostos direcionados a energia elétrica poderia ser gratuita,
disso, o custo de manutenção é menor, aos VEs não está prevista em
pois é utilizada uma quantidade menor lei, mas resulta em valores ex-
de peças móveis e de filtragem, o que tremamente altos, se enqua-
faz com que haja menos desgaste me- drando na categoria genérica
cânico”. “Outros”, com 25% de IPI (Im-
Ariana Pimentel Marcondes, Final posto sobre Produtos Indus-
Distribution and Electrical Car Char- trializados), enquanto carros
ging Offer Manager da Schneider Elec- a combustão podem ter até
tric, também destaca os aspectos eco- 7% de IPI”.
nômico e ambiental como benefícios A questão do abasteci-
dos VEs. Conforme explica a executi- mento dos VEs também é
va, além da questão financeira - já que outro fator limitante dessa
a manutenção desse tipo de veículo é tecnologia, apesar de existi-
mais baixa e menos complexa do que rem modelos com autonomia
nos carros movidos a combustão -, a cada vez maior - chegando a
mobilidade elétrica também favorece percorrer até 400 quilômetros
a opção de se trabalhar com energias sem necessidade de pausa
Foto: ShutterStock

renováveis, o que refletiria diretamente para recarga. Ariana observa


na redução da emissão de carbono na que ainda não há uma rede
atmosfera. “Tecnologias como essa fo- de abastecimento de carro
mentam a Geração Distribuída de ener- elétrico consistente pelo
gia (feita pelo próprio consumidor) e o País, e que, para isso ser

22 potência
o que seria suportável pelo baixo custo, em casa, em muitos mercados locais e sentido de construir parcerias e criar re-
somado ao reduzido consumo. No en- regionais, faz parte da razão pela qual des de abastecimento no Brasil.
tanto, novas regras serão exigidas para prevemos que os VEs representarão pou- Ainda em relação ao fomento do
os modelos de negócios emergentes, co mais de um terço da frota de carros mercado, Ariana diz que o Brasil não
com a tendência de aumento do núme- globais em 2040, e não um número mui- dispõe de regulamentações voltadas à
ro de veículos e, consequentemente, do to maior”, observa. importação e também à produção. “O
consumo de energia”, pondera. Quanto aos postos de recarga, a boa que acontece é uma tentativa de enqua-
Salim Morsy, analista sênior da equi- notícia, conforme relata Ariana, é que as drar a produção de veículos dentro da
pe de transportes avançados da Bloom- próprias montadoras estão tentando tra- legislação de incentivo à menor emis-
berg New Energy Finance e autor prin- balhar em parceria com as revendedoras são de poluentes no ambiente. Por isso,
cipal do relatório da BNEF, concorda de carregadores de carros elétricos, no a questão industrial ainda é bastante
que existem perspectivas para um forte
Fotos: Divulgação/ Nilton Rolin Itaipu Binacional

crescimento do mercado de veículos elé-


tricos, mas também destaca a necessi-
dade de se dedicar mais investimentos
para a construção de infraestrutura de
carregamento em todo o mundo. “A in-
capacidade para fazer o carregamento

TRANSPORTE INTERNO
Aspectos do Sistema de
Compartilhamento Inteligente
(SCI) de veículos elétricos, criado
para atender os colaboradores
que necessitam se deslocar
dentro da margem brasileira da
usina de Itaipu.

potência 23
matéria de capa VEÍCULOS ELÉTRICOS

fraca no País”, lamenta a executiva da


Schneider Electric.
E, conforme observa Ariana, essa tec-
nologia já está sendo fomentada pelo
mundo. A Noruega, por exemplo, tem
proposta de eliminar a venda de novos
veículos movidos somente à combustão a

Foto: ShutterStock
partir de 2025, enquanto que Reino Uni-
do e França propõem fazer o mesmo por
volta de 2040. “Isso não significará uma
‘explosão’ de carros elétricos, mas, pelo pos de motores, o que já movimentará o seus modelos terão motor elétrico a partir
menos, a migração para o híbrido, que é mercado automobilístico global. A Volvo de 2019, provavelmente híbrido, em sua
composto pela combinação de ambos ti- anunciou em julho deste ano que todos maior parte”, completa a especialista.

Fabricante de soluções
  

detecta reação do mercado


Apesar do desaquecimento da eco- é de que o uso do carro elétrico, ape- a aderir às tecnologias mais cedo e são
nomia como um todo provocado pela sar de não ser uma realidade imediata, os precursores para trazer esse padrão
crise, as expectativas para o segmento será um sucesso, no futuro. Basta olhar para o país, fazendo com que as demais
de veículos elétricos são positivas. De o movimento das montadoras e de al- montadoras sigam o modelo”, analisa a
acordo com Ariana Marcondes é possí- guns países pelo mundo afora. A BMW executiva da Schneider Electric.
vel perceber neste ano, através dos fa- já tem carro elétrico, a Volvo está com A propósito, a companhia revela que
bricantes do segmento, que a dedicação a versão híbrida no Brasil. Essas empre- mantém grande interesse nesse setor,
em torno do tema está voltando à pauta sas são focadas nos ‘early adopted’, ou uma vez que sua atuação está diretamen-
devido à alta na procura. “A perspectiva seja, consumidores que têm tendência te relacionada com os princípios que en-
volvem a mobilidade elétrica. “A missão
da Schneider Electric é garantir a eficiên-
CARREATA cia energética e o consumo inteligente
Mais de 120 veículos híbridos e elétricos participaram de uma atividade de energia, com uma preocupação clara
pelas ruas de São Paulo, no mês de maio, para chamar atenção para a
com a sustentabilidade. Isso vai ao en-
tecnologia. O movimento reuniu desde skates, bicicletas e motos, até
ônibus, passando por carros de passeio e de logística.

24 potência
No Brasil, veículos elétricos ainda
possuem números modestos,
embora tenham alcançado
aumento de oferta e consumo
devido à adoção de incentivos.
RICARDO TAKAHIRA

mento quanto ao plugue de tomada, o


que nos permite trabalhar com a maioria
dos fabricantes, que hoje estão migran-
do para um modelo único de tomada.
Isso, inclusive, era um grande impasse no
mercado de carro elétrico - definir quem
que vai ditar as normas na questão de
Foto: Divulgação

tomada. Nós trabalhamos com todas as


tomadas do mercado, mas aqui no Bra-
sil estamos percebendo que a tendência
contro de tecnologias como a dos carros é o padrão T2, adotado pela maioria das
elétricos e toda a integração com geren- montadoras”, explica a especialista da
ciamento de energia”, comenta Ariana. Schneider Electric. C

Entre as soluções que a Schneider Sobre os planos de ampliar o port­ M

Electric disponibiliza hoje para essa área fólio de componentes para essa área a Y

destacam-se o carregador de carro elétri- Schneider Electric prefere manter segre-


CM
co e toda a parte de proteção elétrica. Em do, mas admite que está de olho no mer-
se tratando do carregador para carro elé- cado e periodicamente lançando algo di- MY

trico, estamos falando de correntes altas, ferente. “Antes nós tínhamos apenas o CY

chegando a ultrapassar os padrões resi- carregador de carro elétrico, mas agora CMY

denciais - o que pode ser perigoso para o já temos o EVlink Smart WallBox, que é K

usuário final. Consequentemente, alerta o carregador inteligente que permite a


Ariana, é preciso ter um produto que siga gestão de energia, e o EVlink City, para
a norma, utilizando as proteções neces- aplicações públicas. Mas, como somos
sárias. “Nosso carregador é flexível, tanto uma empresa de capital aberto, não
quanto à potência e corrente de carrega- podemos adiantar o pipeline de lan-
çamentos”, diz Ariana. Mas a empresa
Fotos: Divulgação

forneceu alguns detalhes sobre o EVlink


Smart WallBox, que é o carregador de
carro elétrico com tecnologias para ge-
renciamento como Cloud-Connectable,
Wi-fi, RFID, para identificação de usu-
ários, e QR Code, para manutenção e
outros serviços. “Essa versão também
pode ser ajustada para carga nos ho-
rários fora de ponta em redes que têm
variação no custo de energia ou quan-
do existe preocupação com a carga to-
tal das residências, condomínios, esta-
cionamentos ou prédios corporativos”,
complementa Ariana. O EVlink Smart
WallBox deverá estar disponível no Bra-
sil no próximo ano.

potência 25
artigo Energia fotovoltaica

Será que as empresas de


de energia elétrica co
N
os últimos anos assistimos a uma ascensão bastan- como petróleo, carvão, gás, etc. (exceto as de origem nuclear,
te notória de um novo segmento de mercado que da maré, geotérmica).
certamente veio para ficar. Trata-se do uso da mais No uso da energia solar direta não temos processos in-
básica das fontes de energia renováveis para gera- termediários complexos como nas outras fontes renováveis.
ção de eletricidade: a solar. Na hidráulica precisamos de mega construções com grandes
Talvez nem se possa falar em renovável, pois não existe interferências na natureza e equipamentos pesados e caros,
um ciclo curto de renovação. É mais que isso. É simplesmen- como os usados também na eólica e, além disso, estão cada
te a fonte de energia primária por excelência, a partir da qual vez mais distantes do ponto de consumo. A biomassa exige
se originam as fontes renováveis de fato como a hidráulica, uso de vastas áreas de terras que deveriam ser usadas na pro-
biomassa, biogás, eólica, etc. e até mesmo as não renováveis dução de alimento ou para a ocupação humana, enquanto o
biogás, extraído de aterros sanitários não teria essa demanda,
mas não seria suficiente para atender a necessidade de ener-
gia elétrica global.
A geração de energia elétrica a partir da radiação direta
do sol é feita usando apenas simples painéis FV (fotovoltai-
cos) sem necessidade de toda aquela parafernália de equipa-
mentos, processos complexos, terras, interferência na nature-
za, etc. e, além disso, traz outra grande vantagem, que é a sua
característica de ser a mais distribuída dentre todas as fontes
de energia. Ela vai diretamente para o ponto de consumo. Es-
tará sempre disponível em qualquer lugar do planeta para
produzir energia elétrica. Em alguns lugares mais e em outros
menos, mas estará lá.
Os pontos de entrega dessa energia solar gratuita são os
telhados, coberturas, lajes, estruturas metálicas, etc., de edifi-
cações industriais, comerciais, e residenciais, sob as quais está
praticamente toda a demanda de energia elétrica global. Te-
mos em nossas cabeças uma verdadeira usina de energia que
não é, ou melhor não era, aproveitada.
Nos projetos de sistemas fotovoltaicos que eu mesmo venho
fazendo nunca me deparei numa situação em que a demanda
de energia elétrica de uma determinada construção não fos-
se plenamente atendida pela correspondente quantidade de
energia solar incidente em suas coberturas, exceto naquelas
grandes construções verticais com densidade superficial de con-
sumo elevada. Ou seja, toda energia que precisamos para ge-
rar nossa eletricidade está disponível, de graça, nas coberturas
dos prédios sob os quais vivemos, trabalhamos, nos divertimos,
fazemos compra ou simplesmente passamos.
Foto: Shutterstock

Soma-se a isso uma nova tendência que vai caminhar junto


e poderá usar a mesma fonte de energia solar, num casamento

26 potência
geração e transmissão
ntinuarão a valer a pena?
GERAÇÃO DISTribuída Outro aspecto observado na energia fotovoltaica é que um
dos componentes mais caros do sistema é o inversor, neces-
GERAÇÃO | Convencional sário justamente para converter a eletricidade gerada em CC
Demanda
Distribuição (corrente continua) em CA (corrente alternada). A CA, criada
Geração Transmissão
pelos cientistas americanos Tesla e Westinghouse foi adotada
no começo do século passado por suas vantagens no trans-
porte da energia elétrica em longas distâncias, diferente da CC
defendida por Thomas Edison.
Demanda Painel
Ora, não vamos mais precisar transportar energia elétri-
GERAÇÃO Distribuída Fotovoltáico ca, então podemos pensar em adotar a CC como padrão de
alimentação de equipamentos elétricos, tais como eletrodo-
CUSTOS DE EXPANSÃO EVITADOS mésticos, lâmpadas, máquinas industriais, etc. O sistema foto-
voltaico teria então seu custo reduzido mais ainda, pois seria
Energia gerada composto basicamente de painéis FV, baterias e controlador
no ponto de Carro
consumo Elético de carga, sem o inversor.
Nesta fase, as redes de distribuição poderiam até continu-
ar existindo, porém, em menor escala, limitadas a áreas mais
perfeito: o carro elétrico. E, nesse momento entra em cena ou- densamente povoadas, para funcionar como uma reguladora
tro produto que juntamente com o painel FV vai desenhando de energia.
o futuro da nova geração de produtos elétricos: a bateria de Já assistimos mudanças semelhantes em outras atividades
alta “performance”, tão almejada na corrida para se obter o de negócio, como na telefonia fixa, que migrou para a móvel
carro elétrico com maiores autonomias. ou via internet, o cinema, que migrou para a TV aberta, locado-
Podemos já observar o uso dessas baterias de alta “per- ras de filmes, TV a cabo ou via internet, os filmes fotográficos
formance” também nos sistemas fotovoltaicos, nos chamados por câmeras digitais, os velhos mapas substituídos pelo GPS,
sistemas híbridos, em que parte da energia, antes de ser ex- os táxis por aplicativos tipo UBER, etc.
portada para a rede elétrica, é armazenada localmente para Absolutamente não é um cenário negativo, pelo contrário,
suprir a carga nos momentos de falha da rede elétrica, ou até é muito positivo, pois mostra que a humanidade ainda está
mesmo para se tornar independente dela. em constante evolução, buscando sempre mais qualidade de
Então, no caso particular de nossas casas, temos o sol in- vida e conforto, com sustentabilidade.
cidindo na cobertura com área suficiente para gerar toda a Antigas atividades econômicas morrem para dar lugar às
eletricidade necessária para suprir a demanda de nossos ele- novas, para as quais devemos
trodomésticos, e no futuro próximo também dos carros elétri- estar preparados e aceitá-las,
cos que estarão nas garagens. Vamos economizar na “conta pois é assim que a nossa civi-
de luz” e na conta do “posto de gasolina”. lização caminha. Se assim não
Linhas de transmissão aéreas ocupam vastas áreas de terras fosse estaríamos ainda com a
agricultáveis e empenham grandes quantidades de material. velha indústria movida a va-
As redes de distribuição, já dentro de áreas urbanas, exigem por, queimando carvão.
subestações em terrenos valorizados e ocupam espaços nas
calçadas que “enfeiam” os centros urbanos, cujas alternati-
Foto: Divulgação

vas, as redes subterrâneas são de custos elevados, impraticá- Joel Pugas Martins
veis para a maioria das cidades. JPA Smart Energy

potência 27
Mercado Grupos Geradores

Energia de
back up
A
energia elétrica é fundamental para o de- de emergência, no
senvolvimento socioeconômico de um país horário de ponta ou até mes-
ou região. De alguma forma, está presente mo como serviço contínuo, proporcionan-
em toda a cadeia de produção, distribuição do, inclusive, redução de custos na conta de energia
e uso final de bens e serviços. Sendo assim, a confiabi- em alguns casos.
lidade nos sistemas de distribuição, a disponibilidade O potencial do mercado nacional de grupos gera-
para atender a demanda necessária e os custos são de- dores gira ao redor de 15 mil equipamentos por ano.
terminantes na busca por fontes auxiliares de energia. Obviamente que, desde meados de 2015, o setor vem
Tradicionais produtos da área elétrica, os grupos ge- sendo represado, chegando a patamares de 8.000 gru-
radores são cada vez mais requisitados para garantir o pos geradores/ano, segundo alguns fabricantes. Pode-se
fornecimento ininterrupto de energia, seja em regimes dizer, com segurança, que a crise macroeconômica é a

28 potência
Mercado de grupos
geradores é
impulsionado por
projetos customizados
para garantir autonomia
das operações,
confiabilidade no
atendimento das
demandas, melhor gestão
dos custos, ganhos de
produtividade, além de
conforto e segurança
dos usuários e clientes.
Foto: ShutterStock

Reportagem: Clarice Bombana

potência 29
Mercado Grupos Geradores

grande responsável pelo represamento


das vendas. No entanto, as perspectivas
hoje são muito otimistas, na medida em
que houver retomada do crescimento do
PIB. “Consideramos que o mercado não
deixou de existir, a demanda subsiste à
crise, porém, permanece contida”, avalia
Valdo Marques Junior, diretor de Opera-
ções e Finanças da Stemac.
De acordo com Sérgio Padovan, ge-
rente Comercial da Unidade de Energia
da Sotreq/Caterpillar, os problemas para
Foto: Divulgação

atender a demanda de energia no Bra-


sil não foram resolvidos. Em condições
de aceleração econômica e aumento do
consumo, provavelmente já teríamos um
colapso. “Os investimentos em fontes de
geração de energia estão parados em
função do cenário recessivo. Estima-se redor de 50%, estima a Stemac. O in- rendo. “A operação do sistema elétri-
uma queda de 30% a 40% nas vendas de vestimento necessário para a compra co frente à diminuição da capacidade
grupos geradores nos últimos dois anos. de um grupo gerador é alto e o retorno de armazenamento do recurso hídrico
Mas, o gargalo continua. Por isso, existem é de três a cinco anos. “Sem previsão abala a confiabilidade e impacta dire-
grandes oportunidades para o setor com de retomada da economia, fica difícil tamente as contas de energia”, afirma
a retomada da atividade econômica e au- convencer o cliente a investir”, afirma o diretor da Stemac.
mento do consumo”, analisa o gerente. Marques Junior. “Começamos a perce- Sendo assim, o grupo gerador é uma
Os grupos geradores servem, basi- ber uma melhora no mercado a partir de solução eficaz para sanar os problemas
camente, para garantir a segurança do agosto/setembro deste ano. O processo decorrentes do gap havido entre a pos-
fornecimento elétrico e reduzir o custo decisório da compra encurtou e grandes sibilidade de fornecer uma energia com
total da conta de energia para grandes projetos que estavam hibernando foram segurança e custo baixo e a necessida-
consumidores. Logo, com o incremento reativados. Enfim, há uma tendência de de de recebê-la. “A visão do empresá-
da demanda energética, o equipamen- retomada nos negócios para 2018”. rio brasileiro, sobre a necessidade do
to passa a ser uma solução muito efi- No Brasil, a água ainda deverá per-
caz para os problemas de distribuição, e manecer, por muito tempo, como a
Foto: Divulgação

também para os altos preços tarifários. principal fonte para geração de energia
Sua aplicação é bem ampla, cobrindo elétrica. O desempenho dos sistemas hi-
praticamente todos os setores da econo- drelétricos, no entanto, tem estado cada
mia, como indústria em geral (produção vez mais comprometido diante das res-
e extração), agronegócios, operações de trições impostas pelo atual marco regu-
missão crítica (data centers, bancos), no- latório e em decorrência das agressivas
vos empreendimentos comerciais e resi- alterações climáticas que estão ocor-
denciais, área da saúde (hospitais, clíni-
cas, laboratórios). “Os grupos geradores
não têm foco específico em determinado
segmento. Sua missão é manter vidas, Criar uma legislação nacional
proteger patrimônios e gerar receita”, coerente com as boas práticas
resume Padovan. de engenharia seria um avanço
importante para o setor de
Os três primeiros trimestres de 2017
grupos geradores, melhorando a
apresentaram volumes de vendas seme- comunicação entre fornecedor,
lhantes a 2016, quando esse mercado usuário e órgão fiscalizador.
sofreu uma queda de performance ao Valdo Marques Junior | Stemac

30 potência
Mercado Grupos Geradores

fornecimento de energia ininterrupto e cada vez mais customizadas. E a busca dade das instalações”, aponta Augusto
seus custos, têm forçado os fornecedores por atender a necessidade específica Lange Tubino, engenheiro de Aplicação
de grupos geradores a prover soluções de cada projeto tem elevado a quali- e Vendas Power Systems da Cummins.

Funções e aplicações dos equipamentos


Garantir o suprimento de energia elé- sistema de geração de energia própria, podem exigir algumas particularidades
trica quando há interrupção no forneci- é possível garantir autonomia nas ope- no projeto de engenharia. Porém, esta
mento oferecido pelas concessionárias é rações, confiabilidade no atendimento customização para atender necessida-
a aplicação mais comum dos grupos ge- das demandas, melhor gestão nos cus- des específicas é mais efetiva quando
radores. Disponível em tempo integral, o tos relativos às contas de energia, ga- tratada pelo fabricante, pois adaptações
equipamento é capaz de monitorar a rede nhos de produtividade, além de conforto em campo ou executadas por montado-
elétrica através de seu painel de controle. e segurança dos usuários e clientes”, diz ras podem não atingir o objetivo inicial
Em caso de falta de energia, ou se esta Marques Junior, ao resumir as vantagens proposto”, adverte o executivo.
sair dos parâmetros aceitáveis, o grupo oferecidas por um grupo gerador. Portanto, o correto dimensionamen-
gerador entra em operação em questão Quando se fala em grupos gerado- to do grupo gerador para atender ne-
de segundos e garante o funcionamen- res, existem soluções específicas para cessidades específicas é fundamental e
to do sistema através da geração própria utilização em cada ambiente. De acordo vai muito além do cálculo da potência
até serem restabelecidas as condições com Tubino, a Engenharia de Aplicação total a ser alimentada. “Características
normais de abastecimento. é tão importante quanto a qualidade do da carga e do regime de operação/es-
Quem não dispõe hoje de energia de equipamento. “As condições do ambien- calonamento podem alterar a potência
back up corre o risco de ter paralisadas te onde o grupo gerador será instalado teoricamente necessária. Atualmente,
desde tarefas rotineiras até estruturas são relevantes na definição dos compo- todos os segmentos de mercado pre-
complexas, como a linha de produção de nentes do sistema. Ambientes com tem- cisam e utilizam grupos geradores em
uma fábrica ou os aparelhos de uma uni- peraturas extremas, altitude, maresia, seus negócios e estabelecimentos”,
dade médica. “Por isso, ao manter um poeira excessiva, entre outros fatores, complementa Padovan.
Foto: Divulgação

32 potência
A Stemac, por exemplo, oferece Existem grandes oportunidades
uma linha diversificada de grupos ge- para o setor de grupos
geradores com a retomada
radores, capaz de abranger diferentes
da atividade econômica e o
níveis de necessidade de fornecimento aumento do consumo.
de energia. Os equipamentos atendem Sérgio Padovan | Sotreq/
áreas diversas, tais como construção Caterpillar
civil (condomínios), indústria, agrone-
gócio, mineração, comércio (atacado e
varejo), saúde e segurança. “Todos os a má qualidade da energia recebida
setores têm em comum a necessidade pela rede pública por meio do empre-
de reduzir os impactos diretos e indi- go de grupos geradores”, afirma Mar-
retos sofridos com as interrupções ou ques Junior.

Produção em

Foto: Divulgação
território brasileiro
Não são muitos os grandes fabrican- o uso do gás natural/biogás para gerar Nestas normas existem recomendações
tes de grupos geradores estabelecidos energia tem crescido muito nos últimos e exigências, que devem ser seguidas à
no Brasil, perto de uma dezena, talvez. anos, em função de uma série de vanta- risca pelas empresas do segmento. Foi
Quanto às novidades e tendências, desta- gens, como custo operacional reduzido, publicada pela Associação Brasileira de
ca-se a utilização de microprocessadores menos poluente, não precisa ser arma- Normas Técnicas (ABNT), por exemplo,
para controle e comando cada vez mais zenado na central geradora, exige me- a norma NBR ISO 8528 - Grupos Gera-
potentes e confiáveis, como investimento nos cuidado com a segurança e permite dores de Corrente Alternada Acionados
relevante em tecnologia. Outros avanços um fluxo de caixa favorável ao usuário. por Motores Alternativos de Combustão
têm acontecido em direção ao controle Tecnologias para máquinas bicombus- Interna, que é uma tradução literal da
dos níveis de emissão de poluentes e na tíveis também já são encontradas no correspondente ISO 8528. A norma pos-
área de densidade de potência, isto é, for- mercado. A Caterpillar produz um gru- sui 13 partes que contemplam todos os
necer a mesma quantidade de energia, po gerador bi-fuel, que trabalha numa aspectos construtivos, de segurança, per-
ocupando um menor espaço. proporção de até 30% diesel e 70% gás. formance e teste dos grupos geradores.
No que se refere ao combustível dos Como mencionado, o produto gru- De acordo com Tubino, ainda não há
grupos geradores, o óleo diesel ainda é po gerador envolve várias disciplinas da nenhum programa de certificação de-
o mais utilizado pelo mercado brasileiro, engenharia, logo, uma série de normas senvolvido para o setor. “Porém, o códi-
tamanha é a sua capilaridade. Contudo, nacionais e internacionais regem o setor. go de defesa do consumidor estabelece
que é vedado ao fornecedor colocar no
Foto: Divulgação

mercado de consumo qualquer produto


ou serviço em desacordo com as normas
expedidas pelos órgãos oficiais com-
petentes. Desta forma, o cumprimento
às normas técnicas garante um padrão
mínimo de qualidade e segurança dos
produtos comercializados”.

Segurança
Garantir o suprimento de energia
elétrica quando há interrupção
no fornecimento oferecido pelas
concessionárias é a aplicação mais
comum dos grupos geradores.

potência 33
Mercado Grupos Geradores

A visão do empresário brasileiro possui uma boa estrutura de pós-vendas


sobre a necessidade do e se os termos de garantia são compatí-
fornecimento ininterrupto de
energia força os fornecedores veis com a vida útil do produto.
de grupos geradores a prover Alguns desafios enfrentados pelo
soluções cada vez mais mercado de grupos geradores referem-se
customizadas. às leis de combate a incêndio, níveis de
Augusto Lange Tubino | Cummins emissões e níveis de ruído, citam alguns
fabricantes. Estas normas são definidas
pelas prefeituras e unidades regionais dos
Mas, nem sempre o usuário consegue bombeiros e, apesar de serem muito se-
diferenciar a qualidade dos grupos gera- melhantes, há algumas diferenças entre os
dores. Além dos riscos à segurança que a municípios. “Criar uma legislação nacional
falha de um equipamento como esse pode coerente com as boas práticas de enge-
ocasionar, ter uma energia de back up não nharia seria um avanço importante para
confiável, é o mesmo que não ter grupo o mercado, melhorando a comunicação
gerador. Por isso, na hora de especificar o entre as três partes diretamente envolvi-
Foto: Divulgação

equipamento, é importante saber se o for- das: fornecedor, usuário e órgão fiscaliza-


necedor apresenta know how na área, se dor”, aponta Marques Junior, da Cummins.

Os equipamentos disponíveis no mercado


A Stemac possui uma extensa linha companhia para o mercado de exporta- te silencioso para aplicações residenciais
de grupos geradores, com potência de ção são produzidos com componentes e em pequenos comércios; e completou
25 a 2.500 kVA. O principal processo de fabricantes globais, o que permite fá- a linha de grupos geradores a gás, com
da empresa consiste na montagem dos cil aquisição de peças de reposição em máquinas de 30 a 2.100 kVA.
equipamentos, compostos por motores, todos os países em que opera. Já a Cummins dispõe de grupos
geradores e componentes de marcas re- Recentemente, a empresa substituiu geradores unitários de 12 a 3.500 kW
conhecidas, a fim de garantir atualiza- as chapas de aço carbono por chapas (para a linha diesel), e de 13 a 2.000
ção tecnológica e alta eficiência. Proje- galvanizadas em todos os seus contêi- kW (para a linha gás), oferecendo so-
tados para aplicações em regimes de neres e painéis, conferindo maior resis- luções com equipamentos singelos ou
emergência, horário de ponta ou serviço tência contra a corrosão. E ainda: lançou em paralelo. A fábrica de Guarulhos
contínuo, os grupos geradores Stemac o MiniGen 25 kVA, um grupo gerador (SP), além de fazer a montagem dos
são disponíveis nas versões abertos e de reduzidas dimensões e extremamen- grupos geradores, também fabrica tur-
carenados silenciados, automático ou
manual, singelos ou paralelos. São pro-
Foto: Divulgação

duzidos/montados na planta localizada


na cidade de Itumbiara, em Goiás, com
uma área construída de 62 mil m², ca-
pacitada para produzir 1.000 grupos
geradores por mês/turno.
Segundo seus dirigentes, a Stemac
detém 55% de participação no mercado
brasileiro, projetando e executando so-
luções em energia com uma robusta es-
trutura de atendimento. Possui 50 ope-
rações distribuídas em 24 Estados, com
suporte próprio de atendimento técni-
co/comercial, incluindo peças e serviços.
Os grupos geradores desenvolvidos pela

34 potência
bocompressores, sistemas de injeção de
diesel, sistemas de filtragem e motores
Os grupos geradores servem,
a diesel. A empresa produz localmente
grupos geradores a diesel de 40 a 600
basicamente, para garantir a
kW; os demais equipamentos da linha segurança do fornecimento elétrico
diesel e os da linha gás são importados
de outras plantas do grupo. A Cummins e reduzir o custo total da conta de
energia para grandes consumidores.
opera de forma global através de distri-
buidores exclusivos por região.
Nos últimos anos, a companhia lan-
çou o grupo gerador unitário a diesel da Como estratégia de marketing e ven- rente de Aplicações Especiais da Sotreq.
linha QSK95 (95 litros), capaz de entre- das, a Cummins lançou uma campanha Outra vantagem do G3512 é o custo
gar 3.500 kW, com motor desenvolvido no Brasil de extensão da garantia de seus de geração de energia a gás natural, que
exclusivamente para aplicação em grupo equipamentos para até cinco anos. Segun- é quase a metade do custo de geração
gerador. “O conceito de projetar um gru- do Tubino, em 2015 e 2016, ocorreu uma a diesel. “O motor a gás natural possui
po gerador partindo do zero nos permi- retração importante no mercado, e 2017 foi menos intervalos de manutenção e, con-
tiu atingir uma eficiência elétrica elevada, um ano de estabilidade, com pequeno cres- sequentemente, menores despesas ope-
muito importante para aplicações em re- cimento. “Esperamos que, nos próximos racionais. Além disso, pelo fato de utilizar
gime Prime Power, reduzindo o custo com dois anos, o mercado volte a se aquecer”. um combustível mais limpo, emite menos
combustível. Por sermos fabricantes dos A Sotreq, dealer da Caterpillar res- poluentes”, informa o gerente da Sotreq.
principais componentes do grupo gerador, ponsável pela comercialização e suporte Revendedora de máquinas, peças, ser-
conseguimos atingir 100% dos 3.500 kW de produtos e serviços no Brasil, lançou viços e sistemas Caterpillar há mais de 70
em menos de dez segundos, o que é es- o grupo gerador modelo G3512, ope- anos, a Sotreq apresenta soluções para
sencial para aplicações de missão crítica, rado 100% a gás natural. “O mercado obras de infraestrutura de diversas comple-
como hospitais e data centers. Este mo- de emergência sempre utilizou grupos xidades, nos setores de construção geral,
delo foi projetado pensando na facilida- geradores a diesel, devido à resposta construção pesada, agrícola, agregados,
de de manutenção, maior performance e transiente, ou seja, à sua rápida recupe- industrial, florestal, pavimentação, petró-
confiabilidade, redução do espaço neces- ração, em termos de frequência e tensão, leo e gás, mineração, energia e marítimo.
sário para instalação e, principalmente, na quando acionados por blocos de carga. Os clientes Sotreq contam com assessoria
redução do custo total para o cliente (TCO Porém, esse novo modelo possui melhor para a importação de produtos e financia-
- Total Cost of Ownership) durante a vida capacidade transiente, o que viabiliza sua mento para a compra de máquinas, com-
útil do equipamento”, explica o engenhei- utilização em operações de emergência ponentes, peças e serviços mecânicos. Seu
ro da Cummins. (stand by)”, descreve Marcelo Tadeu, ge- grande diferencial é o suporte ao produ-
to (engenharia). A empresa está presente
nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e
Nordeste do Brasil, com mais de 40 filiais,
oferecendo suporte completo em peças de
reposição, serviços mecânicos e sistema de
monitoramento. Oficinas estrategicamen-
te localizadas, com equipamentos de alta
tecnologia e profissionais especializados
completam o portfólio de soluções.
A Sotreq oferece também ao mer-
cado a opção de aluguel de máquinas,
incluindo grupos geradores, através da
Foto: Divulgação

Rental Store, que dispõe de uma frota


completa com equipamentos novos e
seminovos, para locações em prazos va-
riados e entrega imediata, além de ma-
nutenção preventiva e corretiva.

potência 35
Evento Fórum Potência 2017

Show
de conhecimento
Fórum Potência passa pelas cidades de
Salvador, Porto Alegre e Maringá e atrai centenas de
profissionais ligados à área elétrica.

Reportagem: Marcos Orsolon

Fotos: Divulgação

38 potência
✘✘✘✘✘✘✘
Ribeirão Preto
& Sertãozinho
Próximas Cidades que vão receber o (DF) (RJ) (SP) (SP) (BA) (RS) (PR) (SP)

Fórum Potência
2017 11/04
Abril
16/05
Maio
20/06
Junho
06/07
Julho
15/08
Agosto
14/09
Setembro
26/10
Outubro
21/11
Novembro

D
epois das edições de Salva- cerca de 420 pessoas ligadas à área elé- Os Fóruns tiveram o apoio de impor-
dor (BA), Porto Alegre (RS) e trica. Esses profissionais representaram tantes agentes da área elétrica, incluin-
Maringá (PR), realizadas nos mais de 200 empresas, sem contar as do Abreme, ABGD, Abracopel, Aureside,
meses de agosto, setembro instituições de ensino e órgãos públicos. Sala da Elétrica, Senai, Sindicel-SP e Sin-
e outubro, respectivamente, o Fórum Po- Assim como ocorreu nas edições dinstalação-SP.
tência completa 24 etapas realizadas. E anteriores, os Fóruns tiveram um ciclo A próxima edição do Fórum Potên-
com grande sucesso. Ao todo, o principal de palestras técnicas que abordaram cia, a última de 2017, está marcada para
evento técnico da área elétrica no Brasil temas de interesse de profissionais da o dia 21 de novembro, na cidade de Ri-
soma mais de 12 mil profissionais inscri- área elétrica, como técnicos, eletricistas, beirão Preto (SP), no Hotel JP – Rodovia
tos, representando mais de 3 mil empre- engenheiros, tecnólogos, arquitetos e Anhanguera, KM 306,5.
sas públicas e privadas. administradores. Os temas de destaque, Confira nas próximas páginas o que
Organizadas pelo Grupo HMNews, que nortearam as apresentações, foram: cada um dos patrocinadores apresentou
que publica a Revista Potência e a Re- eficiência energética, LED e geração fo- em suas palestras técnicas.
vista da Instalação, as três últimas eta- tovoltaica.
pas do Fórum mantiveram o padrão de Patrocinaram estas edições as em-
qualidade das edições anteriores, o que presas Cobrecom Fios e Cabos Elétricos,
Fórum Potência
2018
se refletiu no interesse e na presença do Dutotec, FLIR, Kitframe, Philips, Procobre
público. Foram pouco mais de mil inscri- Brasil, Q&T, Reymaster, Rittal, Soprano,
tos nos três eventos, com a presença de Wago e Weidmüller.

A HMNews Editora e Eventos acaba de


lançar o Fórum Potência 2018. Ao todo,
serão seis etapas do principal evento
técnico brasileiro para profissionais da
área elétrica. Confira:
Belo Horizonte (MG) – Maio
Curitiba (PR) – Junho
Goiânia (GO) – Julho
Recife (PE) – Agosto
São Paulo (SP) – Outubro
Ribeirão Preto (SP) - Novembro
Foto: Divulgação

potência 39
Evento Fórum Potência 2017

Fotos: Divulgação
Porto
Salvador Alegre Maringá

Procobre Brasil
✘ ✘ ✘
“Eficiência energética das installations - Part 8.1: Energy effi- de gerenciamento de energia da
instalações elétricas” foi o tema ciency (Instalações elétricas de baixa ISO 50001 (NBR ISO 50001:2011).
abordado pelo professor Hilton tensão - Parte 8-1: Eficiência energé- O documento apresenta requisi-
Moreno, consultor do Procobre tica) fornece requisitos e recomenda- tos e recomendações para projetar
Brasil, nessas três etapas do Fó- ções para a parte elétrica do sistema uma instalação adequada de modo
rum Potência. Conforme destacou a tornar possível o gerenciamen-
o especialista, uma instalação to do desempenho energético da
elétrica é capaz de prover um ní- instalação e complementa a IEC
vel adequado de serviço e segu- 60364 (norma ‘mãe’ da NBR 5410).
rança com o menor consumo de Vale lembrar que os requisitos
energia elétrica possível, desde e recomendações da IEC 60364-8-
que se atendam às normas NBR 1 não podem invalidar os requisi-
5410 e IEC 60364-8-1, respecti- tos incluídos em outras partes da
vamente. NBR 5410. A segurança de pesso-
Hilton apresentou detalhes as, propriedades e animais domés-
sobre esta segunda norma. A IEC ticos continua sendo de importân-
60364-8-1 Low-voltage electrical cia primordial.

40 potência
Porto
Salvador Alegre Maringá

FLIR
✘ ✘ ✘
A companhia participou das procedimentos, melhores produtos,

Fotos: Divulgação
etapas do Fórum Potência com a melhores cabos, normas, etc, mas
palestra “Termografia: o futuro da ressaltou que, em termos de ferra-
eficiência energética”. Em Salva- mentas, o termovisor é muito inte-
dor, a apresentação ficou a cargo ressante e muito importante para se
de Bráulio Filho, enquanto que em usar na área elétrica.
Porto Alegre o responsável foi Ale- Os especialistas da empresa
xandre Kroeff (foto). também deram um apanhado ge-
Entre outros aspectos, os espe- ral sobre a FLIR, sua história e
cialistas da empresa ressaltaram sua linha de soluções, com
que a eficiência é um tema extrema- destaque para as aplica-
mente importante hoje em dia e que ções dos termovisores
é um desafio constante de qualquer quando se trata de eficiên- em diversas áreas, como,
empresa buscar caminhos para auxi- cia energética, lembrando por exemplo, na inspeção
liar os clientes nessa busca. ainda que, obviamente, há térmica das fuselagens dos
Durante a palestra eles explica- outros aspectos que podem aviões – ação que pode aju-
ram que a tecnologia da termografia colaborar na busca por maior eficiên- dar a identificar falhas e evitar aci-
pode ser um dos principais aliados cia, como aplicação de novos conceitos, dentes.

Porto
Salvador Alegre Maringá

Dutotec
O engenheiro eletricista da Du-
✘ ✘ ✘
características que os acessórios
totec, Everton J. De Ros, foi o res- elétricos precisam ter e que, por-
ponsável pela palestra “Acessó- tanto, são incorporadas à linha
rios elétricos e o conceito FIDES”, de produtos Q&T MOV.
apresentada nas três etapas do “Os produtos QT MOV foram
Fórum Potência. Localizada em desenvolvidos para atender o pú-
Cachoeirinha (RS), a Dutotec faz blico do setor moveleiro, trazen-
parte do Grupo Q&T, que possui do inúmeras facilidades para o
três divisões: uma voltada para usuário final. São soluções
o setor moveleiro; a Linha metal-­ para dar mais pratici-
mecânica, com produtos em chapa dade ao seu dia a dia,
de aço, inox e alumínio com até 3 tornando os ambien-
mm de espessura; e a Linha de ca- sórios elétricos para o tes mais requintados
naletas de alumínio Dutotec, com mercado moveleiro). Em e permitindo melhor
variados acessórios para instala- seguida, se aprofundou no acessibilidade para os
ções elétricas. conceito Fides, que, entre ou- usuários. Em casa ou no
Everton iniciou a apresen- tros aspectos, considera a Funcio- trabalho, detalhes como fios e
tação com um apanhado geral nalidade, Integração com o ambien- cabos ficarão ocultos, não inter-
sobre a empresa, com destaque te, Design, Ergonomia e Segurança. ferindo na decoração”, ressaltou
para a Q&T MOV (linha de aces- Segundo o especialista, essas são o especialista.

potência 41
Evento Fórum Potência 2017
Porto
Salvador Alegre Maringá

Cobrecom
A empresa marcou presença nas
✘ ✘ ✘
de 90°C; a temperatura no condu-

Fotos: Divulgação
três edições do Fórum Potência com tor, em regime de curto-circuito, não
a palestra “Cabos elétricos para ins- pode ultrapassar 250°C / 5 s; o con-
talações fotovoltaicas”, ministrada dutor deve ser de cobre estanhado
pelo professor Hilton Moreno, con- (salinidade); deve ser classe 5 de en-
sultor da Cobrecom. Na apresen- cordoamento (para permitir a movi-
tação, o especialista detalhou um mentação ocasionada pelo vento e
pouco as instalações fotovoltaicas, a dilatação térmica dos arranjos e
inclusive para microgeração, e falou módulos fotovoltaicos); a isola-
sobre as características dos condu- ção e a cobertura devem ser
tores para essa área, citando que os constituídas por uma ou mais
cabos oferecidos pela Cobrecom fo- camadas extrudadas de com-
ram previstos para serem instalados do condutor em regime posto não halogenado termo-
entre a célula fotovoltaica e os ter- permanente não deve ul- fixo (de modo a minimizar ao
minais de corrente contínua do in- trapassar 90°C; por um pe- máximo o risco de faltas a terra
versor fotovoltaico; com tensão má- ríodo máximo de 20.000 horas e curtos-circuitos); a cobertura deve
xima de 1,8 kVcc; sendo adequados é permitida uma temperatura máxima ser nas cores preta ou vermelha; de-
a operar em temperatura ambiente de operação no condutor de 120°C a vem ser resistentes à radiação UV e
de -15°C até 90°C; a temperatura uma máxima temperatura ambiente devem ser resistentes à água.

Porto
Salvador Alegre Maringá

Philips
Também presente nas três eta-
✘ ✘ ✘
sentam deficiência nessa área,
pas do Fórum, a Philips foi a respon- buscar produtos que consomem
sável pela palestra “Luz além da menos energia (mais eficientes)
iluminação”, ministrada em Salva- e desenvolver novas tecnologias,
dor por Eduardo Medrado, em Por- especialmente no que tange à ilu-
to Alegre por Luciano Rosito, e em minação digital.
Maringá por Daniel Segato (foto). Hoje, a Philips já oferece solu-
Em linhas gerais, os especialis- ções modernas para praticamente
tas da companhia explicaram que, todas as áreas do mercado, incluin-
entre outros pontos, a proposta da do ambientes industriais, comer-
Philips é mostrar que a luz pode ciais, residenciais e ilumina-
transformar vidas e cidades, au- ção pública. Em comum,
mentando a sensação de seguran- preender as necessidades e as soluções agregam
ça, contribuindo com a economia desejos das pessoas para vantagens como baixo
de energia e destacando a história entregar a inovação que consumo de energia,
de cada lugar, tudo por meio da ilu- realmente faça sentido em longa vida útil, baixo ní-
minação conectada e inteligente. E suas vidas, cidade, negócio, vel de manutenção, alto
tudo isso ocorre através de um tra- casa ou comunidade. nível de qualidade lumino-
balho de entendimento das neces- Nesse sentido, alguns aspectos técnica e com características de
sidades dos usuários. Através des- são considerados, como a necessi- automação, como a integração de
se conceito, a Philips procura com- dade de levar luz a regiões que apre- sensores, dimmers, controles, etc.

42 potência
Porto
Salvador Alegre Maringá

Soprano
“A importância do DR, disposi-
✘ ✘ ✘
disjuntores, DR e DPS, dando a de-

Fotos: Divulgação
tivos para geração fotovoltaica e a finição de cada dispositivo, desta-
normatização de lâmpadas LED”. cando sua importância e explican-
Essa foi a palestra ministrada por do suas funções nas instalações
Júlio Bortolini (foto) nas etapas de elétricas.
Salvador e Porto Alegre, e por Tiago Ainda na linha de proteção, os es-
Dalzoquio em Maringá. pecialistas falaram sobre o mercado
Seguindo a mesma sequência de crescente de geração fotovoltaica e
apresentação, os especialistas inicia- a importância de se utilizar nesse
ram a palestra com um apanhado tipo de instalação os equipa-
geral sobre a Soprano, que tem 63 mentos corretos, como é o
anos de mercado (40 na área elé- caso do DPS, que é dife-
trica) e uma atuação marcada pelo através de três unidades rente do DPS aplicado em
desenvolvimento de ações com foco de negócios: Utilidades instalações ‘normais’.
nas necessidades de cada cliente. A Térmicas, Materiais Elétri- Por fim eles abordaram
empresa oferece soluções para di- cos e Fechaduras e Ferragens. o tema LED e apresentaram
versos segmentos de mercado, pro- Em seguida, fizeram uma os últimos lançamentos da Sopra-
duzindo um amplo mix de produtos verdadeira imersão no mundo dos no nessa área.

Porto
Salvador Alegre

Weidmüller
A companhia marcou presen-
✘ ✘
çado, e destacou as Resoluções
ça nas etapas de Salvador e Porto Normativas REN 482 e REN 687, da
Alegre do Fórum Potência 2017. ANEEL, que ajudaram a organizar o
Em Salvador, Wagner Ogura fez a setor, favorecendo os investimentos
palestra “Weidmüller: provedo- em energia fotovoltaica na micro e
ra de produtos e soluções para o minigeração.
mercado de energia fotovoltaica”, Por fim, o especialista desta-
enquanto em Porto Alegre, José de cou a atuação da Weidmüller nes-
Paula Rodrigues Silva (foto) fez a sa área. A empresa começou
palestra “Soluções eficientes com a fabricação de PV com-
produtos Weidmüller”. biner box (Grandes Par-
Durante sua apresentação, ques) em 2007. E, até ju-
Ogura fez um apanhado histórico de evolução da energia lho de 2017 somou mais
da companhia, que tem 160 anos fotovoltaica nos últimos de 123.000 combiner bo-
de atuação e está presente em to- anos (assim como ocorre xes fornecidas em todo o
dos os continentes com uma am- em todo o mundo). O avan- mundo, com quase 9,5 GW
pla gama de soluções nas áreas de ço dessa fonte não ocorre por aca- instalados em produtos fotovol-
energia, sinais, dados, etc. so, visto que o Brasil tem excelente taicos. E, hoje, possui uma gama
Em seguida, fez uma explana- recurso solar, distribuído por todo o variada de soluções para atender
ção sobre o mercado brasileiro de seu território. esse mercado tanto na geração
energia, ainda puxado pela fon- Ogura citou ainda que, no campo centralizada, quanto na micro e
te hídrica, mas com sinais claros regulatório, o País também tem avan- minigeração.

potência 43
Evento Fórum Potência 2017
Porto
Alegre Maringá

WAGO
Especialista no desenvolvimen-
✘ ✘
imune às variações de tempera-

Fotos: Divulgação
to de soluções para as áreas de tura; tem qualidade de conexão
Conexão elétrica e Automação, a garantida, independe do monta-
WAGO marcou presença nas edi- dor e de ferramentas especiais;
ções de Porto Alegre e Maringá segura o condutor sem danificá-­
com a palestra “Sistema de cone- lo e sem necessidade do uso de
xão elétrica a mola: uma solução terminais; aceita todos tipos de
moderna, segura e econômica”. condutores; oferece muito mais
Em Porto Alegre o palestrante foi opções em menos espaço; é
Carlos Eduardo Demonte (foto), e mais robusto e tem maior
em Maringá foi Alexandre Mota. durabilidade; é resisten-
Fundada em 1951, na Alema- te à corrosão e oferece
nha, e presente no Brasil há mais fiabilidade da tecnologia a melhor relação custo
de dez anos, a WAGO é a inven- aplicada às conexões a benefício.
tora da tecnologia de conexão a mola da empresa. Foram detalhados ain-
mola. Nas apresentações, os es- Entre as vantagens pro- da alguns produtos basea-
pecialistas mostraram o princípio porcionadas pelo sistema, eles dos na tecnologia de conexão a
de funcionamento desse sistema e destacaram: É à prova de vibração mola, como as Linhas 222, 831 e
destacaram que uma série de cer- e de choque; garante redução no 221 (lançamento), além dos plu-
tificações globais confirma a con- tempo das instalações elétricas; é gues WINSTA®.
Porto
Alegre

Kitframe
Na etapa de Porto Alegre, Fabrí- sobre a verificação de projeto. Isso

cio Gonçalves, especialista da em- no item 3.9.1 – “verificação feita
presa, ministrou a palestra “A nova em uma amostra de um CONJUNTO
norma para painéis ABNT NBR IEC ou em partes do CONJUNTO para
61439”. Mas antes de entrar nos mostrar que o projeto satisfaz aos
detalhes da norma, Gonçalves fez requisitos da norma pertinente do
uma explanação sobre a Kitframe, CONJUNTO”. E comentou que, se-
empresa que se tornou referência no gundo a NOTA A da referida norma,
desenvolvimento de Armários Elétri- há indicações de que a verificação
cos, Gabinetes de Telecomunicações, de projeto pode incluir um ou
Condicionadores de ar e Trocadores mais métodos equivalen-
de calor. Situada no município de tes (ver 3.9.1.1, 3.9.1.2
Cotia, região metropolitana de São Sobre a ABNT NBR IEC e 3.9.1.3).
Paulo, a empresa conta com um qua- 61439, o especialista lem- Por fim, o especialis-
dro de mais de 150 colaboradores brou que suas partes 1 e 2 ta falou, em mais deta-
diretos, distribuídos em uma área foram publicadas em dezem- lhes, sobre algumas das
útil de aproximadamente 10.000 m². bro de 2016 e destacou sua soluções oferecidas pela
Gonçalves também aproveitou importância para a área de painéis empresa, como os armários
a oportunidade para apresentar al- no Brasil. elétricos FS, os conjuntos testados
gumas linhas da empresa, como a Entre as especificações da norma, SIELT e o BUSFRAME – barramento
linha Standard e a especial. ele citou que na parte 1 há orientações tubular perfilado.

44 potência
Maringá

Reymaster
Presente no Fórum Potência equipamento, além do processo e

Fotos: Divulgação
de Maringá, a Reymaster foi re- a apreciação dos riscos.
presentada pelo especialista Vic- A Reymaster também abriu es-
tor Fagundes, que fez a palestra paço para uma empresa parceira,
“NR-12: Panorama Nacional”. a Contrinex, representada por Jú-
Fagundes entrou nos detalhes da lio César dos Santos, com a pales-
Norma Regulamentadora do Mi- tra “Contrinex Brasil e o IO-Link”.
nistério do Trabalho e Emprego, Fundada em 1972 na Suíça, a em-
que trata da segurança em má- presa tem 11 anos de Brasil e
quinas e equipamentos, e que foi foi a primeira companhia a
alterada em dezembro de 2010 lançar os sensores com
através da Portaria nº 197. Aliás, IO-Link. Lançou ainda
boa parte da apresentação se de- a tecnologia ASIC para
dicou a explicar algumas das mu- Sensores (rápido tempo
danças dessa NR. estabelece requisitos mí- de resposta, menor con-
Como explicou o especialista, a nimos para a prevenção de sumo de energia, menor ta-
NR-12 e seus anexos definem re- acidentes, nas fases de projeto e manho do circuito interno = maior
ferências técnicas, princípios fun- utilização. vida útil do sensor, menor custo de
damentais e medidas de proteção Ele lembrou ainda que na aplica- produção, etc.) e, hoje, está foca-
para garantir a saúde e a integri- ção da norma deve-se considerar as da no desenvolvimento da tecno-
dade física dos trabalhadores e características de cada máquina ou logia 4.0.

Maringá

Rittal
No Fórum Potência Marin- nacionais, ISO 9001 e ISO 14001,

gá, o especialista da Rittal, Ma- e laboratório próprio acreditado
theus Carvalho, ministrou a pa- internacionalmente para ensaios
lestra “Normas técnicas e certi- elétricos, mecânicos, testes de
ficações de painéis elétricos” e, materiais, simulação de condi-
no início, apresentou ao público ções climáticas e medições 3D. A
a empresa. Fundada em 1961, empresa possui mais de 1.500 pa-
a Rittal conta com mais de 250 tentes e mais de 3.000 projetos
mil m² de área fabril no mundo registrados.
e fabrica cerca de 15 mil painéis Costa deu especial des-
por dia. A companhia chegou ao taque à importância dos
Brasil em 1996. quadros elétricos em uma
Costa comentou que o port­ cada uma dessas famí- instalção e falou sobre as
fólio de produtos da companhia lias é composta por di- normas técnicas que se
inclui linhas de painéis modula- versos itens. aplicam a este tipo de pro-
res, soluções para distribuição de Ele destacou ainda a quali- duto, como a ABNT NBR IEC
energia, sistemas de climatiza- dade dos produtos Rittal, que conta 60529:2005 e a ABNT NBR IEC
ção e sistemas de TI, sendo que com aprovações nacionais e inter- 62208:2013.

potência 45
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entrevista João Bencatel

Tendências d’além-mar
Dirigente português João Bencatel
analisa a experiência europeia na
distribuição de material elétrico.
Executivo foi um dos palestrantes
do Fórum ABREME, em setembro.

Entrevista a PAULO MARTINS

da EUEW (Europe Union of Electrical Wholesalers, a associa-


ção europeia que reúne os atacadistas de material elétrico).
O executivo foi um dos palestrantes da primeira edição
do Fórum ABREME, realizada pela Associação Brasileira dos
Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos no mês
Foto: Ricardo Brito/HMNews

de setembro, em São Paulo.


Na ocasião ele transmitiu aos presentes um panorama
geral do mercado europeu na atualidade e falou sobre as
perspectivas do setor. Fundada em 1955, a EUEW reúne as-

A
sociações nacionais de distribuidores de 15 países: Alema-
concentração de empresas e a digitalização es- nha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holan-
tão entre as principais tendências registradas da, Hungria, Itália, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido,
no setor de distribuição de material elétrico na Suécia e Suíça.
Europa. E sim, os lojistas do velho continente Nesta entrevista Bencatel fala também sobre a empresa
também sofrem por conta do sistema de venda direta ado- que dirige, a distribuidora Electro Rayd, baseada na cidade
tado pela indústria. do Porto. Fundada em 1922, a companhia atua na distribui-
Esses são alguns dos assuntos abordados nesta entre- ção de materiais elétricos e de iluminação. Confira a seguir
vista com o português João Bencatel, atual vice-presidente a entrevista com o executivo.

1
De maneira geral, qual a reali- nais, por sucessivas aquisições, quer por tração é maior nos países do Norte da
dade do setor de distribuição grupos de empresas familiares indepen- Europa e menor nos do Sul.
de material elétrico nos paí- dentes, que ano após ano aumentam a        

2
ses englobados pela EUEW? sua influência, reduzindo-se, em con- Trata-se de uma atividade com
A distribuição nestes países está em pro- trapartida, o número de empresas inde- boas perspectivas de desen-
gressiva concentração, quer através de pendentes sem qualquer ligação entre volvimento e crescimento?
grupos ditos financeiros ou multinacio- si. Por uma questão cultural, a concen- Sou otimista quanto a haver boas perspec-

48 potência
10
tivas de desenvolvimento e crescimento continua a ser de empresas familiares, A Electro Rayd tem qua-
para a distribuição de material elétrico na mas há cada vez mais integrantes de se 100 anos de existên-
Europa, na mesma medida em que acredi- grupos nacionais ou europeus, embo- cia. Qual o ‘segredo’ do
to que seremos capazes de inovar, no que ra mantendo a sua independência. No sucesso da companhia? Quais di-
se refere às novas fórmulas de distribuição Centro e Norte da Europa predominam ferenciais a empresa adota para se
que nos desafiam em nível global. os grupos multinacionais  e grupos de destacar no mercado?
revendedores, com um reduzido núme- Muita atenção à sucessão e à antecipa-

3
Quais são os maiores desafios ro de distribuidores absolutamente in- ção da evolução do mercado e respec-
do setor de distribuição/reven- dependentes. tiva adaptação/inovação. O principal
da no momento, na Europa? diferencial é a qualidade do serviço ao

7
Um dos maiores desafios é a adaptação, Como está o nível de profis- cliente, com base na enorme experiên-
com sucesso, à digitalização do negó- sionalização dos distribuido- cia que temos neste negócio.
cio  e aos níveis de conhecimento exi- res europeus quanto a ques-

11
gíveis às nossas equipes, para que con- tões como uso de tecnologias, sis- Quais as perspectivas
tinuemos a ser o canal preferencial (na temas de informatização, gestão da Electro Rayd para o
comercialização de produtos). do negócio, utilização de ferra- futuro?
mentas de marketing, etc? Voltar a assegurar uma sucessão com

4
Na Europa o setor de distri- O nível é cada vez mais elevado, pois a êxito, corresponder às novas exigências
buição/revenda concorre com concentração progressiva da distribui- do mercado, estando na primeira linha
a venda direta feita pelas in- ção tem implicado cada vez mais in- da moderna distribuição que o digital
dústrias? Qual a melhor forma de vestimentos nessas competências, e os nos continuará a impor, com os olhos
lidar com essa questão? que não conseguem acompanhar aca- postos nos mercados mais avançados.
Sim, a venda direta por parte dos for- bam por ter que encerrar o negócio. No

12
necedores é um fator de tensão com a entanto, reconheço que em geral temos Qual a política de rela-
distribuição. Por um lado, a distribuição que aumentar o ritmo de formação/pro- cionamento da empresa
tem que se assumir realmente como fissionalização para acompanharmos a com os fabricantes?
verdadeira e contínua mais-valia para velocidade e quantidade de mudanças O nosso relacionamento com os nossos
os fabricantes; por outro, a distribuição nessas áreas. fornecedores tem exatamente a mes-
deve privilegiar os que a privilegiam e ma atenção que temos com os nossos

8
sinalizar isso, como já o fazemos na nos- Na Europa existe mão de clientes. São parceiros imprescindíveis e
sa Associação, em Portugal (Associação obra especializada em quan- muito em especial os que privilegiam a
Empresarial dos Sectores Eléctrico, Elec- tidade suficiente na área de distribuição pelo nosso canal.
trodoméstico, Fotográfico e Electrónico), distribuição/revenda de material
sem ferir a legalidade. elétrico? Os distribuidores costu-
mam investir na qualificação de

5
Qual o nível de relação atin- seus funcionários?
gido entre os distribuidores e Sim, existe, embora a contínua evolução
os fabricantes? Existe de fato tecnológica implique que tenhamos que
uma relação de parceria? investir permanentemente em formação,
É uma relação nem sempre fácil, mas por nossa conta e em colaboração com
que ambos se empenham para trans- nossos fornecedores.
formar em parceria, sendo o movimen-               

9
to associativo de uns e outros um meio Vamos falar um pouco sobre
importante para essa melhoria, que está a Electro Rayd. Que linhas de
num nível mais elevado que antes. produtos a empresa distribui
e para quais segmentos?

6
Foto: Ricardo Brito/HMNews

Qual o perfil predominante A empresa distribui material elétrico, de


entre os distribuidores e re- iluminação, ventilação e aquecimento,
vendedores?  para os segmentos residencial e comer-
O perfil predominante no Sul da Europa cial, construtoras e escritórios de projeto.

potência 49
entrevista AMAURI MENDES PEDRO

Transformação
em andamento
Diretor-executivo da ABREME lista
principais atividades planejadas a
fim de atender aos interesses dos
distribuidores e revendedores.

Entrevista a PAULO MARTINS

A iniciativa já é fruto da nova fase da Associação Bra-


sileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elé-
tricos, que vem investindo na profissionalização da sua Ad-
ministração.
Anteriormente a entidade era comandada por um cor-
Foto: Ricardo Brito/HMNews

po de diretores Colegiados, mas há cerca de um ano optou


por um novo formato de trabalho, contratando o engenhei-
ro Amauri Mendes Pedro, profissional com larga experiência
no setor eletroeletrônico, para atuar como diretor-executivo.
Em junho do ano passado a revista Potência publicou

A
extensa entrevista com Amauri, na qual ele falou sobre os
lém de estabelecer um novo canal de diálogo esforços da associação no intuito de seguir defendendo os
envolvendo o comércio e a indústria, a primei- interesses dos revendedores e distribuidores de material elé-
ra edição do Fórum ABREME, realizada entre os trico. Por conta do Fórum ABREME, aproveitamos para atu-
dias 19 e 20 setembro, em São Paulo (SP), repre- alizar a conversa e o resultado do bate-papo que tivermos
sentou um marco para a entidade promotora. com o executivo pode ser conferido a seguir.

1 2
Que tipo de relação o senhor participação e o envolvimento de todos Fale um pouco sobre seu tra-
vem mantendo com o corpo os diretores Colegiados, e isso não mu- balho na ABREME como dire-
de diretores Colegiados da dou com a profissionalização da Adminis- tor-executivo e os direciona-
ABREME? tração. Mantemos as reuniões regulares mentos que a entidade pretende
A ABREME sempre teve a característica de Diretoria, onde todos os temas são seguir.
de trabalhar em grupo, contando com a apresentados e discutidos em conjunto. Estou há pouco mais de um ano na fun-

50 potência
ção e definimos desde o início nossos Queremos participar com profundidade
principais objetivos. Um deles consis-
te em construir e fornecer dados con- das discussões e da otimização da
fiáveis sobre o mercado de material
elétrico, pois a carência desse tipo de legislação do setor e garantir que
informação é uma realidade no Brasil.
Também queremos buscar sinergia en- os produtos comercializados pelos
tre fabricantes e distribuidores na ativi-
dade de treinamento dos profissionais distribuidores tenham especificação
da Distribuição, tanto no campo técnico
quanto na área funcional. Pretendemos técnica clara e de alto nível.
ainda definir ou aumentar os padrões
técnicos dos produtos comercializa-
dos pelo canal; buscar parceiros que, dores é uma premiação consolidada no as demais cidades. O capital predomi-
através de convênios, forneçam mais setor. São 13 anos de aplicação e todos nante é nacional, são empresas com
benefícios aos nossos associados e, os players aguardam ansiosamente a grande histórico familiar, com várias
também, implementar um modelo de primeira quinta-feira de dezembro para décadas atuando neste mercado, em
comunicação ágil e abrangente entre participar da premiação. O objetivo é todas as regiões do país. O capital es-
nós. De fato estamos trabalhando ar- mantê-la e aumentar cada vez mais sua trangeiro também está presente, mas
duamente em cada um destes pilares, credibilidade. Também pensamos em, de uma forma menos ostensiva do que
e a realização do 1º Fórum ABREME pouco a pouco, ir adaptando as cate- vemos em outros canais.
foi um grande passo na direção des- gorias para os novos produtos que vão
tes objetivos. surgindo no mercado.

3 5
Que outras ações a entidade Quantas empresas atuam na
planeja desenvolver em prol distribuição/revenda de ma-
do setor no futuro? terial elétrico no Brasil atu-
Quando olhamos para o médio pra- almente e qual o perfil predomi-
zo, uma série de ações se apresentam. nante entre os lojistas?
Queremos participar com profundida- Tem diversas formas de abordar este
de das discussões e da otimização da tema, mas, considerando os distribui-
legislação do setor e garantir que os dores e revendedores que trabalham
produtos comercializados pelos distri- dedicados ao material elétrico, pode-
buidores tenham especificação técnica mos estimar na ordem de 10 mil es-
clara e de alto nível e, principalmente, tabelecimentos, cobrindo os mais de
que esteja sendo cumprida no canal. 5 mil municípios do País. Segundo
São grandes desafios que precisam nossos levantamentos - aliás, um dos
de tempo para ser conquistados, mas, principais pilares do projeto de rees-
trabalhando passo a passo na direção truturação da ABREME é aprofundar e
correta, atingiremos os objetivos mais dar mais confiabilidade a estes dados
rapidamente do que planejamos. -, consideramos na casa de dezenas as
empresas chamadas grandes que atu-

4
O Prêmio ABREME tornou-­ am em âmbito nacional. Outro grupo
se um importante evento a considerar são as grandes empresas
Foto: Ricardo Brito/HMNews

no setor eletroeletrônico. que atuam especificamente nas capi-


Quais são os planos para os pró- tais dos estados - uma ou no máximo
ximos anos? duas por capital. E, por último, as mé-
Sem dúvida o Prêmio ABREME Fornece- dias e pequenas que atendem todas

potência 51
espaço abreme Editorial

Energia Solar
no Brasil e Mundo
C
onforme a Resenha Energética pação na matriz de Oferta Interna de
Brasileira 2017 (MME), o Brasil Energia Elétrica (OIEE), com destaque
dispõe de uma matriz elétrica para a geração hidráulica que respon-
de origem predominantemente de por 61,5%. Por fonte, merecem des-
renovável. Em 2016, as fontes reno- taque os aumentos de 54,9% na oferta
Paulo Roberto de Campos váveis (Hidráulica, Biomassa, Eólica e por energia eólica, e de 44,7% para a
Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br Solar) chegaram a 81,7% de partici- energia solar (tabela abaixo).

Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) por Fonte 2016


especificação GWh Estrutura (%)
2015 2016 16/15% 2015 2016
hidráulica 359.743 380.911 5,9 58,4 61,5
bagaço de cana 34.163 35.236 3,1 5,5 5,7
eólica 21.626 33.489 54,9 3,5 5,4
solar 59 85 44,7 0,010 0,014
outras renováveis 15.074 15.805 4,8 2,4 2,6
Óleo 25.657 12.103 -52,8 4,2 2,0
Gás natural 79.490 56.485 -28,9 12,9 9,1
carvão 18.856 17.001 -9,8 3,1 2,7
nuclear 14.734 15.864 7,7 2,4 2,6
outras não renováveis 11.826 11.920 0,8 1,9 1,9
importação 34.422 40.795 18,5 5,6 6,6
Total 615.650 619.693 0,7 100,0 100,0
Dos quais renováveis 465.087 506.320 8,9 75,5 81,7
Notas: (a) inclui 55,6 TWh de autoprodutor cativo em 2016 (que não usa a rede básica); (b) Gás industrial inclui gás de alto forno, gás siderúrgico, gás de coqueria,
gás de processo, gás de refinaria, enxofre e alcatrão.
Fonte: Resenha Energética Brasileira 2017 (MME)

Observa-se no gráfico a seguir que representam 21,2%, enquanto que na e Desenvolvimento Econômico) a parti-
na matriz elétrica mundial os renováveis OCDE (Organização para a Cooperação cipação é de 19,7%.

Participação dos Renováveis na Matriz


Elétrica do Brasil e do Mundo
A energia solar é livre de carbono
Brasil (2016) 81,7%
e, portanto, contribui para a redução de
Brasil (2015)
emissões de CO2 na natureza, pelo uso
75,5%
de energia. Conforme o boletim Energia
Mundo (2014) 21,2% Solar no Brasil e Mundo, ano de ref. 2016,
do MME, as maiores irradiações solares
OCDE (2014) 19,7% no Brasil estão em áreas de baixo desen-
volvimento econômico, em que o uso da
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% terra e os impostos arrecadados podem
Renováveis Não renováveis
contribuir para o desenvolvimento local.
Fonte: Relatório Síntese Relatório Base 2016 Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

52 potência
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos

Os processos mais usuais de apro- partir da luz do sol. elétrica, além do sistema de compen-
veitamento da luz solar para geração de No caso da conversão fotovoltaica sação de energia elétrica.
eletricidade e de calor, são: da luz solar, pode ser aplicada em gran- A energia excedente é cedida à dis-
✖ Aproveitamento fotovoltaico (FV), des centrais, que empregam energia so- tribuidora local, e posteriormente com-
que converte a luz do sol em ener- lar, de modo centralizado ou em peque- pensada com o consumo de energia
gia elétrica; nos sistemas autônomos, denominados elétrica dessa mesma unidade consu-
✖ Aproveitamento da luz solar por con- geração distribuída(GD) normalmente midora, ou de outra unidade consumi-
centração (CSP – Concentrating Solar próximos ao local de consumo, ou no dora de mesma titularidade.
Power), que produz calor para uso di- próprio estabelecimento consumidor. A Resolução Normativa ANEEL nº
reto ou geração de energia elétrica; e Em 2012, a ANEEL aprovou duas 687/15, complementar à 482/12, esta-
✖ Aproveitamento por meio de cole- Resoluções Normativas, a nº 482 e a belece que abaixo de 75 kW é microge-
tores, que realizam o aquecimento nº 517, que estabelecem as condições ração, e acima de 75 kW e até 5 MW é
direto da água e/ou de ambientes a gerais para a microgeração de energia minigeração, e vale para qualquer fonte
renovável de geração. Enquadram-se nes-
Geração e Potência Instalada tas modalidades os imóveis individuais,
condomínios, cooperativas e consórcios.
Solar no Mundo - 2016
% da Potência Fator de Expansão
País Geração
(TWh) Geração Instalada Capacidade no Ano
Total (MW) (5) (GW)
1 China 66,2 1,1 78.070 13,2 34,5
2 Estados Unidos 56,8 1,3 40.300 18,6 14,7 Associação Brasileira dos Revendedores
3 Japão 49,5 4,9 42.750 14,9 8,6 e Distribuidores de Materiais Elétricos
4 Alemanha 38,2 5,9 41.275 10,8 1,5
FUNDADA EM 07/06/1988
5 Itália 22,9 8,1 19.279 13,7 0,4
Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde
6 Espanha 13,6 5,0 5,490 28,3 0,1
04151-040 - São Paulo - SP
7 Índia 11,9 0,8 9.010 18,8 4,0 Telefone: (11) 5077-4140
8 Reino Unido 10,3 3,1 11.727 11,0 2,0 Fax: (11) 5077-1817
9 França 8,3 1,5 7.130 13,8 0,6 e-mail: abreme@abreme.com.br
site: www.abreme.com.br
10 Austrália 7,2 2,8 5.488 15,8 0,8
11 Coreia do Sul 5,2 0,9 4.350 15,2 0,9 Diretoria Colegiada
12 Grécia 4,0 8,2 2.611 17,5 0,0
Francisco Simon
13 África do Sul 3,3 1,3 1.544 27,6 0,5
Portal Comercial Elétrica Ltda.
14 Canadá 3,1 0,5 2.715 13,4 0,2 José Luiz Pantaleo
15 Bélgica 3,0 3,6 3.422 10,1 0,2 Everest Eletricidade Ltda.
Outros 29,7 0,4 26.313 14,4 6,3 José Jorge Felismino Parente
Mundo 333,1 1,4 301.473 14,4 75,1 Bertel Elétrica Comercial Ltda.
% do mundo 1,4 - 4,7 - 34,9 Paulo Roberto de Campos
Meta Materiais Elétricos Ltda.
Fonte: Energia Solar no Brasil e Mundo Ano de referência 2016 do MME Marcos Augusto de Angelieri Sutiro
Grupo Mater
Na tabela anterior observamos que Energia – PDE 2026 estima que a ca- Nemias de Souza Nóia
Elétrica Itaipu Ltda.
dentre os 15 maiores países em geração pacidade instalada de geração solar Reinaldo Gavioli
solar, China; Estados Unidos; Japão; Ale- chegue a 13 GW em 2026, ou seja, a Maxel Materiais Elétricos Ltda.
manha e Itália juntos respondem por 74% enorme multiplicação de unidades de Conselho do Colegiado
da potência total instalada no mundo. geração a serem projetadas e instala- João Carlos Faria Júnior
De acordo com o boletim Energia So- das na próxima década, propiciará uma Elétrica Comercial Andra Ltda.
Ricardo Ryoiti Daizem
lar no Brasil e Mundo Ano de referência grande janela de oportunidades para os Sonepar South America
2016 do MME, em 09/10/2017, o Bra- mais variados segmentos da economia
Diretor-Executivo
sil contava com 438,3 MW de potência brasileira, tais como: indústria; importa-
Amauri Mendes Pedro
instalada de geração solar, correspon- dores, instaladores e distribuidores de
Secretária Executiva
dentes a 15,7 mil instalações. materiais elétricos e de equipamentos
Nellifer Obradovic
O Plano Decenal de Expansão de de geração fotovoltaica.

potência 53
espaço abreme Artigo Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos

Casas inteligentes
e o futuro do setor
elétrico
Foto: Divulgação

Leandro Netto
Sócio responsável pela área de tecnolo- Lojas de materiais elétricos recebem Temas como privacidade e prote-
gia e inovação no escritório Lima Júnior,
silenciosamente um volume crescente ção de dados estarão presentes tam-
Domene e Advogados Associados
de aparelhos destinados à criação das bém quando construirmos e equiparmos
nossas casas. E saber como informações

O
casas inteligentes. São produtos mais
mundo vem passando por uma sofisticados e com alto valor agregado. extremamente íntimas de nossos lares
onda de transformação digital Basta olharmos para uma fechadura de são tratadas e armazenadas em nuvens
e nossas casas não ficaram fora uma casa “tradicional” e compararmos espelhadas por datacenters globais será
dessa revolução. Elas ganham o valor agregado desta com o de uma uma questão que deverá ser encarada.
cada vez mais interatividade, conec- fechadura digital. Da mesma forma, proteger casas de
tividade, inteligência artificial, dentre Dias dourados para o mercado de ma- hackers será tão importante quanto a
outras tantas soluções que interagem terial elétrico estão por vir, se esta oportu- proteção contra ladrões “tradicionais”.
com equipamentos elétricos. Tanta evo- nidade for rapidamente incorporada. E acredite, a invasão de um hacker em
lução, ou disruptura, como o meio tec- Mas não se engane. Tanto avanço nossa casa pode trazer efeitos muito
nológico gosta de apontar, trará novos traz, sim, preocupações técnicas e legais mais danosos.
debates legais literalmente para dentro que estarão cada dia mais no cotidiano Recentemente hackers instalaram
dos nossos lares. desse mercado. Temas como atualiza- um ransomware (guarde esse nome,
Muito falávamos sobre a Internet ção de programas, sistemas operacio- ele também se popularizará no mun-
das Coisas, também conhecida por IoT nais, conexão à internet e chips logo do dos materiais elétricos) no sistema
(sigla originada do termo inglês internet serão tão cotidianos como fiação e in- de casas inteligentes e demonstraram
of things). Essa expressão, relativamen- terruptores. que poderiam aumentar em 12 graus
te recente, acredite, está desatualizada. Agora, imaginemos nossa casa inte- a temperatura do local que utilizava tal
Hoje falamos em intenert of everything, ligente sendo alvo de hackers. O sistema sistema. No final de 2016, foi demons-
ou a internet de tudo. elétrico poderia suportar um ataque que trado que lâmpadas inteligentes (sim, já
Estamos avançando para uma era de repente poderia ligar todos os apa- temos lâmpadas inteligentes) podem ser
em que tudo poderá estar conectado à relhos conectados de uma residência? alvo de ataques.
rede mundial. Não apenas nossos ce- A iluminação inteligente poderia resis- Em meio a riscos e oportunidades,
lulares, mas nossos relógios, carros e tir a uma sequência frenética de ordens o setor de aparelhos elétricos cada vez
casas já estão conectados, falando co- de “liga” e “desliga”? Pior, imaginemos mais empregará seus próprios termos e
nosco e gerando uma série de dados que todas as nossas imagens e conver- condições de uso e esse mercado dis-
nunca antes coletados (e acredite, esse sas são capturadas e utilizadas sem au- cutirá temas como privacidade e ciber-
é só o começo). torização ou transmitidas sem a segu- segurança com a mesma intensidade
Casas inteligentes podem subir cor- rança que esperamos. vista em meios totalmente tecnológicos.
tinas, ligar banheiras, acionar uma ca- Se pudéssemos resumir, diríamos Não temos dúvidas de que um imen-
feteira, aquecer ou resfriar ambientes, que nossas casas, e qualquer outro lugar, so mercado está surgindo e deve ser
tudo a partir de sistemas e sensores cria- deverão enfrentar uma série de questões explorado em benefício e segurança de
dos para nos levar, no fim do dia, maior legais antes limitadas ao mundo da tec- todos. Mas novas fronteiras legais fa-
comodidade e segurança. nologia da informação. talmente serão discutidas nesse setor.

54 potência
Prêmio

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Realização Pesquisa

Apoio de Divulgação
Revista
artigo Condutores eólicos

Cabos para
instalações eólicas
E
m termos mundiais, o Bra-
sil tem se destacado no
segmento de geração eó-
lica. De acordo com o Glo-
bal World Energy Council (GWEC), o
Brasil foi o quinto País em crescimen-
to de energia eólica no mundo em
2016. Ao longo do ano, foram gera-
dos no País 33,15 TWh de energia
eólica, representando, em média,
5,4% do total produzido por todas
as fontes. Na comparação com 2015,
a produção de energia a partir dos
ventos foi superior em 52%.
Alguns números de 2016 dão a
dimensão desse mercado no Brasil:
mais de 10 GW de capacidade ins-
talada; 430 parques eólicos instala-
dos; cerca de 15 empregos gerados
a cada MW instalado; na média, por
mês, mais de 17 milhões de residên-
cias abastecidas pela energia eólica
ao longo do ano.
A boa notícia é que ainda há
bastante espaço para esse merca-
do crescer no País. A energia eóli-
ca já é responsável por mais de 7%
da matriz elétrica brasileira. E, até
2020, há mais de 8 GW já contrata-
dos para serem implantados.
O avanço dessa área exige so-
luções específicas, com perfil que
atenda às características das ins-
talações eólicas, que são bem di-
ferentes das instalações de outras
fontes de geração de energia, como
as hidráulicas, termelétricas ou fo-
tovoltaicas.
Nesse artigo, vamos tratar, em
Foto: ShutterStock

particular, dos condutores elétricos


utilizados nas instalações eólicas.

56 potência
Visão geral de uma instalação eólica
A geração eólica de energia ocorre por Nos casos das usinas (parques eóli- da torre ou então do lado externo, junto
meio da transformação da energia cinética cos), a geração eólica de energia elétri- à torre de sustentação.
dos ventos, que provocam o movimento ca pode ser realizada em média tensão Após a tensão ser elevada para va-
mecânico das pás do aerogerador. Estas ou em baixa tensão. lores de média tensão, a energia gera-
pás são acopladas ao eixo de um rotor, que Na geração em baixa tensão (a da em cada torre é encaminhada para
faz girar um gerador elétrico que, por sua maioria dos fabricantes utiliza tensão uma subestação central por meio de
vez, transforma este movimento de rota- nominal de 690 V em corrente alterna- alimentadores primários. Finalmente,
ção em energia elétrica. A nacele, que fica da), a tensão normalmente é elevada nessa subestação central a média ten-
situada na extremidade superior da torre, para média tensão através de subes- são é elevada e a energia é conduzida
é um cubículo fechado no qual estão ins- tações elevadoras que, dependendo de por meio de uma linha de transmissão
talados todos os equipamentos que com- cada caso, podem estar localizadas den- em alta tensão até as proximidades dos
põem uma turbina eólica (aerogerador). tro da nacele, em algum local no interior centros de consumo.

Visão geral de uma geração eólica


Nacele Pás

Sistema de
ventilação
Rotor

Gerador e
sistemas de
controle Controle
de rotação

Subestação
BT/MT Torre de
sustentação

Painel BT
inversor
controles
comandos
comunicação

Ilustração: ShutterStock

Cabos elétricos para sistemas eólicos


Os cabos elétricos para parques eó- po de aerogeradores a uma subestação para o fabricante do aerogerador (pro-
licos dividem-se em duas grandes famí- central e/ou disponibilizará a energia ge- jeto sob medida). São cabos para cir-
lias, sendo a primeira para aplicação in- rada no sistema interligado. cuitos internos ao aerogerador (nacele
terna ao aerogerador e a segunda para Os cabos para aplicação interna e torre), constituídos por cabos de po-
aplicações externas, ou seja, entre as ao aerogerador são customizados, ou tência de baixa ou média tensão, com
torres, que fará a conexão de um gru- seja, desenvolvidos especificamente as características técnicas específicas

potência 57
artigo Condutores eólicos

de cada fabricante, e que normalmen- cabos poderão ser instalados em redes


te seguem normas internacionais de aéreas, subterrâneas ou submarinas,
qualificação. adotando-se especificações técnicas
No caso das aplicações externas à padronizadas no Brasil (normas ABNT)
torre – subestações e redes coletoras, e utilizadas pelas concessionárias de
centrais de comando e supervisão – os distribuição de energia.

Aplicações dos
cabos elétricos eólicos

Pás
Nacele
Gerador

Foto: ShutterStock
próprio vento, radiação ultravioleta e
Rotor névoa salina, quando perto do mar ou
Cabos de
torção (loop) no próprio mar.
Como consequência natural, o de-
sempenho do cabo em aplicações de
Torre energia eólica também é crítico. As partes
móveis da turbina eólica também aumen-
Cabos painel tam a importância de uma seleção do
Cabos da torre da torre para cabo adequado com muita flexibilidade
transformador
em relação à torção e flexão com possibi-
lidade de operar em um raio de curvatura
Cabos de
média tensão pequeno devido a limitações de espaço.
Base
O cabo também precisa ser resistente a
produtos de refrigeração, óleo, produtos
químicos corrosivos e à abrasão.
Sempre que o parque eólico estiver
localizado perto do mar ou no próprio
Ilustração: ShutterStock
mar, o cabo deve também ser resisten-
Cabos de alimentação especial, de damente 1 km de cabo de alimentação. te à água salgada. Requisitos especiais
dados, de controle e cabos de comuni- Sendo assim, 40 km seriam considera- de retardância à chama, baixa emissão
cação precisam ser considerados para dos necessários para um parque eólico de fumaça, uso de compostos não ha-
a manutenção de parques eólicos exis- com capacidade de 50 MW. logenados, resistência à radiação UV e
tentes e em novos parques eólicos de a) Condições de instalação e proteção eletromagnética também são
grande escala, para garantir a qualida- serviços necessários devido às considerações de
de de interconexão para a rede elétrica Geradores eólicos construídos em segurança.
e sistema de comunicação. “fazendas” estão localizados em am- Dentro da nacele da turbina eólica
Uma torre de 90 m com um aero- bientes com variação muito grande de devem ser utilizados cabos de controle
gerador de 1,25 MW requer aproxima- condições meteorológicas, incluindo o e de dados sujeitos a flexão contínua,

58 potência
dições especiais aplicadas à flexibilidade
e torção, não havendo garantia de de-
sempenho quando condutores de alu-
mínio são usados.
✖ I solação (2): para aumentar a flexi-
bilidade em baixas temperaturas, po-
lietileno termoplástico (TPE), borra-
cha etileno-propileno (EPR, EPM ou
EPDM) ou borracha de silicone (SIR)
são escolhas comuns para material
de isolamento para resistir à corrosão
e ozônio e ao envelhecimento devi-
do ao calor. PVC / nylon como isola-
ção também é amplamente utilizado
devido à sua alta rigidez dielétrica.
✖ Capa (3): pode ser em compos-
tos resistentes ao ozônio, a UV e a
óleo e resistentes ao frio, compos-
to especial baseado em CM (polie-
tileno clorado) ou CR (borracha de
cloropreno).
✖ Cobertura (4): pode ser em com-
enquanto que cabos de potência resis- ✖ Construções concêntricas com pas- postos termofixos como polietileno
tentes à torção e flexão devem ser usa- sos menores para aplicações mais clorado (CPE), policloropreno (Neo-
dos na torre de sustentação. flexíveis a curvas. prene), polietileno clorossulfonado
b) Construção ✖ Construções concêntricas com pas- (CSPE), borracha sintética (SR) ou
Os principais requisitos para a cons- sos longos, para aplicações sujeitas compostos termoplásticos como
trução dos cabos eólicos são as seguintes: a torção. TPE, TPE-PVC e poliuretano (TPU).
✖ Condutor (1): considerando-se os Basicamente, são especificados Estes materiais são resistentes a
materiais metálicos do condutor, a condutores nus flexíveis de classe 5 de petróleo, combustíveis e solventes
fim de maximizar a flexibilidade, é acordo com as Normas DIN VDE 0295/ com flexibilidade superior sob bai-
recomendável especificar conduto- HD 383 ou IEC 60228. xas temperaturas. Tais propriedades
res de cobre recozido com carac- O uso de condutores de alumínio tornam materiais de revestimento
terísticas de encordoamento com: não é recomendado devido a tais con- ideais para cabos de energia eólica.

Construção típica de cabo eólico


1
4 3 2

Ilustração: ShutterStock

C) Normas técnicas para cabos de cabos utilizados em geradores de ener- a norma IEC 60228, classe 5 ou 6, o que
energia eólica gia eólica. atende a necessária flexibilidade. Essa
Até o momento não há normaliza- Para o condutor cobre recozido nu norma técnica especifica somente as se-
ção técnica brasileira específica para ou revestido, muitos fabricantes seguem ções nominais e o número e diâmetro dos

potência 59
artigo Condutores eólicos

Diante da ausência de normaliza-


ção técnica específica para cabos eó-
licos, muitos fabricantes de cabos têm
desenvolvido produtos específicos para
serem usados em âmbitos de geração
de energia eólica com características es-
peciais, a fim de atender aos requisitos
de desempenho quanto à flexibilidade,
resistência à abrasão e flexão. Para tan-
to, são igualmente desenvolvidos pelos
fabricantes ensaios específicos que vi-
sam simular, em condições controladas
de laboratório, as situações reais a que
estes cabos são submetidos.
Apesar de todas as condições severas
não poderem ser duplicadas exatamente,
os testes podem ser padronizados para
simular as reais condições e criar métodos
de ensaio definidos e replicáveis.
Durante a operação de turbinas eó-
licas, dependendo da direção do vento,
o ângulo de turbinas eólicas precisa ser
ajustado pelo controle de oscilação. Os
cabos de energia, controle e comunica-
ção tanto dobram ao longo do eixo hori-
zontal como giram ao longo do eixo ver-
Foto: ShutterStock

tical. Neste cenário, o esforço de torção


é mais grave e exige maior atenção. Atu-
almente, não existe uma padronização
fios que formam o condutor. Por sua vez, A norma UL 1741:2005 - Inversores, única para ensaiar o esforço de torção
a norma UL 62 refere-se a várias normas conversores, controladores e equipamen- e, por causa disso, alguns fornecedores
ASTM e especifica não apenas o diâme- tos do sistema de interconexão para uso desenvolveram seus próprios métodos,
tro e a quantidade de fios do condutor, em fontes distribuídas de energia define que devem ser informados por eles na
mas também as construções do condu- requisitos para os componentes destina- especificação técnica do produto.
tor, como encordoamento concêntrico, dos ao uso em modo stand-alone (não co- O uso de cabos comuns, não espe-
condutores múltiplos e construções en- nectadas à rede) ou no modo de conecta- cificamente projetados para suportar
cordoadas gerais que são críticas para as do à rede (grid connected) de sistemas de as condições ambientais da geração de
características de flexão do cabo. energia. A seção 21 desta norma abran- energia eólica (terrestres ou marítimas),
Para a isolação e cobertura, mui- ge fiação interna que consiste dos cabos pode constituir um risco, por causa da
tos fabricantes seguem as normas DIN internos gerais ou cabos especiais para probabilidade considerável de falha, uma
VDE 0207-20 e DIN VDE 0207-21. HD a temperatura, tensão e as condições de vez que não são projetados e construí-
22.1, HD 22.4. As normas UL 44 e UL serviço a que o cabeamento é submetido. dos com projetos e materiais adequados.
62 também são usadas como normas Todas as partes desta norma apli- Em particular, a adoção de condu-
gerais para a produção de cabos, prin- cadas a características de cabos con- tores de alumínio, mesmo com carac-
cipalmente nos Estados Unidos. sideram fios de cobre em construções terísticas melhores do que poderia ser
Outras normas, como a UL 758, UL flexíveis ou extra flexíveis devido às obtido em condutores regulares (por
1581, UL 1277, UL 2277, IEC 60332 limitações de condutores de alumínio. exemplo, para uso em cabos nus e ca-
são frequentemente utilizadas para dar As características de flexibilidade são bos isolados regulares) é um risco grave
suporte a recursos extras e avaliações as exigências limitantes que não reco- para o comportamento da unidade de
de inflamabilidade. mendam o uso de alumínio. geração, porque:

60 potência
✖ F ios de alumínio submetidos ao es- ✖A  mesma falta de informação se deve-se analisar o impacto dos cus-
forço contínuo verificado nos aero- aplica ao desempenho dos cabos tos relativos dos cabos utilizados na
geradores, devido à flexão e à tor- de alumínio submetidos a agentes nacele e verticalmente na torre, em
ção, podem apresentar ruptura por químicos e ambientes offshore e do relação ao valor total da unidade
fadiga e deformação. impacto nas conexões, corrosão e geradora, de modo que pudesse ser
✖ Como consequência, a isolação, a fragilidade. determinado se a economia inicial
capa interna e a cobertura podem ✖ Uma falha em um gerador de ener- usando cabos de alumínio em vez
ser danificadas como resultado de gia eólica, ocasionada por rompi- de cobre compensa os riscos apre-
problemas do condutor. mento dos cabos elétricos particu- sentados. Além disso, uma análise
✖ Não há dados disponíveis suficientes larmente com condutores de alumí- do ciclo de vida completo deve ser
sobre o desempenho de cabos de alu- nio, significa longos períodos sem realizada considerando-se também
mínio testados em situações de esfor- geração de energia, manutenção eventual perda de rendimentos de-
ços significativos de flexão e torção. complicada e altos custos. Assim, vido à falha de cabos.

Seleção e dimensionamento
dos cabos eólicos
Os cabos do sistema eólico que tomar como referência a capacidade de NBR 5410. Fatores de redução da capa-
operam em baixa tensão em corrente condução de corrente dos condutores cidade destes condutores devem levar
alternada na nacele ou na torre devem conforme especificado na norma ABNT em consideração a localização e o mé-
Foto: ShutterStock todo de instalação, também de acordo
com a NBR 5410.
Os cabos do sistema eólico que ope-
ram em média tensão em corrente al-
ternada na nacele, na torre ou na rede
de distribuição externa à torre devem
tomar como referência a capacidade de
condução de corrente dos condutores
conforme especificado na norma ABNT
NBR 14039. Fatores de redução da ca-
pacidade destes condutores devem levar
em consideração a localização e o mé-
todo de instalação, também de acordo
com a NBR 14039.
Por outro lado, em certos casos, al-
guns fabricantes indicam em seus catá-
logos técnicos tabelas de capacidade de
corrente específicas para os seus cabos
elétricos, que devem ser seguidas pelos
projetistas e instaladores.

Conteúdo retirado do Guia de


Aplicação para Cabos Elétricos com
Condutores de Cobre - Energias
Renováveis, publicado pelo ICA/
Procobre em 2017.

potência 61
DESTAQUE PRÊMIO ABILUX

Projetos vencedores
E
Divulgada lista dos m sua oitava edição, o Prêmio Abilux Projetos de Iluminação
comprovou a sua maturidade e importância junto aos profissio-
trabalhos que se nais que atuam no setor, ao somar 149 inscrições de projetos
de 50 escritórios diferentes. Um crescimento superior a 200%,
destacaram na 8ª se comparado à edição de 2016, quando foram inscritos 42 projetos.
Dos 149 inscritos, a categoria com mais projetos classificados foi
edição do Prêmio a Comercial, com 38. As demais categorias ficaram assim representa-
das: Residencial, 25; Corporativo, 23; Urbano, 20 e o Prêmio Especial
Abilux Projetos de de Iluminação Eficiente, 29.
Profissionais e escritórios de 22 cidades de sete estados e do Dis-
Iluminação. Concurso, trito Federal concorreram. Do Estado de São Paulo vieram projetos da
Capital, Boituva, Campinas, Limeira, São Carlos, São José do Rio Preto
que já se tornou e São José dos Campos. Santa Catarina ficou em segundo lugar com
inscritos de Blumenau, Florianópolis, Joinville, Palhoça e São José. O
tradicional, contou Rio Grande do Sul foi representado por profissionais de Caxias do Sul,
Gramado e Porto Alegre e de Minas Gerais pelas cidades de Belo Hori-
com a participação de zonte, Juiz de Fora e Contagem. Brasília (DF); Pato Branco (PR); Recife
(PE) e Rio de Janeiro (RJ) tiveram um representante cada.
50 escritórios do País, Os vencedores - primeiros, segundos e terceiros colocados - das ca-
tegorias em que o prêmio foi disputado foram conhecidos em evento
que inscreveram 149 realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux)
no dia 19 de outubro, em São Paulo (SP).
soluções. O Prêmio Abilux Projetos de Iluminação teve como entidade parcei-
ra a AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação), e como
entidades apoiadoras a ABD (Associação Brasileira de Designers de Inte-
riores) e a AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura).
Confira a seguir quem foram os três primeiros classificados nas
cinco categorias.

Foto: Shutterstock

62 potência
CATEGORIA
RESIDENCIAL

1º LUGAR: CASA FLAMENCO


AUTOR DO PROJETO: Rodrigo
Jardim e Fabiana Rodrigues
ESCRITÓRIO: Ilumination Strategic Design
FOTOS: Tuca Reinés
ARQUITETURA: Bia Prado

2º LUGAR: CASA 01 3º LUGAR: APTO MB


AUTOR DO PROJETO: Marina Makowiecky AUTOR DO PROJETO: Marcos Castilha
ESCRITÓRIO: Allume Arquitetura de Iluminação COLABORADORES: Brenda Lelli,
FOTOS: Mariana Boro e Sla Fotos Carina Tavares e Larissa Oliveira
ESCRITÓRIO: Castilha Iluminação
FOTOS: Marcos Castilha

potência 63
DESTAQUE PRÊMIO ABILUX

CATEGORIA CATEGORIA
COMERCIAL corporativa

1º LUGAR: CENTRO CULTURAL JAPAN HOUSE 1º LUGAR: LINX


AUTOR DO PROJETO: Marcos Castilha AUTOR DO PROJETO: Rafael Leão
COLABORADORES: Brenda Lelli, ESCRITÓRIO: Conforto Visual
Carina Tavares e Larissa Oliveira FOTOS: Maíra Acayaba
ESCRITÓRIO: Castilha Iluminação
FOTOS: Rafaela Netto

2º LUGAR: HOLDING EMPRESARIAL SÃO PAULO


2º LUGAR: BASÍLICA DO RIO DE JANEIRO AUTOR DO PROJETO: Gilberto Franco
AUTOR DO PROJETO: Monica Ann Diniz COLABORAÇÃO: Juliana Scialis
ESCRITÓRIO: Md Light ESCRITÓRIO: Franco Associados Lighting Design
FOTOS: Erik B. Pinto FOTOS: Maíra Acayaba

3º LUGAR: GALERIA DE ARTE 3º LUGAR: CENTRO DE ONCOLOGIA


AUTOR DO PROJETO: Renata Bodi AUTOR DO PROJETO: Marina Frigeri e Marilia Saccaro
ESCRITÓRIO: Oficinamarela ESCRITÓRIO: Fos Iluminação
FOTOS: Roberta Bulle Fay FOTOS: Marcelo Donadussi

64 potência
CATEGORIA PRÊMIO ESPECIAL
urbana EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

1º LUGAR: EDIFÍCIO ORIENTE SQUARE 1º LUGAR: CENTRO CULTURAL JAPAN HOUSE


AUTOR DO PROJETO: Paulo Torniziello Rodrigues AUTOR DO PROJETO: Marcos Castilha
ESCRITÓRIO: Paulo Torniziello Iluminação COLABORADORES: Brenda Lelli,
FOTOS: Miro Martins Carina Tavares e Larissa Oliveira
ESCRITÓRIO: Castilha Iluminação
FOTOS: Rafaela Netto

2º LUGAR: ARENA DA JUVENTUDE


AUTOR DO PROJETO: Luciana
Constantin, Paula Carnelós e Eder Ferreira 2º LUGAR: HOLDING EMPRESARIAL SÃO PAULO
ESCRITÓRIO: Acenda Projeto de Iluminação AUTOR DO PROJETO: Gilberto Franco
FOTOS: Leonardo Finotti COLABORAÇÃO: Juliana Scialis
ESCRITÓRIO: Franco Associados Lighting Design
FOTOS: Maíra Acayaba

3º LUGAR: ED. PARQUE AVENIDA


AUTOR DO PROJETO: Marcos Castilha
COLABORADORES: Brenda Lelli, 3º LUGAR: EDIFÍCIO ORIENTE SQUARE
Carina Tavares e Larissa Oliveira AUTOR DO PROJETO: Paulo Torniziello Rodrigues
ESCRITÓRIO: Castilha Iluminação ESCRITÓRIO: Paulo Torniziello Iluminação
FOTOS: Rafaela Netto e Renato Dalla Marta FOTOS: Miro Martins

potência 65
DESTAQUE PRÊMIO ABILUX

Júri oficial do Prêmio


Abilux Projetos de Iluminação
❱❱ Ivone Szabó ❰❰
e livros nacionais e internacionais e palestras realiza-
das sobre seu trabalho, cabendo destacar Light & Buil-
É lighting designer, sócia titular da MS+M arquitetos de ding em Frankfurt, Euroluce em Milão, Light Focus em
iluminação. Formada pela FAAP em desenho industrial. Londres, Biel em Buenos Aires e aula magna na UNAM,
Procura estar sempre atualizada em workshops e feiras Universidade Autônoma do México. Tem desenvolvi-
sobre a profissão no Brasil e no exterior. Atua na área de do diversos projetos com certificação LEED e AQUA.
iluminação desde 1990 e com projeto de iluminação desde É membro de diferentes organizações de classe, tais
2004. Tem trabalhos realizados no Brasil, na América do como a AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de
Norte e na África do Sul. É associada à AsBAI (Associação Iluminação), IALD (International Association of Lighting
Brasileira de Arquitetos de Iluminação). Designers), AsBEA, Associação Brasileira dos Escritórios
de Arquitetura e membro fundador do CBCS (Conselho

❱❱ Silvana Carminati ❰❰ Brasileiro de Construção Sustentável).

Presidente da ABD (Associação Brasileira de Designers de


Interiores). Formada em design de interiores pela Belas Ar- ❱❱ Carlos Fortes ❰❰
tes SP e especializada em Liderança de Pessoas e Gestão Sócio titular do Estúdio Carlos Fortes Luz + Design. Res-
de Negócios. É diretora de operações da Tree Consulting, ponsável por diversas publicações no país, com destaque
empresa especializada na seleção e desenvolvimento de para sua participação no livro “Light & Emotions”, pela
pessoas e líderes para área comercial e totaliza experiên- Editora Birkhäuser (Basel/Suíça, 2011). Foi professor do
cia de mais de 15 anos como executiva na área de ges- curso de design de interiores do Senac SP. Ministra re-
tão comercial em empresas do mercado de Arquitetura e gularmente cursos livres na Faculdade de Arquitetura
Decoração. Belas Artes. Colabora com revista especializada como ar-
ticulista e fazendo a cobertura das feiras Light+Building

❱❱ Lucia Pirró ❰❰ (Frankfurt) e Euroluce (Milão). Formado em 1986 pela


FAU-UFRJ, desenvolve projetos de iluminação e design
Coordenadora do curso de especialização lato sensu
de luminárias. Como designer de produto, criou lumi-
Lighting Design do Centro Universitário Belas Artes;
nárias para as empresas Lumini, La Lampe, Dpot (linha
doutora em arquitetura e urbanismo pela FAU da Uni-
Samba) e Tok & Stok (linha Muxarabi). É membro fun-
versidade de São Paulo, onde fez sua graduação e mes- dador da AsBAI e membro profissional das associações
trado. É LEED Accreditated Profissional atuando na área IALD (International Association of Lighting Designers)
de arquitetura e urbanismo com ênfase em sustenta- e IES-NA (Illuminating Engineering Society of North
bilidade e eficiência energética. Leciona na graduação America). Em 2016 foi convidado a integrar o júri da
e no mestrado profissionalizante dos cursos de arqui- 34ª edição da premiação anual do IALD - International
tetura e urbanismo do Centro Universitário de Belas Lighting Design Awards, em Chicago, EUA.
Artes de São Paulo.

❱❱ Edison Borges Lopes ❰❰


❱❱ Guinter Parschalk ❰❰ Presidente da AsBEA, é arquiteto e urbanista. Formado
Guinter Parschalk é arquiteto e lighting designer sócio pela FAUUSP em 1987. Participou de projetos nas áreas
titular do Studio IX. Arquiteto com pós-graduação em industriais e comerciais tendo trabalhado na Enger, Pro-
desenho industrial na Áustria. Atua nas áreas de design mon, ALG e Pão de Açúcar, entre outras empresas. É só-
de produto, iluminação e percepção visual desde 1984, cio fundador da Argis. Desenvolveu projetos para lojas e
contando com projetos realizados no Brasil e inúmeros shoppings para as redes Wal-Mart, Carrefour, SmartFit,
países da América do Sul, América do Norte, Europa e Sodimac, REP, Pão de Açúcar, Cobasi, Best Center, Terral,
Ásia. Tem seus trabalhos publicados em diversas revistas HSI e Iguatemi, entre outras. Associado à AsBEA.

66 potência
artigo Mercado de energia

É possível ser otimista?


Quando se avalia o momento atual da indústria da
eletricidade no Brasil, é realmente um exercício e tanto
conseguir adotar um posicionamento otimista.

N
a área de geração vamos
atravessar um período tur-
bulento pela inevitável pro-
ximidade de um raciona-
mento de energia, pois nossos reserva-
tórios, que antes nos davam anos de es-
tabilidade, agora só nos oferecem alguns
meses. A solução está passando por pa-
gar ao redor de R$ 600,00 / MWh para
o Uruguai (que vergonha: o consumo
total do Uruguai é menor que a perda
não técnica do estado do Rio de Janeiro
e eles ainda conseguem exportar energia
para nós) e a Argentina, e também vamos
queimar óleo a rodo porque os “ecocha-
tos” venceram e construímos grandes
usinas hidroelétricas a fio d’água.
Será que mais uma vez teremos que
pensar em colocar os quase 8 GW (nada
desprezível, aproximadamente 50% de
Itaipu) que temos em geração Diesel nas
unidades consumidoras de MT e AT para
socorrer o SIN?
Também temos as “desinforma-
ções” geradas quando dos leilões de
hidroelétricas; sindicatos e mal-inten-
cionados sempre de plantão fizeram fil-
mes amplamente divulgados informan-
do que, como empresas estrangeiras as
compraram, a tarifa vai subir muito! Se
alguma empresa brasileira comprasse
ela estaria sujeita aos mesmos con-
troles de Agência e legislação vigente
e tudo seria igual (ou pior consideran-
do os erros cometidos nas linhas de
Foto: Shutterstock

CC para trazer a energia das usinas do


Rio Madeira que não podem , segundo

68 potência
Na área de geração vamos atravessar um período
turbulento pela inevitável proximidade de um
racionamento de energia, pois nossos reservatórios,
que antes nos davam anos de estabilidade, agora só
nos oferecem alguns meses.
a EPE/ONS, trabalhar na sua potência Vão dizer que racionamento está disposição mostrada pelo Ministério de
máxima). Muda apenas o fato de que descartado, mas vão pedir que se con- Minas e Energia (já comentado em pu-
empresas de alcance mundial sabem suma de forma mais racional; quem se blicação anterior) e pelo reconhecimen-
ondem comprar mais barato e não dão lembra do ano 2000 deve se arrepiar... to da ANEEL que a forma de cálculo de
bola pra sindicalistas porque não preci- Por agora, o que teremos de novi- reajuste de tarifa tinha que ser alterada
sam de seu apoio político. dade - vejam que absurdo, considerado (modelo antigo já estava exaurido) ain-
Com isto, quem pode investir na ge- o momento de reajuste de tarifas lá em da este ano para permitir um ambiente
ração solar no telhado de casa se deu cima e falta de energia – são unidades minimamente saudável à sobrevivência
bem, pois o retorno do investimento consumidoras de elevado padrão do se- do setor de distribuição.
será em menor tempo que o projeta- tor de Baixa Tensão (mais de 500 kWh Assim, me permito imaginar que os
do, considerando o custo total da fa- médios mensais) usufruindo de redução medidores inteligentes que estão sendo
tura, com as bandeiras multicoloridas do importe total porque já usam pouca adquiridos agora (apesar da baixa dispo-
na conta da energia elétrica e com a energia no horário de ponta e horário nibilidade de modelos no mercado, fru-
alteração de critério do cálculo de re- intermediário! Aquelas que pedirem o to da demora na aprovação de modelos
ajuste (já temos empresas com reajus- medidor de quase mil reais (conside- de medidor de energia elétrica no Bra-
tes superiores a 30%...); além disto, rando custos de instalação e eventual sil) pelas distribuidoras para atender a
estes telhados contribuem, DE FATO, descarte/reforma do medidor retira- famigerada tarifa branca, possam, num
para um sistema elétrico sustentável e do) e que consomem mais nos horários futuro breve, ser parte de projetos de au-
para que nossa matriz energética não considerados de ponta, simplesmente tomação geograficamente concentrados
seja tão suja, pois hoje apenas 60% da vão descartar a nova tarifa e os custos e que tragam, DE FATO, redução de per-
energia elétrica que consumimos vem remanescentes também vão ficar com das e custos operacionais e melhora da
das hidrelétricas. os demais consumidores, pois tudo qualidade da energia fornecida.
Do lado das distribuidoras de ener- pressiona pelo aumento da tarifa.
gia elétrica o ambiente também se mos- Ou seja: teremos uma política de
tra bem desfavorável, pois se o aumento modicidade tarifaria às avessas! Robin
das tarifas traz o caixa necessário à so- Hood tupiniquim que trabalha no sen-
brevivência, também traz um aumento tido reverso!
da tendência de crescimento da inadim- Mas, assim como na política veio a
plência e das perdas não técnicas (que já renovação (tem gente que gosta e não
estão elevadas e com tendência de alta). se cansa de chamar por outro nome –
O fantasma do racionamento (fru- bem feito! Quem mandou andar em má
to dos maus-tratos sofridos pelo setor (?) companhia!) da administração pú-
elétrico na gestão desastrosa de polí- blica federal que já mostra sinais claros
ticos incompetentes da última década e concretos de recuperação econômica
Foto: Divulgação

e meia), no entanto, pode jogar este do País quando se olha inflação, cres-
aumento de tarifa no lixo, se formos cimento do PIB, diminuição do desem-
obrigados, no próximo ano, a diminuir prego e outros mais, acredito que tam-
Luiz Fernando Arruda
drasticamente o consumo para esperar bém possa haver melhoria no ambien-
Engenheiro eletricista,
chuvas mais volumosas. te regulatório do setor elétrico, dada a consultor e professor.

potência 69
artigo Segurança

A importância de ter um
sistema de iluminação
de emergência
O
Brasil está em terceiro lugar
no ranking mundial de mor-
tes por incêndio. A constata-
ção se baseia no cruzamento
de dados do Sistema Único de Saúde (SUS)
com uma pesquisa realizada pela Gene-
va Association, em 2015. Por essa razão,
é evidente a importância em investir em
um sistema de iluminação de emergência.
A iluminação de emergência autô-
noma garante a luminosidade do am-
biente em casos de queda de energia

Foto: Shutterstock
elétrica, sendo acionada automatica-
mente para ativar o funcionamento. Pos-
sui baterias internas, ou seja, contém a
própria fonte de alimentação. Um bom que os sistemas de emergência estejam qualidade do produto, suas lâmpadas e
equipamento deve ter autonomia de, em conformidade com a norma. durabilidade das baterias. Esses sistemas
no mínimo, uma a duas horas de fun- As opções de iluminação de emergên- não costumam ser usados com frequên-
cionamento, que pode ser prolongada cia autônoma são luminárias e blocos de cia, por isso a importância em optar por
de acordo com o fabricante. Além disso, emergência. As luminárias 30 LEDS são excelentes opções é essencial.
sua instalação deve ser fácil e prática, indicadas para pequenos ambientes de
exigindo apenas que o usuário plugue até 30 metros, substituindo a utilização de
na tomada para que funcione. velas, que proporcionam riscos de incên-
A missão do sistema de iluminação dio no local. Também podem ser utilizadas
de emergência aparece em diversas oca- para atividades de pesca, campings, en-
siões. Dentre algumas, podemos citar o tre outras atividades que geralmente não
controle visual das áreas abandonadas possuem luz elétrica. Alguns modelos são
para que seja possível localizar pesso- bem compactos e possuem alça, dessa for-
as impedidas de locomoção, proteger a ma são práticos e servem como lanterna.
segurança patrimonial, facilitar a locali- Os blocos autônomos são indica-
zação de pessoas indesejadas e sinalizar dos para ambientes maiores, por pos-
o caminho das rotas de fuga. suírem maior fluxo luminoso (lúmens).
São produtos essenciais no dia a dia Estes equipamentos chegam a iluminar
das pessoas e devem ser instalados con- aproximadamente 400 metros quadra-
forme a norma ABNT NBR 10898, sen- dos, como galpões, indústrias, garagens,
do que que em cada Estado brasileiro, escadas, entre outros.
Bruno Teixeira - Gerente do
o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar Antes mesmo de realizar compra segmento de Iluminação e
é responsável por fiscalizar e assegurar dos produtos, é imprescindível checar a Incêndio da Intelbras

70 potência
economia

Previsão Emprego Déficit


positiva
Levantamento realizado pela
melhora
O setor eletroeletrônico abriu 404 va-
aumenta
O déficit da balança comercial de produtos
Abinee (Associação Brasileira da In- gas em setembro de 2017, segundo dados elétricos e eletrônicos somou US$ 17,4 bilhões,
dústria Elétrica e Eletrônica) apon- da Abinee, com base em informações do 20% acima do registrado em igual período do
tou que 56% das empresas do se- Cadastro Geral de Empregados e Desem- ano passado (US$ 14,6 bilhões). As informações
tor eletroeletrônico consultadas pregados (Caged) do Ministério do Traba- são da Abinee. O aumento do saldo negativo foi
indicaram crescimento nas vendas lho. Com o resultado, o nível de emprego resultado do incremento de 15,5% nas importa-
e encomendas no mês de setem- subiu pelo terceiro mês consecutivo. ções (US$ 21,7 bilhões). A elevação de 1,7% das
bro, em relação ao igual mês do No acumulado do ano, foram abertas exportações, que atingiram US$ 4,3 bilhões, pouco
ano passado. Esse foi o maior per- 3.087 vagas. O número total de emprega- amenizou este quadro, uma vez que o montante
centual verificado desde fevereiro dos diretos passou de 232,7 mil, em dezem- foi significativamente inferior ao das importações.
de 2014, quando 61% das entre- bro de 2016, para 235,8 mil, em setembro.  “Embora o déficit seja incômodo, o aumento
vistadas deram essa indicação. Ao O presidente da Abinee, Humberto Bar- das compras externas, principalmente de com-
mesmo tempo, foi observada redu- bato, ressalta que até o momento, neste ponentes, está relacionada ao processo de re-
ção de 35% para 28% no total de ano, com exceção dos meses de maio e tomada de atividade do setor”, diz o presidente
empresas que indicaram retração. junho, o setor verificou saldo positivo na da Abinee, Humberto Barbato. Ele espera que a
Também foi observado in- geração de empregos. “Esperamos que seja recuperação por qual passa a indústria elétrica e
cremento na utilização da capa- uma tendência sólida para que possamos eletrônica não fique concentrada apenas no mer-
cidade produtiva, que estava em recuperar as perdas de anos recentes”, cado interno e alcance também as exportações
69% em julho, passou para 74% avalia.  Nos últimos 12 meses, o setor re- de forma mais robusta.
em agosto, e aumentou para 75% duziu 3.668 postos de trabalho. Considerando por regiões, a maior parte do
no mês de setembro. déficit ocorreu em função dos negócios com os
Para o ano de 2017, 60% das países da Ásia (US$ 14,5 bilhões), sendo que,
empresas projetam crescimento, somente com a China, o saldo negativo atingiu
16% esperam estabilidade e 24% US$ 8,4 bilhões, e com os demais países da Ásia,
têm perspectiva de queda ao com- somou US$ 6,2 bilhões.
parar com 2016. “A maior parte A única região a apresentar superávit na ba-
dos nossos indicadores demons- lança comercial de produtos do setor foi a Ala-
tra que estamos em processo de di, totalizando US$ 1,1 bilhão, resultado muito
Foto: Divulgação

recuperação”, diz o presidente da abaixo dos expressivos déficits registrados com


Abinee, Humberto Barbato. as demais regiões.

Expansão fotovoltaica
O setor solar fotovoltaico brasileiro está em franca ex- 25 a 30 novos postos de trabalho qualificados.
pansão e deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este O crescimento deste ano colocará o Brasil no radar dos princi-
ano. A projeção é da Associação Brasileira de Energia Solar pais mercados solares fotovoltaicos do planeta e no seleto grupo
Fotovoltaica (ABSOLAR), entidade nacional que re- das 30 nações que mais investem em ener-
presenta o segmento.  gia renovável, limpa e de baixo impacto
De acordo com a associação, o Brasil deverá atin- ambiental por meio do Sol.
gir a marca histórica de 1 mil megawatts (MW) da
fonte solar fotovoltaica operacionais na matriz elétrica
nacional até o final de 2017, saltando de aproximada-
mente 90 MW em janeiro deste ano, um crescimento
de mais de 11 vezes no período.
Com a evolução do setor em 2017, a ABSOLAR
projeta a criação de cerca de 20 mil novos empregos no
País. Segundo estatísticas internacionais do setor, para cada ock
Foto: ShutterSt
megawatt instalado em um determinado ano, são gerados de

72 potência
Eficiência energética
A CPFL Santa Cruz, distribuidora da CPFL Energia que atende
a aproximadamente 212 mil clientes em 24 municípios no interior
de São Paulo e em três municípios do Paraná, lançou um projeto

Foto: Divulgação
de eficiência energética na Escola Estadual Prof. Dimas Mozart e
Silva, na cidade de Taquarituba (SP), com instalação de sistema

Parceria de sucesso fotovoltaico e de iluminação LED nas dependências da instituição.


O projeto envolve uma parceria com a Secretaria de Mineração
A Equimatec, fabricante catarinense especializada em máquinas e Energia e a Secretaria de Educação do governo de São Paulo.
interfolhadoras, fatiadoras e raladoras para a indústria alimentícia, Com investimento de R$ 125 mil, a expectativa é que o pro-
conseguiu aumentar o seu faturamento de vendas em 30%, passan- jeto traga uma economia de 85% no volume de energia consumi-
do a utilizar as soluções da Mitsubishi Electric em seus equipamen- do, reduzindo a conta de luz da escola. Isto significa que deverão
tos. “Estamos observando uma abertura no mercado internacional, deixar de ser consumidos cerca de 1,525 mil kWh do total de
grande parte por conta dessa parceria com a Mitsubishi Electric”, 1,765 mil kWh por mês. O volume economizado seria suficiente
afirma Josinei Martins, presidente da Equimatec. para abastecer oito famílias com consumo mensal de 200 kWh.
De acordo com Martins, a adoção das IHMs da multinacional A iniciativa consiste na implantação de uma usina solar fo-
japonesa, além da facilidade na integração das soluções e no tovoltaica, com capacidade instalada de 15 kWp, e na troca de
sistema de programação dos equipamentos foram fatores decisi- toda a iluminação da escola para tecnologia LED, totalizando
vos para alcançar tal resultado. “Além disso, quando destacamos 290 pontos. A expectativa é que estas ações estejam concluídas
que o nosso equipamento possui componentes da Mitsubishi até o final do primeiro trimestre de 2018. Com sua implantação,
Electric, a percepção dos clientes melhora, pois o know-how e a o projeto irá beneficiar diretamente 456 alunos e 51 educado-
confiabilidade da marca são reconhecidos por sua excelência”. res e colaboradores da escola, promovendo e disseminando o
Entre os benefícios estão a confiabilidade da marca e o consumo consciente de energia elétrica entre os estudantes,
atendimento pós-vendas da Mitsubishi Electric. “Conseguimos pais e professores.
hoje uma precisão muito grande no interfolhamento, embala- O projeto de eficiência energética da escola foi vencedor, em
mento e corte de frios por conta da programação simplificada 2016, da etapa nacional do prêmio Zayed de Energia do Futuro
e acessível proporcionada pelas IHMs. Antes era necessário que na categoria Escolas Secundárias Globais, promovido pelo go-
os cálculos fossem feitos à mão, e agora tudo é automatizado”, verno dos Emirados Árabes Unidos. Com a conquista, a escola
conclui Martins. credenciou-se para disputar a final com outros três países em
De acordo com o supervisor Comercial da Mitsubishi Electric, janeiro deste ano em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes
Fábio Toledo, a parceria com a Equimatec simboliza o cenário Unidos. Na ocasião, o projeto brasileiro ficou em terceiro lugar.
ideal, onde um fabricante de máquinas com grande potencial Elaborado por alunos e professores da instituição, o projeto
se alia a uma marca de tradição capaz de agregar inovação e será financiado pelo Programa de Eficiência Energética da Agên-
valor aos equipamentos, tornando o processo mais interativo e cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e executado pela CPFL
inteligente. “Informações como espessura dos cortes, quantida- Santa Cruz. Além de promover a cultura do consumo consciente,
de de empilhamento entre outras, passaram a ser possíveis por o projeto também reforça o compromisso da distribuidora com
conta das nossas soluções”, finaliza Toledo. o desenvolvimento regional de sua área de concessão.

Bons resultados
Nos últimos anos, a Panasonic iniciou uma reestruturação em globo. Outro diferencial da companhia é ser a única do setor a atuar
toda a sua cadeia de negócios de pilhas do Brasil. Essa transforma- nas três categorias de pilhas: comum, alcalina e alcalina Premium.
ção começou pela produção, passou pelo treinamento de equipe até “Para os próximos anos, nós acreditamos que a utilização de
chegar à estratégia de distribuição dos produtos pelo Brasil, privi- pilhas alcalinas será cada vez maior, muito embora 60% do mer-
legiando o setor supermercadista. O resultado dessas mudanças é cado ainda consuma as comuns. Nos últimos cinco anos, fomos
um crescimento de 10,2% no número de pilhas comuns vendidas a empresa que mais ganhou market share. Passamos de 10%
e de 5,6% no número de pilhas alcalinas, entre 2015 e 2016, se- das unidades de pilha alcalina para quase 20%”, comenta Ser-
gundo dados Nielsen. gei Epof, diretor de Marketing, da Panasonic do Brasil. Alinhada
Para se ter uma ideia, a empresa investiu em nova linha de pro- a essa tendência, a Panasonic seguirá com a estratégia de cres-
dução para pilhas comuns AAA. Além de ser a única empresa a ter cimento para os próximos anos e focando em grandes capitais,
uma fábrica de pilhas alcalinas na América Latina, vale ressaltar onde estão os maiores consumos de pilhas alcalinas, que possuem
que todas as outras marcas importam o produto de outras partes do maior valor agregado.

potência 73
economia

Energia eólica
Informações divulgadas pela CCEE que as ferramentas para trabalhar com
(Câmara de Comercialização da Energia a variabilidade natural da fonte eólica
Elétrica) e MME (Ministério do Minas e evoluíram muito nos últimos anos e hoje
Energia) colocam a energia eólica brasi- o ONS (Operador Nacional do Sistema
leira num novo patamar. Elétrico) atua com altíssima previsibi-
Um dos dados é que, no mês de agos- lidade em relação à geração que vem

Logística

Foto: ShutterStock
to, a geração de energia eólica foi res- dos ventos. Este cenário nos mostra que
ponsável por 10% de energia da matriz a eólica é uma fonte madura, segura e

reversa
elétrica brasileira, com 5.825 MW médios, pronta para se expandir ainda mais na
de acordo com a CCEE. Foi a primeira vez matriz”, explica Elbia Gannoum, presi-
que a fonte atinge os dois dígitos de re- dente-executiva da ABEEólica. Foi publicado no dia 24 de outubro,
presentação na matriz. O Brasil tem hoje mais de 12,3 GW no Diário Oficial da União, o Decreto
O outro dado relevante é que o Bra- de capacidade instalada em mais de 490 9.177, que estabelece normas para as-
sil subiu mais uma posição e assumiu o parques distribuídos pelo Brasil. “Até segurar a isonomia na fiscalização e no
sétimo lugar entre os países com maior 2020, o Brasil terá pelo menos 17,5 GW cumprimento das obrigações imputa-
geração de energia eólica no mundo, ul- instalados, considerando apenas os lei- das aos fabricantes, aos importadores,
trapassando o Canadá, que caiu para a lões já realizados. Em dezembro, teremos aos distribuidores e aos comerciantes
oitava posição. Os dados são do Boletim dois leilões, um A-4 e um A-6, e espera- de produtos, seus resíduos e suas em-
de Energia Eólica Brasil e Mundo - Base mos aumentar mais este valor projetado, balagens sujeitos à logística reversa
2016, produzido pelo Ministério e Minas já que as eólicas têm se mostrado a fon- obrigatória.
e Energia (MME). te mais competitiva em leilões recentes”, O Decreto atende o pleito encam-
“Estes dados mostram que a fonte resume Elbia. pado pela Abinee (Associação Brasilei-
eólica está entrando numa nova fase. Já ra da Indústria Elétrica e Eletrônica),
é absolutamente claro para a sociedade representando o setor eletroeletrôni-
como um todo, para os técnicos que de- co, e replicado pelo governo para ou-
cidem o futuro do setor e também para tros setores.
os integrantes do governo que a eólica Para o diretor de sustentabilidade
não apenas é uma escolha sustentável e da Abinee, João Carlos Redondo, a pu-
financeiramente vantajosa, já que apre- blicação vem suprir a necessidade de
senta grande competitividade nos lei- uniformização e isonomia de todos os
lões, mas também é uma escolha segu- atores responsáveis pela implantação e
ra. O que o Brasil mais precisa é de uma operacionalização da logística reversa
matriz diversificada e limpa, sendo que de eletroeletrônicos no Brasil, ou seja,
a inclusão de mais eólicas é fundamen- os fabricantes, os importadores, os co-
tal nesse processo. Termos mais ener- merciantes e os distribuidores destes
Foto: Divulgação

gia eólica no sistema tem se mostrado produtos. “Até o momento, viam-se


possível, especialmente considerando obrigados a cumprir a legislação de
logística reversa somente aquelas em-
Foto: ShutterStock

presas que assinaram um Acordo Seto-


rial ou Termo de Compromisso”, expli-
ca Redondo.
Ele acrescenta que, com o Decre-
to publicado, independentemente de a
empresa assinar ou não, todas terão as
mesmas obrigações, responsabilidade e
custos aplicados. “Com este ato, o go-
verno contribui para estimular a concor-
rência pautada pela ética no mercado
e o engajamento de todos na proteção
ao meio ambiente e à saúde humana”,
conclui o diretor da Abinee.

74 potência
Medição inteligente
As famílias que moram nos Condo- Os equipamentos serão instalados
mínios Colina do Sol, Lírios dos Vales, no conjunto habitacional durante o mês
Maria de Lourdes, Encontro das Águas, de novembro e, com isso, as residências
Vitória e Novo Horizonte, ambos lo- estarão conectadas automaticamente
calizados no bairro Jardim Maria de ao novo modelo. A mudança propor-
Lourdes, em Guarulhos, terão acesso cionará os seguintes benefícios: iden-
a um serviço de fornecimento de ener- tificação em tempo real de interrupção
gia ainda mais ágil, seguro e eficiente, no fornecimento de energia, possibili-
com a instalação de painéis inteligen- tando mais agilidade no atendimento;
tes de medição. A tecnologia, implan- maior proteção contra curtos elétricos
tada pela EDP São Paulo, vai beneficiar para os apartamentos, no caso de raios;
quase 850 famílias. leitura remota do consumo de energia,
“Estamos avançando com o proje- sem a necessidade de visita do leituris-
Foto: ShutterStock
to na cidade, esta é a segunda região ta; caixas de medição robustas que tra-
de implantação dos painéis inteligen- zem maior segurança aos moradores;
tes, e os benefícios ao consumidor são agilidade no atendimento nos casos de
imediatos. A automação da rede de
distribuição traz muita qualidade para
religação e suspensão de energia, com
retorno remoto e rápido.
Centro de
a execução de serviços e solicitações”,
ressalta Luciano Cavalcante, gestor
Em setembro, o conjunto habitacio-
nal Santa Cecília foi o primeiro a receber
Operações
O secretário estadual de Energia e
executivo de recuperação de receita a inovação na cidade. No local, 315 uni-
Mineração, João Carlos Meirelles, repre-
da empresa. dades consumidoras foram atendidas.
sentou o governador Geraldo Alckmin
no dia 25 de outubro na inauguração
do Centro de Operações de Geração de

Eficiência e beleza Energia da AES Tietê, na cidade de Bauru.


O Centro de Operações é o mais
Com investimentos de mais de R$ Casa, que são tombados pelo Patrimô- tecnológico do Brasil operando remo-
310 mil, do Programa de Eficiência Ener- nio Histórico, e também da Igreja Nossa tamente todas as usinas e eclusas da
gética (PEE), a Light modernizou a ilumi- Senhora de Bonsucesso, que faz parte do companhia, para garantir a alta dispo-
nação da Santa Casa de Misericórdia do conjunto arquitetônico da Santa Casa, no nibilidade dos sistemas.
Rio de Janeiro, com a substituição das Centro do Rio de Janeiro.  “Este centro chega não só para ge-
antigas lâmpadas ineficientes por ilumi- O projeto de modernização que be- rir o nível dos reservatórios e a geração
nação em LED, além de proporcionar uma neficiou a Santa Casa foi aprovado na 2ª hidrelétrica, mas também para regular a
programação de cores diferentes para as Chamada Pública de Projetos, realizada introdução das energias renováveis. Isso
luzes externas, o que possibilita uma utili- pela Light, com recursos do Programa impacta não só Bauru, mas também os
zação cênica para o belo prédio histórico. de Eficiência Energética da Aneel. O tra- municípios da região que serão benefi-
Mesmo com o toque moderno e efi- balho foi finalizado em outubro de 2017 ciados”, disse Meirelles.
ciente, foi possível manter a beleza dos com a instalação de iluminação em LED Foram investidos mais de R$ 20 mi-
lustres decorativos do prédio  da Santa e programação de novas cores para a ilu- lhões, que contemplam a implantação
minação externa do prédio da entidade, de um data center, sistema de geração
como explica Roberto Musser, coordena- solar fotovoltaico, micro rede inteligen-
dor de Planejamento e Gestão de Efici- te, controle de segurança de barragens,
ência Energética da Light: “Em cerca de sistema de monitoramento das bordas
seis meses, trabalhamos no projeto, em dos reservatórios e a operação dos ati-
que, além de economizar energia, foi pos- vos da companhia.
sível aproveitar os lustres antigos e fazer “Escolhemos a cidade de Bauru
o descarte adequado das lâmpadas an- para a instalação desse centro de opera-
teriormente usadas. Foram trocados mais ções não só pela sua localização estra-
de dois mil pontos de iluminação, o que tégica, mas principalmente pelo capital
Foto: Divulgação

permitirá uma economia de energia de humano existente”, disse o presidente


10,6% ao ano”. da AES Brasil, Julian Nebreda.

potência 75
vitrine

Novos modelos
Presente no segmento de iluminação desde 2014, a Lorenzetti amplia a linha Loren LED com o modelo Tubular T8. A lâmpada possui
vida útil estimada em 25 mil horas. Disponível em 60 cm (10 W) e 120 cm (20 W), trata-se de um modelo funcional, que possibilita a uti-
lização em ambientes residenciais e comerciais, como escritórios, hotéis, escolas, estacionamentos e indústrias. A lâmpada Tubular Loren
LED T8 apresenta baixa emissão de calor, característica que garante conforto ao ambiente.  Por não emitir raios ultravioletas e infraver-
melhos no facho de luz, os produtos não desbotam tecidos, roupas ou obras de arte. A  instalação ocorre de maneira prática e rápida, di-
retamente na rede elétrica, não necessitando de reator eletrônico. Ecoeficiente e sustentável, a lâmpada Tubular Loren LED T8, além de
reduzir o consumo de energia elétrica, funciona de maneira que a maior parte da energia consumida é revertida em iluminação e não em
calor, evitando desperdícios. Por não conter mercúrio, não polui o meio ambiente no descarte. Com garantia de dois anos, a lâmpada é
bivolt, resistente aos impactos e vibrações. Está disponível na versão branca fria (6.000 K).

Auxiliar de partida
A Vonder conta com uma linha completa de produtos voltados para o setor
automotivo, atendendo a diferentes públicos e necessidades, do consumidor final
ao profissional. São ferramentas manuais e elétricas, equipamentos para pintura,
lavadoras de alta pressão, aspiradores de pó, lubrificantes e graxas em spray, ma-
cacos hidráulicos, entre outros, além de uma linha especial voltada para a limpeza
automotiva. Entre os lançamentos para esse segmento, destaca-se o Auxiliar de
partida portátil APV 4000 Vonder, um produto portátil e muito fácil de usar, ideal
para auxiliar na partida de veículos em situações com baixo nível de carga da ba-
teria ou totalmente descarregada. Pode auxiliar em cerca de 10 partidas (seguindo
as orientações do manual), sendo indicado somente para veículos com baterias
de 6 V e 12 V com motor de até 2,4 L (2400 cc). Funciona também como carrega-
dor portátil de smartphones ou dispositivos que tenham alimentação USB. Possui
lanterna de LED de alta luminosidade, além de garras inteligentes que protegem
contra ligações de polaridade invertida ou sobrecarga.

Áreas corrosivas
A Conexled lançou um Projetor de LED indicado para iluminação de
áreas corrosivas. Batizado de Guaiúba, o produto é ideal para utilização
em locais que possuam gases, vapores e pós, áreas para fertilizantes ou em
áreas que não permitem uso de produtos metálicos. O corpo do produto é
fabricado em material termoplástico e difusor em policarbonato leitoso an-
ti-ofuscamento; já as alças e parafusos são em aço inox com revestimento
plástico especial anticorrosivo. Utiliza LEDs e driver apropriados para ilumi-
nação de alta performance que estão entre os mais eficientes do mercado.
Proporciona alta uniformidade luminosa e excelente rendimento, reduz o
ofuscamento, aumentando os índices de iluminação com economia de ener-
gia e baixa manutenção. A solução apresenta os seguintes dados técnicos:
potência de 52 W, tensão 90~277VAC, IRC: >70, temperaturas de cor de
6.000 (±275K) e fluxo luminoso da luminária de 3.650 lm. A garantia é de
3 anos e o produto é de fácil instalação e manutenção.

76 potência
Distribuição exclusiva
A Reymaster Materiais Elétricos está comercializando uma nova linha de pro-
dutos para iluminação em LED. É a PSMR, que chega de modo exclusivo no Brasil
com produtos destinados às áreas comerciais e industriais e com ótimo custo-be-
nefício. Dentre eles estão projetores em LED com até 200 W de potência e insta-
lação facilitada e as luminárias de LED, mais duráveis e que proporcionam grande
economia de energia. Entre os destaques estão as luminárias Highbay, que possi-
bilitam a aplicação em ambientes com pé direito elevado a partir de 6 metros, pois
possuem alto fluxo luminoso. Os produtos PSMR possuem ainda grau elevado de
proteção IP-65, sendo totalmente protegidos contra a penetração de poeira e são
resistentes a jatos d’água. Os produtos PSMR estão em conformidade com a nor-
ma europeia IEC 60598 e atendem à normativa RoHs, que proíbe que substâncias
perigosas sejam usadas em processos de fabricação - caso do mercúrio e chum-
bo. As Luminárias PSMR estão disponíveis nas potências de 100, 150 e 200 W ou
12.000, 18.000 e 24.000 lúmens. A linha da PSMR conta com a garantia estendida
da Reymaster, sendo de 3 anos para luminárias LED e de 2 anos para projetores. 

Instalação ágil
As Caixas de embutir específicas para paredes drywall Tramontina
destinam-se às instalações elétricas de baixa tensão, sejam residenciais,
comerciais ou industriais, e aplicam-se na passagem e distribuição dos du-
tos que acomodarão os fios e cabos elétricos. Fabricadas em polipropileno,
na cor amarela, estão disponíveis em dois modelos: 4x2 (retangular) e 4x4
(quadrada), adequadas a qualquer tipo de interruptor ou tomada. Maior
espaço interno garante a acomodação adequada da fiação. As “orelhas”
da caixa servem para fixá-la e ajustá-la com firmeza e permitem a regula-
gem em paredes de gesso simples ou duplo. Com entrada para eletroduto
flexível nos diâmetros nominais (bitolas) de 20 mm (½”) e 25 mm (¾”), a
caixa dispensa o uso de abraçadeiras, o que agiliza a instalação.

Fita de identificação
De forma pioneira, a Induscabos Condutores Elétricos apresenta ao mercado o Cabo de cobre nu com fita de identificação - uma ga-
rantia extra para quem compra e quem vende cabos de cobre nu. Normalmente, a dificuldade de identificação do fabricante e da bitola
nos cabos de cobre nu torna as transações comerciais mais susceptíveis a fraude. Justamente para inibir este tipo de prática, a Induscabos
lança o Cabo de Cobre nu com fita de identificação. Nos cabos com a fita é possível identificar o fabricante do produto mesmo após a re-
tirada da bobina ou instalação. Com as informações de bitola e fabricante gravada na fita, o cliente identifica facilmente o produto que
está recebendo. Os cabos de cobre nu sem esta fita de identificação dificultam a conferência no recebimento do item, e empresas mal-in-
tencionadas se aproveitam desta dificuldade e entregam produtos com seções (bitolas) menores do que as que o cliente comprou. A fita
de identificação impede que fabricantes e/ou revendedores entreguem produtos fabricados por terceiros (disbitolados) como se fossem
de marcas “premium”. Com o uso da fita o cliente tem a certeza de estar recebendo exatamente o produto do fabricante que comprou.

potência 77
vitrine

Proteção elétrica
A Soprano Materiais Elétricos está lançando os mini disjuntores SHB
DC (foto). Utilizados em instalações elétricas de corrente contínua, princi-
palmente de geração fotovoltaica, sua função principal é a proteção contra
sobrecargas e curtos-circuitos. Os mini disjuntores SHB DC estão dispo-
níveis em dois modelos, com corrente de 10 ou 16 A e podem ser encon-
trados em revendas de materiais elétricos e de material especializado em
geração fotovoltaica. É a segunda linha de produtos da Soprano voltada
para proteção de sistemas elétricos em corrente contínua - a empresa lan-
çou recentemente o Dispositivo de Proteção Contra Surtos DPS - DC. As
principais especificações técnicas do Mini Disjuntor SHB DC - 6 kA são:
Modelos SHB DC - 10 A 05121.2010.21 e SHB DC - 16 A 05121.2016.21;
Corrente nominal In (A) de 10 e 16; 2 polos; Grau de proteção IP20; Ten-
são máxima de isolamento Ui = 500 (Vcc); Tensão de operação Ue = 500
(Vcc); Temperatura de calibração 30°C; NBR IEC 60898-2; Capacidade de
interrupção simétrica de 6 (kA); Máximo torque dos terminais de 3,5 Nm
e Conexão para cabos de até 35 mm².

Software de projetos
Os modernos sistemas de HVAC podem ser modelados com a rapidez e a precisão que
exige a complexidade das atuais aplicações nas construções. O Trace™ 3D Plus combina
o motor EnergyPlus, do Departamento de Energia dos EUA, com a liderança da Trane em
conhecimento de HVAC para ajudar projetistas e consultores a interpretar e validar pro-
jetos com clareza. Segundo a companhia, os recursos do Trace™ 3D Plus elevam o nível
de precisão nos projetos de edificações e geram economia de tempo e de custo duran-
te as etapas do projeto. Com processo de modelagem mais rápido e fluxos de trabalho
visualmente mais dinâmicos, o Trace™ 3D Plus permite mudanças na planta do projeto
para o cálculo de carga térmica e para análise energética e econômica, tudo dentro do
mesmo arquivo de projeto. O Trace™ 3D Plus permite simplificar o complexo processo
de modelagem com a plataforma altamente adaptável, que pode ser personalizada de Iluminação de
acordo com o nível de detalhe desejado. O conhecimento de sistemas integrados propor-
ciona a detecção precoce de possíveis problemas no projeto. Umas das principais funções
emergência
do Trace™ 3D Plus é modelar projetos do mundo real com exatidão, incluindo energia A Key West, do Grupo DNI, apresen-
renovável, aquecimento e refrigeração radiantes, além de complexos sistemas de água ta o Bloco de Iluminação autônomo que
quente e gelada, como aqueles em mistura de água e trocadores de calor. abrange grandes áreas de até 200 m²,
o modelo DNI 6927 (foto). Com total
de 20 LEDs SMD, possui fluxo luminoso
potente de 1.000 Lúmens, temperatura
de cor de 6.000 K e potência máxima de
2 x 5 W (10 W total). Bivolt 127/220 V,
possui baterias inclusas (2 x 4 v 2 Ah –
recarregáveis). Com autonomia de três
horas, a solução mede 28,0 x 27,9 cm.
A Key West desenvolveu também outra
opção de Bloco de Luz de Emergência, o
modelo DNI-6926, de 500 Lúmens, com
12 LEDs SMD, que abrange até 110 m².

78 potência
Solução provisória
A Fixtil disponibiliza acessórios para fixação para serem utilizados em todas as fases
de uma obra: fundação, estrutura e acabamento final dentro dos ambientes internos e
externos de uma residência, prédio, loja ou escritório. O início da obra necessita de insta-
lação elétrica provisória para iluminar ambientes e ligar aparelhos
elétricos, como furadeiras e serras elétricas. Para atender aos
profissionais dos segmentos de construção civil e elétrica,
a Fixtil incluiu em seu mix a Tomada de sobrepor redon-
da (foto), com capacidade máxima de 10 A, para apa-
relhos de baixa tensão 110 ou 220 V. Disponível na cor
cinza, é fabricada em material plástico, funciona como
tomada provisória de obras ou ambientes, com a van-
tagem de não precisar quebrar a parede para ser ins-
talada, ou seja, o produto é fixado de forma sobrepos-
ta, e, posteriormente, quando o usuário não quiser mais
utilizá-lo, basta removê-la e tapar os furos dos parafusos,
conservando a parede com a aparência original. A empre-
Energia solar
sa oferece outros acessórios com a mesma função de fixação A NeoSolar Energia, empresa que
provisória, entre eles, o Interruptor de Sobrepor e o Pulsador cam- oferece consultoria, instalação e comer-
painha. Os pinos e tomadas da Fixtil estão de acordo com as novas normas do Inmetro, cialização de produtos que viabilizem a
apresentando bordas de proteção para evitar choque. produção e o consumo de energia solar
fotovoltaica, agora atua também na fa-
bricação de itens de marca própria. As
primeiras novidades apresentadas ao
mercado são o Totem Solar Carregador
NeoSolar, Gerador Solar Plug and Play
Detecção de gás NeoSolar 40 kWh/mês e o Gerador Solar
Para identificar vazamentos de hexafluoreto de en- Plug and Play NeoSolar 60 kWh/mês. Os
xofre (SF6), utilizado como isolante elétrico em apli- lançamentos utilizam a luz do sol como
cações de alta tensão, geralmente é preciso recorrer à fonte e fornecem energia elétrica para
aquisição ou aluguel de um detector de gás oneroso ou carregamento de diversos dispositivos,
à contratação de um consultor terceirizado. As alterna- conectados pela tomada ou USB. Para
tivas são o desligamento do equipamento e utilização funcionar, produzindo e armazenando
de um “farejador”, que depois de algum tempo é capaz energia, basta que sejam fixados ao
de determinar apenas a área aproximada do vazamento, ou solo em local exposto ao sol. O Totem
o revestimento de todo o equipamento com água e sabão e Solar carregador NeoSolar tem capaci-
subsequente inspeção, que é extremamente demorada e também dade para alimentar cinco notebooks e
requer que o equipamento seja desligado. O novo Detector de 40 celulares por dia. O Gerador Plug and
Vazamento de Gás SF6 Fluke® Ti450 combina uma câmera de Play de 40 kwh /mês tem capacidade,
infravermelho de alta qualidade com um detector de vazamen- por exemplo, de alimentar uma TV, cinco
to de SF6 que identifica visualmente e com precisão os locais lâmpadas de 10 W, por 4 horas, além de
de vazamento de SF6 sem precisar desligar o equipamento. O notebook, celular, som e pequenos con-
Ti450 SF6 permite que as equipes o incluam como parte da ro- sumos. Já a versão de 60 kwh/mês pode
tina de manutenção, permitindo que eles conduzam inspeções alimentar uma geladeira de 240 L, além
de infravermelho e de gás sempre que necessário, em qualquer de TV e cinco lâmpadas de 10 W, por
lugar. A ferramenta da Fluke elimina a necessidade de esperar 4 horas, bem como notebooks, celula-
pelas inspeções anuais ou semestrais e os consequentes aluguéis res e pequenos consumos também. Os
caros de equipamentos ou consultores, para que o trabalho de produtos são ideais para eventos como
manutenção possa ser feito sempre que necessário, reduzindo shows, festivais de música, gastronomia,
potenciais danos ao equipamento. O Ti450 SF6 tipo pistola torna entre outros, podem também servir em
o diagnóstico de problemas mais conveniente, bastando apontar parques, praças, condomínios, resorts,
e disparar, mesmo em locais altos ou de difícil acesso. clubes, hotéis e afins.

potência 79
agenda dezembro

cursos
Relés de Proteção SEL Schweitzer: Estudo, parametrização e testes
Data/Local: 04 e 05/12 – Uberlândia (MG)
Informações: www.conprove.com.br e (34) 3218-6800

Qualidade da energia, eficiência energética e custos


Data/Local: 04 a 06/12 – São Paulo (SP)
Informações: cursos@barreto.eng.br e www.barreto.eng.br

Como se tornar um LEED AP O+M (Operations + Maintenance)


Data/Local: 07 e 08/12 – São Paulo (SP)
Informações: cursos@gbcbrasil.org.br e (11) 4191-7805

Interpretação de Oscilografias
Data/Local: 11 a 13/12 – Campinas (SP)
Informações: universidade_br@selinc.com e (19) 3515-2060

Energia solar: sistemas conectados à rede - integrador


Data/Local: 11 a 15/12 – São Paulo (SP)
Informações: www.neosolar.com.br

Energia solar: sistemas conectados à rede


Data/Local: 13 a 15/12 – São Paulo (SP)
Informações: www.neosolar.com.br 

Instalações elétricas e de instrumentação em atmosferas explosivas


Data/Local: 18 a 20/12 – Rio de Janeiro (RJ)
Informações: 0800-0231231 e https://www.cursosenairio.com.br/cursorio/portal/detalhe-do-curso/instituto-
-senai-de-tecnologia-automacao-e-simulacao/nocoes-de-instalacoes-eletricas-e-de-instrumentacao-em-areas-
-classificadas-atmosfera-explosiva

Esquemas de teleproteção em sistemas de transmissão de alta e extra-alta tensão


Data/Local: 19 e 20/12 – Campinas (SP)
Informações: universidade_br@selinc.com e (19) 3515-2060

Eventos
Encontro Baiano de Energia Solar
Data/Local: 05/12 – Salvador (BA)
Informações: www.viex-americas.com/conferencias/encontro-baiano-energia-solar

4º Seminário Socioambiental Eólico


Data/Local: 06/12 – Salvador (BA)
Informações: www.viex-americas.com/conferencias/seminario-socioambiental-eolico

80 potência
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Recado do Hilton Engenharia

Mês do Engenheiro
Eletricista: uma boa
discussão para comemorar
N
o dia 23 de novembro é come- Os motivos pelos quais o CAU agiu vadas pela falta de matérias específicas
morado no Brasil o “Dia do nessa direção são claros e compreen- no curso de arquitetura e urbanismo”,
Engenheiro Eletricista”, data síveis, e vão no sentido de ampliar as onde pedem providências da PGR no
em que, no ano de 1913, foi oportunidades de trabalho para seus sentido de instaurar um procedimen-
fundado o Instituto Eletrotécnico de Itajubá agregados. No entanto, a justificativa to para apuração das circunstâncias
(MG). E neste ano de 2017, a classe tem para essa ação não se sustenta à luz da da publicação da Resolução nº 21; a
mais a brigar do que a comemorar. análise fria e simples dos fatos. expedição de ofício ao Ministério da
Isso porque, após o início de funciona- Dentre inúmeros dados sobre o Educação – MEC, ao Conselho Federal
mento do CAU (Conselho de Arquitetura tema, apenas para ilustrar, um levanta- de Engenharia e Agronomia - CONFEA,
e Urbanismo), ele publicou a sua própria mento realizado pelo amigo e engenhei- e ao Conselho de Arquitetura e Urba-
Resolução nº 21 de 05/04/2012, que auto ro eletricista Paulo Barreto aponta que nismo - CAU, para que apresentem pa-
ampliou as atribuições dos profissionais li- um estudante de arquitetura tem menos receres sobre o assunto; a revisão do
gados àquele Conselho para muito além de 2% de suas disciplinas do curso de artigo 2º da Lei nº 12.378 (atribuições
do razoável e lógico. Por exemplo, a partir graduação dedicadas à elétrica e hidráu- dos arquitetos e urbanistas) ou a revi-
dessa resolução, os arquitetos atribuíram lica. Em algumas escolas, esses alunos são da grade curricular obrigatória do
unilateralmente a si próprios a competên- não têm nenhuma disciplina nessas áre- curso de arquitetura e urbanismo; a nu-
cia de realizar projetos, instalações e de- as. Mesmo quando têm aulas de elétrica lidade da Resolução nº 21 do CAU/BR;
mais atividades na área elétrica. e hidráulica, elas são ministradas como e a criação de um grupo de trabalho,
Desnecessário dizer a confusão e matérias informativas, o que não cons- com participação de representantes de
conflitos que passaram a existir no mer- titui base para o exercício da profissão. entidades do setor e técnicos.
cado a partir dessa ação do CAU. É o caso similar dos engenheiros eletri- O assunto está apenas no começo,
cistas, que têm aulas informativas de mas muita discussão deve vir pela fren-
resistência dos materiais, por exemplo, te. E a motivação principal de todos os
Um estudante de e nem por isso podem sair por aí cons- envolvidos deve ser uma só: a segurança
das pessoas e do patrimônio.
truindo pontes e viadutos ou até mesmo
arquitetura tem pequenos postes de entrada de energia Até a próxima edição!
em baixa tensão.
menos de 2% de O mais recente movimento que tem

suas disciplinas por objetivo rediscutir essa auto de-


cisão do CAU de alargar as áreas de

do curso de atuação dos arquitetos partiu no dia


24 de outubro último de um grupo de

graduação entidades representativas de vários se-


tores ligados a projetos e instalações.
dedicadas Elas enviaram uma solicitação aos cui-
Foto: Ricardo Brito/HMNews

dados da Exma. Sra. Dra. Raquel Elias


à elétrica e Ferreira Dodge, Procuradora Geral da
República, com o título “Riscos aos
hidráulica. usuários de edificações públicas e pri-
Hilton
Moreno

82 potência
nucleotcm

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