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Enersolar e Exposec Iluminação pública

Organizados em São Paulo no mês de maio, Mercado passa por mudanças


eventos apresentam oportunidades de significativas, com o avanço de tecnologias
negócios e diversificação de tecnologias e mudanças no sistema de gestão
Junho’2017

A NO 13 Elétrica, Iluminação, Automação,


N º 138 Sustentabilidade e Sistemas Prediais
EDITORA

Energia
eólica
Mercado apresenta
ANO 13 – Nº 138 • Potência

crescimento expressivo
no Brasil e investimentos
avançam. Em 2016, os
aportes chegaram a
US$ 5,4 bilhões e foram
criados 30 mil empregos
em torno da cadeia
eólica instalada no País.
No entanto, para que
evolução continue é
necessária a realização
de novos leilões

Entrevista Igor Tavares, diretor da FIEE, fala sobre as novidades e mudanças


implementadas no evento, que ocorre em São Paulo entre os dias 25 e 28 de julho
Fórum 2017
o
d e naçã n
Coo f. Hilto
r
Eventos com duração de um dia com
Pro eno
Mor palestras de consultores renomados e
especialistas de empresas.

CIDADES QUE VÃO RECEBER O


FÓRUM POTÊNCIA 2017
REALIZADO REALIZADO REALIZADO JULHO 06/07
Fotos: Divulgação

Brasília (DF) Rio de Janeiro (RJ) Campinas (SP) São Paulo (SP)

AGOSTO 15/08 SETEMBRO 14/09 OUTUBRO 26/10 NOVEMBRO 21/11

Salvador (BA) Porto Alegre (RS) Maringá (PR) Ribeirão Preto &
Sertãozinho (SP)

Informações sobre patrocínio:

(11) 4225-5400 publicidade@hmnews.com.br


Fórum 2017

Principais Temas
Iluminação (LED), Fotovoltaica, Baixa Tensão, Média Tensão,
Medição e Termografia, Eficiência Energética, Proteção e
Seletividade, Painéis Elétricos, Subestações e Automação

Fórum Potência 2015-2017 (19 etapas)

Profissionais inscritos: 9.500


Empresas inscritas: 2.800
RAMO DE ATIVIDADE PROFISSÃO
Professores/
Concessionária Distribuidor/ Outros Estudantes
Pública 5% Revendedor Outros 6% 3%
Construtora 4% Técnicos/
5% Tecnólogos
Projetos
Consultoria 8%
15%
5%
Outros
Engenheiros
Autônomo 8%
8% Engenheiros
Eletricistas
Instalação 39%
11%
Outros
8%
Eletricistas
/Instaladores
13%

Ensino Manutenção
9% 11%

Indústria Técnicos/Tecnólogos/Eletrotécnicos
Serviços Públicos
9% 23%
10%

Organização Divulgação www.forumpotencia.com.br


linkedin.com/company/revistapotencia
Revista

facebook.com/revistapotencia
sumário

14 de
Matéria
Capa
Setor de energia eólica tem
apresentado crescimento
expressivo no Brasil. Em 2016,
os investimentos nessa área
chegaram a US$ 5,4 bilhões,
mas é necessária a realização
de novos leilões para que o
avanço continue.

48 evento
Enersolar e Exposec, organizadas em São Paulo
no mês de maio, apresentam oportunidades de
negócios e diversificação de tecnologias em energias
Outras seções renováveis e em sistemas de segurança.

05 › ao leitor 06 Entrevista
Igor Tavares, diretor da FIEE, fala sobre as novidades
48
10 › Holofote
e mudanças implementadas no evento, que ocorre
22 › Caderno EX em São Paulo entre os dias 25 e 28 de julho. Feira foi
completamente remodelada e organizadores estão
36 › destaque otimistas em relação aos resultados.
60 › Espaço Abreme

62 › Entrevista Abreme 40

63 › Entrevista Abreme

64 › Artigo Luiz Arruda


56 caderno da
66 › Radar Dow Iluminação
É comum ouvirmos a palavra
70 › Artigo Procobre ‘parceria’ quando tratamos
72 › Projeto conectar
da relação comercial

76 › economia 40 Mercado
Setor de iluminação pública tem passado por
entre duas empresas.
O ponto fundamental é
saber se essa parceria
78 › Vitrine
mudanças significativas. De um lado, avançam novas realmente acontece
80 › agenda tecnologias. De outro, o sistema de gerenciamento de forma a transformar
passou das mãos das distribuidoras de energia para a relação comercial de
81 › link direto as prefeituras municipais, que buscam estabelecer ‘fornecedor-cliente’ em algo
82 › Recado do Hilton
bases contratuais mais favoráveis para garantir mais próximo e vantajoso para 56
serviços de qualidade. ambos os lados.

4 potência
E X P E D IE N TE
ao leitor

Fundadores:

Oportunidades em várias frentes


Elisabeth Lopes Bridi Não por acaso, muito se tem falado sobre crise no Brasil nos últimos
Habib S. Bridi (in memoriam)
anos. Afinal, por melhores que sejam as intenções e ações da equipe
ano XIII • nº 138 • Junho'17
econômica do governo, assim como os esforços e iniciativas dos em-
Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, presários do setor privado, a parte política insiste em atrapalhar. Su-
com circulação nacional, dirigida a indústrias, dis-
tribuidores, varejistas, home centers, construtoras, cessivos escândalos colocam o atual presidente e, naturalmente, seu
arquitetos, engenharias, instaladores, integradores governo em xeque. O que deixa o mercado ‘nervoso’ e as empresas
e demais profissionais que atuam nos segmentos
de elétrica, iluminação, automação e sistemas
inseguras na hora de investir.
prediais. Órgão oficial da Abreme - Associação Nesse cenário confuso, no entanto, há setores da economia que
Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de
Materiais Elétricos.
têm conseguido superar as dificuldades e crescer, inclusive com a gera-
ção de empregos. E, nessa edição da Potência, temos alguns exemplos
Diretoria positivos. O principal case aparece logo na matéria de capa, que trata
Hilton Moreno
Marcos Orsolon da evolução da energia eólica no Brasil. Esse mercado tem apresen-
Conselho Editorial
tado crescimento expressivo no País nos últimos anos, com um bom
Hilton Moreno, Marcos Orsolon, Carlos Soares Peixi- volume de investimentos. Só em 2016, mesmo com a crise, os aportes
nho, Daniel Tatini, Francisco Simon, José Jorge Felismino Pa-
rente, José Luiz Pantaleo, Marcos Sutiro, Nellifer Obradovic,
chegaram a US$ 5,4 bilhões e foram criados mais de 30 mil empregos
Nemias de Souza Noia, Paulo Roberto de Campos, Roberto em torno da cadeia eólica instalada no Brasil. E há espaço para um
Varoto, Nelson López, José Roberto Muratori e Juarez Guerra.
avanço ainda maior nessa área. Basta que o governo federal realize
Redação
novos leilões. Ou seja, se o governo não atrapalhar, o setor seguirá
Diretor de Redação: Marcos Orsolon
Editor: Paulo Martins em forte evolução no País.
Fotos: Ricardo Brito
Jornalista Responsável: Marcos Orsolon
Outras reportagens trazem boas notícias de outras áreas. A co-
(MTB nº 27.231) bertura da Enersolar e Exposec, organizadas em São Paulo no mês de
Participou dessa edição: Clarice Bombana
maio, revelou que os mercados de energias renováveis e sistemas de
Departamento Comercial segurança também têm gerado oportunidades de negócios no mo-
Executivos de Vendas:
Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo
mento, com boas perspectivas pela frente.
e Rosa M. P. Melo Da mesma forma, o setor de iluminação pública tem registrado
Gestores de Eventos bom movimento. Nesse caso, impulsionado principalmente por dois
Pietro Peres e Décio Norberto
fatores: o avanço de novas tecnologias, como o LED, e mudanças no
Gestora Administrativa sistema de gerenciamento, que passou das mãos das distribuidoras
Maria Suelma
para as prefeituras municipais.
Produção Visual e Gráfica
Estúdio AMC
A entrevista do mês também traz um bom exemplo de que traba-
lho e criatividade podem gerar bons resultados. No bate-papo, Igor
Impressão
Grupo Pigma Tavares, diretor da FIEE, fala sobre as novidades e mudanças imple-
Contatos Geral mentadas no evento, que ocorre em São Paulo entre os dias 25 e 28
Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 de julho. Ele explica, entre outros pontos, que a feira foi completa-
São Caetano do Sul - SP - contato@hmnews.com.br
Fone: +55 11 4225-5400 mente remodelada para a edição 2017, atraindo players importantes
Redação
do setor, que estão otimistas em relação aos possíveis resultados.
redacao@hmnews.com.br Como se vê, a área elétrica continua viva, forte e pedindo passa-
Fone: +55 11 4746-1330
gem para crescer. Que os problemas políticos saiam da frente para
Comercial avançarmos.
publicidade@hmnews.com.br
F. +55 11 4225-5400 Boa leitura
Fechamento Editorial: 26/06/2017
Circulação: 30/06/2017

Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e


colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião
da revista e de seus editores. Potência não se responsa-
biliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitá-
rios. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme
Fotos: Ricardo Brito/HMNews

são de responsabilidade da Associação. Não publicamos


matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proi-
bida a reprodução total ou parcial das matérias sem a
autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo
jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada Marcos Hilton
de acordo com a Lei de Imprensa. orsolon Moreno

potência 5
entrevista Igor Tavares

De cara nova
29ª edição da FIEE –
Feira Internacional
da Indústria Elétrica,
Eletrônica, Energia e
Automação apresenta
inúmeras novidades.

Entrevista a Marcos Orsolon

firmada a participação de 400 empre-


sas expositoras, representando mais
de 1.000 marcas nacionais e interna-
cionais. Estarão presentes empresas
do Brasil, Alemanha, China, Coreia do
Sul, EUA, Hong Kong, Índia, Itália, Su-
íça, Taiwan e Turquia.
Na entrevista que segue, Igor Ta-
vares, diretor da FIEE, fala sobre as
mudanças e novidades no evento. Ele
cita a divisão da FIEE em quatro seto-
Foto: Divulgação

res - Automação, Eletrônica, Equipa-


mentos Industriais e GTDC - e afirma:

R
“Estamos diante de uma nova FIEE,
eestruturação completa. Essa Nesse processo, os organizadores totalmente dimensionada para aten-
frase resume o perfil da FIEE ouviram o público e os potenciais ex- der às necessidades de setores muito
2017, que ocorre no final de positores. Analisaram o que melhor se estratégicos e com grande potencial
julho, no São Paulo Expo, na faz no mundo em termos de realização de crescimento em nível global, como
capital paulista. A principal feira da área de eventos e aplicaram novos concei- o setor de energia. A feira está bastan-
elétrica da América Latina passou por tos, unindo tradução e inovação. te completa e une a tradição de um
grandes e profundas transformações E a receptividade foi boa. Até o fe- evento consolidado com a inovação
para chegar renovada em 2017. chamento dessa edição, já estava con- demandada pelo mercado”.

6 potência
Entrevista Interview Entrevista
Entrevista com autoridades e Interview with authorities and Entrevista con autoridades y
profissionais do setor elétrico. professionals of the electrical sector. profesionales del sector eléctrico.

1
Que fatores levaram os se- Para reforçar essa reformulação do reforça o papel de polo gerador de ne-
nhores a investir na reestru- evento, o grande destaque será a re- gócios da FIEE.
turação da FIEE, que este ano alização de quatro conferências téc- Teremos durante a FIEE a entrega do
ocorre entre 25 e 28 de julho? nicas simultâneas, sendo uma de- Prêmio Potência de Inovação Tecnoló-
A FIEE foi toda reformulada para acom- las dedicada somente à temática de gica, um reconhecimento às empresas
panhar o dinamismo de um mercado GTDC. Esta conferência contará com a que investem em inovação, design,
em constante evolução, a demanda presença de grandes concessionárias qualidade, segurança, respeito às nor-
por inovação e a necessidade de aten- de energia, agentes governamentais mas, novas matérias-primas, eficiência
der um novo segmento, que já estava e executivos do setor que discutirão energética e sustentabilidade.
intrinsecamente ligado à feira: o setor tendências e o futuro dos negócios. Fazemos um intenso trabalho de qua-
de GTDC – Geração, Transmissão, Dis- Ao todo, serão mais de 80 horas de lificação do público com profissionais
tribuição e Comercialização de Energia. conteúdo diferenciado, gratuito e de atuantes nos segmentos de geração
A partir dessas mudanças, além de alto nível, durante os quatro dias de de energia, transmissão e distribuição
nova data e local – São Paulo Expo –, o realização do evento no AbineeTEC, de energia, consultoria e engenharia
evento se tornou ainda mais completo, que também abrangerá os temas de elétrica, indústria, varejo e governo,
pois nenhuma outra feira no País reúne Automação e Manufatura Inteligente, com perfil especificador e tomador de
a gama de setores apresentada na FIEE, Inovação e Negócios Tecnológicos, Tec- decisões.
pois também abrange os segmentos de nologia e Sustentabilidade.

3
Automação, Eletrônica e Equipamentos Em parceria com a GREEN Eletron, Que aspectos foram conside-
Industriais.  gestora para logística reversa de rados na seleção e no desen-
A edição de 2017 da FIEE terá a par- equipamentos eletroeletrônicos da volvimento das ações de re-
ticipação de 400 empresas exposi- Abinee – Associação Brasileira da In- estruturação?
toras, representando mais de 1.000 dústria Elétrica e Eletrônica, a FIEE Levamos em consideração os resulta-
marcas nacionais e internacionais. também será ponto de coleta de ma- dos de pesquisas realizadas com os vi-
Estarão presentes empresas do Bra- teriais eletrônicos durante os quatro sitantes na última edição, consultamos
sil, Alemanha, China, Coreia do Sul, dias do evento. Estes equipamentos, especialistas, analisamos tendências de
EUA, Hong Kong, Índia, Itália, Suíça, se descartados em seu final de vida de mercado, além de ter buscado melhores
Taiwan e Turquia. maneira incorreta, podem representar práticas de eventos da Reed Exhibitions
risco. No entanto, a destinação final global, que promove importantes fei-

2
Quais foram as principais também pode ser uma oportunidade, ras do setor, como NEPCON, C-TOUCH
ações deflagradas nesse tra- caso sejam coletados e reinseridos em & DISPLAY, All-Energy Exhibition & Con-
balho de reestruturação? uma cadeia produtiva, papel exercido ference, SPE Offshore Europe, World
A grande reestruturação da FIEE está na pela GREEN Eletron. Future Energy Summit e International
abrangência do setor de GTDC, que a O evento terá ainda Rodadas de Ne- Biomass Expo. A experiência da com-
partir de agora terá novos expositores de gócios com reuniões bem focadas em panhia nos eventos do segmento de
serviços, tecnologias e produtos voltados compradores selecionados e exposito- energia realizados no Brasil, tais como
à cadeia de Geração, Transmissão, Dis- res. Já temos confirmada a participa- Brasil Offshore, Fenasucro & Agroca-
tribuição e Comercialização de Energia. ção de marcas âncoras do setor, o que na e Santos Offshore, também contri-

A FIEE foi toda reformulada para acompanhar o dinamismo de um


mercado em constante evolução e a demanda por inovação.

potência 7
entrevista Igor Tavares

6 Estamos diante
buiu para as mudanças que trouxemos Uma das novidades da edi-
para a FIEE.  ção desse ano é a divisão do
evento em quatro setores: de uma nova

4
O que essa edição da FIEE traz Automação, Eletrônica, Equipa-
de novidade, em relação à sua mentos Industriais e GTDC. Por que FIEE, totalmente
última edição? se optou por essa divisão e por que
Nova data, novo local, novo setor essas áreas foram selecionadas? dimensionada
(GTDC) e rodadas de negócios com A escolha dos setores se consolidou a
um seleto clube de compradores que partir de pesquisas realizadas com os para atender
participarão de reuniões pré-agenda- profissionais que visitam a feira e de
das, colocando-os frente a frente para um estudo de mercado conduzido pelo às necessidades
uma demanda já direcionada aos seus nosso departamento de inteligência.
negócios.  Do total de visitantes da FIEE, 20% se de setores
interessa exclusivamente pelo setor de
estratégicos e
5
A partir dessas novidades, automação; 26% dos compradores da
é correto afirmar que a FIEE última edição estavam interessados no
passa a ter um novo perfil? setor de eletrônica e 22% dos compra- com grande
Estamos diante de uma nova FIEE, to- dores buscavam exclusivamente equi-
talmente dimensionada para atender pamentos industriais para instalação, potencial de
às necessidades de setores muito es- manutenção e modernização de chão
tratégicos e com grande potencial de de fábricas. Identificamos também que crescimento em
crescimento em nível global, como o 32% do público estava em busca de
setor de energia. A feira está bastante materiais, equipamentos e tecnologia
nível global, como
completa e une a tradição de um even- do setor energético. Por isso, criamos
to consolidado com a inovação deman- o novo setor de GTDC, tornando a FIEE
o setor de energia.
dada pelo mercado. Na nova FIEE te- ainda mais completa.
remos mais de 80 horas de conteúdo que contará com a presença dos pre-

7
de alto nível, gratuito e de qualidade Que eventos paralelos estão sidentes de empresas como a Nokia,
para qualificação dos profissionais que programados durante os dias Siemens, Qualcomm, GE, ABB, entre
visitam a feira, algo que identificamos de exposição? outros nomes, e uma palestra especial
como sendo de grande interesse por Teremos mais de 80 horas de conteú- do Professor Thales Teixeira da Harvard
quem procura o evento. do diferenciado e gratuito para a qua- Business School.
lificação de profissionais da área. Se-

8
rão quatro conferências simultâneas Como o mercado (principal-
no AbineeTec, divididas pelos temas: mente os potenciais expo-

FIEE 2017 Automação e Manufatura Inteligente,


GTDC, Inovação e Negócios Tecnológi-
sitores) tem recebido essa
nova FIEE? As empresas se mos-
A FIEE 2017 contará com 400 em- cos, Tecnologia e Sustentabilidade. As tram mais confiantes em relação
presas expositoras, representando mais palestras ocorrerão em “Ilhas Temá- ao sucesso do evento?
de 1.000 marcas nacionais e internacio- ticas”, no ambiente da própria feira. O mercado recebeu muito bem a pro-
nais. Os organizadores esperam a visita Diariamente, em cada auditório serão posta da nova FIEE e as mais importan-
de 50 mil profissionais, de diversos ra- apresentados painéis e debates, inter- tes empresas estarão presentes, tanto
mos da indústria, varejo e setor público. calados com exposições técnicas de como expositores como visitantes. Em
empresas para agregar valor ao con- um ano extremamente desafiador, a
Data: 25 a 28 de julho teúdo apresentado e complementar às FIEE é vista como um polo gerador de
Horário: 13:00 às 20:00h respectivas temáticas.  negócios, de apresentação de tendên-
Para a abertura oficial do evento, a Abi- cias se consolidando como o maior en-
Local: São Paulo Expo
nee promoverá o Fórum Conectividade, contro estratégico do setor.

8 potência
holofote

Case de sucesso Novo


A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia e
automação, está comemorando 10 anos de aquisição da APC. Adquirida
serviço
A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos,
pela multinacional francesa por US$ 6,1 bilhões e respaldada pela
uma das mais importantes
força, experiência e a ampla rede de serviços críticos de energia da
empresas do segmento de elétrica,
Schneider com a incorporação da APC, se tornou padrão da indústria
lança mais um grande serviço
em energia crítica e infraestrutura física de TI, trazendo destaque
para seus clientes: o Estoque de
global, integrando soluções de infraestrutura, gerenciamento e
Oportunidades. Esse novo serviço
segurança que protegem empresas de todo o mundo. “Somos o número
proporciona diversas vantagens
um em qualidade e inovação e oferecemos ao mercado produtos
para os lojistas e para os clientes da
Luciano Santos e soluções que asseguram alta disponibilidade e maior eficiência
empresa. Segundo Paulo Alessandro
Foto: Divulgação de energia em ambientes residenciais, corporativos, data centers e
Delgado, gerente de Marketing da
industriais”, avalia Luciano Santos, vice-presidente da divisão ITD da
Cobrecom Fios e Cabos Elétricos,
Schneider Electric.
o Estoque de Oportunidades é
O executivo considera a aquisição da APC pela Schneider Electric um
a melhor forma para os lojistas
case de sucesso. A fusão entre as duas empresas apresentava certo
e revendedores reduzirem seu
risco por serem de segmentos diferentes. Apesar dessa percepção,
investimento em estoque e não
as empresas utilizaram todo o seu know-how e combinaram seus
perderem nenhuma venda por
produtos e soluções criando um portfólio unificado, possibilitando
problemas de ruptura.
o fornecimento de soluções integradas para o setor de data center,
Ao acessar o site https://
subestação de energia e instalação elétrica para média e baixa tensão,
portalcobrecom.com.br o lojista se
além de soluções de refrigeração, energia crítica e software. Agora,
cadastra e tem acesso aos produtos
10 anos depois, a APC by Schneider Electric é líder de mercado no
que estão disponíveis nos estoques
segmento de gerenciamento e proteção de energia.
das fábricas da Cobrecom Fios e
A marca APC by Schneider vem cada vez mais ganhando mercado e a
Cabos Elétricos. Com isso, os lojistas
perspectiva do setor é promissora, especialmente devido ao crescimento
e revendedores não perderão
do mercado de Edge Computing, para o qual a empresa possui uma
vendas em função de não haver
gama completa de soluções composta também por racks, acessórios, ar-
determinados produtos de alto
condicionado de precisão e monitoramento ambiental e de segurança.
valor no estoque. Por enquanto o
Para os nobreaks trifásicos a empresa passou a usar a marca Schneider
serviço está disponível para clientes
Electric e consolidou sua presença em um mercado em expansão.
dos estados de São Paulo, Paraná,
Segundo o Gartner, o mercado global de UPSs para Data Centers está em
Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
franco crescimento. A consultoria estima que, após dois anos de queda no
mas em breve estará acessível nas
Brasil, esse segmento deve crescer 1,6%.
demais regiões do Brasil.

Errata
Nas últimas edições da Revista Potência publicamos no Espaço Abreme o Expediente
com alguns nomes desatualizados de diretores da entidade. Depois da última eleição
na associação, o Expediente com os novos diretores é o seguinte:

Diretoria Colegiada Marcos Augusto de João Carlos Faria Júnior


Francisco Simon Angelieri Sutiro Elétrica Comercial Andra Ltda.
Portal Comercial Elétrica Ltda. Grupo Mater Ricardo Ryoiti Daizem
José Luiz Pantaleo Nemias de Souza Nóia Sonepar South America
Everest Eletricidade Ltda. Elétrica Itaipu Ltda.
Diretor-Executivo
José Jorge Felismino Reinaldo Gavioli
Parente Maxel Materiais Elétricos Ltda.
Amauri Mendes Pedro
Bertel Elétrica Comercial Ltda.
Conselho do Colegiado Secretária Executiva
Paulo Roberto de
Campos Adbuch Bernaba Jorge Nellifer Obradovic
Meta Materiais Elétricos Ltda. Santil Comercial Elétrica Ltda.

10 potência
Holofote Spotlight Spotlight
Ações e novidades dos players do setor. Activities and news from main sector Actividades y noticias de los principales
players. actores del sector.

Cooperação técnica
Itaipu renovou por cinco anos o memorando de 2 não recebem recursos da Unesco, mas contribuem
entendimento entre a Unesco e a binacional relativo à para o PHI principalmente por meio da partilha de
cooperação técnica em ciência e água, incluindo o trabalho conhecimentos, pesquisas e outras linhas de ação
de parceria com o Centro de Hidroinformática Internacional. especializadas. No Centro, a principal contribuição se dá
A assinatura do acordo, em junho, fechou uma série de por meio de programas de capacitação, especialmente
compromissos de Itaipu em Paris, na França. Um dos mais nos campos do geoprocessamento e geotecnologias.
importantes foi a integração do lado paraguaio da usina Válido até 2022, o convênio permite, na prática,
à rede mundial de biosfera. O lado brasileiro já iniciou as desenvolver e executar ações nas áreas de ciências
tratativas para também aderir à plataforma. da água, incluindo a gestão de bacias hidrográficas e
O acordo de cooperação com a Unesco foi assinado modelagem hidrológica, além de criar ferramentas para a
pelos diretores-gerais de Itaipu, Luiz Fernando Vianna gestão territorial e sistemas de
(Brasil) e James Spalding (Paraguai), e pela diretora monitoramento ambiental. Tudo
da Divisão de Ciências da Água e da Secretaria do com o apoio da Unesco. Segundo
Programa Hidrológico Internacional (IHP) da Organização o diretor de Coordenação
das Nações Unidas para a Educação, a Cultura e a executivo da Itaipu, Pedro
Ciência (Unesco), Blanca Jiménez-Cisneros. O diretor de Domaniczky, a ratificação do
Coordenação do Paraguai, Pedro Domaniczky, também acordo é de extrema importância
integrou a delegação da Itaipu na França. porque o Centro representa
O Centro está em processo de reconhecimento uma ferramenta essencial de
como Centro de Categoria 2 da Unesco. Em 2016, desenvolvimento regional,
obteve a chancela da Rede do Programa Hidrológico “colocando nossa tecnologia a
Internacional (PHI-Unesco). Os centros de categoria serviço da comunidade”.
Foto: Divulgação/Ana Clara Garmendia Itaipu Binacional

25 A 28 JUNHO 2017
FIEE SÃO PAULO EXPO
A Chardon estará realizando WORKSHOP, Aplicação de Acessórios
para cabos, participe e concorra aos brindes

ENERGIA PARA GERAR RESULTADOS


holofote

Usina urbana
Goiânia (GO) acaba de receber pela geração de 40% do consumo Yves Mourgue, diretor-presidente
a maior usina de energia solar de energia elétrica da loja, o da GreenYellow. “Importamos
em região urbana do País. A equivalente ao que é consumido os equipamentos da China, Itália
planta fotovoltaica foi instalada pelo sistema de ar-condicionado e e Alemanha e em menos de
sobre a cobertura da nova loja iluminação de toda a unidade. 60 dias conseguimos instalar a
do Assaí Atacadista na cidade, A planta fotovoltaica é alugada em maior usina do Brasil em regiões
inaugurada recentemente. A longo prazo pela GreenYellow ao urbanas”, conta. Para a instalação
GreenYellow, desenvolvedora Assaí, garantindo redução na conta de de usinas como esta, são levados
e parceira do projeto, instalou energia. “Com este empreendimento, em consideração fatores como
mais de 2.800 placas em uma o Assaí se beneficiará de uma energia tarifas das concessionárias de
área de aproximadamente 8 limpa e segura durante 25 anos, energia elétrica locais e irradiação
mil m². Elas vão, gerar, em um usufruindo de um desconto mensal solar – neste caso, os dados são
ano, aproximadamente 1.500 real na conta de energia por meio analisados em um período histórico
MWh. A usina será responsável de um aluguel fixo”, explica Pierre- de aproximadamente 20 anos, para
que seja identificado um padrão
da intensidade de raios solares

Logística reversa
que justifique a instalação de uma
planta nesses moldes.
O Assaí também já vem
A GREEN Eletron, Gestora para Logística Reversa de Eletroeletrônicos, criada
implementando em suas novas
pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), lançou um
lojas um método construtivo que
projeto piloto para o descarte de produtos como celulares, notebooks, tablets
leva em consideração ganhos para
e outros bens eletroeletrônicos. A iniciativa, chamada de Descarte Green, prevê
o meio ambiente, visando aprimorar
a instalação de pontos de recebimento em locais de fácil acesso e visualização,
sua eficiência energética, e a
por meio de parcerias com associações, escolas, comércio e entidades.
instalação da planta fotovoltaica
O primeiro ponto de coleta está localizado na Escola Técnica Estadual
enfatiza essa vertente da rede.
Professor Elias Miguel Júnior (ETEC), em Votorantim/SP. Também há
coletores instalados nos colégios Rio Branco, em Cotia, e Sant’Anna
International School, em Vinhedo, ambos ligados ao Rotary. O projeto
Descarte Green ganha agora a adesão do Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo (Ciesp) e Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Nova
Em comemoração à semana do meio ambiente, foi instalado um coletor
no prédio da entidade, na Avenida Paulista. Além destas parcerias, a
executiva
GREEN Eletron estuda parcerias com o SESC/SP, o Shopping Eldorado e A Schneider Electric tem
os Correios. Na primeira fase do projeto serão 16 (dezesseis) pontos fixos, nova gestora de Marketing e
além de campanhas em parcerias com eventos ligados ao tema. Comunicação no Brasil, Luciana
“A tendência é que mais entidades passem a aderir ao projeto”, diz Bettega. Com mais de 15 anos de
João Carlos Redondo, diretor de Sustentabilidade da Abinee. Segundo experiência em diversos segmentos
ele, as novas adesões e parcerias vão contribuir para dar capilaridade à de mercado, a executiva estará à
iniciativa, oferecendo uma variedade de opções para que os usuários de frente das estratégias da área e de
eletroeletrônicos possam descartar seus produtos sem uso com segurança relacionamento da companhia.
a fim de que sejam destinados de maneira ambientalmente adequada. Luciana é graduada em Relações
Redondo destaca que o Projeto Descarte Green servirá como experiência e Internacionais pela PUC-SP, com
base para a assinatura do Acordo Setorial Federal para implantação de um pós-graduação em Administração
sistema de logística reversa de eletroeletrônicos em âmbito nacional, de pela Fundação Getúlio Vargas e
acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/2010). em Marketing pela USP. Passou por
“Com a nossa iniciativa, poderemos avaliar os custos envolvidos no grandes empresas como General
processo e a complexidade operacional e fiscal, além de estabelecer um Electric, Siemens e TAM.
relacionamento com todos os atores envolvidos na cadeia de logística A nova gestora assume a posição
reversa, principalmente a adesão dos consumidores para descartar no lugar de Rodolpho Fidalgo, que
corretamente seus produtos sem uso”, afirma Redondo. Ele prevê que o assumiu o cargo de diretor Global
documento deve ser assinado ainda este ano. de Inovação de Mídia Digital,
joão Carlos Redondo baseado nos EUA.
Foto: Divulgação

12 potência
Presidente
corporativo
A Eaton, empresa global de gerenciamento de energia que
Antonio Galvão
Foto: Divulgação
comemora 60 anos de atuação no Brasil, nomeou Antonio
Galvão para o cargo de presidente corporativo na América Latina. O executivo, que
começou como estagiário e já ocupou diversos cargos nos setores de qualidade,
produção e operações incluindo a diretoria de excelência operacional do Grupo
Caminhões, segue também como presidente do grupo Industrial na região.
Bacharel em engenharia mecânica pela Universidade Estadual de Campinas e mestre
em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas no Brasil, Galvão tem
mais de 30 anos de experiência na empresa. Como presidente do grupo Veículo, liderou
projetos que levaram a Eaton a conquistar prêmios significativos como o Interação na
categoria Excelência Operacional em Qualidade e o 6º Prêmio de Responsabilidade
Ambiental realizados pela Mercedes Benz e o Prêmio GM de Sustentabilidade.

Portfólio ampliado
Sempre atenta à evolução do economia e bem-estar.
mercado e ao desenvolvimento de Além das lâmpadas em diversos
novas tecnologias, a Tramontina modelos, constarão do catálogo
segue ampliando seu portfólio de da Tramontina plafons, refletores e
materiais elétricos. Em 2016 deu um luminárias, sempre de LED. Dessa forma,
passo importante na consolidação da oferecerá ao mercado as principais
marca com o lançamento de linhas de famílias, que serão comercializadas pela
disjuntores e quadros de distribuição. estrutura de vendas da empresa, que
Agora, se prepara para dar um novo conta com cinco centros de distribuição
salto, desta vez com a entrada no e cinco escritórios regionais, além
segmento de lâmpadas LED. da ampla rede de representantes e
A explicação da Tramontina para o promotores, garantindo que as lâmpadas
investimento é simples: o segmento cheguem a todos os principais pontos de
de LEDs no país cresce de forma vendas do País.
significativa ano a ano, e vem aliado a Antes do lançamento nacional, no
dois fatores determinantes para a sua entanto, a Tramontina tomou a decisão
consolidação - a economia de energia de realizar um período de laboratório
proporcionada pelo LED (cerca de 85%), para avaliar a grandeza e aceitação
que impacta diretamente na conta de do mercado. Devido à proximidade
luz do consumidor, e a durabilidade do com a sede da empresa, localizada
produto, em torno de 25 mil horas. em Carlos Barbosa, no Rio Grande do
Por outro lado, o mercado vive um Sul, os Estados da Região Sul do País
momento transitório e conturbado com foram escolhidos para esta primeira
a comercialização de produtos com experiência. A previsão é que o pré-
e sem certificação do Inmetro, órgão lançamento nos Estados do Paraná,
responsável pela regulação da qualidade Santa Catarina e Rio Grande do Sul
das lâmpadas. Tendo como diretriz a aconteça neste último trimestre do ano
satisfação de seus clientes, desde o e terá a duração de tempo suficiente
início deste projeto a Tramontina teve a para que a empresa tenha sua logística
qualidade como premissa fundamental, ajustada para atender de forma plena
com o objetivo de oferecer um amplo a demanda e expectativa do mercado
mix de soluções em iluminação com nacional. O que deve acontecer ao
produtos que propiciem durabilidade, longo de 2018.

potência 13
matéria de capa ENERGIA EÓLICA

14 potência
Força e constância
C
Geração eólica cresce com vigor, ontrastando com a estagna-
ção econômica que predo-
criando 30 mil empregos no Brasil, mina no Brasil nos últimos
anos, o setor de energia eóli-
em 2016. Para que os investimentos ca apresentou um desempenho extraor-
dinário no País, em 2016. A área recebeu
continuem, setor cobra a realização o expressivo volume de US$ 5,4 bilhões
em investimentos, que proporcionaram
de novos leilões. a criação de 30 mil empregos, no ano
passado.
Para 2017, está previsto mais cresci-
mento do mercado, o que abre um am-
plo leque de oportunidades para toda
a cadeia de fornecimento de produtos
Por PAULO MARTINS e serviços e também para os especia-

The wind energy sector has been showing El sector de energía eólica ha presentado un crecimiento
significant growth in Brazil. In 2016, total expresivo en Brasil. En 2016, las inversiones alcanzaron
investments were US$ 5.4 billion and 30,000 los 5.400 millones de dólares y se crearon 30.000
jobs were created. But new public auctions are empleos. Pero es necesaria la realización de nuevas
necessary to keep the market growing. licitaciones públicas para que ese crecimiento continúe.

Foto: Fotolia

potência 15
matéria de capa ENERGIA EÓLICA

listas interessados em conquistar uma


posição na área.
Apesar do quadro positivo, as lide- Contribuição socioambiental
ranças do setor eólico destacam que é
necessária a realização de novos leilões da fonte eólica
de energia para garantir a sequência ➧ Energia produzida pelos ventos é ➧ Permite que o proprietário da
de expansão dessa fonte, que fornece renovável, não polui, possui bai- terra siga com plantações ou
ao País energia limpa, barata e infinita. xo impacto ambiental e contribui criação de animais.
O levantamento completo mais re- para que o Brasil cumpra seus ➧ Gera renda e melhoria de vida
cente do setor consta no Boletim Anu- objetivos no Acordo do Clima. para proprietários de terra com
al de Geração Eólica 2016, publicado
 arques eólicos não emitem CO2.
➧P arrendamento para colocação
pela ABEEólica (Associação Brasileira
Em um ano, a fonte eólica evitou das torres.
de Energia Eólica). O estudo reúne os
principais dados e analisa o cenário a emissão de CO2 equivalente à ➧ Fixação do homem do campo.
de desenvolvimento dessa indústria quantidade produzida por prati-
➧ Promoveu a queda do custo da
no País. camente toda a frota da cidade
tarifa de energia do consumidor
Conforme consta no Boletim do se- de São Paulo.
ao comercializar uma energia
tor, em 2016, 81 novos parques eólicos
➧U
 m dos melhores custo-benefício competitiva e menos custosa
garantiram a adição de mais 2 GW de
na tarifa de energia. que outras fontes.
energia à matriz elétrica brasileira. Com
isso, o País finalizou o ano com 430 par- Fonte: ABEEólica

ques de geração, que totalizaram 10,75


GW de capacidade instalada - montan- TWh (ou seja, um volume próximo ao de 6.632 MW. Naquele momento, a
te esse que representou 7% da matriz consumo do Estado de São Paulo, que fonte eólica chegou a suprir 15% da
nacional. é de 38,2 TWh).   energia consumida no Brasil.
Segundo a Câmara de Comercializa- A energia eólica gerada em 2016 De acordo com a última atualização
ção de Energia Elétrica (CCEE), a gera- equivale ao abastecimento mensal de informada pela ABEEólica, o Brasil che-
ção de energia eólica cresceu 55% em aproximadamente 17,2 milhões de re- gou ao mês de maio com 443 parques
2016, na comparação com o ano an- sidências (ou 52 milhões de habitantes). eólicos, mais de 5.700 aerogeradores
terior. O total gerado chegou a 33,15 Esse índice cresceu 58% em relação a instalados e capacidade instalada de
2015, quando 33 milhões de pessoas geração de 11,03 GW. A perspectiva é
foram atendidas por essa fonte. de que a capacidade instalada de gera-
Foto: Divulgação

A ABEEólica destaca ainda uma sé- ção chegue a 13 GW ao final deste ano
rie de patamares históricos alcançados e a 17,3 GW, em 2020.
pela energia eólica em 2016. Segundo Outro importante indicador a ser
dados do Operador Nacional do Sistema considerado é o desempenho do mer-
(ONS), no dia 5 de novembro daquele cado brasileiro de energia eólica em
ano, 52% da energia do Nordeste foi relação aos demais países. Segundo a
fornecida por parques eólicos. Já no dia ABEEólica, dados do Global Wind Ener-
2 de outubro, exatamente às 7h56, foi gy Council (GWEC) indicam que o Brasil
registrado o recorde de geração eólica ultrapassou a Itália e tornou-se o nono
do Sistema Interligado Nacional (SIN), colocado no ranking mundial de capaci-
dade instalada. Estão à sua frente: Chi-
na, Estados Unidos, Alemanha, Índia,
Espanha, Reino Unido, França e Canadá.
Se considerarmos que não temos Já em relação ao ranking de nova capa-
novos projetos de grandes cidade instalada em 2016 o Brasil caiu
hidrelétricas, podemos considerar
a eólica como sendo a fonte mais uma posição, ficando agora em quinto
barata, hoje em dia. lugar, atrás de China, Estados Unidos,
SANDRO YAMAMOTO | ABEEÓLICA Alemanha e Índia.

16 potência
matéria de capa ENERGIA EÓLICA

À espera dos leilões Evolução da


Atualmente, 80% da indústria eó- dos em torno de 15 empregos no setor capacidade
instalada de
lica está nacionalizada, considerando eólico. No ano passado, 30 mil postos
que as partes centrais dos aerogerado- de trabalho foram criados, graças aos
res, torres, naceles e pás, entre outros
itens, são construídas no Brasil. “A ca-
investimentos que totalizaram aproxi-
madamente US$ 5,4 bilhões. Somente energia eólica
deia produtiva no Brasil é desenvolvida,
com alta tecnologia e hoje representa
na cadeia produtiva, o investimento fei-
to pelas empresas do setor nos últimos
no Brasil
80% do necessário para um aerogera- seis anos totalizou R$ 48 bilhões. Con- (acumulada)
dor”, destaca Sandro Yamamoto, dire- tabilizando um período maior - desde
tor Técnico da ABEEólica. 1998 -, o investimento sobe para R$ Ano MW
A cada MW implantado, são gera- 60 bilhões. 2005 27,1
2006 235,4
2007 245,6
2008 341,4
2009 600,8
2010 932,4
2011 1.535,1
2012 2.529,0
2013 3.484,1
2014 5.979,6
2015 8.733,4
2016 10.747,3
2017 13.226,0
2018 16.179,5
2019 16.978,6
2020 17.299,0
Fonte: ABEEólica

Conforme destaca a ABEEólica, os


investimentos no setor são calculados
em relação à quantidade de megawatts
instalados. Assim, considerando os 7 GW
que já estão previstos em contrato para
serem instalados, a entidade estima que
o setor receberá um aporte de mais R$
50 bilhões, entre 2017 e 2020.
O BNDES (Banco Nacional de Desen-
volvimento Econômico e Social) tem sido
o grande financiador do setor, exercendo
fundamental importância nesse processo.
Entretanto, Sandro Yamamoto destaca
que seria importante o País poder contar
ainda com outras fontes de recursos: “É
Foto: Fotolia

necessário avançar também desenvolven-

18 potência
do outras possibilidades de financiamen- Todos os nossos esforços neste
to com bancos privados, para aumentar o momento estão num diálogo
transparente e técnico com o
leque de opções dos investidores”. governo sobre a necessidade
Quanto ao preço, a energia eólica de novos leilões.
encontra-se em um patamar interes- ELBIA GANNOUM | ABEEÓLICA
sante de competitividade, no momen-
to. Segundo a ABEEólica, essa é hoje a
segunda fonte mais barata, perdendo de uma consequência dos leilões re-
apenas para a geração hidrelétrica de alizados nos anos anteriores. “Como
maior porte. sabemos, o cancelamento do Leilão de
“Se considerarmos que não temos Reserva no final do ano foi uma notí-
novos projetos de grandes hidrelétricas, cia muito negativa para a indústria e
especialmente por questões ambientais, tirou o setor de sua trajetória positi-
podemos considerar a eólica como sen- va. Dois mil e dezesseis foi o primeiro
do a fonte mais barata, hoje em dia. A ano, desde que as eólicas começaram a
tendência é de que essa fonte siga sen- participar de leilões, em que não hou-
do competitiva. Mas, quanto aos preços ve contratação de energia dessa fonte.

Foto: Divulgação
do futuro, é importante explicar que eles Por isso, todos os nossos esforços neste
dependem das premissas do leilão e/ou momento estão num diálogo transpa-
de alterações em legislações e regula- rente e técnico com o governo sobre a
mentações”, observa Yamamoto. necessidade de novos leilões. A contra- pende de leilões para se manter empre-
A ABEEólica considera que os núme- tação de energia eólica em 2017 é in- gando e investindo”, reforça.
ros apresentados no Boletim Anual de dispensável para o futuro da fonte no O diretor Técnico da ABEEólica falou
Geração Eólica refletem um setor vigo- Brasil”, destaca a executiva. também sobre modelo ideal a ser ado-
roso e com grande capacidade de cap- Conforme informa Sandro Yama- tado no País para que o mercado eólico
tação de recursos e de investimentos, e moto, já houve sinalização do governo continue crescendo de maneira consis-
lembra que o País deverá terminar este sobre a possibilidade de realização de tente. Para Yamamoto, um planejamen-
ano com cerca de 13 GW de capacida- leilão ainda neste ano. “Para a cadeia to eficiente deve considerar a adoção da
de instalada de geração. produtiva de energia eólica, a contrata-
De acordo com Elbia Gannoum, ção em leilão em 2017 é imprescindível,
presidente-executiva da entidade, este
pode ser considerado um bom resulta-
não apenas porque a ABEEólica entende
haver necessidade de contratação, mas Investimentos
do, mas é preciso lembrar que trata-se também porque a cadeia produtiva de-
em milhões
(US$) no
Geração e representatividade setor eólico
da fonte eólica (2016) brasileiro
Região Geração (TWh) Representatividade 2009 1.685,41
Sudeste 0,07 0,2% 2010 1.908,20
Sul 4,83 15,1% 2011 5.099,51
Nordeste 27,17 84,7% 2012 3.767,84
Total 32,07 2013 3.057,58
Obs.: O
 s cinco estados com maior geração em 2016 foram: Rio Grande do 2014 5.855,96
Norte (10 TWh), Bahia (6,08 TWh), Ceará (5,87 TWh), Rio Grande do 2015 5.299,64
Sul (4,56 TWh) e Piauí (2,91 TWh). 2016 5.363,03
Fonte: ABEEólica Fonte: ABEEólica

potência 19
matéria de capa ENERGIA EÓLICA

diversidade de matriz e a segurança ener-

Foto: Fotolia
gética: “O potencial de energia eólica no
Brasil é de cerca de 500 GW, muito mais
do que o País consome atualmente. Con-
siderando que a matriz de geração de ele-
tricidade deve ser diversificada entre as
demais fontes de geração, e que o Brasil
tem um baixo consumo de eletricidade
per capita, a energia eólica ainda pos-
sui muitas décadas de desenvolvimento
para o futuro. Importante mencionar que
o próprio governo vem apontando que a
expansão se dará por meio de fontes re-
nováveis”, complementa.
Nas considerações finais do Boletim
Anual de Geração Eólica 2016, a ABE-
Eólica demonstra preocupação com a
questão da demanda por energia eólica
no País. Segundo a entidade, é funda-
mental a contratação de pelo menos 2
GW dessa fonte por ano. A medida seria que não houve contratação, a demanda trar seu compromisso com as questões
necessária para gerar um sinal de inves- vai ser uma questão importante e central climáticas”, destaca o relatório.
timento e proporcionar maior segurança para a indústria eólica em 2017. Será um O documento menciona ainda ou-
para a cadeia produtiva. ano em que o governo brasileiro terá que tro ponto que considera importante
“Considerando, portanto, que 2016 tomar importantes medidas estratégicas para 2017: o País precisa se dedicar
foi o primeiro ano desde que a fonte eó- e agir de forma clara para manter a ca- com urgência à questão da transmissão
lica começou a participar de leilões em deia produtiva da energia eólica e mos- de energia. A ABEEólica informa inclu-
sive que contratou um amplo estudo a

Top 10 de capacidade eólica


fim de analisar o sistema de transmis-
são do País, os entraves existentes e as

acumulada no mundo (2016) possíveis saídas. “O material, distribuí-


do em cinco cadernos temáticos, está
País MW % em produção e seus resultados serão
China 168.690 34,7 compartilhados com órgãos do gover-
no, estudiosos do assunto e decisores
EUA 82.184 16,9
do setor para que se amplie um debate
Alemanha 50.018 10,3 essencialmente técnico e lúcido sobre o
Índia 28.700 5,9 assunto”, informa a entidade.
Espanha 23.074 4,7
Reino Unido 14.543 3,0
França
Canadá 11.900 2,4
12.066 2,5
DIA HISTÓRICO
Às 07h56 do dia 2 de outubro de
Brasil 10.740 2,2
2016 foi registrado o recorde de ge-
Itália 9.257 1,9 ração eólica do Sistema Interligado
Resto do mundo 75.577 15,5 Nacional (SIN): 6.632 MW. Naque-
Total Top 10 411.172 84 le momento, 15% da energia con-
Total 486.749 100 sumida no SIN era proveniente da
fonte eólica.
Fonte: ABEEólica

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Reuniões IECEx

Reuniões Operacionais
IECEx no Reino Unido

N
esse artigo, registro os pontos de des- tricas em atmosferas explosivas, há mais de
taque e o resumo dos principais as- 100 anos.
suntos que foram discutidos durante As reuniões contaram com a presença de mais
as reuniões operacionais dos Comitês de 50 delegados, representantes de 13 países:
Técnicos sobre Empresas de Prestação de Serviços Ex, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Dinamarca,
de Competências Pessoais Ex e Equipamentos Ex do Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Malásia,
IECEx, realizadas na cidade de Chester, no Reino Uni- Noruega, Reino Unido e Suíça. Esta grande parti-
do, entre os dias 08 e 10 de maio de 2017. cipação mundial demonstra o interesse e a repre-
As reuniões foram realizadas nas instalações sentatividade da participação de diversos países
da empresa CSA (Canadian Standards Associa- do mundo na normalização técnica internacional
tion), fundada em 1919, que adquiriu, em 2009, da IEC sobre atmosferas explosivas e sobre os res-
caderno ex

o Organismo SIRA, fundado em 1918 e que é um pectivos sistemas internacionais de certificação Ex.
dos mais tradicionais Organismos de Certificação Os delegados presentes nas reuniões repre-
e Provedores Treinamentos Ex do Reino Unido e sentam empresas de certificação de pessoas, or-
do mundo. ganismos de certificação de produtos, laboratórios
Esta região do Reino Unido concentra uma de ensaios, centros de pesquisas, fabricantes de
grande quantidade de minas de carvão, que de- equipamentos Ex, empresas usuárias de serviços
ram origem aos estudos sobre instalações elé- e equipamentos Ex dos setores químico, petroquí-

22 potência
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Caderno Ex Explosive Atmospheres (Ex) Atmósferas explosivas (Ex)


Notícias, produtos, normas e News, products, standards and Noticias, productos, normas y demás
informações sobre instalações other information on Ex electrical informaciones sobre las instalaciones
elétricas em áreas classificadas. installations. eléctricas Ex.

Fot
o: Fo
toli
a

potência 23
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf

Reuniões IECEx

mico e de petróleo (marítimo e terrestre), Foram discutidos nestas reuniões di- de serviços, de competências pessoais e
oficinas de serviços de reparos de equi- versos assuntos referentes à atualização equipamentos Ex, com destaque para o
pamentos para atmosferas explosivas e dos sistemas do IECEx internacionais de ciclo total de vida das instalações con-
instituições de ensino. certificação de empresas de prestação tendo atmosferas explosivas.

Reunião do Comitê de Certificação de Empresas


de Prestação de Serviços Ex (ExSFC)
É apresentado a seguir um re- (SC IECEx BR do Cobei) e pela Holanda. tos a serem seguidos pelos ExCBs.
sumo dos principais assuntos dis- Foram revisados e atualizados os ✖ IECEx OD 314-4: Requisitos de
cutidos nesta reunião. requisitos indicados nos seguintes SGQ para Empresas de Prestação
Foram realizadas reuniões dos Gru- documentos para a certificação de de Serviços Ex.
pos de Trabalho WG-4 e WG-5 do ExS- empresas de prestação de serviços de ✖ IECE x OD 316-4: Assessment
FC – Service Facilites Committee. inspeção e manutenção Ex: procedures for IECEx acceptance
Estiveram presentes nesta reunião ✖ IECEx 03-4 Ed. 2.0: IECEx Cer- of Candidate Certification Bodies
15 delegados dos seguintes países tified Service Facilities Scheme – (ExCBs) for the purpose of issuing
membros do IECEx: Austrália, Alemanha, Part 4: Ex inspection and mainte- IECEx Certificates to Ex Service Fa-
Itália, Reino Unido, Brasil, Malásia, No- nance – Rules of Procedure to be cilities providing Ex installations
ruega e Holanda. Foram analisados os followed by ExMC. related services (requisitos para
comentários apresentados pelo Brasil ✖ IECE
 x OD 313-4: Procedimen- aceitação de ExCB).

Ilustração: Fotolia
caderno ex

24 potência
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Foi discutida a necessidade das Em-


presas de Prestação de Serviços apre- As reuniões no Reino Unido contaram
sentarem para os Organismos de Cer-
tificação, durante as auditorias, evidên- com a presença de mais de cinquenta
cias práticas de realização de ativida-
des ou de procedimentos de trabalho,
delegados, que representaram treze
como forma a evidenciar as competên-
cias das pessoas avaliadas.
países, incluindo o Brasil.
Foi definida a utilização do termo
“Esquema” para todas as atividades
do Esquema IECEx 03, incluindo os ment) para as empresas de prestação pamentos mecânicos Ex. Foi informa-
esquemas IECEx 03-3 (Inspeção e ma- de serviços de reparo e recuperação de do que a inclusão de requisitos para
nutenção Ex), IECEx 03-4 (Projeto e equipamentos Ex, aplicável para o Es- a avaliação do SGQ de Empresas de
Montagem Ex) e IECEx 03-5 (Reparos e quema IECEx 03-5 (Reparo e recupe- Prestação de Serviços Ex será feito na
recuperação Ex). Desta forma não mais ração Ex). Este documento foi baseado Edição 3.0 da Norma ISO/IEC 80079-
será utilizado o termo “Programa”. na Norma IEC 60079-19. Documento 34, a qual, no presente momento, pos-
Foi definida a elaboração de um similar será elaborado para as Normas sui um escopo restrito a fabricantes de
documento do tipo TCD (Technical Ca- IEC 60079-14 e IEC 60079-17. equipamentos elétricos e mecânicos Ex.
pability Document) para o Esquema IE- Foi verificada a necessidade de se- O Organismo de Certificação SIRIM,
CEx 03-4 (Inspeção e manutenção Ex). rem incluídos na próxima edição deste da Malásia, como ExCB reconhecido
Foi revisado o documento TCD documento TCD 60079-19 requisitos pelo IECEx no Esquema IECEx 03-4
60079-19 (Technical Capability Docu- para reparo e recuperação de equi- informa que possui uma inscrição de
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • c

Reuniões IECEx

uma Empresa para ser certificada como O representante do Brasil (Petro- de Certificação de Empresas de Presta-
Empresa de Prestação de Serviços e bras) foi indicado como responsável ção Serviços de Projeto de instalações
Inspeção e Manutenção Ex de acordo pela elaboração dos seguintes Docu- Ex: IECEx 03-2, IECEx OD 313-2, IECEx
com este Sistema IECEx 03-4. mentos Operacionais para o Esquema OD 314-2 e IECEx OD 316-2.

Reunião do WG-1 do ExPCC – Regras


de Procedimentos de Certificação de
Competências Pessoais Ex
É apresentado a seguir um re- certificado ou então adicionar as Organismo de Certificação.
sumo dos principais assuntos que novas unidades de Competências ✖ Os Organismos de Certificação de
foram discutidos nesta reunião: e reavaliar as demais já incluídas Pessoas devem enviar a cada qua-
✖ Recomendação de revisão do Do- no Certificado CoPC, de forma a tro meses para a Secretaria do IE-
cumento IECEx 05 A – Guia para proporcionar um tempo de valida- CEx informações sobre os bancos
pessoas que buscam a certifica- de de 5 anos. de questões utilizados.
ção de competências pessoais Ex. ✖ Discutida a possibilidade de trans- ✖ Foi discutida a necessidade de au-
✖ Discutida a possibilidade de im- ferência dos PCARs (Personal mentar o tempo disponível para
plantação de suas sistemáticas Competence Assessment Report) cada questão, reduzindo a quan-
para a recertificação: adicionar as entre os diversos ExCBs, de forma tidade de questões por exame, de
novas Unidades de Competências similar como são transferidos os forma a manter o tempo atual-
pessoais Ex e manter a validade do ExTRs, nos casos de mudança de mente existente especificado.
caderno ex

26 potência
caderno atmosferas explosivas •

✖ Discutida a viabilidade de redução


do nível de aprovação nos exames
de 80% para 70%, como indicado
na Edição anterior do Documento
IECEx OD 503.
✖ Discutidos os procedimentos a se-
rem utilizados para as avaliações
práticas, de forma a alinhamento de
requisitos entre os diversos Orga-
nismos de Certificação de Pessoas.
✖ Recomendada a redução das taxas
do IECEx para o sistema de certi-
ficação de competências pessoais
Ex, tendo como base a solicitação
e as propostas apresentadas pelo
Subcomitê SC IECEx BR do Cobei,
em nome do Brasil e também pela
Noruega.
✖ R ecomendação de aplicação de
um desconto para a certificação C

de grupos de pessoas que fazem M

os exames no mesmo dia, em fun- Y

ção da redução dos custos de exa-


CM
minadores.
MY

CY
Foto: Fotolia

CMY

potência 27
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • c

Reuniões IECEx

Reunião do WG-2 do ExPCC –


Unidades de Competências Pessoais Ex
É apresentado a seguir um re- 503 e IECEx OD 504 serem revi- ✖ Decidida a aceitação de contribui-
sumo dos principais assuntos que sados, de forma a substituir o ter- ções de outras organizações para
foram discutidos nesta reunião: mo “imersão em óleo” por imer- a elaboração de questões para
✖ Recomendado que a Norma IEC são em líquido de proteção, de compor o banco de questões Ex,
60079-17 (Inspeção e manuten- acordo com a IEC 60079-6, bem tais como Provedores de Treina-
ção Ex) seja desenvolvida no sen- como incluindo outros tipos de mentos Reconhecidos e usuários
tido de inclusão de serviços para proteção Ex. finais de equipamentos e instala-
equipamentos não elétricos Ex. ✖ Discutida a necessidade de avalia- ções Ex. Nestes casos as questões
✖ Discutida a necessidade dos Do- ção futura de inclusão da Unidade apresentadas devem ser validadas
cumentos Operacionais IECEx OD Ex 000 na Unidade Ex 001. pelo ExPCC WG3.

Reunião do WG-3 do ExPCC –


Elaboração do Banco de Questões Ex
É apresentado a seguir um re- para a apresentação de comentá- data do lançamento do software
sumo dos principais assuntos que rios por parte do ExPCC e nem da do banco de questões Ex.
foram discutidos nesta reunião:
Foto: Fotolia

✖ Foi recomendado que o banco de


questões Ex seja avaliado de for-
ma independente pelos membros
do WG3 antes da inclusão de qual-
quer nova questão.
✖ Foi recomendado que sejam efetua-
dos trabalhos para o detalhamento
da especificação do software para
gerenciar o banco de questões Ex.

Foi discutido que:


✖ O representante do Reino Unido
(BASEEFA) efetue uma avaliação
completa no Banco de Questões
existente.
✖ O prazo para a conclusão das
especificações técnicas do sof-
tware do banco de questões seja
caderno ex

31/05/2017.
✖ O prazo para a busca por poten-
ciais elaboradores do software do
banco de questões seja também
31/05/2017, com a apresentação.
de pelo menos três recomendações.
✖ Não foi estabelecida uma data

28 potência
caderno atmosferas explosivas •

Reunião do Comitê
de Certificação
de Competências
pessoais Ex - ExPCC
É apresentado a seguir um resumo
dos principais assuntos que foram dis-
cutidos nesta reunião, onde estiveram
presentes 20 delegados, representan-
tes dos seguintes países: Austrália,
Alemanha, Brasil, França, Itália, Ca-
nadá, Holanda, Reino Unido, Estados
Unidos, Malásia e Suíça.
Redução dos custos de certifi-
cação de competências pessoais
Ex do IECEx.
Foi informada a proposta do Bra-
sil da redução de 50% dos custos de
certificação relacionados com as ta-
xas do IECEx.
Sobre a redução dos custos de cer-
tificação de competências pessoais Ex,
além da solicitação do Brasil, (apre-
sentada originalmente na reunião
Geral do IECEx em 2016), também a
Noruega, a Malásia, a Coreia do Sul
e o Vietnã se manifestaram favorável
a esta redução destes custos, no sen-
tido de tornar esta certificação mais
acessível para as pessoas.
O representante da Noruega infor-
mou que a empresa Trainor, por exem-
plo, como Provedor de Treinamento
Reconhecido pelo IECEx e como futuro
Organismo de Certificação de Compe-
tências Pessoais Ex do IECEx está en-
volvida em atividades de treinamentos
no Vietnã e na Coreia do Sul, pode ve-
rificar a dificuldade das pessoas da-
queles países em se inscrever para o
sistema de certificação de competên-
cias pessoais Ex do IECEx, em função
dos custos atuais.
A Noruega apoiou a proposta
apresentada pelo Brasil, solicitando
também esta redução. Informou tam-
bém que, de forma similar como ocor-

potência 29
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Reuniões IECEx

re no Brasil, cerca de 90% das pesso- Foi discutida a necessidade de os Development) para conhecimento das
as necessitam pagar a certificação por Organismos de certificação também dificuldades dos países, do potencial
sua própria conta, sem a participação reduzirem seus custos, além da re- do mercado, de forma possibilitar a
de empresas contratantes. Esta situa- dução dos custos do IECEx. A UL do serem avaliadas a decisões a serem
ção é a mesma em outros países, tais Brasil informou que está reduzindo tomadas.
como Coreia do Sul (certificação re- seus custos, com base na realização Possibilidade de transferência
querida pela Hyundai e proporcionada de exames para grupos de pessoas, o de PCAR entre diferentes Organis-
pela Trainor), Vietnã, Malásia (certifi- que reduz os custos com a presença mos de Certificação.
cação requerida pela Petronas e pro- de examinadores. Foi discutida a necessidade de in-
porcionada pela Sirim), Rússia e China. Foi proposto que os Organismos de clusão da possibilidade de transfe-
Foi discutido que o potencial de certificação de competências pessoais rência dos PCARs entre os Organis-
certificação de competências pesso- Ex façam um desconto para a certifi- mos de Certificação, de forma similar
ais no mundo é da ordem de centenas cação de grupos de pessoas, onde os como os ExTRs podem ser transferidos
de milhares de pessoas. No Brasil, por custos podem ser reduzidos para as no sistema de certificação de equipa-
exemplo, o potencial de certificação de Certificadoras, em função da certifi- mentos Ex.
competências pessoais Ex é de, pelo cação em conjunto de pessoas, ao in- A Noruega apresentou esta pro-
menos 60 mil profissionais envolvidos vés de certificações com provas indi- posta, tendo como base que o IECEx
com a execução de atividades gerais e viduais, o que aumenta os custos com é um sistema internacional e portando
ingresso em áreas classificadas classi- examinadores. todos os documentos emitidos dentro
ficação de áreas, projeto, montagem, A Carta a ser enviada pelo BR NC do Sistema, tais como os ExPCAR e os
inspeção, manutenção, reparos e audi- nos próximos dias para o ExMC deve ExTRs necessitam ser aceitos por todos
torias, tanto a nível de execução como ser encaminhada pelo ExMC para o os Organismos de Certificação.
de supervisão. IECEx WG 13 (IECEx System Business Foi ressaltado que a Seção 8.7.2

Foto: Fotolia
caderno ex

30 potência
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf

Reuniões IECEx

(Application to an ExCB other than the


issuing ExCB of the current Certificate)
do Documento IECEx 05 Ed. 4.0 (Re-
gras de Procedimento do Sistema de
Competências Pessoais Ex) aborda este
assunto, podendo ser melhor detalha-
do para possibilitar esta transferência
de PCAR. http://www.iecex.com/docs/
IECEx_05_Ed4.0.pdf
Banco de Questões teóricas
de múltipla escolha e disserta-
tivas Ex.
Foi discutida a necessidade de con-
solidação de um Banco de Questões
unificado para ser utilizado pelos di-
versos Organismos de Certificação de
Pessoas. Foi informado que o Banco
de Dados existente, compilado a partir
de questões fornecidas pelos diversos
Organismos, está sendo atualizado e
será disponibilizado o mais rapidamen-
te possível.
Foi discutida a possibilidade dos
usuários de equipamentos e instala-
ções Ex bem como dos Provedores de
Treinamentos Ex elaborarem questões
para o banco de questões, e não so-
mente pelos ExCBs. O representante do
Brasil foi convidado a contribuir com a
apresentação de questões, com base
nas experiências dos usuários.
A UL USA recomendou que seja
analisada também a necessidade de Redução do nível de aprova- glês, com elevado nível de reprovação.
questões diferenciadas para executan- ção de 80% para 70% de acerto Quando a avaliação foi feita em russo
tes e para supervisores (pessoas res- nos exames. o nível de aprovação foi muito mais
ponsáveis pela aprovação dos serviços). Foi apresentada pela Noruega a elevado, evidenciando que o idioma,
Foram discutidas as dificuldades proposta de que o nível de aprovação dentre outros requisitos, pode influen-
para tradução do banco de questões nos exames seja reduzido para um mí- ciar na aprovação, o qual não fica res-
para outros idiomas, tais como chinês, nimo de 70% de acerto. trito ao nível de aprovação.
coreano, português, espanhol, norue- A Noruega informou que o nível Foi discutida a proposta da Norue-
guês, italiano, francês, alemão, farsi, de aprovação nos exames é inferior ga de redução do nível de aprovação
turco ou russo. a 50%, o que mostra que o sistema de 80% para 70%, indicado no Do-
Foi discutido que os trabalhos de necessita ser aprimorado, de forma a cumento Operacional IECEx OD 503,
caderno ex

tradução devem ser feitos pelos Or- não passar para o mercado a visão de como forma de tornar o sistema mais
ganismos de certificação que operam que esta certificação é muito difícil de acessível e mais equalizado com outros
em países com outros idiomas além ser obtida, o que pode reduzir a sua sistemas de certificação existentes em
do inglês. Existe a possibilidade das procura. outras áreas técnicas industriais.
questões traduzidas para as diferentes Foi informado pela Holanda sobre Foi discutido que esta proposta
línguas serem incorporadas no banco um caso de treinamento no Cazaquis- necessita ser analisada com base em
de questões “padrão”. tão, onde a avaliação foi feita em in- números estatísticos de reprovação

32 potência
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Reunião do Comitê de Gestão do


IECEx (ExMC) – WG 1 – Regras e
Procedimentos
É apresentado a seguir um re- cífico que não é realizado pelo ExTL.
sumo dos principais assuntos que Neste caso o ExTL pode solicitar que
foram discutidos nesta reunião: o ensaio seja realizado pelo ATF, sob
Estiveram presentes nesta reunião suas regras e sistemas de gestão da
24 delegados, representantes dos se- qualidade, sob um contrato por escri-
guintes 13 países: Alemanha, Austrá- to (agreement).
lia, Brasil, Canadá, Dinamarca, Estados Será incluído nas Regras de equi-
Unidos, França, Holanda, Itália, Ma- pamentos do IECEx a definição de ATF.
lásia, Noruega, Reino Unido e Suíça. Os ATFs emitem documentos deno-
Foi discutida a necessidade de in- minados resultados de ensaios e não
cluir requisitos sobre ensaios de profi- relatórios de ensaios (ExTR), os quais
ciência interlaboratorial no Documento são emitidos pelo Laboratórios de En-
IECEx 02 (Certificação de equipamen- saios reconhecidos (ExTL).
tos Ex). A participação nestes ensaios
de proficiência é um requisito para os
Laboratórios reconhecidos no IECEx Foram
(ExTLs), mesmo aqueles que estão se
inscrevendo.
discutidos
Foram discutidos os requisitos in-
dicados no Documento IEC CA 01 –
diversos
IEC Conformity Assessment Systems
- Basic Rules.
assuntos
Este documento apresenta as re- referentes à
Foto: Fotolia

gras básicas que são aplicáveis para


todos os sistemas de certificação da atualização
dos sistemas
por Unidade de Competência e por IEC CAB (Conformity Assessment Bo-
Organismo de Certificação reconheci- ard): IECEx, IECEQ, IECEE e IECRE.
do no sistema
Foi discutido que a falta de um
Está sendo introduzido no sistema
de certificação de equipamentos Ex a
do IECEx
banco de questões unificado pode
estar contribuindo para este elevado
figura do ATF – Additional Testing Fa-
cilty. Este tipo de organização repre-
internacionais
nível de reprovação, uma vez que as senta um laboratório que opera sob
os procedimentos de um ExTL. Os ATF
de certificação
questões utilizadas pelos diferentes
Organismos de Certificação podem não podem se reportar diretamente a de empresas
estar apresentando diferentes níveis um ExCB.
de dificuldade. Os ExTLs são responsáveis pelos de prestação de
trabalhos realizados pelos ATFs, os
Foi decido por consenso e maioria
dos membros presentes a redução do quais aplicam suas regras e procedi- serviços e de
nível de aprovação de 80% para 70%,
para decisão no ExMC pelos países
mentos e sistemas de gestão da qua-
lidade para os ATFs. competências
membros, após o banco de questões
consolidado e o respectivo software
Um exemplo de utilização de um
ATF por um ExTL é o caso de necessi-
pessoais e
estar disponível. dade de execução de um ensaio espe-
equipamentos.
potência 33
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Reuniões IECEx

Considerações sobre os sistemas internacionais


de certificação Ex e as reuniões operacionais
do IECEx realizadas em Chester
✖ O Organismo de Certificação UL industrial, para a saúde e para a que trabalham em áreas classi-
do Brasil se prontificou a sediar proteção dos trabalhadores e do ficadas. Na realidade, de pouco
as reuniões do ExPCC e do ExSFC meio ambiente; adianta que os equipamentos Ex
para o ano de 2019 na cidade de ✖ A existência de programas interna- tenham sido devidamente fabrica-
São Paulo. Para o ano de 2018, a cionais de certificação da IEC ela- dos de acordo com os requisitos
Empresa Stahl já se prontificou a borados pelo IECEx abrangendo o da sua certificação, se os mesmos
sediar estas reuniões em Weimar, ciclo total de vida das instalações, não são devidamente instalados,
na Alemanha. Estas reuniões con- tais como de empresas de serviços inspecionados, mantidos ou re-
tam com a presença de cerca de e de competências pessoais Ex, parados.
50 pessoas, durante 6 dias (se- serve para preencher uma grande ✖ O apoio manifestado pela ONU
gunda a sábado), com duas reu- “lacuna” existente no processo de no reconhecimento e aplicação
niões diárias simultâneas e duas certificação Ex. dos sistemas internacionais de
salas grandes. ✖ Estes processos complementares certificação do IECEx representa
✖O  representante da UL USA apre- de avaliação da conformidade são um grande impulso para a adoção
sentou a página do Comitê dos necessários a elevação dos níveis destes sistemas pelos países par-
Estados Unidos para o IECEx, a de segurança das instalações in- ticipantes, tanto no sentido de se
qual apresenta informações so- dustriais em áreas classificadas, elevar os níveis de segurança nas
bre os três sistemas de certifica- requeridos, por exemplo, por em- instalações industriais Ex, como
ção do IECEx. https://www.nema. presas das áreas de petróleo, pe- para a redução de barreiras téc-
org/Technical/The-ABCs-of-Con- troquímica, química, açúcar, eta- nicas e comerciais existentes, os
formity-Assessment/iecex/Pages/ nol, farmacêutico, de alimentos, quais estabelecem, em níveis de
default.aspx grãos e postos de combustíveis. legislação locais, requisitos espe-
✖ É um dos objetivos da normali- ✖ Torna-se cada vez mais evidente cíficos e particulares para a certi-
zação Ex do Brasil e da IEC, bem que a existência de somente um ficação de produtos Ex.
como os sistemas de certificação sistema de certificação de equi- ✖ Será elaborada pelo Subcomitê SC
do IECEx, a contribuição para a pamentos Ex, aplicado no Brasil IECEx BR do Cobei a versão em por-
melhoria na qualidade de vida, desde 1991, não é suficiente para tuguês do Brasil da “Cartilha” do
através da contribuição para a garantir a segurança das instala- IECEx. http://www.iecex.com/docs/
elevação dos níveis de segurança ções industriais Ex e das pessoas IECEx_brochure_LR_15.pdf
caderno ex

Eduardo Galera (à esq.), da UL do


Brasil, e Roberval Bulgarelli , da
Petrobras, representaram o Brasil e
o SC IECEx BR do Cobei nas reuniões
Foto: Divulgação

operacionais do IECEx em 2017, em


Chester (Reino Unido).

34 potência
Você é nosso convidado!

EVENTOS PARALELOS CONFIRMADOS:


5º Seminário de Tecnologia e Inovação da Construção Civil SINDUSCON-NH

Palestra “Governança Tributária no Mundo Digital” REVISTA REVENDA

Seminário “Patologia das Edificações” ITT PERFORMANCE

Ciclo de Palestras ULBRA

12º PREVESST – Encontro Sul-Rio-Grandense de Prevenção, Segurança


ARES
e Saúde do Trabalho

1° Encontro de Arquitetura, Decoração e Design Sustentável RB DESIGN & UPS DESIGN

Palestra “Como aumentar a vida útil e confiabilidade de estruturas através


ICZ
da Galvanização”

Palestra “Avaliação do Ciclo de Vida e os Produtos Cerâmicos” ANICER

REALIZAÇÃO:

Evite filas! Credenciamento pelo site:

APOIADORES CONSTRUSUL 2017


DESTAQUE SEGURANÇA

Alerta à
sociedade
Número de acidentes
envolvendo eletricidade
continua chamando atenção
no Brasil. Situação das
instalações elétricas ainda é
precária, o que contribui para
a ocorrência de tragédias.

O
número de acidentes de ori- outros dados estão contidos
gem elétrica aumentou gra- no primeiro Anuário Estatístico
dativamente, nos últimos Brasileiro dos Acidentes de Origem
quatro anos. As ocorrências Elétrica, publicado pela Abracopel (Asso-
subiram de 1.038, em 2013, para 1.319, ciação Brasileira de Conscientização para
em 2016. No ano passado, pelo menos 656 os Perigos da Eletricidade), que reúne in-
pessoas morreram devido a choques elétri- formações do período 2013-2016.
cos, incêndios gerados por curto-circuito e Outra publicação recente, o ‘Raio X
por descargas atmosféricas (raios). Estes e das Instalações Elétricas Residenciais Bra-

36 potência
37
potência
a
toli
o: Fo
Fot
DESTAQUE SEGURANÇA

Ainda é grande decorrência de incêndios gerados por cur-


to-circuito e 24 por descargas atmosféri- Acidentes
o número de cas (raios). A entidade faz esse tipo de le-
vantamento desde 2008. As informações
envolvendo
edificações que são obtidas por meio de um aplicativo de
busca de notícias na internet, a partir de
eletricidade
não contam com uma palavra-chave. Portanto, as ocorrên-
Total de acidentes
de origem elétrica
cias dizem respeito apenas aos fatos que
projeto elétrico foram parar no noticiário. A estimativa é 2013 = 1.038
que o número real de acidentes seja três 2014 = 1.223
nem dispositivos vezes maior. 2015 = 1.248
de proteção “São números que não param de su-
bir. E mesmo com ações de conscientiza-
2016 = 1.319
Choques elétricos fatais
instalados, ção realizadas em todo o País, como se-
minários para profissionais, concurso para 2013 = 592
aumentando a garotada, prêmio de jornalismo, dentre
vários outros realizados pela Abracopel,
2014 = 627

assim os riscos temos a sensação de que estamos longe


de, ao menos, estacionar esses dados”,
2015 = 590
2016 = 599
de acidentes. lamenta o diretor-executivo da Abracopel, Curto-circuito com incêndio
engenheiro Edson Martinho.
2013 = 200
Para a Abracopel, o anuário mostra
sileiras’, ajuda a entender parcialmente em detalhes o cenário dos acidentes de 2014 = 295
o porquê de tantas tragédias. Conduzido origem elétrica que acontecem no Brasil, 2015 = 441
pela Abracopel e Procobre (Instituto Bra- para que se possam ajustar as ações de 2016 = 448
sileiro do Cobre), o levantamento indica forma a minimizá-los. No entendimento
que ainda é grande o número de edifica- da entidade, os números são um indicador
ções que não contam com projeto elétrico de que muitos acidentes continuam acon- tura frente a segurança com a eletricidade
nem dispositivos de proteção instalados, tecendo por desconhecimento dos riscos é também imprescindível para perpetuar
aumentando assim os riscos de acidentes. e descaso com as legislações, normali- o resultado”, recomenda a Abracopel.
Segundo o anuário publicado pela zações e as boas práticas de segurança. Outra questão importante que pode
Abracopel, em 2016, 599 pessoas mor- A entidade visa também alertar a so- exercer influência no número de ocorrên-
reram devido a choque elétrico, 33 em ciedade para que se tomem providências cias é a situação precária da instalação
urgentes em prol da segurança com eletri- elétrica de um grande número de edifica-
Foto: Divulgação

cidade. “Entendemos que, com a orques- ções. “O cenário é bastante preocupante


tração das ações, teremos um resultado e mostra a necessidade de readequação
expressivo que nos levará à redução dos das instalações elétricas, principalmente
acidentes de origem elétrica. Legislações dos imóveis com idade média de 20 anos
e normalizações aliadas à segurança, tec- de construção”, alerta o diretor-adjunto
nologia a nosso favor e fiscalização efetiva do Procobre, Antonio Maschietto.
certamente trarão resultados, mas a cons- A propósito, o Raio X das Instalações
cientização dos riscos e a mudança da cul- Elétricas Residenciais Brasileiras, traçado
pela Abracopel e Procobre (Instituto Brasi-
leiro do Cobre), teve como objetivo avaliar
a evolução e a aderência da conformidade
Mesmo com ações de das instalações elétricas residenciais em
conscientização realizadas em todo
o País pela Abracopel, temos a
relação à norma ABNT NBR 5410. Rea-
sensação de que estamos longe de, lizada no segundo semestre de 2016, a
ao menos, estacionar esses dados. pesquisa reúne dados de 999 residências
EDSON MARTINHO | ABRACOPEL do País, com idade média de 20 anos.

38 potência
Segundo o levantamento, 45% dos O cenário é bastante preocupante
imóveis pesquisados não possuem pro- e mostra a necessidade de
jeto elétrico. Vinte e nove por cento pos- readequação das instalações
elétricas, principalmente dos
suem e 26% dos proprietários disseram
imóveis com idade média de 20
não saber ou não se lembrar do fato. De anos de construção.
acordo com o levantamento, uma das ANTONIO MASCHIETTO | PROCOBRE
premissas básicas para se ter uma insta-
lação elétrica segura é que haja o projeto
elétrico da construção, pois somente ele
garantirá ao proprietário do imóvel que tinham DR (Dispositivo Diferencial Resi-
as exigências mínimas necessárias para dual) e 12%, DPS (Dispositivo de Prote-
a segurança elétrica de sua residência te- ção contra Surtos).
nham sido contempladas, uma vez que o A falta de condutor de proteção (fio-­
projeto elétrico é baseado na ABNT NBR terra) foi outro ponto detectado. Dos

Foto: Divulgação
5410 - Norma Brasileira de Instalações imóveis pesquisados, em 36% havia o
Elétricas de Baixa Tensão. condutor, em barramento específico. A
Também foi perguntado aos proprie- solução está presente em emendas em
tários se eles tinham dispositivos de pro- 16% das casas. Quase a metade (48%) Foi feita a pergunta ainda se o imó-
teção no imóvel. Apenas 21% das casas não possuem o condutor. vel passou por reforma em suas instala-
ções elétricas. Quarenta e seis por cento
disseram que nunca reformaram; 40%
Raio X das Instalações Elétricas já reformaram parte ou todo e 14% não
souberam informar.
Quanto ao projeto elétrico do imóvel O estudo destaca que sua proposta é

29% possuem projeto elétrico


sugerir uma mobilização entre os meios
público e privado a fim de que sejam cria-

45% não possuem dos mecanismos legais que façam com


que a população esteja segura, dentro de
26% não sabem ou não lembram sua própria casa, no que diz respeito ao
uso da eletricidade.
Uso de dispositivos de proteção Uma das principais bandeiras levan-
tadas pelo Raio X é que seja feita a manu-
Tem DR? 21% Sim; 79% não tenção periódica das instalações elétricas.
O documento menciona que o capítulo 7
Tem DPS? 12% sim; 88% não da NBR 5410 destaca que uma instalação
elétrica, antes de ser colocada em funcio-
Possui condutor de proteção (fio-terra)? namento, deve ser inspecionada e deve
ter verificada a sua conformidade com os
36% sim, em barramento específico requisitos técnicos previstos.

16% sim, em emendas “Caso haja uma regulamentação fe-


deral ou estadual, que exija formalmente
48% não o cumprimento dos requisitos propostos
pelo capítulo 7, da NBR 5410, o quadro
Reforma da instalação elétrica de falta de readequação das instalações
elétricas, claramente demonstrado neste
46% nunca reformaram estudo, pode ser revertido”, diz o estu-
do, que recomenda ainda o engajamento
40% já reformaram parte ou todo nessa questão de órgãos governamen-

14% não souberam informar tais, concessionárias de distribuição de


energia e empresas seguradoras.

potência 39
Mercado Iluminação Pública

Os Desafios da
Iluminação Pública

Brazilian street lighting market


has been experiencing significant
changes. On the one hand, new
technologies are advancing, more
efficient and durable. On the other
hand, the management system
has changed from energy utility
responsibility to municipality
responsibility, which seeks to
establish more favorable legal bases
to guarantee quality services.

El mercado brasileño de iluminación

A
pública ha pasado por cambios
significativos. Por un lado, avanzan iluminação pública (IP) é um mercado que ga-
nuevas tecnologías, más eficientes y nhou importância nos últimos anos com mu-
duraderas. Por otro lado, el sistema de danças significativas, seja nas tecnologias uti-
gestión cambió de las manos de las
lizadas, seja no modelo de gestão. Tecnologias
distribuidoras de energía a las manos
que compreendem luminárias eficientes para lâmpadas de
de las alcaldías municipales, que
alta descarga (HID), reatores eletrônicos, automação e ilu-
buscan establecer bases contractuales
más favorables para garantizar minação por LED. Sistema de gerenciamento que passou
Foto: Fotolia

servicios de calidad. das mãos das distribuidoras de energia para as prefeituras


municipais, e que agora buscam estabelecer bases contra-
tuais mais favoráveis para garantir serviços de qualidade.

40 potência
Mercado Market Mercado
Perfil de importantes setores do Profile of key market sectors, based Perfil de los sectores clave del
mercado, baseado em entrevistas com on interviews with executives, mercado, basado en entrevistas con
executivos, profissionais e usuários. professionals and users. ejecutivos, profesionales y usuarios.

Setor busca eficiência e qualidade Reportagem: Clarice Bombana

por meio de novas tecnologias,


de parcerias e da certificação
compulsória de produtos.

Este universo compreende em torno de 18 milhões de


pontos de iluminação, o que representa 4% do consumo
total de energia do País, segundo estudo do Banco Na-
cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
de 2016. Especialistas estimam que o faturamento anu-
al do setor de iluminação pública é de aproximadamente
US$ 100 milhões.
Nos últimos anos, com o avanço da tecnologia LED no
mercado, muitas cidades perceberam a grande oportuni-
dade de modernização do sistema de iluminação públi-

potência 41
Mercado Iluminação Pública

ca, gerando menores custos e economia


de energia. Além, é claro, da melhoria
Projeção de Investimentos Globais na
da iluminação da cidade, visível para a Implantação de Luminárias LED
população. Os sistemas a LED possuem Premissa: modernização de 80% do parque nacional em 15 anos
um grande atrativo em novas obras e
R$MM
em projetos de remodelação de insta- 3.000
Curva de aceleração
inicial, com a tendência
lações existentes de iluminação pública de cidades maiores
2.500
(retrofit), propiciando elevado padrão de implementarem projetos
antes das demais
modernidade urbana. 2.000
As novas instalações têm utilizado 1.500
a tecnologia LED, e há casos em que as
1.000
prefeituras padronizam os equipamentos,
exigindo produtos de alta eficiência para 500
os novos projetos em qualquer escala. 0
“A redução dos custos de investimento 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
LED invest. total (R$ MM) LED invest. novo PI (R$MM)
aliada às características técnicas das lu- Polinômio (LED invest. total (R$MM)
LED invest. Modernização (R$ MM)
minárias a LED comparadas com as das
Total investimento 15 anos >> R$ 26,3 Bi
luminárias convencionais, como a eleva-
da eficácia luminosa (lm/W) e maior vida Fonte: ANEEL, IBGE - Elaboração BNDES

útil, acarretam em grande economia de


consumo de energia elétrica e a redução instalações e um movimento maior na prefeitura pode fazer uma compra sim-
dos custos de operação e manutenção”, manutenção de sistemas existentes e/ou ples de equipamentos de iluminação pú-
acrescenta José Luiz Pimenta, titular da substituição por tecnologias mais eficien- blica através, por exemplo, de um pre-
Leukom Sistemas Informatizados para tes, como é o caso do reator eletrônico gão eletrônico ou de um registro de pre-
Iluminação, representante exclusivo da gHID para lâmpadas de vapor metálico de ços de material de iluminação pública.
Lighting Analysts Inc. no Brasil. alta potência, inédito no País”, comenta Também há o fornecimento direto para
Por outro lado, o processo de moder- Ana Claudia Albieri, gerente geral da Lu- as empresas que detêm os contratos
nização das instalações de iluminação mino Energy Solutions no Brasil. de gestão e manutenção dos sistemas
pública vem acontecendo de forma gra- Qualquer aquisição ou contratação de iluminação pública. Normalmente, o
dativa, de acordo com as possibilidades municipal, via de regra, é feita por meio município estabelece seus critérios de
de investimento de cada cidade. “Perce- de licitação pública. O que varia são as qualidade e garantias, atendendo às
be-se uma incidência pequena de novas modalidades e tipos de contratação. A normas vigentes.

Oferta x Qualidade Foto: Divulgação

A qualidade dos produtos destina- bem definida: até 20/2/2020.


dos à iluminação pública vem sendo Esta portaria faz referência a um
questionada face à entrada no mercado regulamento técnico de qualidade
de luminárias e componentes de diver- (RTQ) e a requisitos de avaliação da
sas procedências, sem comprovação da conformidade (RAC), visando estabe-
compatibilidade com normas técnicas lecer um patamar mínimo aceitável
internacionais aplicáveis.
Diante desse cenário, o Instituto
Redução dos custos de investimento
Nacional de Metrologia, Qualidade e aliada às características técnicas
Tecnologia (Inmetro) publicou a Porta- das luminárias a LED, acarretam em
ria 20/2017, de 15/2/2017, que torna economia de energia e queda dos
compulsória a certificação de luminárias custos de operação e manutenção.
para iluminação pública, fabricadas e/ou José Luiz Pimenta | Leukom
Sistemas Informatizados para
comercializadas no País, em data-limite Iluminação

42 potência
Mercado Iluminação Pública

para a qualidade das luminárias de


iluminação pública (com lâmpadas de Conhecer a origem do produto
alta descarga e LED). A nova legislação
também inclui requisitos para projetos, (fornecedor/ fabricante) e saber se
reatores e drivers, além de sistemas
para telegestão de instalações de ilu-
ele cumpre as normas de construção,
minação pública.
Segundo Plínio Godoy, diretor res-
segurança e eficiência energética são
ponsável pela CityLights Urban Solu-
tions, há três tipos de oferta de produ-
essenciais no momento da escolha.
to no mercado. “Existem fabricantes de
primeira linha, que seguem padrões de existem empresas que não têm nenhum 5101:2012 - Iluminação Pública. Para
qualidade e cumprem os requisitos de know how, mas fabricam e comerciali- se ter uma ideia, a vida útil exigida de
construção, segurança e eficiência ener- zam luminárias de baixa qualidade”. uma luminária de IP é de, no mínimo,
gética, segundo normas existentes. Exis- A falta de qualidade dos produtos 50.000 horas para perda de 30% do
tem importadores, que simplesmente pode ocasionar diversos problemas, fluxo luminoso inicial.
trazem produtos principalmente da Chi- como a falha precoce dos equipamen- Conhecer a origem do produto (for-
na, e não se preocupam com qualidade tos, gerando necessidade de manuten- necedor/fabricante) e saber se ele cum-
e até desconhecem as normas existen- ção e aumento dos custos de reposição; pre as normas de construção, segurança
tes no País e/ou normas internacionais. E problemas de segurança elétrica e in- e eficiência energética são essenciais no
terferência eletromagnética, causando momento da escolha. “É preciso saber
risco para quem trabalha com o equipa- exatamente o que significa cada item
mento; problemas de baixa visibilida- da especificação do equipamento que
Durabilidade
A vida útil exigida de uma de e segurança, pelo não atendimento se está comprando até para poder pre-
luminária de IP é de, no mínimo, aos níveis de iluminância e uniformi- ver os gastos com manutenção. Conhe-
50.000 horas para perda de 30% dade da iluminação, exigidos pela NBR cer as diferenças entre vida mediana e
do fluxo luminoso inicial. vida útil, eficiência luminosa e eficiên-
Foto: Fotolia

cia energética, fator de potência e dis-


torção harmônica, é importante para
não ser surpreendido negativamente
depois da instalação”, sublinha Ana
Claudia Albieri.
Não menos importante é a consta-
tação de que a configuração proposta
para a instalação atende às necessida-
des da via pública. O cliente pode exigir
do fornecedor relatórios de ensaios rea-
lizados em laboratórios nacionais ou in-
ternacionais que sejam acreditados pelo
Inmetro. “Esta atitude pode, além de
evitar muitos transtornos, transformar
um projeto ou uma política de sistema
de iluminação pública em um caso de
sucesso a ser replicado em outras cida-
des. Devemos estar atentos para as ar-
madilhas apresentadas pelas soluções
de baixo custo, baixa confiabilidade e
primar pela qualificação”, ressalta Lu-
ciano Haas Rosito, gerente de Novos
Negócios da Philips Iluminação.

44 potência
Regulamentação, Inovação e Gestão
Para o setor de iluminação pública, forma, pode-se obter luminárias a LED gerenciarem de forma eficiente o consu-
existem as normas técnicas de produtos mais eficientes com eficácia superior a mo têm contribuído para o processo de
e as normas técnicas de aplicação. Entre 100 lm/W, vida útil superior a 60 mil ho- modernização dos equipamentos. “Gerir
os regulamentos de produto, destacam- ras, maior diversidade de opções para as um sistema antigo que consome muita
-se: NBR 15129:2012 - Luminárias para características de distribuição do fluxo energia e ilumina mal pode provocar
iluminação pública; NBR 13593:2011 - luminoso e para a seleção da tempera- uma grande dor de cabeça ao gestor
Reator para lâmpada a vapor de sódio; tura de cor correlata (TCC)”. público municipal, pois, normalmente,
NBR IEC 60662 - Lâmpada a vapor de A busca por eficiência em IP tem o cidadão paga a CIP/COSIP e exige um
sódio; NBR 5123:2016 - Relé fotocon- sido constante. As variações no custo retorno de qualidade”, adverte Luciano
trolador. Entre as normas de aplicação, a da energia e a necessidade das cidades Rosito. Por isso, a economia de energia
principal é a NBR 5101:2012 - Ilumina-
Foto: Divulgação

ção pública − Procedimento, que esta-


belece os níveis mínimos de iluminância,
luminância e uniformidade para as vias
públicas (calçada e via para veículos),
bem como apresenta todos os critérios
de projetos a serem observados na ilu-
minação pública.
No mercado de iluminação públi-
ca, as inovações estão voltadas para
a implantação de sistemas a LED em
conjunto com sistemas de telegestão,
rumo às cidades inteligentes e conecta-
das. “O avanço da tecnologia LED apli-
cada a sistemas de iluminação pública
vem produzindo um contínuo e acentu-
ado aprimoramento dos componentes
e materiais utilizados nesses sistemas.
Isto se traduz em redução dos custos e
concomitante melhoria das característi-
cas técnicas dos LEDs face ao emprego
de novos materiais e técnicas de fabri-
cação”, complementa Pimenta. Segun-
do o especialista, os dados técnicos das
luminárias e componentes a LED atual-
mente disponíveis no mercado são sig-
nificativamente superiores aos corres-
pondentes de 2 a 3 anos atrás. “Desta

Evolução
O avanço da tecnologia
LED aplicada a sistemas
de iluminação pública vem
produzindo um contínuo e
acentuado aprimoramento
dos componentes e materiais
utilizados nesses sistemas.

potência 45
Mercado Iluminação Pública

Devemos estar atentos para para as prefeituras teve início em 2010,


as armadilhas apresentadas por determinação da Agência Nacional
pelas soluções de baixo custo,
baixa confiabilidade e primar de Energia Elétrica (Aneel), com finaliza-
pela qualificação. ção prevista para 2014. A medida sofreu
Luciano Haas Rosito | atraso para ser cumprida por diversas
Philips Iluminação questões, e em 2015, atingiu 92% do to-
tal dos municípios. Em 2017, o processo
deve ser concluído, salvo exceções, com
ou diretamente das lâmpadas mais anti- a implementação de procedimentos de
gas para LED. No entanto, a troca para a gestão mais elaborados e vantajosos para
tecnologia LED ainda acontece de forma os municípios e seus cidadãos. Segundo o
lenta e gradual com iniciativas de acordo BNDES, a projeção de investimento nesta
com a disponibilidade de recurso de cada migração será de aproximadamente R$
município. “O setor necessita de inova- 26 bilhões nos próximos 15 anos.
Foto: Divulgação

ção nos modelos de negócio para ace- De acordo com Godoy, os municí-
lerar a implantação dos novos sistemas, pios estão se munindo de informações
que trazem maior qualidade à iluminação e buscando consultorias, no sentido de
proporcionada pelas tecnologias a LED e redução de despesas para as cidades. desenvolver seus processos de gestão.
e eletrônica aplicada, como drivers pré- Lançamento de linhas de financiamento, “Cada vez mais, a conscientização de
-programados e dimerizáveis, está im- implantação de projetos de PPPs e outros entregar bons serviços em contrapar-
pactando os projetos, principalmente as modelos tendem a ganhar espaço neste tida à cobrança da COSIP ou ‘Taxa de
propostas advindas de Parcerias Público- mercado. Mas é bom frisar que todas as Iluminação Pública’ é uma realidade.
-Privadas (PPPs). alternativas devem ser muito bem plane- Percebo que os prefeitos recém-elei-
Anteriormente, nos sistemas de IP jadas para que seja sustentável e os riscos tos buscam estabelecer bases contra-
ocorria o processo de substituição das de implantação e operação sejam mitiga- tuais mais favoráveis aos municípios e
lâmpadas mistas e vapor de mercúrio dos”, alerta Rosito, da Philips. garantir serviços de qualidade, desde
pelas lâmpadas a vapor de sódio e va- O processo de transferência do ge- o atendimento a reclamações até a
por metálico. Atualmente, a migração renciamento do parque de iluminação efetiva manutenção ocorrida”, avalia
tem sido destas duas últimas para LED pública das concessionárias de energia o executivo.

Panorama do mercado brasileiro


São dezenas de fabricantes e forne- mento da iluminação com o sistema
Foto: Ricardo Brito/HMNews

cedores de produtos e soluções para ilu- Citytouch. Produtos para iluminação


minação pública que atuam no mercado de destaque/iluminação dinâmica tam-
brasileiro. Os fabricantes locais traba- bém são parte do portfólio da empresa, C

lham com um índice de nacionalização iluminando diversos pontos históricos M

entre 60% e 80%. Os sistemas a LED e icônicos das cidades como fachadas, Y

dependem de uma fonte de alimenta- pontes, viadutos, praças. CM

ção de energia, cuja grande maioria dos Já a Lumino Energy Solutions, em- MY

componentes é importada. Já o chip de presa de origem americana, trouxe com


CY
LED é 100% importado, sobretudo de exclusividade para a América Latina os
países como China e Japão.
CMY

A Philips Iluminação, por exemplo, K

oferece toda a linha de produtos de Os municípios estão se munindo


iluminação pública, desde as lâmpadas de informações e buscando
de descarga, reatores, passando pelos consultorias, no sentido de
desenvolver seus processos de
módulos de LED, drivers (dispositivos
gestão de iluminação pública.
de controle) até a luminária pública Plínio Godoy | CityLights
com tecnologia LED e o telegerencia- Urban Solutions

46 potência
Foto:
Divulg
ação
É preciso saber exatamente
o que significa cada item da
especificação do equipamento
que está sendo comprado
para se prever os gastos com
manutenção.
Ana Claudia Albieri | Lumino
Energy Solutions

do fluxo luminoso, maior durabilidade


da lâmpada, possibilidade de automa-
ção e telegestão, redução do custo de
reatores eletrônicos de alta frequência operação e manutenção. Os conjuntos
para lâmpadas de vapor metálico, de ópticos podem ser utilizados em pos-

Foto: Divulgação
50 a 575 W. O gHID é uma tecnologia tes de iluminação pública ou ambien-
patenteada da Genesys, dos EUA, que tes com pé direito alto que necessitem
pode ser utilizado com vários tipos e de iluminação específica, como portos,
marcas de lâmpadas HID, promoven- estádios, estacionamentos, quadras po- blico Privadas (PPPs), que se apresen-
do uma luz mais branca e brilhante liesportivas, dentre outros. tam como uma alternativa de gestão de
(escotópica). Outras vantagens ofere- A expectativa de alguns fabricantes longo prazo com investimentos ante-
cidas pelo produto aos projetos de ilu- é que o segmento de IP incremente o cipados, estabelecidas sobre bases es-
minação: economia de 60 a 70% no número de projetos de modernização, tratégicas para tornar as cidades mais
consumo de energia elétrica, aumento muitos deles através de Parcerias Pú- eficientes e bem iluminadas.
EVENTO Energias renováveis e segurança

Feiras apresentam
oportunidades
de negócios e
diversificação de
tecnologias em
energias renováveis
e em sistemas
de segurança
Fotos: Ricardo Brito/HMNews

eletrônica,
respectivamente.

Enersolar e Exposec
C
Reportagem: Clarice Bombana onhecimento, debates e ino- nológicas para toda a cadeia de energia
Foto: Ricardo Brito vação marcaram a 6ª edição solar, eólica, biomassa, GTDC e afins,
da EnerSolar + Brasil - Feira e se consolidou como plataforma úni-
Internacional de Tecnologias ca de conteúdo qualificado através da
para Energia Solar e a 20ª edição da Ex- realização simultânea do 7º Ecoenergy
posec - Feira Internacional de Segurança, - Congresso de Tecnologias Limpas e
realizadas, concomitantemente, de 23 a Renováveis para a Geração de Energia,
25 de maio, no São Paulo Expo (SP), com que contou com mais de 40 palestras.
organização da Cipa Fiera Milano. “A EnerSolar + Brasil 2017 trouxe
Mais uma vez, a Enersolar mostrou resultados expressivos, acompanhando a
seu potencial ao trazer novidades tec- tendência do setor de energias limpas. Fo-

48 potência
cialistas, o setor de energia renovável foi “O que se viu ao longo dos anos foi a
menos afetado pela crise econômica do consolidação da Exposec como principal
que outros. Abrange modalidades como a centro gerador de negócios para o seg-
geração hidráulica, por biomassa, lenha, mento e ponto de encontro dos profis-
eólica e solar e se caracteriza pelo baixo sionais de todo o País”, ressaltou Sipas.
custo de implantação, o que torna este “Fechamos 2016 com mais de 26
mercado ainda mais atrativo para investi- mil empresas de sistemas eletrônicos de
dores. Os investimentos no setor chegam segurança instaladas no Brasil; o setor
a US$ 30 bilhões por ano. cresceu 5% e faturou R$ 5,7 bilhões.
Já a Exposec reuniu, em uma área Mas iniciamos 2017 ainda diante da
de 40 mil m2, mais de 42 mil visitantes, incerteza do cenário econômico brasi-
o que representou um crescimento de leiro. E aí está a grande importância da
30% em relação à última edição. Con- Exposec, como um espaço privilegiado
solidada como o maior evento para o de fomento de negócios para o setor,
setor de segurança da América Latina, ajudando a vislumbrar novos caminhos
a mostra apresentou inúmeros lança- para quem precisa rever estratégias e es-
ram mais de 80 expositores, nacionais e mentos e novas tecnologias, e agregou timulando o crescimento de quem está
internacionais, com tecnologia de ponta e conhecimento através de palestras, cur- bem no mercado”, comentou Selma Mi-
produtos diferenciados”, afirmou Riman- sos, workshops e demonstrações gratui- gliori, presidente da Associação Brasilei-
tas Sipas, diretor Comercial da Cipa Fiera tos durante o evento. As principais tec- ra das Empresas de Sistemas Eletrônicos
Milano. Segundo ele, a Enersolar é um re- nologias que compõem o mercado são de Segurança (Abese), parceira da Cipa
flexo do setor nos últimos anos, uma vez videomonitoramento (47%), sistemas na organização da exposição.
que as alternativas renováveis de geração de intrusão/alarmes (24%), controle de Veja, nas próximas páginas, uma
de energia têm apresentado bons resul- acesso (24%, incluindo portaria remota) amostra do que as empresas apresen-
tados no País. De acordo com os espe- e detecção e combate a incêndio (5%). taram nos dois eventos.

Enersolar and Exposec, held in Enersolar y Exposec, organizadas


São Paulo in May, presented en São Paulo en el mes de mayo,
business opportunities and presentaron oportunidades de
technology diversification negocios y diversificación de
on renewable energies and tecnologías en energías renovables
security systems. y sistemas de seguridad.

potência 49
EVENTO Energias renováveis e segurança

DNI
Um dos lançamentos da DNI na Exposec
foram os cabos coaxiais HD para sistemas
de instalação de CFTV, produzidos com
CONDUMAX
cobre flexível de 0,50 mm2 VM/PT (foto).
O cabo Solarmax Flex foi desenvolvido
Descrição técnica: alimentação externa,
para aplicação em sistemas de geração
que elimina interferências elétricas nas
fotovoltaica, conectados ou não na rede
imagens; núcleo sólido reforçado de
elétrica, na interligação entre os módulos,
cobre Ø 0,60 mm2 com dupla blindagem
módulos-controlador de carga, módulos-
composta por malha trançada e fita
string box, módulos-inversor, string box-
aluminizada, com alimentação bipolar
inversor e interligação com as baterias.
flexível; condutor central em polietileno,
INSTRUTHERM O condutor é formado por fios de cobre
que elimina interferências; cor externa
O novo modelo de detector de metais DM- eletrolítico estanhado, têmpera mole,
branca. Disponíveis em rolos de 100 m
600 é utilizado para indicar a presença de encordoamento classe 5, conforme IEC
(DNI CCX HD60A) e bobinas com 300 m
metais ferrosos e não-ferrosos através de 60228. Isolamento em HEPR (composto
(DNI CCX HD60AB). Outro lançamento foi
sensor. O aparelho é portátil; possui ajuste termofixo elastomérico não-halogenado),
o sinalizador Strobo solar com LED, que
de sensibilidade; alerta sonoro, visual (LED) 120ºC, resistente a UV, na cor preta,
utiliza energia solar para carregar duas
e vibratório; acompanha alça de segurança conforme TÜV 1169 e EN 50.618.
pilhas tipo AA. Por meio de um sensor
e coldre para suporte. Trata-se de um Cobertura em XLPO-HFFR (composto
fotoelétrico, o sinalizador é acionado ao
equipamento muito útil para segurança termofixo elastomérico não-halogenado),
anoitecer.
em aeroportos, empresas, bares, casas de baixa emissão de fumaça, retardante de
shows, etc. Dimensões: 410x85x45 mm; chama, 120ºC. Temperatura ambiente: -40
temperatura de operação: -5 a 55ºC; peso a 90ºC; temperatura máxima do condutor:
409 g. Funciona à bateria recarregável ou 120ºC (20 mil horas); temperatura de curto
pilha alcalina. circuito: 250ºC, 5 seg.

MOURA
Durante a Enersolar e Exposec 2017, a Moura mostrou suas linhas de baterias Nobreak e Nobreak
VRLA, com equipamentos capazes de suportar picos de descarga e com grande aceitação de
cargas. As baterias Nobreak VRLA (foto) podem ser aplicadas em centrais de alarme, UPS/
nobreaks, estações centrais de telecomunicações, equipamentos médicos e hospitalares, caixas
eletrônicos 24h, caixas de lojas, entre outros. Já as baterias estacionárias Nobreak são indicadas
para nobreaks, estabilizadores, vigilância eletrônica e sistemas de segurança, circuitos fechados
de TV, caixas eletrônicos 24h e caixas de lojas, além de sistemas de geração solar e eólica. Livres
de manutenção, as baterias Moura possuem de 12 a 24 meses de garantia, com tensão de 12 V.

ELGIN
Um dos destaques da Elgin na feira foram as câmeras de alta definição (foto) com quatro
tipos de saída de vídeo (linha 4 em 1). Mais versáteis, são compatíveis com as tecnologias
AHD, CVI, TVI e Analógico. Características técnicas: resolução de até 720p (1.0 Mp); lentes
Dome (2,8 mm) e Ballet (3,6 mm); alcance de IR de até 25 m; sensor digital de ¼”; ângulo de
visão dome (82º) e bullet (67º); filtro IR automático; AGC. Também foi divulgado o kit Elgin
de energia solar fotovoltaica para uso residencial ou comercial. O kit é composto por painéis
FV, inversores; string box (caixas de proteção); estruturas ou suportes de fixação; cabos de
corrente contínua; conectores. Vantagens: autoconsumo, crédito de energia do excedente;
economia imediata; manutenção mínima; instalação de fonte renovável de energia.

50 potência
BRAMETAL
A linha de suportes para painéis fotovoltaicos do tipo fixo é composta de estruturas
que podem ser monopostes, com uma fundação por seção, ou bipostes, com duas
fundações por seção. A distância entre as fundações, que na média é de 3 a 4 metros,
varia de acordo com a configuração das mesas e as dimensões dos painéis. A inclinação
dos suportes varia de acordo com a localidade onde as mesas serão instaladas (entre
5 e 30º). Orientação dos painéis: retrato ou paisagem; altura mínima dos painéis
em relação ao solo: 0,50 m; tipos de fundação: perfil metálico cravado no solo ou
fundações em concreto; material utilizado para os perfis: aço galvanizado a quente;
método de instalação: montagem em campo sem utilização de solda.

PHB
A empresa apresentou a nova Bike On-
Grid, projetada para uso em academias
de ginástica. Com um alternador de
ímã permanente adaptado ao quadro
da bicicleta e utilizando um sistema
de correia acoplado entre a roda da
bicicleta e a polia do alternador, a
energia gerada pelo movimento do
exercício físico carrega as baterias
como acontece num veículo. A energia
das baterias, por sua vez, é injetada na
rede elétrica através de um inversor,
SERRANA gerando créditos na conta de energia.
Entre as novidades, o inversor solar Especificações: potência de 400 W;
off-grid híbrido, disponível em dois rotação 1.200 rpm; tensão de saída 48 V;
modelos: Torrontes 1.000 28 H TI e rendimento 86%; torque de partida 0,25
Torrontes 2.400 29 H TI, de 1.400 e Nm; peso 5 kg; vida útil de até 20 anos.
3.300 W, respectivamente. Principais
características: controlador de carga com
MPPT integrado; onda senoidal; conexão
direta do painel solar; estabilizador
IDEAL ENGENHARIA
modo rede (CA); carregador de bateria
A empresa mostrou o painel solar fotovoltaico KS3B, de 250 W, fabricado no Brasil, com o
inteligente e configurável; proteção de
inovador e exclusivo sistema welding plus WP, de redução interna de resistência entre as
sobrecarga e rede (CA); software de
conexões das células, que propicia a liberação máxima de energia. Composição: sistema
monitoramento local e remoto; suporte
de envelopamento IP65, caixa de junção com 3 diodos, vidro temperado 3,2 mm jateado,
de fixação; e garantia de 18 meses.
moldura de alumínio estruturado, moldura resistente sem rebites e carga de vento de até
Também foi apresentado o nobreak para
2.400 Pa, sistema antirreflexo. Projetado para instalações e ambientes agressivos de vento,
portão eletrônico Syrah, com garantia de
poeira ou maresia. Geração de até 30 kWh/mês.
60 ciclos. Descrição: desenvolvido para
motores 1/4, 1/3, 1/2, 1 cv ou 2 de 1/4
cv; onda senoidal pura; bypass manual;
estabilizador; carregador de bateria
inteligente e configurável; disjuntor
rearmável; aviso sonoro inteligente;
proteção de sobrecarga e surto de tensão;
proteção contra surtos.

potência 51
EVENTO Energias renováveis e segurança

SEGURIMAX
Dentro da linha CFTV, as novidades são as
câmeras Dome e Bullet (multifunção 4 em 1) para
sistemas HD-TVI, HD-CVI, AHD e Analógico CVBS,
disponíveis em HD e Full HD. As câmeras Dome
foram desenvolvidas para uso interno, dia e noite, IDEALSE
sensibilidade de 0 lux, 12 Vcc e botão seletor A empresa apresentou o copiador de
rápido. As câmeras Bullet, com grau de proteção controle remoto, que permite fazer a
IP66, atendem aplicações interna e externa. As HD cópia de um controle Code Learn, da
possuem 24 LEDs IR com case metálico, enquanto as mesma forma como é feita uma cópia
Full HD possuem 30 LEDs IR. Integra a linha o gravador de chave. De acordo com a IdealSE,
digital DVR (multifunção 5 em 1) para sistemas AHD, o sistema é simples, rápido, seguro e
CVI, TVI, IP e CVBS, com compressão H.264, plataforma eficiente, e com ele, não é necessário
de gerenciamento CMS, app mobile, interface web, ir até o local para codificar, cadastrar
entrada e saída de áudio (RCA), suporta 1 HD SATA até ou habilitar o controle remoto,
6T e processador HiSilicon. economizando tempo e combustível.
Outras vantagens: não ocupa espaço na
memória do receptor do portão, podendo
codificar número ilimitado de controles
VAULT/ASSA ABLOY no mesmo receptor; permite copiar um
A Vault, marca da Assa Abloy Brasil,
portão e um alarme no mesmo controle,
empresa especializada em sistemas
com o funcionamento igual ao original.
integrados de segurança e barreiras
físicas de alta segurança apresentou na
Exposec seus mais recentes lançamentos
em controles de acesso, alarmes, CFTV,
UNIPOWER/UNICOBA
equipamentos blindados e bollards. Foram
O Unicharger by Unipower, da Unicoba, é
destaques acessórios e periféricos como
um carregador inteligente, indicado para
fechaduras elétricas, eletromagnéticas
sistemas e equipamentos de segurança.
(foto) ou eletromecânicas, botoeiras,
Entre as vantagens oferecidas pela
molas, passa-cabos e operadores de
bateria selada VRLA estão: proteção
porta de última geração, especialmente
contra inversão de polaridade, contra
desenvolvidos para integrar sistemas que
POWERSAFE curto-circuito e contra sobrecarga da
operam portarias virtuais. No estande,
A empresa mostrou as baterias bateria com LED indicador de status. Os
foram demonstrados produtos de proteção
estacionárias Freedom by Heliar, fabricadas carregadores inteligentes Unicharger
perimetral para uso em condomínios
pela Johnson Controls. As baterias, são compatíveis com vários modelos de
industriais que precisam de alta
distribuídas pela Powersafe, destinam- bateria usados em centrais de alarme,
segurança, como bollards e cancelas de
se às aplicações em UPS, PABX, centrais sistemas de iluminação de emergência,
alta segurança. E ainda: portas blindadas,
telefônicas, sinalização, iluminação de elevadores, controles de acesso, nobreaks,
antiarrombamento e portas corta-fogo.
emergência, sistemas de geração solar, entre outras aplicações de segurança.
geração eólica, monitoramento remoto, Disponíveis em cinco modelos com
alarmes, vigilância eletrônica, subestações, tensão nominal de 6 a 12 V e capacidade
telecomunicações e outras. Características de 0,5; 1,0; 3,0; e 6,0 Ah.
construtivas: tampa, filtro antichama,
grades, eletrólito fluido, solda intercelular,
separador, indicador de teste (charge eye),
vários tipos de terminais. Projetadas para
uma vida útil superior a quatro anos, a
uma temperatura de 25ºC e profundidade
de descarga de 20%.

52 potência
ZAGONEL
Entre os produtos para iluminação, a Zagonel expôs a nova luminária solar para iluminação
pública com tensão de alimentação de 12 e 24 Vcc, desenvolvida para utilização junto
a painéis fotovoltaicos. O produto possui 5 anos de garantia, grau de proteção IP 66 e
pode ser instalado em áreas externas sem danificar seu desempenho e durabilidade. Com
potências de 30, 50 e 100 W, possui ainda proteção contra sobrecorrente e sobretensão.

MINIPA SENSE
A empresa atua hoje com tecnologias
de sensoriamento acústico ou térmico
de fibra óptica, oferecendo um leque
de soluções de monitoramento, como
alarme perimetral, prevenção a furtos de
cabos, proteção de dutos de óleo e gás,
detecção de incêndios, monitoramento
geológico e hídrico, entre outros. Durante
a Exposec, a empresa expôs a solução
Minipa Point, sistema de segurança de
perímetro bastante avançado, indicado
para condomínios horizontais e verticais,
centros de distribuição, indústrias e
TOREX/YINGLI
Importadora e exportadora de produtos, a Torex firmou parceria com a chinesa Yingli
escolas. Nessa solução, a fibra ótica é
Green Energy para distribuir painéis solares fotovoltaicos de 10 a 320 W. De acordo com o
sensoriada em toda sua extensão, e
fabricante, as placas FV possuem alta durabilidade e são testadas sob condições adversas,
qualquer muro, cerca ou alambrado que
como ambientes salinos, amônia e outros fatores de risco. Os painéis são dotados de vidro
tenha contato com a fibra passa a ser
de alta transmissão, com uma única camada antirreflexo, que direciona mais luz sobre
monitorado. Isso permite detectar qualquer
as células, resultando em maior eficiência energética. Com tamanho ampliado, permite
tipo de intrusão da área protegida,
economia de custo, facilidade de manuseio e redução no tempo de instalação. Testados de
tornando toda a extensão do perímetro
acordo com as normas IEC 62804, os painéis Yingli possuem resistência à PID (Degradação
monitorado em tempo real, sem riscos
Induzida por Potencial), com garantia de 10 anos. A empresa forneceu 1.500 painéis para a
de alarme falso, como chuvas e ventos. A
cobertura do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
instalação é simples e segura. A central de
controle computadorizada fica protegida
em uma sala ou ambiente interno e o
cabeamento em fibra ótica é imune a
interferências elétricas, eletrônicas e
climáticas, com vida útil acima de 25 anos,
alto desempenho e baixa manutenção.

CROSSFOX
A empresa anunciou que está distribuindo a linha de caixas e acessórios para instalações
solares fotovoltaicas da Weidmüller Conexel (foto). A gama de produtos inclui caixas de
proteção CA e CC 1.000 V, de 1 a 32 Strings, conectores, ferramentas, bornes para fusíveis e
protetores contra surtos. Além disso, também mostrou sua linha própria de cabos de cobre nu,
para aplicações em sistemas de energia, aterramento, controle, instrumentação e blindados.

potência 53
EVENTO Energias renováveis e segurança

RCG
Os automatizadores para portões
basculantes BV-Taurus possuem caixa de
central dedicada (fechada); fuso Æ1/2” INTELBRAS
e Æ5/8”; trilho de alumínio; coroa de A empresa lançou, oficialmente, durante a
LACERDA náilon. Modelos de centrais de comando: Exposec, sua linha de incêndio endereçável.
O novo nobreak solar, de 500 a 10.000 soft, 1/4, maxi, maxi plus, fast, super Esse sistema é projetado para grandes
W, com transformador isolador e fator de fast (destaque da linha) e high. Outros ambientes, pois é capaz de detectar o
potência igual a 1, é de fácil instalação produtos da Divisão de Segurança da local onde está ocorrendo o princípio de
e operação (não necessita de aprovação RCG: cancelas, travas eletromagnéticas, incêndio e agir pontualmente. Entre os seus
junto à concessionária de energia), controles/transmissores, alarmes, sensores diferenciais está a instalação flexível, ou
informa a Lacerda. Possui modo de magnéticos e digitais, sirenes, centrais de seja, em sistemas Classe A ou B. São três
operação selecionável: prioridade nobreak comando, filtros de linha Rack, nobreaks novos modelos para atender as diversas
ou prioridade solar. Alta confiabilidade: para automatizadores de portão e necessidades e projetos: a CIE 1125, que
controle microprocessado DSP, combinando nobreaks CFTV UCF. comporta até 125 dispositivos em seu laço; a
tecnologia SPWM e chaveamento de
CIE 1250, que comporta até 250 dispositivos;
potência em alta frequência. Alimentação
e a CIE 2500, até 500 dispositivos divididos
CA com sincronismo on-line, minimizando
em dois laços. Outras características são
o tempo de transferência e garantindo o
proteção contra surtos na rede elétrica,
fornecimento de energia à carga. Seleção
fonte chaveada, gabinete exclusivo, painel
automática de frequência (50/60 Hz).
com display, software de programação,
Gerenciamento de baterias: carregador com
setorização de ambientes, nível de acesso
MPPT integrado, que carrega a bateria em
por senha, bivolt automático. Esta é uma
três estágios, reduzindo o tempo de recarga
linha completa, que conta com dispositivos
e protegendo contra descarga profunda.
que complementam a solução, entre eles,
Comunicação inteligente: RS232 ou USB
acionador manual endereçável (AME 520),
(SNMP opcional). Disponível também nas
detector de fumaça endereçável (DFE 520),
potências de 5 ~10 kW.
detector de temperatura endereçável (DTE
520), sinalizador audiovisual endereçável
ELSYS (SAV 520E), módulo de entrada ou saída
A empresa lançou o conversor e gravador digital HD (foto), indicado para televisores (MIO 520), isolador de laço (IDL 520) e
que não têm conversor integrado e estão nas áreas afetadas pelo desligamento do sinal módulo de entrada (MDI 520). Além disso,
analógico terrestre. Características: multimídia center, gravação e pausa ao vivo, canais em a empresa está lançando um software
alta definição e controle parental. Outro lançamento foi o link 4G, que permite conexão à exclusivo e gratuito para o endereçamento e
Internet inclusive em regiões afastadas dos grandes centros urbanos. a instalação do sistema de incêndio.

TS-SHARA
Uma novidade mostrada na exposição foram os nobreaks microprocessados para portões
eletrônicos residenciais e comerciais (de 100 a 500 ciclos), da linha UPS Professional
Gate, disponível em três modelos: UPS 1000 VA 1BA, para motores de até 0,5 HP; UPS
2200 VA 2BA, para motores de até 1 HP; e UPS 3200 VA 4BA, para os motores de até 1,5
HP. Eles oferecem tensão de entrada full-range inteligente, inversor sincronizado com
a rede, detecção eletrônica de sobrecargas e curtos circuitos, além de proteção contra
sub e sobretensão e descarga total das baterias. Tempo de transferência: 1 ms. E mais:
estabilizador e filtro de linha integrados, carregador de baterias inteligente, alarme
audiovisual, painel de LED com informação da rede e inversor.

54 potência
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DE OUTUBRO
2017
23 a FEIRA DA INDÚSTRIA MECÂNICA, CENTRO DE CONVENÇÕES
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Parceria
Caderno da Iluminação

Parceria

De uma simples venda


até uma parceria entre
fornecedor e cliente
H
oje em dia é muito comum de pela troca em campo para garantir a padas em serem provedores de soluções
ouvirmos a palavra “parce- economia, sem que isso provoque que- ou de projetos Turnkey e muito menos pre-
ria” quando tratamos da re- da do nível de iluminação ou aplicações ocupadas em serem provedores de produ-
lação comercial entre duas de produtos de formas incorretas, que tos, fornecendo somente caixas de produ-
empresas. O ponto fundamental é saber provoquem a diminuição da vida útil tos no prazo e encerrando ali o seu papel.
se essa parceria realmente acontece de do produto. Esses BIDs, em sua grande Em geral, essas empresas notaram
forma a transformar a boa e velha rela- maioria, acabam não saindo do papel, que ser somente um fornecedor de caixas
ção comercial de ‘fornecedor-cliente’ em ou nunca tomam as proporções dese- as deixam expostas a uma concorrência
algo mais próximo, ou se ela nada mais é jadas no projeto inicial, ou, quando fi- cada vez mais acirrada, com novos en-
do que a mesma situação de vendas de nalmente executados, não conseguem trantes a cada dia, e market share dia
produtos e serviços, de um lado, e aqui- obter os resultados desejados. sim e dia também cada vez mais diluído
sição e uso, do outro, com cada uma das Isso se deve muito às mudanças que entre os grandes fabricantes e os novos.
partes olhando somente para o seu lado. temos tido em ambos os lados e à falta Se pensarmos bem, até mesmo mer-
Grosso modo, hoje estamos muito de uma boa parceria entre os dois lados cados tradicionalmente fechados a pou-
mais para a segunda resposta. E há dúvida da moeda para encontrar o denomina- cos entrantes, como as montadoras de
se há, de fato, caminho para transformar dor comum no processo. Vejamos o que veículos, passam por esse processo. No
isso numa parceria ganha-ganha, onde é tem ocorrido de cada lado: Brasil, elas basicamente se limitavam a
possível encontrar um equilíbrio em que Do lado do fornecedor, o que é novo? quatro empresas cerca de 20 anos atrás
realmente ambos os lados saem satisfeitos. Isso tudo começa do lado do fornece- e, hoje, essas mesmas quatro empresas
Esse movimento tem ocorrido em dor. Há uma tendência que tem ocorrido representam pouco mais de 50% do
diversos segmentos da área elétrica e o nas grandes empresas de qualquer seg- market share do setor, como podemos
setor de iluminação não passa imune a mento, que estão cada vez mais preocu- ver no gráfico a seguir:
essa movimentação. Estamos no cami-
100,0%
nho, porém, em muitos aspectos longe VENDAS NO BRASIL
do final dessa equação ainda no setor. 90,0% 86% 85% 85%
83% 82% 82% 82% Carros e Comerciais Leves
81%
Cada vez mais o nível de exigência 80,0% 77% 77%
74%
70% 71%
sobe, assim como as demandas por so- 70,0% 68%
65%
luções Turnkey, onde o cliente deseja que 60%
60,0% 56%
MARKET SHARE

o fornecedor seja responsável pela me-


lhor solução possível sendo aplicada em 50,0%
BIG 4 BIG 8
campo, garantindo as exigências de pra- 40,0%
33%
zos, execuções e performance da solução. 30,0%
Até esse ponto, tudo é completa-
20,0%
mente natural. Contudo, com grande 11% outras
frequência são lançados BIDs de gran- 10,0% 7%
outras outras
des empresas, solicitando um retrofit da 0,0%
00

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16

iluminação convencional por LED, onde


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o fabricante assume a responsabilida- DIREITOS RESERVADOS www.ma8consulting.com Fonte: FENABRAVE

56 potência
Caderno da Iluminação Lighting Market Mercado de la Iluminación
Notícias, produtos, regulações News, products, regulations Noticias, productos, regulaciones
e outras informações sobre o and other information on y demás informaciones sobre el
mercado de iluminação. Lighting Market. área de iluminación.

Se trouxermos a mesma situação experiência da compra ou, como dito produtos da forma correta?
para a área elétrica, podemos facilmen- anteriormente, “elevando a régua” da Seguindo um exemplo prático no
te deduzir que esse mesmo fenômeno simples compra de produtos para uma mundo da iluminação, muitas vezes há
ocorreu, porém, em maior escala na venda de solução completa, podendo a demanda para a troca direta de lâm-
maior parte dos casos. Especificamente ou não estar atrelado ao fornecimento padas em luminárias que não foram
falando de iluminação, temos um cená- de um serviço a ser executado durante concebidas para ter uma lâmpada LED.
rio parecido ao das montadoras. Havia a vida útil do produto. Dessa forma, não permitem a correta
quatro grandes players, que eram prati- Nesse último exemplo, a mudança é dissipação de calor e, apesar de obter
camente únicos no mercado, mas hoje justificada pelo fato da empresa saber a a economia desejada, não conseguem
alguns diminuíram consideravelmente melhor forma de utilizar seus próprios garantir o tão prometido aumento da
o tamanho de seus negócios. No mes- produtos, já que durante o longo perí- vida útil do LED. Cabe aos fabricantes,
mo período, alguns saíram e retornaram odo em que fornecia somente os mate- nesse momento, sugerir a troca de toda
ao mercado. riais, certamente se deparou com falhas a luminária para um sistema LED novo,
Dessa maneira, podemos ver cons- de instalação e aplicação executada de ou orientar o cliente a manter a solução
tantemente no setor elétrico esse tipo de forma incorreta, que prejudicaram tanto tradicional nessa aplicação, mesmo que
mudança de comportamento das maio- a performance como a própria imagem para isso o cliente tenha que abdicar da
res empresas de cada setor, buscando do produto/empresa perante o mercado. solução 100% LED, porém, trocando de
cada vez mais se diferenciar no relacio- Nessa situação, afinal, quem melhor do forma saudável, sem afetar o payback
namento com o cliente, melhorando a que a própria empresa para aplicar os da solução e o conceito da solução LED.

Fotos: Divulgação
A troca da luminária antiga por
uma luminária LED proporciona
uma economia muito maior, um
Numa luminária tradicional totalmente fechada,
excelente efeito no ambiente, além
a troca por lâmpada LED pode sobreaquecer a
de uma vida útil muito mais longa.
lâmpada, fazendo a mesma durar menos do que
deveria, além de normalmente não trazer o efeito
luminotécnico esperado.

E do lado do cliente, o que mudou?


Em um mundo em que vivemos cer- cabeça” de implantar os produtos para Esse mesmo movimento ocorreu
cados de terceirizações de departamen- o próprio fornecedor pode ser um ótimo anos atrás no setor da propaganda,
tos e funções que giram fora do core bu- caminho, obviamente sendo feito com a quando os departamentos de marke-
siness das empresas, passar “a dor de devida moderação. ting, já sobrecarregados por suas pró-

It is very usual to hear the word ‘partnership’ when someone Es común oír la palabra ‘colaboración’ (partnership)
is talking about the business relationship between two cuando tratamos de la relación comercial entre dos
companies. The key point is to know if this partnership is empresas. El punto fundamental es si esta asociación
effective to change the business relationship from ‘supplier- realmente ocurre para transformar la relación comercial
customer’ into something closer, or if it is nothing else than de “proveedor-cliente” en algo más cercano, o si no es
the same old situation of sales of products and services by más que la misma situación de ventas de productos y
one side and acquisition and use by the other side. servicios, por un lado, y la adquisición y el uso del otro.

potência 57
Parceria
Caderno da Iluminação

Parceria

prias atividades, ainda tinham a obri- to em que as exigências apresentaram gras da própria cabeça, há clientes que
gação de dar um banho de criatividade opções antagônicas: jogam toda responsabilidade e risco
e desenvolver comerciais para rádio e para o lado do fabricante, com o intuito
TV. Essa demanda passou a ser “tercei- de “se livrar totalmente do problema”.
rizada” para as agências de propagan- Pay-back reduzido Ao adotar essa postura, o cliente corre
(de 2 a 4 anos
da, que eram especializadas no assunto normalmente) o risco de ser surpreendido por gran-
e, naturalmente, elevaram a qualidade des e tradicionais fabricantes enviando
das propagandas a outro nível, desa- propostas com valores altos, por enten-
fogando o trabalho dos departamentos derem e quantificarem os riscos envol-
de marketing das empresas. vidos, e, de outro lado, propostas com
Hoje, a situação do lado do cliente valores baixos, mas sem as mínimas ga-
é parecida nesse sentido. Os clientes rantias para que ao menos duas das três
querem cada vez mais se li- vertentes citadas sejam de fato
vrar dos detalhes técnicos dos Vida útil da solução Nível de Iluminação atendidas, sem gerar um novo
produtos e focar cada vez mais (de 2 aa 3tradicional)
vezes maior que (mantido ou reajustado à
norma)
problema.
em apenas aproveitar os bene- Regras básicas, como ao in-
fícios de suas características. vés de buscar um projeto 100% LED dar
Contudo, na prática o resultado O principal problema é que, mui- a liberdade de retirar do projeto produ-
dos tais projetos de retrofit para LED tas vezes, o cliente quer atender todas tos ou áreas em que a solução atual já
levam, muitas vezes, o cliente à situa- as vertentes ao mesmo tempo, e acaba é eficiente, permitir adicionar controles
ção do “cobertor curto”, ou seja, para comprometendo não só a veracidade das de iluminação onde o custo adicional
cobrir um desejo ele necessita desco- informações utilizadas no estudo, como compensa ao reduzir ainda mais o pay-
brir o outro, fazendo com que, muitas também a qualidade dos produtos uti- back, testes ‘in loco’ para comprovar
vezes, a solução sequer saia do papel. lizados, deixando poucas manobras de que os níveis serão atendidos (ou cor-
E, muitas vezes, ao sair (do papel) dei- ajuste para os fabricantes que buscam rigidos quando a iluminação atual não
xa sempre alguma das vertentes abai- a melhor solução a ser aplicada no clien- atingir e o objetivo do projeto for ade-
xo descobertas, seja porque não foram te e não no negócio a qualquer custo. quar as áreas aos níveis) e deixar todos
claramente exigidas previamente, ou Ao não se abrir a um processo cons- os pontos exigidos e claros para todos
porque não souberam escolher qual truído com auxilio consultivo de empre- os concorrentes ajudariam a minimizar
das prioridades obedecer no momen- sas com know-how no setor e ditar re- eventuais problemas.

Onde estamos hoje?


Conhecemos projetos de diversos poucas ou menos reclamações do que o gasto com energia elétrica, continua
fabricantes que já tiveram bons exem- outrora e, invariavelmente, no momento perdendo muito tempo lançando BIDs
plos de parcerias para o desenvolvimen- que o projeto é expandido esses proble- que surgem com prazos curtos, poucas
to das soluções junto aos clientes. Isso mas passam a ser minimizados ou até informações e que retornam meses de-
sem isentar de existir uma concorrência eliminados nas próximas fases. pois com problemas novos, mas com os
ao final, porém, com regras mais claras Contudo, infelizmente, são exceções principais erros ainda enraizados nos
do que é exigido para todos. E, invaria- e não regras. Hoje, a maioria das empre- documentos. E com pouca abertura ou
velmente, são projetos que acabaram sas que poderia aproveitar os tempos de flexibilidade para correção ou opção de
saindo do papel e foram concluídos com crise para reduzir grandes custos, como melhoria.

Rogério Alves
Coordenador de Sistemas e
Serviços da Philips Iluminação

58 potência
espaço abreme Editorial Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos

A contínua revolução
no mundo da
Jorge Parente
Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br
iluminação

D
esde que Thomas Edison inven- tes, a grande maioria vindo da China, a Mas, se você pensa que este é o fi-
tou a lâmpada elétrica incan- precursora na produção das lâmpadas nal do capítulo, saiba que é apenas a
descente, em 1879, não víamos fluorescentes e que agora se volta para introdução do livro, visto que a tecno-
tantas mudanças no mercado a tecnologia de LED. logia de LED, levando-se em considera-
de iluminação. Muito foi feito para regulamentar ção esta nova vida útil e também a sua
A tecnologia de LED (em português, este mercado nos últimos três anos, de flexibilidade dada ao tamanho das pas-
Diodo Emissor de Luz), apesar de ter sido forma a proteger e esclarecer os consumi- tilhas de LED, tem levado os projetistas
inventada por Nick Holonyak, nos labora- dores sobre o que define a qualidade des- a incorporarem a fonte de luz no corpo
tórios da General Electric ainda em 1962, te produto e agora estamos na reta final. da luminária e oferecido produtos muito
só começou a representar um forte fator A partir de 14 de julho deste ano, mais fáceis de instalar, com designs mo-
de mudança no inicio dos anos 90, quan- nenhum Distribuidor de Material Elétrico dernos a arrojados, aliada à possibilidade
do um trio de cientistas de origem japo- poderá mais comercializar lâmpadas de de acrescentar cores à iluminação, é qua-
nesa - Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e LED sem certificação prévia do Inmetro e, se um campo ilimitado a ser explorado.
Shuji Nakamura - construíram LEDs que portanto, passamos a ter um padrão claro O ciclo já foi iniciado, as Luminárias
conseguiam reproduzir a luz azul. Este fei- e definido para este mercado. É chegada Públicas, por exemplo, já estão regula-
to lhes rendeu o Premio Nobel de Física de a hora, tanto dos consumidores quanto mentadas pelo Inmetro através da sua
2014, equivalente a US$ 1,1 milhão, mas dos Distribuidores, escolherem seus par- Portaria 20, datada de 15 de fevereiro
suas consequências para o mercado da ceiros, procurando os produtos corretos deste ano, que estabelece parâmetros
iluminação foram muito mais significativas. que tragam o que de melhor esta tecno- de certificação para os produtos que
Segundo dados recentes da Abilux, logia tem a nos oferecer: Economia de deverão ser comercializados pelos fabri-
em 2014, a iluminação com LEDs repre- energia e Durabilidade. cantes a partir de 15 de agosto de 2018
sentava apenas 8% do mercado de ilu- É um novo paradigma, para todos (dezoito meses depois da publicação da
minação. Mas estima-se que até 2023, nós, que nos acostumamos a trocar a portaria) e pelos Distribuidores a partir de
poderá atingir o nível de 74%, deixando lâmpada incandescente a cada 4 meses 15 de fevereiro de 2019 (vinte e quatro
claro o tamanho da mudança que esta- (1.000 horas de uso se a utilizarmos em meses). Para mais informações acessem
mos enfrentando. média 8 horas por dia) ou pouco menos o link http://www.inmetro.gov.br/legisla-
Como toda nova tecnologia, vivemos que 3 anos (8 mil horas na mesma base) cao/rtac/pdf/RTAC002452.pdf
um momento de adaptação, com milha- para as Fluorescentes e agora mais de Finalizando, espero que tenha fica-
res de fornecedores querendo conquis- 8 anos (25 mil horas ainda na mesma do claro, que a Iluminação merece mui-
tar um espaço neste mercado. Somos base) para as lâmpadas de LED, já é co- to acompanhamento nos próximos anos,
abordados por centenas de fornecedo- mum neste mercado oferecerem garantia se você não quiser ser surpreendido pelo
res, com centenas de produtos diferen- de até cinco anos para estes produtos. mercado ou, pior, pelos seus concorrentes.

Espaço Abreme Espaço Abreme Espaço Abreme


Notícias e informações sobre os News and information on the Noticias e informaciones sobre los
distribuidores e revendedores de materiais distributors and retailers of electrical, distribuidores y comerciantes de productos
elétricos, de iluminação e automação. lighting and automation products. eléctricos, alumbrado y automatización.

60 potência
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos

Vem aí a primeira
edição do

FÓRUM
ABREME!

19 e 20 de setembro de 2017
Hotel Meliá Ibirapuera
Av. Ibirapuera, 2.534 – Moema – São Paulo (SP)
espaço abreme Entrevista Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos

Abreme reúne distribuidores e


fabricantes para debater questões
sobre o mercado de material elétrico

A
Abreme (Associação Brasileira lhor o setor e possam definir estratégias realização da primeira edição do Fórum
dos Revendedores e Distribuido- de atuação mais efetivas. Abreme, nos dias 19 e 20 de setembro
res de Materiais Elétricos) pro- Devido à dificuldade de se obter deste ano, em São Paulo. O primeiro dia
moveu no dia 1º de junho, no dados para embasamento da pesquisa será direcionado aos gestores dos dis-
Hotel Meliá Ibirapuera, em São Paulo, a - tanto por parte dos respondentes do tribuidores e dos fabricantes, enquanto
segunda reunião do ano envolvendo re- segmento revenda/distribuição, quanto que o segundo dia terá um aspecto mais
presentantes dos segmentos de revenda/ dos fabricantes - a Abreme perguntou aos técnico, dedicado aos interesses das equi-
distribuição e fabricantes de material elé- participantes se eles haviam recebido o pes de vendas, marketing e compras dos
trico. O encontro serviu para aprofundar questionário, se estavam com alguma di- distribuidores.
temas abordados na primeira reunião, ficuldade para participar do levantamen- O evento contará com a presença de
ocorrida em fevereiro, e para definir os to e se tinham sugestões que viessem a João Bencatel, presidente da associação
rumos futuros dos trabalhos realizados aperfeiçoar o sistema. Também foram es- que representa os distribuidores de ma-
em conjunto por ambas as partes.  clarecidas dúvidas por eles apresentadas. teriais elétricos na Europa (EUEW). “Ele
Representando a Abreme, participa- A Abreme fez uma rápida pesquisa estará aqui no dia 19. João Bencatel irá
ram da reunião o diretor-executivo Amau- com os participantes do encontro a fim fazer uma apresentação de como fun-
ri Mendes Pedro, a secretária-executiva de entender como eles veem o momen- ciona a área de distribuição na Europa e
Nellifer Obradovic e diversos membros to econômico por qual passa o País. Vale como é feita a interface com os fabrican-
da Diretoria Colegiada. Já o conselho de ressaltar que os números citados pelos tes de lá”, comentou o diretor-executivo
fabricantes da entidade foi representado executivos não representam uma posi- da Abreme, Amauri Mendes Pedro. Tam-
por executivos de 11 companhias. Tam- ção oficial nem do segmento revenda/ bém está confirmada a presença no Fó-
bém participaram do encontro os espe- distribuição, nem do segmento dos fa- rum Abreme de Marcela Ponce Hawauti,
cialistas José Paulo Hernandes e Viviane bricantes, mas sim uma mera percepção da equipe de economia do SPC. A execu-
Rambelli, da New Sense, empresa voltada que os executivos têm da atual situação. tiva fará uma projeção econômica para
para consultoria e pesquisa de mercado, e Primeiramente a associação quis sa- o País baseada na experiência do SPC.
Rodrigo Loschi, diretor Comercial da Se- ber a opinião dos participantes quanto à
bastian, empresa voltada para Programas perspectiva de crescimento do mercado Foto: Ricardo Brito/HMNews

de Proteção/Antifalsificação de produtos. brasileiro (geral) neste ano, em relação


Uma das decisões tomadas pelos pre- a 2016. Os mesmos prospectaram um
sentes foi a escolha da denominação do crescimento de 0,5%. Na primeira reu-
grupo e o nome escolhido foi GEFREME nião do GEFREME, realizada em 01 de
- Grupo de Estudos Fabricantes e Reven- fevereiro, diante da mesma pergunta, os
dedores de Materiais Elétricos. participantes disseram que esperavam
Outra parte da reunião foi dedicada à um crescimento de 2,5%. O segundo
definição de detalhes a respeito da pes- questionamento foi sobre qual a expec-
quisa de mercado contratada pela Abre- tativa de crescimento do setor de mate-
me e que está sendo realizada pela New rial elétrico. Os presentes disseram que
Sense. A ideia do levantamento é fazer o esperam um crescimento de 0,4%. Na
reunião de fevereiro, a expectativa das Primeira edição do Fórum Abreme contará com
dimensionamento do mercado brasileiro
a presença de João Bencatel, presidente da
de distribuição de material elétrico. O es- indústrias era de que o setor atingisse
associação que representa os distribuidores de
tudo deverá contribuir consideravelmente um crescimento de 6,0%.  materiais elétricos na Europa.
para que as empresas compreendam me- Durante o encontro foi confirmada a Amauri Mendes Pedro

62 potência
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
entrevista espaço abreme

Ações de combate à falsificação

A
falsificação é hoje o segundo gramas de proteção de marca são finan- Outra solução disponível é o holo-
crime em geração de receita no ciados por recursos da área de marketing, grama em alta resolução com área co-
mundo, perdendo apenas para o como parte integrante da composição da lorida, minitexto, informações ocultas e
tráfico de drogas. Segundo da- imagem do produto e da empresa. Na Eu- flip de imagens.
dos apurados em 2007, estimava-se que ropa e nos Estados Unidos eles não ado- Por fim, o especialista da Sebastian
entre 5% e 7% de tudo que se produ- tam um programa de proteção de marca falou sobre a solução denominada IZON
zia no planeta era falso. As informações para combater produtos falsos. Eles fa- (Holograma Fotopolimérico Tridimensio-
são de Rodrigo Loschi, diretor Comercial zem isso para que os produtos falsos não nal com validação por ângulo de Para-
da Sebastian, empresa que atua na área aconteçam. É um passo antes do proble- lax). A validação dessa tecnologia pode
de projetos e soluções para proteção de ma ocorrer”, compara. ser feita a olho nu, mas existem alguns
marca. O especialista ministrou a palestra De acordo com Rodrigo, quando um mecanismos que podem ser inseridos que
‘Programas de proteção de marca/Anti- determinado artigo possui ferramentas requerem o uso de algum tipo de recur-
falsificação’ durante reunião promovida de proteção de marca, a tendência é que so para validação, como luz, laser ou até
pela Abreme, em São Paulo. o falsificador ‘escolha’ outro produto ou vistoria pericial.
Na opinião de Rodrigo, a falsificação fabricante menos protegido para copiar.
atingiu esses níveis por duas razões prin- Desta forma, um programa de proteção
cipais: as penas não seriam tão severas de marca precisa conter a somatória das
quanto as de outros crimes e simples- seguintes ações: autenticação baseada
Associação Brasileira dos Revendedores
mente porque copiar algo constitui uma em tecnologia (ter algo que diferencie o e Distribuidores de Materiais Elétricos
atividade relativamente simples. produto verdadeiro do falso); informação
FUNDADA EM 07/06/1988
O crime de falsificação prejudica não e educação pública (ou seja, informar o Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde
só as empresas, mas também o consumi- mercado sobre esse diferencial); e fazer 04151-040 - São Paulo - SP
Telefone: (11) 5077-4140
dor final e a sociedade como um todo. investigações e tomar providências judi- Fax: (11) 5077-1817
Para os fabricantes e distribuidores, essa ciais quando necessário. e-mail: abreme@abreme.com.br
site: www.abreme.com.br
situação produz consequências como da- Na sequência, o diretor da Sebas-
nos à imagem corporativa, perda de ven- tian apresentou uma série de ferramen- Diretoria Colegiada
das diretas e corresponsabilidade legal. tas destinadas a controlar a falsificação. Francisco Simon
Já o consumidor fica sujeito a pro- Uma das soluções empregadas nos pro- Portal Comercial Elétrica Ltda.
José Luiz Pantaleo
blemas como risco de acidentes, falhas dutos é o código 2D, que utiliza um me-
Everest Eletricidade Ltda.
de utilização, quebra/queima do siste- canismo de rastreabilidade para validar José Jorge Felismino Parente
ma, risco de incêndio/explosão, perda de códigos bidimensionais (como o código Bertel Elétrica Comercial Ltda.
QR). Outro destaque são os materiais Paulo Roberto de Campos
performance do sistema e aumento do
Meta Materiais Elétricos Ltda.
consumo de energia. A sociedade perde destrutíveis, como as etiquetas feitas em Marcos Augusto de Angelieri Sutiro
uma vez que a pirataria provoca redução papel que se destrói diante da tentativa Grupo Mater
da arrecadação de impostos, estímulo ao de removê-las. Completam essa família Nemias de Souza Nóia
Elétrica Itaipu Ltda.
crime organizado, perda de postos de tra- as fibras de segurança, que são elemen- Reinaldo Gavioli
balho formais e riscos ao meio ambiente. tos de segurança visíveis sob luz UV, para Maxel Materiais Elétricos Ltda.
Para Rodrigo, não existe no Brasil confirmar a autenticidade da etiqueta e Conselho do Colegiado
uma cultura voltada à prevenção. Ele consequentemente do produto. Adbuch Bernaba Jorge
acredita que esse tipo de crime é sub- Em um nível maior de segurança, Santil Comercial Elétrica Ltda.
João Carlos Faria Júnior
notificado no País e que os programas Rodrigo apresentou o selo de segurança Elétrica Comercial Andra Ltda.
de proteção de marca são vistos apenas transferível, que envolve a união de várias Ricardo Ryoiti Daizem
como custo, e não como investimento no tecnologias: podem ser utilizados dados Sonepar South America
produto e na marca. variáveis; códigos 2D; aplicação de fita bi- Diretor-Executivo
“Ao redor do mundo, são frequentes metálica ou colorchange; impressões de Amauri Mendes Pedro
os casos onde os investimentos nos pro- segurança, como tintas UV e microtextos. Secretária Executiva
Nellifer Obradovic

potência 63
artigo Medição de energia

Compensação de
perdas técnicas
S
emanas atrás foi tratada em Isto traz alguns problemas para
reunião da ANEEL a compen- as concessionárias, tanto para leitura
sação de perdas técnicas em como para eventuais serviços como
ramais de ligação (conexão troca de medidores e corte / restabe-
entre a rede e o ponto de entrega – ou lecimento do fornecimento de energia
limite da unidade consumidora - UC - além de que toda a “perda técnica”
com a via pública, onde, na maioria dos (função da queda de tensão) é da dis-
casos, se situa a medição de faturamento tribuidora.
da unidade consumidora) para os casos Assim, se vier qualquer medida
de medição externa. de órgão normativo que implique em
Naturalmente, estamos falando só compensação para qualquer distân-
de áreas urbanas pois nas rurais (onde cia aquém do ponto de entrega (di-
estes conceitos de limite de proprieda- visa da unidade consumidora com a
de e divisa com via pública, na maio- via pública) situado a até 30 metros
ria dos casos, não faz sentido) a coisa para medições externas, teremos
vai continuar como está, com a me- provavelmente uma obrigatoriedade
dição no poste da rede, como sempre (por parte das distribuidoras, através
se fez. O entendimento tem sido, até de suas normas de fornecimento de
agora, considerar normal e não sujei- energia) de que as medições inter-
to a qualquer compensação, ramais de nas se situem também neste ponto,
ligação de até 30 metros. como forma de evitar mais perdas de
Quanto à medição, por liberalidade faturamento para as distribuidoras.
das distribuidoras (normas próprias) e Ou será permitido acréscimo ao valor
Foto: Fotolia

de pleno acordo com portarias da própria medido para medições internas situ-
ANEEL, esta tem sido, muitas vezes, insta- adas longe do ponto de entrega, por
lada mais distante, como por exemplo nas opção do cliente? quenos ou pouco expressivos”, da or-
edificações verticais onde as medições Na divulgação da notícia é citado dem de 1,5%. Permito discordar, pois
são instaladas nos andares dos prédios. que o refinamento trará acertos “pe- 1,5%, considerando a margem atual

64 potência
Artigo Article Artículo
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reconhecidos especialistas do mercado. recognized market experts. reconocidos expertos del mercado.

de ganhos (muitas, na verdade, dando onde o medidor ficava dentro da unida-


prejuízo) das distribuidoras, passa longe de consumidora oferecendo toda a faci-
de ser um valor pequeno. lidade para ser manipulada / adulterada
O que sempre trouxe preocupação e ou desviada da linha de consumo.
deveria ser o objeto de ajuste são aque- Foi, de fato, o nascimento do que
las concessionárias que não têm qual- hoje se chama de “medição centraliza-
quer padrão e usam lançar ramais de da”, com comunicação e display remotos
ligação absurdos (algumas exigem que e que foi até objeto de patente oportu-
o cliente dê o cabo!), com distâncias nista (como se a instalação da medição
próximas de 100 metros em áreas de na rede encerrasse qualquer novidade
urbanização inadequada e com cabos ou fato novo relevante, podendo então
de bitola inferior ao desejável e muitas ser qualificada de inovação ou invento).
vezes inadequados para instalações ex- Também não se pode esquecer que
ternas, sujeitas a exposição a UV. a tal perda no ramal depende não só
Em casos em que a medição é insta- da distância, mas da bitola, do material
lada na rede (no poste, isoladas ou em do condutor (hoje, na maior parte dos
caixas concentradoras de medidores) aí casos, o alumínio, mas, em ramais con-
então o cuidado com os ramais é ainda cêntricos, usa-se cobre), da temperatura
menor e os valores de diferença do va- ambiente e da corrente passante pelo
lor medido para o que realmente é en- ramal (curva de carga).
tregue ultrapassam, em muito, os 1,5% Todos que se dedicaram a tentar ob-
em desfavor dos clientes. ter padrões de consumo (curva de carga
Isto foi objeto de preocupação nos típica) em unidades consumidoras (nas
Foto: Fotolia
idos de 2003 quando de discussão de campanhas tarifárias, por exemplo) sa-
Projeto de lei no Congresso Nacional (PL bem que os hábitos de consumo são
4.373 de 2001) sobre uma “medição extremamente variáveis e que partir de de erros da ordem de 1,5%, portanto,
fiscal” a cargo dos clientes; de tão fora valores médios vai, na média, eliminar exigirá bastante cautela, considerando
da realidade o tal PL foi esquecido, mas erros, mas, em casos específicos, vai in- todas as variáveis citadas.
o cerne da questão eram as caixas com tensificar erros e quando se trata de O fato é que, ao tratar deste assunto,
lente para leitura a partir do chão que medição de faturamento os erros devem uma certeza se pode ter: os sistemas de
estavam sendo maciçamente instaladas ser eliminados a valores abaixo da clas- faturamento das concessionárias terão
nos postes da rede no estado do Pará (e se estabelecida pelo órgão metrológico que ser adaptados para considerar este
mais tarde no Mato Grosso e em outros para todas as unidades consumidoras. fator de compensação e que as perdas
locais atendidos pelo mesmo grupo). A classe de exatidão para medição de faturamentos das distribuidoras irão
Na verdade, era uma reação à ex- em UC de BT é de 2% para equipamen- aumentar.
ternalização da medição, que diminuiu tos novos ensaiados em laboratório (po- Má notícia para um momento que
drasticamente, num primeiro momento, dendo apresentar erro maior quando já não é dos melhores para o negócio
o furto de energia naquelas instalações instalado e ensaiado em campo); tratar distribuição!
Foto: Divulgação

Luiz Fernando Arruda


Engenheiro eletricista,
consultor e professor.

potência 65
radar Tecnologia

Novas soluções Foto: Divulgação

Fabricante de matérias-primas apresenta uma série de


lançamentos que prometem resolver antigos problemas
registrados pela indústria de cabos de energia e
telecomunicações.

Reportagem: PAULO MARTINS

A
tenta às necessidades dos A primeira novidade é o composto Segundo a Dow, clientes que tes-
clientes e às oportunida- DFDA 1658 BK, destinado à cobertura taram o produto disseram que obtive-
des oferecidas pelo merca- de cabos de energia e de telecomunica- ram velocidade de processo duas vezes
do latino-americano, a Dow ções. Fabricada à base de polietileno (PE), maior do que outras opções do merca-
anuncia o lançamento no Brasil de uma a solução posiciona-se na categoria HFFR do. Assim, teria sido possível produzir
série de matérias-primas destinadas à (Halogen Free Flame Retardant), ou seja, maior quantidade de cabos por minuto.
indústria de cabos de energia elétrica e tem baixa emissão de gases tóxicos (ha- Outra vantagem seria a menor den-
de telecomunicações. Tratam-se de um logênios) e baixo teor de fumaça tóxica. sidade do DFDA 1658 BK (quando com-
composto inédito e dois novos catali- Além de atender essas especificações - parado com o PE e com o PVC), produ-
sadores, que surgem para proporcionar que são exigidas por normas -, o produ- zindo um cabo com o mesmo diâmetro,
maior agilidade e praticidade à linha de to oferece como diferencial para os fabri- mais leve e utilizando menos produto.
produção dos fabricantes que utilizam cantes de cabos um melhor desempenho “A processabilidade bem alta é o
essas soluções. durante o processo de extrusão. diferencial do novo produto, compara-

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do com outros materiais existentes no A processabilidade bem alta
mercado”, resume Marcello Mori, dire- é o diferencial do nosso novo
composto, comparado com outros
tor Comercial para a América Latina da materiais existentes no mercado.
área de Elastômeros, Elétrica & Teleco- MARCELLO MORI | DIRETOR
municações da Dow. COMERCIAL
Ele conta que uma das preocupa-
ções da Dow é procurar entender quais
são as necessidades dos clientes e as o executivo. Conforme detalha Viviane
características do mercado para então Piñon, gerente de Marketing da América
desenvolver soluções que atendam ade- Latina para Dow Elétrica e Telecomuni-
quadamente a esses públicos. “O desen- cações, ao desenvolver uma solução, a
volvimento da linha 1658 foi baseado companhia procura atender duas pre-
nas novas tendências. Esse composto missas. A primeira envolve os benefícios
é uma versão diferente, mais moderna que esse produto pode agregar aos usu-
e, poderia até dizer, uma versão única ários do cabo (o mercado final). Outra
nessa linha de produtos retardantes à preocupação é com as vantagens que o

Foto: Divulgação
chama e livres de halogênios”, completa produto irá gerar para o cliente direto
da Dow, ou seja, o fabricante de cabos.
O composto DFDA 1658 BK atende
Uma das à necessidade do cliente final de con-
tar com um produto retardante à cha-
no - eles seriam mais ‘duros’ de ‘rodar’
nas máquinas.
preocupações da ma não halogenado, ou seja, com baixa Para que a matéria-prima não seja
emissão de fumaça. Entretanto, além de um limitador da produtividade dos fa-
Dow é entender obedecer às normas que exigem baixos bricantes de cabos é que a Dow buscou

as necessidades níveis de emissão e toxicidade da fuma-


ça, a Dow detectou que era preciso aju-
desenvolver o novo composto. “O 1658
foi o material com o qual a gente con-
dos clientes e as dar o cliente a melhorar seus processos.
Isto porque as normas indicam que
seguiu resolver isso. Ele foi desenvolvido
com base nas necessidades do mercado
características é preciso adicionar retardante à chama da América Latina. Quando a gente ana-
não halogenado em determinados ca- lisa a densidade dele e como esse ma-
do mercado bos, o que tira do fabricante a opção terial ‘roda’ mais rápido nas máquinas,

para desenvolver de usar o PVC para cobertura, pois este


material não atenderia à condição de
constatamos que o cliente tem benefícios
também em relação ao custo no final do

soluções que baixa emissão de fumaça - requisito


esse que os compostos de polietileno
processo. Somando os custos, a processa-
bilidade e considerando que o composto
atendam seu cumprem. O problema é que há relatos
de clientes de que é mais difícil traba-
atende o que o mercado precisa, a gente
entende que esse é um desenvolvimento
público. lhar com materiais à base de polietile- de sucesso”, completa Viviane.

Soluções para linhas aéreas


Ainda dentro do preceito de procurar SI-LINK™ o cliente precisa de uma re- aéreas spacer: o catalisador SI-LINK™
atender às necessidades identificadas sina-base e de um aditivo (no caso, um DFDA 5492 (utilizado na produção de
junto ao mercado, a Dow está investin- catalisador). A Dow vem se dedicando, cabos XLPE para Média Tensão) e o ca-
do na expansão do portfólio da família neste momento, ao desenvolvimen- talisador DFDA 9200 (para fabricação
SI-LINK™, que é formada por compos- to de outros aditivos que possam ser de acessórios como espaçadores de
tos destinados à fabricação de cabos. misturados a essa mesma resina-base, polietileno de alta densidade).
Conforme explica Viviane Piñon, mas para atender novas aplicações. De acordo com Viviane, a ideia das
para produzir um cabo para Baixa Ten- A partir desse conceito surgiram redes tipo spacer é compactar a insta-
são utilizando os compostos da linha duas soluções específicas para as linhas lação de forma que os cabos fiquem

potência 67
radar Tecnologia

Vantagens
Novas matérias-primas
proporcionam mais agilidade e
praticidade na produção de cabos
elétricos e de telecomunicações.

mais próximos possível, sendo separa-


dos por espaçadores. Mas tanto o cabo
quanto o espaçador precisam resistir
ao trilhamento elétrico e aos raios UV
- proteções essas que são oferecidas
pelos catalisadores 5492 e 9200.
“Os produtos foram desenvolvi-
dos para ter performance superior às
soluções existentes hoje, e para isso
existem duas maneiras de comparar:
com testes de laboratório e testes de
campo. Estamos na fase de teste de
campo para fazer a comprovação e os
Foto: Divulgação

resultados são bem promissores”, re-


lata Marcello Mori.
Conforme destaca o executivo, a uti-
lização de uma resina-base (que repre- vai em maior quantidade na formulação, oferece ao mercado aditivos para a
senta 90% dos compostos) e aditivos os nossos clientes possam ter várias apli- fabricação de diversos tipos de cabos,
conforme a aplicação desejada, propor- cações. Em teoria, ele consegue com um como retardantes à chama, multiplexa-
ciona maior facilidade ao cliente (fabri- único material produzir diversos tipos de dos, flexíveis e fotovoltaicos. Outro de-
cante) no gerenciamento e no manuseio cabos, o que para ele é uma vantagem senvolvimento que está em andamento
das matérias-primas. “O que nós ofere- para controle de inventário e de todo o no momento é o catalisador destinado
cemos ao mercado é uma solução na processo”, complementa Mori. à fabricação de cabos que precisam re-
qual a partir de um único produto, que Dentro da linha SI-LINK™ a Dow sistir às chamas verticais.

Perspectivas de mercado
Foto: Divulgação

Líder do mercado brasileiro de da economia e da retomada de inves-


compostos para a fabricação de fios e timentos, com repercussão nas áreas
cabos, a Dow possui portfólio comple- de fibra óptica e energia (incluindo os
to para atender os segmentos de tele- segmentos eólico e fotovoltaico).
comunicações e de energia. De acor- “Nos últimos anos tem havido uma
do com Marcello Mori, as expectativas necessidade cada vez maior de cabos
quanto aos negócios da companhia retardantes à chama e livres de halo-
no Brasil são positivas, uma vez que gênios. Isso é uma tendência e a gen-
existem perspectivas de recuperação te acredita que esse mercado irá cres-
cer, tanto na área de telecom quanto
de energia. E os fabricantes de cabos
terão que buscar soluções inovadoras.
Em seus desenvolvimentos, Dow É nesse momento que a gente entra,
procura agregar benefícios que desenvolvendo novos materiais, em
atendam tanto o mercado final
parceria com os fabricantes de cabos,
quanto os fabricantes de cabos.
para atender à essa demanda”, fina-
VIVIANE PIÑON | GERENTE DE
MARKETING liza Mori.

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artigo Fios e cabos elétricos

Condutores elétricos para a


Área de Mineração
E
ste é mais um artigo da série de textos baseados na ➧ Classe de encordoamento 5
coleção de Guias de Aplicação de Cabos que o ICA/ ➧ Isolação termoplástica em PVC (70ºC)
Procobre lançou este ano. Dessa vez vamos abordar o ➧ A ser instalado em canaleta fechada embutida no piso.
setor de mineração.
Assim como apontamos nos artigos anteriores, as ativi- Áreas de aplicação: Esse cabo pode atender a diver-
dades exercidas na área da mineração também possuem ca- sas aplicações dentro da indústria de mineração, tais como
racterísticas que exigem cabos elétricos específicos para cada alimentação de gruas, pás, dragas, furadeiras, compressores,
situação. E a escolha e aplicação correta desses condutores exaustores, bombas, peneiras, vibradores, esteiras ou motores
é essencial para se garantir o bom desempenho e a seguran- em geral. Ou aplicações específicas quando dotados de prote-
ça das instalações. ções extras contra abrasivos, óleo, água, radiação UV, ozônio
Nesse artigo, serão apresentados os cálculos considerando e agentes químicos.
um exemplo de cabo elétrico para este segmento de mercado.
Nesse caso, será utilizado um cabo padrão de mercado para Será considerado um circuito com as seguintes
uso em baixa tensão, com as seguintes propriedades: condições:
➧ Interligação do quadro de acionamento a equipamento de ➧ Alimentação 220/380 V – Trifásico (3F+PE)
uso industrial ➧ Cabo tetrapolar

Foto: Fotolia

70 potência
Artigo Article Artículo
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➧ Operação em 220 V Como I’max = 117,52 A, adota-se o valor imediatamente


➧ 60 Hz superior na tabela, ou seja, 126 A.
➧ Temperatura ambiente de 35ºC
➧ Corrente de projeto máxima de 95 A ➧ Portanto, a seção do condutor fase será de 35 mm²
➧ Queda de tensão máxima de 3% SF = 35 mm²
➧ Fator de potência: 0,80
➧ Comprimento do circuito: 70 m ➧ Condutor de proteção Tabela 12 da ABNT NBR 5410:
➧ Método de instalação E Para SF = 35 mm² tem-se:
SPE = 16 mm²
Cálculo segundo o critério de condução de corrente:
Condutor fase: ➧ Queda de tensão (Zc):
➧ Fator de correção de temperatura (f1) - Tabela 20 da ABNT ∆ U = 3 % x Tensão do circuito
NBR 5410: 220/380 V temos 3 % x 220 V ∆U = 6,6 V
Para temperatura do solo igual a 35ºC e isolação em Imax = 95 A
PVC tem-se: ℓ = 70 m = 0,07 km
f1 = 0,94 Zc = ∆U / (Imax x ℓ)
Zc = 6,6 / (95 x 0,07) = 0,992 V/A.km
➧ Fator de correção de agrupamento (f2) - Tabela 22 da ABNT
NBR 5410: ➧ Tabela 18 de queda de tensão:
Camada única sobre leito, referência 5, circuito úni- Circuito trifásico, FP 0,80, tem-se o valor imediatamen-
co, tem-se: te abaixo, ou seja, o valor 0,97 V/A.km, determinando
f2 = 1,00 o condutor com a seção de 35 mm².

➧ Fator de correção de carregamento do neutro (f3): ➧ Portanto tem-se:


Caráter geral, este fator é de 0,86 para circuitos com ➤ Seção dos condutores fase
três condutores carregados. Conforme ABNT NBR 5410, SF= 35 mm²
item 6.2.5.6.
f3 = 0,86 ➤ Seção dos condutores de proteção
SPE = 16 mm²*
➧ Corrente fictícia de projeto I’max
I’max = Imax / (f1 x f2 x f3) = 95 / (0,94 x 1,00 x 0,86) (*) Utilizado o mesmo critério descrito na Tabela 12 da ABNT
= 117,52 A NBR 5410:2004.

➧ Método de instalação E – Para diferentes formas de ins- Portanto, ao serem consideradas as condições estabelecidas
talação, consultar Tabela 33 – Tipos de linhas elétricas da nessa aplicação, encontra-se o cabo dimensionado a seguir:
ABNT NBR 5410:2004. ➤ Cabo multicondutor – 3x35 mm² + 1x16 mm²
E: Cabo multipolar em leito de cabeamento; ➤ Isolação termofixa em PVC – 70ºC

➧ Tabela 16 da ABNT NBR 5410 – Cabo tetrapolar em cobre, Os fabricantes reservam famílias de produtos com suas res-
isolado em PVC método de instalação E e três condutores pectivas denominações comerciais que atendam aos requisitos
carregados mais neutro, busca-se na coluna 3 da referida especificados. A eleição do fornecedor entre os fabricantes será
tabela o valor de I’max: de livre escolha do projetista.

Carlos Simões e Marcelo Oriani,


consultores do Procobre Brasil.

potência 71
projeto conectar

Automação Residencial
O Caminho para a Internet das Coisas

N
ão adianta nos espelharmos em demasia no que lojas focadas no consumidor DIY e não precisando de ter-
acontece em países como os Estados Unidos, ceiros (integradores e instaladores) para que estes equipa-
quando pensamos em iniciativas que visam tra- mentos sejam colocados em funcionamento.
zer a Internet das Coisas (IoT) mais perto do usu- Os produtos tecnológicos disponíveis nos Estados Uni-
ário final. O Brasil precisa de iniciativas diferentes, por uma dos sempre apresentaram preços convidativos, minimi-
série de razões, relacionadas tanto ao custo quanto ao perfil zando a necessidade de o usuário considerar o gasto em
deste usuário. troca de valor agregado ou de benefícios que atendam às
Há algumas características do mercado americano que necessidades reais. Este baixo preço está ligado a algu-
têm norteado as iniciativas por lá. O mercado apresenta mas características do mercado, incluindo volumes muito
uma fatia considerável de pessoas com alguma capacidade grandes de vendas e interesses corporativos em promover
técnica para instalação de equipamentos eletrônicos, crian- marcas e fidelizar clientes. Isto tem aberto a chance a em-
do um mercado do Faça Você Mesmo (DIY – Do It Yourself). presas grandes minimizarem seus lucros em
Este é um comportamento histórico que remonta a pelo produtos-chave, em troca de criar ecossiste-
menos a metade do século passado, cujas cau- mas onde têm o controle da venda lucrativa
sas são variadas e sempre debatidas. O fato é dos demais equipamentos que compõem estes
que existem as condições para este mercado, ecossistemas.
tanto na disponibilidade de ferramentas e Há, ainda, as pequenas empresas com
acessórios, quanto em fabricantes queren- produtos inovadores entrando no mercado
do atender a este mercado. com preços muito baixos, visando apenas
Como consequência, a venda de divulgar a marca e o conceito e torcen-
equipamentos eletrônicos voltados à do para cair nas graças das grandes
residência e com alguma tecnologia empresas e serem adquiridas por
embutida se torna mais fácil, po- valores astronômicos.
dendo usar sua distribuição em Assim, o caminho do

Ilustração: Fotolia

72 potência
Apoio:

Projeto Conectar Projeto Conectar Projeto Conectar


Notícias e informações sobre o News and information on Noticias e informaciones sobre
setor de automação residencial the residential and building el sector de automatización de
e predial. automation sector. viviendas y edificios.

usuário final até algo parecido com Internet das Coisas O sucesso de marketing, no curto prazo, é estrondoso,
tem se focado em gadgets e equipamentos como o Ama- vendendo milhões de equipamentos em poucas semanas e
zon Echo, Google Home, Nest e SmartThings, entre tan- se tornando o assunto do dia no mundo de gadgets e do
tos outros. Consumer IoT.

Dificuldades Americanas
É importante observar que esta maneira de abordar o maiores dificuldades, o que absolutamente não é verda-
mercado, sempre bem-sucedida no passado, tem criado al- de. É necessário escolher a central inteligente com muito
gumas dificuldades. A principal delas é que estes equipa- cuidado, observar a lista de equipamentos compatíveis e
mentos que se posicionam como centrais inteligentes não entender que esta lista é dinâmica, sempre aparecendo
são tão simples de serem corretamente instalados, criando equipamentos novos e algumas vezes equipamentos mais
um grau de insatisfação no usuário nunca antes visto neste antigos saindo da lista de compatibilidade quando novas
mercado de DIY. versões da central são lançadas. É um verdadeiro exercí-
Outra dificuldade está no fato do usuário esperar que cio de planejamento e de engenharia de integração, com
os equipamentos em geral sejam interconectáveis sem o qual os usuários não estão acostumados.

Ainda Longe da Internet das Coisas


Estes fatos têm causado uma certa preocupação na co-
munidade mais séria da Internet das Coisas, posto que estas
“soluções” se posicionam como sendo parte do mundo da In-
ternet das Coisas, o que absolutamente ainda não é verdade.
O que deve ser a IoT?
De forma simplista, um sistema, ou mesmo um determi-
nado equipamento, para ser considerado com um elemento
Internet das Coisas precisa atender a algumas características:
interconectividade, interoperabilidade, processamento local
e na nuvem, e utilização de informações extra sistema para
oferecer funcionalidades adicionais.
Um equipamento IoT deve ser capaz de se conectar a
qualquer outro equipamento IoT, trocando entre si dados e
comandos. Para isso, é necessária uma padronização de pro-
tocolos que ainda não estão definidos e acordados, apesar
de termos vários grupos se esforçando para isso.
O equipamento também deve ser capaz de compartilhar
formas de operação com outros equipamentos IoT, ou seja,
um App dedicado não pode ser a única forma de interface
com o usuário.
Usar a internet e a nuvem apenas como canal de co-
municação entre o equipamento e o App não é Internet
Foto: Fotolia

das Coisas. Um equipamento IoT deve se beneficiar do uso

potência 73
projeto conectar

olia
Ilustração: Fot
devem utilizar informações oriundas de
outras fontes (extra sistema) para ofe-
recer serviços e valores até então não
possíveis. Será o caso de sistemas de
irrigação que utilizam informações so-
bre a meteorologia vindas da internet,
ou luzes de jardim que se comunicam
com a concessionária de energia elétri-
ca para obter informações dos sensores
de luminosidade que controlam a ilumi-
nação pública.
Obviamente, o mercado americano
irá se beneficiar da Internet das Coisas
em sua grandiosidade, mas seus benefí-
cios serão melhor percebidos em conceitos
um pouco mais abrangentes, lidando com
espaços inteligentes, como bairros ou mes-
mo cidades. O chamado Consumer IoT será,
por muito tempo, um espaço mercantil de novida-
da capacidade de processamento de dados (tempo real e des tecnológicas sem realmente explorar todo o potencial
históricos) que as plataformas na nuvem oferecem; deve desta possível revolução.
ainda ser capaz de algum processamento local, garantin- Então, como vemos, o caminho sendo trilhado pelos
do suas funcionalidades mínimas mesmo na perda de sua principais fabricantes americanos não tem sido simples e
conexão com a internet. tem criado uma falsa sensação de se pertencer ao mundo
E, se quiserem realmente se beneficiar do conceito IoT, da Internet das Coisas.

Qual o Caminho Brasileiro?


No Brasil, o caminho descrito anteriormente não é pos- xas e impostos quando passando pela receita federal.
sível por várias razões, bastante simples. A primeira é que o Assim, minimamente, seu custo será igual ao mercado
usuário brasileiro definitivamente não tem o perfil de DIY, americano (já alto para os padrões brasileiros), poden-
sempre contando com a ajuda de pessoas com conheci- do chegar a custar o dobro se incidirem as taxas de im-
mento mais adequado para qualquer funcionalidade mais portação casual.
“tecnológica”. Esta ajuda pode ser o amigo, filho ou vizi- E mesmo tendo pago o valor, o produto não terá suporte
nho quando falamos de algo como um smartphone, uma do fabricante no Brasil, possivelmente não falará português
TV ou um notebook. e seguramente não terá sua tomada já no padrão que hoje
Mas, quando falamos em equipamentos mais com- utilizamos. Isto aumenta o risco e a dor de cabeça, já que
plexos, que exigem conhecimentos de outras áreas como um defeito neste equipamento, seja de fabricação ou de
redes sem fio, instalações elétricas e comandos em infra- mau uso, praticamente o condenará ao lixo. Assim, os be-
vermelho, será necessária a contratação de técnicos es- nefícios e valores agregados devem ser muito bem analisa-
pecializados. dos para que o usuário brasileiro decida se o investimento
Também o custo é um fator que não pode ser tratado e o risco valem a pena.
da mesma forma que no mercado americano. Os grandes Então, qual o caminho para o usuário brasileiro começar
fabricantes que hoje estão fazendo sucesso com seus gad- a se direcionar ao mundo da Internet das Coisas?
gets não estão presentes no Brasil. Assim, qualquer com- O caminho obrigatoriamente passa por algumas eta-
pra destes equipamentos deve ser feita ou usando uma pas importantes. Primeiramente, o equipamento ou so-
oportunidade de uma viagem ou através de uma compra lução deve ter suporte local e deve ter técnicos especia-
pela internet, com grandes possibilidades de sobreta- lizados disponíveis a custos aceitáveis.

74 potência
Apoio:

Seu custo deve ter uma relação direta com os bene- mente, de forma similar ao mercado americano, onde se
fícios oferecidos e o valor agregado deve ser claramente pode comprar inicialmente a central inteligente e depois
sentido. Preferencialmente, seu custo deve ser escaloná- os vários equipamentos inteligentes com quem esta cen-
vel, ou seja, o investimento deve poder ser feito paulatina- tral irá se comunicar.

A Solução Brasileira
É verdade, ainda não temos fornecedores no Brasil que E, como requisito básico final, o fabricante deve con-
possam oferecer de imediato soluções completas em Internet ceber na sua arquitetura a utilização de processamento na
das Coisas. Mas já estamos vendo, com orgulho, empresas nuvem como uma funcionalidade adicional. Este conceito
brasileiras desenvolvendo soluções de automação residencial pode ser oferecido de imediato (como temos visto alguns
que incorporam uma arquitetura pronta para a implemen- casos), mesmo que de forma bastante controlada, e depois
tação futura da IoT. ser expandido para englobar plataformas IoT.
Um sistema de automação residencial com arquitetura Em resumo, considerando o perfil do usuário brasilei-
“IoT-ready” deve atender, ou pelo menos oferecer a infraes- ro e a estrutura de custos que se pratica no país, o melhor
trutura para atender, os pontos básicos mencionados ante- caminho para trazer a Internet das Coisas mais perto do
riormente. usuário final é através dos sistemas de automação residen-
Ele deve utilizar na sua comunicação com os sensores e cial. Estes sistemas devem contar com suporte local, arqui-
atuadores redes padronizadas e de aceitação no mercado, tetura projetada para o futuro e fabricantes que entendam
como WiFi, Bluetooth, ZigBee e Z-Wave. Assim, o sistema es- e se preparem para a venda continuada de serviços, que
tará colaborando com a interconectividade. serão possíveis através da utilização das plataformas IoT
Ele deve ter uma central inteligente que possa ser facil- e dos dados extra sistema.
mente atualizada para ser utilizada futuramente com a In-
ternet das Coisas, mas manter consigo a responsabilidade
dos controles e automatismos locais. Assim, o caminho está
aberto para a interoperabilidade e para a divisão de respon- George Wootton

sabilidades. Diretor Técnico da Aureside

AURESIDE
Associação Brasileira de Automação
Residencial e Predial
Rua Hilário Ribeiro, 121
CEP 04319-060
Ilustração: Fotolia

São Paulo-SP
Fone: (11) 5588-4589
E-mail: contato@aureside.org.br
Site: www.aureside.com.br
Diretoria
José Roberto Muratori
Diretor-Executivo
Fernando Santesso
Diretor de Projetos
Eunício Alcântara Cotrim Filho
Diretor de Marketing
George Wootton
Diretor Técnico

potência 75
economia

Conexão offshore
O DolWin2 é o terceiro projeto de conexão eólica offshore
que a ABB executa para a TenneT no Mar do Norte alemão, na
sequência de BorWin1 e DolWin1. A ligação em corrente contí-
nua de alta tensão (HVDC) conecta fazendas eólicas offshore à

Foto: Divulgação
rede no continente e tem capacidade para alimentar mais de
um milhão de residências com energia renovável. A DolWin2

Planta ampliada
suporta o plano alemão “Energiewende”, que objetiva gerar
mais de 6,5 gigawatts (GW) de energia eólica offshore em
2020 e 15 GW em 2030. A Tramontina acaba de concluir a ampliação da sua planta
“Estamos muito felizes por termos comissionado e entre- de materiais elétricos, localizada no município de Carlos Barbo-
gado com sucesso o projeto DolWin2 e queremos agradecer sa, no Rio Grande do Sul, com a anexação de um novo pavilhão
à TenneT por sua contínua confiança e cooperação”, disse industrial de 12 mil m². A expansão permitirá à empresa traba-
Cláudio Facchin, presidente da divisão Power Grids da ABB. lhar com dois pavilhões especializados – um em plástico e o
O link de 916 MW emprega a HVDC Light® da ABB, a tec- outro em alumínio, e assim aumentar a produção em até 40%.
nologia desenvolvida com base na Voltage Source Converter O projeto do novo pavilhão priorizou alguns conceitos im-
(VSC), e inclui uma estação conversora de 320 kV na plata- portantes de sustentabilidade e boas práticas ambientais, como
forma a cerca de 45 km da costa. A estação conecta até três a iluminação que, além das luminárias de LED e das placas pris-
fazendas eólicas offshore à rede elétrica continental alemã. máticas, recebeu um sistema automático de abertura das jane-
Para a ABB, o escopo las, de forma a priorizar a iluminação natural. Outros cuidados
do projeto incluiu o foram a inclusão de jardins internos e externos e a instalação
design, fornecimen- de piso de madeira em algumas áreas da produção com a finali-
to, instalação e co- dade de levar conforto térmico aos colaboradores nos dias mais
missionamento das frios da serra gaúcha. O novo pavilhão ainda se beneficiará de
estações conversoras outros projetos de sustentabilidade já implantados na fábrica,
compactas offsho- caso da cisterna que capta água da chuva e possui capacidade
re e em terra, bem de 540 m³, e das placas de fechamento lateral com caracterís-
como os sistemas de ticas termoacústicas. O direcionamento do calor gerado pelos
cabos submarinos e compressores para a área produtiva também é um diferencial
subterrâneos. da nova instalação.
Foto: Divulgação

Entrega de equipamentos
A Siemens Brasil está começando a entrega da primeira de 11 rar a eficiência energética das três usinas através da redução de
turbinas a vapor do contrato assinado com o governo boliviano consumo de gás natural para cada megawatt de potência gera-
em 2015. A intenção do país é aumentar a produção e exportação da, bem como otimizar o acesso à energia na Bolívia”, esclarece.
de energia aos países vizinhos, focando em energia renovável nas
áreas de transmissão e distribuição. Os equipamentos são desti-
nados às três plantas da termoelétrica ENDE ANDINA, que tam-
bém receberão 14 turbinas a gás, 22 caldeiras de recuperação e
25 transformadores oriundos de plantas da Siemens na Europa
e na Ásia. O acordo foi assinado na presença do presidente boli-
viano Evo Morales em uma cerimônia na Bolívia.
A venda das turbinas a vapor pela Divisão de Power and Gas
da Siemens, localizada em Jundiaí (SP), marca o maior pedido re-
gistrado pela unidade na história da companhia. De acordo com
André Cassolato, gerente de propostas de turbinas a vapor da Sie-
mens, o acordo fortalecerá a Bolívia em vários aspectos. “A fábrica
de turbinas a vapor de Jundiaí é estratégica para a Siemens por sua
Ilustração: Divulgação

localização e capacidade de atender o desenvolvimento energético


em toda a América Latina. Esse fornecimento histórico visa melho-

76 potência
Economia Economy Economía
Notícias e dados sobre a economia do setor, News and data on the sector economy, Noticias y datos sobre la economía del
incluindo balanços, aquisições, fusões e including balance sheets, acquisitions, sector, incluidos los balances, adquisiciones,
investimentos. mergers and investments. fusiones e inversiones.

Painéis Produção de tubos


flutuantes
A ABB, líder global em tecnologias de
Acaba de entrar em operação a nova
fábrica da Termomecanica, localizada no
neste formato, a empresa investiu em
equipamentos de alta tecnologia. Por
polo industrial de Manaus (AM). O prin- estar localizada na mesma região onde
energia e automação, está fornecendo com- cipal produto que está sendo fabricado é se encontram os principais fabricantes
ponentes para um banco de testes monu- o tubo de cobre ranhurado, com excelen- do setor de refrigeração, a TM aumenta
mental flutuante de 1 megawatt. Ele mede te aplicação na fabricação e instalação sua competitividade oferecendo aten-
um hectare, o equivalente a 1,5 campos de de sistemas de refrigeração e ar-condi- dimento mais ágil e melhores preços.
futebol. A energia gerada será conectada à cionado, assim como de compressores, A expectativa é de que, a partir de
rede elétrica de Cingapura, fornecendo ele- linha branca, refrigeradores comerciais, 2018, a Termomecanica da Amazônia
tricidade para até 250 residências. evaporadores, trocadores de calor, cone- esteja usando 100% de sua capacida-
A escassez de terras tem limitado a ado- xões, purificadores de água, entre outros. de instalada, atingindo a produção de
ção da energia solar no país. Painéis solares Com forte presença nesse segmento, a 150 toneladas mensais de insumo para
flutuantes podem ser uma alternativa viá- TM pretende, ao produzir na Amazônia, atender a indústria de refrigeração.
vel para a cidade-estado cercada por água. ampliar o abastecimento do mercado

Foto: Divulgação
Painéis flutuantes podem ser 11% mais efi- nacional, que hoje ainda importa parte
cientes que os painéis solares posicionados desses insumos. Os investimentos na TM
sobre o continente. “Estamos orgulhosos por da Amazônia devem chegar a R$ 9,8 mi-
apoiar este importante projeto de Cingapura lhões nos próximos meses.
com nossa experiência em tecnologia e co- A nova linha de produção é a única do
nhecimento”, disse Tarak Mehta, presidente mercado com capacidade de fabricar bobi-
da divisão de Produtos para Eletrificação da nas de até 800 kg, o que agiliza o processo
ABB. “Este projeto está perfeitamente ali- e traz ganhos consideráveis de produtivi-
nhado à nossa estratégia Next Level, ligada dade para os clientes. Para poder fornecer
à revolução energética, e é um passo impor-
tante na colaboração com parceiros para tra-

Cabos ópticos
zer mais energias renováveis para a matriz
energética do futuro”.
Localizada no reservatório Tengeh, na
O Grupo Prysmian, líder global em Grupo Prysmian ter sido escolhido pela
região oeste de Cingapura, a instalação con-
cabos e sistemas para os setores de ener- Verizon Communications como parceiro
ta com múltiplas soluções em energia solar
gia e telecomunicações, acaba de fechar para o desenvolvimento de um projeto
de diferentes fornecedores para estudar o
um contrato de US$ 300 milhões com a altamente estratégico nos Estados Uni-
desempenho e a eficiência de custo de pla-
Verizon Communications, uma das maio- dos”, acrescenta Ozmen.
taformas solares flutuantes. A ABB forneceu
res operadoras de telecomunicações dos Para atender esse projeto e tam-
100 kW dos inversores solares TRIO-50, líde-
Estados Unidos, para o fornecimento de bém o crescimento das principais ope-
res no mercado, à Phoenix Solar, um dos di-
cabos ópticos, a fim de apoiar a expansão radoras de telecomunicações na Amé-
versos integradores de sistemas do projeto.
da rede da norte-americana em platafor- rica do Norte, a Prysmian fará um in-
Esses componentes essenciais convertem a
ma de fibra de última geração. vestimento significativo até 2018 em
corrente contínua produzida pelos painéis so-
O escopo do contrato prevê o forne- suas unidades de cabos e fibras ópti-
lares em corrente alternada para uso na rede
cimento em três anos de mais de 17 mi- cas nos Estados Unidos. O Grupo tem
elétrica. Além disso, os disjuntores em caixa
lhões de quilômetros de fibras óticas, para uma forte tradição na fabricação de
moldada e minidisjuntores ABB de baixa ten-
acelerar a implantação dos serviços 5G e cabos e fibra ópticas com uma ampla
são protegem os circuitos elétricos na água.
melhorar simultaneamente os serviços gama de produtos e aplicações. Atu-
atuais de 4G e LTE nos Estados Unidos. almente conta com três fábricas que
“O projeto com a Verizon Communica- atendem todo o mercado de telecomu-
tions consolida ainda mais a nossa posição nicações nos EUA, sendo duas para a
como reconhecido líder global de cabos produção de cabos ópticos e uma para
ópticos, apoiando a implantação de infra- produção de fibras ópticas, continu-
estrutura avançada em muitas das opera- ando assim a sua tradição como líder
doras mundiais de telecomunicações”, diz global no desenvolvimento e projetos
Foto: Divulgação

Hakan Ozmen, CEO da Prysmian na Améri- de soluções ópticas e de cabeamento


ca do Norte. “É um grande orgulho para o estruturado.

potência 77
Vitrine Showcase Vitrina
vitrine Divulgação de novos Promotion of new Promoción de nuevos
produtos e soluções. products and solutions. productos y soluciones.

Sensor de temperatura Certificador


A Balluff Brasil, empresa especialista no desenvolvimento de sensores e de cabos
soluções para automação industrial, apresenta ao mercado brasileiro o Sen-
A Fluke Networks, líder mun-
sor BTS - Balluff Temperature Sensor, que integra a linha de sensores de pri-
dial no fornecimento de soluções
meira classe para aplicação versátil. O novo produto mede temperaturas de
de teste de rede e monitoramen-
até 1.250ºC. De fabricação alemã, o BTS possui tecnologia que detecta a ra-
to, anuncia ao mercado brasileiro
diação infravermelha emitida pelo objeto, identifica objetos quentes e mede
o lançamento do DSX-600 Cable-
a temperatura. Com a interface IO-Link versão 1.1, torna possível a para-
Analyzer, um certificador de cabos
metrização automática do sensor de forma remota, variedade de opções de
de cobre básico, com preço aces-
configurações e funções especiais. Além disso, o sensor também possui um
sível, que proporciona crescente
display multifuncional com informações de texto simples, ícones e imagens
produtividade e ROI aprimorado
gráficas, rotação da tela automática para facilitar a leitura e assessórios para
para pequenos trabalhos de insta-
a melhor utilização em ambientes adversos. É apresentado em dois modelos,
lação de cabos. Projetado para oferecer uma certificação
um com a interface IO-link e outro convencional com saída analógica, o que
básica de cabos de cobre de categoria 6 A e classe EA,
torna possível a instalação do produto em qualquer situação. O BTS pode ser
o DSX-600 aumenta a eficiência de pequenos prestado-
utilizado em diversos tipos de automação industrial, é adequado para pro-
res de serviços que instalam e testam redes de cobre. O
cessos que necessitam detectar objetos muito quentes ou incandescentes,
DSX-600 da Fluke Networks agiliza todos os aspectos
medir a temperatura aproximada do objeto e separar as peças de acordo
do trabalho de certificação, desde a configuração até o
com a temperatura, tudo isso sem o contato físico.
teste e a resolução de problemas, passando pela cria-
ção de relatórios para o cliente. Ele pode realizar testes
de certificação de categoria Cat 6 e Classe E em apenas
nove segundos, e lida com testes Cat 6A e Classe EA
em apenas dez segundos, permitindo que os instalado-
res testem milhares de conexões a cada turno de oito
horas. Além disso, a duração prolongada de sua bateria
lhe permite realizar oito horas de testes com uma única
carga. Graças a seu sistema ProjX™, o DSX-600 ajuda
a gerenciar os requisitos de trabalho e seu progresso,
desde a configuração até a aceitação dos sistemas, as-
segurando que a configuração de testes seja feita sem
falhas e que todos os testes sejam concluídos correta-
mente “já na primeira vez”.

Botão de emergência
Com o PITestop active, a Pilz oferece uma nova variedade de botões de emergência que pode ser ati-
vada eletricamente. A luz do botão indica se ele está ativo ou não. Dessa forma, garante-se mais flexibilida-
de e modularização, em sintonia com o conceito da Indústria 4.0. Além disso, poupa-se energia, pois não é
mais necessário manter todos os botões ativados para garantir o funcionamento da parada de emergência.
O PITestop active é muito vantajoso para plantas e máquinas cujas seções podem ser separadas, pois per-
mite a ativação ou desativação de diferentes seções da máquina com segurança, em conformidade com a
ISO 13850. Em conjunto com o sistema de controle PNOZmulti da Pilz, que permite modularidade de plan-
ta, torna-se simples a implementação de conceitos de segurança flexíveis, sobretudo para aplicações em
fábricas inteligentes. O PITestop active está disponível em diversos tipos, para montagem em painel e na
máquina: para painel, o grau de proteção é IP65 e para montagem na máquina, possui conexão M12. O
PITestop active pode ser ativado e integrado ao circuito de segurança eletricamente. Dessa forma, não é
mais necessário desativar manualmente o sistema de parada de emergência. Isto economiza tempo. Além
disso, torna-se desnecessária a desmontagem de painéis de comando móveis, pois somente sua desativa-
ção já garante a segurança.

78 potência
agenda Julho/Agosto

cursos
Comandos elétricos em sistemas pneumáticos
Data/Local: 24 a 28/07 – São Paulo (SP)
Informações: (11) 5013-1616 e treinamento.br@festo.com

Conhecimento e aplicação dos princípios básicos de segurança em atmosferas


explosivas (Ex 000 + Ex 001)
Data/Local: 26 a 28/07 – Mauá (SP)
Informações: https://maua.sp.senai.br/curso/82549/164/ex-000-ex-001-conhecimento-e-aplicacao-dos-princi-
pios-basicos-de-seguranca-em-atmosferas-explosivas

Projetando sistemas de áudio e vídeo residenciais


Data/Local: 01 a 03/08 – São Paulo (SP)
Informações: (11) 5588-4589 e cursos@aureside.org.br

Manutenção em instalações elétricas de média tensão


Data/Local: 07 a 09/08 – São Paulo (SP)
Informações: cursos@barreto.eng.br e www.barreto.eng.br

Projeto de instalações elétricas de baixa tensão


Data/Local: 21 a 23/08 – São Paulo (SP)
Informações: cursos@barreto.eng.br e www.barreto.eng.br

Integrador de Sistemas Residenciais


Data/Local: 22 a 24/08 – São Paulo (SP)
Informações: (11) 5588-4589 e cursos@aureside.org.br

Simulação computacional termoenergética: EnergyPlus®


Data/Local: 23 a 25/08 – São Paulo (SP)
Informações: (11) 4191-7805 e cursos@gbcbrasil.org.br

Eventos
Construsul - Feira Internacional da Construção
Data/Local: 02 a 05/08 – Novo Hamburgo (RS)
Informações: www.feiraconstrusul.com.br

Greenbuilding Brasil Conferência Internacional & Expo


Data/Local: 08 a 10/08 – São Paulo (SP)
Informações: www.expogbcbrasil.org.br

Fórum Potência – Etapa Salvador


Data/Local: 15/08 – Salvador (BA)
Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br

Intersolar South America


Data/Local: 22 a 24/08 – São Paulo (SP)
Informações: www.intersolar.net.br

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Recado do Hilton Energia limpa

Ventos fortes e muita


luz no horizonte
A
ssim como o agronegócio lidade por conta de vários aspectos, com comparação com 2015, a produção de
vem crescendo ano a ano destaque para o potencial de geração energia dos ventos foi superior em 52%.
apesar das dificuldades eco- de energia elétrica que o Brasil possui A matéria de capa desta edição da Re-
nômicas do Brasil nos últimos nessa área. Segundo estudos do gover- vista Potência mostra que, em 2016, os
tempos, há um outro ramo de atividade no, graças aos índices de radiação solar investimentos no País chegaram a US$
que ignora o macrocenário adverso e apre- privilegiados que possuímos, a energia 5,4 bilhões e foram criados 30 mil em-
senta resultados positivos expressivos: as equivalente a todo o consumo do Siste- pregos. Se considerarmos o investimento
energias renováveis em geral e as gera- ma Interligado Nacional registrado em acumulado, este valor chega a quase R$
ções eólica e fotovoltaica, em particular. 2011 poderia ser obtida cobrindo com 80 bilhões entre 1998 e 2016. E as notí-
Nos últimos anos, a geração foto- painéis fotovoltaicos apenas menos de cias boas não param por aí: o Brasil tem
voltaica tem evoluído permanentemente 0,03% da área territorial brasileira. As alguns dos melhores ventos do mundo
no Brasil, principalmente em função dos estimativas mais conservadoras dos es- para a geração de energia elétrica, com
avanços no campo regulatório, da redu- pecialistas apontam para a geração de um fator de capacidade médio em tor-
ção dos preços dos sistemas e da própria cerca de cem mil novos postos de tra- no de 40% (podendo chegar a 70% em
percepção de suas vantagens. Conside- balho nos próximos cinco anos ligados algumas regiões), muito acima da média
rando as obras realizadas e os projetos à energia fotovoltaica. mundial, que é de 25%.
executados e contratados até o final de Em termos mundiais o Brasil tam- Em suma, oportunidades de negó-
2016, estima-se que, até 2030, o merca- bém tem se destacado no segmento de cios e trabalho nessas áreas estão dis-
do fotovoltaico deverá movimentar mais geração eólica. O País ocupou a quin- poníveis nesse momento, prontas para
de R$ 100 bilhões no Brasil. E essa previ- ta posição em crescimento de geração serem desfrutadas pelos interessados. E
são pode ser superada com relativa faci- dessa energia no mundo em 2016. Na o mais interessante nisso tudo é que o
grande funil nos mercados de energias
Foto: Fotolia

eólica e fotovoltaica é a carência de mão


de obra especializada em todos os ní-
veis. Enquanto sobram desempregados
no País, falta gente qualificada nesses
segmentos.
Quem curte ventos fortes e muita
luz já tem meio caminho andado nes-
sa viagem de inúmeras oportunidades.
Até a próxima edição!
Hilton Moreno
Foto: Ricardo Brito/HMNews

Hilton
Moreno

82 potência
nucleotcm

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