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queijo eterno
Dedico a meu filho, lembrando-
mágicos!
As aventuras de Sullivan: em busca do queijo eterno
irmãos, sendo ele o filho mais novo de dona Josefina e de seu Antenor. Sullivan
anda muito preocupado com a fome que está assolando a sua terra, pois as
plantações de grãos não resultaram em colheita alguma, visto que há quase um ano
buscar formas de vencer a fome. Ele leu sobre agricultura, astronomia, geologia,
previsão do tempo, física, entre outras coisas, mas, o que realmente chamou a sua
atenção foi um livro sobre lendas da tribo Catita. Neste livro ele leu sobre um queijo
mágico que, ao ter retirado um pedaço, este pedaço voltava a surgir, tornando este
Quando leu sobre esta lenda, Sullivan procurou outros livros para conhecê-la
melhor. Ele anotou tudo o que leu e resolveu investigar para saber se era lenda ou
se era verdade. Nisto, Sullivan encontrou uma grande dificuldade: como saber se a
Sullivan volta para casa e fica dois dias muito pensativo. Sua mãe,
1
- catita é o nome popular de ratos pequenos, daqueles que são mais comuns de ser
encontrados nas residências.
- Eu tô preocupado com a fome em nossa tribo. Eu li algo que pode ser a solução do
Dona Josefina para um pouco e fica pensativa. Em seguida, ela faz cara de
- Eu já ouvi falar desta lenda. Estava querendo lembrar quem me falou e agora
- Professor Baltazar? - pergunta o jovem rato. É aquele rato velho que gosta muito
- Este mesmo - confirma a sua mãe. Se alguém pode confirmar a existência deste
Sullivan fica feliz com a informação dada pela mãe e decide ir para a praça
falar com o velho professor. Quando estava abrindo a porta para procurá-lo na
O valente e curioso catita olha para o relógio e percebe que já são quase
onze horas da noite. Ele fecha a porta e decide conversar com o professor no dia
seguinte.
Sullivan estava tão ansioso para encontrar com o professor Baltazar que nem
conseguiu dormir. Ele deitou, rolou de um lado para o outro, mas acabou levantando
e foi ler as suas anotações sobre o queijo eterno. Estava tão entretido na leitura que
nem percebeu que o Sol já tinha aparecido, o galo já tinha cantado e que a sua mãe
já havia preparado o café da manhã. Ela havia feito o prato favorito dele: biscoito
- Calma aí! - fala rispidamente a sua mãe. Coma direito e vá escovar os dentes!
Ninguém merece falar com alguém que acordou e não escovou os dentes, não é?
Sullivan percebe que deixou o prato sujo na mesa. Ele volta, pega o prato e o
praça ele olha para um lado e para o outro e não encontra o professor.
o levei.
- Caíram logo os dentes da frente? Nossa, não dá para imaginar um rato sem eles!
- Pois é...
já estava quase comendo os dedos, pois as suas unhas já haviam sido roídas, ele
vê o táxi retornando à praça. Ele olha para o táxi e vê o professor Baltazar. Ele
aguarda o velho rato sair do carro e sentar no seu banco preferido, quando, então,
- Professor Baltazar?
O velho rato olha para o lado e vê um jovem rato que lhe parece ser um rato
começa a falar:
- Meu nome é Sullivan e estou preocupado com a fome em nossa tribo. Eu pesquisei
muito e li sobre a lenda do queijo eterno. Minha mãe falou que se alguém saberia
algo sobre esta lenda, este alguém é o senhor. É verdadeira esta lenda?
moral ou mesmo para despertar a curiosidade dos outros. Sendo lenda, lenda
mesmo, por mais que se queira saber algo a mais, em termos de história,
Baltazar.
- Eu não disse isto! Eu ia falar, se você não tivesse me interrompido, que o queijo
eterno não é lenda, pois ele já foi visto e isto está registrado nos livros antigos que
- Então o queijo eterno existe! Que legal! Eu vou poder ajudar a acabar com a fome
- Calma, meu filho. O queijo eterno pertencia à nossa tribo desde que ela foi
fundada, há mais de 300 anos! Nos registros das primeiras décadas da tribo Catita,
- Onde ele está agora eu não sei informar. A última coisa que li sobre ele foi escrito
- Não, o queijo é eterno mesmo. Ele durou mais de 100 anos em nossa tribo e
- Tribo Gabiru? Que tribo é esta que eu nunca ouvi falar? Conheço a tribo Cobaia 3 e
- A tribo Gabiru era uma tribo de ratos grandes e perigosos. Eram ratos imundos e
que dominaram esta região há cerca de 200 anos atrás. Depois do roubo do queijo
- Me fala mais sobre esta tribo, pois, se o queijo existir mesmo, eu vou encontrá-lo e
- Filho, você é muito corajoso e determinado. O queijo eterno e a própria tribo Gabiru
sumiram há muito tempo. Nunca mais se teve notícias de nenhum destes. O que eu
Sullivan ficou muito feliz e cheio de esperanças ao saber que o local em que a
tribo Gabiru vivia era parecido com um local que ele sabia existir e sabia até onde
era, pois tinha visto no mapa. Notando a alegria do jovem rato, o professor Baltazar
- Meu caro Sullivan, é melhor você ir com calma. Eu também sei da existência deste
pântano, mas, você sabe o que tem que passar para chegar lá?
2
- Gabiru é como é chamado o rato que é bem grande e vive, normalmente, em esgotos.
3
- Cobaia é um roedor que é muito utilizado para experimentos em laboratórios. Não é um
rato e não é branco.
4
- Timbu é um animal que parece com um rato, só que mais comprido, mas não é roedor e
sim um marsupial (daqueles animais que tem uma bolsa na barriga, como o canguru). É
chamado também de mucura, cassaco ou gambá.
Sullivan olhou assustado para o professor e ficou calado. Nisto o professor
continuou:
até lá para procurar o queijo eterno, mas desistiram ao descobrir que teriam que
passar pelo Grande Lago, pelo Vale das Cobras e pelo temido Vale dos Gatos!
- Eu não acredito - fala Sullivan desanimadamente - tem que passar pelo Vale dos
Gatos? Nenhum rato que foi até lá conseguiu voltar! Todos eles morreram!
- Mesmo que tenha que passar pelo Vale dos Gatos, eu vou! Não posso deixar meus
amigos e parentes morrerem de fome ou terem que deixar a tribo Catita para poder
sobreviver. Se existe uma esperança, mesmo que esta seja bem pequena, eu vou
persegui-la.
decide fazer os preparativos para a aventura. Mas, uma aventura deste tipo não
seria possível se viver sozinho. Sullivan sabe disto e pensa no mesmo instante nos
Sullivan combina um encontro com seus três amigos. Quando todos estão
concordando com Sullivan e prestam muita atenção ao que ele fala. Sullivan
continua:
- Eu andei sumido nestes dias porque estava pesquisando uma forma de ajudar a
tribo e, enfim, encontrei. Mas para que isto ocorra, preciso da ajuda de vocês três.
Valério, Apolônio e Max ficam felizes com a notícia e Max, o mais corajoso
- Que bom! Faremos o que for preciso para ajudar a tribo, não é amigos? - fala
- Fico feliz em saber disto - diz Sullivan com um sorriso de alívio. O que temos que
fazer para ajudar a tribo vai ser uma grande aventura, uma verdadeira epopeia 5 em
- Queijo eterno? Eu já ouvi falar dele, mas sempre pensei que fosse apenas uma
lenda.
- Não é lenda não! - responde Sullivan. Ele está registrado nos documentos mais
- Que aventura é esta que você falou? - pergunta com voz trêmula o medroso
- Está com a tribo Gabiru, que deve morar no pântano que fica a poucos dias de
viagem daqui, logo após o Vale das Cobras, o Grande Lago e o temível Vale dos
Gatos.
- Se existe esta possibilidade, eu vou atrás dela! Melhor morrer tentando salvar a
tribo que ficar aqui parado e morrer de fome. Apolônio e Valério, vocês vêm
conosco?
5
- aventura fabulosa
Valério confirma imediatamente e Apolônio, embora com muito medo, após os
olhares dos seus amigos fazerem enorme pressão sobre ele, também confirma que
vai. Os quatro amigos decidem arrumar as mochilas e partir no outro dia, antes
praça e estão prontos para a perigosa jornada. Cada um estava com a sua mochila,
na qual levavam roupas, comida, cobertor, bússola, lanternas, etc. Eles começam a
- Esperem!
Eles se assustam e viram para ver quem os havia chamado. Como estava
escuro, eles não conseguiram identificar o autor do grito. Quando o rato que gritou
- Eu não posso ir com vocês, mas quero ajudá-los - falou o sábio professor. Eu vim
trazer um mapa que leva para o local onde o lago tem as margens mais próximas,
- Obrigado professor - agradece Sullivan - com certeza este mapa será muito útil!
- Isto mesmo - responde o professor. Este queijo, tal como o queijo eterno, também
é um queijo mágico, só que o queijo da coragem acaba, mas faz o rato perder
caminhada. Já estava claro quando eles saem da tribo. Eles caminham durante toda
a manhã e, quando o Sol já estava bem alto e eles bastante cansados, decidem
- Tô muito cansado! Vamos sentar embaixo daquela árvore - fala apontando para
Max, Sullivan e Valério olham para onde ele falou que havia mexido e Valério
fala:
- Eu disse que as folhas se mexeram! Elas mexeram agora e não estava ventando!
repente, uma enorme cobra aparece e dá um bote na direção dos ratinhos. Por
sorte, eles conseguiram pular antes da cobra chegar ao chão e escapam. Sullivan
então grita:
- Vamos fugir!
haviam muitas cobras que estavam indo na direção deles e eles não tinham
percebido antes.
- Onde é que estamos? - pergunta Max. Nunca vi tantas cobras juntas!
- Sei não - responde Apolônio - mas é melhor corrermos mais se quisermos sair
daqui vivos!
afastando das cobras e, após alguns minutos correndo mais que os quenianos6, eles
não conseguem visualizar mais nenhuma cobra. Neste instante Sullivan fala:
cuidado. Eles não veem mais cobra alguma, mesmo assim, eles decidem continuar
andando rápido, para se afastarem cada vez mais das cobras, quando Valério fala:
Apolônio, Max e Sullivan olham para onde Valério aponta e observam, bem
Os quatro ratinhos ficam felizes ao verem o lago, pois sabiam que estavam
indo no caminho correto. Embora felizes por estarem alcançando uma outra etapa
da jornada, os ratinhos estavam com muito medo, pois não sabiam o que esperava
6
- pessoas que nasceram no Quênia, país africano. Os quenianos são conhecidos por
terem excelentes resultados em provas de corrida, especialmente nas maratonas (provas
com extensão de 42,195 km).
- Seria muito bom que nós fôssemos diretamente para o local onde as margens do
nossas conversas, que o local onde é menor a área do lago que temos que
atravessar, tem uma pedra que parece um rato. É só nós procurarmos esta pedra
para a gente saber que estamos no local em que o lago é mais estreito.
mochila. Espero que durante a nossa corrida não tenhamos nos desviado da rota
correta!
- Temos que ir nesta direção. É melhor irmos depressa, pois, daqui a pouco vai
escurecer.
rapidamente, pois não sabiam exatamente a que distância a margem do lago estava
deles. Eles sabiam que não daria para atravessar o lago neste mesmo dia e que
teriam que procurar um local seguro para passarem a noite. Os amigos continuam
caminhando rapidamente, mas, mesmo assim a noite se aproxima cada vez mais até
Cada ratinho pega a sua lanterna, mas isto não impede que um acidente
aconteça.
procuram por Apolônio, o chão em que pisavam afunda e eles saem escorregando
Após deslizarem por uma longa descida, os três amigos chegam ao final dela.
olhando-os e fala:
- Até que enfim! Pensei que não iriam chegar nunca! Eu dei uma olhada ao redor e
este local parece ser seguro. Como já está bem escuro, é melhor acamparmos aqui
mesmo.
- Me esperem! Ainda não terminei de passar o protetor solar - fala ele enquanto
Pedra do Rato. Ele corre um pouco para alcançar os seus três amigos, que já
pedra que pareça realmente um rato, com orelhas grandes e arredondadas e tudo!
- Então eu acho que é aquela ali! - fala Max, apontando para uma pedra que estava
- Nós achamos a Pedra do Rato, mas como iremos atravessar o Grande Lago?
- Com este barco! - responde Max, que estava explorando o local em que estava a
Pedra do Rato. O barco é antigo, mas parece em bom estado. Estamos com muita
sorte!
Os ratinhos empurram o barco para a água e percebem que não tem nenhum
vazamento e que parece seguro para fazer a travessia. Eles sobem no barco e
começam a remar. A margem vai ficando cada vez mais longe, até que ela some por
margem!
- Estamos todos cansados - fala Max - já remamos a manhã inteira. Vamos parar um
pouco para descansar e para nos alimentarmos. Valério, fica de olho na bússola
ratos ficam com muito medo e sem ação, pois não teriam para onde fugir. Eles
- Eu acho que é uma boa hora para vermos se o queijo da coragem funciona!
para si mesmo e guarda o restante na bolsa. Os quatro comem com uma só mordida
- Vamos remando devagar. Quem sabe este sapo nos deixa ir!
some na água e, quando os ratinhos começam a ficar felizes, ele surge novamente,
Capítulo 8 - Perigo no ar
Enquanto os ratinhos estavam na água, Max, ainda mais corajoso que era
normalmente, fala:
- Vamos pegar este sapo! Nós quatro juntos damos conta dele!
Apolônio, que não parecia ter comido o queijo da coragem, faz uma oração
ajudar a nossa tribo. Não permitas que fiquemos por aqui e não consigamos o nosso
Enquanto Apolônio orava, Valério olha ao redor e percebe outros sapos vindo
para onde eles estavam. Quando todos pensam ser o fim, uma bolha surge,
- É verdade - comenta Max. Isto também é um sinal que estamos fazendo a coisa
certa!
sapos.
caminham bastante e, com o Sol ainda muito forte, percebem uma sombra se
acima deles.
- Eu tenho uma ideia! - fala enquanto remexe a sua bolsa e retira dela um espelho.
- Ele vai ofuscar o gavião! - fala Sullivan alegremente. Grande ideia Valério!
outro ataque. Valério espera um pouco e, quando percebe que o gavião estava
Sol na direção da ave. O gavião, que vinha muito rápido, fica ofuscado pela luz do
- Não, ele só está desmaiado - responde Max. Vamos aproveitar e amarrá-lo. Assim,
Max pega uma corda em sua mochila e junto com seus amigos amarra a ave.
- Cala a boca! - responde Max, dando um tapa na ave. Aproveite bem este tempo e
- Melhor irmos rápido! Não sabemos quanto tempo temos até o gavião escapar.
Os amigos caminham rapidamente até que escurece. Eles armam
decidem que sempre algum deles ficará acordado, vigiando para que nenhuma nova
surpresa ocorra.
Após uma renovadora noite de sono, quando ainda estava muito cedo, os
- Pode ficar tranquilo - responde Valério - eu já fiz isto e estamos indo certinho!
lembrasse o terrível Vale dos Gatos. Após caminharem bastante, eles percebem
umas rochas, que poderiam lhes fornecer sombra para um breve descanso. Ao
pouco e também bebem água, até que Apolônio fala assustado, meio que
sussurrando:
Sullivan explica que a Pedra do Gato era uma escultura em forma de gato que
ficava próximo ao centro do Vale dos Gatos. Ao ouvir isto, Max fala:
- Já estamos no meio do Vale dos Gatos? Onde eles estão? É estranho, está tudo
muito tranquilo!
quando os gatos, que estavam abaixados e se favoreciam por ter os pelos da cor do
e divide entre ele e os amigos. Com mais coragem que o normal, Max diz para os
amigos:
- Não podemos deixar os gatos chegarem mais perto da gente. Nossa única chance,
ao menos para ganharmos mais tempo, é escolhermos um gato e dar uma lição
nele. Os outros gatos vão se assustar e talvez até nos deixem ir.
Eles escolhem um gato, o que parecia mais fraco e sarnento e, antes de deixar os
outros gatos chegarem mais perto, correm para cima deste. Cada rato segura uma
pata do gato, que não consegue escapar. Os ratos, então amarram o gato e Max
grita:
- Eu!
tamanho do gato que falara. Este gato era um enorme Maine Coon7 e era o rei dos
gatos. Sullivan, ao perceber que não teriam chance, falou para o gato-rei:
7
- Maine Coon é considerada pelo Livro dos Recordes a raça dos maiores gatos
domésticos.
- Vocês não tem condições de pedir nada - fala o rei dos gatos que se chamava
- Vamos tentar isto - responde Sullivan - Um de nós fica, se sacrifica pela tribo Catita
e os outros três terão uma chance, mesmo que remota, de fugir. Aproveitem o
Capítulo 10 - O Amigo
Os gatos ficaram muito surpresos com esta voz, pois pensavam que os quatro
ratinhos estavam sozinhos. Os quatro ratinhos ficaram ainda mais surpresos que os
gatos, pois eles não sabiam que tinha mais alguém com eles. Tanto os gatos como
os ratos olham para trás ao mesmo tempo e, para a alegria dos ratos e para a
- Rá rá rá - ri Catking - não tem nem risco de você ganhar - fala o gato enquanto
- Parem com isto! - reclama Catking - Eu não vou lutar aqui e sujar meu pelo na terra.
Todos, neste instante, dirigem-se para o ginásio do Vale dos Gatos. Na entrada do
ginásio havia duas estátuas de gatos muito fortes, com caras que davam medo até nos
cachorros. Dentro do ginásio havia uma série de troféus e uma foto enorme de Catking
- Eu pensei que estivéssemos salvos quando este cachorro apareceu, mas agora acho que
Todos eles estavam certos da vitória de Catking. Porém, o cachorro não demonstrava
uma patada no focinho de Amigo, machucando-o com as suas garras. Os gatos da plateia
gritam "Já ganhou! Já ganhou!". Amigo ainda estava com a mesma tranquilidade. Ele não se
observa. Então, Catking desfere outra patada em Amigo, que vira a cara e morde a pata do
rei dos gatos. Amigo, então, joga o gato no chão e fica em cima dele.
Amigo rosna no ouvido de Catking, que ficou com muito medo e bateu com a pata na
- Eu me rendo!
Os ratos saem meio que correndo e Amigo vai junto com eles. Quando estão perto
de saírem do Vale dos Gatos, uma corda é laçada no pescoço de Amigo e depois outra e
- Corram - diz o cachorro para os ratinhos - Não se preocupem comigo, que depois eu
alcanço vocês!
Os quatro ratinhos saíram correndo do Vale dos Gatos, frustrados por não
poderem ajudar o cachorro Amigo. Sullivan, então comenta com os demais ratinhos:
- Nós temos que ajudar Amigo! Quando nós precisamos, ele nos ajudou! É nosso
- Ainda não! - fala Apolônio - Dá uma olhada ali (fala apontando para o lado).
Quando Sullivan olha, seguido por Valério e Max, eles percebem uma pedra
- Eu acho que não! - responde Sullivan. Pelo menos eu penso que os gabirus
8
- pinturas rupestres são aquelas encontradas em rochas e que foram feitas por seres pré-
históricos (antes da invenção da escrita, há mais ou menos 4000 anos antes de Cristo, ou
seja, há mais de 6000 anos atrás!)
- Meus amigos, observem isto!
- Vamos nos esconder - propõe o medroso Apolônio - os gabirus devem estar por
perto!
- Então nos sigam! - fala uma voz alta, por trás de onde os ratinhos estavam.
- Vocês não vão nos pegar! - grita Apolônio enquanto começa a correr.
olha para trás e nota que os amigos estão nas mãos dos gabirus e, neste momento,
enquanto ainda corria, esbarra em um enorme gabiru, que o agarra e o leva para
acompanhando vocês há um bom tempo. Não queremos lhes fazer mal nenhum.
Ao falar isto, Heitor pede para os gabirus soltarem os catitas, que ficam
- Nós viemos atrás do queijo eterno, mas antes temos que voltar para o Vale dos
um bom tempo, ouvimos que Amigo estava em perigo e o GOL foi ao seu resgate.
- Gol? - perguntam os quatro catitas a uma só voz.
um cachorro especial. Ele é filho do rei dos cães. Os cachorros são grandes amigos
dos gabirus!
com Amigo. Os quatro catitas ficam bastante contentes ao verem Amigo bem e em
segurança.
cachorros e os gabirus. Fala também que Salomão, o rei dos gabirus, é conhecido
pela sua sabedoria e senso de justiça. Heitor leva os quatro catitas e Amigo até a
- Levantem-se!
- E vocês, querem o queijo eterno, não é? - fala o rei aos ratinhos. Tragam o queijo
Para a surpresa dos catitas, o queijo realmente existia, mas estava estragado!
Capítulo 12 - O milagre e o retorno
disse, cabisbaixo:
- Nós corremos tantos riscos para chegarmos até aqui! Enfrentamos cobras, sapos,
gaviões e gatos para quê? Este queijo era a nossa esperança para acabar com a
- Vocês cumpriram a missão de vocês e vão levar o queijo eterno de volta para a
Sullivan agradece, mas diz que um queijo estragado não vai ajudar em nada a
sua tribo. O rei Salomão fala que após o queijo chegar na tribo Gabiru, há mais de
150 anos atrás, a tribo perdeu terras e riquezas, como uma espécie de maldição.
prepara quartos para que os catitas possam descansar antes da longa viagem de
para partir rumo à sua tribo. O rei dos gabirus oferece algumas provisões para a
- Lembrem-se do túnel por baixo do lago - comenta o rei. O seu retorno vai ser muito
Amigo:
Antes de partirem, Sullivan pega o queijo eterno e fala para o rei Salomão:
- Eu pus as esperanças para salvar a minha tribo neste queijo e acredito que ele
ainda irá ajudá-la! Não quero ajudar apenas a minha tribo, visto que vocês foram tão
bons conosco. Quero ajudar a sua tribo também. Quero que vocês fiquem com um
pedaço para o rei Salomão. Para a surpresa de todos, os dois pedaços viram dois
consumo.
seus pedaços para ficarem ricos. Deve ter sido por conta disto que o queijo se
da tribo Gabiru os levaram até a entrada do túnel que passa por baixo do Grande
Lago. Os guardas comentaram que o túnel é bem antigo e que o queijo eterno
chegou à tribo Gabiru através dele. Os catitas se despedem dos guardas, pegam as
- Eu estou preso!
aranha para correr. Após isto, em pouco tempo, eles saem do outro lado do túnel e,
a maior festa. Sullivan, Apolônio, Max e Valério, juntamente com Amigo, tornaram-se
heróis na tribo, pois, quando chegaram com o queijo eterno, acabaram com a fome
- A sua tribo está salva, Sullivan. Agora, que tal nós salvarmos a minha?
Sullivan e os seus três amigos concordam na hora. Mas, isto é outra história...