I. Mante-lo na vida “real”, longe das perguntas mais profundas da vida
e de argumentações II. Igreja. Esquece-los de viver o amor real, separar as pessoas reais das ideais pela qual oram III. Faze-los se sentirem inocentes. Ter misericórdia deles mesmos IV. Direcionar a benevolência dele para circunstancias remotas. O homem é uma serie de círculos concêntricos, vontade, razão e fantasia. Quanto mais em direção à vontade o mal e em direção a fantasia o bem, melhor V. Toda aquela conversa sobre amor e liberdade perfeita não é mera propaganda, e sim uma verdade aterrorizante. Ele quer realmente encher o universo com réplicas de si mesmo que se conformam de livre e espontânea vontade a ele. Nós só queremos gado para nos servir de comida. Nós somos vazios e queremos ser preenchidos; ele é pleno, e por isso, transborda. O Inimigo não pode tenta-los para a virtude da mesma forma que “tentamos” para o vício. Ele quer que eles aprendam a andar sozinhos e deve, por isso, retirar a sua mão. E se o que restar for apenas a vontade de andar, ele ficará satisfeito até mesmo com seus tropeços. VI. Todos os mortais tendem a se transformar naquilo que pretendem ser. Se ele for tolo o bastante você poderá leva-lo a se dar conta do caráter dos amigos apenas quando eles estiverem ausentes; sua presença pode servir para eliminar toda a possibilidade de crítica. Se conseguir isso ele pode ser induzido a viver duas vidas paralelas, como muitos humanos fazem, por longos períodos de tempo. Ele não apenas parecera ser, mas realmente será, um homem diferente em cada um dos círculos que frequentar. Ou você é cristão em todos ambientes que frequenta, com todas as pessoas, em todos os relacionamentos, ou você não é cristão VII. A estrada mais segura para o inferno é gradativa – a ladeira é suave, o solo é macio, sem curvas acentuadas, sem marcos e sem postes indicadores. VIII. Os hábitos ativos são reforçados pela repetição, mas os passivos são enfraquecidos IX. Oculte a verdadeira humildade. A grande jogada é faze-lo valorizar uma opinião por alguma qualidade diferente da verdade, e, assim introduzir um elemento de desonestidade... faze-los pensar que humildade é uma mulher bonita que tenta crer que é feia, ou homens inteligentes que tentam acreditar que são tolos. Eles nunca poderiam alcançar isso, mas vão ficar se esforçando para isso. O inimigo quer levar o homem a um estado de espírito que ele poderia projetar a melhor catedral do mundo, tendo consciência de que é a melhor, sem estar mais ou menos feliz se tivesse sido criada por outra pessoa. O inimigo quer que o homem possa se regozijar-se com seus próprios talentos de forma tão franca e grata quanto com os talentos de seu semelhante – ou com o nascer do sol, ou um elefante, ou uma cachoeira. Ele quer que cada homem reconheça a todas as criaturas (inclusive a si mesmo) como coisas gloriosas e excelentes... quando eles tiverem realmente aprendido a mar cada qual a seu próximo como amam a si mesmos, eles estarão autorizados a se amarem a si mesmos como amam a seus próximos. Nem sobre os próprios pecados o Inimigo deseja que ele pense em demasia: uma vez que ele tenha se arrependido, quanto antes ele deixar de pensar em si mesmo, mais satisfeito fica o Inimigo. X. O sucesso consiste em confundi-lo no máximo. Consciência é sempre ruim para o Diabo XI. O ideal dele é um homem que, tendo trabalhado o dia todo para o bem da posteridade, em seguida esquece todo o assunto e confia-o ao Céu, retornando imediatamente ao cultivo da paciência ou a gratidão exigida pelo momento que esta enfrentando. XII. Uma abnegação errada é ainda melhor do que o egoísmo XIII. O que um ganha o outro perde. “Existir” significa “estar em cométição”. Agora, a filosofia do Inimigo escapa dessa óbvia verdade, ele tem por objetivo uma contradição. As coisas devem ser muitas, e de alguma forma ser uma só. O bem de um ser é o bem de outro. Ele chama essa impossibilidade de amor XIV. Todas as virtudes cessam uma hora sem a coragem. “O ato de covardia é tudo o que importa, o sentimento de medo em si não é nenhum pecado. Covardia difere de medo