JORNAL MIL

FOLHAS
18/10/2K19

O uso de remedios
controlados por

O uso de remédios adolescentes e seus

riscos

controlados

Na terceira página desse jornal terá um guia com leituras para o vestibular desse ano

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Setembro
Claramente, essa cultura de ignorância só mostra como
o Brasil está atrasado no que diz respeito a saúde mental
e a problemas sociais, os quais tem muitas vezes raízes
amarelo e sua na família. Afinal, não precisa procurar muito para achar
pais que não sabem como lidar com seus filhos, diante
campanha de da distância que a tecnologia, ironicamente, traz.

prevenção ao
suicídio
Escrito por Jean Carlos

Mais um setembro amarelo que chega

ao fim, levando juntamente com ele
toda a discussão sobre suicídio e
depressão. Como qualquer outra data
"pra inglês ver" o setembro amarelo é Além da família, problemas relacionados a abusos
uma maneira falha de abordar um sociais, como o bullying, ainda tem uma presença
assunto que o brasileiro tenta ao esmagadora e muitas vezes são vistos como outras
máximo fingir que não existe. Em frescuras. Do mesmo modo a cobrança social de precisar
quanto a sociedade falar em setembro mostrar aos outros que tem o que é preciso para se
sobre tal assunto e no próximo manter em uma roda de amigos (bens materiais no
outubro voltar a falar que se trata de geral) é sem dúvida um grande agravador de stress.
frescura ou falta de louça para lavar, as
pessoas continuarão a se suicidar de
janeiro a janeiro.

O Brasil é o
oitavo país com
maior número
de suicídios no
mundo Essa situação não vai mudar amenos que ocorra
alterações nos meios sociais, familiares e escolares.
Esses problemas não devem ser tratados apenas em
setembro, mas sim de maneira continua

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Primavera literária volta ao Rio

com homenagem à Amazônia
De 3 e 6 de outubro, a
Primavera Literária Rio levará
para o público carioca, além de
sua tradicional feira de livros,
uma intensa programação
cultural. Conhecida por sua
pluralidade temática, o evento
este ano não poderia deixar de
inovar: uma Rua do Desenho e
um Bar Literário com shows
irão ocupar os jardins do
Museu da República, espaço
que recebe mais uma vez o
evento no histórico bairro do
Catete, na Zona Sul da cidade.
Acreditando num caminho para
um mercado editorial mais justo
e para políticas do livro e leitura
efetivas e democráticas, a
LIBRE, organizadora do evento,
traz para esta edição o tema
Belém-Pará/Amazônia com o
lema Equidade, Sustentabilidade
e Bibliodiversidade. A
programação cultural do evento
será assinada pela Palavralida,
iniciativa que tem o objetivo de
produzir assessoria, curadorias e
capacitações para eventos.
São esperados para os quatro
dias de evento bate-papos,
conversas, mesas de debate,
lançamentos, escritores
convidados nacionais e
internacionais, um festival de
poesia e um encontro de
podcasters, além de uma
programação educativa e
infantil com contação de
histórias e oficinas de
ilustração.

Indicação de Livros:
Em alusão à Primavera Literária desse ano, foi preparada pela equipe dessa edição do jornal uma lista de indicações de
livros os quais valem à pena serem lidos ou relidos, alguns dos maiores clássicos da literatura Brasileira, tais quais:

- "O Cortiço", de Aluísio Azevedo (1892)

sinopse: "A obra busca recriar a realidade dos agrupamentos humanos sujeitos à influência da raça, do meio
e do momento histórico. O predomínio dos instintos no comportamento do indivíduo, a força da
sensualidade da mulher mestiça, o meio como fator determinante do comportamento são algumas das teses
naturalistas defendidas pelo autor ao lado de denúncias sociais. O protagonista do romance é o próprio
cortiço, onde se acotovelam lavadeiras, trabalhadores de pedreira, malandros e viúvas pobres."

- "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector (1977)

sinopse: Último livro escrito por Clarice Lispector, A hora da estrela é também uma despedida. Em A hora
da estrela Clarice escreve sabendo que a morte está próxima e põe um pouco de si nas personagens Rodrigo
e Macabéa. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que gosta de ouvir a Rádio Relógio e que
passou a infância no Nordeste, como Clarice.
A despedida de Clarice é uma obra instigante e inovadora. Como diz o personagem Rodrigo, "estou
escrevendo na hora mesma em que sou lido". É Clarice contando uma história e, ao mesmo tempo,
revelando ao leitor seu processo de criação e sua angústia diante da vida e da morte.