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FABIANO TRENTIN
CAXIAS DO SUL
2015
FABIANO TRENTIN
CAXIAS DO SUL
2015
FABIANO TRENTIN
APROVADO EM 03/07/15.
AGRADECIMENTOS
O presente trabalho propõe uma alteração do projeto da viga central de um vagão gôndola, a
qual consiste em substituir um perfil C soldado a uma base por um tubo de seção retangular.
Para que se torne viável, foi realizada uma verificação estrutural através do MEF (Método de
Elementos Finitos), tendo como premissa atender as normas da AAR (Association of American
Railroad). Antes da verificação estrutural, foram vistos diferentes arranjos estruturais de vagões
para transporte de minérios em diferentes países, abrangendo também, um pouco da
funcionalidade e performance destes vagões. Além disso, foram revisados aspectos básicos do
MEF e estruturas modeladas com cascas, especificamente o modelo cinemático para o elemento
sólido degenerado de oito nós. Na etapa de verificação estrutural, os modelos numéricos foram
analisados em duas situações: projeto atual e projeto proposto, através de carregamentos e
condições de contorno estipulados pela norma AAR. O comparativo entre os dois projetos de
viga demonstra um aumento do nível de tensões para o modelo proposto, porém em níveis
aceitáveis. A alteração de projeto se torna viável desde que seja reavaliado o acoplamento nas
extremidades da viga.
This paper proposes a possible change in the main beam design of a gondola wagon. The
objective is to replace a C profile welded to a base for a rectangular tube section. To verify this
possibility, a structural verification will was conducted using the FEM (Finite Element
Method), having as a premise meeting the standards of the AAR (Association of American
Railroad) norm. Before the structural verification, different structural designs of wagons for
transporting minerals in different countries will was analyzed, including some of the
functionality and performance characteristics of these cars. In addition, basic aspects of the
FEM and modeled structures with shells, specifically the kinematic model for the degenerate
solid element of eight nodes will was reviewed. In the structural analysis step, the numerical
models will was analyzed in two situations: the current project and the proposed project through
loads and boundary conditions set by the AAR norm. The comparison between the two beam
projects show an increase in the level of tensions for the model presented, but in acceptable
levels. The changes in the project are possible was applied only if the coupler in the beam
extremes is revaluated.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 16
1.1 EMPRESA ............................................................................................................... 17
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 18
1.3 OBJETIVO .............................................................................................................. 18
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................... 18
4 RESULTADOS ..................................................................................................... 53
4.1 REFINAMENTO DA MALHA .............................................................................. 53
4.2 CARGA VIVA ......................................................................................................... 54
4.3 CARGA VERTICAL NO ACOPLADOR............................................................... 57
4.4 CARGA DE IÇAMENTO ....................................................................................... 60
4.5 CARGA DE TRAÇÃO ............................................................................................ 63
4.6 CARGA FINAL DE COMPRESSÃO ..................................................................... 66
4.7 CARGA DE IMPACTO .......................................................................................... 69
4.8 FORÇA VERTICAL POR CARGA DE IMPACTO .............................................. 72
4.9 TORÇÃO ................................................................................................................. 75
4.10 CUSTOS .................................................................................................................. 78
4.11 COMENTÁRIOS ..................................................................................................... 78
5 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 80
LISTA DE TABELAS
A Área
CFC Carga Final de Compressão
CI Carga de Içamento
CIM Carga de Impacto
CT Carga de Tração
CV Carga Viva
CVL Carga Vertical no Acoplador
eq. Equação
esp. Espessura
ft pé
FVCI Força Vertical por Carga de Impacto
G Gravidade
lbs libras
LE Limite de Escoamento
LR Limite de Ruptura
m massa
m³ metros cúbicos
mm milímetros
Mod. Modelo
N Newton
NeL Número de elementos
NGL Número de graus de liberdade
PA Pressão no Assoalho
PF Pressão Frontal
PL Pressão Lateral
tku toneladas por quilometro útil
ton toneladas
LISTA DE SIGLAS
1 INTRODUÇÃO
Por muitos anos, o modal ferroviário no Brasil não teve a merecida atenção dos
governantes, seja por interesses políticos ou não, os investimentos eram direcionados aos meios
de transporte rodoviário. Como informa o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes), em 1996, se iniciou o processo de desestatização das ferrovias e a quantidade de
carga movimentada aumentou em cerca de 26%. Os investimentos do setor privado permitiram
um incremento da produção de transportes em 68% entre 1996 e 2001 e as melhorias
decorrentes da privatização têm contribuído para reduzir acidentes nas malhas em
funcionamento.
O custo do transporte ferroviário é o mais barato, ficando atrás somente do transporte
Naval. Este custo gira em torno de 50% a menos que o transporte rodoviário, tornando-se
interessante para grandes volumes transportados. Com o aumento de investimentos nos últimos
anos o modal ferroviário se mostra evolutivo, ampliando sua importância no transporte
brasileiro.
Diante do cenário acima descrito, as operadoras logísticas procuram aumentar a sua
capacidade, e uma maneira de se conseguir isso é aumentando a carga útil dos vagões. Um
exemplo disso são os vagões gôndola modelo GDT com PBT de 130 ton que estão sendo
substituídos por gôndolas modelo GDU com PBT 150 ton. O vagão do tipo gôndola
principalmente utilizado para o transporte de minério de ferro, especialmente das jazidas para
os portos. O modelo GDU tem capacidade de carga líquida de aproximadamente 128 toneladas
em 44 m³ de caixa de carga, comprimento total de 9.800 mm e largura de 3.160 mm sendo
utilizado na EFC (Estrada de Ferro Carajás), cuja a bitola é larga, com 1.600 mm. Nessa
importante ferrovia são transportados cerca de 120 milhões de toneladas de carga e 350 mil
passageiros por ano, circulam cerca de 35 composições simultaneamente, entre os quais um dos
maiores trens de carga em operação regular do mundo, com 330 vagões e 3,3 quilômetros de
extensão.
Cada projeto de vagão é adequado para que haja funcionalidade na ferrovia em que
opera. Os vagões em questão são dedicados ao transporte de minério onde o sistema de descarga
é realizado por cardumpers1, logo são mais curtos e altos em comparação aos chineses e
africanos. Esses, por sua vez, são mais longos e possuem aberturas nas laterais, possibilitando
outros meios de descarga. Na Venezuela, para transporte de minério, são utilizados vagões do
1
Cardumpers são equipamentos de grande porte que giram o vagão, descarregando sua carga.
17
tipo hopper aberto, lá conhecidos por Tolva, os quais possuem aberturas inferiores para
descarga.
Como principal componente estrutural do vagão tem-se a viga central que é
responsável por conectar a caixa de carga aos truques ferroviários e engates. Esse componente
suporta carregamentos longitudinais elevados, provenientes da tração e compressão de toda a
composição férrea, bem como os carregamentos derivados do peso próprio, do minério e dos
efeitos de torção nas curvas. Atualmente a viga é composta por um perfil “C” soldado em uma
base constituída de uma chapa plana de aço estrutural. Para a fabricação do componente existem
os processos de corte térmico, dobra e soldagem. O presente trabalho propõe realizar uma
verificação da integridade estrutural baseada nos critérios da norma AAR 2, de uma nova viga
central construída de perfil contínuo de seção a ser definida de acordo com as propostas
estudadas.
1.1 EMPRESA
2
AAR (Association of American Railroad) é norma americana que rege a fabricação de componentes,
vagões, locomotivas e até mesmo ferrovias.
18
estão os modelos hopper, gôndola, tanque e plataforma. Com a capacidade de produção limitada
a oito produtos/dia e altos gastos na logística de entrega de produtos e a distância fábrica-
ferrovia, a Randon está investindo cerca de R$ 200 milhões em uma nova fábrica destinada
principalmente a vagões de carga em Araraquara, São Paulo.
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 FERROVIAS
Em 1855, o Governo Imperial firmou contrato com o engenheiro inglês Edward Price
para a construção da primeira estrada de ferro do território brasileiro. Foi então constituída a
21
Companhia de Estrada de Ferro D. Pedro II, sob a direção de Christiano Benedicto Ottoni, onde
as obras começaram em junho de 1855 e, em março de 1858, foi inaugurada a primeira etapa.
Até 1871, a maioria das ferrovias foram construídas na bitola de 1,6 m (bitola larga) e
em 1874, o Instituto Politécnico Brasileiro nomeou uma comissão para realizar um estudo
comparativo entre bitola larga e bitola métrica, o qual publicou um trabalho intitulado
"Caminhos de Ferro Nacionais". Neste trabalho verificou-se que a bitola métrica reduz custos
de implementação e manutenção, demonstrando vantagens em relação a outras bitolas. Dessa
forma, o transporte ferroviário brasileiro opera em duas bitolas distintas, gerando problemas
logísticos devido a incompatibilidade de diversos trechos.
“A Estrada de Ferro Carajás (EFC), inaugurada em 1985, tem como papel principal o
transporte do minério extraído da mina de Carajás em Parauapebas – PA até o
Terminal Marítimo de Ponta da Madeira em São Luís - MA. Com a extensão de 892
km e bitola de 1,60 m, a EFC é constituída de uma linha singela com 58 pátios de
cruzamento de trens”. (RODRIGUES E PINHEIRO 2014)
No Porto de Ponta Madeira a descarga dos vagões gôndola é realizada por meio de
viradores de vagões (cardumpers), exibido na Figura 2 estes equipamentos permitem que o
vagão seja descarregado sem desacoplá-lo da composição, já que o eixo de rotação do virador
coincide com o engate rotativo do vagão. Este minério é descarregado em moegas de recepção
e transportado para as pilhas de estocagem por meio de correias de transporte. O sistema de
descarga por cardumpers é bem visto pela sua produtividade, já que a taxa de descarregamento
é de aproximadamente 170 toneladas por minuto, além disso, não envolve mão de obra direta
reduzindo significativamente o risco de acidentes.
2.2 VAGÕES
Segundo Rodrigues e Pinheiro (2014) vagões são veículos ferroviários utilizados para
o transporte de mercadorias, estes podem ser classificados em função do tipo de carga
3
Indicador definido como quantidade de toneladas útil transportada multiplicada pela quilometragem percorrida
pelas mesmas. A vantagem do TKU sobre a tonelada útil transportada é que ele pode ser sumarizado sem o risco
de sobreposição de valores.
23
a) vagões fechados: Vagões utilizados para transporte de materiais que não podem ser
expostos a ações climáticas;
b) vagões hooper: Vagões destinados ao transporte de cargas a granel, os quais podem
possuir proteção interna por pintura epóxi. Dependendo do tipo de carga podem ser com
ou sem proteção por cobertura. Possuem fundo inclinado proporcionando o escoamento
da carga pela parte inferior (por tremonha ou comporta) e seu carregamento é feito pela
parte superior;
c) vagões plataforma: Vagões destinados a transporte de cargas adversas. Possuem
multiplicidade e facilidade de carga e descarga. Estes são destinados ao transporte de
bobinas e perfis de aço, contêineres, cargas indivisíveis, etc;
d) vagões tanque: São vagões, em sua maioria, de corpo cilíndrico destinados a transporte
de cargas líquidas, pulverulentas e gases, a baixas ou altas pressões;
A seguir será exposto como são alguns vagões para transporte de minério de ferro e
alguns detalhes do vagão gôndola modelo GDU.
Os vagões para transporte de minério geralmente são do modelo gôndola fazendo com
que sua descarga seja realizada em cardumpers, o que aumenta a produtividade e reduz o risco
de acidentes. Seguem alguns modelos utilizados pelo mundo:
b) o vagão da Figura 4 é equipado com três truques (seis eixos). Longo e baixo é dedicado
ao transporte de minério de ferro e aço. Este vagão é fabricado totalmente em aço
estrutural soldado e adequado para transitar nas ferrovias de bitola métrica da China;
c) na Figura 5 está ilustrado um vagão gôndola a qual é multiuso, pois além de minério,
podem ser carregados um contêiner de 40 pés, dois contêineres de 20 pés, aço ou outros
materiais. Este vagão é construído em aço estrutural soldado, com laterais móveis, e foi
projetado para operar nas ferrovias da Namíbia, cuja bitola é de 1.067 mm;
d) o vagão gôndola da Figura 6 é adequado para operar em Angola, em ferrovias com bitola
de 1.067 mm. A estrutura deste vagão é em aço soldado, com tampas laterais móveis e
camelos internos na secção longitudinal do vagão;
e) no Brasil além dos modelos GDT e GDU temos o modelo GDE, da Figura 7,
especialmente projetado para operar na EFVM (Estrada de Ferro Vitória Minas) cuja
bitola é métrica (1.000 mm). O vagão gôndola GDE é semelhante aos modelos GDT e
GDU, tendo como principais diferenciais o PBT de 110 ton. e o revestimento da caixa
de carga em aço inox ferrítico. Este revestimento e a estrutura em aço carbono são
unidos por meio de solda. O conjunto é formado por vagão principal e complementar,
unidos por uma haste rígida e compartilhando o sistema de freio;
f) no transporte de minério, além dos vagões gôndola, são utilizados hoppers abertos, neste
modelo de vagão a descarga não é realizada em cardumpers, mas sim pela abertura das
comportas na parte inferior do vagão. Apesar de ser equipado com abertura automática,
este modelo não alcança a taxa de descarregamento dos vagões gôndola. Este tipo de
vagão é utilizado na Venezuela, onde é conhecido também como vagão tolva. Na Figura
8, um vagão hopper aberto utilizado pela empresa MRS;
26
Aparelho de
Vagão
choque
Freio
Superestrutura
Caixa de carga
Estrado
Para Rodrigues e Pinheiro (2014), os freios tem como função controlar com segurança,
a velocidade da composição durante o trânsito na ferrovia. O acionamento do freio, em azul na
Figura 14, se dá com a queda de pressão no encanamento geral, no momento em que a válvula
de freio reconhece essa queda é liberada a pressão do reservatório para o cilindro. A força
exercida pelo cilindro desloca as alavancas de timoneria, em vermelho na Figura 14, fazendo
com que as sapatas de freio entrem em atrito com as rodas.
Segundo Rodrigues e Pinheiro (2014), a caixa de carga, que faz parte da superestrutura
do vagão é responsável por envolver a carga durante o transporte, transferindo os esforços para
o estrado, sejam estes esforços da própria carga, ou dinâmicos. A carga realiza grandes pressões,
tanto nas laterais como nas frontais, esses esforços suportados pela caixa de carga são ampliados
em curvas e em frenagens. Na Figura 15 está ilustrada a caixa de carga do vagão GDU.
30
𝜑 (𝑥 ) = 𝑁1 (𝜉1 )
{ 𝑖−1 𝑎 (2)
𝜑𝑖 (𝑥𝑎 ) = 𝑁2 (𝜉1 )
Os valores da função global 𝜑𝑖 (𝑥) para 𝑥𝑖−1 ≤ 𝑥 ≤ 𝑥𝑖+1 são dados na equação (3):
𝑁 (𝜉), 𝑥𝑖−1 ≤ 𝑥 ≤ 𝑥𝑖
𝜑𝑖 (𝑥) { 2 (3)
𝑁1 (𝜉), 𝑥𝑖 ≤ 𝑥 ≤ 𝑥𝑖+1
33
Para Fish e Belytschko (2007), os elementos de casca são uma parte muito importante
dos softwares de elementos finitos. Com estes elementos é possível modelar estruturas e
componentes com uma dimensão (espessura) muito menor do que as outras. Os elementos de
casca podem ser aplicados em:
vigas e colunas de grande comprimento e altura;
chassis e carrocerias de automóveis, caminhões, trens e tratores;
cascos de navios e fuselagem de aviões.
Segundo Batoz e Datt (1992) uma casca é um sólido de volume Ω gerado pela
𝑡
superfície média 𝛴 e sua normal 𝑛 estendendo-se por um comprimento ℎ = ± 2 medido a partir
desta superfície média como mostrado na Figura 22. A geração da casca neste caso é definida
pelos pontos da superfície média descritos pelo vetor posição, pelo raio de curvatura e pelo
vetor normal conforme mostrado na Figura 22 para um ponto “p”.
Para que este modelo possa descrever de maneira satisfatória os campos de
deslocamentos e esforços internos, a espessura 𝑡 deve ser pequena se comparada com as
dimensões da superfície Σ. Atendendo as seguintes relações da equação (4):
𝑡 𝑡
≪ 1 ,𝐿 ≪ 1 (4)
𝑅
𝑖𝑛𝑓 𝑉
𝑉3𝑘 = 𝑥𝑘𝑠𝑢𝑝 − 𝑥𝑘 , 𝑣3𝑘 = ‖𝑉3𝑘‖ (5)
3𝑘
Para obter os outros vetores componentes da base é preciso do produto vetorial com
os versores 𝑖, 𝑗, 𝑘 do sistema global de coordenadas. Se o vetor j não é paralelo a 𝑣3𝑘 , os vetores
𝜃𝑘1 e 𝜃𝑘2 são definidos pela equação (6):
𝑟𝑒𝑓 𝑡𝑘
𝑥̂𝑘 = 𝑥𝑘 + 𝑉 𝜁.
2 3𝑘
Na equação (7), 𝑁𝑠𝑢𝑝 e 𝑁𝑖𝑛𝑓 são funções de Lagrange para interpolação linear entre os
pontos inferiores e superiores. Os pontos 𝑥̂𝑘 obtidos em 𝜁 = 0 estão sobre a superfície de
𝑟𝑒𝑓
referência, logo 𝑥̂𝑘 = 𝑥𝑘 .
Ao considerar uma superfície com 𝜁 = 𝑐𝑡𝑒, é possível determinar através dos vetores
𝑥̂𝑘 e das funções de interpolação 𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂) associadas aos nós do elemento na superfície de
referência, o vetor posição 𝒙 de qualquer ponto nesta superfície 𝜁 = 𝑐𝑡𝑒, utilizando a equação
(8):
onde 𝑛 é o número de nós do elemento. Ao substituir a equação (7) em (8) obtém-se a equação
(9):
𝑋(𝜉, 𝜂, 𝜁) 𝑋𝑘
𝑡
𝒙(𝜉, 𝜂, 𝜁) = {𝑌(𝜉, 𝜂, 𝜁) } = 𝑘=1 𝑁𝑘 𝜂) { 𝑌𝑘 } ∑𝑛𝑘=1 𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂) 2𝑘 𝑉3𝑘 𝜁
∑ 𝑛
(𝜉, (9)
𝑍(𝜉, 𝜂, 𝜁) 𝑍𝑘 𝑟𝑒𝑓
𝑡
{𝑄𝑄𝑥 } = 𝐾 ∫ 𝑡 {𝜎𝜎𝑥𝑧 } 𝑑𝑧
2
(10)
𝑦 − 𝑦𝑧
2
equação (11) :
1 3𝑄 2
𝑈𝑠𝑐 = 2𝐺 ∫𝐴 (𝜎𝑥𝑧
𝑐 )2
𝑑𝐴 = 5𝐺 (11)
𝑏ℎ
𝑓 1 𝑓 2 𝑄2
𝑈𝑠 = 2𝐺 ∫𝐴 (𝜎𝑥𝑧 ) 𝑑𝐴 = 2𝐺 𝑏ℎ
É importante observar que quando as teorias de primeira ordem Mindlin (1951), são adaptadas
ao elemento de Ahmad, onde os graus de liberdade referentes aos deslocamentos membranais
e transversais são referenciados nas coordenadas globais enquanto que as rotações estão
associadas às coordenadas locais. Deste modo são requerido certos cuidados quando são
utilizadas condições de contorno de simetria ou antissimetria, onde é necessário um
conhecimento prévio das direções dos eixos locais.
̂ 𝑘 = 𝒖𝑘 + ∆𝒖𝑘
𝒖 (12)
∆𝒖𝑘 = 𝜷𝑘 𝑧𝑘 (14)
𝜷𝑘 = 𝜽𝑘 × 𝒗3𝑘 (15)
Onde os vetores 𝜽𝑘 e 𝒗3𝑘 em coordenadas globais são definidos nas equações (16a)-(16b),
40
Desta forma o deslocamento de um ponto, extremo da fibra 𝑑𝒙𝑘 , com coordenada local 𝑧𝑘 na
direção 𝒗3𝑘 é determinado pela equação (17a):
̂ 𝑘 = 𝒖𝑘 + 𝑧𝑘 𝜷𝑘
𝒖 (17a)
̂ 𝑘 = 𝒖𝑘 + 𝑧𝑘 (𝜽𝑘 × 𝒗3𝑘 )
𝒖 (17b)
̂𝑥
𝑈 𝑈𝑥 𝛽𝑘𝑥
𝑡𝑘
̂𝑦 } = {𝑈𝑦 } + 𝜁 {𝛽𝑘𝑦 }
{𝑈 (18)
2
̂𝑧
𝑈 𝑈𝑧 𝛽𝑘𝑧
𝑘 𝑘
Por outro lado o vetor 𝜷𝑘 pode ser expresso em função dos vetores 𝒗3𝑘 e do vetor 𝜽𝑘 através
do produto vetorial como segue na equação (19).
̂𝑥
𝑈 𝑈𝑥 𝜃𝑘𝑧 𝑣3𝑘𝑦 − 𝜃𝑘𝑦 𝑣3𝑘𝑧
𝑡𝑘
̂𝑦 } = {𝑈𝑦 } + 𝜁 { 𝜃𝑘𝑧 𝑣3𝑘𝑥 − 𝜃𝑘𝑥 𝑣3𝑘𝑧 }
{𝑈 (19)
2
̂𝑧
𝑈 𝑈𝑧 𝜃𝑘𝑥 𝑣3𝑘𝑦 − 𝜃𝑘𝑦 𝑣3𝑘𝑥
𝑘 𝑘
A equação (19) pode ser expressa de forma mais conveniente na forma matricial como
/segue na equação (20).
̂𝑥
𝑈 𝑈𝑥 0 −𝑣3𝑘𝑧 𝑣3𝑘𝑦 𝜃𝑘𝑥
𝑡𝑘
̂𝑦 } = {𝑈𝑦 } + 𝜁 [−𝑣3𝑘𝑧
{𝑈 0 𝑣3𝑘𝑥 ] {𝜃𝑘𝑦 } (20)
2
̂𝑧
𝑈 𝑈𝑧 𝑣3𝑘𝑦 −𝑣3𝑘𝑥 0 𝜃𝑘𝑧
𝑘 𝑘
̂ (𝜁)
𝑼(𝜉, 𝜂, 𝜁) = ∑8𝑘=1 𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂)𝑼 (21)
41
A equação (21) pode ser expressa em forma matricial substituindo a equação (20) na
equação (21) como segue na equação (23):
𝑡𝑘 𝑡𝑘
0 −𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂) 𝜁𝑣3𝑘𝑧 𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂) 𝜁𝑣3𝑘𝑦 𝜃𝑘𝑥
𝑈𝑘𝑥 2 2
𝑡 𝑡𝑘
𝑼(𝜉, 𝜂, 𝜁) = ∑8𝑘=1 𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂) {𝑈𝑘𝑦 } + −𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂) 2𝑘 𝜁𝑣3𝑘𝑧 0 𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂) 𝜁𝑣3𝑘𝑥 𝜃
{ 𝑘𝑦} (23)
2
𝑈𝑘𝑧 𝑡𝑘 𝑡𝑘 𝜃𝑘𝑧
[ 𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂) 2 𝜁𝑣3𝑘𝑦 −𝑁𝑘 (𝜉, 𝜂)
2
𝜁𝑣3𝑘𝑥 0 ]
Os aços ASTM A 242, também conhecidos como aços patináveis ou Corten, tem
excelente resistência à corrosão atmosférica, tendo sua aplicação principal em construções
metálicas tais como vagões, edifícios, pontes, implementos agrícolas, mineração e outros. Este
aço carbono, com elementos de liga, tais como Cu (cobre), Cr (cromo), Si (silício) e P (fósforo),
desenvolve uma camada de óxido altamente protetora durante o contato com o meio ambiente,
conferindo ótima resistência à corrosão atmosférica, mesmo sem pintura. As principais
vantagens da aplicação deste material são o aumento da vida útil dos componentes4, melhora
na rigidez e resistência de conjuntos montados e boas relações custo/benefício em projetos. A
empresa Usiminas se destaca na produção de aços patináveis com a série USI SAC nos graus
300 e 350. Na Tabela 2 segue a composição química e propriedades mecânicas do USI SAC
350.
Espec. Grau C Si Mn P S Cu Cr LE LR
USI SAC 350 ≤ 0,18 0,5-1,5 ≤ 1,4 0,01-0,06 ≤0,03 0,05-0,4 ≤ 0,6 ≥ 350 500-650
4
Mesmo expostos a atmosferas marinhas.
42
Segundo Hibbeler (2004) “[...] o engenheiro deve estabelecer um limite superior para o
estado de tensão que defina a falha do material. Se o material for dúctil, geralmente a falha será
especificada pelo início do escoamento; se o material for frágil, ela será especificada pela
fratura [...]”.
O material ASTM A 242 que é empregado na fabricação de vagões é considerado um
aço dúctil para isso é utilizado o critério de máxima energia de distorção (von Mises) que
associa a energia com as mudanças de forma de um elemento.
σ1 𝜀1 σ2 𝜀2 σ3 𝜀3
𝑢= + + (25)
2 2 2
Onde:
𝑛𝑑 = Fator de projeto
𝑆 = Resistência
𝜎 = Tensão
As tensões admissíveis são obtidas a partir da equação (28), onde o fator de carga
estipulado pela AAR pode ser utilizado como fator de projeto para tensões admissíveis de
componentes estruturais em regime elástico linear.
𝜎𝑟𝑒𝑓
𝜎𝑎𝑑𝑚 = (28)
𝑓𝑐
Onde:
𝜎𝑎𝑑𝑚 = Tensão admissível
𝜎𝑟𝑒𝑓 = Resistência
𝑓𝑐 = Fator de carga
5
Serão citados, entre parênteses, os parágrafos da norma junto a descrição de cada parágrafo.
44
c) no estudo de caso Carga de Içamento a estrutura do vagão deve ser projetada para
suportar 40% do peso bruto total aplicado em cada suporte de içamento, com a tensão
não excedendo o limite de escoamento do material;
d) no estudo de caso Carga de Tração a estrutura do vagão deve ser projetada para suportar
uma carga de tração por ação do trem de 1.556.878 N (350.000 lbs) aplicada nos
batentes de tração dianteiros ou traseiros em cada extremidade do vagão, ao longo da
linha de centro nominal dos acoplamentos. As pressões nas paredes laterais e frontais
são consideradas;
e) no estudo de caso Carga Final de Compressão a estrutura do vagão deve suportar uma
carga compressiva colunar de 4.448.222 N (1.000.000 lbs) aplicados nos batentes de
compressão traseiros em cada extremidade do vagão na linha de centro nominal dos
acoplamentos. As pressões nas paredes laterais e frontais são consideradas;
f) no estudo de caso Carga de Impacto a estrutura do vagão deve ser projetada para
suportar uma carga compressiva colunar de 5.560.277 N (1.250.000 lbs) aplicados nos
batentes de compressão traseiros em cada extremidade do vagão na linha de centro
nominal dos acoplamentos. As pressões nas paredes laterais e frontais são consideradas;
g) no estudo de caso Força Vertical por Carga de Impacto as travessas do prato pião do
estrado do vagão devem suportar as forças resultantes de uma aceleração vertical
induzida pela força de impacto horizontal. As pressões nas paredes laterais e frontais
são consideradas. O fator de amplificação 𝑎, da equação (29), da carga vertical no corpo
da travessa na extremidade de impacto, torna-se o seguinte:
2ℎ 𝐻
𝑎 =1+ (29)
𝑏𝑊
Onde:
𝑎 = fator de amplificação;
𝑏 = distância entre truques (ft);
ℎ = distância vertical entre centro de gravidade e centro do acoplamento (ft);
𝑊 = limite de carga da ferrovia menos o peso dos truques (lb);
𝐻 = força horizontal de impacto (lb).
h) o estudo de caso Torção não faz parte da norma AAR, mas se faz interessante para
verificar o comportamento da viga quanto a torção. Para isso o vagão deve suportar seu
peso bruto, desconsiderando os truques e apoiado em dois suportes de içamento,
posicionados na diagonal do vagão. A tensão não deve exceder o limite de escoamento.
45
A norma AAR (2007) também prevê fatores de carregamento que devem ser aplicados
para cada carregamento.
a) para todas as condições de Carga Viva e Carga de Tração aplicadas isoladamente ou em
combinação, o fator de carga deve ser 1,8 e a tensão admissível de projeto deve ser o
limite de escoamento ou 80 % da tensão de ruptura (o que for menor) ou a tensão crítica
de flambagem;
b) para todas as condições resultantes de Carga Viva em combinação com Carga Final de
Compressão, Carga Vertical no Acoplador ou Carga de Içamento, os fatores de carga
aplicados devem ser 1,0 e a tensão admissível de projeto deve ser o limite de escoamento
ou 80 % da tensão de ruptura (o que for menor) ou a tensão crítica de flambagem;
c) para todas as condições resultantes de Carga Viva em combinação com Carga de
Impacto e Força Vertical por Carga de Impacto o fator de carga aplicado deve ser 1,0,
e tal carregamento pode desenvolver a capacidade de carga máxima de ruptura de cada
membro que está sendo investigado;
Com esses fatores de carregamento é possível determinar as tensões admissíveis para
cada um dos casos propostos.
A Tabela 3 mostra resumidamente as tensões de referência, fator de carga e tensão
admissível de cada estudo de caso aplicado conforme especificado pela norma AAR combinado
com as propriedades mecânicas do aço ASTM A 242 da Tabela 2.
Fonte: O autor
Quanto a pressão nas laterais e frontais exercida pela carga no vagão a norma AAR
(2007) diz que, essa pressão gerada por materiais pulverulentos ou em grânulos devem ser
46
consideradas no projeto da estrutura de todos vagões. A pressão pode ser calculada pela fórmula
de Rankine, da equação (30), sendo esta utilizada para vagões abertos.
1 1−sen Φ
𝑃 = 2 𝑊 × (ℎ + 1)2 (1+sen Φ) (30)
Onde;
P= força lateral (lb/ft);
W= Peso carregado;
h= altura da lateral;
Φ= ângulo de talude.
47
3 MÉTODO DE TRABALHO
Neste capítulo é exposta a metodologia que será aplicada para a verificação estrutural
da viga central do vagão gôndola segundo as normas AAR. Este estudo será realizado para
viabilizar, ou não, a substituição da viga central atual mostarda na Figura 25.
a) revisão bibliográfica sobre os arranjos estruturais em vagões tipo gôndola nos países
que utilizam este tipo equipamento para transporte de minério. Esta etapa, que já foi
concluída no capítulo 1 supracitado neste documento, teve o objetivo um pouco mais
abrangente no que tange apenas aos aspectos estruturais já que a pesquisa se destinou
também a funcionalidade e performance em serviço do equipamento;
b) revisão breve sobre os aspectos básicos do MEF e sobre estruturas modeladas com
cascas. Abordagem sucinta do elemento sólido utilizando os conceitos de degeneração
apresentados por Ahmad, Irons e Zienkiewics (1970), para modelar componentes
estruturais em casca. Especificamente foi estudado o modelo cinemático para o
elemento sólido degenerado de oito nós para modelar os problemas de cascas semi
espessas que utilizam teoria cinemática de Reissner-Mindlin. Nessa etapa foi comentada
outra abordagem para descrever a cinemática principalmente no que tange à descrição
das rotações no sistema global de coordenadas conforme apresentados em Battoz e Dhat
(1982);
48
Fonte: O autor
Como critérios para seleção é preciso avaliar tensões, massa da viga e processo
produtivo. No gráfico da Figura 26 é possível identificar a massa e o nível de tensão de cada
viga. A tensão deve ser inferior a 194 MPa devido a um fator de carga de 1,8, demonstrado na
Tabela 3.
600
400
200
0
A B C D E F
m (kg) σ (MPa)
Fonte: O autor
Fonte: O autor
51
Fonte: O autor
Apesar da norma AAR (2007) prever o cálculo de pressão nas frontais e laterais da
caixa de carga pela fórmula de Rankine. Neste trabalho as pressões são calculadas através do
método de Reimbert (1959), o qual se demonstra mais severo se comparado com a norma AAR.
A aplicação do método de Reimbert (1959) para pressão em paredes está representado na Figura
29.
a ℎ
𝐴1 = 𝜋 𝜑 −3 (32)
𝜋∙tan 𝜑 ′ ∙ tan2 ( − 𝑡𝑎𝑙 )
4 4
δ∙a
𝑃𝑎𝑚á𝑥 = 4∙tan 𝜑′ (33)
y −2
Pya = 𝑃𝑎𝑚á𝑥 [1 − (𝐴 + 1) ] (34)
1
2∙a∙b−𝑎2
𝑎′ = (35)
𝑏
𝑎′ ℎ
𝐴1 = 𝜋 𝜑 −3 (36)
𝜋∙tan 𝜑 ′ ∙ tan2 ( − 𝑡𝑎𝑙 )
4 4
δ∙𝑎′
𝑃𝑏𝑚á𝑥 = 4∙tan 𝜑′ (37)
y −2
Pyb = 𝑃𝑏𝑚á𝑥 [1 − (𝐴 + 1) ] (38)
1
Onde:
𝑎 = largura da caixa de carga
𝑏 = comprimento da caixa de carga
𝐻 = altura do material carregado
𝛿 = densidade do material
𝜑 ′ = atrito grão parede
𝜑𝑡𝑎𝑙 = ângulo de talude
53
4 RESULTADOS
O critério utilizado para o refino da malha, de forma a obter resultados mais precisos,
foi baseado na convergência do deslocamento máximo na viga, embora o procedimento mais
adequado é a utilização de um estimador a posteriori em norma de energia. Segundo Zhu e
Zienkiewicz (1988) “O objetivo de um programa de computador adaptativo é ganhar o controle
do erro de discretização pelo aumento do número de graus de liberdade em regiões em que o
modelo de elementos finitos inicial não é adequado”. Entretanto não foi possível encontrar no
software este procedimento. Os resultados de convergência para a norma do deslocamento
máximo (U) na viga assim como: tamanho do elemento, número de elementos (Nel) e número
de graus de liberdade (NGL) utilizados no modelo numérico estão indicados na Tabela 5.
No gráfico da Figura 30, pode-se notar que curva converge para uma dimensão de 10
mm para a aresta do elemento. Contudo, neste trabalho foram utilizados elementos com
dimensão de aresta de 50 mm já que a diferença é muito pequena em termos de convergência
de deslocamento e o custo computacional se torna significativamente menor.
54
U (mm)
1,774
1,772
1,770
1,768
1,766
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10
Malha (mm)
Fonte: O autor
Fonte: O autor
55
Os resultados para o campo de deslocamento para este estudo de caso são mostrados
para os modelos A e B nas Figura 32 e Figura 33 em corte longitudinal.
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
57
Fonte: O autor
58
Os resultados para o campo de deslocamento para este estudo de caso são mostrados
para os modelos A e B nas Figura 37 e Figura 38 em corte longitudinal.
Fonte: O autor
Fonte: O autor
59
Fonte: O autor
Fonte: O autor
60
Fonte: O autor
61
Os resultados para o campo de deslocamento para este estudo de caso são mostrados
para os modelos A e B nas Figura 42 e Figura 43 em corte longitudinal.
Fonte: O autor
Fonte: O autor
62
Fonte: O autor
Fonte: O autor
63
Fonte: O autor
64
Os resultados para o campo de deslocamento para este estudo de caso são mostrados
para os modelos A e B nas Figura 47 e Figura 48 em corte longitudinal.
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
66
Carga de
-2,33 2,58 119,51 -2,50 2,72 137,66
Tração
Fonte: O autor
Fonte: O autor
67
Os resultados para o campo de deslocamento para este estudo de caso são mostrados
para os modelos A e B nas Figura 52 e Figura 53, em corte longitudinal.
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Os resultados para o campo de deslocamento para este estudo de caso são mostrados
para os modelos A e B nas Figura 57 e Figura 58 em corte longitudinal.
70
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Para o estudo de caso Força Vertical por Carga de Impacto os apoios estão localizados
nos pratos pião conforme na Figura 61, nesta figura também estão representados os
carregamentos, bem como o fator de amplificação.
Fonte: O autor
Os resultados para o campo de deslocamento para este estudo de caso são mostrados
para os modelos A e B nas Figura 62 e Figura 63 em corte longitudinal.
73
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Figura 64 - Força Vertical por Carga de Impacto - Mod. A - Tensão de von Mises
Fonte: O autor
Figura 65 - Força Vertical por Carga de Impacto - Mod. B - Tensão de von Mises
Fonte: O autor
4.9 TORÇÃO
Fonte: O autor
Os resultados para o campo de deslocamento para este estudo de caso são mostrados
para os modelos A e B nas Figura 67 e Figura 68 em corte longitudinal.
76
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Fonte: O autor
Tabela 13 - Torção
Mod. A Mod. B
Caso 8
Uy (mm) U (mm) σMises (MPa) Uy (mm) U (mm) σMises (MPa)
Torção -38,13 38,31 276,66 -31,14 31,33 309,24
Fonte: O autor
4.10 CUSTOS
4.11 COMENTÁRIOS
espessura da parede da viga fazendo com que, nesta região, a ponteira atue como um vínculo
flexível, imprimindo forças de sustentação, com deformações diferentes e elevando
consideravelmente as tensões de contato entre a viga e a ponteira.
Figura 71 - Resultados
Resultados
600
500
400
Tensão (MPa)
300
200
100
0
Força
Carga Carga Vertic
Carga Carga
Carga Vertic Final al por
Carga de de
de al no de Torção Carga
Viva Içame Impact
Tração Acopl Compr de
nto o
ador essão Impact
o
σMises (MPa) Mod. A 47,65 119,51 48,09 129,31 239,63 276,66 297,13 111,36
σMises (MPa) Mod. B 50,49 137,66 57,66 173,62 377,24 309,24 459,68 124,77
σadm (MPa) 194 194 350 350 350 350 500 500
Estudos de Caso
Fonte: O autor
Fonte: O autor
80
5 CONCLUSÕES
De forma geral, a maioria dos estudos de caso da norma AAR, em que os dois modelos
de viga foram avaliados, os níveis de deslocamento e tensão de von Mises atendem a norma
satisfatoriamente. Contudo, no modelo B percebeu-se regiões com tensões de von Mises mais
altas se comparadas ao restante da viga, estas tensões estão relacionadas a vínculos flexíveis.
O estudo de caso Carga Final de Compressão se mostrou crítico, apresentando algumas
regiões com tensões de von Mises que ultrapassam o limite da tensão admissível do material
utilizado em 7%. Conforme a norma AAR, em um primeiro momento o projeto proposto estaria
reprovado. Entretanto ao analisar a distribuição do campo de tensões na viga, uma pequena
região com tensões que violam a tensão admissível não são determinantes para inviabilizar o
projeto. Isso demostra que a viga atende a solicitação especificada pela norma, porém a forma
de acoplamento da viga à ponteira não contempla as prescrições da norma AAR.
Os deslocamentos na componente y se mostraram relativamente pequenos devido a
estrutura da caixa de carga contribuir na estruturação do vagão. Fazendo com que a viga central
suporte, em sua maioria, os esforços longitudinais de tração e compressão.
Fica evidente a economia em processo exigido da fábrica se utilizado o modelo
proposto, devido à redução significativa de: number parts, gastos com corte térmico, soldagem,
gabaritos de montagem e espaço físico da fábrica. Porém o custo estimado do modelo proposto
ultrapassa em 100% o valor do modelo utilizado atualmente. Isso comprometeria a aplicação
do modelo proposto, pois inviabilizaria financeiramente o projeto proposto.
Finalmente, fica a sugestão para futuros trabalhos. Analisar com um maior grau de
critérios a união da viga com a ponteira a fim de redistribuir as tensões que ficaram concentradas
devido a forma construtiva. Existem artifícios para que este problema seja amenizado, um deles
seria a aplicação de uma tala fazendo a ligação entre a ponteira e a viga, a fim de distribuir a
tensão que está concentrada.
81
REFERÊNCIAS
ALVES FILHO, A. Elementos Finitos A Base da Tecnologia Cae. São Paulo: ed Érica Ltda,
2012.
BATOZ, J. L.; DHATT, G. Modélisation des structures par éléments finis, volume 3. Paris:
Editions Hermès, 1992.
FISH, J.; BELYTSCHKO, T. A first course in finite Element. Wiley & Sons, Ltda, 2007.
ANEXO 1
ANEXO 2
ANEXO 3