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Belo Horizonte
2012
Tiago Simão Ferreira
Belo Horizonte
2012
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
CDU: 624.014.2
Tiago Simão Ferreira
____________________________________
Pedro Américo Magalhães (Orientador) - PUC Minas
____________________________________
Cristina Almeida Magalhães - CEFET-MG
____________________________________
Claysson Bruno Santos Vimieiro – PUC Minas
This dissertation aims to study the self-supporting lattice towers used to support large wind
turbines in areas with high altitude. The goal is to evaluate and validate numerically by
finite element method the structural behavior when the lattice structures of the towers of
wind turbines are subjected to static loads and these from common usage. With this
expected to minimize the cost of transportation and installation of the tower and maximize
the generation of electricity, respecting technical standards and restrictions of structural
integrity and safety, making vibration analysis and the required static and dynamic loads,
thereby preventing failures by fractures or mechanical fatigue. Practical examples of
towers will be designed by the system and will be tested in structural simulation programs
using the Finite Element Method. This analysis is done on the entire region coupling action
of the turbine, with variable sensitivity to vibration levels. The results obtained for
freestanding lattice tower are compared with the results of a tubular tower designed to
support of wind tower with the same characteristics used for lattice tower. At the end of
this work was possible to observe the feasibility of using lattice towers that proved better
as its structural performance but with caveats about its dynamic performance since the
appearance of several other modes natural frequency thus reducing the intervals between
them in low frequency and theoretically increase the risk of resonance.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 25
1.1 Problema ...................................................................................................................... 30
1.3 Objetivos ....................................................................................................................... 39
1.3.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 39
4 METODOLOGIA........................................................................................................... 71
4.1 Etapas do projeto ......................................................................................................... 72
4.2 Modelo geométrico em 3D (CAD) ............................................................................. 73
4.3 Determinação da malha utilizada ............................................................................. 76
4.3.1 Determinação do tipo de elemento finito (MEF) .................................................... 76
4.3.2 Análise de sensibilidade de malha ............................................................................ 77
1 INTRODUÇÃO
A energia eólica é a energia que necessita do vento e que pode ser aproveitada
diretamente ou ser transformada a outros tipos de energia, como, por exemplo, a energia
elétrica. O primeiro uso que se conhece do aproveitamento do vento data do ano 3.000 a.C.
com os primeiros barcos veleiros egípcios. Uns milênios mais tarde (s. VII em Persia)
surgirão os primeiros moinhos de vento que permitirão moer grão ou bombear água. Hoje em
dia pode produzir-se eletricidade com grande eficiência, graças a aerogeradores de grandes
dimensões, também denominados turbinas de vento. Um aerogerador está formado por um
conjunto de pás (normalmente três) conectadas a um rotor que, mediante um sistema de
engrenagens, está conectado a um gerador elétrico. Toda esta maquinaria (turbina de vento)
coloca-se no cume de um mastro ou torre onde há mais influência do vento. A longitude das
pás definirá o diâmetro da área varrida pelas mesmas e, quanto maior seja esta área, maior
será a potência que pode gerar um aerogerador. Pode-se encontrar desde pequenos
aerogeradores de 400 W e 1m aproximadamente de diâmetro de pás, até imensos
aerogeradores dos grandes parques eólicos de 2.500 KW e 80 m de diâmetro de pás.
Para pequenas instalações de uso doméstico ou agrário os aerogeradores mais úteis e
exequíveis são os que têm um diâmetro de varrido de 1 a 5 m, capazes de gerar de 400 W a
3,2 KW. Estes apresentam a vantagem, ademais, que podem arrancar a uma velocidade de
vento mais baixa do que os de maior tamanho, podendo aproveitar ventos mais lentos (como
brisas marinhas ou ventos de montanha) e produzir mais quantidade de energia. Precisam de
uma velocidade do vento mínima de 11 km/h para arrancar (frente aos 19 km/h dos maiores),
conseguem seu máximo rendimento aos 45 km/h e se param com ventos a mais de 100 km/h
para evitar danos, desgastes ou sobre carga em seu mecanismo.
Para conseguir um bom rendimento é necessário que a localização dos aerogeradores
estejam numa região muito ventosa, com vento a maioria de dias do ano e com uma
velocidade média anual superior aos 13 km/h. A Figura 1 mostra o desenho esquemático de
uma turbina eólica moderna.
26
Em vista do discutido acima, esta linha de pesquisa tem importância estratégica para o
país, pois a geração de energia é uma área que nos últimos anos tem sido vista como essencial
ao desenvolvimento nacional. Primeiro, pela geração alternativa de energia. Segundo, por
representar uma fonte limpa de geração, uma vez que não há resíduos.
1.1 Problema
A Figura 03 detalha melhor a região do Estado de Minas Gerais, onde pode-se ver o
grande potencial eólico. Observa-se que quanto maior a velocidade do vento, maior a
quantidade de energia gerada pelos aerogeradores. Os limiares mínimos de atratividade para
investimentos em geração eólica dependem dos contextos econômicos e institucionais de cada
país, variando, em termos de velocidades médias anuais, entre 5,5 m/s e 7,0 m/s (19,8 km/h e
25,2 km/h). Tecnicamente, médias anuais a partir de 6,0 m/s (21,6 km/h) já constituem
condições favoráveis para a operação de usinas eólicas (AMARANTE at el , 2010).
32
Figura 3 - Atlas eólico do Estado de Minas Gerais, com algumas áreas selecionadas
como mais promissoras para empreendimentos eolioelétricos.
barras e seções usadas. O que é um complicador no projeto estrutural das torres em treliças
(FERNANDES, 2005).
Já existe na literatura um conhecimento consolidado sobre estruturas metálicas de
torres treliçadas autoportantes para linhas de transmissão e antenas de telecomunicação, mas
muito pouco para utilização em aerogeradores de grande porte. A pesquisa deve fazer
adaptações nas torres de linhas de transmissão e telecomunicações para suportar
aerogeradores de grande porte.
A idéia é apresentar melhorias na estrutura de torres treliçadas autoportantes para
suportar a carga estática de aerogeradores de grande porte com condições de ventos, relevos e
climas encontrados no interior do Brasil.
Outro problema é a presença de tempestades fortes no território nacional, com grande
número de descargas atmosféricas (relâmpagos). As torres devem suporta tais condições
climáticas, principalmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Deve-se ter em mente
a grande sazonalidade de mudanças climáticas no Brasil.
A segurança patrimonial e pessoal deve ser uma preocupação constante na engenharia.
O projeto de torres deve levar em conta normas e fatores estruturais que garantam sua
integridade por muitos anos (mais de vinte anos). A segurança existe não somente em
operação, mas também no transporte, na montagem, na instalação e na manutenção periódica.
A proteção dos funcionários e das pessoas que vivem nas proximidades das torres é de
fundamental importância e devem ser levadas em conta no projeto das estruturas metálicas.
Devido ao movimento das pás dos aerogeradores e das forças provocada pelo vento,
surgem vibrações indesejadas nas torres das turbinas de vento. Estas vibrações podem entrar
em ressonância com a torre e comprometer todo o desempenho estrutural, este fenômeno é
maior nas estruturas treliçadas do que nas torres tubulares. A figura 05 mostra a vibração de
uma torre de aerogerador.
35
1.2 Hipóteses
Diversas formas de energias vêm sendo desenvolvidas com o intuito de oferecer
alternativas ecologicamente corretas. Dentre essas energias, a energia eólica vem se
destacando no Brasil, principalmente no litoral em virtude do grande potencial eólico.
37
* Nacele: é a carcaça montada sobre a torre, onde se situam o gerador, a caixa de engrenagens (quando
utilizada), e todo o sistema de controle.
38
Deve-se ressaltar que a altura das torres eólicas vem apresentando grande crescimento
devido ao aumento da potência dos aerogeradores que necessitam de ventos mais fortes.
Contudo, apesar destas torres, que em sua maioria são fabricadas em aço, representarem uma
parte significativa do custo de implantação do gerador eólico, em torno de 20% a 30%
segundo a DWIA (2009), pouco se tem investido na obtenção de um projeto otimizado. A fase
de análise e projeto da torre assume grande importância, primeiro porque uma redução no seu
custo pode ser significante para o custo final da energia gerada, e depois por que a sua
integridade estrutural é a garantia do perfeito funcionamento do sistema.
A análise e o projeto de torres tubulares para aerogeradores têm sido objeto de estudo
de alguns trabalhos da literatura. BAZEOS et al. (2000) realizou análise por elementos finitos
de uma torre de aço de 38,0 m de altura. Eles consideraram cargas estáticas e dinâmicas
devido a sismo e modelaram portas de acesso para visita, enrigecedores e a interação solo-
estrutura. Uma torre maior, com 45,0 m, foi analisada por LAVASSAS et al. (2003)
considerando no modelo de elementos finitos, além dos enrigecedores e de ações da gravidade
e sismo, o efeito do vento e da fundação, e um estudo de fadiga.
Ultimamente, estudos tem mostrado que as torres em treliças apresentam vantagens
sobre as torres tubulares em função do custo. Uma torre em treliças tem um custo menor que a
metade do preço de uma torre tubular, segundo HAIYAN (2011). O tipo torre em treliça seria
uma opção economicamente viável para grandes unidades de turbinas eólicas. O peso da torre
em treliça é bem menor, e as tensões em todos os componentes são baixas e a margem de
segurança para flambagem é muito boa (HAIYAN, 2011). A ressonância pode ser mais um
problema para torres de treliça, porque o intervalo entre as frequências são menores que nas
torres tubulares. No entanto, o risco poderia ser evitado usando sistema anti-vibrações ou
modificando o tamanho dos componentes (SPERA, 2009).
Outra grande vantagem das torres em treliças é a facilidade no transporte, instalação e
montagem em relação às torres tubulares. Isso se levar em conta que o terreno encontrado no
Estado de Minas Gerais é montanhoso e de difícil acesso. Sendo praticamente inviável
economicamente a instalação de torres tubulares em terreno com grandes declives, onde não
são possíveis a chegada de máquinas e caminhões pesados.
39
1.3 Objetivos
Para melhor compreensão dos objetivos deste trabalho esta tópico esta divido em dias
etapas: Objetivos geral e específicos.
1.4 Justificativa
poluição ambiental pois, não produz emissões gasosas ou rejeitos e não consome nem degrada
recursos naturais utilizados pelo homem, como por exemplo, água.
A exploração da energia eólica está associada, preferencialmente, às regiões costeiras,
por exemplo, o Ceará, Pernambuco, Fernando de Noronha entre outros. Contudo, não apenas
na costa do Nordeste localizam-se áreas de grande potencial eólico, pois em Minas Gerais
uma central funciona desde 1994.
Deve ser salientado ainda que boa parte do relevo encontrado no Estado de Minas
Gerais se caracteriza pela presença de montanhas e vales. Aerogeradores instalados nestes
terrenos apresentam complicadores não encontrados em parques eólicos no litoral ao nível do
mar ou em planícies. Isso se deve a existência de uma forte componente vertical nos ventos
presentes nas montanhas e uma frequente alteração de sua direção, podendo inverter de
sentido entre o dia e a noite. Estes fenômenos geram maiores esforços na estrutura dos
aerogeradores e provoca o surgimento de vibrações indesejadas que diminuem a sua vida útil
e prejudica o seu desempenho energético. Além disso, existe o problema de transporte e
instalação do sistema torres+aerogeradores nestas regiões de difícil acesso, onde máquinas de
grande porte não podem chegar.
Este projeto pretende ser uma resposta ao desafio de explorar a energia eólica em
regiões montanhosas ou de difícil acesso, onde os problemas de transporte e montagem de
torres praticamente inviabiliza a instalação de aerogeradores com grande porte. O projeto de
justifica por sua originalidade, aplicabilidade e viabilidade econômica, com grande
possibilidade de sucesso.
Com originalidade no projeto destacam o estudo de análise estrutural em torres
treliçadas autoportantes para aerogeradores de grande porte em regiões montanhosas, além do
desenvolvimento de uma metodologia computacional que dado alguns parâmetros de entrada
gera e otimiza o projeto estrutural das torres e fundações desejadas com base no esforços
solicitantes.
Como viabilidade econômica cita-se o aumento da eficiência energética com o
aproveitamento da energia eólica, a utilização da energia eólica em regiões remotas e de
difícil acesso, a geração de energia a um custo de US$ 20 a 50 / MWh, o incentivo do uso da
energia eólica no interior do Brasil e não somente nas regiões a beira mar, a redução dos
custos nas estruturas das torres de sistemas eólicos, o aumento da vida útil dos sistemas
estruturais eólicos e a segurança patrimonial e pessoal no processo de transporte, instalação e
manutenção de sistemas torres+aerogeradores.
42
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Muitas vezes as forças vibratórias geradas por maquinas são inevitáveis. Consegue-se,
entretanto, a redução substancial dos seus efeitos sobre um sistema dinâmico pelo emprego de
molas projetadas adequadamente, que são denominadas de isoladores. (THOMSON, 1978).
Para a Fig. 2.02 seja a força atuante sobre o sistema de um grau de liberdade. A
força transmitida através das molas ao amortecedor é
(01)
(02)
A comparação da Equação 02 indica que | / | é idêntica a |/| | / |.
Desta forma, o problema do isolamento de uma massa do movimento do ponto de apoio é
através da ressonância, embora a grande amplitude na ressonância possa ser limitada por
paradas.
(03)
&'()∆
(04)
*
Frequência de excitação.
Deflexão Estatica
Quando ligamos uma massa auxiliar m2 a uma máquina de massa m1 por meio de uma
mola de rigidez K2, o sistema com dois graus de liberdade resultante será parecido com o
mostrado na Figura 08 abaixo. As equações de movimento das massas m1 e m2 são:
45
m2
(06)
(07)
(08)
(09)
46
Nosso interesse primordial é reduzir a amplitude da máquina (X1). Para que a amplitude de m1
seja zero, o numerador da equação deve ser igualado a zero, o que dá
2
3
(10)
2 24
3 34
(12)
567 ,
24
24 34
(13)
2
3
(14)
47
como a frequência natural do absorvedor ou sistema auxiliar, as equações abaixo podem ser
reescritas como:
84
9:;
(15)
4 4 4
8
9:;
(16)
4 4 4
Os dois picos correspondem às duas frequências naturais do sistema composto. Como vimos
antes, X1=0 em ω=ω1.
Nessa frequência, a Equação 16 dá:
567
24
2 2
(17)
Isso mostra que a força exercida pela mola auxiliar é oposta à força aplicada (k2X2=-F0) e a
neutraliza, reduzindo desse modo, X1, a zero. O tamanho do absorvedor dinâmico de vibração
pode ser determinado pelas equações abaixo:
3
2 2 3 34
24 3 34 24 34 4
(19)
?
>
@1 / 1 / 3
A / 1
3
4 4 4
(20)
D
E
4 4
∓
4
4/
B
FG
H ?
I
4 4 4
B
(21)
4
A análise dos sistemas dinâmicos de vários graus de liberdade é complicada por ter um
grande numero de equações e muitas computações detalhadas. É, pois, conveniente abordar-se
o problema de um modo sucinto, que conduzirá claramente aos resultados desejados, sem o
embaraço do envolvimento em detalhes intermediários. A este respeito os métodos matriciais
são ideais, pelo fato de que grandes grupos de equações podem ser manipulados com notação
sumária. O grande volume de computação geralmente necessário tem que ser atribuído ao
computador digital, sem o qual os problemas tornam-se impraticáveis.
Discutiremos neste capitulo as diversas técnicas matriciais aplicáveis à vibração dos
sistemas dinâmicos de muitos graus de liberdade. Inicialmente, vamos examinar conceitos
fundamentai essenciais na formulação das equações e desenvolver em notação matricial
diversos conceitos relativos à teoria da vibração. Esses conceitos formam a base para
tratamento e compreensão do comportamento dos grandes sistemas. (THOMSON, 1978).
49
Onde
É a matriz de flexibilidade.
Encontra-se deste modo o inverso da matriz de flexibilidade, que é a matriz de rigidez O<P
OJP O<P
Ou
50
OJP O<P
Desenvolvendo os termos da Eq(2.24), temos
N N N
N
[ SW X N
W X N
W X T O M P
NM NM NM M
(27)
&N N NM )
[ ]&N N NM ) ^ O M P\
\
&N N NM )M
(28)
` 0
[\ `[
0 `
(30)
generalizada _K , a nova matriz é denominada matriz modal ponderada e seu símbolo é [a. É
Se cada uma das colunas da matriz modal P é dividida pela raiz quadrada da massa
52
fácil de se ver que a diagonalização da matriz de massa pela matriz modal ponderada resulta
na matriz unitária
c _[a 1
[′ (31)
g 0
c _[a h g
[′ jΛ
⋱
(32)
0 g"
Se P < PCR => A coluna permanecerá reta e terá seu comprimento reduzido sob uma
tensão axial uniforme (compressiva)
53
σ = P / A (equilíbrio estável)
Se P = PCR => Configurações vizinha também satisfazem o equilíbrio
(equilíbrio neutro)
l r/s
m
n p q
o
(33)
Onde :
d) Bloco: Geralmente executada com escavação total, a fundação tipo bloco é aplicada à
pequena profundidade, variando de 2,5 a 3,5 m, devido à dificuldade de escavação
manual, não devendo ser utilizada em locais sujeitos a erosão e em encostas íngremes.
No caso de ser moldado in loco é necessário fazer o fuste com no mínimo 80 cm de
diâmetro, dependendo da resistência do solo, no intuito de facilitar a escavação. Existe
também a fundação tipo bloco ancorado que é utilizada em locais de rocha não
escavável manualmente e a construção do bloco simples (peso) é insuficiente para
suportar o arrancamento, exigindo, portanto, a sua ancoragem. É recomendável utilizar
pelo menos um chumbador ou arrancamento por estrutura. Geralmente utiliza-se
chumbadores com diâmetro de 25 mm, aço CA-50 A, introduzidos num furo mínimo
de 50 mm.
e) Grelha metálica: Aplicada em terreno seco com profundidade que varia de 2 a 4 m, a
grelha metálica não deve ser aplicada em locais sujeitos à erosão ou em áreas
alagadas. As grelhas metálicas garantem rapidez na execução da fundação (escavação,
montagem e reaterro) e facilidade de transporte, principalmente em locais de difícil
acesso para o uso do concreto. Em solos considerados agressivos ou em regiões com
uso intensivo de fertilizantes e agrotóxicos é recomendado fazer uma proteção
anticorrosiva ou catódica nas fundações com grelha no intuito de evitar a corrosão das
mesmas. Para instalação da grelha na escavação é necessários fazer dois sulcos no
fundo da cava para encaixar os perfis “C” da grelha e permitir que as cantoneiras “L’”
fiquem assentadas no terreno.
As torres estaiadas são as mais econômicas e fáceis de montar, porém exigem uma
área considerável para instalação: aproximadamente 10 vezes a área utilizada para torres
autoportantes da mesma altura.
São constituídas por um corpo metálico modulado, fixo por estais ao longo de sua
extensão. Este corpo metálico é formado por módulos com cerca de 5 a 6 m cada. Possui
colunas diagonais, travessas, barras de travamento (diafragmas), com ligações parafusadas ou
soldadas e seção transversal quadrada ou triangular. Os estais são constituídos por cordoalhas
de aço fixadas ao longo da torre e às fundações (blocos de ancoragem).
Os perfis estruturais mais utilizados nas torres estaiadas são cantoneiras simples de
abas iguais de aço ASTM A36, que possui tensão de ruptura de 400MPa a 500MPa e módulo
de elasticidade igual a 205GPa.
59
3 ESTADO DA ARTE
método estatístico utilizando linhas de influência. O autor observou que há certas situações
em que a resposta ressonante pode ser uma parcela significante da resposta total.
Em sua tese de doutorado, Carril Júnior (2000) realizou investigações numéricas e
experimentais em uma torre metálica treliçada para telecomunicações, com o objetivo de
estudar o efeito dinâmico do vento neste tipo de estrutura. A torre foi dimensionada conforme
as normas brasileiras e foram estudadas as respostas ressonantes e não ressonantes, além do
fator de resposta de rajada. Na análise numérica foram comparados os modelos de Davenport
(1993), da norma brasileira NBR 6123/1988 e o processo do vento sintético de Franco (1993).
Alguns parâmetros foram analisados na parte experimental, tais como: ângulo de incidência
do vento, índice de área exposta, efeito de proteção e o fator de interferência no coeficiente de
arrasto de antenas de microondas, devido à proximidade da torre e a influência da turbulência
do vento. Após o estudo, o autor concluiu que a resposta ressonante não é significativa para a
estrutura utilizada como exemplo no trabalho, além disso, os valores dos parâmetros
encontrados nos ensaios de laboratório são aceitáveis quando comparados com as diferentes
normas existentes.
Em sua dissertação, Guimarães (2000) desenvolveu programas computacionais a fim
de analisar estaticamente e dinamicamente torres metálicas autoportantes quadradas.
Primeiramente, o autor realizou uma pesquisa de campo para identificar as características
mais significativas das torres instaladas na região Centro-Oeste do Brasil, em seguida,
analisou diversos projetos com o objetivo de avaliar os principais parâmetros utilizados em
projetos. A análise dinâmica foi realizada segundo o método de simulação de Monte Carlo,
cujos resultados foram comparados com os obtidos pelo programa comercial SAP2000. Com
base nos resultados, concluiu-se que para o modelo de torre apresentada no trabalho, as
deflexões, as ações de extremidades e as reações de apoio resultantes da análise estática são
maiores quando comparadas com as da análise dinâmica.
Nascimento (2002) apresentou um estudo numérico dos procedimentos propostos pela
NBR 6123/1988 para análise estática e dinâmica de estruturas treliçadas. Para isso, a autora
escolheu duas torres utilizadas no sistema de telecomunicações, sendo uma com base
quadrada e outra triangular. Os resultados obtidos na análise dinâmica, através do programa
comercial SAP2000, mostraram que para um dimensionamento seguro deste tipo de estrutura
é fundamental realizar a análise dinâmica. Além disso, os dois processos dinâmicos propostos
pela norma brasileira apresentaram valores muito próximos, sendo o processo discreto o mais
recomendado, pois permite trabalhar com mais de um modo de vibração da estrutura.
64
Pasquetti (2003) estudou a estabilidade estática e dinâmica de uma torre estaiada para
telecomunicações utilizando o princípio da energia potencial mínima e o princípio de
Hamilton. O autor deu ênfase aos estais que foram analisados conforme dois modelos, sendo
que em um deles os cabos são resolvidos pela equação da catenária e o outro consiste em
representar os cabos como molas com diversas leis constitutivas. Com base nos resultados da
análise estática, verificou-se que o colapso de um estai pode levar a configurações altamente
instáveis e a grandes deslocamentos, além da mudança brusca da configuração de equilíbrio, o
que pode provocar danos à estrutura. No que se refere à análise das vibrações livres e
forçadas, observou-se que o sistema apresenta um comportamento não linear. Além disso, os
parâmetros físicos e geométricos influenciam a frequência natural de uma forma similar a
aquela observada na análise da carga crítica.
Machado (2003) analisou a resposta estrutural de uma torre metálica treliçada sob a
ação do vento. A estrutura era utilizada como suporte de uma antena de rádio na cidade de
Porto Alegre (RS) e colapsou em 2000 após um vendaval. O autor desenvolveu o estudo em
duas etapas: uma teórica e outra experimental. Na etapa teórica, concluiu-se que os elementos
verticais de suporte da torre (elementos montantes) estavam sub-dimensionados, pois a força
de vento adotada para o projeto era bem menor do que a especificada em normas. Na parte
experimental, utilizaram-se dois modelos (trechos) seccionais para análise das propriedades
aerodinâmicas como coeficientes de arrasto, efeito de proteção, índice de área exposta e
ângulo de incidência do vento levando a resultados satisfatórios.
Merce (2003) estudou o comportamento estático e dinâmico de torres metálicas
autoportantes de seção quadrada através de programas desenvolvidos pela própria autora. A
análise estática foi realizada segundo a NBR 6123/1988 e a análise dinâmica segundo os
métodos de simulação de Monte Carlo e estatístico de Davenport. Primeiramente, a autora
analisou estaticamente e dinamicamente uma torre de 40m, em seguida, as torres quadradas de
50, 70 e 90m utilizadas por Guimarães (2000) foram analisadas segundo o método de
Davenport. Uma das conclusões obtidas neste estudo foi que os resultados da análise
dinâmica, obtidos pelo método de Davenport, se aproximaram do método discreto proposto
pela NBR 6123/1988. Além disso, para a torre de 40m, observou-se que os maiores
deslocamentos de topo foram obtidos na análise estática.
Por intermédio de estudos experimentais, Klein (2004) analisou as características
aerodinâmicas como efeito de proteção, coeficientes de força, índice de área exposta,
influência do escoamento suave e turbulento, ângulo de incidência do vento sobre perfis tipo
65
cantoneira e módulos triangulares e quadrados que compõem uma torre metálica treliçada. A
autora concluiu que houve uma leve divergência dos coeficientes de força com a norma para
alguns ângulos de incidência, percebeu que não ocorreram diferenças quanto aos tipos de
escoamentos, notou a importância do cálculo correto das áreas para a determinação da força
atuante e comprovou o efeito de proteção, embora não tenha determinado o momento exato
em que este efeito deixou de atuar na estrutura.
Rippel (2005) realizou, no Túnel de Vento Prof. Joaquim Blessmann do Laboratório
de Aerodinâmica das Construções (LAC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), medições das forças de vento sobre modelos reduzidos de módulos de duas torres
metálicas treliçadas autoportantes. Estes módulos foram ensaiados para diferentes ângulos de
incidência e níveis de velocidade do vento. Com este estudo, o autor comparou os coeficientes
de arrasto obtidos experimentalmente com os obtidos numericamente através de diversas
normas existentes, além disso, verificou a eficácia das técnicas de medição de arrasto em
túnel de vento para os modelos estudados, comparando as forças experimentais com as
fornecidas pelos projetos das torres. Analisando os resultados, conclui-se que o somatório das
forças de arrasto, considerando a estrutura dividida em vários módulos, apresenta valores
próximos aos valores das forças atuantes sobre todo o conjunto. Também foi verificado que os
valores dos coeficientes de arrasto fornecidos por normas são adequados apenas para alguns
trechos das torres, não sendo indicados para os demais elementos cuja diferença entre a
geometria real e da norma seja grande, como por exemplo, as mísulas, vigas e deltas da
estrutura.
Oliveira (2006) estudou o comportamento estrutural de torres de linhas de transmissão
de energia elétrica quando submetidas aos efeitos dinâmicos induzidos pelo vento. Para isto, o
autor utilizou um modelo tridimensional constituído de elementos finitos de pórtico e treliça
espacial que leva em consideração a iteração cabo-estrutura. Desse modo, os grandes
deslocamentos sofridos pelos cabos e isoladores são considerados na análise dinâmica dessa
estrutura. Os resultados obtidos neste estudo mostraram que as frequências naturais da torre
isolada são muito maiores do que as do conjunto (torres e cabos). Além disso, os primeiros
modos de vibração da torre são devidos aos elementos de cabos, sendo a variação da rigidez
da torre praticamente irrelevante.
Em sua dissertação de mestrado, Ribeiro (2007) realizou um estudo numérico das
ações estáticas e dinâmicas do vento em torres metálicas estaiadas de seção quadrada
utilizadas no sistema de telecomunicações. O autor comparou os resultados dos exemplos
66
numéricos obtidos pelos programas desenvolvidos por Menin (2002) com os do programa
comercial SAP2000, além disso, analisou o comportamento estático, dinâmico e modal de
torres estaiadas considerando o rompimento de um cabo. Assim, concluiu que os programas
desenvolvidos por Menin (2002) são capazes de simular satisfatoriamente os comportamentos
estáticos, dinâmicos e modais deste tipo de estrutura, já que os dados obtidos nesses
programas ficam bem próximos dos obtidos pelo SAP2000. Na análise das estruturas onde foi
considerada a ruptura de cabos, observou-se que houve alterações nos valores do
deslocamento máximo do topo da estrutura, além de modificações nas forças de pré-
tensionamento inicial e nos esforços máximos de tração dos cabos.
Hatashita (2007) apresentou uma metodologia para análise de confiabilidade de torres
de linhas de transmissão quando submetidas a ventos fortes. Seguindo as normas vigentes,
realizou o dimensionamento de uma torre no programa SAP2000, cujos resultados serviram
de dados de entrada para uma rotina no Matlab que calculava a confiabilidade de todas as
barras através do método analítico FORM. O autor comparou os resultados do SAP2000 com
os do Matlab e notou que a barra com menor índice de confiabilidade, também era a mais
crítica no dimensionamento. Assim, manteve-se a coerência entre os resultados do
dimensionamento com os da análise de confiabilidade. Além disso, foi apresentado um
mapeamento das velocidades de vento do estado do Paraná.
Guimarães (2008) analisou a influência de determinados parâmetros na resposta
estática e dinâmica de torres estaiadas de diferentes alturas. As solicitações na estrutura
devidas ao vento foram obtidas através do programa Matlab e para a modelagem
tridimensional em elementos finitos foram elaboradas rotinas na linguagem APDLs (ANSYS
Parametric Design Language). Alguns parâmetros de projeto foram analisados tais como:
quantidade, posicionamento e ângulo de inclinação dos estais, em termos de tensões de Von
Mises, esforços nos estais e deslocamentos resultantes. O autor concluiu que o ângulo de
inclinação dos estais com relação ao mastro pode ser reduzido, levando a uma redução da área
ocupada pela estrutura, além disso, observou que as torres se mostraram mais sensíveis a
deslocamentos do que às tensões.
Singh (2009) descreve o estudo do comportamento de torres metálicas autoportantes
submetidas à ação do vento. Inicialmente foram modificadas algumas sub-rotinas dos
programas desenvolvidos por Menin (2002). Assim, foram desenvolvidos novos programas:
GTAU que gera a geometria das torres autoportantes e AETAU que realiza a análise estática.
Nesses programas, a determinação da força estática do vento é determinada a partir dos
67
critérios da NBR 6123 e NBR 5422. As torres foram modeladas utilizando um modelo
matemático não linear que permite alongamentos nos elementos de cabos e treliças para a
introdução das forças de pré-tensionamento, além de considerar o efeito da variação da
temperatura. Completando o estudo, foi realizada uma análise comparativa entre os resultados
dos deslocamentos dos cabos, obtidos no programa AETAU, com a flecha obtida através da
equação da parábola. Além disso, foram comparados os resultados da força axial (tração) dos
cabos, obtidos no programa AETAU, com os resultados obtidos com o programa SAP2000
Advanced v. 12.0.0. Os dados obtidos através da análise estática revelaram que os programas
desenvolvidos foram capazes de simular o comportamento dos cabos quando submetidos à
ação do vento e peso próprio. Observando-se os resultados da análise sem vento de todos os
modelos analisados, verificou-se que os maiores esforços de tração foram obtidos nas
horizontais do tronco da cabeça, nas diagonais das mísulas e para-raios e nos travamentos da
extensão. Já os maiores esforços de compressão atuam nos montantes de toda a estrutura. Na
análise com vento, os maiores esforços de tração foram obtidos nas diagonais das mísulas e
para-raios, nas diagonais da extensão e nos montantes das pernas. Para os esforços de
compressão, os maiores valores encontrados foram nos montantes de toda a estrutura, nas
diagonais do tronco e nos travamentos da extensão.
Xu et al (2008) investigou a aplicação de algoritmos genéticos na concepção ideal de
torres em treliças com turbinas eólicas. Embora o modelo de design ideal de algoritmos
genéticos com a condição de restrição foi estabelecido no trabalho. Considerando as
propriedades mecânicas da estrutura, o projeto de otimização da torre de treliça com inflexão
como restrição é apresentado. Visando uma melhoria na limitação dos algoritmos genéticos de
ser propenso a convergir para o ponto local ideal, o valor limite de cada variável foi alterada,
respectivamente, e cálculo foi realizada duas vezes para que o programa pudesse trabalhar de
forma mais eficiente e os resultados fossem mais precisos. Finalmente, um projeto de
otimização é feita para uma turbina de vento com torre em treliças sob uma carga pré-
digeridas, e os resultados satisfatórios foram obtidos.
(REQUENA et al, 2002) apresentam uma análise de projeto de torres metálicas
treliçadas autoportantes, utilizando software de perfis tubulares de aço. As torres, em especial
as de telecomunicações, serão abordadas com ênfase na análise das ações estática e dinâmica
de vento que incidem nesta categoria estrutural e que requerem atenção cuidadosa dos
calculistas. Para possibilitar essa análise foi desenvolvido um software de automação de
projeto de torres treliçadas autoportantes. O objetivo do software é auxiliar e facilitar o
68
que uma análise com dimensões de componentes de treliça sobre umaa torre dá uma indicação
sobre as dimensões necessárias para um projeto otimizado.
Muskulus (2012) analisou uma estrutura de suporte alternativo para turbinas eólicas no
mar mostrando que mesma elimina a necessidade de um processo oneroso de transição de
peças e permite a redução significativa no peso com redução de aço utilizado. O conceito é
baseado na substituição tanto da tradicional torre de turbina eólica e o usual suporte de
estrutura com uma única torre em treliça, que se estende a partir do fundo do mar até a
turbina. Neste estudo é apresentado um panorama dos estudos realizados e os resultados
obtidos para este projeto até agora, de suas vantagens e desvantagens, e para planos futuros de
otimização automática melhorada do projeto. Embora seja difícil demonstrar a viabilidade
económica deste conceito de torre treliçada, devido à problema generalizados e de forma
confiável quantificar os custos de fabricação e instalação, a maior redução do peso de aço
torna um conceito atraente, que deve ser analisado, especialmente para os projetos futuros de
offshore em águas profundas.
71
4 METODOLOGIA
Além da resposta modal do modelo será avaliada a sua FRF (Função de Resposta e
Frequência) dentro do aspecto da INERTÂNCIA, que se define pela resposta em frequência
sendo o resultado obtido dado por [A/F] ou aceleração por Força, que visa obter picos de
aceleração obtidos na região de maior interesse para esta análise.
Alterar modelo
Também nesta etapa é dada uma atenção especial as barras utilizadas para montagem
da torre. Estes componente receberam alterações de projeto afim de solucionar problemas de
picos de acelerações, causado por ressonâncias, caso o mesmo se faça necessário.
A figura abaixo apresenta o tipo de formulação que será representado em elementos
finitos para representar os tipos de ligações para montagem da torre no local de interesse.
Etapas do projeto:
a) Pesquisa Bibliográfica;
b) Revisão de Literatura;
c) Aquisição de livros e normas técnicas;
d) Consulta e coleta de dados sobre ventos de montanhas e sistemas eólicos no Estado de
Minas Gerais (relevo, clima, tempo e etc);
e) Estudo preliminar sobre estrutura de torres treliçadas autoportantes para aerogeradores
em terrenos montanhosos;
f) Levantamento de cargas, forças, potências e momento nos aerogeradores;
g) Desenvolvimento de um modelo matemático e computacional para simulação dos
esforços estáticos e dinâmicos das torres treliçadas autoportantes de aerogeradores em
Minas Gerais (Ansys/Abaqus);
h) Levantamento dos requisitos estruturais das torres treliçadas autoportantes de
aerogeradores;
i) Simulação numérica e computacional das torres em treliças autoportantes propostas
para os esforços estáticos e dinâmicos por elementos finitos (Optstruct);
j) Análise estrutural completa das torres treliçadas autoportantes propostas por
simulações computacionais e análise de elementos finitos (Análise estática, análise de
vibrações);
k) Seleção das melhores torres treliçadas autoportantes propostas;
l) Comparação das melhores torres propostas com as encontradas em outros lugares no
mundo;
m) Comparação das melhores torres treliçadas autoportantes para aerogeradores propostas
como torres treliçadas autoportantes para linhas de transmissão e para
telecomunicações;
n) Publicação por meio de artigo científico.
o) Propostas para novos trabalhos e pesquisas;
p) Conclusão e término do projeto de pesquisa.
76
Tamanho do N° Total de
Tempo de análise Resultados (1° modo)
elemento elementos
20mm 14.051 102 seg 0,29Hz
40mm 10.535 90 seg 0,29Hz
60mm 7.020 85 seg 0,29Hz
Fonte: Elaborado pelo autor
2° parte
8,00m
76,12m
80,00m
6,00m
48,00m
1° parte
28,12m
24,00m 24,00m 8,00m
Neste trabalho usamos para o modelo numérico elaborado o método dos elementos
finitos utilizando-se elementos 1D CBEAM presente na biblioteca de elementos do programa
HyperMesh versão 11.0. Este elemento é adequado para a análise de estruturas compostas por
vigas e/ barras de forma que este tipo de elemento simplifica a análise. O elemento CBEAM é
composto por dois nós com seis graus de liberdade por nó: translações nas direções X, Y e Z e
rotações em relação aos eixos X, Y e Z. Trata-se de um elemento adequado para a modelagem
de problemas estruturais que envolvam análise linear e não-linear física e geométrica. Com
este elemento é possível atribuir um perfil a seção dando a ele a forma desejada. Na Figura
17, apresenta-se este elemento que foi utilizado na elaboração dos modelos em elementos
finitos desta dissertação.
Não-linearidades físicas e geométricas foram desconsideradas no modelo em
elementos finitos. Adicionalmente, a utilização do regime linear do material nos permite
utilizar um menor tempo computacional e por outro lado podemos utilizar a previsão de
grandes deformações extrapolando os resultados, desde que este ainda estejam no campo da
linearidade do material considerando a redistribuição de carregamento na torre após o
escoamento inicial.
82
Até a construção final da torre utilizada neste trabalho mais de 40 perfis foram criados
e testados até que seu resultado final fosse considerados pertinentes quanto a sua viabilidade
estrutura.
Na figura 19 podemos observar avançamento do projeto desde sua concepção ao
modelo final da torre.
84
Alem da variação do perfil da torre observado na Figura 19, para o atendimento das
especificações também o perfil das treliças que compõem a torre variou de (44,5mm x
44,5mm) para (254mmx254mm), alterando em consequência a massa total da torre que
começou com as primeiras interações com apenas 5,2 toneladas chegando a uma massa de
153 toneladas e compondo o modelo de torre final usado nesta dissertação.
d) A torre teve sua base simplificada considerando o terreno rochoso da região de estudo.
Neste caso foram considerados um engaste rígidos na base da torre impedindo
qualquer rotação e translação dos na da base.
ξu /
equação 34 pode ser reescrita como:
v x4 yz
we
(35)
J
& w 4 w4 )
w
w
4
(36)
(38)
6.1. Introdução
. 1,397
9;e M fmv
9áe ?, fmv
(40)
(41)
Utilizando-se os dados da torre eólica treliçada na equação 40, encontra-se um valor de 1,60
m superior aos 0,60 m provocados pela ação do vento.
Figura 22 - Distribuição das tensões de Von Mises (em Pa) devido ao carregamento de
308,45KN
(a) (b)
dinâmicas numa torre eólica tubular e teve seus resultados confrontados com os obtidos
experimentalmente.
Na tabela 3 são apresentados os resultados obtidos para a torre treliçada utilizada
como estudo nesta dissertação e comparados com os resultados obtidos nas simulações da
torre tubular acima citado.
Na Tabela 3 pode-se observar, que os resultados fornecidos pelo modelo numérico são
muito próximos, porém inferiores ao modelo da torre tubular, apresentando diferenças já
esperadas, sob o ponto de vista numérico. Com estes resultados podemos observar que a torre
treliçada reponde de forma mais flexível e apresenta um grande números de modos
concentradas em baixa frequência. Os resultados comparativos entre a duas torres, treliçada e
tubular, esta do trabalho de Sirqueira (2008), estão presentes da Figura 27 à Figura 30.
97
7 CONCLUSÃO
velocidade média de 10m/s, ou seja temos uma boa margem de segurança devido aos valores
de carregamento utilizado.
Observou-se ainda que nenhuma torre entrou em colapso em nenhum dos quarenta
e dois (42) modelos analisados. Ocorreram apenas flambagem ou plastificação em algumas
barras cujos esforços foram distribuídos para as barras adjacentes.
Para a segunda frente desta pesquisa, a análise dinâmica, foi verificado que uma torre
treliçada autoportante responde com modos em frequências levemente inferiores quando
comparado a torres tubulares, em média 8% menor. Outro fato que chama muita atenção nos
resultados da análise dinâmica é o elevado número de modos que possui uma torre treliçada,
isto pode ocasionar um risco maior de ocorrência de ressonância que pode ser um problema
para torres em treliça, isto porque o intervalo entre as frequência é menor do que a de torres
tubulares. No entanto, o risco pode ser evitado atuando em modificações tais como a forma do
perfil das treliças.
Logo, torres em treliça é uma boa opção quanto a econômia para aplicação de turbinas
eólicas. Também é uma alternativa atraente para torres tubulares que tem sido tipicamente
utilizada até agora.
Outras ponto favorável para torres de treliça é a análise feita tendo em conta as baixas
tensões em todos os componentes e a margem muito segura para flambagem.
104
a) Realizar estudos experimentais em torre eólicas treliçadas estudando também o efeito nos
resultados da variação da forma da seção das treliças;
b) Avaliar outros tipos de geometria de torre eólica, composta por outros tipos de
materiais;
c) Investigar os efeitos quanto à aplicação da torre para diferentes tipos de solos;
d) Realizar estudo sobre as possibilidades diversas de juntas usadas para uma torre:
parafusada, soldado, etc...;
e) Executar uma análise de otimização visando um melhor desenpenho estático e/ou
dinâmico;
f) Realizar estudo de aerodinâmica para mensurar ganhos de uma torre treliçada.
105
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