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FORTALEZA - CEARÁ
2019
1
FORTALEZA - CEARÁ
2019
2
3
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Prof. Dr. Tiago Caula Ribeiro (Orientador)
Universidade Estadual do Ceará – UECE
______________________________________________________________
Prof. Dr. Claudemir Silvino Leandro
Universidade Estadual do Ceará – UECE
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Marcelo Ferreira de Melo
Universidade Federal do Ceará - UFC
4
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The following work brings a treatment of algebraic and geometric inequalities with a
focus on solving problems involving Plane and Spatial Geometry. Inequalities are strong
tools for solving optimization problems in several fields of science, especially geometry
that are extremely important due to their historiographic character and to allow the
characterization of objects in the plane and in space through metric and measurable
relations. The work presented here will present a treatment on such inequalities focusing
on the isoperimétrica, giving the same one more geometric bias to the one accessible
to the students of the graduation in Mathematics. Research will be conducted on books
and scholarly articles that deal with the subject by analyzing the approach taken to the
subject. Then we will work on the text that we believe meets this need. The expected
result will be a treatment of isoperimetric inequality using essentially elemental
inequalities (as inequality of means) and supported by flat Euclidean geometry.
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 11
2 OBJETIVOS.............................................................................................. 17
2.1 GERAL...................................................................................................... 17
2.2 ESPECIFICOS…………………………………………………………………. 17
3 METODOLOGIA………………………………………………………………. 18
4 DESIGUALDADES ELEMENTARES…………………………………......... 19
4.1 ALGUMAS DESIGUALDADESALGÉBRICAS........................................... 19
4.1.1 Desigualdade das medias aritmética-geométrica................................. 20
4.1.2 Desigualdade de Cauchy-Schwark……………....................................... 23
4.1.3 Desigualdade entre as médias quadrática e aritmética………….......... 29
4.1.4 Desigualdade de Bertoulli....................................................................... 30
4.1.5 Desigualdade de Abel………................................................................... 31
4.1.6 Funções convexas e a desigualdade de Jensen……………………….. 33
4.1.7 Desigualdade de Young……………………………………………………... 43
4.1.8 Desigualdade de Helder……………………………………………………... 44
4.1.9 Desigualdade de Minkowsky……………………………………………….. 44
4.2 ALGUMAS APLICAÇÕES DE DESIGUALDADES ALGÉBRICAS............. 45
5 DESIGUALDADES GEOMÉTRICAS........................................................ 53
5.1 ALGUMAS DESIGUALDADES GEOMÉTRICAS……............................... 53
5.1.1 Desigualdade triangular……………………….......................................... 53
5.1.2 Desigualdade de Weitzenböck……......................................................... 54
5.1.3 Desigualdade de Erdös-Mordell.............................................................. 56
5.1.4 Desigualdade de Euler………………………………………………............ 57
6 UM TRATAMENTO PARA PROBLEMAS ISOPERIMÉTRICOS VIA
DESIGUALDADES……………………………………………………………. 62
6.1 PROBLEMAS ISOPERIMÉTRICOS.......................................................... 62
7 A DESIGUALDADE ISOPERIMÉTRICA................................................... 70
7.1 UM SOLUÇÃO ATRAVÉS DE POLÍGONOS………………………….......... 70
7.2 OUTRA ABORDAGEM SOBRE O PROBLEMA ISOPERIMÈTRICO
ATRAVÉS DO MÉTODO DAS REFLEXÕES……………………………...... 76
REFERÊNCIAS……………………...……………………………………....... 82
11
1 INTRODUÇÃO
A³ ≥ 36πV²
14
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
3 METODOLOGIA
4 DESIGUALDADES ELEMENTARES
𝑥+𝑦
≥ √𝑥𝑦 (x,y ≥ 0)
2
𝑥1 ²+ 𝑥2 ²+ …+ 𝑥𝑛 ²
Média Quadrática: MQ = √ 𝑛
𝑛
Média Harmônica: MH = 1 1 1
+ +⋯+
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
Proposição 1.1. Quaisquer que sejam os reais não-negativosx1, x2, ..., xn, temos que,
𝑥1 + 𝑥2 + …+ 𝑥𝑛
≥ 𝑛√𝑥1 ∙ 𝑥2 ∙ … ∙ 𝑥𝑛 ’
𝑛
Demonstração:
𝑛
+ 𝑛√𝑥𝑛+1 … 𝑥2𝑛
(𝑥1 + …+ 𝑥𝑛 )+ (𝑥𝑛+1 +⋯+ 𝑥2𝑛 )
2𝑛
= 2[
1 𝑥1 + …+ 𝑥𝑛
𝑛
+
𝑥𝑛+1 +⋯+ 𝑥2𝑛
𝑛
]≥ √𝑥 … 𝑥 1 𝑛
2
≥
𝑥1 + …+ 𝑥𝑛 𝑥𝑛+1 + … 𝑥2𝑛
= 𝑛√𝑥1 … 𝑥𝑛 , = 𝑛√𝑥𝑛+1 … 𝑥2𝑛 =
𝑛 𝑛
𝑛 𝑛
√𝑥1 … 𝑥𝑛 + √𝑥𝑛+1 …𝑥2𝑛
= = 2𝑛√𝑥1 … 𝑥𝑛 𝑥𝑛+1… 𝑥2𝑛 .
2
Para as duas primeiras igualdades, segue da hipótese de indução que deve ser
teremos:
𝑥1 +𝑥2 …+ 𝑥𝑛 +𝑥+𝑥+⋯+𝑥 2𝑘 2𝑘
≥ √𝑥1 𝑥2 … 𝑥𝑛 ∙ 𝑥 2 −𝑛 = √𝑥 𝑛 𝑥 2 −𝑛 = x,
𝑘 𝑘
2𝑘
𝑥1 + …+ 𝑥𝑛
e segue portanto que x1 +... + xn + (2k– n) x ≥ 2kx , ou ainda ≥x=
𝑛
𝑛
√𝑥1 𝑥2 … 𝑥𝑛 .
Para verificar a igualdade, segue que se deve ter x1 =x2 =...= xn= x
Em particular todos os números x1, x2, ..., xn devem ser iguais.
Reciprocamente, caso esses números sejam todos iguais, decorre de
imediato a igualdade.
Vejamos agora uma demonstração mais geométrica desse fato:
A desigualdade entre as médias aritmética, geométrica e harmônica,
dado X = {𝑥1, … , 𝑥𝑛 }, para 𝑥i ∈ ℝ∗+ e n 1, apresenta-se da seguinte forma:
𝑥1 +𝑥2
Temos ̅̅̅̅
𝐴𝐸 = ̅̅̅̅
𝐸𝐵 = 2
𝐶𝐷² = 𝑥1 𝑥2 ̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐶𝐷 = √𝑥1 𝑥2
̅̅̅̅
𝐶𝐹 ̅̅̅̅
𝐶𝐷 ̅̅̅̅
𝐶𝐹 √ 𝑥1 𝑥2
̅̅̅̅
=𝐶𝐸
̅̅̅̅
= 𝑥1 +𝑥2
𝐶𝐷 √𝑥1 𝑥2 2
(√𝑥1 𝑥2 )² √ 𝑥1 𝑥2 2
̅̅̅̅
𝐶𝐹 = 𝑥1 +𝑥2 𝐶𝐹
̅̅̅̅ = 𝑥1 +𝑥2 = 1 1
2 2
+
𝑥1 𝑥2
MH MG MA
Demonstração:
Ou seja,
Resulta que:
⃗ ∙ 𝑣| ≤ ‖𝑢
|𝑢 ⃗ ‖ ∙ ‖𝑣‖ ∙
Veja:
‖𝑢 ⃗ +𝑣)∙(𝑢
⃗ ‖ + ‖𝑣‖2 = ( 𝑢 ⃗ ‖2 + ‖𝑣‖2 + 2 ∙ 𝑢
⃗ + 𝑣 ) = ‖𝑢 ⃗ ∙𝑣.
⃗ ∙ 𝑣| ≤‖𝑢
|𝑢 ⃗ ‖ ∙ ‖𝑣 ‖.
Teremos, pois:
⃗ ‖ + ‖𝑣‖2≤‖𝑢
‖𝑢 ⃗ ‖ ∙ ‖𝑣‖ = (‖𝑢
⃗ ‖2 + ‖𝑣 ‖2 + 2‖𝑢 ⃗ ‖ +‖𝑣 ‖)2 .
seja mínimo.
26
𝐴 𝐴 𝐴2 𝐴3 𝐴3 𝐴1
1 2
( 𝑃𝑃 + + ) (𝐴1 𝐴2 ∙ 𝑃𝑃3 +𝐴2 𝐴3 ∙ 𝑃𝑃1 +𝐴3 𝐴1 ∙ 𝑃𝑃2 ) ≥ (𝐴1 𝐴2 + 𝐴2 𝐴3 +
3 𝑃𝑃1 𝑃𝑃2
𝐴3 𝐴1 )².
Como
𝐴1 𝐴2 + 𝐴2 𝐴3 + 𝐴3 𝐴1 = 𝑝,
𝐴1 𝐴2 𝐴2 𝐴3 𝐴3 𝐴1 𝑝2
+ + ≥ 2𝑆.
𝑃𝑃3 𝑃𝑃1 𝑃𝑃2
𝐴1 𝐴2 𝐴2 𝐴3 𝐴3 𝐴1 𝑝2
Portanto, o candidato a valor mínimo de + + é 2𝑆.
𝑃𝑃3 𝑃𝑃1 𝑃𝑃2
𝐴1 𝐴2 𝐴2 𝐴3 𝐴3 𝐴1
𝑃𝑃3 𝑃𝑃1 𝑃𝑃2
= =
𝐴1 𝐴2 ∙ 𝑃𝑃3 𝐴2 𝐴3 ∙ 𝑃𝑃1 𝐴3 𝐴1 ∙ 𝑃𝑃2
triângulo 𝐴1 𝐴2 𝐴3 .
𝑎1 𝑎 𝑎𝑛
= 𝑏2 = ⋯ = .
𝑏1 2 𝑏𝑛
Considere os números:
𝑎𝑖 𝑏
𝑎𝑖 = 𝑒𝑏𝑖 = 𝐵𝑖 , com A ≠ 0 e B ≠ 0.
𝐴
2 2
𝑎1 𝑏1
𝑎1 𝑏1 ≤ +
2 2
2 2
𝑎2 𝑏2
𝑎2 𝑏2 ≤ +
2 2
..................
28
2 2
𝑎𝑛 𝑏𝑛
𝑎𝑛 𝑏𝑛 ≤ +
2 2
2 2 2 2 2 2
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛 𝑏1 𝑏2 𝑏𝑛
𝑎1 𝑏1 + 𝑎2 𝑏2 + ... +𝑎𝑛 𝑏𝑛 ( + +... + )+( + +...+ )
2 2 2 2 2 2
E, do mesmo modo:
1 1
𝑎1 𝑏1 + 𝑎2 𝑏2 + ... +𝑎𝑛 𝑏𝑛 2 + =1
2
𝑎1 𝑏1 + 𝑎2 𝑏2 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑏𝑛 ≤ 𝐴𝐵.
o que equivale a:
𝑎1 𝑏1 𝑎2 𝑏2 𝑎𝑛 𝑏𝑛
= , = ,…, = ,
𝐴 𝐵 𝐴 𝐵 𝐴 𝐵
29
Ou ainda:
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛 𝐴
= =⋯= =
𝑏1 𝑏2 𝑏𝑛 𝐵
Proposição 1.3. Para quaisquer números reais não-negativosx1, x2, ...,xn, tem-
se que
2 2 2
√𝑥1 + 𝑥2 + …+ 𝑥𝑛≥ 𝑥1+ 𝑥2+ … +𝑥𝑛 ’
𝑛 𝑛
PROVA:
𝑎2 +𝑏2 𝑎+𝑏 2
≥ ( ).
2 2
Daí:
𝑐2 (𝑎+𝑏)2
2
≥ 4
𝑎 + 𝑏 ≤ 𝑐√2.
A igualdade ocorre se a = b e o triangulo é isósceles e retângulo e por
Pitágoras verifica-se que 𝑎 = 𝑏 = 𝑐√2/2
𝑎 𝑏
(1 + 𝑏)n + (1 + 𝑎)n ≥ 2n+1,
Ocorrendo a igualdade se e só a = b.
1 𝑎 n 1 𝑏
(1 − + ) + (1 - + )n ≥ 2.
2 2𝑏 2 2𝑎
1 𝑎 1 𝑏
Como - 2 + 2𝑏> -1 e - 2 + 2𝑎> -1, aplicando a desigualdade de Bernoulli a cada
31
1 𝑎 1 𝑏 𝑎 𝑏
(1 − 2 + 2𝑏)n + (1 - 2 + 2𝑎)n ≥ 2 + n (2𝑏 + 2𝑎 − 1).
𝑎 𝑏 𝑎 𝑏
+ 2𝑎 − 1 ≥ 2√2𝑏 ∙ 2𝑎 -1 = 0,
2𝑏
𝑎 𝑏
com igualdade se e só se 2𝑏 =2𝑎, i.e., se e só se a = b.
1 𝑛+1 𝑛 (𝑛+1)𝑛
Solução: Note que 𝑎𝑛 = (1 + 𝑛)𝑛= ( ) = 𝑛𝑛
.
𝑛
𝑛+1
𝑎𝑛 +1 1 (𝑛+2) 𝑛 𝑛 𝑛 ∙(𝑛+2)𝑛+1
𝑛
Então = 𝑎𝑛 + 1 ∙ = 𝑛+1 ∙ (𝑛+1)𝑛 = = =
𝑎𝑛 𝑎𝑛 (𝑛+1) (𝑛+1)2𝑛+1
2
(𝑛 + 2) 𝑛 ∙ (𝑛 + 2 𝑛 (𝑛 + 2) (𝑛 + 1) − 1 𝑛 (𝑛 + 2) −1 𝑛
∙[ ] = ∙[ ] = ∙ [1 + ] ∙
(𝑛 + 2) (𝑛 + 1)2 (𝑛 + 1) 2
(𝑛 + 1) (𝑛 + 1) (𝑛 + 1)2
−1
Como (𝑛+)2 ≥ −1 segue, ela desigualdade de Bernoulli, que
(𝑛+2) −1 (𝑛+2) −𝑛
(𝑛+2)
∙ [1 + (𝑛+1)2
]𝑛 ≥ (𝑛+2) ∙ [1 + (𝑛+1)2
].
Portanto𝑎𝑛+1 > 𝑎𝑛 .
Proposição 1.5 (Abel). Sejam n> 1 natural ea1, a2, ..., an, b1, b2, ..., bn números
reais dados, coma1 ≥ a2 ≥ ... ≥ an ≥ 0. Se M e m denotam respectivamente os
elementos máximo e mínimo do conjunto de somas {b1, b1 + b2, ..., b1 + b2 + ... +
bn}, então:
32
= ∑𝑛−1 𝑛−1
𝑖=1 (𝑎𝑖 − 𝑎𝑖+1 ) 𝑠𝑖 + 𝑎𝑛 𝑠𝑛 ≤ ∑𝑖=1 𝑀(𝑎𝑖 − 𝑎𝑖+1 ) + M𝑎𝑛 = 𝑀𝑎1 .
∑𝑛𝑖=1 𝑎𝑖 𝑏𝑖 = ∑𝑛−1
𝑖=1 (𝑎𝑖 − 𝑎𝑖+1 ) 𝑠𝑖 + 𝑎𝑛 𝑠𝑛
Aplicação (Romênia – adaptado). Sejam n> 1 inteiro e x1, ..., xn, y1, ... yn reais
positivos tais que x1 y1<x2y2< ... <xnyn e, para 1 ≤ k ≤ n, x1 + ... + xk≥ y1 + ... + yk.
Prove que
1 1 1 1 1 1
+ + …+ ≤ + + …+ .
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑦1 𝑦2 𝑦𝑛
1 1 𝑥𝑖 − 𝑦 𝑖
∑𝑛𝑖=1 - ∑𝑛𝑖=1 𝑥 = ∑𝑛𝑖=1 . (3)
𝑦𝑖 𝑖 𝑥𝑖 𝑦 𝑖
escrita como
1
para 1 ≤ k ≤ n. Assim, fazendo ai= 𝑥 𝑦 e bi = xi– yi para 1 ≤ i ≤ n, temos 0 ai<
𝑖 𝑖
𝑥𝑖 −𝑦𝑖
a2< ... <an, b1 + ... + bi ≥ 0 e = ai bi para 1 ≤ i ≤ n.
𝑥𝑖 𝑦 𝑖
1 1
∑𝑛𝑖=1 - ∑𝑛𝑖=1 𝑥 ≥ an ∙ min{ b1 + ... + bi; 1 ≤ i ≤ n} ≥ 0.
𝑦𝑖 𝑖
Proposição: Sejam Px0 = (x0, y0), Pu = (u, v), e Px1 = (x1, y2) três pontos
sobre o gráfico de f: ℝ→ℝ, onde f é convexa, com u ∈ (x0, x1). Então as três
propriedades seguintes são equivalentes:
35
(i) (ii): A propriedade (i) quer dizer que a imagem de u por f está abaixo da
reta que une Px0 e Px1 (e passa por Pz ). A equação desta reta é dada por
y1 −y0
y−z= (x − u). (i)
x1 −x0
Como qualquer ponto da reta que unePx0 e Px1, satisfaz a equação (i), em
particular o pontoPx0, façamos x = x0 e y = y0; então temos
y1 −y0
y0 − z = (x0 − u).
x1 −x0
y1 −y0
z = y0 + (u − x0 ).
x1 −x0
Sabemos que a imagem de u por f é menor que a imagem de u pela reta dada
por (i), ou seja, v ≤ z onde que v = f(x), ou
36
y1 − y0
v ≤ y0 + (u − x0 )
x1 − x0
y1 −y0 y −v
≤ x1−u.
x1 −x0 1
Então,
x −u
= x 1− x
1 0
e
u− x0
1 - = x .
1 − x0
Substituindo obtemos
x −u u− x0
f(u) ≤ x 1− x f(x0) + x f(x1).
1 0 1 − x0
Em particular, f é convexa.
Por outro lado, se f ’’(x) ≤ 0 em todo intervalo (a,b), temos que para quaisquer
x1, x2, ..., xn∈ (a,b) vale a sentença:
Demonstração:
provar que
𝑘+𝑓(𝑥) 𝑙+𝑥
≤ f( ), para qualquer x ∈ (a,b).
𝑛 𝑛
𝑘+𝑓(𝑥) 𝑙+𝑥
g(x) =
𝑛
- f(
𝑛
).
Derivando, obtemos
𝑓′′(𝑥) 1 𝑙+𝑥
g’(x) = - f’′ ( ).
𝑛 𝑛 𝑛
𝑙+𝑥 𝑙
Se x = x= ,então g '(x) = 0.Perceba ainda que f’ é monótona não-
𝑛 𝑛−1
𝑙 𝑙
Assim, podemos concluir que se x𝑛−1 , então g '(x)≤0 e que sex𝑛−1 , então g
𝑙
'(x) ≥ 0. Daí, o Cálculo Diferencial nos permite afirmar que x = 𝑛−1 é um ponto de
𝑙
𝑙 𝑘 (𝑛−1)𝑓(𝑛−1) 𝑘 𝑙
g(x) ≤ g (𝑛−1)= 𝑛- , 𝑛−1≤ 𝑓 (𝑛−1) (Hipótese de indução).
𝑛
𝑘+𝑓(𝑥) 𝑙+𝑥
Logo, g(x) < 0 donde ≤𝑓 ( ).
𝑛 𝑛
Demonstração:
𝑚𝑘
Dado α em (0,1) seja uma sequência de racionais convergindo para α. Agora,
𝑛𝑘
fixados 𝑥0 𝑒 𝑥1 em I, aplique a desigualdade aos 𝑛𝑘 números 𝑥0 , ... , 𝑥0 (𝑚𝑘 vezes),
𝑥1 ,..., 𝑥1 (𝑛𝑘 - 𝑚𝑘 vezes), obtendo
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
f( 𝑛 𝑘 ). 𝑥0 + (1 - ( 𝑛 𝑘 ). 𝑥1 ) ≤ ( 𝑛 𝑘 ).f(𝑥0 ) + (1 - ( 𝑛 𝑘 )f(𝑥1 ).
𝑘 𝑘 𝑘 𝑘
∑𝑛
𝑖=𝑙 𝑥𝑖 ∑𝑛
𝑖=0 𝑙𝑛𝑥𝑖 𝑥1 + 𝑥2 +⋯+ 𝑥𝑛
ln(
𝑛
)≥ 𝑛
. Isto acarreta que ln(
𝑛
)≥
𝑛
ln( √𝑥1 ∙ 𝑥2 ∙ … ∙ 𝑥𝑛 ).
Como f(x) = lnx é uma função crescente, concluímos que o resultado se segue.
α = ∑ αi ∈ (0,1).
i=1
Então, temos
k
∑ αi = 1,
i=1
αk + ∑k−1
i=1 αi = 1,
α + αk = 1.
Portanto,
αk = 1 − α,
α
onde αk∈ (0,1). Seja αi = αi, para i = 1, ..., k – 1. Temos que
αi ≥ 0 e ∑k−1
i=1 αi = 1. (ii)
Então
∑ki=1 αi xi = ∑k−1
i=1 αi xi + (1 − α) xk .
α α
- ln (∑ki=1 αi xi ) - ∑ki=1 αi ln xi = - ∑ki=1 ln xi i = - ln (∏ki=1 xi i ),
1
No caso particular em que αi = , i = 1, … , n, temos a clássica
n
n x1 +⋯+ xn
√x1 x2 … xn ≤ n
.■
Aplicação 2: Veja que a função f(x) = x.lnx é convexa em (0, +∞) pois f’(x) =
logx + 1 e f’’(x) = 1/x de modo que f’’(x) > 0 para todo x em (0, +∞). Aplicando a
desigualdade de Jensen, temos
𝑘 𝛼𝑥
Como a função ln é crescente, temos(∑𝑘𝑖=1 𝛼𝑖 𝑥𝑖 )∑𝑖=1 𝛼𝑖 𝑥𝑖 ∏𝑘𝑖=1 𝑥𝑖 𝑖 𝑖 .■
43
Aplicação 3. (MA ≥ MG generalizada) Sejam x1, x2, ..., xn números reais não
negativos e 𝑎1 + 𝑎2 + ⋯ + 𝑎𝑛 = 1, com os ai’s números positivos. Vale que:
Jensen obtemos:
1 1
Proposição 1.8: Sejam a e b reais não-negativos e p, q 1 satisfazendo𝑝 + 𝑞 =
1, então
𝑎𝑝 𝑏𝑞
+ ≥ 𝑎𝑏,
𝑝 𝑞
chegamos a
1 1
𝑎𝑝 𝑏𝑞
+ ≥ (𝑎𝑝 )𝑝 ∙ (𝑏 𝑞 )𝑞 = 𝑎𝑏.■
𝑝 𝑞
1 1
∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖 𝑦𝑖 < (∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖𝑝 )𝑝 ∙ (∑𝑛𝑖=1 𝑦𝑖𝑞 )𝑞 .
Com a igualdade ocorrendo se, e somente se, (𝑥1𝑝 , 𝑥2𝑝 , … , 𝑥𝑛𝑝 ) 𝑒 (𝑦1𝑞 , 𝑦2𝑞 , … . , 𝑦𝑛𝑞 )
forem proporcionais.
1 1
Demonstração: Sejam u = (∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖𝑝 )𝑝 𝑒𝑣 = (∑𝑛𝑖=1 𝑦𝑖𝑞 )𝑞 . Pela desigualdade de
Young,
𝑥𝑖 𝑦 𝑖 1 𝑥𝑖 𝑝 𝑦
≤ ( ) + ( 𝑢𝑖 )𝑞 , para i = 1,2,...,n.
𝑢 𝑣 𝑝 𝑢
Isto implica em
𝑛 𝑛 𝑛
1 1 𝑝
1
(∑ 𝑥𝑖 𝑦𝑖 ) ≤ 𝑝
(∑ 𝑥𝑖 ) + 𝑞
(∑ 𝑦𝑖 𝑞 )
𝑢𝑣 𝑝𝑢 𝑞𝑣
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1
𝑢𝑣 𝑢𝑣 𝑢𝑣 𝑢𝑣
∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖 𝑦𝑖 𝑝𝑢𝑝 (∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖 𝑝 ) + 𝑞𝑣𝑞 (∑𝑛𝑖=1 𝑦𝑖 𝑞 ) = + = 𝑢𝑣.
𝑝 𝑞
4.1.9Desigualdade de Minkowsky
negativos e p 1 então
1 1 1
[∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 +𝑦𝑖 )𝑝 ]𝑝 (∑𝑛𝑖−1 𝑥𝑖𝑝 )𝑝 + ( ∑𝑛𝑖=1 𝑦𝑖𝑝 )𝑝 .
1 𝑝 1 1 p 1
1− p 1−
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 + 𝑦𝑖 ) 𝑝
∑𝑛𝑖−1 𝑥𝑖𝑝 )𝑝 ∙ ( ∑𝑛𝑖=1 𝑧𝑖𝑝−1 ) 𝑝 + (∑n𝑖=1 yi )p ∙ (∑ni=1 zip−1 ) p =
1 1 1
1− p p
[∑ni=1(xi + yi )p ] p ∙ [∑ni−1 xi )p ∙ ( ∑ni=1 yi )p ]=
1 1
[∑n p
i=1(xi +yi ) ] p p
1 ∙ [∑ni−1 xi )p + ( ∑ni=1 yi )p ].
[∑n
i=1(xi +yi )p ]p
Donde,
1 1 1
p p
[∑ni=1(xi + yi )p ]p ∑ni−1 xi )p + ( ∑ni=1 yi )p.
Solução:
2𝑥+𝑦
≥ √2𝑥𝑦.
2
6400 6400
max{𝑆} = - 4(−2) = = 800. Uma terceira solução pode ser dada via
8
2) Dentre todos os sólidos retangulares sem “tampa” com área de superfície pré-
fixada, encontrar aquele que limita o volume máximo.
Solução:
𝑆 3 𝑥𝑦+2𝑥𝑧+2𝑧𝑦 3
( ) =( ) ≥ 4x²y²z².
3 3
3
1 𝑆 2
Assim, para o volume V = xyz do sólido temos que V ≤ ( ) . Portanto
2 3
𝑆 1 𝑆
x = y = √3ez = 2 √3 .
3) Prove que, dentre todos os retângulos inscritíveis a um círculo de raio “r” fixo,
o quadrado é aquele que delimita maior área.
Solução:
Denote por x e y as dimensões do citado retângulo e fixe um real r > 0 como raio
do círculo no qual o retângulo estará inscrito (Figura 6). Dessa forma a área
limitada pelo retângulo será expressa por S= xy.
48
Por outro lado, pela desigualdade das médias, temos também que:
𝑥+𝑦
≥ √𝑥𝑦 x + y ≥ 2√𝑥𝑦
2
x² + y² ≥ 2xy (ii)
Por (i) e (ii) conclui-se que 4r² ≥ 2xy e daí que S= xy ≤ 2r², ocorrendo a igualdade
se, e somente se, x = y, isto é, se ABCD for um quadrado inscrito no círculo.
1 1
4) Para reais positivos satisfazendo a + b + c = abc, mostre que √1+ +√1+ +
𝑎2 𝑏2
1 3
√1+ 𝑐 2
≤ 2 , e determine quando a igualdade ocorre.
𝜋
Solução: Sendo a,b e c reais positivos existem α, βe em (0, 2 )para os quais
1 1 1 1 1 1
+ + = + + .
√1+ 𝑎2 √1+ 𝑏2 √1+ 𝑐 2 √1+ 𝑡𝑔2 𝛼 √1+ 𝑡𝑔2 𝛽 √1+ 𝑡𝑔2
1 𝜋
l + tg2x = sec2 x onde secx = cos 𝑥, qualquer que seja x ∈ (0, 2 ).
Logo,
1 1 1
+ + = cosα + cos β + cos.
√1+ 𝑎2 √1+ 𝑏2 √1+ 𝑐 2
𝜋
Sabemos que em (0, 2 ) a função consseno é côncava, haja vista que cos”x = -
50
𝑐𝑜𝑠𝛼+𝑐𝑜𝑠𝛽+𝑐𝑜𝑠 𝛼+ 𝛽+
cosx ≤0. Decorre da desigualdade de Jensen que ≤ cos( ).
3 3
Supomos por hipótese que a + b + c = abc, o que implica em tgα + tgβ + tg =
tgα .tgβ .tg.
Com um pouco mais de trabalho e usando por duas vezes a tangente do arco
duplo obtemos uma expressão para determinar a tangente do arco soma de três
arcos α, β, em função das três tangentes dadas, a saber:
𝑐𝑜𝑠𝛼+𝑐𝑜𝑠𝛽+𝑐𝑜𝑠 1
Concluímos então que ≤ cos (3) = 2 donde 𝑐𝑜𝑠𝛼 + 𝑐𝑜𝑠𝛽 + 𝑐𝑜𝑠≤
3
3
e, por fim que
2
1 1 1 3
+ + ≤ ,
√1+ 𝑎2 √1+ 𝑏2 √1+ 𝑐 2 2
onde igualdade ocorre se, e somente se, α =β = = 3 ou seja a = b = c= √3/2
Solução:
Dados x e y reais sabemos que existe algum θ o qual satisfaz
𝑥 𝑦
cos θ= e senθ = .
√𝑥 2 + 𝑦 2 √𝑥 2 + 𝑦 2
𝑆 𝑥 𝑦
Assim, sendo S = 3x + 4y, tem-se que =3 +4 .
√𝑥 2 + 𝑦 2 √𝑥 2 + 𝑦 2 √𝑥 2 + 𝑦2
𝑆
Daí 4 = 3.cos θ + 4.senθ e consequentemente S= 4.(3cos θ + 4senθ).
(I).
51
Admita agora um triângulo retângulo PQR de sorte que seus catetos meçam 3
u.a e 4 u.a. Por Pitágoras sua hipotenusa medirá 5 u.a. Denotemos por um
4 3
ângulo agudo interno à ABC. Segue que cos = e sen = . Sem perda de
5 5
Substituindo em (I):
Logo o valor máximo para 3x + 4yé 20 ao passo que o valor mínimo é -20. Segue o
resultado.
Solução:
2𝑝
𝑝 ( 𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐) ≤ ( 4 )4 .
2𝑝
Por (i), conclui-se que l ≤ 2p ≥ 4l. Isso mostra que o perímetro do triangulo
4
(𝑝 − 𝑎) = (𝑝 − 𝑏) = (𝑝 − 𝑐)=p a = b = c = 0
5 DESIGUALDADES GEOMÉTRICAS
Proposição 2.1:A soma das medidas dos comprimentos de quaisquer dois lados
de um triângulo dado é superior à medida do terceiro lado.
𝑎 <𝑏+𝑐
Observando a figura8acima, temos então que {𝑏 < 𝑎 + 𝑐 .
𝑐 <𝑎+𝑏
Vale observar que cada um lado tem medida maior que o módulo da
diferença das medidas dos outros dois lados.
𝑎 > |𝑏 − 𝑐|
{𝑏 < |𝑎 − 𝑐|.
𝑐 < |𝑎 − 𝑏|
Demonstração:
Temos:
(𝑖)
DC = AC+AD⇒ DC = AC+AB (ii).
concluímos queC𝐵̂DC𝐷
̂ B (iii).Já em BCD, de posse de (iii) e cientes que o
menor ângulo corresponde o menor lado, temos BCDC e por (ii), temos que
BCAC+AB, ou simplesmente, ab + c (desigualdade triangular).De forma
análoga, podemos mostrar que ba + c (I) e ca + b (II). Observamos ainda que,
por (I), ab – c, e por (II), ac – b. De qualquer modo, a b - c. Analogamente
verifica-se que ba–ce ca - b.
PROVA:
𝑎 𝑏+𝑐 𝑏+𝑐−𝑎0
{𝑏 < 𝑎 + 𝑐 {𝑎 + 𝑐 − 𝑏 0.
𝑐 < 𝑎+𝑏 𝑎+𝑏−𝑐0
(𝑏+𝑐−𝑎)+(𝑎+𝑐−𝑏)+(𝑎+𝑏−𝑐) 3
≥ √(𝑏 + 𝑐 − 𝑎)(𝑎 + 𝑐 − 𝑏)(𝑎 + 𝑏 − 𝑐),
3
𝑎+𝑏+𝑐 3
( ) ≥ (𝑏 + 𝑐 − 𝑎)(𝑎 + 𝑐 − 𝑏)(𝑎 + 𝑏 − 𝑐) (i).
3
𝑎+𝑏+𝑐 3
a² + b² + c² ≥ √3(𝑎 + 𝑏 + 𝑐) ( ) (ii).
3
Apresentamos logo abaixo uma solução com abordagem mais voltada ao uso da
trigonometria:
Solução trigonométrica:
Seja α a medida do ângulo interno correspondente ao vértice A, e assim oposto
ao lado de medida a. Segundo a Lei dos cossenos, temos a² = b² + c² - 2bc.cos
α. Adicionando b² + c² aos membros da sentença, temos:a² + b² + c² = 2(b² + c²)
– 2bc.cosα (i)
1
A trigonometria ainda nos dá S = 2.b.c.senα. Decorre 4√3.S = 2√3.b.c.senα (ii)
– c)² ≥ 0.
𝜋
Logo, a² + b² + c² ≥ 4√3𝑆,de sorte que a igualdade decorre se, e só, cos( 3 − 𝛼)=
𝜋
1 α = e b = c. E isso só ocorre se, e somente se, ABC for um triângulo
3
equilátero.
Demonstração:
𝑎 ∙ ℎ𝑎
Na figura 9, ℎ𝑎 denota a distância de A até BC. Temos: S= . Como S pode ser
2
obtida como soma das áreas de BMC, AMC e AMB, segue que a ∙ha=2S = ap +
bq+ cr.
57
𝑏𝑞 𝑐𝑟
Sendo ha≤ p + x, a (p + x) ≥ aha = ap + bq + crax ≥ bq + cr x ≥ + (i)
𝑎 𝑎
𝑝𝑏 𝑎𝑟 𝑎𝑞 𝑐𝑝
Analogamente obtemos as desigualdades y≥ + 𝑐 (ii) e z ≥ + 𝑐𝑏(iii).
𝑐 𝑏
𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑎 𝑐
x + y + z≥ p(𝑐 + 𝑏) + q(𝑏 + 𝑎) + r( 𝑐 + 𝑎)≥ 2p + 2q + 2r = 2(p + q + r),
usando acima o fato que a soma de um número com seu inverso é sempre maior
ou igual a 2 (consequência direta da desigualdade das médias).
Demonstração:
Denote por S a área do triangulo ABC. Então a geometria nos dá três
58
1
Demonstração: Como deduzimos anteriormente, temos a² + b²+ c² ≥3.(a + b +
4 36 2𝑝 3 1 36 𝑎+𝑏+𝑐 3 1
Logo a² + b² + c² ≥ 3 𝑝2 =35 [𝑝2 + ( 3 ) ∙ 𝑝] = 35 [𝑝2 + ( ) ∙ 𝑝] ≥
3
36 𝑎𝑏𝑐
(𝑝2 + ). Com igualdade ocorrendo se ABC for equilátero e
35 𝑝
reciprocamente.
𝟑√𝟑
0 senα + senβ + senγ ≤ .
𝟐
3√3
que são ângulos internos de um triangulo.Logo𝑠𝑒𝑛 α + 𝑠𝑒𝑛 β + 𝑠𝑒𝑛 γ ≤ e
2
3√3
portanto 0 𝑠𝑒𝑛 α + 𝑠𝑒𝑛 β + 𝑠𝑒𝑛 γ ≤ como desejávamos. Ocorre a
2
P6) Seja ABC conforme o problema anterior e figura abaixo. Prove que 𝒔𝒆𝒏 𝛂 +
𝒔𝒆𝒏 𝛃 + 𝒔𝒆𝒏 𝛄 ≥ sen(2α) +sen(2β) +sen(2γ).
𝑎 𝑏 𝑐
Resolução: A Lei dos Senos nos oferta que 𝑠𝑒𝑛𝛼 = = = 2𝑅 𝑠𝑒𝑛 α +
𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛾
𝑎+𝑏+𝑐 𝑆
𝑠𝑒𝑛 β + 𝑠𝑒𝑛 γ = = . (i)
2𝑅 𝑟𝑅
𝑆
𝑠𝑒𝑛 α + 𝑠𝑒𝑛 β + 𝑠𝑒𝑛 γ 𝑆 𝑅2 𝑅
= 𝑅𝑟
2𝑆 =𝑅𝑟 ∙ 2𝑆 = ≥ 1, poisR ≥ 2r decorrente da
𝑠𝑒𝑛(2α) + 𝑠𝑒𝑛(2β) + 𝑠𝑒𝑛(2γ) 2𝑟
𝑅2
Por isso,
𝑝 3 𝑝2 √3
S ≤ √𝑝 ( 3 ) = .
9
1 𝑆 3
V≤ ( )2 . Temos então que o volume é máximo ocorrendo a igualdade sobre
2√2 3
4) Dados todos os quadriláteros de lados fixos aquele que admite maior área é
o cíclico ou inscritível.
𝑎𝑏𝑐𝑑(1+cos(𝐴̂+ 𝐶̂ ))
𝑆𝑞 =√(𝑝 − 𝑎)(𝑝 − 𝑏)(𝑝 − 𝑐) − .
2
1
𝑆𝐴𝐵𝐷 = 𝑎𝑑 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐴̂
2
1
𝑆𝐶𝐵𝐷 = 𝑏𝑐 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐶̂ .
2
1 1
𝑆𝑞 = 𝑎𝑑 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐴̂ + 𝑏𝑐 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐶̂ 2𝑆𝑞 = 𝑎𝑑 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐴̂ + 𝑏𝑐 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐶̂ .
2 2
Logo:
(2𝑆𝑞 )² = (𝑎𝑑 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐴̂ + 𝑏𝑐 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐶̂ )² = a²d² sen² 𝐴̂ + b²c² sen² 𝐶̂ + 2abcd ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐴̂ ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐶̂ .
Logo:
4𝑆𝑞2 = a²d² sen² 𝐴̂ +b²c² sen² 𝐶̂ + 2abcd ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐴̂ ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐶̂ . (i)
Aplicando a lei dos Cossenos em ABD, segue que:
x² + a² + d² - 2ad ∙ cos𝐴̂.
E agora em CBD obtemos:
x² + b² + c² - 2bc ∙ cos𝐶̂ .
Concluímos pois que:
(𝑎² + 𝑑² − 𝑏² + 𝑐²)²
4𝑆𝑞2 + =a²d² (sen²𝐴̂ + cos²𝐴̂) + b²c² (sen²𝐶̂ + cos²𝐶̂ ) +
4
𝑎𝑏𝑐𝑑 [1+cos((𝐴̂ + 𝐶̂ )]
𝑆𝑞 = √(𝑝 – 𝑎)(𝑝 – 𝑏)(𝑝 – 𝑐)(𝑝 – 𝑑) − .
2
Vemos que o valor máximo de 𝑆𝑞 ocorrerá no caso em que cos(𝐴̂ + 𝐶̂ ) for mínimo
onde certamente cos(𝐴̂ + 𝐶̂ ) = -1. É fácil ver que 𝐴̂ +𝐶̂ = π e concluímos que o
quadrilátero dado é cíclico.
𝑎𝑏𝑐
Sabemos que S= . Aplicando a Lei dos Senos temos:
4𝑅
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎𝑏𝑐
= = = 2𝑅 8𝑅 3 = .
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛾 𝑠𝑒𝑛𝛼 ∙𝑠𝑒𝑛𝛽 ∙𝑠𝑒𝑛𝛾
Daí,
67
4𝑅𝑆
= 8𝑅 3 .
𝑠𝑒𝑛𝛼 ∙𝑠𝑒𝑛𝛽 ∙𝑠𝑒𝑛𝛾
Donde S = 2R² ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛽 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛾. Pela desigualdade das médias, vem S = 2R² ∙
𝑠𝑒𝑛𝛼+𝑠𝑒𝑛𝛽+𝑠𝑒𝑛𝛾 2𝑅 2
𝑠𝑒𝑛𝛼 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛽 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛾 ≤ 2R²( )³ = (𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑠𝑒𝑛𝛽 + 𝑠𝑒𝑛𝛾)³.
3 27
3√3
Como vimos anteriormente,𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑠𝑒𝑛𝛽 + 𝑠𝑒𝑛𝛾 ≤ (i).
2
3
2𝑅 2 2𝑅 2 3√3 3√3 ∙ 𝑅2
Segue que S ≤ (𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑠𝑒𝑛𝛽 + 𝑠𝑒𝑛𝛾)³ ≤ ( ) = , e tal
27 27 2 4
𝜋
valor é alcançado em (i), se e somente se α = β = γ = 3 . Logo ABC é equilátero de
(ii)
Substituindo (i) em (ii) segue que
𝑅2
𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷 ≤ (cosα + cosβ + cosγ + cos)².
4
𝜋
Veja para x em(0, 2 ) a função f(x) = cosx é côncava uma vez que f”(x) = -cosx
<0 para todo x no fixado intervalo. Suponha sem perda de generalidade que α,
𝜋
β, γ e estejam todos em (0, 2 ). Usando a desigualdade de Jensen temos:
cosα + cosβ + cosγ + cos) α + β+ γ+
≤ cos( ). Como por hipótese ABCD é cíclico segue
4 4
𝜋
queα + β + γ + = 𝜋. Assim, cosα + cosβ + cosγ + cos ≤ 4cos( 4 ) = 2√2.
𝑅2
Segue que 𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷 ≤ (2√2)² = 2R² ocorrendo a igualdade 𝑆𝐴𝐵𝐶𝐷 = 2R² se, e só se,
4
𝜋
α = β = γ = = 4 . Concluímos assim que ABCD é um quadrado cujo lado mede
R√2. É fácil ver que se um ou dois (mais do que isso é impossível) dos ângulos
𝜋
de ABCD não pertencesse ao intervalo (0, 2 ) a desigualdade de Jensen aplicada
cosα + cosβ + cosγ + cos α + β+ γ+
a função cosx, ≤ cos( )ainda assim seria verificada
4 4
𝜋
pois a partir de o cosseno assume valores negativos, isto é, com ângulos
2
𝜋
maiores ou iguais a 2 𝑟𝑎𝑑, a soma cosα + cosβ + cosγ + cos é ainda assim é
√2
menor do que .
2
4𝑅 2 2𝑅
= , ou melhor dizendo, a = b = c = . Concluímos então que o paralelepípedo
3 √3
7 A DESIGUALDADE ISOPERIMÉTRICA
A³ ≥ 36πV²
Com PolP e PolQ como indicados na Figura2.6. Pensando que o polígono PolQ
da figura é um polígono rígido, vamos mover Q sobre a reta r carregando o
polígono PolQ sobre o segmento XQ. Observe que isso não altera o perímetro
de Q nem as áreas de PolP e PolQ. Assim, se posicionamos Q sobre r de modo
que P𝑋̂Q meça 90º, maximizamos a área de PXQ e portanto a área de Q.
Tomando R o polígono que é a união de Q com sua reflexão sore a reta r, temos
que ou R = 𝑃𝑛 ou R tem área maior do que a área 𝑃𝑛 .
𝐿ℎ𝑛
A(n) = 2
Tem-se que ℎ𝑛 cresce com n e isso pode ser via trigonometria, pois tem-
𝐿 cot(𝜋∕𝑛)
se que ℎ𝑛 = , que uma função crescente de n.
2𝑛
𝐿² cot(𝜋∕𝑛) 𝐿2
𝐴(𝑃) ≤ ≤ 4𝜋
4𝑛
Demonstração.
Demonstração.
REFERÊNCIAS