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GRUPO DE ASSISTÊNCIA

“ O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás,


pois estrangeiros fostes em terra do Egito”
Êxodo 22:21

I - O ideal da evangelização
Uma característica marcante da obra é o
aperfeiçoamento constante. Depois das muitas fases na
evangelização chegamos ao culto profético, onde todo o
foco se dirige para identificar um necessitado na multidão.
O culto profético não é mais uma fase, mas um ideal. A
evolução da evangelização visou diminuir o
constrangimento gerado pela exposição pública de um ato
que tem como base uma experiência íntima e pessoal – o
chamado.
O culto profético nos levou a entender que
precisamos aprender a receber as pessoas que entram na
nossa casa (a igreja). Aqueles que são bem recebidos,
voltam e trazem outros também...É a evangelização interna
daqueles que o Senhor envia!

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II - Um lugar no corpo
A compreensão de que a conversão não é o
convencimento de uma verdade, mas uma operação do
Espírito Santo, move a igreja a dedicar-se à vida no corpo e
à comunhão no Espírito... Porque o E.S. só opera num
ambiente de comunhão. O grande problema que
encontramos é que muitos não conseguem entrar em
comunhão. A inclusão à vida no corpo é um ato de Deus, e
não da boa vontade, do esforço ou da intenção de algum
agente humano.
No corpo, o novo convertido encontrará o meio
ambiente que o levará à regeneração e à exclusão do
pecado. Na convivência do corpo ele troca as suas vestes,
pelas vestes novas da regeneração e recompõe o caráter
cristão.
Saindo de um relacionamento familiar conflituoso,
na vida do corpo, descobre uma outra família mais afetuosa
e estreita. Das amizades interesseiras, do mundo, onde
muitos eram mais amigos do copo, da bola, do bar, do
vício... encontrará uma amizade mais temperante e sincera.

III - Características da assistência

III 1 - Função principal – A assistência é o


elemento que vai definir o rumo da obra e demarcar os

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limites do terreno conquistado. A função principal da igreja
é assistir. Se a igreja não está assistindo àqueles que o E.S.
está trazendo, não alcançou o sentido da sua função e não
está fazendo coisa alguma.

III 2 - Nova mentalidade – É preciso que


seja conduzida dentro de uma mentalidade nova, despojada
das malícias e dos rudimentos daqueles que não
acompanharam os momentos proféticos da obra. Há, no
nosso meio, aqueles que não conseguiram avançar além
dos patamares da tradição. Outros, que conheceram os
movimentos, não conseguem se desvencilhar da
compreensão extremada dos usos e costumes e o
desgoverno dos dons. Não podemos deixar que erros ou
vícios acumulados até aqui inviabilize o esforço da igreja
em atender as orientações do Senhor.

III 3 - Convivência – A assistência é


primeiramente convivência. A nossa convivência é
evangelização. Nela partilhamos da nossa experiência,
testemunhamos da nossa fé e ajudamos o novo nascido na
caminhada. E as lutas? As lutas são nossas e pessoais. Não
temos o direito de transferir e impor ao assistido os
problemas, as dificuldades e opressões daqueles que estão

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na igreja, mas não no corpo e que dizem estar na obra, mas
a obra não está neles. O novo convertido não consegue
suportar maus testemunhos e maus costumes de crentes que
se tornaram crônicos.

III 4 - Constrangimentos – Não temos o direito


de constranger o novo convertido levando-o ao grupo de
intercessão, entregando dons para corrigir a sua vida ou
repreendendo-o publicamente. Ao novo convertido, o
pastor ou alguém que ele escolha, deve-se dirigir somente
como uma palavra de conselho e fraterna orientação. Ainda
que o “conselho” seja uma revelação e a fraterna
“orientação” seja aquilo que o Senhor mostrou como
direção para a vida dele.

III 5 - A confissão - É o ato em que alguém faz


revelação do íntimo ao confessor, e que pode ser uma
declaração de culpabilidade. A confissão é algo que se
reveste de grande responsabilidade porque pode ter
implicações legais. Além do mais, representa uma
informação de caráter sigiloso, de repercussões
imprevisíveis, que pode, por exemplo, for fim a um
casamento.

III 6 - O novo convertido – Qual o tempo para


considerar novo? A conversão não se mede por tempo, mas

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pelas evidências que seguem a nova vida. A prova é parte
da conversão. Já foi provado? Como saiu da prova? Deve-
se aguardar...Muitos estão chegando com uma consciência
elevada de obra, melhores do que alguns que estão há
muito temo no nosso meio. Mas antes de 1 ano é cedo. De
onde veio? Da idolatria ou da tradição? Temos que
entender que as dificuldades manifestadas estão
relacionadas ao lugar de origem. Devemos adequar nossa
assistência à condição peculiar de cada convertido. Ser
pacientes para ouvir, às vezes tudo o que o novo convertido
quer é alguém que os ouça...E tudo o que podemos fazer é
orar por eles.

III 7 -O tratamento – A igreja não é lugar para


dar vazão aos maus costumes e falta de educação. O
tratamento grosseiro, os gritos, certas intimidades com
pessoas idosas ou senhoras, a forma ríspida de se dirigir a
uma criança...são atitudes que anulam todo o trabalho da
igreja e prejudicam convivência. Ninguém suporta uma
pessoa mal educada. O pastor e os obreiros devem observar
isso. Se alguém, por dificuldades na formação, não

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conseguiu adquirir os bons modos, a vida na igreja é uma
boa oportunidade. Espelhe-se nos melhores exemplos e
procure aprender!

III 8 - A ética na assistência – Devemos lembrar


que a principal assistência é a espiritual. Sempre que nos
aproximamos de alguém devemos procurar ser portadores
de uma bênção. Transmitir a Palavra de Deus como agente
de vida e solução para os problemas pessoais. Ainda que
sejam problemas materiais. Não nos cabe, como
assistentes, interferir em problemas familiares, nos
negócios ou naquilo que depende unicamente da ação do
assistido para a solução. Não ser conivente com decisões
que o assistido já tomou mas que quer a “consulta” do
grupo de interseção ou do obreiro. Cuidado para não se
tornar cúmplice de um erro, quando o assunto é da alçada
do ministério da igreja. Não permitir que comentários sobre
irmãos e terceiros se propaguem na igreja. Não é
depreciando alguém que vamos estar nos valorizando!

III9 – A prática da assistência nos grupos – Na


participação da reunião do culto profético são trazidas as
informações do Senhor para compor o culto: as revelações
e profecias. Na nossa experiência, os sinais que são
trazidos de casa são os mais profundos. O obreiro
responsável pela igreja ou trabalho deve fazer uma

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avaliação mensal do C.P. E o responsável do pólo, de 3 em
3 meses. Usando-se uma matemática simples, pode-se
calcular o crescimento linear dos grupos da seguinte forma:
se durante 1 mês cada grupo da igreja alcançar uma vida
nova, e se a igreja tiver 5 grupos de assistência, no final de
6 meses teremos 30 novas vidas. Após 1 ano, 60. A cada 2
anos a igreja praticamente dobra de tamanho. Os motivos
da busca no mês devem ser evidenciados nas reuniões do
GA. Exemplo: último dia da intercessão pelos
universitários. Não houve nenhuma revelação envolvendo
os universitários? O grupo não orou!

IV - Compreender de obra

Compreender e viver a obra é virtude dos


nobres. A obra nos faz nobres quando permitimos que tudo
o que nos traz seja ensino para nós. A obra é uma escola.
Nela aprendemos a viver e conviver. Nela está a
consciência da vida no mundo, mas também da vida eterna.
Quando nos debruçamos sobre o projeto de vida que a obra
nos apresenta, descobrimos, na transcendência da fé, o
sentido e significado da existência da vida. Tudo o que
temos a fazer é ser sensíveis e deixar que o Espírito Santo
nos use como veículos da bênção, como servos a serviço do
Rei!

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