Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nº 355
Dezembro/2018
1
2018 Ministério da Saúde.
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja
para venda ou qualquer fim comercial.
Informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
E-mail: conitec@saude.gov.br
http://conitec.gov.br
CONTEXTO
Em 28 de abril de 2011, foi publicada a Lei n° 12.401 que dispõe sobre a assistência
terapêutica e a incorporação de tecnologias em saúde no âmbito do SUS. Esta lei é um marco
para o SUS, pois define os critérios e prazos para a incorporação de tecnologias no sistema
público de saúde. Define, ainda, que o Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional
de Incorporação de Tecnologias – CONITEC, tem como atribuições a incorporação, exclusão ou
alteração de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou
alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica.
2
bem como a emissão deste relatório final sobre a tecnologia, que leva em consideração as
evidências científicas, a avaliação econômica e o impacto da incorporação da tecnologia no SUS.
Todas as recomendações emitidas pelo Plenário são submetidas à consulta pública (CP)
pelo prazo de 20 dias, exceto em casos de urgência da matéria, quando a CP terá prazo de 10
dias. As contribuições e sugestões da consulta pública são organizadas e inseridas ao relatório
final da CONITEC, que, posteriormente, é encaminhado para o Secretário de Ciência, Tecnologia
e Insumos Estratégicos para a tomada de decisão. O Secretário da SCTIE pode, ainda, solicitar a
realização de audiência pública antes da sua decisão.
3
SUMÁRIO
1. RESUMO EXECUTIVO ......................................................................................................... 5
2. A DOENÇA ......................................................................................................................... 8
2.1. ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DA DOENÇA ................................................... 8
2.2. TRATAMENTO RECOMENDADO ........................................................................................ 9
3. A TECNOLOGIA ................................................................................................................ 10
4. ANÁLISE DA EVIDÊNCIA ................................................................................................... 12
4.1. BUSCAS E SELEÇÃO DA LITERATURA ............................................................................... 12
4.2. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO DOS ESTUDOS NO PARECER ................................................... 14
4.3. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA EVIDÊNCIA.................................................................... 15
4.4. AVALIAÇÃO DA FORÇA DE RECOMENDAÇÃO PELO SISTEMA GRADE ............................. 17
4.5. AVALIAÇÃO CRÍTICA DAS EVIDÊNCIAS ............................................................................ 19
4.6. PESQUISA DE PREÇOS INTERNACIONAIS ......................................................................... 20
4.7. ANÁLISE DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO ......................................................................... 21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 25
6. RECOMENDAÇÃO DA CONITEC ....................................................................................... 26
7. CONSULTA PÚBLICA ........................................................................................................ 26
7.1. CONTRIBUIÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS .......................................................................... 27
7.2. CONTRIBUIÇÕES SOBRE EXPERIÊNCIA OU OPINIÃO ....................................................... 31
7.3. AVALIAÇÃO GLOBAL DAS CONTRIBUIÇÕES ..................................................................... 35
7.4. INFORMAÇÕES ADICIONAIS - CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE SOLICITADOS PELO PLENÁRIO
DA CONITEC ................................................................................................................................. 35
8. RECOMENDAÇÃO FINAL .................................................................................................. 37
9. DECISÃO .......................................................................................................................... 38
10. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 39
11. ANEXOS ........................................................................................................................... 41
11.1. ANEXO A - APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ESTUDOS DE REVISÃO INCLUÍDOS
(N=5) 47
11.2. ANEXO B - AVALIAÇÕES DE TECNOLOGIAS E DIRETRIZES CLÍNICAS INCLUÍDAS (N=2) 47
11.3. ANEXO C - FLUXOGRAMA DA SELEÇÃO DOS ESTUDOS ............................................... 50
4
1. RESUMO EXECUTIVO
Contexto: A epilepsia é uma desordem crônica neurológica prevalente, caracterizada por sinais
e sintomas característicos (crises convulsivas) associados a descargas elétricas cerebrais
anormais. O tratamento da epilepsia geralmente inclui o uso contínuo em longo prazo de
medicamentos com efeito anticonvulsivante. Atualmente, os tratamentos disponíveis no SUS
são aqueles preconizados pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de epilepsia.
Pergunta: A estimulação do nervo vago (ENV) com dispositivo implantável como terapia
adjuvante ao tratamento farmacológico, em crianças e adultos com epilepsia focal ou
generalizada refratária, a pelo menos dois esquemas com medicamentos anticonvulsivantes é
eficaz e seguro, quando comparado à terapia padrão (conforme preconizado no PCDT de
epilepsia)?
Recomendação preliminar: De acordo com o exposto, a CONITEC em sua 60ª reunião, nos dias
04 e 05 de outubro de 2017, recomendou preliminarmente a não incorporação no SUS da
estimulação do nervo vago com dispositivo implantável para tratamento de pacientes com
5
epilepsia focal ou generalizada refratária a pelo menos dois esquemas de medicamentos
anticonvulsivantes e não candidatos ao tratamento cirúrgico. A matéria foi disponibilizada em
consulta pública.
Recomendação final: A estimulação elétrica do nervo vago também esteve em avaliação devido
à solicitação por incorporação pela empresa fabricante do dispositivo gerador de pulso, para
terapia adjuvante em pacientes pediátricos com epilepsia resistente a medicamentos, sem
indicação para cirurgia ressectiva de epilepsia. A deliberação final da solicitação feita pela
empresa ocorreu na 66ª reunião ordinária em 10 de maio de 2018, onde os membros da
CONITEC deliberaram por unanimidade recomendar a criação de um procedimento para
estimulação elétrica do nervo vago para terapia adjuvante em pacientes com epilepsia
resistente a medicamentos, sem indicação para cirurgia ressectiva de epilepsia, em Centros e
Unidades Habilitados conforme Protocolo de Uso.
6
Decisão: Incorporar o procedimento para estimulação elétrica do nervo vago para terapia
adjuvante em pacientes com epilepsia resistente a medicamentos, sem indicação para cirurgia
ressectiva de epilepsia no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, dada pela Portaria nº 24 de
11 de setembro de 2018, publicada no DOU de 12/09/2018. A portaria de incorporação
contemplou as duas indicações solicitadas.
7
2. A DOENÇA
Nas epilepsias focais, as crises epilépticas iniciam de forma localizada numa área
específica do cérebro, e suas manifestações clínicas dependem do local de início e da velocidade
de propagação da descarga epileptogênica. As crises dividem-se em focais simples (sem
comprometimento da consciência) e focais complexas (com comprometimento ao menos
parcial da consciência durante o episódio). Por fim, uma crise focal, seja simples ou complexa,
quando propagada para todo o córtex cerebral, pode terminar numa crise TCG, sendo então
denominada crise focal secundariamente generalizada (2).
8
doença refratária ao tratamento medicamentoso. A cirurgia, incluindo procedimentos de
remoção de foco epileptogênico e calosotomia, é o tratamento de escolha nos casos de epilepsia
refratária ao tratamento medicamentoso, entretanto nem sempre é factível. Além disso, cerca
de 20% dos pacientes tratados em centros cirúrgicos especializados não se tornam livres de
convulsões após a cirurgia (5).
9
3. A TECNOLOGIA
O mecanismo exato pelo qual a estimulação vagal produz efeito anticonvulsivante não
é bem conhecido, mas acredita-se que seja pela ativação do sistema reticular. A estimulação do
nervo vago ativa fibras que se projetam ao núcleo do trato solitário, núcleo sensitivo que se
conecta ao córtex e a outras estruturas do tronco cerebral, possivelmente modulando estímulos
excitatórios sobre o sistema nervoso simpático (8).
A ENV em sua porção cervical esquerda por meio de eletrodo implantável é uma terapia
aprovada pelo FDA para epilepsia refratária de início focal. No Brasil a ENV foi aprovada pela
ANVISA em 2000 para tratamento de pacientes com diagnóstico há mais de dois anos de
epilepsia refratária, focal ou generalizada. A aprovação do dispositivo gerador de pulso
(Cyberonics VNS) é válida até 2020 (processo 25351.237625/2004-16). (11)
10
Brasileira de Neurologia (capítulo brasileiro da Federação mundial de Epilepsia) sugerem que a
ENV seja considerada uma opção terapêutica para o tratamento de epilepsia em pacientes de
qualquer idade, seguindo uma avaliação por neurologista, neuropediatra ou neurofisiologista
com experiência em epilepsia; a sociedade estabelece que sejam preenchidos critérios de
refratariedade ao tratamento clínico e contraindicação ou negativa do paciente à realização de
tratamento cirúrgico (8). Cirurgias de remoção de foco epileptogênico e calosotomia são os
principais tipos de procedimentos cirúrgicos, com taxas de sucesso que variam entre 40-70%
dos casos, sendo maiores na epilepsia parcial do lobo temporal. Uma proporção significativa dos
pacientes, entretanto (20-30%) não evoluem bem ou não são candidatos a cirurgia (9, 10).
11
4. ANÁLISE DA EVIDÊNCIA
12
Como comparadores foram avaliadas possíveis alternativas para cada tipo de situação
clínica, definindo-se como comparador adequado o sham do método (estimulação
subterapêutica), ou ainda cirurgias de remoção de foco ou calosotomia nos casos em que a
cirurgia for considerada uma alternativa terapêutica. Foram considerados desfechos de
interesse a taxa de respondedores (indivíduos com redução de crises em relação ao basal > 50%),
a frequência de indivíduos livres de crises, a qualidade de vida e a frequência e a gravidade de
efeitos adversos. Os critérios para definição de desfechos relevantes e duração de estudos
clínicos foram definidos considerando as recomendações da European Medicine Agency para a
realização de estudos clínicos com antiepilépticos, bem como reunião com especialista em
Neurologia. Redução de 50% de crises e frequência/gravidade de efeitos adversos foram
considerados desfechos críticos (9 pontos e 8 pontos na escala GRADE, respectivamente).
Ausência total de crises e qualidade de vida foram considerados desfechos importantes (6
pontos). (13)
Foi também realizada busca por diretriz do National Institute for Health and Care
Excellence (Reino Unido). Foi inserido o termo “epilepsy” na caixa de busca na página do NICE
(https://www.nice.org.uk), sendo obtido um resultado (1). Para obtenção de dados sobre a
tecnologia e aspectos de segurança foi acessada a página do fabricante
(www.livanova.cyberonics.com) e do FDA
(https://www.fda.gov/MedicalDevices/ProductsandMedicalProcedures/NeurologicalDevices/d
efault.htm).
13
4.2. Critérios de exclusão dos estudos no parecer
- Revisões que incluíram estudos primários que não respondiam à pergunta PICO.
Ao todo, foram selecionados para leitura na íntegra 19 estudos de revisão (quadro 2);
destes, foram incluídos 7 (Anexo – A e B), tendo sido excluídos 12 (10 não eram revisões
sistemáticas de ensaios clínicos, 2 estudos com populações diferentes). Na busca por ECR
publicados após a data de busca da última revisão sistemática de boa qualidade incluída
(Panebianco, 2015) não foram identificados ECR que preenchessem os critérios de inclusão.
(Quadro 3)
14
Cochrane Library 'vagus nerve AND epilepsy in Title, 1 0
Abstract, Keywords in Cochrane
Motivos das
Reviews'
exclusões:
- Duplicata (já
selecionado via
PubMed)
Centre for Reviews ((vagus nerve stimulation):TI OR 17 1
Dissemination – (stimulation):TI AND
Motivos das
Universidade de York (epilepsy):TI) and ((Systematic
exclusões:
review:ZDT and Abstract:ZPS)
OR (Cochrane review:ZDT) OR - 2 duplicatas
Full publication record:ZDT) IN - 1 revisão
DARE, HTA desatualizada
- 13 não
respondiam à
pergunta PICO
NICE-UK “epilepsy” 1 1
(https://www.nice.org.uk ),
15
Quadro 4. Avaliação da qualidade das evidências pelo método GRADE
Reduzem a qualidade
Não há
estimativa de
RR para este
Redução de desfecho;
100% ou mais na
frequência de
crises
RR para
convulsivas
Sim – não Sim redução de
(indivíduos livres Não Não Sim
grave 75% ou mais
de crises)–
de crises (3
adultos
ECR, n= 171,
4 ECR
Ghani, 2015):
n=382
2,96 (IC 95%
1,12 – 7,87)
16
1 ECR
(n=41)
Não foram Não foram -
Não foram Não foram Não foram
localizados localizados
localizados localizados localizados
Qualidade de ECR ECR
ECR ECR ECR
vida avaliando avaliando
avaliando esse avaliando avaliando
esse esse
desfecho esse desfecho esse desfecho
desfecho desfecho
Risco para
retirada do
Efeitos adversos estudo:
5 ECR Sim - não Sim RR 2,56 (0,51-
Não grave Não Sim
n=423 grave 12,71);
Panebianco
2015)
17
dos tipos de procedimentos não devem ser diretamente comparados, pois o ENV deve ser usado
em pacientes sem indicação de tratamento cirúrgico. O custo estimado do procedimento no
Brasil não pode ser obtido neste parecer; conforme a literatura, na América do Norte está em
torno de 15mil a 40 mil dólares por pessoa. (6, 9). Há estudos mostrando redução de uso de
serviços de saúde (hospitalizações e visitas a emergência) entre os pacientes que respondem a
ENV. Apesar do custo elevado da tecnologia, não se espera alto impacto orçamentário uma vez
que, dentre os pacientes refratários ao tratamento medicamentoso, apenas 15-20% seriam
potencialmente tratáveis com ENV, por não serem candidatos a tratamento cirúrgico (6, 9, 14).
Avaliação econômica completa está recomendada.
18
4.5. Avaliação crítica das evidências
Eficácia:
Segurança:
Efeitos adversos mais comuns da EV são tosse e rouquidão, ocorrendo em cerca de 30-
40% dos casos. Estes efeitos adversos podem surgir com os ajustes da terapia e são relacionados
à intensidade de estimulação e à amplitude de onda; são geralmente transitórios e podem ser
reduzidos ou abolidos pela redução de parâmetros de estimulação. Infecção do sítio cirúrgico
19
pode ocorrer em cerca de 2% dos casos; complicações transoperatórias como lesão vascular de
carótida e lesão de laringe são consideradas raras. Também foram relatados apneia do sono e
distúrbios do ritmo cardíaco. Há pouca experiência com a técnica em idosos.
Foram identificados seis dispositivos com registro válido na Anvisa para a estimulação
do nervo vago, conforme apresentado na figura 1.
Foi conduzida consulta na base ECRI® - pricing – supply & implant, pelos produtos do
fabricante CYBERONICS, INC, especificando também os números de identificação dos
dispositivos, a saber: “106”, “105”, “103”, “104”, “102” e “102R”, conforme consta no registro
na ANVISA. O período selecionado foi de agosto de 2016 a setembro de 2017. Os registros
encontrados estão apresentados na tabela 1. Os registros de compras com valor mais baixo
20
foram para os dispositivos 104 e 103, ambos com o valor de US$ 17.289,75, o equivalente a R$
54.310,56 i.
Número de
Número de
contribuições Valor mínimo Valor mediano Valor máximo
identificação do
para esse (US$/R$) (mediana) (US$/R$) (US$/R$)
dispositivo
registro
106 2,519 21.474,00/67.454,13 27.478,00/86.313,89 28.632,00/89.938,84
105 207 19.631,00/61.664,90 24.562,00/77.154,15 26.208,00/82.324,57
104 230 17.289,75/54.310,56 22.425,00/70.441,41 27.478,00/86.313,89
103 285 17.289,75/54.310,56 22.425,00/70.441,41 23.053,00/72.414,08
102 60 18.248,40/57.321,87 20.276,00/63.690,97 21.411,00/67.256,23
102R 47 18.248,40/57.321,87 20.276,00/63.690,98 7,441.00/23.161,60
i
Data cotação utilizada: 25/09/2017; Taxa:1 DOLAR DOS EUA/USD (220) = 3,1412 REAL BRASIL/BRL (790). Disponível em
http://www4.bcb.gov.br/pec/taxas/port/ptaxnpesq.asp?id=txcotacao. Acesso em setembro de 2017.
21
pedido de submissão, o estudo de Kwan et al. (5), avaliou as taxas de refratariedade em
epilepsia, de onde foram retirados os seguintes dados:
100.000
95.000
92.916
90.000 89.245
85.000 85.575
81.904
80.000
78.234
75.000 74.563
70.000 70.513
67.629
65.000
63.872
60.000 59.530
55.000
50.000
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
22
Tabela 2. Percentuais de difusão considerados no modelo
População
Ano População CEAF Baixo Caso-Base Alto
elegível
23
e R$ 262 milhões no primeiro ano e entre R$ 371 milhões e R$ 1,5 bilhão ao longo dos próximos
5 anos. Os resultados estão apresentados nas tabelas 4, 5 e 6.
Total R$ 371.226.000,00
Total R$ 928.152.000,00
24
Tabela 6. Resultados do impacto orçamentário no cenário alto
Total R$ 1.484.964.000,00
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
25
A indicação de ENV deve ser feita em todos os casos por especialista em Neurologia. O
procedimento cirúrgico deverá ser realizado apenas por médicos, em centros especializados no
tratamento de epilepsia, devidamente cadastrados pelo Ministério da Saúde para a realização
do procedimento. Os centros devem disponibilizar indicadores de complicações cirúrgicas e não
cirúrgicas.
6. RECOMENDAÇÃO DA CONITEC
A CONITEC em sua 60ª reunião ordinária realizada nos dias 04 e 05 de outubro de 2017,
recomendou preliminarmente a não incorporação no SUS da estimulação do nervo vago com
dispositivo implantável para tratamento de pacientes com epilepsia focal ou generalizada
refratária a pelo menos dois esquemas de medicamentos anticonvulsivantes e não candidatos
ao tratamento cirúrgico. O plenário considerou que as evidências de eficácia apresentadas não
foram suficientes para recomendar a incorporação.
7. CONSULTA PÚBLICA
26
O formulário de experiência ou opinião é composto por duas partes, a primeira sobre as
características do participante, e a segunda, sobre a contribuição propriamente dita, acerca do
relatório em consulta, que esta estruturada em três blocos de perguntas com o objetivo de
conhecer a opinião do participante sobre: (1) a recomendação inicial da CONITEC, (2) a
experiência prévia com o(s) medicamento(s), produto(s) ou procedimento(s) em análise e (3) a
experiência prévia com outros medicamentos, produtos ou procedimentos para tratar a doença
em questão.
Das 12 contribuições, 10 foram realizadas por profissionais de saúde, uma por sociedade
médica e uma contribuição foi realizada pela empresa fabricante da tecnologia. Todas foram
discordantes (9) ou parcialmente discordantes (3) da recomendação preliminar da CONITEC, e
apresentaram motivos que se basearam principalmente no fato que o paciente portador de
epilepsia refratária, resistente a medicamentos, pode não ser candidato à cirurgia de epilepsia;
A estimulação do nervo vago (ENV) é uma opção de terapia adjuvante para esses pacientes que
são resistentes à dois ou mais medicamentos e quando tratados com ENV alcançam a redução
das crises.
Tabela 7 – Contribuições Técnico-científicas da Consulta Pública Nº 53/2017 de acordo
com a origem.
Característica Número absoluto (%)
27
Pessoa física
Paciente 0 (0%)
Familiar, amigo ou cuidador de paciente 0 (0%)
Profissional de saúde 10 (84%)
Interessado no tema 0 (0%)
Pessoa jurídica
Empresa fabricante da tecnologia avaliada 1 (8%)
Sociedade médica 1 (8%)
Evidência Clínica
Dentre as contribuições, foram identificadas 9 alusivas às evidências clínicas sobre a
estimulação do nervo vago (ENV) no tratamento da epilepsia. Foram consideradas seis
28
contribuições que efetivamente apresentaram argumentação técnico-científica, realizadas por
profissionais de saúde (5) e pela empresa fabricante (1). As contribuições se basearam no
argumento previamente citado. Uma especialista na área anexou um estudo de sua autoria (17),
comparando a ENV com FAEs, também citado em outras contribuições, e descreveu:
29
Quanto a análise de impacto orçamentário, foram realizadas 6 contribuições, sendo que
apenas uma foi considerada por apresentar argumentação técnico-científica. Trata-se da
contribuição da empresa fabricante que apresentou documento questionando pontos do
impacto orçamentário apresentado pela CONITEC:
• Apontam uma discordância dos números da população descrita como cenário baixo,
apresentados nas tabelas 3 e 4 do relatório.
Cálculo Revisto e ajustado.
30
A empresa fabricante da tecnologia realizou contribuição esclarecendo algumas
questões que foram, quando pertinentes, consideradas.
31
pacientes também participou realizando uma contribuição.
Pessoa jurídica
Grupos/associação/organização de pacientes 1 (2%)
32
Experiência como profissional de saúde
Pacientes
33
descreveram como efeito positivo, o controle das crises não alcançado com medicamentos. Não
foram descritos efeitos negativos. Onze pacientes relataram experiência com os medicamentos
(FAEs) e procedimentos para a doença, como a dieta cetogênica. A maioria dos pacientes (10)
relatou benefícios com um ou mais FAEs, mas todos relataram como efeitos negativos, os
eventos adversos atribuídos aos mesmos. Quatro pacientes não alcançaram o controle das crises
com medicamentos.
“Meu filho faz uso do VNS desde junho de 2014, quando foi feito o
procedimento ele tina 16 anos e ainda tinha direito ao plano de saúde, mas
quando tiver que trocar a bateria ele já será maior de 21 anos e não terá mas
direito ao plano pela empresa em que o pai trabalha, não temos recurso de
pagar pela nova bateria, o tratamento foi muito eficaz na vida dela, tinha
várias crises diárias hoje tem a cada 50 dias e a crise e muito leve e rápida, o
VNS é essencial na vida dele. ”
Interessados no tema
Foram realizadas quatro contribuições por interessados no tema que relataram sua
opinião discordante sobre a recomendação preliminar da CONITEC. Abaixo, trecho
representativo:
“ Tenho uma filha de 2 anos que sofre por epilepsia refratária de difícil controle
desde 1 mês e 20 dias de nascida, já tentamos todos os medicamentos
possíveis, inclusive o Canabidiol, sem sucesso. Estamos em investigação para
34
possível cirurgia e o Estímulo do nervo vago também seria uma esperança
para controle das crises, porém não está disponível no SUS. ”
35
Os membros da CONITEC, presentes na 63ª reunião ordinária em 01 de fevereiro de
2018, após a apresentação das contribuições de consulta pública, solicitaram ao grupo
elaborador do PCDT de epilepsia, que originou a presente demanda, que apresentasse os
critérios de elegibilidade para uso de tratamento por estimulação do nervo vago em pacientes
com epilepsia refratária.
36
Também foi discutida a necessidade de restrição do procedimento à Central Nacional
de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC), os pacientes devem passar por uma avaliação
cirúrgica e, portanto, torna-se necessário centralizar o procedimento em hospitais habilitados
ao tratamento de epilepsia refratária que realizam cirurgias e a avaliação pré-cirúrgica.
8. RECOMENDAÇÃO FINAL
37
9. DECISÃO
Art. 1º Incorporar o procedimento para estimulação elétrica do nervo vago para terapia
adjuvante em pacientes com epilepsia resistente a medicamentos, sem indicação para cirurgia
ressectiva de epilepsia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
Art. 2º Conforme determina o art. 25 do Decreto 7.646/2011, o prazo máximo para efetivar a
oferta ao SUS é de cento e oitenta dias.
38
10. REFERÊNCIAS
1. National Institute for Health and Clinical Excellence 2011. Epilepsies: diagnosis and
management2012. Last update fev 2016 05/08/2016. Available from:
https://www.nice.org.uk/guidance/cg137.
2. Elger CE, Schmidt D. Modern management of epilepsy: a practical approach. Epilepsy Behav.
2008;12(4):501-39.
4. Borges MM, LL, Guerreiro C, Yacubian E. Urban Prevalence of Epilepsy: Populational study
in São José do Rio Preto, a medium-sized city in Brazil. Arq Neuropsiquiatr. 2004;62(2-A):199-
205
6. Schachter S. Vagus nerve stimulation therapy for the treatment of epilepsy. 2016 [cited
25/03/2017]. In: UpToDate [Internet]. [cited 25/03/2017]. Available from:
https://www.uptodate.com/contents/vagus-nerve-stimulation-therapy-for-the-treatment-of-
epilepsy.
8. Terra VC, D Andrea-Meira I, Amorim R, Arruda F, Oliveira AJd, Paola LD, et al.
Neuromodulation in refractory epilepsy: Brazilian specialists consensus. Arquivos de Neuro-
Psiquiatria. 2016;74:1031-4.
10. Cukiert A. Vagus Nerve Stimulation for Epilepsy: An Evidence-Based Approach. Prog Neurol
Surg. 2015;29:39-52.
11. Terra VC, Amorim R, Silvado C, Oliveira AJ, Jorge CL, Faveret E, et al. Vagus nerve
stimulator in patients with epilepsy: indications and recommendations for use. Arq
Neuropsiquiatr. 2013;71(11):902-6.
12. Howland RH. Vagus Nerve Stimulation. Current behavioral neuroscience reports.
2014;1(2):64-73.
13. European Medicines Agency. Guideline on clinical investigation of medicinal products in the
treatment of epileptic disorders2010 15/02/2017. Available from:
http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Scientific_guideline/2010/01/WC500
070043.pdf.
39
14. Aburahma SK, Alzoubi FQ, Hammouri HM, Masri A. Vagus nerve stimulation therapy in a
developing country: a long term follow up study and cost utility analysis. Seizure. 2015;25:167-
72
15. Panebianco M, Rigby A, Weston J, Marson AG. Vagus nerve stimulation for partial seizures.
Cochrane Database Syst Rev. 2015(4):Cd002896.
16. Ghani S, Vilensky J, Turner B, Tubbs RS, Loukas M. Meta-analysis of vagus nerve stimulation
treatment for epilepsy: correlation between device setting parameters and acute response. Childs
Nerv Syst. 2015;31(12):2291-304.
17. Kwan P, Arzimanoglou A, Berg AT, Brodie MJ, Allen Hauser W, Mathern G, Moshe SL,
Perucca E, Wiebe S, French J. Epilepsia. Definition of drug resistant epilepsy: consensus proposal
by the ad hoc Task Force of the ILAE Commission on Therapeutic Strategies. 2010; 51(6):1069-
77
18. Cox JH, Seri S, Cavanna AE. Clinical utility of implantable neurostimulation devices as
adjunctive treatment of uncontrolled seizures. Neuropsychiatric Disease and Treatment.
2014;10:2191-200.
19. Pichon Riviere A, Augustovski F, Alcaraz A. Vagus nerve stimulation for refractory epilepsy
[summary]. Buenos Aires, Argentina: Institute for Clinical Effectiveness and Health Policy
(IECS). 2011;Report IRR No. 90.
40
11. ANEXOS
41
comparando ENV em Crianças: 0,25 mA, estudos.
diferentes níveis de frequência 1 Hz, Heterogeneidade
estimulação (com ciclos de largura de pulso 0,1 foi baixa -
alto, médio e baixo nível), ms, tempo on 14 s, off Chi2 = 3.67, df =
ou comparando ENV com 60 min 3, P = 0.30,
nenhum tratamento ou com Adultos: I2=18%
uma intervenção diferente, 0,25–2,75 mA,
como tratamento de adição frequência 1–2 Hz, Segurança
de epilepsia parcial largura de pulso 130 Para retirada do
resistente a medicamentos, μs, tempo on 30 s, off estudo:
não elegíveis para 60–180 min RR 2,56 (0,51-
tratamento cirúrgico, 12,71) – evidência
adultos e crianças - Tempo de de baixa qualidade
Sem restrição de língua tratamento:12-20 sem por imprecisão e
Avaliação de qualidade dos dados
estudos primários: - Tempo de incompletos.
ferramenta Cochrane. seguimento pós Efeitos adversos
tratamento: não mais comuns
relatado foram distúrbios
de voz, dispneia,
tosse.
Estudo 2. - Revisão sistemática com - Número de - Adultos e - Intervenção: - Eficácia: - Alta intensidade - Não informa os tipos de
Ghani 2015. metanálise. estudos crianças com redução de de estimulação foi equipamentos;
(16) incluídos: 5 convulsões de ENV com 50% ou mais mais eficaz que
- Objetivo: comparar a ECR, sendo 4 inicio parcial parâmetros de alto na frequência baixa intensidade - Doze semanas pode ser
Meta-analysis of eficácia de ENV com altos em adultos e resistentes ao output (alta de convulsões; de estímulo em considerado um tempo
vagus nerve e baixos parâmetros de 1 em crianças tratamento estimulação) redução de reduzir a curto de seguimento;
stimulation estimulação. clínico ou 75% ou mais frequência de
treatment for - Número de cirúrgico Crianças: na frequência crises em adultos; - As amostras dos estudos
epilepsy: - Período da busca: jan participantes: 0,25-1,75 mA e de convulsões; individuais são pequenas,
correlation 1980 a jul 2014. 312 frequência 50Hz; - Metanálise (3 sendo inferior a 50 em
between device largura de pulso 0,5 - Segurança: estudos) adultos: dois estudos (11-196
setting pacientes);
42
parameters and - Bases consultadas: ms, tempo on 30 s, efeitos Desfecho de
acute response PubMed-MEDLINE, tempo off 5 min adversos redução igual ou - Apenas três estudos
EMBASE, Cochrane maior que 50%: incluídos em metanálise.
Library, registros de Adultos: 0,25–3 mA, RR 2,17 (IC 95%
estudos, listas de frequência 20–50 Hz, 1,27-3,69)
referências de estudos largura de pulso 500 Heterogeneidade:
incluídos, contato com μs, tempo on 30–90 s, Chi² = 3,48, df =
autores. tempo off 5–10 min 2 (P = 0,18); I² =
43%
- Critérios de - Controle:
elegibilidade: Estudos Total de pacientes
avaliando ENV no Baixos parâmetros de com redução 50%
tratamento de convulsões output (estímulo ou mais na
de inicio parcial resistentes baixo ou frequência de
ao tratamento clínico ou subterapêutico) convulsões no
cirúrgico, em adultos e grupo intervenção:
crianças. Crianças: 0,25 mA, 45/167 (29%)
frequência 1 Hz, versus 27/185
largura de pulso 0,1 (14,6%), benefício
ms, tempo on 14 s, off absoluto 14,4%.
60 min Ou seja, 14,4%
tem uma redução
Adultos: de pelo menos
0,25–2,75 mA, 50% no número
frequência 1–2 Hz, de convulsões.
largura de pulso 130 Desfecho de
μs, tempo on 30 s, off redução igual ou
60–180 min maior que 75%:
RR 2,96 (1,12 –
- Tempo de 7,87)
tratamento: 12-20 sem Heterogeneidade:
- Tempo de Chi² = 3,96, df = 2
seguimento pós
43
tratamento: não (P = 0,14); I² =
relatado 49%
Total de
indivíduos com
redução 75% ou
mais na frequência
de convulsões:
15/167(9%)
versus 6 /185
(3,2%), benefício
absoluto 5,8%
para este
desfecho.
Em crianças, não
houve diferença
significativa entre
os grupos em
nenhum dos
desfechos de
eficácia.
Estudo 3. - Revisão sistemática - 6 ECR - Adultos e - ENV com parâmetros - Eficácia: - Pacientes com - Revisão sistemática sem
Cukiert, A (no texto crianças com de alto output (alta redução na mais de 12 anos metanálise;
(10) - Objetivo: identificar a constam 8, epilepsia estimulação e baixa frequência de com convulsões
2015 melhor evidência entretanto, refratária estimulação, conforme crises; parciais (com ou - Problemas
disponível sobre o uso de resultados são descritos em sem generalização metodológicos dos estudos
Vagus Nerve ENV. apresentados Panebiancho e Ghani) - Segurança: secundária) primários - incluídos no
Stimulation for apenas para 6 efeitos podem se estudo de Ghani, incluiu
Epilepsy: An - Período da busca: sem estudos) - Tempo de adversos. beneficiar de outros 3 ECR excluídos
Evidence-Based restrição de data, tratamento:12-20 sem ENV. por Ghani por pacientes
Approach. identificou estudos de - Número de - Redução de 50- terem participado de
1992-2012. participantes: - Tempo de 60% na frequência estudos prévios;
não relatado seguimento pós de convulsões
44
- Bases consultadas: tratamento: não pode ser esperada - Não descreve
PubMed-MEDLINE, relatado em ao menos 50% adequadamente a
EMBASE, LILACS, dos casos (dados população nem os
SciELO; Cochrane Library. não desfechos de interesse na
metanalisados) questão PICO;
- Critérios de - Crianças podem
elegibilidade: ECR, também ter - Desfechos não são
responder à questão PICO, benefício, mas relatados de forma
língua inglesa, português, diferentes padronizada para todos os
espanhol, somente estudos parâmetros de estudos.
com texto completo. estimulação
podem ser
- Avaliação de qualidade: necessários.
escala de Jadad - A intensidade da
estimulação se
relacionou
diretamente com a
ocorrência de
rouquidão, dor na
garganta, tosse e
dispneia.
Estudo 4. - Revisão sistemática - Incluiu 3 - Adultos e - Estimulação de baixa - Eficácia: - ENV é uma - Revisão sistemática sem
Cox JH et al. ECR crianças com frequência conforme redução de terapêutica efetiva metanálise;
2014 (18) - Bases consultadas: avaliando a epilepsia descrito em 50% ou mais levando a redução - Incluiu apenas estudos
PubMed e PsycInfo ENV, sendo 2 refratária Panebianco e Ghani de crises de convulsões em publicados em inglês;
Clinical utility em adultos e convulsivas; adultos e crianças
of implantable - Período da busca: não um em com epilepsia - Estudos incluídos em
neurostimulation especificado crianças - Segurança: refratária. revisões mais recentes.
devices as (todos efeitos - Efeitos adversos
adjunctive - Critérios de incluídos em adversos. agudos ocorrem
treatment of elegibilidade: ECR com no revisão em 3%–6% dos
mínimo 50 indivíduos sistemática de pacientes, e
45
uncontrolled avaliando eficácia clínica Panebianco e incluem
seizures de dispositivos de Ghani rouquidão,
implantáveis de paralisias faciais
neuroestimulação; Apenas inferiores, e
estudos em inglês infecção.
- Efeitos adversos
- Objetivos: avaliar a de longa duração
eficácia e segurança de mais comuns
dispositivos de incluem alterações
neuroestimulação na voz, dor na
implantáveis como garganta e
tratamento adjunto de rouquidão, esta
epilepsia refratária podendo ocorrer
em até 40% dos
casos.
- Efeitos adversos
graves como
assistolia e
bradicardia foram
relatados, em
incidência menor
que 0,1
Estudo 5. - Revisão sistemática com - 5 ECR com - Adultos e - Protocolos de alta e - Redução de - Metanálise de 3 - Estudos primários
Chambers A, et metanalise ENV crianças com baixa estimulação 50% ou mais ECR em adultos pequenos com problemas
al. 2013 (9) - 4 ECR com epilepsia descritos nos estudos de crises mostrou benefício metodológicos
- Bases consultadas: estimulação resistente ao de Panebiancho e convulsivas, de ENV no
Electrical MEDLINE, EMBASE, the cerebral tratamento Ghani uso de recursos desfecho de
stimulation for Cochrane Library, and the profunda medicamentoso em saúde, redução de 50%
drug-resistant Centre for Reviews and custos das convulsões:
epilepsy: an Dissemination (OR 1,95; IC
evidence-based 95%, 1,16 – 3,27)
analysis. - Data busca: jan 2007 a - Efeitos adversos
dez 2012 relatados foram na
46
maioria dos casos
- Critérios de transitórios e não
elegibilidade: revisões graves
sistemáticas, metanálises e - Redução no uso
ECR, em ausência de ECR, de recursos
incluídos estudos (hospitalizações e
observacionais visitas a
emergência)
- Objetivos: avaliar a
eficácia da estimulação
cerebral profunda e da ENV
no tratamento de epilepsia
refratária ao tratamento
medicamentoso
- Avaliação de qualidade da
evidência pelo método
GRADE
11.1. Anexo A - Apresentação dos resultados dos estudos de revisão incluídos (n=5)
47
Estudo Desenho Amostra População Intervenção/controle Desfechos Resultados Limitações/
considerações
48
National Diretriz clínica do - Diretriz - Adultos e - ENV - Diretriz - A ENV está
Clinical NICE – Reino clínica crianças com clínica indicada como
Excellence Unido epilepsia opção de
Institute (1) tratamento adjunto
para a redução de
(NICE), 2012, convulsões em
atualizado em pacientes adultos,
2016 jovens e crianças,
Epilepsies: refratários ao
diagnosis and tratamento
management medicamentoso e
não candidatos a
tratamento
cirúrgico (cirurgia
de ressecção). Essa
indicação se aplica
aos casos em que o
quadro dominante é
de epilepsia com
convulsões focais
(com ou sem
generalização
secundária).
49
11.3. Anexo C - Fluxograma da seleção dos estudos
50