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Podcast
Disciplina:Gerência de Risco
Título do tema: Controle de Risco
Autoria: Marcos Antonio Dias
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior

Abertura:

Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre robôs e veículos


autônomos e o compromisso da segurança no controle de risco.
Quando o assunto é controle de risco, a primeira etapa é familiarizar-se com as
tecnologias emergentes de segurança e, de maneira mais geral, com outros
propósitos que possam apoiar os esforços de segurança. Novos produtos estão
sendo desenvolvidos em um ritmo incrível e os profissionais de segurança
deverão acompanhar esta evolução do mercado produtivo através de
atualização de novas técnicas de gestão de risco, demandando esforços e
interação com os mais diversos profissionais da área tecnológica. Os novos
equipamentos digitais variam de drones e robôs a vestíveis para trabalhadores,
sensores de proximidade para veículos e até EPIs inteligentes.
Os EPIs inteligentes combinam os meios tradicionais de proteção com
materiais aprimorados ou componentes eletrônicos e pode coletar dados sobre
o usuário, o ambiente de trabalho ou seu próprio uso. Embora essas novas
tecnologias prometam maior segurança e conforto para os trabalhadores, ainda
existem muitos obstáculos que precisam ser superados para garantir seu uso
bem-sucedido.

Os produtos de tecnologia precisam ser avaliados e orçados para os períodos


futuros. O produto final que deve resultar desses esforços é um roteiro de
tecnologia. Embora tal plano possa mudar devido a problemas ou
desenvolvimentos futuros, ele fornecerá uma base para o planejamento de
outros aspectos de segurança que devem apoiar a tecnologia.

Robôs, e veículos autônomos em particular, agem no mundo físico. Acidentes


envolvendo esses sistemas são inevitáveis. Infelizmente, ainda acontecem
acidentes graves com estes sistemas e talvez não aconteçam mais no futuro,
caso os fabricantes consigam resolver os dilemas éticos da inteligência artificial
e outros problemas de programação.
Assumir o compromisso com a segurança desde o início é crucial. Qualquer
abordagem proativa à segurança do produto deve começar com uma análise
de risco completa. Uma análise de risco examinaria os tipos de problemas que
podem surgir com um produto, a probabilidade de ocorrência desses
problemas e a provável frequência e impacto desses problemas. Depois de
concluir essa análise, um fabricante pode analisar seu robô ou projeto de
produto de inteligência artificial, à luz dos riscos. Ele pode alterar as práticas de
projeto e engenharia para tratar de problemas potenciais e priorizar medidas de
mitigação de risco com base no que considera os riscos mais significativos. Ao
implementar este processo de gerenciamento de risco, um fabricante pode
obter orientação de uma série de padrões relevantes para robôs e sistemas de
inteligência artificial. No campo dos veículos autônomos, os padrões são
baseados nas seguintes normas:
 ISO 31.000 “Gestão de riscos - Diretrizes” (referente ao processo de
gestão de riscos).

 Diretrizes de desenvolvimento de software da Motor Industry Software


Reliability Association.

 IEC 61.508 Segurança funcional de sistemas elétricos / eletrônicos /


eletrônicos programáveis relacionados à segurança (norma de
segurança para sistemas eletrônicos e software).

 Família ISO 26.262 de padrões de “Segurança Funcional” que


implementam a IEC 61508 para a segurança funcional de sistemas
eletrônicos e software para automóveis.

A adesão às normas internacionais não pode isentar o fabricante de qualquer


responsabilidade, seja perante um júri ou perante a lei. No entanto, seguir os
padrões internacionais aumenta a credibilidade do programa de gerenciamento
de risco de um fabricante. Além disso, seguir os padrões ajuda o fabricante a
criar uma estrutura de controles para seu processo de gerenciamento de risco.
Tal estrutura tornaria a implementação e avaliação mais fáceis. Portanto,
organizar um programa de gerenciamento de risco com base nos métodos
especificados em padrões internacionais fornece uma base importante para a
defesa de litígios posteriores de responsabilidade do produto.
Além das etapas do projeto e programas de segurança mais imediatos, os
fabricantes de um determinado tipo de robô ou sistema de inteligência artificial
podem ser capazes de agir em conjunto para mitigar o risco para todo o setor
da indústria. Por exemplo, eles podem trabalhar em padrões de proteção e
segurança da informação para promover práticas seguras dentro do setor
industrial. Grupos comerciais e consórcios de compra podem ajudar os
fabricantes a promover a segurança entre os fabricantes de componentes.
Finalmente, um setor da indústria pode desejar criar e manter grupos de
compartilhamento de informações para desenvolver e promover práticas de
segurança entre os participantes da indústria.
Durante o processo de projeto, o gerenciamento eficaz de registros e
informações ajudará o fabricante a documentar e evidenciar seu compromisso
com a segurança. Documentos gerados simultaneamente com o processo de
projeto podem memorizar o programa de segurança de um fabricante e as
etapas que ele executa para cumprir seu compromisso com a segurança, e o
controle de risco.
Num cenário futurista, como proceder, se um defeito ou ataque cibernético
pudesse comprometer todas as instâncias de um determinado robô ou uma
rede inteira, frota ou indústria, o defeito ou ataque poderia causar acidentes
simultâneos generalizados em todo o país ou até mesmo no mundo?
Esse foi um exemplo sobre a responsabilidade da segurança em relação ao
controle de riscos, num mercado em evolução constante, altamente tecnológico
e sujeito a defeitos e (imagináveis) ataques cibernéticos. Destaca-se, portanto,
a importância do controle de risco.
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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