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TFC Joao Himi Final
TFC Joao Himi Final
LUBANGO/2022
O PLANEAMENTO FISCAL COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DAS MICRO,
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS: ESTUDO APLICADO ÀS MPME DA CIDADE DO
LUBANGO
Elaborado por:
João Américo Pacheco Himi
Orientadora:
Ana de Fátima Faro de Almeida, MSc.
Lubango/2022
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais Papusseco Himi e Adelaide
Kâmia Jorge Pacheco, com muita estima, pela educação, apoio
moral e financeiro. De igual modo, a todos que directa e
indirectamente me apoiaram para a concretização desse estudo.
I
Agradecimentos
Votos de gratidão a Deus pela vida e por permitir que eu tivesse força e saúde essenciais para
a conclusão do trabalho. Em seguida, mas não menos importante, agradeço a Dra. Fátima Faro
por ter prestigiado esse humilde trabalho, pela sua orientação com afinco, rigor técnico e moral
no decorrer de todo o trabalho, dando sempre o melhor de si na elaboração do mesmo
aplicando o devido rigor técnico científico exigido.
Deixo igualmente uma palavra de agradecimento muito especial a todos os professores que
com elevado brio me ensinarem o abc do saber e, sem os quais, eu não poderia nunca ter
chegado até aqui.
II
Epígrafe
“O planeamento não diz respeito as decisões futuras,
mas às implicações futuras das decisões presentes”.
(Drucker, 1980)
III
Resumo
Esta investigação teve como principal objectivo, identificar opções estratégicas fiscais mais
adequadas, inserida no âmbito do planeamento fiscal para melhoria das actividades das
Micros, Pequenas e Médias Empresas (MPME). O cenário de negócios encontra-se em
constante volatilidade, o que acarreta um surgimento acelerado de novos procedimentos,
técnicas e normas da prática fiscais, com esta investigação pretendeu-se, igualmente,
descrever os fundamentos teóricos que sustentam o planeamento fiscal, bem como a influência
deste na tomada de decisões dos gestores das MPME.
Para o estudo foi utilizada uma pesquisa bibliográfica, descritiva, documental e de campo,
com uma abordagem quantitativa e qualitativa, aplicada as Micros, Pequenas e Médias
Empresas, com incidência em algumas MPME, com o auxílio dos métodos utilizados e a
análise efectuada aos dados, permitiu-se dar resposta ao problema científico formulado e
chegar a conclusões satisfatórias quanto ao impacto significativo do alinhamento e domínio
das normas fiscais no processo contabilístico e a adopção de melhores práticas fiscais, no
processo de tomada de decisão, relacionadas a essas matérias, a fim de trazer melhorias a
gestão da empresa em seus diversos domínios.
IV
Abstract
This research had as main objective, to identify more appropriate strategic fiscal options,
inserted in the scope of tax planning to improve the activities of Micros, Small and Medium
Enterprises (MSMEs). The business scenario is in constant volatility, which results in an
accelerated emergence of new procedures, techniques and standards of physical practice,
hence this research also intended to describe the theoretical foundations that underpin fiscal
planning, as well as its influence on the decision-making of MSMEs managers.
For the study, a bibliographic, descriptive, documentary and field research was used, with a
quantitative and qualitative approach, applied to Micros, Small and Medium Enterprises, with
incidence in some MSMEs, with the aid of the methods used and the analysis of the data,
allowed to respond to the scientific problem formulated and reach conclusions satisfactory as
to the significant impact of the alignment and mastery of tax standards in the accounting
process and the adoption of tax best practices in the decision-making process related to these
matters, in order to bring improvements to the management of the company in its various
fields.
V
Lista de siglas e acrónimos
CC Código Comercial
VI
Índice
Dedicatória................................................................................................................................ I
Agradecimentos ....................................................................................................................... II
Resumo .................................................................................................................................. IV
Abstract .................................................................................................................................... V
Lista de gráficos....................................................................................................................... X
Introdução ................................................................................................................................. 1
Conclusão ............................................................................................................................... 41
Sugestões ................................................................................................................................ 42
Recomendações ...................................................................................................................... 43
ANEXOS ................................................................................................................................ 46
VIII
Lista de tabelas
Tabela 1- Funções de gestão ................................................................................................... 14
Tabela 2- Atribuição dos Benefícios Fiscais em Função das Zonas de Desenvolvimento .... 25
IX
Lista de gráficos
X
Introdução
O contexto actual, a que estão sujeitas as empresas públicas e privadas leva-nos a concluir que
a gestão e, por conseguinte, o planeamento fiscal devem ocupar um lugar de destaque no
processo de tomada de decisão dos gestores.
Note-se que o actual contexto económico requer mais envolvimento na criação de valor por
parte da utilização do planeamento fiscal nas empresas, uma vez que os benefícios fiscais
fazem parte da política fiscal de estímulo ou fomento que o Estado utiliza para atingir certos
objectivos políticos, sociais e económicos, da mesma forma para as empresas, em particular
às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) torna-se relevante o conhecimento dos
benefícios fiscais atribuído por lei de maneira a evitar a elevada carga fiscal proporcionando
a criação de valores das empresas, bem como uma gestão mais eficiente das mesmas.
Por conseguinte, o entendimento da legislação fiscal não é domínio de todos, pelo que, o
envolvimento de profissionais competentes na área permitirá levar ao conhecimento dos
interessados os seus benefícios para dela tirarem proveito legítimo através de ganhos nas suas
empresas (Fernandes, 2013).
Daí que, para uma boa gestão, é necessário tomar decisões certas e para tomar boas decisões
é necessário conhecer bem o que é, e o que deve ser uma empresa, obter a informação
necessária para tomar decisões e saber interpretar essa informação.
Problema de investigação
Qual é o impacto do planeamento fiscal nos resultados das Micro, Pequenas e Médias
Empresas da cidade do Lubango?
Objectivos da pesquisa
Objectivo geral
1
Objectivos específicos
Hipótese
O sucesso e crescimento das empresas depende muito das acções e decisões no âmbito fiscal,
existindo então uma relação entre essas e a gestão eficiente e eficaz dos recursos da
organização.
Metodologia
Justificativa
A selecção e motivação pessoal para o tema em apreço, que trata do planeamento fiscal como
ferramenta de gestão das MPME da cidade do Lubango, deu-se por um lado, pelo facto de ser
de extrema relevância para as empresas, para classe contabilística, para comunidade
académica e para sociedade em geral, pois permitirá aos leitores interessados um
2
conhecimento mais abrangente e uma visão ampla sobre as melhores técnicas, metodologia
contabilísticas e opções estratégicas fiscais que o país, em torno do seu processo de reforma
fiscal, lhes proporciona a fim de alavancarmos a economia nacional e conquistarmos
investidores com uma certa robustez e posterior concorrermos em outros mercados.
Por outra, esta pesquisa mostra-se necessária pois, as micro, pequenas e médias empresas, a
luz da lei das MPME, têm sido dos principais instrumentos de sustentação das economias
modernas, incluindo as dos países mais desenvolvidos, não apenas por participarem na
redução do desemprego, mas também por se ajustarem às necessidades das comunidades e,
com isso, contribuírem significativamente para a redução da informalidade e da pobreza.
Fica claro que, enquanto académicos, somos chamados a participar dessa nobre missão e
causa comum da nação angolana, e uma das formas de ajudar é com a realização deste
trabalho, que trará consigo uma componente metodológica e sugestões dos procedimentos
actuais existentes nas empresas a nível local, para assim apontar os pontos fortes, fracos e
sugerir melhorias em suas actividades diárias nos aspectos relativo ao estudo que se propõem.
Além das razões mencionadas, o estudo mostra-se viável pela pouca utilização ou adesão aos
benefícios fiscais por parte das Micro, Pequenas e Médias Empresas, uma vez que estes,
existem na legislação fiscal e proporcionam uma criação de valor para as empresas, bem como
a influência significativa nas tomadas de suas decisões.
Estrutura do trabalho
3
CÁPITULO 1. REVISÃO DA LITERATURA
O Estado, para atingir a sua finalidade de promover o bem comum, e financiar-, exerce
funções para cujo custeio é preciso recursos financeiros ou receitas, e estas receitas provêm
de várias fontes pelo que nos focamos simplesmente naquela relacionada com a imposição
tributária. O direito de tributar do Estado decorre do seu poder de império pelo qual pode fazer
derivar para os seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua jurisdição
(sujeito passivo).
Por um lado, o Estado preocupado com arrecadação de mais receitas, e por outro, o sujeito
passivo com o pagamento de menor imposto possível, para tal, o sistema fiscal angolano
aceita, e até compactua com determinadas práticas do planeamento fiscal como forma de
manter a justiça e legalidade tributária, permitindo desta forma que as empresas no exercício
de suas actividades minimizem ao máximo a sua carga fiscal. Este é um direito subjectivo do
sujeito passivo no que respeita as suas obrigações fiscais, mas também fundamental para a
segurança das relações tributárias.
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1.2. A Fiscalidade
A questão fiscal surgiu com a fisiocracia, teoria desenvolvida por um grupo de economistas
franceses do século XVIII. Porém, foi na escola clássica, onde se desenvolveu de forma mais
intensificada esta temática, que se realizou um estudo aprofundado no qual se verificou o
papel do Estado na classificação das receitas e despesas (Amorim, 2018).
Para Santos (1999), a fiscalidade pode ser entendida com um complexo de impostos que
vigoram num determinado espaço territorial, bem como um conjunto (sistema) de leis e
regulamentos administrativos.
Desta forma, podemos dizer que a fiscalidade serve de mediador entre o Estado e outros entes
públicos, estabelecendo para o efeito um conjunto de normas que regulam as várias fases do
imposto, daí resultante a relação jurídica tributária.
Segundo COXE (2012) citado por Daniel (2018), o processo tributário assenta em
determinados princípios gerais de carácter universal também conhecidos por princípios Gerais
de Direito Fiscal. Tais princípios são os seguintes:
5
b) Princípio da tipicidade: princípio que decorre do anterior e expressa que os
elementos essenciais do imposto (incidência, taxas, benefícios fiscais e garantias dos
contribuintes) devem estar tipificados na Lei, ou seja, todo e qualquer imposto que
deverá incidir sobre as actividades dos agentes económico e dos contribuintes em
geral, deve constar numa lei aprovada pelo órgão legislativo e a mesmo deve respeitar
a constituição e a lei.
c) O princípio da anualidade: decorre da previsão que deve ser feita ao plano
financeiro anual ou plurianual do Estado (orçamento) na arrecadação de receitas, bem
como quaisquer alterações a implementar que seja onerosa para os contribuintes. Pode
se dizer que «com este princípio estabelece-se a obrigatoriedade de que os impostos
a cobrar aos cidadãos devem ser aprovados anualmente na Assembleia Nacional.
d) Princípio da eficiência e eficácia: faz referência a atuação da Administração
Tributaria no que toca a eficiência no cumprimento das obrigações fiscais e
aduaneiras resultantes do exercício de uma determinada actividade económica e
empresarial, bem como executar a política tributária do Estado e assegurar o seu
integral cumprimento, acções essas que possibilitam o Estado alcançar as metas e
objectivos estabelecidos (eficiência e eficácia), pois a finalidade dos impostos é a
mobilização de receitas para satisfazer as necessidades financeiras do Estado.
As receitas do Estado necessárias para o exercício das suas actividades, com o objectivo de
satisfazer as necessidades colectivas dispõem diversas fontes, e dentre elas consta como
principal e imprescindível a cobrança de imposto, que é feita tendo em conta determinadas
regras previamente estabelecidas, regras essas que têm a sua génese a Constituição da
República de Angola (CRA), na qual vem plasmada os princípios fundamentais que
constituem a base da fiscalidade.
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Na generalidade dos ordenamentos jurídicos, e desde os primórdios da tributação sobre o
rendimento das sociedades, o direito tributário utiliza a contabilidade como um instrumento
para proceder a determinação do rendimento tributável, sendo que esta relação aparece
formalmente estabelecida na legislação. O ordenamento jurídico angolano nos termos da
legislação fiscal em vigor no país, estabelece as normas pelas quais a contabilidade deve se
pautar no que concerne a sua atuação e procedimentos fiscais a utilizar para o apuramento da
matéria colectável.
Segundo Sebastião (2013), o sistema fiscal compreende aos conjuntos dos impostos vigentes
num determinado país e aos órgãos do Estado que têm função de administrar estes impostos.
Cambanje (2016), define o sistema fiscal como um conjunto de impostos existentes num certo
espaço, reportando-se, sobretudo, ao domínio normativo, ou seja, a legislação fiscal existente.
A CRA, no seu artigo 101º estabelece que o sistema fiscal visa satisfazer as necessidades
financeiras do Estado e outras entidades Públicas, assegurar a realização da política económica
e social do Estado e proceder a uma justa repartição dos rendimentos e da riqueza nacional.
O sistema fiscal angolano como anteriormente referimos, é regido por um conjunto de normas
jurídicas, consagradas constitucionalmente, em códigos e outras legislações avulsas sobre a
matéria tributária
O sistema fiscal angolano está organizado em dois regimes de tributação que são: o regime
geral (relacionado com a tributação das actividades comerciais, excluindo as actividades
comercias da indústria mineira e petrolífera) e o especial (abrange unicamente a tributação
das actividades comerciais da indústria mineira e petrolífera). Sua estrutura de tributação
assenta de forma concisa na seguinte:
Segundo Santos (1999), o imposto ou o tributo numa fase primária anterior ao renascimento,
como forma arcaica e não institucionalizada da exigência legítima de impostos, sem
contraprestações pelos detentores do poder político tinha um único objectivo (a finalidade
clássica) o máximo de receita para com ela enriquecer o erário público e cobrir despesas
públicas, mantendo-se esta finalidade reditícia como principal objectivo de qualquer sistema
fiscal. Com a revolução industrial, e com agravamento dos desequilíbrios socias, surgem
problemas de ordem económica e política que levam a necessidade de realização da justiça
entre os cidadãos, nasceu assim o segundo grande objectivo dos impostos (justiça social).
Para debruçarmo-nos sobre os impostos vale, antes, trazer alguns comentários sobre os
tributos, sendo que aquele deriva deste.
Segundo Sequeira (2016), o tributo “é uma prestação patrimonial definitiva, estabelecida por
lei, a favor de uma entidade que tem como responsabilidade o exercício de funções públicas,
para a satisfação de fins públicos.” (p. 33)
Os tributos podem ser classificados em: tributos estaduais (aqueles cujo o sujeito activo seja
a administração directa do Estado ou qualquer órgão da sua administração indirecta, e tributos
locais (aqueles cujo os sujeitos activos, sejam municípios, organizações supramunicipais ou
outros órgãos territoriais do Estado, assim designados por lei).
Existem diferenças interessantes que distinguem o imposto e estas figuras afins, mas
analisaremos apenas os aspectos relacionados aos impostos.
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O imposto, nos dias de hoje, é considerado como a principal fonte de receita a favor do Estado,
uma vez que este para satisfazer as suas necessidades públicas recorre aos meios fiscais para
a satisfação das suas necessidades colectivas (Cardoso, 2019, p. 9).
O imposto é uma prestação coativa, pecuniária, unilateral, estabelecida pela lei a favor do
Estado ou de outro ente público, sem carácter de sanção, com vista à cobertura das despesas
públicas (finalidades fiscais do imposto) e ainda tendo em atenção objectivos de ordem
económica e social (finalidades extrafiscais do imposto).
Existem vários critérios que servem de base para a classificação ou arrumação dos impostos
vigentes num determinado sistema fiscal e por forma a resumi-las apresentaremos algumas de
forma geral:
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Impostos pessoais: são os que tributam as pessoas independentemente da sua
condição económica;
Impostos reais: são os que tributam os rendimentos de que as pessoas são titulares,
mas tendo em conta a situação pessoal dos contribuintes;
Impostos estaduais: são os impostos em que o sujeito activo é o Estado;
Impostos não estaduais: têm como sujeito activo não o Estado, mas uma pessoa
colectiva de direito público como por exemplo uma autarquia local;
Impostos gerais: são os impostos que são cobrados em todo o território nacional;
Impostos locais: são os impostos que se limitam a ser aplicados a uma região;
Impostos de obrigação periódica/periódicos: são os impostos que se repetem
ciclicamente;
Impostos de obrigação única: são impostos que se verificam ocasionalmente, ou seja,
basta a verificação do facto gerador para o imposto se tornar exigível.
Impostos de taxa fixa: são aqueles em o imposto a pagar é constituído por uma
importância certa e igual para todos;
Impostos de taxa variável: são aqueles em que o imposto a pagar está dependente de
uma taxa ou quota variável, podendo ser proporcionais, progressivos, regressivos e
degressivos.
Os impostos cumprem uma importante função na sociedade moderna, uma vez que com os
recursos arrecadados pelo Estado via tributação, o mesmo consegue financiar-se e prover
bens públicos a população.
A relação jurídica-tributária pode ser entendida como uma relação ou vínculo estabelecida
entre o estado ou entes públicos equiparados, enquanto Administração Tributária (sujeito
activo) e as pessoas singulares ou colectivas (sujeito passivo) e os entes fiscalmente
equiparados a estas, nos termos da lei, alínea r) do nº1 do art. 2º do CGT. Esta relação
caracteriza-se da seguinte forma:
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pessoa singular ou colectiva, em relação a qual se devem verificar os elementos
assentes do pressuposto do imposto e que é visada pela lei como devendo sofrer um
certo desfalque patrimonial a título do imposto);
Objecto: comporta duas realidades distintas: O direito do sujeito activo ao imposto e
a obrigação tributária do sujeito passivo;
Facto: no que respeita ao facto, por um lado é para o sujeito activo a constituição do
direito a exigência do imposto, e por outro lado é para o sujeito passivo a obrigação
do pagamento do imposto;
Garantias: são todas a liberalidades, actos impugnatórios e vantagens reservadas por
lei ao sujeito passivo para fazer valer seus direitos prescritos por lei, conforme expressa
o artigo 23.º do CGT.
1.5. A Gestão e sua evolução
Esta nova gestão ou administração é, pois, resultado do crescimento acelerado das empresas
que passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir a improvisação, e a
necessidade de maior produtividade das empresas para fazer face à competição no mercado.
Desde muito tempo que a gestão é vista como um elemento mágico para o desenvolvimento
de qualquer negócio, uma vez que esta, quando qualificada aumenta a capacidade competitiva
das empresas. É aos gestores que cumpre definir a visão, missão, objectivos, trançar planos,
obter recursos e aplicá-lo da forma mais eficiente e eficaz.
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com estrutura para ofertar produtos e/ou serviços, satisfazendo às necessidades do mercado
enquanto remunera o capital.
O grande desafio desta última década, vem sendo a capacidade e a competência diária que as
organizações enfrentam para se adaptarem e levarem a todos os seus níveis hierárquico e
funcionais da alta gerência ao piso da empresa, a incorporação de novos modelos, métodos,
técnicas, instrumentos, atitudes, e comportamento necessário a mudanças, inovações, e a
sobrevivência competitiva no mercado.
Actualmente muitos profissionais assumem funções de gestão à medida que avançam nas suas
carreiras, arcando com mais responsabilidades, liderando equipas e projectos, desta forma é
imprescindível o conhecimento de gestão para o alcance do sucesso individual e empresarial.
A gestão moderna de empresas competitivas, requer a análise externa do meio envolvente e
interna da empresa, para melhor acção estratégica quer no mercado nacional, quer
internacional.
Teixeira (2000), conceitua a gestão como o processo de se conseguir obter resultados (bens
ou serviços) com o esforço dos outros, pressupondo a existência de uma organização, isto é,
várias pessoas que desenvolvem uma actividade em conjunto para melhor atingirem
objectivos comuns.
Em conformidade com Santos (2013), Existe gestão sempre que se executar continuamente
um conjunto de actividades utilizando vários recursos e que de forma sistematizada, se forem
tomando decisões que tornam mais eficiente a execução dessas actividades.
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Assim para gestão de uma organização ser eficaz e eficiente, é necessário existir uma actuação
deliberada na prossecução dos seus objectivos e uma aplicação adequada dos seus recursos,
com vista à satisfação dos interesses de todos os que estão nela envolvida.
Segundo Reis (2020), A gestão abarca, portanto, quatro funções fundamentais: planeamento,
organização, direcção e controlo, explicadas conforme a tabela abaixo.
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Tabela 1- Funções de gestão
Função Descrição
ser feito, como fazê-lo, quando, por quem e com que meios.
____________ ___________________________________________________________
____________ ___________________________________________________________
___________ ____________________________________________________________
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1.5.3. Aptidões do gestor
Para ser eficiente e eficaz, o gestor deve possuir e continuamente desenvolver varias aptidões
essenciais. Geralmente consideram-se fundamentais três tipos de aptidões necessárias:
Para Sequeira (2016), a gestão fiscal é uma actividade que, em face de um determinado
objectivo, analisa de forma crítica e comparativa os meios disponíveis e o seu tratamento
fiscal, com vista à identificação das opções disponíveis e à escolha da mais adequada, segundo
uma lógica de maximização da eficiência fiscal. (p. 53)
Esta gestão fiscal por ser uma questão de bom governo das empresas, é tão importante quanto
a própria actividade de planeamento fiscal, pois em primeiro lugar, as opções da empresa
podem ser condicionadas de forma decisiva pelo seu tratamento fiscal, e depois, as opções
disponíveis comportam um nível de risco diferente, que deve ser previsto e acautelado pela
gestão da empresa.
A repercussão da gestão fiscal é notária pela importância do planeamento fiscal nas empresas,
quer se trate de uma grande empresa, quer MPME, pois os benefícios desse planeamento é
propiciar a aplicação da elisão fiscal.
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diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos e desde que a forma
do negócio celebrado seja jurídico e lícito, a AGT deve respeitá-la (Sequeira, 2016).
A elisão fiscal caracteriza-se por condutas que podem não constituir um acto ilícito, abusivo,
anormal ou atípico mas que podem todavia, situar-se fora da área de abrangência da lei fiscal
– extra legem.
O conceito de elisão fiscal não pode ser confundido com o conceito de evasão fiscal, pois na
elisão fiscal lícita não há uma violação das regras jurídicas ao contrário do que sucede com a
evasão fiscal.
Segundo Vasco (2015), na sua magna apresentação ‘‘o planeamento fiscal na economia
moderna’’ afirma que os gestores devem empreender suas acções de modo a salvaguardar um
bom planeamento tributário, incidindo seus objectivos na análise fiscal, devendo aplicar
alguns dos seguintes procedimentos:
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1.7. Planeamento fiscal
1.7.1. Enquadramento
Uma grande parte do tecido empresarial existente em Angola é constituída por Micro,
Pequenas e Médias Empresas, ficando a gestão das mesmas ao cargo dos próprios
empresários.
Para Fernandes (2013), esses empresários apresentam uma carência significativa a nível do
conhecimento da legislação fiscal em vigor, originado em parte pela sua falta de formação
académica ou pela dificuldade na sua compreensão e nas alterações constantes.
A concomitante falta de sensibilidade dos gestores para o tema, determina por vezes, que as
suas tomadas de decisões não sejam baseadas num planeamento fiscal, tendo especialmente
como principal função a manutenção e continuidade dos seus negócios. Devido ao actual
contexto económico, ao mundo da globalização e ao esmagamento das margens de
comercialização, as empresas têm necessidade de se tornarem mais competitivas, por essa
razão, cada vez mais a gestão fiscal e, por conseguinte, o planeamento fiscal deve tomar um
lugar de destaque na gestão das empresas, a fim de melhorar a rendibilidade das mesmas,
usando as medidas de planeamento fiscal que a lei proporciona.
Com o planeamento fiscal as empresas procuram optimizar a sua factura fiscal numa dada
jurisdição, recorrendo a mecanismos legislativos ou administrativos existentes no quadro
desse único espaço fiscal ou jogando com a imprecisão ou ambiguidade da lei interna.
Para Santos (2010), o planeamento fiscal limitar-se a utilizar certos benefícios fiscais,
exclusões ou reduções que o legislador põe à sua disposição. Noutros casos, limitar-se à
escolha da opção fiscalmente mais favorável entre duas ou mais soluções que a própria lei
fiscal lhe proporciona (alternativas fiscais), como, por exemplo, nos casos em que o quadro
legal permita a opção entre possuir ou não contabilidade organizada, entre ser tributada em
imposto sobre o rendimento das pessoas singulares por taxas liberatórias ou por englobamento
de rendimentos ou entre integrar ou não um regime simplificado.
Por vezes, perante uma lei ambígua, que comporta vários sentidos, o contribuinte procura
escolher aquele que lhe é fiscalmente menos prejudicial, outras vezes ainda, procura a via do
negócio fiscalmente menos oneroso para atingir um determinado resultado económico.
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1.7.2. Conceitos de planeamento fiscal
Na actual realidade económica das MPME, o planeamento fiscal vem ganhando espaço, quer
no acto da constituição das mesmas, quer no acto da sua gestão, tendo por vista a redução de
encargo fiscal e maximização das riquezas dos seus accionistas.
Existem várias definições, apresentadas por especialistas de diferentes áreas, que têm definido
o planeamento fiscal consoante os seus pontos de vista.
Sanches (2006) citado por Fernandes (2013) define que o planeamento fiscal consiste numa
técnica de redução da carga fiscal pela qual o sujeito passivo renuncia a um certo
comportamento por este estar ligado a uma obrigação tributária ou escolhe, entre as várias
soluções que lhe são proporcionadas pelo ordenamento jurídico, aquela que, por acção
intencional ou omissão do legislador, está acompanhada de menos encargos fiscais.
Segundo Magalhães (2020), no seu magno livro relata que o planeamento fiscal se trata de um
conjunto de opções levadas a cabo por um determinado contribuinte, que tem em vista a
poupança de despesas fiscais, pelo que não deve confundir-se o direito ao planeamento fiscal
legítimo com práticas abusivas ou até mesmo ilícitas, pois não estamos a referir-nos às
mesmas realidades.
Para Sequeira (2016), o planeamento fiscal trata-se, na verdade de uma organização na vida
do contribuinte (pessoa física ou jurídica), que, atento às normas fixadas pela legislação
tributárias, escolhe os meios legais com menor incidência tributária. Apresentando desta
forma três finalidades do planeamento fiscal.
O planeamento fiscal intra legem (como será doravante designado), legítimo ou ainda tax
planning na linguagem anglo-saxónica, consiste, na possibilidade de redução da carga fiscal
pela qual o sujeito passivo renuncia a um certo comportamento por este estar ligado a uma
obrigação tributária ou escolhe, entre as várias soluções que lhe são proporcionadas pelo
ordenamento jurídico aquela que por acção intencional ou omissão do legislador fiscal, está
acompanhada de menos encargos fiscais.
O Planeamento fiscal se situa dentro dentro das faculdades permitidas pelo legislador,
traduzindo-se na liberdade de escolha da melhor solução, observada a concreta situação fiscal
de um dado contribuinte (pessoa singular ou colectiva), daí a designação do planeamento intra
legem, uma vez que a poupança fiscal conseguida, é concebida pelo legislador expressa ou
implicitamente (Magalhães, 2020).
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Esta poupança fiscal é levada a cabo com recurso a vários mecanismos, nomeadamente, as
exclusões fiscais, as deduções específicas, o reporte de prejuízos, as isenções fiscais, e ainda
estabelecimento de zonas francas.
Para Santos (2010), O planeamento fiscal, ligada à autonomia privada, implica uma não
violação de normas penais ou contra-ordenacionais, gerais ou específicas, da fiscalidade. Isto
é particularmente claro em relação a comportamentos permitidos por lei, caso em que o
comportamento do contribuinte está acima de qualquer suspeita.
Ora, das definições expostas acima, podemos resumidamente definir o planeamento fiscal
como sendo uma forma lícita de reduzir a carga fiscal exigindo uma alta doce de conhecimento
técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo,
pelo que não deve ser confundido com outras formas de minimização dos impostos existindo
assim uma linha que o distingui da fraude e evasão fiscal, ou seja, o planeamento fiscal baseia-
se no uso das alternativas e lacunas autorizadas (de forma lícita) nas leis, visando tomadas de
decisões que optimizem a fiscalidade das empresas ou seja eleger entre as opções lícitas
disponíveis as que se apresentam mais vantajosa para a empresa, de forma a obter, através de
meios legais, uma redução na factura fiscal.
O planeamento fiscal intra-legem ou legítimo consiste numa técnica de redução da carga fiscal
pela qual o sujeito passivo renuncia a um certo comportamento por este estar ligado a uma
obrigação tributária ou escolhe, entre as várias soluções que lhe são proporcionadas pelo
ordenamento jurídico, aquela que, por acção intencional ou omissão do legislador fiscal, está
acompanhada de menos encargos fiscais.
Planeamento extra legem: a elisão fiscal, que configura uma actuação extra legem,
conduz a uma poupança fiscal através da utilização de negócios jurídicos que não estão
expressos nas normas tributárias. No entanto, não significa por isso que estejamos
perante a prática de actos ilícitos ou anómalos.
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Aqui a poupança de despesas fiscais verifica-se através da utilização de artifícios jurídicos
que não se encontram previstos nem na letra nem no espírito das normas de incidência fiscal
ou, estando nelas previstos, apresentam um nível de tributação diferente daquele que
concretamente se consegue, na prática, através da utilização desses mesmos artifícios, o que
leva a soluções de mais baixa tributação ou de tributação inexistente.
Estamos perante comportamentos culposos que a lei tipifica como merecedores de um juízo
de censura ética particularmente intenso, ou porque ferem valores basilares protegidos pelo
direito penal ou porque violam deveres acessórios da obrigação fiscal, podendo tais
comportamentos pôr em causa o funcionamento do próprio sistema tributário. Estes
comportamentos, que por meios ilícitos, procuram escapar à obrigação de imposto, causando
dano ao valor jurídico integram a esfera da evasão fiscal em sentido amplo (Santos, 2010).
Contrariamente ao que acontece nas modalidades anteriores, aqui o contribuinte prática actos
ilícitos, cujo resultado não é aceite pelo ordenamento jurídico em questão, já que estes
contrariam os princípios fundamentais do sistema fiscal, designadamente o princípio da
igualdade e o princípio da capacidade contributiva. Neste caso, estamos perante ao
planeamento fiscal abusivo, agressivo, excessivo.
1.7.4. Finalidades
Adoptando os ensinamentos de Sequeira (2016), o planeamento fiscal pode ter três
finalidades:
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1. 8. Prática contabilística
Uma vez que a Contabilidade é a ciência da relevação patrimonial, ou seja, se destina a
evidenciar a variação ocorrida no património da empresa. Essa ciência económica tem
evoluído de forma exponencial, e hoje é inegável que as empresas tenham conhecimento de
suas práticas para agirem de forma prudente no acto da tomada de decisão.
Tal prática, segundo Soares (2010), em seu livro “Sistema de Normalização Contabilística”,
é apresentada, resumidamente, em 3 ópticas, como veremos abaixo, que segundo o autor
considera como as ópticas da prática contabilística.
Para Soares (2010), na prática contabilística há a considerar três ópticas, que são:
Segundo Fonseca (2011) citado por Amorim (2018), a contabilidade e a fiscalidade têm como
objetivo avaliar a realidade económica das empresas, todavia existem vertentes diferentes, por
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um lado, a contabilidade procura dar uma imagem verdadeira e apropriada da empresa, tendo
como base os acontecimentos económico-financeiros para poder proporcionar aos utilizadores
de informação financeira a realidade da empresa. Já a fiscalidade tem como principal objetivo
obter o maior número de receitas tributárias para entregar ao Estado para fins públicos.
Apesar de a contabilidade ser regida por regras ou regulamentação próprios está, tem que ter
em conta a legislação tributária actual para executar corretamente a sua actividade, porém, a
fiscalidade utiliza o resultado apurado pela contabilidade para determinar o imposto devido.
A lei que define o tratamento diferenciado que devem merecer as MPME, bem como as
condições de acesso aos respectivos incentivos e facilidades é a Lei n.º 30/11, de 13 de
Setembro com as necessárias alterações introduzidas pela Lei n.º 10/17, de 30 de Junho/ lei
8/22 de 14 de Abril
Importa referir que pode ser MPME, as sociedades comerciais e industriais que adoptarem a
forma de sociedade por quotas, sociedades unipessoais, sociedades em nome colectivo e as
sociedades anónimas dada a condição prevista na Lei n.º 10/17 de 30 de Junho, lei de alteração
à Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro.
As MPME no exercício das suas actividades estão sujeitas a tributação pelos diversos
impostos que compõem o sistema fiscal angolano, estabelecendo assim uma relação jurídico-
tributária sempre que se verificar o facto gerador do imposto e demais elementos objecto de
tributação.
Porém, elas têm um tratamento diferenciado, estabelecida em lei própria, que define as várias
iniciativas destinadas a facilitar o acesso das empresas certificadas pelo INAPEM, como
MPME. E o acesso aos incentivos fiscais pressupõe o seu enquadramento e posterior
certificação com base na lei, como versa artigo 9.º da Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro e
demais legislações complementares
22
1.9.1.1. Classificação das MPME
De acordo com a Lei 30/11 de 13 de Setembro, com as devidas alterações feita pela lei 10/17,
de 30 de Junho, a classificação da tipologia de Micro, Pequenas e Médias Empresas, é
efectuada tendo em consideração dois critérios: o número de trabalhadores efectivos e o
volume de facturação total anual, sendo este último prevalece sempre que for necessário
decidir sobre a classificação das mesmas.
a) Micro empresas, aquelas que empreguem até 10 trabalhadores e/ou tenham uma
facturação bruta anual não superior em Kwanzas ao equivalente a USD 250 mil;
c) Médias empresas, aquelas que empreguem mais de 100 até 200 trabalhadores e/ou
tenham uma facturação bruta anual em Kwanzas superior ao equivalente a USD 3 milhões e
igual ou inferior a USD 10 milhões. Para o cálculo só são considerados trabalhadores, as
pessoas com contracto de trabalho, registados na Segurança Social, e que que tenham
trabalhado na empresa durante pelo menos seis meses seguidos.
23
O pagamento a que se referimos acima deve ser realizado até ao 15.º dia útil do mês seguinte,
nos termos da alínea a), do n.º 1 do artigo 42.º da Lei que aprova o Código dos Benefícios
Fiscais, não estando mais sujeitas à liquidação e pagamento provisório deste imposto, por
estarem sujeitas ao regime de pagamento especial por conta.
24
1.9.1.3 Regime fiscal das Pequenas e Médias Empresas
Os lucros resultantes no âmbito das MPME, para as Pequenas e Médias Empresas com
contabilidade, enquadram-se no regime geral do imposto industrial, têm benefício fiscal, que
se traduz essencialmente na redução das taxas por um período de 2 anos renováveis, previstas
no Código dos Benefícios Fiscais, em função das zonas de desenvolvimento, calculada como
segue abaixo.
Fonte: Lei 8/22, de 14 de Abril, artigo 42º alínea b) do n.º 1, aprova o Código dos Benefícios Fiscais.
Porém, os contribuintes do Regime Geral quer sejam Pequenas ou Médias Empresas que
deixarem de ter contabilidade organizada ou simplificada, deixam de gozar os benefícios
fiscais no mesmo exercício e devem comunicar ao INAPEM, para cancelamento do
certificado, pois, à luz do n.º 5 e 6 do artigo 20.º da Lei das MPME, as Pequenas empresas
devem ter no mínimo contabilidade simplificada, e as médias empresas contabilidade geral.
25
Quanto ao imposto industrial provisório, a actividade for de venda de bens e prestações de
serviços, essas estão sujeitos a retenção na fonte “autoliquidação” em sede do Imposto
Industrial, e devem efectuar o pagamento que resulta da aplicação da taxa de 2% sobre as
vendas recebidas do primeiro semestre que é pago até o último dia útil do mês de Agosto,
independentemente da zona, conforme do n.º 1 e 9 do artigo 66.º da lei que altera o CII, e n.º
2 do artigo 66.º do CII.
Essas empresas, quando certificadas pelo INAPEM, enquadradas no regime geral do IVA,
estão isentas do Imposto de Selo da verba 23.3, nos termos do n.º 1 do artigo 7º da lei que
aprova o Código do IVA.
Sempre que realizarem uma transmissão de bens e/ou prestações de serviços sujeita ao
imposto IVA, conforme o CIVA e leis conexas, estão obrigadas a adicionar ao valor global da
sua factura, 14% de IVA. O pagamento do IVA para esses contribuintes é mensal e resulta da
diferença entre o IVA liquidado e suportado pela empresa.
As obrigações contabilísticas, para as MPME, conforme disposições vertidas na Lei n.º 30/11,
são as seguintes:
Para as micro empresas deve utilizar o livro de registo de compra e vendas; as pequenas
empresas devem utilizar contabilidade simplificada e as médias empresas devem utilizar
contabilidade geral.
26
obrigação fiscal que é do cumprimento da obrigação da relação jurídico tributária, dito de
outro modo, o pagamento do imposto, podemos de grosso modo agrupar as obrigações em
dois grupos: obrigações declarativas e acessórias.
São declarativas as obrigações plasmadas em cada código do imposto, ou seja aquelas que
devem ser submetidas caso se verificar o facto gerador no âmbito de um imposto específico,
por exemplo, caso se trate de sujeitos passivos do IVA, estes estão obrigados a entregar a
declaração de início, de alteração ou cessação da sua actividade e entregar mensalmente a
declaração periódica e seus anexos correspondentes às operações efectuadas no exercício da
sua actividade no decurso do mês procedente.
Para efeitos das MPME, em sede do CII, as obrigações declarativas incluem, entre outras:
Modelo do livro de registo (Micro Empresa); Modelo de contabilidade simplificada (Pequena
Empresa); Modelo 1 (Média Empresa).
Já as obrigações acessórias, como o próprio nome indica, são todas aquelas complementares
a obrigação principal do sujeito passivo, que visam possibilitar o apuramento e pagamento do
imposto corretamente, nomeadamente, a exibição de documentos fiscalmente relevantes,
incluindo a contabilidade ou escrita, prestação de informações e outras.
27
CÁPITULO 2. METODOLOGIA DO ESTUDO
Em conformidade com Prodanov & Freitas (2013), a metodologia é compreendida como uma
disciplina que consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para
a realização de uma pesquisa académica. A metodologia, em um nível aplicado, examina,
descreve e avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam a colecta e o processamento
de informações, visando ao encaminhamento e à resolução de problemas ou questões de
investigação (Prodanov & Freitas, 2013).
Para Prodanov & Freitas (2013), a pesquisa científica é a realização de um estudo planeado,
sendo o método de abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da
investigação, sua finalidade é descobrir respostas para questões mediante a aplicação do
método científico”. (p. 43)
28
Pelo exposto acima, para a resolução do problema apresentado, recorreu-se, quanto aos fins
“objectivo geral”, a uma pesquisa descritiva na qual descreve um fenómeno e regista a maneira
que ocorre para se extrair o máximo de informações sobre o tema e enfatizar a importância do
estudo dada a sua complexidade; bibliográfica e documental o que caraterizamos como o
ponto de partida da nossa investigação servindo de suporte de toda a revisão da literatura;
estudo de caso onde trabalhamos aspecto específico de um determinado grupo de empresas
selecionas e suas decorrências; e por ultimo a pesquisa de campo que geralmente utiliza-se da
observação e conhecimento empírico.
29
2.3. Instrumentos para recolha dos dados
Considerando os métodos de investigação expostos acima, os instrumentos para recolha de
dados, usados nesse trabalho investigativo, com o intuito de explorar o máximo de
informações sobre o tema, e por forma a melhor responder a questão científica levantada,
foram, o questionário e a análise bibliográfica.
Com o questionário foi possível fazer perguntas fechadas e abertas, de forma objectiva sobre
a investigação, e recolher informações diversas a respeito do estudo, e que a posterior foram
alvo de análise e discussão.
Outro instrumento usado para obter os dados foi a análise bibliográfica, que facilitou a
obtenção de dados teóricos sobre o tema, bem como adquirir as informações da investigação,
a partir de discursos escritos e orais, artigos de imprensa, livros, conversas e leis.
Para analisar toda a informação recolhida, tanto bibliográfica quanto a do campo, recorreu-se
à análise de conteúdo, e aos seguintes procedimentos:
30
2.6. Limitações da pesquisa
Os obstáculos estão sempre presente em qualquer parte da vida, e ao longo da nossa
investigação nos deparamos com um conjunto de limitações nomeadamente no que respeita
ao processo de recolha de dados, muito condicionado pela falta de disponibilidade por parte
dos gestores das empresas, o que limitou o número de empresas inqueridas e pela pouca
abertura das mesmas para facultar o acesso a informação.
31
CÁPITULO 3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados obtidos foram recolhidos e organizados de forma a atender a questão científica
levantada e o objectivo da investigação, pelo que, nesta secção abordamos, os dados
recolhidos com o inquérito dirigido aos Gestores das Micro, Pequenas e Médias Empresas da
cidade do Lubango, e a posterior fizemos uma análise da informação recolhida para melhor
alcance dos objectivos.
Micro
18%
Nenhuma Pequenas
43% 11%
Médias
28%
Das evidências recolhidas (Q1), e conforme o gráfico, constatou-se que Cinco empresas têm
estatuto reconhecido pelo INAPEM como Micro empresa representando um total de 18% da
amostra, Três como Pequena equivalente a 11%, Oito como Média correspondendo 28% e
Doze representando 43%, não possuem estatuto reconhecido pelo INAPEM como MPME.
Pelo exposto acima entende-se que maior parte das empresas inqueridas totalizando 57%,
possuem estatuto reconhecido pelo INAPEM, o que se afigura como um procedimento de
planeamento fiscal, pois estas empresas no âmbito da lei 8/2022 de 14 de abril, têm direito aos
benefícios concedidos por esta lei, principalmente no que respeita as MPME.
Por outra, as empresas que não possuem a certificação do estatuto reconhecido, deixam de
beneficiar dos apoios concedidos as MPME, como os programas de incentivos fiscais,
financeiros, organizacionais, entre outros benefícios que muito influenciaria a poupança fiscal
e a conquista de mais parceiros estratégicos.
32
Com relação as empresas que não possuem estatuto reconhecido como MPME (Q1.1), ponto
relacionado com a questão acima, contatou-se que alguns dos principais motivos apresentados
da sua não adesão foram: disponibilidade em reunir a documentação exigida; pouco tempo de
actuação nos mercados inseridos, falta de conhecimento dos benefícios da tal aderência e por
fin, algumas empresas não certificadas simplesmente absteram-se a questão em causa, o que
demostra nos últimos anos uma fraca aderência por parte destes, no que respeita a certificação
de suas empresas.
2011 - 2015; 1
Das empresas reconhecidas como MPME (Q2), Uma foi certificada nos períodos de 2011 á
2015, Seis entre os períodos de 2015 á 2019 e Oito nos intervalos de 2019 á 2022.
No que concerne aos benefícios da sua adesão (Q2.1), foram apontados, redução da taxa de
imposto industrial; isenções; deduções á matéria colectável; deduções a colecta; facilidade na
obtenção de crédito e a prioridade no caso de empate nos concursos púbicos e de
subcontratação conforme versa o n.º1 do artigo 16 da Lei 30/11 de 13 de Setembro, com as
devidas alterações introduzidas pela lei 10/17, de 30 de Junho.
33
Gráfico 3 – Qual a área de formação do gestor/administrador da empresa?
Outras
14%
Economia
86%
O ponto seguinte (Q3 e Q3.1) pretende analisar o grau de capacitação dos gestores, para
responder as exigências que um bom gestor deve possuir. Uma boa parte dos gestores
inquiridos são formados nas diversas áreas relacionadas com as ciências económicas
representando 86% e 14% são formados em áreas contrária a economia, o que realçamos como
uma mais-valia, uma vez que os mesmos estão revestidos de conhecimentos combinando nas
diversas áreas económicas e empresárias, permitindo-lhes desta forma responder aos desafios
actuais das organizações e conduzir de forma eficaz eficiente os seus negócios.
Não
36%
Sim
64%
Pelas declarações dos gestores (Q4), a quando questionada se já ouviu falar do planeamento
fiscal? 64% responderam que sim, enquanto que o restante representando 36% respondeu que
não. De modo geral é um ganho para as empresas, pois actualmente torna-se relevante o
domínio da matéria fiscal pelas implicações desta nas tomadas de decisões dos gestores e na
formação dos resultados a ser distribuído aos sócios.
34
Gráfico 5 - Existe alguma implicação deste na gestão da empresa?
Talvez
29%
Sim
53%
Não
18%
Conforme o gráfico acima, este ponto (Q4.1), relaciona-se direitamente com questão anterior,
pelo que 53% responderam que existe implicação deste na gestão das empresas, 18% que não
e 29% responderam talvez, colocando-se nesse caso em situação de dúvida.
Razoável Baixa
14% 7%
Alta
79%
35
No que respeita a esta questão (Q5), 79% das empresas atribuem uma importância alta ao
planeamento fiscal, 7% baixa e 14% razoável. Neste aspecto não há muito a realçar pois os
gestores na sua maioria reconhecem a devida relevância do planeamento fiscal no
desenvolvimento de suas actividades
Com relação a mensuração dos resultados dos benefícios do Planeamento Fiscal como
ferramenta de gestão para o crescimento da produtividade da empresa (Q6) foram apontados:
Não
0%
Sim
100%
Dos factos apurados (Q7), quando questionada se as empresas levam em conta as implicações
da prática fiscal no apuramento do resultado contabilístico, os gestores foram unânimes em
responder que sim, oque representa uma mais-valia, pois as empresas preparam cada vez mais
a informação contabilística para efeitos fiscais, e as normas fiscais sobrepõem-se as
contabilísticas, o que provoca para fins de gestão, muitas das vezes, uma informação
distorcida e desajustada ao que realmente devia ser, pois a fiscalidade interfere no resultado,
daí existir diferença entre o resultado contabilístico e o lucro tributável.
36
Gráfico 8 - Qual dos custos para efeito de penalidades a empresa já incorreu?
Custos com
despesas
confidencias
21%
Custos
indevidamente
documentados
50%
Custos não
documentados
29%
No que respeita a documentação relacionada aos custos suportados e tidas como penalizações
fiscais, 50% das empresas inquiridas suportaram nos exercícios anteriores, custos
indevidamente documentados, sendo 29% custos não documentados e 21% suportaram custos
com despesas confidenciais.
Pode-se notar, que estas empresas no exercício de suas actividades não atribuem a devida
relevância a estes custos, uma vez que estão constantemente a ser suportados, mesmo sendo
custos não aceites fiscalmente, dando desta forma lugar a uma variação patrimonial positiva
pelo que poderão ser acrescidos ao lucro tributável no acto do apuramento da matéria
colectavél, oque caracterizamos como um procedimento fora do planeamento fiscal.
37
Gráfico 9 - A empresa já obteve algum benefício fiscal?
Sim
46%
Não
54%
Uma boa parte das empresas inquiridas não tiveram proveito dos benefícios concedidos por
lei, algumas pela falta de conhecimento e domínio da matéria fiscal, uma vez que reúnem os
requisitos necessários para o devido aproveitamento, e outras pela falta das formalidades
exigidas perdendo assim o direito a dedução desses benefícios.
Sim
18%
Não
18%
Talvez
64%
Dos dados recolhidos (Q10 e 10.1), 18% afirmam que já efetuaram práticas que propiciam a
atuação do planeamento fiscal, acentuadas na elisão fiscal; deduções a matéria colectável;
deduções a colecta; autofacturação, e o cumprimento dos prazos de submissões declarativas e
respectivos pagamentos.
38
18% responderam que não e o restante representando 64% respondeu talvez. Assim, os dados
apresentados levam-nos realçar que os gestores na sua maioria não possuem domínio profundo
das normas fiscais. Como já anteriormente referimos, o planeamento fiscal exige um
conhecimento profundo da legislação fiscal e bom senso dos responsáveis pelas decisões
estratégicas no ambiente corporativo.
Sim
0%
Não
100%
Quanto as práticas de procedimentos que visão iludir o fisco, os gestores afirmaram por
unanimidade que nunca praticaram nenhum acto fraudulento que visava iludir o fisco, este
procedimento é útil, o que demostra que estas empresas agem em conformidade com a lei,
sendo desta forma vista como a basa primordial do planeamento fiscal.
Sim
25%
Não
75%
Finalmente, a última questão (Q12) pretendeu avaliar o investimento efetuado do lucro obtido
pela empresa, nos exercícios anteriores, e as evidências recolhidas demonstram que 25% das
39
empresas ja reinvestiu parte do lucro levado a reserva, e 75% nunca investiu. Os factos
demostram que a maior parte das empresas não aplicam este procedimento de planeamento
fiscal, deixando por sua vez de aproveitar o benefício fiscal previsto no artigo 49.º do CII, que
versa que tal investimento pode ser deduzido a matéria colectável nos 3 (três) anos imediatos
ao da conclusão do investimento até metade do seu valor, com as necessárias adaptações
introduzidas pela Lei n.º 26/20, de 20 de Julho- Lei que altera o CII.
40
Conclusão
Com os resultados do estudo de caso realizado concluímos que o planeamento fiscal, deve
ocupar um grande lugar na vida empresarial, devendo ser articulada como uma importante
ferramenta à gestão qualificada de maneira aproveitar os diversos benefícios, incentivos, e
conhecer as opções com menos ónus que o sistema fiscal angolano oferece, para maior
poupança fiscal.
Para finalizar, verificou-se ainda uma fraca disponibilidade das Micro, Pequenas e Médias
Empresas em aderirem aos benefícios que lhes são concedidos por lei, bem como uma certa
carência por parte dos gestores na aplicabilidade de procedimentos que propiciam a atuação
do planeamento fiscal, em função das atualizações constantes que tem sofrido o sistema fiscal
angolano. Assistiu-se também uma vontade por parte das empresas em manter um
relacionamento bom e amigável com a Administração Geral Tributária (AGT), como forma
de fortalecer os seus laços e contribuir para legalidade tributária.
41
Sugestões
Perante os resultados obtidos com a realização deste estudo, proferimos as seguintes sugestões
as Micro, Pequenas e Médias Empresas, a fim de ter sucesso e melhorar suas acções no âmbito
do planeamento fiscal:
Reforçar sempre os laços com a repartição fiscal de domicílio, a fim de sempre que
possível receber melhores recomendações fiscais;
Consultar um contabilista, sempre que estiver diante de uma decisão com impactos
fiscais ou simplesmente noutros aspectos empresariais relevantes. Tal consulta deve
ocorrer, quer na resolução de litígios ou dilemas com a AGT, quer no momento da
definição de uma alternativa empresarial qualquer, pois esses profissionais são o guia
para empresa, fornecendo detalhes para análise económica, financeira, fiscal,
contabilística e outras áreas afins;
Elaborar uma ferramenta de controlo, para monitoramento e acompanhamento das
acções relacionadas ao planeamento fiscal, a fim de reduzir a carga tributária da
empresa.
42
Recomendações
Para as futuras investigações e não, tendo em conta os resultados obtidos na avaliação destas
estimativas, recomendamos:
A futuras pesquisas que procurem aprofundar mais o tema em questão, pois as MPME
no âmbito da política de Estado, contribuem para sustentabilidade da economia
angolana e consequentemente na redução da taxa de desemprego;
Quanto ao estudo empírico, a presente pesquisa encontrou dificuldades na recolha de
dados, limitando assim o número da amostra utilizada, pelo que desta forma sugere-se
aos próximos estudos o uso de mais dados para uma melhor avaliação dos resultados.
43
REFÊNCIA BIBILIOGRÁFICA
Dalfovo, M. S., Lana, R. A., & Silveira, A. (2008). Métodos Quantitativos e Qualitativos, Um
Resgate Teórico. Revista Interdisciplinar Cientifica Aplicada. ACADEMIA
Accelerating the world's research.
Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia Cientifica. São Paulo:
Atrlas S.A.
44
Prodanov, C. C., & Freitas , E. C. (2013). METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO:
Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Academico. Rio Grande do Sul Brazil:
UNIVERSIDADE FREEVALE.
Reis, F. L. (2020). Manual de Gestão das Organizações: Teória e Prática. Lisboa: Edições
Sílabo.
45
ANEXOS
46
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO
FISCALIDADE
INQUÉRITO
Assim, garantimos que os dados recolhidos servem apenas para efeito de investigação e
consideramos de grande relevância à contribuição e concretização desse estudo.
47
Parte I-Caracterização
1. Género:
Masculino
Feminino
48
Parte II-Guião para processo de recolha de dados
1.1. Caso tenha seleccionado a opção nenhuma significa que a empresa não possui estatuto
reconhecido pelo INAPEM, em caso afirmativo indique as razões da não adesão?
____________________________________________________________________________
2.1. Em poucas palavras quais os resultados podes apontar dos benefícios dessa
adesão?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Sim Não
4.1. Se já, acha que existe alguma implicação deste na gestão da empresa?
49
Sim Não Talvez
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
7. No acto do apuramento do resultado contabilístico a empresa leva em conta as
implicações da prática fiscal?
Sim Não
8. No âmbito da documentação relacionada aos custos suportados, qual das figuras, para
efeitos de penalidades fiscais, nos exercícios anteriores a empresa já incorreu?
9. Nos termos do n.º 1 do art 2 da lei 8/22 de 14 de Abril que aprova o código dos
Benefícios Fiscais, entende-se por «benefício fiscal as medidas de carácter excepcional
que impliquem uma vantagem ou simplesmente um desagravamento fiscal perante o
regime normal de tributação». Com base na definição acima apresentada, a empresa já
obteve algum benefício fiscal?
Sim Não
10. No exercício da sua actividade já alguma vez a empresa efectuou uma prática que
propícia à actuação do planeamento fiscal?
50
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
12. A empresa por deliberação em Assembleia Geral, já alocou alguma parte do lucro à
reserva e a posterior decidiu reinvesti-la, a fim de aproveitar o benefício fiscal previsto
em lei própria?
Sim Não
51
52
53