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ALEGRIA DE VERDADE

Fevereiro é mês de Carnaval. O Carnaval evoca folia. O Priberam define folia como uma “ festa alegre”; no Michaelis
encontramos “festejo animado”, enfim a definição é de festa, alegria. O povo brasileiro anuncia pelos quatro cantos:
alegria, alegria, é Carnaval! Mas será que existe toda essa alegria mesmo? Não é difícil perceber que depois de uma festa
cheia de prazeres e irreverências experimenta-se uma profunda tristeza e um vazio de sentido. Certos tipos de prazeres e
alegrias são naturalmente efêmeros e abandonam a pessoa com a mesma rapidez com que surgiram. Há um antigo ditado
popular que diz “quem muito ri, termina chorando”. O carnaval jamais será um caminho para a felicidade. Ocorre que o
coração humano é facilmente enganado por alegrias falsas e passageiras. A maioria das pessoas não é capaz de distinguir
entre os prazeres naturais - que realmente levam à felicidade e devem ser buscados sem moderação - e os prazeres
instantâneos e imediatos, que produzem falsas alegrias e que muitas vezes acabam resultando em dissabores.

EXEMPLO DO DINHEIRO
Ser capaz de distinguir entre dinheiro real e falso é uma ilustração pertinente, especialmente quando se trata de explanar
entre alegria real e falsa alegria. Você pode não ter correlacionado diretamente o valor entre dinheiro e alegria, mas
considere a importância da alegria. A alegria diz respeito ao que mais valorizamos na vida; ela nos define como pessoas.
Você conseguiria identificar uma alegria falsa e superficial de uma alegria substancial e verdadeira?

ALEGRIAS
Uma falsa alegria é a adulteração mais flagrante da verdadeira alegria. Alegria falsa é a alegria que as pessoas sentem na
queda, diante da tentação do pecado. Foi esse o tipo de alegria do ato sexual que levou Davi a cometer adultério com
Bateseba, e ainda a alegria de se safar, quando mandou matar o marido dela (II Sm. 11). Essa falsa alegria e seu fascínio
oco tornam o pecado possível e repetível. Alegrias falsas como a encontrada nos carnavais, não são alegria real, mas
apenas um desejo pecaminoso e lascivo desfilando como alegria, causando deleite momentâneo, contudo envenenando a
alma. Devemos identificar a falsa alegria. A verdadeira alegria só pode ser encontrada dentro dos limites da Lei de Deus,
como temos visto no estudo dos Dez Mandamentos.

Ainda podemos nos equivocar por um tipo de alegria que não é pecado, mas inconstante e superficial, que é o tipo de
deleite circunstancial; coisas como talentos, família, posses, amor, saúde, realizações, beleza, natureza e etc. É o tipo de
caso que, quando a vida vai bem, a felicidade abunda e a proximidade com Deus é assumida. Entretanto, quando a vida se
encontra em depressão e escuridão, a alegria inconstante desaparece. E é uma alegria que se esvai, porque este mundo (e
toda a bondade que ele tem a oferecer) além de ser efêmero não é tudo o que existe. As circunstâncias é que determinam
esse tipo de alegria, mas a verdadeira alegria não está condicionada às circunstâncias.

A verdadeira alegria é sólida e eterna, porque é uma alegria que vem e retorna ao Deus eterno; é uma alegria de
propriedade exclusiva dos cristãos. Alegria eterna é o deleite que Deus tem em si mesmo, em sua criação e em sua missão
redentora. É somente pela fé em Jesus que você, como cristão, pode compartilhar e experimentar esta alegria. Ao
glorificar a Deus, você compartilha do deleite que Ele tem em si mesmo. Ao olhar para a criação você a vê não apenas
como bela, mas revelando a beleza de Deus como seu Criador. Quando você reflete sobre sua salvação, você se deleita
com alegria na graça eletiva de Deus para com você, imerecida e rica. É essa alegria misteriosa que o cristão possui tanto
no sofrimento quanto na prosperidade, nesta vida e na próxima, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.

ALEGRIA ETERNA
Existe o lado da falsificação e o lado verdadeiro. Nas alegrias encontradas em coisas como o Carnaval, a alma é
totalmente instigada não pelo Santo Espírito, mas pelo espírito maligno que atiça os apetites pecaminosos. As pessoas
entregam-se como bestas ao alimento carnal: drogas, orgias, descontroles e violências de todo tipo. Se a imprensa fosse
verdadeiramente honesta, eventos como o Carnaval jamais seriam exaltados. Então não se contente com alegrias forjadas,
tampouco com alguma alegria falsa, superficial e passageira. Prossiga firmemente em se apoderar da verdadeira e
profunda alegria. O objetivo principal do cristão é glorificar a Deus e desfrutá-lo sempre. É dever do cristão fugir das
distrações mundanas para que a luz da graça de Cristo se mantenha sempre resplandecente em sua vida. Em tudo isso, a
forma mais excelente de refrear a tristeza desse mundo é na contemplação da verdade, porque ela trata do bem superior
que faz gerar a alegria eterna por meio de Jesus Cristo, o nosso Senhor.

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