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boletim da república
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOÇAMBIQUE
2.° SUPLEMENTO
As espécies vegetais de que trata o artigo anterior e seus Todos os casos de instalação ou reabertura de fábricas,
parágrafos poderão ser analisadas no laboratório oficial montagem ou substituição de maquinismos, transferência
designado pela Direcção Nacional das Alfândegas, quando de licenças de fabrico e venda ou locação das fábricas
esta entidade ou os departamentos competentes do Mi- serão considerados nos termos da lei em vigor, com a
nistério da Indústria, Comércio e Turismo e do Ministério seguinte restrição.
da Saúde o julguem conveniente, extraindo-se, para esse Único. As empresas exploradoras cias fábricas de
efeito, as amostras reputadas necessárias. tabaco já existentes e as que venham a ser insta-
Único. Quando a análise revelar a existência de subs- ladas de futuro não poderão alienar, no todo ou em
tâncias nocivas nas referidas espécies vegetais serão parte, os seus direitos a favor de empresas que não
estas apreendidas e inutilizadas por ordem de auto- sejam registadas em Moçambique.
ridade julgadora, instaurando-se o competente pro-
cesso à empresa responsável, que será relegada ARTIGO 9
aos tribunais ordinários. As empresas concessionárias do fabrico de tabacos só
ARTIGO 4
poderão instalar depósitos de venda em locais afastados
das fábricas, ficando a sua instalação dependente de auto-
As fábricas de tabacos, além das condições gerais fi- rização do Ministro da Industria, Comércio e Turismo,
xadas nos regulamentos relativos à higiene, salubridade ouvido o parecer do Conselho Técnico da Industria dos
e segurança nos estabelecimentos industriais, e outras dis- Tabacos.
ARTIGO 1 0 ARTIGO 1 5
A capacidade das fábricas em laboração à data da pu- Quando as empresas concessionárias do fabrico do
blicação deste decreto será declarada pelas respectivas em- tabaco pretendam lançar no mercado novas marcas, alterar
presas ao Ministério da Indústria, Comércio e Turismo ou eliminar as já existentes, deverão apresentar requeri-
que, depois de verificar a sua exactidão, a transmitirá à rimento justificativo da sua pretensão ao Conselho Técnico
Direcção Nacional das Alfândegas. da Indústria de Tabaco, o qual lançará o despacho no alu-
dido requerimento.
CAPITULO III Único. As novas marcas que vierem a ser autorizadas
nos termos deste artigo são extensivas à obrigação
Das marcas e suas embalagens
imposta pelo artigo 14 deste decreto.
ARTIGO 11
ARTIGO 16
O tabaco manipulado só pode sair das fábricas acondi-
cionado em embalagens que contenham o nome da em- É proibida a classificação da mesma marca em classes,
presa produtora, localidade onde funciona a respectiva ou categorias diferentes.
fábrica, a marca, o número de cigarros, cigarrilhas ou Único. Dentro da mesma marca podem autorizar-se
charutos acondicionados em cada volume, ou o peso lí- modalidades que defiram de peso ou do número
quido, no caso dos picados, do rapé e do tabaco de mascar, dos cigarros, desde que as respectivas embalagens
salvo o que tiver sido resselado nos termos do artigo 12 mantenham a sua identidade e se distingam mesmo
eseusparágrafos e do artigo 19. à simples vista.
ARTIGO 17
ARTIGO 12
E também proibido o fabrico, circulação, venda e revenda
As empresas concessionárias do fabrico de tabacos de tabaco picado ou de cigarros em embalagens contendo
apresentarão, no prazo de quarenta e cinco dias, contados um peso real de tabaco que excede 100 gramas para o pri-
da data da publicação deste decreto no Boletim da Repú- meiro e 300 gramas para os segundos.
blica, na Direcção da Alfândega, manifestos, em du- 1. Considera-se como embalagem, para efeitos deste ar-
plicado, das quantidades de tabaco manipulado que pos- tigo, o invólucro selado abrangendo completa e imedia-
suam em depósito, com a discriminação por classes, marcas tamente e tabaco em cigarros ou em picado, e não o in-
e números de volumes, a fim de ser resselado. vólucro exterior quando contenha várias outras embalagens
1. A Direcção da Alfândega, depois de ter recebido o parciais.
manifesto e passado recibo no duplicado, que devolverá 2. É admitida uma tolerância no peso líquido do tabaco
ao interessado, mandará proceder imediatamente à res- contido nas onças, maços, pacotes, sacos, carteiras, latas e
selagem do tabaco que tiver sido manifestado, depois de caixas nunca superior a 5 por cento para os picados, 7,5
paga a diferença do imposto de consumo que for devido,
por cento para cigarros e 10 por cento para cigarrilhas de
procedendo-se, quanto a essa resselagem, conforme as dis-
capa de tabaco e charutos, salvo nos casos em que se re-
posições contidas no presente decreto.
conheça que o uso desta tolerância constitui um abuso.
2. A resselagem do tabaco manifestado nos termos do
corpo deste artigo será efectuada pela aposição de um CAPITULO IV
carimbo a tinta de óleo sobre o selo, com os dizeres «Res-
Da circulação e do comércio dos tabacos manipulados
selado», em cada um dos volumes designados no artigo 25
deste decreto. ARTIGO 1 8
ARTIGO 13
É livre a venda e revenda de tabacos manipulados
Todas as marcas e espécies de tabaco fabricadas pelas depois de cumpridas todas as formalidades fiscais.
empresas serão classificadas conforme as classes seguintes:
1.a Charutos e cigarrilhas, acondicionadas em emba- ARTIGO 1 9
CAPÍTULO IX
Ê permitida a exploração do tabaco em rama, folha, rolo,
trança ou em pó, competindo ao Ministério da Agricultura Da escrita das fábricas de tabaco
e Pescas e ao Ministério da Indústria, Comércio e Turismo ARTIGO 5 3
promover as medidas tendentes a assegurar as melhores
condições de produção, circulação e exportação. Todas as fábricas de tabacos e importadores são obri-
gados a ter a sua escrituração organizada em conformidade
ARTIGO 4 8 com as disposições legais em vigor no país.
ARTIGO 5 4
A exportação de tabaco manipulado e de folha prepa-
rada só é permitida às empresas exploradoras do respec- Será facultado o exame de todos os livros de escritu-
tivo fabrico, mediante o pagamento dos direitos e demais ração ou contabilidade das fábricas aos funcionários
imposições constantes da legislação em vigor. aduaneiros para tal fim nomeados, sempre que isso se
julgue necessário para defesa dos interesses do Estado.
ARTIGO 4 9
1. Do resultado de cada exame será apresentado un
O tabaco preparado ou manipulado destinado à expor- relatório ao director da Alfândega. Os relatórios dos exames
tação por qualquer via sairá das fábricas sob fiscalização, terão carácter confidencial, salvo no caso de terem de ser
que se manterá até ao seu embarque ou a entrega nas juntos ou apensados a qualquer processo.
respectivas secções dos serviços dos correios, quando a 2. Quando houver recusa ou oposição por parte das
exportação se realize por via postal, e será acompanhado empresas à realização dos exames de que trata o corpo
de guia especial, em triplicado conforme o modelo estabe- deste artigo, proceder-se-á conforme ficou preceituado no
lecido pela Direcção Nacional das Alfândegas, a qual será n.° 1 do artigo 39.
processada pelo posto fiscal que funciona junto da respec- CAPÍTULO X
tiva fábrica. Das infracções e penalidades
ARTIGO 5 0
ARTIGO 5 5
O verificador do bilhete de despacho do tabaco a expor- A organização, instrução e julgamento dos processos
tar, qualquer que seja a via por este utilizada visará instaurados por infracção das disposições de carácter
aquela guia, depois de ter realizado a verificação da estritamente fiscal deste decreto serão regulados pela legis-
mercadoria e a conferência dela pelo respectivo bilhete lação em vigor nos termos do Contencioso das Contri-
de despacho, e fará as devidas anotações em ambos os buições e Impostos e do Contencioso Aduaneiro.
documentos, que entregará ao polícia fiscal que tiver
acompanhado o tabaco desde a saída da fábrica até aos ARTIGO 5 6
locais de verificação ou do seu embarque.
Único. O original da guia especial de que trata o Constitui delito de contrabando:
artigo 49 será entregue pelo guarda fiscal ao chefe 1. A manipulação de tabacos por pessoas, empresas
do posto para efeito de escrituração do livro refe- ou sociedades que não possuam a devida auto-
rido no artigo 27, o duplicado será enviado por rização legal;
2. A manipulação de marca ou tipo de tabaco que 3. As infracções resultantes da inobservândia das dis-
não estejam legalmente autorizados; posições dos artigos 9 e 11 e do n o 1 do ar-
3. As infracções a que se refere este artigo serão tigo 42;
punidas nos termos da legislação fiscal e adua- 4. A recusa de entrada nas fabricas de tab cos e suas
neira, não podendo ser inferior ao triplo do dependências nas condições previstas no corpo
valor do imposto de consumo devido pelo do artigo 39 e a recusa ou oposição ao exame
tabaco apreendido, que será considerado perdido de que trata o artigo 14.
a favor do Estado; 5. A falta de cumprimento das obrigações impostas
4. Serão também apreendidos e considerados perdidos pelas disposições do artigo 2 e seu n o 2; os ar-
a favor do Estado os tabacos em rama desti- tigos 14 e 15 e seu parágrafo, e os artigos 62
nados a servir como matéria-prima, os maqui- e 63;
nismos e outro material empregado na mani- 6. A reincidência no abuso da tolerância estabelecida
pulação clandestina de tabacos, nos casos pre- no n.° 2 do artigo 17 deste decreto;
vistos neste artigo, assim como todas as matérias-
-primas existentes nas diversas dependências das 7. A utilização de livros empregados na escrituração
fábricas, incluindo os seus armazéns, os quais dos armazéns ou de impressos que lenham de
serão encerrados por decisão do Ministro do acompanhar remessas e tabacos que nao estejam
Plano e Finanças; chancelados ou rubricados pelas autoridades
5. A reabertura das fábricas em que haja sido come- aduaneiras ou não sejam dos modelos estabele-
tida a infracção prevista no n.° 1 só será per- cidos pela Direcção Nacional das Alfandegas;
mitida, para exploração da indústria dos tabacos, 8. A falta de escrituração dos livros referidos no nú-
no caso de absolvição dos arguidos ou quando mero anterior ou as irregularidades encontradas
as fábricas tenham passado a nova empresa na sua escrituração;
de que estes não sejam societários, por si ou por 9. Todas as infracções não especificadas neste artigo
interposta pessoa. mas que sejam contrárias às disposições deste
decreto e não consideradas como contrabando
ARTIGO 5 7 ou descaminho.
Constitui delito de contrabando ou de descaminho, con-
forme se verifiquem as condições previstas no Contencioso § 1.° As infracções a que aludem os diversos números
Aduaneiro: deste artigo serão punidas nos termos do contendo o fiscal
§ 2.° A infracção prevista no n.° 2 será panida nos
1. A importação e exportação fraudulenta de tabaco termos do contencioso fiscal, não podendo nurca ser in-
em rama em qualquer estado. ferior ao dobro do valor dos direitos e demais imposições
2. A importação fraudulenta de tabaco manipulado. devidas, considerando-se o tabaco que tiver sido apreen-
3. A exportação fraudulenta de tabaco manipulado. dido perdido a favor do Estado.
4. As infracções constantes dos n.° 1 a 3 deste ar-
tigo serão punidas nos termos da legislação § 3.° Serão punidas nos termos do contencioso fiscal as
fiscal e aduaneira, não podendo ser inferior ao irregularidades encontradas na escrita das empresas con-
triplo do valor dos direitos e demais imposições, cessionárias do fabrico de tabacos quando, pelo exame a
incluindo o imposto de consumo devido pelo que so refere o artigo 54, se revelar a existência de dolo ou
tabaco apreendido que será considerado perdido fraude que tenha por fim prejudicar os interesses do Es-
a favor do Estado. tado.
§ 4.° Quando se verifique a reincidência por mais de
ARTIGO 5 8 duas vezes nas infracções prevista no n.° 4 do corpo deste
artigo e, nomeadamente, a que consta da parte final do
Constitui delito de descaminho de direitos, de impostos
parágrafo anterior, poderão ser aplicadas às empresas con-
do selo ou de imposto de consumo, conforme os casos: cessionárias do fabrico do tabaco, por decisão do Ministro
1. A circulação de tabaco que não tenha sido res- do Plano e Finanças, as disposições cominatórias constantes
selado nos termos do artigo 12 e seus parágrafos do contencioso aduaneiro.
e o que for encontrado em contravenção do dis-
posto no artigo 19 e seus parágrafos; ARTIGO 6 0
2. A venda de tabaco manipulado importado por
passageiros e tripulantes nos termos do artigo 45. O tabaco em folha ou em rama de qualquer qualidade,
Único. As infracções a que se refere o corpo deste quehaja sido apreendido nos termos das disposições con
artigo serão punidas nos termos da legislação fiscal tidas no presente decreto será mandado entregar nas fá-
e aduaneira com multa de quatro a dez vezes o bricas de tabacos pela autoridade julgadora, MEdiante re-
valor dos direitos e demais imposições ou do im- cibo passado por elas no respectivo processo, devendo o
posto de consumo, conforme os casos, conside- mesmo ser pago pelo preço contente no mercado se, depois
rando-se perdido a favor do Estado o tabaco apre- de previamente consultadas, elas houverem declarado que
endido. o desejam adquirir; em caso contrário será mandado inu-
ARTIGO 5 9 tilizar e o tabaco manipulado s vendido em hasta pú-
blica, nos termos da legislação em vigor.
Constituem transgressões dos regulamentos fiscais:
1. A falta de declaração prévia, por parte dos passa- ARTIGO 61
geiros e tripulantes, da existência de tabacos nos
volumes das suas bagagens; A distribuição das multas aplicadas nos processos ins-
2. A existência de tabaco nos volumes de bagagem taurados por infracções de natureza fiscal, sempre que
em quantidade superior à prevista na parte final tenham de realizar-se, regular-se-ão pela legislação em
do artigo 45, embora previamente declarada-, vigor.
CAPITULO XI D e c r e t o n.° 2 4 / 9 5
Disposições diversas de 6 de Junho
ARTIGO 6 2 No quadro da aplicação do Programa do Governo, para
o sector de habitação, a constituição de fundos de fomento
O tabaco produzido no País dará entrada no armazém
à habitação ganha relevância, especial nesta fase.
referido no artigo 30, nos termos da legislação vigente
sobre produção, comércio e circulação de tabaco em rama. Reconhecendo-se o interesse de dotar o Governo de
um instrumento financeiro para apoiar as acções necessárias
a concretização da sua política de promover a construção
ARTIGO 6 3
de habitação para as famílias de baixa renda e para a
Não é permitida às empresas concessionárias do fabrico mão-de-obra qualificada, ao abrigo do disposto na alínea i)
de tabacos manipulados a venda no mercado interno, ex- do n.° 1 do artigo 153 da Constituição da República,
cepto entre si, de tabaco em folha. o Conselho de Ministros, decreta:
ARTIGO 1
ARTIGO 6 4
É criado o Fundo para o Fomento de Habitação abre-
De 1 a 20 de Janeiro de cada ano são as empresas con- viadamente designada por Fundo.
cessionárias do fabrico de tabacos obrigadas a fornecer à
Direcção da Alfândega um inventário das quantidades e ARTIGO 2
qualidades das ramas que tem em depósito, com as indi-
cações das quantidades compradas nos últimos doze meses O Fundo, é um organismo público dotado de persona-
e do nome do respectivo fornecedor ou sens agentes. lidade jurídica e possui, autonomia administrativa, finan
ceira e patrimonial.
ARTIGO 6 5 ARTIGO 3
ARTIGO 6 6
a) Promover a construção de imóveis para habitação
social;
O Director da Alfândega poderá determinar que, por b) Bonificar as taxas de juros de créditos concedidos
ocasião da visita fiscal de entrada aos navios, sejam selados por bancos para construção de habitação;
todos os compartimentos de bordo onde exista tabaco ma- c) Conceder créditos para a construção, reparação ou
nipulado para venda ao público, enquanto os navios per- ampliação de habitações de cidadãos cujo rendi-
manecerem nas águas do porto do País, separando-se mento do agregado familiar não ultrapasse o
apenas as quantidades estritamente necessárias para o número de salários mínimos a estabelecer;
consumo diário da tripulação e dos passageiros em trânsito. d) Financiar a promoção de estudos, execução de
operações e trabalhos de Urbanização que se
Único. O levantamento dos selos de que trata o corpo mostrem necessárias ao desenvolvimento das suas
deste artigo será efectuado por ocasião da entrega, actividades;
ao capitão do navio, do alvará ou passe de saída. e) Financiar a instalação e actividades dos organis-
mos públicos responsáveis pela implementação
ARTIGO 6 7
de programas habitacionais do Estádio.
Os Ministros do Plano e Finanças e da Indústria, Co- ARTIGO 4
mércio e Turismo, consoante os casos expedirão as ins-
truções e regulamentos necessários à completa execução Para além dos requisitos do n.° 1 do artigo anterior,
deste decreto. a adesão ao Fundo é condicionada à declaração expressa
ARTIGO 6 8
do cidadão:
a) De não transmitir o imóvel a terceiros antes da
Continuam em vigor até à publicação das instruções amortização integral da dívida com o Fundo;
regulamentares, as disposições legais sobre esta matéria b) De só transmitir o imóvel a título oneroso a cida-
que não contrariem o disposto neste decreto. dãos nacionais 5 anos, após a amortização da
dívida com o Fundo.
ARTIGO 6 9
ARTIGO 5
O presente decreto entra em vigor trinta dias após a sua
publicação. 1. O Fundo é gerido por um Conselho de Administração
composto por quatro administradores a saber:
Aprovado pelo Conselho de Ministros. a) Presidente do Fundo;
b) Um representante do Ministério das Obras Públicas
Publique-se. e Habitação;
c) Um representante do Ministério do Plano e Fi-
O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. nanças;
d) U m representante do Ministério para a Coordenação d) Providenciar a arrecadação de receitas e propor
d a Acção Social a criação de delegações ou outra forma de
representação do Fundo nas províncias,
2 O Presidente d o F u n d o preside às sessões do Conselho
e) Autorizar a realização e pagamento de despesas
de Administração e é designado pelo Ministro das Obras
correntes;
Públicas e Habitação.
3. Os membros do Conselho d e Administração serão f) Corresponder-se com outras entidades,
indicados pelos Ministros respectivos, cabendo ao Ministro g)Organizar os processos de contas
das Obras Publicas e Habitação a sua nomeação,
4 O Conselho de Administração será assistido nos seus ARRIGO 9
trabalhos nor um secretário por si designado cie entre os
funcionários d o quadro d o Fundo. O Ministério das Obras Publicas e Habitação e o Fundo
5 Nas províncias funcionarão sempre que o Conselho estabelecerão entre si contratos programa anuas definindo
de Administração julgue necessário, delegações ou outra as obrigações e direitos das partas na concretização dos
forma de representação que assegure o funcionamento objectivos do Fundo.
normal das actividades do F u n d o
ARTIGO 10
ARTIGO 16 ARTIGO 2
É extinto o Fundo de Desenvolvimento da Habitação 1. O preço por metro quadrado de construção, é fixado
Própria, criado ao abrigo do Decreto n.° 37/87, de 23 em 2 000 000,00 M T para os imóveis destinados ao
de Dezembro comércio e serviços e em 1 500 000,00 M T para os imóveis
O Fundo de Fomento de Habitação sucede ao Fundo destinados a fábricas e armazéns
de Desenvolvimento de Habitação Própria na universalidade 2. Os preços referidos no número anterior poderão
de seus bens, direitos e obrigações. sofrer ajustamentos sempre que houver alterações aos
preços de bens imóveis no mercado
ARTIGO 17
3. Competirá aos Ministros das Obras Públicas e Habi-
São revogados todos os dispositivos legais contrários ao tação e do Plano e Finanças, através de um diploma
preceituado neste decreto. ministerial conjunto, fixar os ajustamentos referidos no
número anterior.
Aprovado pelo Conselho de Ministros ARTIGO 3
4. O coeficiente C será:
Regulamento de Alienação de imóveis destinados Por Imóvel bem conservado - 0.4
Por Imóvel mediamente conservado - 0.6
ao Comércio, indústria e Serviços
Por Imóvel mal conservado - 1.0
ARTIGO 1
5. O coeficiente a será:
1 O valor de alienação dos imóveis é determinado pela a = 1.0 para o pé direito até 5 metros,
aplicação da fórmula: a = 1.05 quando o pé direito é superior a 5 metros
V = [ P . A . K a . ( 1 - d . M . C . I ) ] . a e inferior ou igual a 6 metros,
a = 1 10 quando o pé direito é superior a 6 metros
2. Para os efeitos do n.° 1 deste artigo entende-se: e inferior ou igual a 7 metros,
V - valor de alienação do imóvel em meticais; a = 1.15 quando o pé d i r e i t o é superior a 7 metros
A - área de pavimento do imóvel, delimitada pelo e inferior ou igual a 8 metros.
perímetro das paredes exteriores d o edifício
em metros quadrados; 6. Nos casos em que o pé direito for superior a 8 metros,
P - preço por metro quadrado de construção em o imóvel deverá ser objecto de uma avaliação especial.
meticais por metro quadrado; 7. O Ministro das Obras Públicas e Habitação fixará
Ka - coeficiente de localização do imóvel; por diploma ministerial as modalidades de realização das
d - percentagem anual de depreciação do imóvel: avaliações especiais.
ARTIGO 5 Decreto n.° 2G/95
1 O pagamento dos imóveis referidos neste decreto de 6 de Junho
poderá ser feito a pronto ou em prestações par períodos
até 10 anos A Lei n.o 5/91, concede aos inquilinos nationals em
2 Caso a modalidade de pagamento pretendida seja a situação contratual regular o direito de adquirir, a título
de prestações, será incluída uma taxa de juros a ser definida oneroso, imóveis do habitação do Estado. Fruto da expe-
por despacho do Ministro do Plano e Finanças riência do processo de venda, constata-se haver necessidade
de estabelecer mecanismos que. permitam que cada vez
ARTIGO 6 mais moçambicanos adquiram imóveis do Estádio
1. O produto de venda é destinado a: Nestes termos, ao abrigo das disposições conjugadas, do
n o 2 da Lei n o 5/91, de 9 de Janeiro, e alínea b) do n ° 1
a) Fundo dc Fomento de Habitação na proporção do artigo 153 da Constituição da República, o Conselho
de 50 % , de Ministries, decreta:
b)Indemnizações preconizadas no Decreto-Lei n° 5/
/76, de 5 de Fevereiro, na proporção dc 30 % ; Artigo 1. É consentida a cessão da posição contratual
c) O Orçamento Geral do Estado na proporção de locatários entre cidadãos nacionais, a título oneroso,
de 20 %. sempre que o cessionário manifeste a vontade de futura-
mente adquirir o imóvel ao abrigo da Lei n 5/91, de
2 O Ministro do Plano e Finanças poderá, sempre que 9 de Janeiro.
entender necessário, e caso haja disponibilidade orçamen-
Ari. 2. A cessão da posição contratual so e válida
tal, autorizar utilização de parte da fracção estipulada na quando reduzida a escrito e sujeita ao pagamento do
alínea b) para programas de habitação a serem financiados obrigações fiscais.
pelo Fundo de Fomento de Habitação.
Art. 3 O locador garante ao cessionário a existência
ARTIGO 7 da posição contratual transmitida no momento em que
lhe é submetido o documento escrito d a cessão e compro
1. Provado o pagamento integral da sisa e de pelo menos vada a sua conformidade com o presente decreto.
10 % do valor de venda do imóvel o adquirente poderá
solicitar que lhe seja passado o titulo de adjudicação, Art 4 - 1 O novo inquilino fica obrigado a requerer
no qual se identificará o imóvel e as condições de a aquisição d o imóvel, no pravo de noventa dias, após a
adjudicação assinatura do contrato de arrendamento.
2. O título de adjudicação será emitido pelo Ministério 2. O incumprimento do disposto no número anterior
do Plano e Finanças. reserva ao locador o direito de rescindir o contrato
3. O registo do imóvel a favor do adquirente, só se celebrado
efectuará mediante a apresentação do título de adjudicação, Art 5. Compete aos Ministros das Obras Publicas e
ficando, porém, aquele hipotecado a favor do Estado até Habitação e do Piano e Finanças regulamentar em diplomas
quo a dívida seja integralmente amortizada. próprios, os procedimentos inerentes a aplicação deste
decreto.
ARTIGO 8
Compete aos Ministros das Obras Públicas e Habitação, Aprovado pelo Conselho de Ministros.
da Indústria, Comércio e Turismo, do Plano e Finanças e da
Justiça,regulamentar, por diploma ministerial, a tramitação Publique-se
para a vendia dos imóveis destinados ao comércio, indústria
o serviços O Primeiro-Ministro, Pascual Manuel Mocumbi