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SUMÁRIO
GOVERNO:
Assim:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1.º
Objecto, definição e âmbito
Incumbe ao Estado a promoção do bem-estar social e económico 3- As modalidades de subvenções são as seguintes:
e da qualidade de vida da população, em especial da mais des-
favorecida no quadro de uma estratégia de desenvolvimento a) subvenção que compreende as compensações por pres-
sustentável e na promoção da coesão económica e social, tação de serviços de interesse geral através de financia-
orientando o desenvolvimento no sentido de um crescimento mentos feitos a entidades públicas e não públicas.
equilibrado de todos os sectores e eliminando progressiva-
mente as diferenças económicas, regionais e sociais existentes. b) pagamentos previstos no Estatuto dos Antigos Comba-
tentes da Libertação Nacional, Estatuto dos Titulares
Esta estratégia tem sido justificada num quadro de concessão dos Órgãos de Soberania e regime jurídico sobre o Sub-
de apoios financeiros por parte do Estado ao sector público e sídio de apoio a Idosos e Inválidos.
não público.
4. Os custos relacionados com investimentos, bens de capital
Esta forma de atribuição de transferências públicas é um e de infra-estruturas, podem ser tomados em consideração
instrumento importante no âmbito do financiamento de en- para o efeito de atribuição de subvenções públicas pelo
tidades que prestam serviços de interesse geral e no pagamento Estado na modalidade de prestação de serviços de inte-
de pensões com vista ao progresso e a estabilização social de resse geral, quando estas se revelem essenciais ao estabe-
forma a atingir os resultados desejados no âmbito das políticas lecimento de parcerias estratégicas na realização de pro-
de promoção e fomento de actividades económicas, culturais gramas prioritários com o sector não público.
e sociais em áreas prioritárias definidas no programa do Go-
verno. CAPÍTULO II
SUBVENÇÃO POR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
A necessidade de um sistema fluído e de mecanismos simples INTERESSE GERAL
na execução das transferências públicas requer uma maior res-
ponsabilidade e monitorização, que permita um acompanha- Artigo 2.º
mento por parte do Ministério da tutela em conjunto com o Serviços de interesse geral
Ministério das Finanças à entidade pública e não pública bene-
ficiária da subvenção. 1. Consideram-se serviços de interesse geral para efeito do
presente diploma, os serviços desenvolvidos através de
A monitorização é da responsabilidade do Ministério da tutela parcerias entre o Estado e entidades públicas e não públicas
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suportadas através de verbas de subvenções públicas, j) Calendarização de actividades;
com vista a assegurar parcerias na execução de programas
do governo em áreas tão diversas como a educação, for- k) Calendarização financeira;
mação profissional, saúde, agricultura, pescas pecuária,
social, humanitária, associativismo, cooperativismo e tra- l) Plano de aprovisionamento;
balho comunitário.
m) Menção da contratação de pessoal temporário a afectar a
2. As subvenções públicas devem respeitar o princípio de na- este projecto;
tureza universal, os requisitos de continuidade, de susten-
tabilidade, de boa qualidade e de eficácia, garantir a sua n) Conta bancária de cada beneficiário nos termos da alínea
acessibilidade à generalidade dos cidadãos mesmo que em g) do 39.4 da parte VII do Regulamento 13/2001;
áreas remotas, assegurar a protecção do utilizador e do
consumidor, promover a coesão económica, social, territo- o) Supervisão e fiscalização do projecto e o envolvimento de
rial e respeitar os princípios de não discriminação, de se- outras entidades;
gurança, de transparência e de protecção do ambiente.
p) Regras de prestação de contas por parte de utilizadores e
3. A execução das subvenções poderá ser feita através da beneficiários;
celebração de contratos com entidades públicas ou não
públicas ou através de outros instrumentos que se mostrem q) Proposta de capacitação pelo ministério da tutela das enti-
efectivos na execução das mesmas. dades beneficiárias de subvenções de forma a manterem
um registo das verbas recebidas e das verbas gastas por
CAPÍTULO III cada projecto;
COMISSÃO, REUNIÕES E FUNCIONAMENTO
r) Proposta de relatório trimestral pela tutela a remeter ao Mi-
Artigo 3.º nistério das Finanças, que identifique os projectos, res-
Comissão de Subvenções Públicas e o secretariado técnico pectivos montantes, destinatários e ainda uma avaliação
qualitativa dos resultados obtidos;
A Comissão de Subvenções Públicas, abreviadamente desig-
nada por CSP, é composta pelo membro do Governo respon- s) Referir se está prevista a celebração de contratos, memoran-
sável pela área das finanças, que preside, e pelo membro ou dos de entendimento, elaboração de manual de execução
membros do governo competentes, de acordo com a tutela do de subvenção ou outro mecanismo que se mostre efectivo
respectivo fundo, natureza e destino dos subsídios objecto na execução da mesma.
das transferências, apoiada por um secretariado técnico.
Artigo 5.º
Artigo 4.º Aprovisionamento
Reuniões da CSP
Todas as aquisições feitas a partir de verbas relativas a sub-
A CSP reunirá, quando for solicitada reunião pelo ministro da venções públicas concedidas pelo Estado estão sujeitas ao
tutela, que detenha subvenções na modalidade dos termos do regime jurídico do Aprovisionamento, aprovado pelo
n.º 2 do presente diploma, e apresente os seguintes elementos
para análise e aprovação: Decreto-Lei n. 10/2005, de 21 de Novembro, alterado pelo
Decreto-Lei n. 24/2008 de 23 de Julho quando se trate do sec-
a) Objectivo da subvenção; tor público e de regras simplificadas quando se tratar do sec-
tor não público.
b) Enquadramento legal para atribuição da subvenção;
Artigo 6.º
c) Divulgação da atribuição de subvenções públicas e da Fluxo Normalizado de Fundos
prioridade na atribuição das mesmas;
1. O fluxo normal de desembolso de fundos relativo a subven-
d) Critérios de selecção; ções públicas referidas no artigo 2.º do presente diploma, é
feito através da submissão de formulário de compromisso
e) Distritos a serem abrangidos por esta subvenção; e pagamento (FCP) pela ministério da tutela à Direcção
Nacional do Tesouro (DNT).
f) Número de beneficiários por distrito e os respectivos mon-
tantes; 2. Como regra geral, poderá ser desembolsado um valor inicial
de 40% a favor da conta bancária do beneficiário do valor
g) Estratégia de implementação; de cada projecto, que após ter gasto 35% desta verba,
remete o relatório de gastos ao ministério da tutela para
h) Orçamento por programas e actividades; aprovação e o envia posteriormente à DNT acompanhado
de um novo pedido de desembolso dos restantes 60%.
i) Estabelecimento de indicadores de resultados e metas a
atingir; 3. Após o último desembolso, a organização recipiente produz
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o relatório final de contas a ser remetido ao ministério da deve ser incluída uma garantia do edifício e a respectiva
tutela da respectiva subvenção para análise e aprovação e manutenção por um período não inferior a 5 anos;
posterior envio ao Ministério das Finanças.
p) Obrigatoriedade de reposição nos cofres do estado de
4. Por razões devidamente fundamentadas, pode a CSP sob todas as verbas, que não forem gastas até ao final de
proposta do ministério que tutela a subvenção, aprovar cada ano financeiro, nos termos da secção 25, do
uma calendarização financeira diferente do estipulado nos Regulamento 13/2001.
números anteriores.
3. O pagamento da subvenção contratualizada efectua-se
Artigo 7.º nos termos do contrato, mediante autorização prévia do
Celebração de contrato ministro da tutela seguida pelo Ministro das Finanças ou
em quem esta delegar nos termos da lei.
1. Nos casos de subvenções na modalidade referida no artigo
2.º, e tendo a CSP aprovado o previsto na alínea s) do Artigo 8.º
artigo 5.º para a execução da subvenção pública, a celebra- Publicidade das subvenções concedidas
ção do contrato é feita pelo ministro da tutela nos termos e
condições do presente artigo sem prejuízo da observância É obrigatória a publicidade das subvenções concedidas ao
do regime geral sobre contratação pública quando abrigo do artigo 2.º nos meios de divulgação considerados
aplicável. adequados.
f) Referência a metas a atingir, objectivos e indicadores de b) Submeter-se às acções de fiscalização e controlo financeiro
resultados; que se encontrem legalmente previstas e às que foram
previstas no respectivo contrato;
g) Forma de transparência e apresentação de contas;
c) Comunicar prontamente à entidade concedente a obtenção
h) Entidades participantes; de outros subsídios ou recursos que financiem o serviço
de interesse geral;
i) Conta bancária do beneficiário anexada de documento
legal que comprove o mesmo; d) Fornecer à entidade concedente ou outra legalmente desig-
nada para o efeito todas as informações que lhe sejam soli-
j) Duração e entrada em vigor; citadas relacionadas com o preenchimento ou a manuten-
ção dos requisitos e com a realização da actividade ou a
k) Obrigações gerais das partes; adopção dos comportamentos que fundamentaram a con-
cessão da subvenção pública;
l) Procedimentos e entidades responsáveis pela fiscali-
zação e controlo técnico e financeiro da prestação de e) Respeitar os requisitos e condições que determinaram a
serviços de interesse geral; concessão da subvenção;
Artigo 11.º
Relatórios e avaliação
CAPÍTULO V
PAGAMENTOS A BENEFICIÁRIOS
Artigo 12.º
Pagamentos a beneficiários
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 13.º
Revogação