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Índice
Introdução........................................................................................................................................4

Objectivos........................................................................................................................................4

Os conceitos de Filosofia, Educação e Filosofia da Educação........................................................5

Filosofia….......................................................................................................................................5

Educação..........................................................................................................................................5

Filosofia da educação......................................................................................................................6

Objecto de estudo e sua importância...............................................................................................8

A Educação na Grécia Antiga..........................................................................................................9

Os pensadores da Antiga Grécia e Roma sobre a Educação (Platão, Aristóteles, Sócrates e


Quintiliano)....................................................................................................................................10

Fase de Platão................................................................................................................................10

Fase de Sócrates (470-399 a.C.)....................................................................................................11

As principais contribuições de Sócrates para a educação foram as seguintes:..............................11

Fase de Aristóteles (384-322 a.C.).............................................................................................12

Para Aristóteles os factos da educação humana são os seguintes:.............................................12

Marcos Fabio Quintiliano (35-96).............................................................................................12

Importância da filosofia de educação para o Sistema de Educação...........................................14

Conclusão......................................................................................................................................15

Referências Bibliográficas.............................................................................................................16
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Introdução

O presente trabalho com o tema “Conceito da filosofia da educação, objecto de estudo e sua
importância”. Filosofia da Educação é a aplicação dos métodos e das ideias da Filosofia à teoria
e prática da Educação, ou seja, a filosofia da educação é um ramo do pensamento que se dedica à
reflexão sobre os processos educativos, à análise do sistema educativo, sistematização de
métodos didácticos, entre diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia. O seu escopo
principal é a compreensão das relações entre o fenómeno educativo e o funcionamento da
sociedade. A estrutura do trabalho obedece ao seguinte: introdução, desenvolvimento - que
podemos considerar como sendo o corpo ou o trabalho propriamente dito, onde os autores
arrolaram a volta do conteúdo que respeita o tema proposto para estes, a conclusão que traz uma
síntese ou resumo do trabalho e por fim a referência bibliográfica. A educação é um processo
contínuo de transmissão de experiências de gerações mais experientes as menos experientes.

Objectivos

Objectivo geral

 Definir os conceitos de Filosofia, Educação e Filosofia da Educação;

Objectivos específicos

 Descrever o objecto de estudo da Filosofia da Educação;


 Relacionar a Filosofia com a Educação;
 Identificar as tarefas da Filosofia da Educação

Para a realização do presente trabalho, quanto a metodologia, é de fundamentar que foi com base
nas consultas bibliográficas de obras em artigos e os respectivos autores vem citados ao longo do
trabalhado e as suas obras constam na bibliografia geral que se encontra na última página do
trabalhado.
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1. Os conceitos de Filosofia, Educação e Filosofia da Educação

Para melhor compreendermos o que é a Filosofia da Educação, vamos antes definir os dois
termos que compõem este conceito: Filosofia e Educação.

1.1. Filosofia

A palavra Filosofia provém de dois termos gregos: Philos, que significa amigo, amante, e
Sophia, que significa sabedoria. Assim, pois, etimologicamente, o termo filosofia significa: amor
à sabedoria, gosto pelo saber.

Ao longo da sua história, a filosofia conheceu várias definições, o que significa que não existe
uma definição única e universal. Assim, Aristóteles 384-322 a. C.), por exemplo, define a
Filosofia como sendo a ciência que estuda “as causas últimas de todas as coisas”; Cícero (106-
46 a.C.) define-a como sendo “o estudo das causas humanas e divinas das coisas”; Descartes
(1596-1650) afirma que a Filosofia “ensina a raciocinar bem”; Hegel (1770-1831) concebe-a
como “o saber absoluto”; Whithead (1861-1947) considera que a tarefa da Filosofia é “fornecer
uma explicação orgânica do universo”; Ngoenha, inspirado em Sartre, diz que Filosofia “é a
busca da liberdade”. A partir das várias definições acima apresentadas, podemos concluir que a
filosofia não estuda uma única realidade ou coisa, ela estuda todas as coisas. Portanto, o objecto
de estudo da filosofia é a realidade na sua totalidade. Ela pretende explicar toda a realidade, sem
exclusão de partes ou momentos dela. Porque a filosofia interessa-se por todas as coisas e todas
as coisas podem ser objecto de estudo da filosofia, temos então várias filosofias: a Filosofia da
Ciência, a Filosofia da Linguagem, a Filosofia da Arte, a Filosofia da Moral ou Ética, Filosofia
Política, bem como a própria Filosofia da Educação.

1.2. Educação

Tal como a filosofia, a educação não tem uma definição única e universal. O termo “educação”
vem de dois vocábulos latinos: educare, o que quer dizer alimentar, cuidar; e ducere que
significa conduzir, comandar, discernir, marchar à frente, etc. As duas acepções revelam que a
educação é uma acção exercida por alguém supostamente mais experiente sobre outro alguém
menos experiente.
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A partir da sua etimologia, encontramos várias definições de educação. Citemos algumas:

 Educação é a “acção exercida pelas gerações adultas sobre aquelas ainda não
amadurecidas para a vida social (DURKHEIM, apud DOMMANGET, 1974:90).
 Educação “é um processo de integração de um indivíduo no seio de uma cultura”.
(MARNOTO, 1990:24).
 Educação é “processo de formar atitudes fundamentais de natureza intelectual e
sentimental, perante a natureza e os outros homens” (DEWEY, 1959:362).
 Educação é “a transmissão e o aprendizado das técnicas culturais, que são as técnicas de
uso, produção e comportamento, (…) ”. (ABBAGNANNO (2007:305).
 Educação é “um processo pelo qual a sociedade prepara os seus membros para garantir a
sua continuidade e o seu desenvolvimento” (MUSSOSSA, 2013:61).

De todas as definições acima dadas, a última nos parece mais completa. De facto a educação é
um processo, na medida em que pressupões várias etapas ou estágios progressivamente
organizados. Este processo é social. Nessa preparação para a vida podemos concluir que a
educação é um processo.

1.1. da Filosofia da educação

A filosofia da Educação é o campo da filosofia que se ocupa da reflexão sobre os processos


educativos, os sistemas educativos, a sistematização dos métodos didácticos, entre outros temas
relacionados com a pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o
fenómeno educativo e o funcionamento sociedade.

Filosofia da educação é um ramo do pensamento que se dedica a reflexão


sobre os processos educativos, a análise do sistema educativo,
sistematização de métodos didácticos, entre diversas outras temáticas
relacionadas com a pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão
das relações entre o fenómeno educativo e o funcionamento da
sociedade. (Texto de apoio pp. 4. 2022).

Desse modo, na disciplina de Filosofia da Educação, a filosofia se coloca como forma de


conhecimento e a educação como um problema filosófico. Os dois termos juntos representam o
estudo dos fundamentos das teorias e práticas educativas na sociedade. Neste sentido, a Filosofia
da Educação não será outra coisa senão uma reflexão (radical, rigorosa e de conjunto) sobre os
problemas que a realidade educacional apresenta. (SANTOS &BONIN, 2018).
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Há quem afirme que a Filosofia da Educação deva, em sua natureza, se assemelhar a uma
filosofia aplicada, ocupando-se com reflexões como as antropológicas, éticas ou estéticas (DIAS
DE CARVALHO, 1999, p. 66). Outros imaginam que a Filosofia da Educação deva assumir um
caráter especulativo, buscando explorar teorias sobre o ser humano, a sociedade e o mundo, e
assim prescrever os fins da educação, analisar a racionalidade e a coerência dos ideais
educativos. O elemento principal da Filosofia de Educação reside no facto de ser capaz de
analisar profundamente um Sistema de Educação na sua totalidade e de reflectir sobre um
sistema alternativo. Com efeito a filosofia de educação preconiza abordagens e princípios
filosóficos para compreender e resolver problemas ligados a educação.

Compreendendo a natureza da filosofia como processo intelectual cujas


aplicações no domínio da educação permitem discernir: (1) os processos
educativos e (2) o ensino como actividade educativa e o estudante como
participante racional e consentindo o debate. Muitas ideologias em
educação baseiam-se em conceitos da compreensão do currículo, da
pedagogia e do estudante como ser racional. (GUNGA:43)

O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenómeno educativo e o


funcionamento da sociedade. Uma das questões da Filosofia de educação é a dicotomia entre a
educação como transmissão de conhecimento com educação crítica, como um incentivo a
habilidade, questões abordadas e problematizadas pela filosofia da educação.

Partindo do conceito de filosofia como ciência das causas profundas dos entes, TOBIAS define a
Filosofia da Educação como a “ciência especulativamente prática das causas supremas da
educação” (2002 p. 46). Trata-se sim da própria Filosofia em todo o seu conjunto, enquanto
reflecte sobre uma parte do saber e da actividade humana: a educação. A Filosofia da Educação
surge, portanto como uma “reflexão sobre educação” (Idem, p.17).

Ora, porque o sujeito da educação é o homem, o tipo de educação que se pretende numa
sociedade depende da forma como se concebe este mesmo homem. Por isso, não existe uma e
única filosofia da educação, mas várias filosofias da educação, de acordo com as concepções
existentes sobre o homem.
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1.2. Objecto de estudo e sua importância

Se a filosofia da educação é definida como reflexão sobre a educação, é fácil identificar o seu
objecto de estudo: a educação. A educação constitui o objecto de estudo da Filosofia da
Educação. Porém ela não se confunde com a Pedagogia, que também se preocupa com a
educação. Enquanto a Pedagogia estuda os meios da educação, a Filosofia da Educação reflecte
sobre os seus fins.

A preocupação da Filosofia da Educação não é como ensinar a criança a


ler, nem como melhorar a relação professor -aluno, ou pai e filhos. As
suas preocupações prendem-se com a essência e o fim ou finalidade da
educação: colocando as seguintes questões o que é educação? Com que
finalidade se educa? “Por que é importante ler bem? Em que consiste
fundamentalmente a relação professor - aluno? Qual o valor da família?
…” (FULLAT, 1995:78).

A importância da educação é inquestionável. A educação não é um capricho nem um luxo, mas


uma necessidade inerente ao próprio ser humano. Segundo FULLAT, “ser homem consiste em
ter que educar-se. Caso se desleixe um só instante de tão importante tarefa, deixa de ser homem.
Só os cadáveres e as civilizações decadentes abandonam a educação” 1995:85).

A educação é um imperativo da nossa existência e uma necessidade do nosso ser como humanos:
ou nos educamos e nos tornamos homens ou não nos educamos e reduzimo-nos a simples
animais.

Esta importância encontra-se expressa através dos cinco fins da educação listados por
O’CONNOR (Apud FULLAT, 1995:89) que são:

 Proporcionar as habilidades mínimas;


 Capacitar para o trabalho;
 Despertar o desejo de conhecimento;
 Desenvolver uma postura crítica, e
 Estimular o apreço pelas realizações humanas.

Estes cinco fins, embora sejam os mais comuns entre os autores, não são impostos como dogmas,
podendo existir outros que inspiram e orientam os sistemas educacionais.
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2. A Educação na Grécia Antiga

Entre os povos da antiguidade, em matéria de educação, os gregos são os que mais se sobre
saem, e na Grécia Antiga que surgem as primeiras teorias educacionais. A compreensão de
cultura e do lugar ocupado pelo indivíduo na sociedade reflecte – se no ensino e nas próprias
teorias.

A educação participa na vida e no crescimento da sociedade, tanto no seu destino exterior como
na sua estruturação interna e de desenvolvimento espiritual; e uma vez que o desenvolvimento
social depende da consciência dos valores que regem a vida humana, a história da educação está
essencialmente condicionada pelos valores válidos para cada sociedade.

A educação grega estava centrada na formação integral - corpo e espírito – a ênfase da educação
se demandava mais, ora para o preparo militar ou esportiva, ora para o debate intelectual
conforme a época o lugar. Quando não existia a escrita, a educação era dada pelas famílias
segundo a tradição religiosa, os jovens da elite eram deixados a cargo dos preceptores. Com o
surgimento das Polis nasceram as primeiras escolas, mas mesmo com aparecimento da oferta
escolar, a educação permanecia elitizada atendia principalmente os filhos da antiga nobreza e os
pertencentes a família de comerciantes ricos. Na sociedade escravagista grega existia o Ócio
digno, que significava dispor de tempo livre, privilegio de quem não precisava cuidar do
sustento, mas não se deve confundir o Ócio digno com o fazer nada ele alude a ocupar-se com as
funções de governar, pensar, guerrear.

A educação física que era predominantemente militar começa a


ser orientada para os exportes, o hipismo era um exporte
elegante e restrito aos mais abastados , pois era de manutenção
cara, como o passar do tempo o atletismo ampliou a participação
do público que frequentava os ginásios, nessas escolas voltadas
mais para os exportes o ensino de letras e dos cálculos levou
mais tempo para se disseminar aspecto comum da Polis era o de
que a transmissão de cultura não era prerrogativa somente das
escolas ou das famílias, as Polis continuavam educando as
inúmeras actividades colectivas, reuniões políticas,
administrativas e jurídicas, nos jogos, nas artes e na arquitectura,
nas representações dramáticas (TEXTO DE APOIO:2022)
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A Grécia Antiga pode ser considerada o berço da pedagogia porque é onde surgiu a primeira
reflexão acerca da pedagogia e essas reflexões iram influenciar por séculos a educação e a
cultura do mundo do ocidental.

3. Os pensadores da Antiga Grécia e Roma sobre a Educação (Platão, Aristóteles,


Sócrates e Quintiliano)
 Fase de Platão

“Educação deve propiciar ao corpo e a alma toda a perfeição e a beleza que pode ter”. Platão –
(428-348 a. c ), nasceu em Atenas da família nobre, principal discípulo de Sócrates e mestre
de Aristóteles. A Filosofia de Platão: de acordo com o Platão, a educação consiste em actividade
que cada um desenvolve para conquistar as ideias e viver de acordo com elas. O conhecimento
não vem de fora para o homem, mas sim, é o esforço da alma para apoderar-se da verdade.

O papel do educador consiste em promover no educando o processo de interiorização, graças ao


qual ele pode sentir a presença das ideias. A realidade para o Platão nada mais, e do que a ideia
que se realiza ou actualiza. Ele compara o mundo sensível a uma caverna iluminada, de costas
votadas para as chamas.

“Educação, para Aristóteles é um caminho para a vida pública, prossegue Carlota. Cabe a
educação a formação do carácter do aluno”.

Na história das ideias, Platão foi o primeiro pedagogo, não só ter concebido um sistema
educacional para o seu tempo, mas principalmente por ter integrado a uma dimensão ética,
política. O objectivo final da educação para o este filósofo era a formação do homem moral,
vivendo em Estado justo.

Para Platão, toda a virtude é conhecimento. Ao homem virtuoso, segundo


ele é dado conhecer o bem e o belo. A busca da virtude deve prosseguir
pela vida inteira -portanto, a educação não pode se restringir aos anos da
juventude. Educar é tão importante para uma ordem política baseada na
justiça como Platão preconizava - que deveria ser tarefa de toda a
sociedade (TEXTO DE APOIO:2022).
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 Fase de Sócrates (470-399 a.C.)

Sócrates nasceu em Atenas por volta de 469 a. C. Adquiriu a cultura tradicional dos jovens
atenienses, aprendendo música, ginástica e gramática. Lutou nas guerras contra Esparta (432 a. C
e Tebas (424 a. C). Durante o apogeu onde se instalou a primeira democracia na história,
conviveu com intelectuais, artistas, aristocratas e políticos. Convenceu-se sua missão de mestre
por volta dos 38 anos, depois que seu amigo Querofonte, em visita ao templo de Apolo, em
Delfos, ouviu ao oráculo do Sócrates era «o mais sábio dos homens » deduzindo que a sua
sabedoria só podia ser resultado da preocupação da ignorância, passou a dialogar com as pessoas
que se dispusessem a procura da verdade e o bem. Com o desmoronamento do Império ateniense
e a guerra civil interna. Sócrates foi acusado de desrespeitar os deuses do Estado e de
corromper os jovens, julgado e condenado à morte por envenenamento, ele se recusou a fugir
ou negar as suas convicções para salvar a vida ingeriu a cicuta e morreu rodeado por amigos, em
399 a. C.

A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à


prática do bem. Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou
espírito) e o corpo. Do eu pensamento surgiram duas linhas gerais, podem ser consideradas como
grandes tendências do pensamento ocidental.

Tornou-se como ponto de partida o princípio básico da doutrina sofista. “O homem é a medida
de todas as coisas”. Se o homem é a medida de todas as coisas, conclui Sócrates, a primeira
obrigação de todo o homem é procurar conhecer-se a si mesmo. É na consciência individual que
se deve procurar os elementos determinantes da finalidade da vida e da educação. Todo o
indivíduo tem a capacidade de conhecer e apreciar as verdades com: a fidelidade, honestidade
verdade, pois para Sócrates o conhecimento é derivado da própria experiência, o qual constitui a
base de boa conduta.

 As principais contribuições de Sócrates para a educação foram as seguintes:

O papel do educador é então, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando a sua
cooperação para que ele consiga por si próprio “iluminar” suas inteligências e sua consciência.
Assim o verdadeiro mestre não é um provedor de conhecimentos, mas alguém que desperta os
espíritos. Ele deve segundo Sócrates, admitir a reciprocidade ao exercer a sua função
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iluminadora permitindo que os alunos contestem seus argumentos da mesma forma que contesta
os argumentos dos alunos. Para o filósofo, da troca de ideias dá liberdade ao pensamento e a
expressão. Condições imprescindíveis para o aperfeiçoamento do ser humano.

O conhecimento possui um valor prático ou moral, isto é, um valor de natureza universal e não
individualista. A educação tem por objectivo imediato o desenvolvimento da capacidade de
pensar, não apenas de ministrar conhecimentos. O processo para obter conhecimento é a
conservação e por fim, reflexão organização da própria experiência.

 Fase de Aristóteles (384-322 a.C.)

A educação para este autor é um caminho para a vida pública. Cabe a


educação a formação do carácter do aluno. Prosseguir a virtude significa,
em todas as atitudes buscar o justo meio. A prudência e a sensatez se
encontram no meio-termo ou medida justa desenvolveu o conceito de
educação partindo da ideia de imitação. O que nos animais é apenas
capacidade imitativa, no homem se converte numa arte (TEXTO DE
APOIO:2022).

Para Aristóteles os factos da educação humana são os seguintes:

 As disposições naturais
 Os meios para aprender
 A pratica ou habito para afirmar a assimilado
 Assim, o processo de ensino deve corresponder ao seguinte plano metódico.
(a) O mestre deve em primeiro lugar, expor a matéria do conhecimento.
(b) Em seguida tem de cuidar que se imprima ou retenha o exposto na mente do aluno.
(c) Por fim, tem de buscar que o educando relacione as diversas representações mediante o
exercício.

 Marcos Fabio Quintiliano (35-96)

Foi o primeiro professor pago pelo estado, no Império de Vespasiano, e teve como alunos
Plotino o Môco e o próprio Imperador Adriano.
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Quintiliano chama atenção a identificar talentos nas crianças e chama


atenção a necessidades de reconhece-las diferenças individuais e de
adoptar diferenças formas de procedimentos perante elas. Ele é
contrário a ao castigo orador e escritor romano, nasceu em Calagurris
Nassica, hoje Calahorra, Espanha. Estudou retórica em Roma com os
maiores mestres de seu tempo. Foi o maior pedagogo romano. A sua
pedagogia reconhecia a importância do estudo psicológico do aluno, por
isso, enfatizava o valor humanístico e espiritual da educação, atribuindo
ao ensino de letras e reconhecimento do valor do educador (TEXTO DE
APOIO:2022)

De acordo com o Quintiliano o mestre deverá ser um homem de carácter e de ciência, na medida
em que as suas atitudes influenciarão de forma determinante o desenvolvimento do aluno.
Quintiliano alerta a necessidade de identificar os talentos nas crianças colocá-lo a problemática
das diferenças individuais (no que se refere ás capacidades e ao carácter) e das formas de
procedimento a adoptar perante elas.

O mestre devera mostrar-se atento a natureza individual de cada aluno, respeitando-a dela
fazendo depender o tipo e grau de complexidade das tarefas que lhe são apresentadas.

Sugere que os alunos sejam distribuídos por classes logo a partir da escola primaria, animadas
por concursos, dado ao pendor das crianças para o jogo.

Reflecte a importância da memória do aluno como peça chave do


processo educativo. A educação deverá contribuir para o
desenvolvimento das disposições naturais de cada aluno sendo a natureza
para o Quintiliano, sinónimo de “homem não educado”. Quintiliano é
contrário aos castigos físicos. Recomenda a emulação como incentivo
para o estudo e sugere que o tempo escolar seja periodicamente
irrompido por recreios, já o descanso é, na sua opinião, favorável à
aprendizagem. A obra de Quintiliano primou sobretudo por ter
sistematizado e capacitado a tradição retórica (TEXTO DE
APOIO:2022).

A retórica define - se então como a ciência que compreende em si as qualidades do decurso do


orador. Nesta acepção, Quintiliano identifica três conceitos chaves:

 A arte deve ser entendida como a disciplina de falar bem.


 Artífice é o orador que precisa saber falar bem e de ser um humano que precisa da ética.
 A obra é o que é realizado pelo artífice.
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A sua obra ainda reflecte sobre as relações entre retórica, filosofia, cultura e ética, por centrar no
estudo das características que o orador tende de desenvolver e manter para ser um homem de
obra. Quintiliano debruçou-se também estabelecimento de directrizes para a formação do povo
romano desde a sua infância.

4. Importância da filosofia de educação para o Sistema de Educação

 A filosofia de Educação joga um papel importante para o sistema de educação,


particularmente na formação de professores: na medida em que ele estimula ao
pensamento argumentativo sobre a educação.

 Ajuda ao professor a tornar-se mais consciente sobre as implicações que podem advir de
certas posições suas e descobrir outras dimensões que outros professores podem não ter
notado.

 A filosofia de educação ensina ao professor a reconhecer os limites epistemológicos da


sua disciplina assim como aplicar as melhores formas de ensino.

 A filosofia de educação contribui para que os professores vejam os assuntos educacionais


de uma forma crítica e desenrolem argumentos mais comumente porque baseados numa
busca incessante da verdade. Isto aumenta o clima de debate intelectual em volta dos
problemas que a educação enfrenta hoje em dia, aumentado também o menu das soluções
para os mesmos problemas.

 A filosofia de educação aumenta a capacidade dos professores em influenciarem o curso


da educação no seu próprio país, dado que eles se engajam num debate teórico sobre a
educação.
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Conclusão

Após a nossa pesquisa podemos concluir que filosofia não estuda uma única realidade ou coisa,
ela estuda todas as coisas. Portanto, o objecto de estudo da filosofia é a realidade na sua
totalidade. Ela pretende explicar toda a realidade, sem exclusão de partes ou momentos dela.
Porque a filosofia interessa-se por todas as coisas e todas as coisas podem ser objecto de estudo
da filosofia, temos então várias filosofias: a Filosofia da Ciência, a Filosofia da Linguagem, a
Filosofia da Arte, a Filosofia da Moral ou Ética, Filosofia Política, bem como a própria Filosofia
da Educação. Portanto, o nosso tema como fala da filosofia da educação, a filosofia da Educação
é o campo da filosofia que se ocupa da reflexão sobre os processos educativos, os sistemas
educativos, a sistematização dos métodos didácticos, entre outros temas relacionados com a
pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenómeno educativo e o
funcionamento da sociedade.
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Referências Bibliográficas

___________ (2017). ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, 5ª ed., Martins Fontes,


S. Paulo,

___________ (1959). DEWEY, J.: Democracia e Educação, 3ªEd., Companhia Editora


Nacional, São Paulo.

___________ (1974). DOMMANGET, Maurice, Os Grandes Socialistas e a Educação,


Publicações Europa América, Braga

___________ (1995). FULLAT, Octavi, Filosofias da Educação, Vozes, Petrópolis

___________ (2006). IBÁÑEZ-MARTIN, J. A. “Filosofia da Educação (conceito de) ” (art.) in


CARVALHO, Adalberto Dias de (coord.), Dicionário de Filosofia da Educação, Porto Editora,
Porto

___________ (1994). LUKESI, Cipriano Carlos, Filosofia da Educação, São Paulo, Cortez
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___________ (1990). MARNOTO, Isabel; Didáctica de Filosofia I; Universidade Aberta


Editora, Brasil

___________ (2013). MUSSOSSA, Aldo, “A Educação do séc. XXI: uma visão interpretativa
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___________ (2018). SANTOS, Adelcio Machado Dos & BONIN, Joel César. Filosofia da
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___________ (2005). TOBIAS, José António, Filosofia da Educação, 6a ed., Editora Ave-
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___________ (2021). Texto de Apoio: Filosofia da Educação, Universidade Rovuma

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