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Trabalho de Filosofia de Educação.
Trabalho de Filosofia de Educação.
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Objectivos........................................................................................................................................4
Filosofia….......................................................................................................................................5
Educação..........................................................................................................................................5
Filosofia da educação......................................................................................................................6
Fase de Platão................................................................................................................................10
Conclusão......................................................................................................................................15
Referências Bibliográficas.............................................................................................................16
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Introdução
O presente trabalho com o tema “Conceito da filosofia da educação, objecto de estudo e sua
importância”. Filosofia da Educação é a aplicação dos métodos e das ideias da Filosofia à teoria
e prática da Educação, ou seja, a filosofia da educação é um ramo do pensamento que se dedica à
reflexão sobre os processos educativos, à análise do sistema educativo, sistematização de
métodos didácticos, entre diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia. O seu escopo
principal é a compreensão das relações entre o fenómeno educativo e o funcionamento da
sociedade. A estrutura do trabalho obedece ao seguinte: introdução, desenvolvimento - que
podemos considerar como sendo o corpo ou o trabalho propriamente dito, onde os autores
arrolaram a volta do conteúdo que respeita o tema proposto para estes, a conclusão que traz uma
síntese ou resumo do trabalho e por fim a referência bibliográfica. A educação é um processo
contínuo de transmissão de experiências de gerações mais experientes as menos experientes.
Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
Para a realização do presente trabalho, quanto a metodologia, é de fundamentar que foi com base
nas consultas bibliográficas de obras em artigos e os respectivos autores vem citados ao longo do
trabalhado e as suas obras constam na bibliografia geral que se encontra na última página do
trabalhado.
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Para melhor compreendermos o que é a Filosofia da Educação, vamos antes definir os dois
termos que compõem este conceito: Filosofia e Educação.
1.1. Filosofia
A palavra Filosofia provém de dois termos gregos: Philos, que significa amigo, amante, e
Sophia, que significa sabedoria. Assim, pois, etimologicamente, o termo filosofia significa: amor
à sabedoria, gosto pelo saber.
Ao longo da sua história, a filosofia conheceu várias definições, o que significa que não existe
uma definição única e universal. Assim, Aristóteles 384-322 a. C.), por exemplo, define a
Filosofia como sendo a ciência que estuda “as causas últimas de todas as coisas”; Cícero (106-
46 a.C.) define-a como sendo “o estudo das causas humanas e divinas das coisas”; Descartes
(1596-1650) afirma que a Filosofia “ensina a raciocinar bem”; Hegel (1770-1831) concebe-a
como “o saber absoluto”; Whithead (1861-1947) considera que a tarefa da Filosofia é “fornecer
uma explicação orgânica do universo”; Ngoenha, inspirado em Sartre, diz que Filosofia “é a
busca da liberdade”. A partir das várias definições acima apresentadas, podemos concluir que a
filosofia não estuda uma única realidade ou coisa, ela estuda todas as coisas. Portanto, o objecto
de estudo da filosofia é a realidade na sua totalidade. Ela pretende explicar toda a realidade, sem
exclusão de partes ou momentos dela. Porque a filosofia interessa-se por todas as coisas e todas
as coisas podem ser objecto de estudo da filosofia, temos então várias filosofias: a Filosofia da
Ciência, a Filosofia da Linguagem, a Filosofia da Arte, a Filosofia da Moral ou Ética, Filosofia
Política, bem como a própria Filosofia da Educação.
1.2. Educação
Tal como a filosofia, a educação não tem uma definição única e universal. O termo “educação”
vem de dois vocábulos latinos: educare, o que quer dizer alimentar, cuidar; e ducere que
significa conduzir, comandar, discernir, marchar à frente, etc. As duas acepções revelam que a
educação é uma acção exercida por alguém supostamente mais experiente sobre outro alguém
menos experiente.
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Educação é a “acção exercida pelas gerações adultas sobre aquelas ainda não
amadurecidas para a vida social (DURKHEIM, apud DOMMANGET, 1974:90).
Educação “é um processo de integração de um indivíduo no seio de uma cultura”.
(MARNOTO, 1990:24).
Educação é “processo de formar atitudes fundamentais de natureza intelectual e
sentimental, perante a natureza e os outros homens” (DEWEY, 1959:362).
Educação é “a transmissão e o aprendizado das técnicas culturais, que são as técnicas de
uso, produção e comportamento, (…) ”. (ABBAGNANNO (2007:305).
Educação é “um processo pelo qual a sociedade prepara os seus membros para garantir a
sua continuidade e o seu desenvolvimento” (MUSSOSSA, 2013:61).
De todas as definições acima dadas, a última nos parece mais completa. De facto a educação é
um processo, na medida em que pressupões várias etapas ou estágios progressivamente
organizados. Este processo é social. Nessa preparação para a vida podemos concluir que a
educação é um processo.
Há quem afirme que a Filosofia da Educação deva, em sua natureza, se assemelhar a uma
filosofia aplicada, ocupando-se com reflexões como as antropológicas, éticas ou estéticas (DIAS
DE CARVALHO, 1999, p. 66). Outros imaginam que a Filosofia da Educação deva assumir um
caráter especulativo, buscando explorar teorias sobre o ser humano, a sociedade e o mundo, e
assim prescrever os fins da educação, analisar a racionalidade e a coerência dos ideais
educativos. O elemento principal da Filosofia de Educação reside no facto de ser capaz de
analisar profundamente um Sistema de Educação na sua totalidade e de reflectir sobre um
sistema alternativo. Com efeito a filosofia de educação preconiza abordagens e princípios
filosóficos para compreender e resolver problemas ligados a educação.
Partindo do conceito de filosofia como ciência das causas profundas dos entes, TOBIAS define a
Filosofia da Educação como a “ciência especulativamente prática das causas supremas da
educação” (2002 p. 46). Trata-se sim da própria Filosofia em todo o seu conjunto, enquanto
reflecte sobre uma parte do saber e da actividade humana: a educação. A Filosofia da Educação
surge, portanto como uma “reflexão sobre educação” (Idem, p.17).
Ora, porque o sujeito da educação é o homem, o tipo de educação que se pretende numa
sociedade depende da forma como se concebe este mesmo homem. Por isso, não existe uma e
única filosofia da educação, mas várias filosofias da educação, de acordo com as concepções
existentes sobre o homem.
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Se a filosofia da educação é definida como reflexão sobre a educação, é fácil identificar o seu
objecto de estudo: a educação. A educação constitui o objecto de estudo da Filosofia da
Educação. Porém ela não se confunde com a Pedagogia, que também se preocupa com a
educação. Enquanto a Pedagogia estuda os meios da educação, a Filosofia da Educação reflecte
sobre os seus fins.
A educação é um imperativo da nossa existência e uma necessidade do nosso ser como humanos:
ou nos educamos e nos tornamos homens ou não nos educamos e reduzimo-nos a simples
animais.
Esta importância encontra-se expressa através dos cinco fins da educação listados por
O’CONNOR (Apud FULLAT, 1995:89) que são:
Estes cinco fins, embora sejam os mais comuns entre os autores, não são impostos como dogmas,
podendo existir outros que inspiram e orientam os sistemas educacionais.
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Entre os povos da antiguidade, em matéria de educação, os gregos são os que mais se sobre
saem, e na Grécia Antiga que surgem as primeiras teorias educacionais. A compreensão de
cultura e do lugar ocupado pelo indivíduo na sociedade reflecte – se no ensino e nas próprias
teorias.
A educação participa na vida e no crescimento da sociedade, tanto no seu destino exterior como
na sua estruturação interna e de desenvolvimento espiritual; e uma vez que o desenvolvimento
social depende da consciência dos valores que regem a vida humana, a história da educação está
essencialmente condicionada pelos valores válidos para cada sociedade.
A educação grega estava centrada na formação integral - corpo e espírito – a ênfase da educação
se demandava mais, ora para o preparo militar ou esportiva, ora para o debate intelectual
conforme a época o lugar. Quando não existia a escrita, a educação era dada pelas famílias
segundo a tradição religiosa, os jovens da elite eram deixados a cargo dos preceptores. Com o
surgimento das Polis nasceram as primeiras escolas, mas mesmo com aparecimento da oferta
escolar, a educação permanecia elitizada atendia principalmente os filhos da antiga nobreza e os
pertencentes a família de comerciantes ricos. Na sociedade escravagista grega existia o Ócio
digno, que significava dispor de tempo livre, privilegio de quem não precisava cuidar do
sustento, mas não se deve confundir o Ócio digno com o fazer nada ele alude a ocupar-se com as
funções de governar, pensar, guerrear.
A Grécia Antiga pode ser considerada o berço da pedagogia porque é onde surgiu a primeira
reflexão acerca da pedagogia e essas reflexões iram influenciar por séculos a educação e a
cultura do mundo do ocidental.
“Educação deve propiciar ao corpo e a alma toda a perfeição e a beleza que pode ter”. Platão –
(428-348 a. c ), nasceu em Atenas da família nobre, principal discípulo de Sócrates e mestre
de Aristóteles. A Filosofia de Platão: de acordo com o Platão, a educação consiste em actividade
que cada um desenvolve para conquistar as ideias e viver de acordo com elas. O conhecimento
não vem de fora para o homem, mas sim, é o esforço da alma para apoderar-se da verdade.
“Educação, para Aristóteles é um caminho para a vida pública, prossegue Carlota. Cabe a
educação a formação do carácter do aluno”.
Na história das ideias, Platão foi o primeiro pedagogo, não só ter concebido um sistema
educacional para o seu tempo, mas principalmente por ter integrado a uma dimensão ética,
política. O objectivo final da educação para o este filósofo era a formação do homem moral,
vivendo em Estado justo.
Sócrates nasceu em Atenas por volta de 469 a. C. Adquiriu a cultura tradicional dos jovens
atenienses, aprendendo música, ginástica e gramática. Lutou nas guerras contra Esparta (432 a. C
e Tebas (424 a. C). Durante o apogeu onde se instalou a primeira democracia na história,
conviveu com intelectuais, artistas, aristocratas e políticos. Convenceu-se sua missão de mestre
por volta dos 38 anos, depois que seu amigo Querofonte, em visita ao templo de Apolo, em
Delfos, ouviu ao oráculo do Sócrates era «o mais sábio dos homens » deduzindo que a sua
sabedoria só podia ser resultado da preocupação da ignorância, passou a dialogar com as pessoas
que se dispusessem a procura da verdade e o bem. Com o desmoronamento do Império ateniense
e a guerra civil interna. Sócrates foi acusado de desrespeitar os deuses do Estado e de
corromper os jovens, julgado e condenado à morte por envenenamento, ele se recusou a fugir
ou negar as suas convicções para salvar a vida ingeriu a cicuta e morreu rodeado por amigos, em
399 a. C.
Tornou-se como ponto de partida o princípio básico da doutrina sofista. “O homem é a medida
de todas as coisas”. Se o homem é a medida de todas as coisas, conclui Sócrates, a primeira
obrigação de todo o homem é procurar conhecer-se a si mesmo. É na consciência individual que
se deve procurar os elementos determinantes da finalidade da vida e da educação. Todo o
indivíduo tem a capacidade de conhecer e apreciar as verdades com: a fidelidade, honestidade
verdade, pois para Sócrates o conhecimento é derivado da própria experiência, o qual constitui a
base de boa conduta.
O papel do educador é então, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando a sua
cooperação para que ele consiga por si próprio “iluminar” suas inteligências e sua consciência.
Assim o verdadeiro mestre não é um provedor de conhecimentos, mas alguém que desperta os
espíritos. Ele deve segundo Sócrates, admitir a reciprocidade ao exercer a sua função
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iluminadora permitindo que os alunos contestem seus argumentos da mesma forma que contesta
os argumentos dos alunos. Para o filósofo, da troca de ideias dá liberdade ao pensamento e a
expressão. Condições imprescindíveis para o aperfeiçoamento do ser humano.
O conhecimento possui um valor prático ou moral, isto é, um valor de natureza universal e não
individualista. A educação tem por objectivo imediato o desenvolvimento da capacidade de
pensar, não apenas de ministrar conhecimentos. O processo para obter conhecimento é a
conservação e por fim, reflexão organização da própria experiência.
As disposições naturais
Os meios para aprender
A pratica ou habito para afirmar a assimilado
Assim, o processo de ensino deve corresponder ao seguinte plano metódico.
(a) O mestre deve em primeiro lugar, expor a matéria do conhecimento.
(b) Em seguida tem de cuidar que se imprima ou retenha o exposto na mente do aluno.
(c) Por fim, tem de buscar que o educando relacione as diversas representações mediante o
exercício.
Foi o primeiro professor pago pelo estado, no Império de Vespasiano, e teve como alunos
Plotino o Môco e o próprio Imperador Adriano.
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De acordo com o Quintiliano o mestre deverá ser um homem de carácter e de ciência, na medida
em que as suas atitudes influenciarão de forma determinante o desenvolvimento do aluno.
Quintiliano alerta a necessidade de identificar os talentos nas crianças colocá-lo a problemática
das diferenças individuais (no que se refere ás capacidades e ao carácter) e das formas de
procedimento a adoptar perante elas.
O mestre devera mostrar-se atento a natureza individual de cada aluno, respeitando-a dela
fazendo depender o tipo e grau de complexidade das tarefas que lhe são apresentadas.
Sugere que os alunos sejam distribuídos por classes logo a partir da escola primaria, animadas
por concursos, dado ao pendor das crianças para o jogo.
A sua obra ainda reflecte sobre as relações entre retórica, filosofia, cultura e ética, por centrar no
estudo das características que o orador tende de desenvolver e manter para ser um homem de
obra. Quintiliano debruçou-se também estabelecimento de directrizes para a formação do povo
romano desde a sua infância.
Ajuda ao professor a tornar-se mais consciente sobre as implicações que podem advir de
certas posições suas e descobrir outras dimensões que outros professores podem não ter
notado.
Conclusão
Após a nossa pesquisa podemos concluir que filosofia não estuda uma única realidade ou coisa,
ela estuda todas as coisas. Portanto, o objecto de estudo da filosofia é a realidade na sua
totalidade. Ela pretende explicar toda a realidade, sem exclusão de partes ou momentos dela.
Porque a filosofia interessa-se por todas as coisas e todas as coisas podem ser objecto de estudo
da filosofia, temos então várias filosofias: a Filosofia da Ciência, a Filosofia da Linguagem, a
Filosofia da Arte, a Filosofia da Moral ou Ética, Filosofia Política, bem como a própria Filosofia
da Educação. Portanto, o nosso tema como fala da filosofia da educação, a filosofia da Educação
é o campo da filosofia que se ocupa da reflexão sobre os processos educativos, os sistemas
educativos, a sistematização dos métodos didácticos, entre outros temas relacionados com a
pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenómeno educativo e o
funcionamento da sociedade.
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Referências Bibliográficas
___________ (1994). LUKESI, Cipriano Carlos, Filosofia da Educação, São Paulo, Cortez
Editora
___________ (2013). MUSSOSSA, Aldo, “A Educação do séc. XXI: uma visão interpretativa
de Morin e Demo”, In: Curandeiro: revista moçambicana de Filosofia, nº 0/2013, Editora Educar
–Universidade Pedagógica, Maputo
___________ (2018). SANTOS, Adelcio Machado Dos & BONIN, Joel César. Filosofia da
educação: implicações e impactos na pedagogia. Educere e Educare, programa de pós-
graduação em educação-universidade estatual do oeste do Paraná. 2018
___________ (2005). TOBIAS, José António, Filosofia da Educação, 6a ed., Editora Ave-
Maria, São Paulo, 2005