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Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado


Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Física
Cadeira de Geometria Projectiva, 4º Ano, II semestre de 2023

Elementos do grupo:

Buanamade João
Ernesto Xavier Lássimo
Martinho Avelino Afate
Geometria e Grupo

1. Transformações existentes na Geometria

As principais transformações geométricas são: Translação, Rotação, Reflexão. Existe também


transformações isométricas, homotéticas.

Este princípio afirma que, dado qualquer grupo G de transformações (em elementos
geométricos), o corpo de definições e teoremas que expressam propriedades que permanecem
inalteradas sob as transformações de G (mas que não são invariantes sob as transformações
de qualquer outro grupo contendo G) é chamada de geometria associada ou definida por G.

2. Representação geométrica e algébrica das transformações e seus elementos


envolvidos
2.1. Translação

Sejam 𝐴,𝐵 e π tal que A ≠ B . A translação T AB : π → π ' é uma função definida da seguinte
forma: Dado P ∈ π e sua imagem P '=T AB (P). Se 𝐴,𝐵 𝑒 𝑃 são não colineares, então P ' é o
quarto vértice do paralelogramo que tem AB e AP como lados.

Figura 1: Translação dados os pontos 𝐴 e 𝐵

Fonte: Elaborado pelos autores


2.2. Rotação

Definição: Dado um ponto 𝑂 do plano π e θ=A Ô B um ângulo com vértice 𝑂. A rotação do


ângulo θ em torno do ponto 𝑂 é a função P0 :π → π definida por P0 (0)=0 e para todo ponto
P ≠ 0 em π , Po(P)=P ' , onde P ' é o ponto do plano π . Note que geometricamente a condição
d (P , 0)=d (P ' , 0) , P Ô P'=θ e o sentido de rotação de 𝐴 para 𝐵 e o mesmo de 𝑃′ para 𝑃.

Note na Figura 27, que geometricamente a condição 𝑃Ô𝑃′=𝜃 significa que se tomarmos o
ponto 𝐴 e 𝐵 tais que OA=OB=OP=OP ' então AB=PP' .

Figura 2: Rotação do ângulo 𝜃 em torno do ponto O

Fonte: Elaborado pelos autores

2.3. A reflexão

A reflexão de uma figura 𝐹 em torno de uma recta 𝑟 é dada pela figura


Rr (F)=+{R r ( P)/ P ∈ F }.

Figura 3: Reflexão em torno da recta r

Fonte: Elaborado pelos autores


(Reflexão com deslizamento) Sejam v= AB um vetor não nulo e 𝑟 uma reta paralela a 𝑣 no
plano 𝜋, T v : π → π a função translação e Rr : π → π a função reflexão, conforme é
exemplificada na Figura 4, com a reflexão do triângulo 𝐴𝐵𝐶, seguido do deslizamento.

A reflexão com deslizamento, determinada pelo vetor 𝑣 e pela reta 𝑟 é a isometria obtida
fazendo-se uma reflexão seguida de translação.

Figura 4: Reflexão com deslizamento

Fonte: Elaborado pelos autores

2.4. Isometria

Definicão: Uma isometria entre os planos π ⊂R ² e π ' ⊂ R ² é uma função T : π → π ' que
preserva a distância, ou seja,para P , Q∈ π , pondo P '=T (P) e Q '=T (Q) temos que
d (P ' , Q ')=d (P , Q).

Definição: Dizemos que uma função T : π → π ' é injetiva se:

(i) Dados P , Q∈ π com T (P)=T (Q) tivermos que P=Q , ou equivalente,

(ii) Dados P , Q∈ π com P ≠Q tivermos T (P)≠ T (Q).

Teorema: Uma isometria T : π → π ' é uma função injetiva.

Definição: Dizemos que uma função T : π → π ' é sobrejetiva se a imagem de 𝑇 é todo o


conjunto de π ' , isto é, T (π)=π ' .

Proposição: Uma isometria T : π → π ' é uma função sobrejetiva.


Definição: Dizemos que uma função T : π → π ' é bijetiva se 𝑇 é injetiva e sobrejetiva.

Teorema: Toda isometria T : π → π ' transforma retas em retas.

Na Figura 3 há um exemplo de transformação isométrica entre segmentos.

Figura 5: Transformação isométrica

Fonte: Elaborado pelos autores

Isomorfismo) Dizemos que existe um isomorfismo entre dois espaços vetoriais U e V se


existe uma função γ =U → V bijetiva.

Seja a função Rr : π → π reflexão em torno da reta 𝒓. Note que podemos tomar no plano 𝝅 um
sistemas de coordenadas de forma que a reta r coincide com o eixo OX .

Então para cada ponto P=(x , y ) temos que Rr (P)=P'=(x ' , y ' ), onde x '=x e y '=− y , de
acordo com o que é apresentado na Figura 6.

Figura 6: Projeção do ponto sobre os eixos

Fonte: Elaborado pelos autores


Homotetia

Definição: Uma homotetia de centro O e razão K ≠ 0, é uma transformação geométrica


H O , k : π → π que fixa o ponto O e associa cada ponto P ≠O um ponto

´ tal que: ⃗
P ’=H O , k ¿) sobre a reta PO OP '=K ⃗
OP ' .

- Se K=1 temos a transformação identidade, uma isometria, um caso especial de homotetia.

- Se K >0 dizemos que a homotetia tem razão positiva. Na Figura 7, o valor de K é um


número maior que 1 e centro 𝑂, tendo assim uma ampliação do triângulo 𝐴𝐵𝐶.

Figura 7: Homotetia de razão positiva

Fonte: Elaborado pelos autores

- Se k < 0 dizemos que a homotetia tem razão negativa.

A ilustração da Figura 8 mostra uma homotetia que tem como centro 𝑂 e uma razão negativa.

Figura 8: Homotetia de razão negativa

Fonte: Elaborado pelos autores


3. Noção de Teoria de Grupos

A teoria de grupos é uma área fundamental da álgebra abstrata que estuda conjuntos de
elementos juntamente com uma operação binária associativa chamada de multiplicação ou
composição.

3.1. Grupo

Um grupo é um conjunto G , juntamente com uma operação binária (geralmente denotada por
*) que satisfaz as seguintes propriedades:

 Fechamento: Para todo par de elementos a e b em G , o resultado de a∗b está em G .


 Associatividade: Para todo a, b e c em G , (a∗b)∗c=a∗(b∗c).
 Elemento neutro: Existe um elemento e em G , chamado de elemento neutro, tal que
para todo elemento a em G, a∗e=e∗a=a .
 Inverso: Para cada elemento a em G, existe um elemento b em G, chamado de
inverso de a, tal que a∗b=b∗a=e .
3.2. Subgrupo

Um subgrupo de um grupo G é um subconjunto H de G que, também é um grupo com a


mesma operação binária de G .

3.3. Grupo Abeliano ou Comutativo

Um grupo G é chamado de grupo abeliano ou comutativo se a operação binária é comutativa,


ou seja, para qualquer par de elementos a e b em G , a∗b=b∗a .

3.4. Ordem de um Grupo

A ordem de um grupo G é o número de elementos em G e é denotada por ¿ G∨.

3.5. Geração de um Grupo

Dado um conjunto de elementos G , a geração do grupo, denotada por ¿ G>, é o menor


subgrupo de G que contém todos os elementos de G .

4. Características das geometrias


4.1. Geometria Euclidiana

Aqui estão algumas características importantes da geometria euclidiana:

Pontos, linhas e planos


A geometria euclidiana lida com pontos, que são considerados objectos sem dimensão,
linhas, que são rectas infinitas que passam por dois pontos, e planos, que são superfícies
infinitas e planas que contêm infinitas linhas.

Postulados e axiomas

A geometria euclidiana é baseada em um conjunto de postulados e axiomas que são


considerados verdades fundamentais. Alguns exemplos desses postulados e axiomas incluem
o postulado da recta infinita (uma recta pode ser estendida infinitamente em ambas as
direcções), o postulado da distância (é possível medir a distância entre dois pontos) e o
postulado das paralelas (dada uma recta e um ponto fora dela, é possível traçar uma única
recta paralela a ela).

Ângulos

A geometria euclidiana também trabalha com ângulos, que são formados por duas linhas que
se encontram em um ponto comum. Os ângulos são medidas da abertura entre essas duas
linhas.

Congruência e semelhança

A geometria euclidiana estuda a congruência e a semelhança de figuras. Duas figuras são


consideradas congruentes se têm a mesma forma e tamanho. Duas figuras são consideradas
semelhantes se têm a mesma forma, mas tamanhos diferentes.

Teoremas e provas

Os teoremas são afirmações que podem ser demonstradas como verdadeiras usando um
conjunto de regras logicamente válidas. As provas na geometria euclidiana seguem um
padrão lógico e consistem em uma série de etapas, cada uma seguindo de forma lógica a
partir das etapas anteriores.

4.2. Geometria afim

A geometria correspondente é chamada de geometria afim (no plano). Deixe a linha que é
deixada invariante por cada colineação de nosso grupo ser chamada de linha no infinito e seja
denotada por l ∞.

Aqui estão algumas características importantes da geometria afim:

Espaço afim
Esse espaço não possui um ponto de referência fixo como um ponto inicial. Em vez disso, ele
é formado por pontos isolados que são considerados independentes uns dos outros.

Vectores

Um vector é uma entidade que possui magnitude (tamanho) e direcção. Ele representa a
diferença entre dois pontos no espaço afim.

Transformações afins

A geometria afim estuda transformações afins, que são transformações geométricas que
preservam propriedades afins. Essas transformações são combinações lineares de translações,
rotações, reflexões e dilatações.

Postulados básicos

Baseia em postulados básicos que descrevem as propriedades do espaço afim, as relações


entre os pontos e vectores, e as transformações afins.

Combinação linear

A combinação linear é uma operação fundamental na geometria afim. Ela envolve a


multiplicação de um vector por um escalar (número real) e a soma de vários vectores. Essa
operação permite descrever diferentes deslocamentos no espaço afim.

4.3. Geometria Elíptica

A geometria elíptica é um ramo da geometria que estuda as propriedades de uma superfície


esférica. Ela difere da geometria euclidiana e da geometria afim porque não segue o quinto
postulado de Euclides, conhecido como o postulado das paralelas. Em vez disso, na
geometria elíptica, não existem linhas paralelas e a soma dos ângulos internos de um
triângulo é sempre maior que 180 graus.

Algumas características importantes da geometria elíptica são:

Superfície esférica

A geometria elíptica é baseada em uma superfície esférica, que é uma superfície curva
semelhante a uma esfera. Nessa superfície, os pontos são considerados como estando em uma
distância fixa do centro da esfera.

Linhas de curvatura constante


As linhas da geometria elíptica são chamadas de geodésicas e são linhas de curvatura
constante na superfície esférica. Essas linhas são arcos de círculos máximos e não seguem o
conceito de linhas rectas da geometria euclidiana.

Paralelismo

Na geometria elíptica, não existem linhas paralelas. Dois segmentos de geodésicas podem se
encontrar em algum ponto da superfície esférica.

Soma dos ângulos internos de um triângulo

A soma dos ângulos internos de um triângulo na geometria elíptica é sempre maior que 180
graus. Essa propriedade é conhecida como postulado de Gauss-Bonnet.

4.4. Geometria Hiperbólica

A geometria hiperbólica é uma das geometrias não-euclidiana que difere da geometria


euclidiana e da geometria afim. Eis as características:

Superfície hiperbólica: Esta geometria é baseada em uma superfície hiperbólica, que


é uma superfície curva com curvatura constante negativa. Nessa superfície, os pontos
são considerados como estando em uma distância fixa do centro da superfície.
Linhas de curvatura constante negativa: As linhas da geometria hiperbólica são
chamadas de geodésicas e são linhas de curvatura constante negativa na superfície
hiperbólica. Essas linhas são hipsométricas e não seguem o conceito de linhas rectas
da geometria euclidiana.
Paralelismo: Na geometria hiperbólica, também não existem linhas paralelas. Dois
segmentos de geodésicas podem se aproximar, mas nunca se tocam. Elas divergem
infinitamente.
Soma dos ângulos internos de um triângulo: A soma dos ângulos internos de um
triângulo na geometria hiperbólica é sempre menor que 180 graus. Essa propriedade é
conhecida como postulado de Gauss-Bonnet negativo.
4.5. Geometria Projectiva

A geometria projectiva é geralmente desenvolvida em espaços de um tipo especial, chamados


espaços projectivos, que são diferentes dos espaços afins ou euclidianos usuais.
A geometria projectiva lida com classes e propriedades de objectos, e relações entre eles, que
são invariantes pelas projectividades; essas classes, propriedades e relações são chamadas
projectivas. Outras características são:

Projecção: A geometria projectiva lida com a projecção de objectos geométricos em


um plano. Essa projecção é independente da distância entre o objecto e o plano de
projecção, o que significa que todos os pontos no infinito são considerados
equivalentes.
Ponto no infinito: A geometria projectiva introduz o conceito de ponto no infinito,
que é um ponto "adicionado" ao espaço para representar direcções e limites. Esse
ponto no infinito permite tratar de pontos de fuga, perspectiva e a ideia de linhas
paralelas se encontrando no infinito.
Transformações afins: A geometria projectiva estuda as transformações afins, que
são transformações lineares seguidas por uma translação. Essas transformações
preservam as propriedades projectivas, como a preservação de relações de
alinhamento e intersecção de linhas.
Dualidade: A dualidade é uma característica importante da geometria projectiva. Ela
permite relacionar pontos e linhas, de modo que um ponto pode ser representado por
uma linha e vice-versa. Essa dualidade estabelece uma correspondência entre as
propriedades pontos-linhas e linhas-pontos, facilitando o estudo e a análise de
problemas geométricos.
Teorema de Pappus e Teorema de Desargues: Esses teoremas são fundamentais na
geometria projectiva. O Teorema de Pappus relaciona pontos colineares e o Teorema
de Desargues relaciona linhas concorrentes. Ambos têm aplicações em várias áreas da
matemática e da física.
5. Demonstrações de grupo de transformações invariantes em geometria

5.1. Geometria Euclidiana

Em geometria euclidiana, existem grupos de transformações que são invariantes, ou seja,


preservam algumas propriedades dos objectos geométricos, como distâncias, ângulos e
colinearidade.

5.1.1. Grupo das translações


Se considerarmos um plano euclidiano, por exemplo, um ponto P inicialmente localizado em
(x , y ) é deslocado por uma translação T , resultando em um novo ponto P ' localizado em
(x ' , y ' ).

Algebricamente, a translação T pode ser representada por uma função


T :(x , y )→(x + a , y +b) , onde a e b são constantes que determinam o deslocamento na
direção x e na direção y , respectivamente.

Para demonstrar a invariância das translações, considere dois pontos A=( x 1 , y 1 ) e B=¿ ) no
plano euclidiano. Se os pontos A e B possuem uma distância d, denotada por ¿ AB∨¿,
queremos mostrar que a distância entre os pontos T (A ) e T (B), denotada por
¿ T (A )T (B)∨¿, também é igual a d após a translação.

Usando as coordenadas dos pontos A e B, temos:

√ 2
¿ AB∨¿ ( ( x 2−x 1 ) + ( y 2− y 1) ) (1)
2

Após a translação T, os pontos A e B são deslocados para as novas coordenadas


A ' =(x 1 +a , y 1 +b) e B'=¿ ), respectivamente. A distância entre T (A ) e T (B) pode ser
calculada da seguinte forma:

√ 2
¿ T (A )T (B)∨¿ ( ( x 2 +a−x 1−a ) + ( y 2+ b− y 1−b ) )
2

√ 2 2
¿ ( ( x 2−x 1 ) + ( y 2− y 1) )

Comparando essa expressão com a equação (1), podemos ver que ¿ T (A )T (B)∨¿ é igual a
¿ AB∨¿. Portanto, a translação T preserva as distâncias entre os pontos, sendo assim um
grupo de transformações invariantes.

5.1.2. Grupo das rotações:

Algebricamente, a rotação pode ser representada por uma função R :(x , y)→(x ' , y '), onde
(x ' , y ' ) são as coordenadas do ponto P' após a rotação em torno do centro de rotação C por
um ângulo θ.

Para demonstrar a invariância das rotações, considere dois pontos A=(x 1 , y 1 ) e B=(x 2 , y 2)
no plano euclidiano.
Após a rotação R, os pontos A e B são rotacionados para as novas coordenadas A ' =(x ' 1 , y ' 1)
e B'=(x ' 2 , y ' 2 ), respectivamente. O vetor A ' B'=(x ' 2−x ' 1 , y ' 2− y ' 1 ) pode ser calculado em
termos das coordenadas de AB e do ângulo de rotação θ.

5.2. Geometria Hiperbólica

Em geometria hiperbólica, existem grupos de transformações que são invariantes, ou seja,


preservam algumas propriedades dos objectos geométricos, como ângulos hiperbólicos,
relações de paralelismo e distâncias hiperbólicas.

Dois exemplos comuns de grupos de transformações invariantes em geometria hiperbólica


são o grupo das isometrias e o grupo das dilatações.

5.2.1. Grupo das isometrias:

Se considerarmos o plano hiperbólico, uma isometria T leva um ponto P em um ponto T (P)


e preserva a distância hiperbólica e o ângulo hiperbólico entre quaisquer dois pontos.
Algebricamente, uma isometria T pode ser representada por uma função T : P → T (P), onde
as coordenadas do ponto T(P) são determinadas pelas coordenadas de P e uma matriz de
isometria.

Para demonstrar a invariância das isometrias, considere dois pontos A e B no plano


hiperbólico que estejam a uma distância hiperbólica d de acordo com a métrica hiperbólica.
Queremos mostrar que a distância hiperbólica entre T (A ) e T (B) também é igual a d após a
aplicação da isometria T.

Usando a métrica hiperbólica, podemos determinar a distância hiperbólica d usando a


fórmula:

2 2
d=acosh(1+ ( x2 −x1 ) + ( y 2− y 1 ) )

onde (x 1 , y 1 ) e (x 2 , y 2 ) são as coordenadas dos pontos A e B. Após a aplicação da isometria


T, os pontos A e B são transformados em pontos T (A )=( x ' 1 , y ' 1) e T (B)=(x ' 2 , y ' 2 ),
respectivamente.

Podemos então usar a fórmula entre T (A ) e T (B) :

2 2
d '=acosh(1+ ( x ' 2−x ' 1) + ( y ' 2− y ' 1 ) )
5.2.2. Grupo das dilatações

Algebricamente, uma dilatação D pode ser representada por uma função D : P→ D(P), onde
as coordenadas do ponto D(P) são determinadas pelas coordenadas de P e uma matriz de
dilatação.

Para demonstrar a invariância das dilatações, considere dois pontos A e B no plano


hiperbólico que estejam em uma relação de proporcionalidade de distâncias hiperbólicas (por
AB
exemplo, =k ). Queremos mostrar que após a aplicação da dilatação D, os pontos D( A) e
AC
D(B) também estão na mesma relação de proporcionalidade de distâncias com o centro da
dilatação.

Usando a métrica hiperbólica, podemos determinar as distâncias hiperbólicas entre os pontos


A, B e o centro da dilatação C. Após a aplicação da dilatação D, os pontos A e B são
transformados em pontos D( A)=( x ' 1 , y ' 1 ) e D( B)=(x ' 2 , y ' 2), respectivamente.

D ( A ) D (B) AB
Devemos mostrar que a razão é igual a razão , ou seja, que:
D( A)D(C) AC

d'¿

Para demonstrar a invariância das dilatações, precisamos usar a forma específica da função
D, bem como as propriedades das matrizes de dilatação. Podemos realizar as substituições
necessárias nas coordenadas de D(A), D(B) e D(C) para obter as coordenadas em termos de
A, B, C e a matriz de dilatação.

Portanto, através de um processo algébrico complexo envolvendo as propriedades específicas


das matrizes de isometria e dilatação, é possível demonstrar algebricamente a invariância dos
grupos das isometrias e das dilatações em geometria hiperbólica.

5.3. Geometria Elíptica

Em geometria elíptica, também existem grupos de transformações que são invariantes, ou


seja, preservam algumas propriedades dos objectos geométricos, como ângulos elípticos,
relações de paralelismo e distâncias elípticas.

5.3.1. Grupo das isometrias


Algebricamente, uma isometria T pode ser representada por uma função T : P → T (P), onde
as coordenadas do ponto T (P) são determinadas pelas coordenadas de P e uma matriz de
isometria.

Para demonstrar a invariância das isometrias, considere dois pontos A e B no plano elíptico
que estejam a uma distância elíptica d de acordo com a métrica elíptica.

Usando a métrica elíptica, podemos determinar a distância elíptica d usando a fórmula:

d=
( acos ( x 1∗x2 + y 1∗y 2 )
qrt(x 1 + y 1 )2 2
2
∗(x 2 + y 2)
2
)
onde (x 1 , y 1 ) e (x 2 , y 2 ) são as coordenadas dos pontos A e B. Após a aplicação da isometria
T, os pontos A e B são transformados em pontos T (A )=( x ' 1 , y ' 1) e T (B)=(x ' 2 , y ' 2 ),
respectivamente.

Podemos então usar a fórmula da métrica elíptica para calcular a distância elíptica entre T(A)
e T(B):

( )
acos ⁡(x ' 1∗x ' 2+ y ' 1∗y 2 ' )
d'= ∗(x ' 22 + y ' 22)
√(x ' 1
2 2
+ y'1 )

Para mostrar a invariância das isometrias, precisamos provar que d' é igual a d. Isso pode ser

( )
acos ⁡(x ' 1∗x ' 2 + y ' 1∗y 2 ')
feito mostrando que ∗(x ' 22 + y ' 22 ) .
√(x ' 1
2 2
+ y '1 )

Para isso, precisamos usar as propriedades das matrizes de isometria e a forma específica da
função T. Podemos realizar as substituições necessárias nas coordenadas de T (A )e T (B)
para obter as coordenadas em termos de A e B e a matriz de isometria.

Se essa igualdade for satisfeita, então temos a invariância das isometrias em relação à
distância elíptica.

5.3.2. Grupo das dilatações:

Se considerarmos o plano elíptico, uma dilatação D leva um ponto P em um ponto D(P) e


preserva as relações de paralelismo e a proporcionalidade das distâncias elípticas.
Algebricamente, uma dilatação D pode ser representada por uma função D : P→ D(P), onde
as coordenadas do ponto D(P) são determinadas pelas coordenadas de P e uma matriz de
dilatação.

Para demonstrar a invariância das dilatações, considere dois pontos A e B no plano elíptico
que estejam em uma relação de proporcionalidade de distâncias elípticas (por exemplo,
AB
=k ¿ . Queremos mostrar que após a aplicação da dilatação D, os pontos D(A) e D(B)
AC
também estão na mesma relação de proporcionalidade de distâncias com o centro da
dilatação.

Após a aplicação da dilatação D, os pontos A e B são transformados em pontos


D( A)=( x ' 1 , y ' 1 ) e D( B)=(x ' 2 , y ' 2), respectivamente.

D ( A ) D (B) AB
Devemos mostrar que a razão é igual a razão , ou seja, que:
D( A)D(C) AC

√( ( x −x ) + ( y − y ) )
'
1
'
2
2 '
1
'
2
2

√¿ ¿

¿
√( ( x −x ) +( y − y ) )
1 2
2
1 2
2

√(( x −x ) +( y − y ) )
1 3
2
1 3
2

Para demonstrar a invariância das dilatações, precisamos usar a forma específica da função
D, bem como as propriedades das matrizes de dilatação. Podemos realizar as substituições
necessárias nas coordenadas de D( A), D(B) e D(C ) para obter as coordenadas em termos
de A, B, C e a matriz de dilatação.

Portanto, através de um processo algébrico complexo envolvendo as propriedades específicas


das matrizes de isometria e dilatação, é possível demonstrar algebricamente a invariância dos
grupos das isometrias e das dilatações em geometria elíptica.

5.4. Geometria Projectiva:

Em geometria projectiva, um grupo de transformações é considerado invariante se preserva


certas propriedades dos objectos geométricos, como colinearidade, proporção cruzada e a
relação de intersecção. Dois exemplos comuns de grupos de transformações invariantes em
geometria projectiva são o grupo das transformações afins e o grupo das projecções.

Grupo das transformações afins


Uma transformação afim em geometria projectiva é aquela que preserva relações de
colinearidade e proporção cruzada. Se considerarmos o plano projectivo, uma transformação
afim T leva um ponto P em um ponto T(P) e preserva as relações de colinearidade entre três
pontos A, B e C, e a proporção cruzada entre quatro pontos A, B, C e D. Algebricamente,
uma transformação afim T pode ser representada por uma função T : P → T (P), onde as
coordenadas do ponto T(P) são determinadas pelas coordenadas de P e uma matriz de
transformação afim.

Para demonstrar a invariância das transformações afins, devemos mostrar que as relações de
colinearidade e proporção cruzada são preservadas após a aplicação da transformação afim T.
Vamos considerar a relação de colinearidade entre três pontos A, B e C.

Suponha que A, B e C estejam alinhados antes da aplicação da transformação afim T. Isso


significa que a razão entre as coordenadas x de A, B e C é a mesma:

( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )
xA
xB
=
yA
yB
=
zA
zB
zB
zC
=
yB
yC
=
zB
zC

Após a aplicação da transformação afim T, os pontos A, B e C são transformados em pontos


T (A )=( x ' 1 , y ' 1 , z ' 1), T (B)=(x ' 2 , y ' 2 , z ' 2) e T (C)=(x ' 3 , y ' 3 , z ' 3 ), respectivamente.

A partir daí, podemos manipular as equações algebricamente para mostrar que as razões entre
as coordenadas x ' 1 , y ' 1 , z ' 1 ' , x ' 2 , y ' 2 , z ' 2 , x ' 3 , y ' 3 , z ' 3 são as mesmas das razões entre as
coordenadas originais x A , y A , z A , x B , y B , z B , x C , y C , z C . Portanto, as relações de colinearidade
são preservadas após a aplicação da transformação afim T.

Grupo das projecções

Em geometria projectiva a projecção é uma transformação que mapeia pontos em linhas e


linhas em pontos.

Uma projecção P leva um ponto P em uma linha P' e uma linha L em um ponto L'. Por
exemplo, a projecção central é um tipo comum de projecção em que todos os pontos são
projectados a partir de um centro fixo.

Algebricamente, uma projecção P pode ser representada por uma função P : P→ P ' ou
L → L ' , onde as coordenadas de P' são determinadas pelas coordenadas de P e uma matriz de
projeção.
Para mostrar a invariância das projecções, precisamos usar a forma específica da função P e
as propriedades das matrizes de projecção. Podemos realizar as substituições necessárias nas
coordenadas de P e L para obter as coordenadas em termos de P', L' e a matriz de projeção.

A partir daí, podemos manipular as equações algebricamente para mostrar que a linha P'
passa pelo ponto L' e que o ponto L' está na linha P'. Portanto, a relação de intersecção é
preservada após a aplicação da projecção P.

Portanto, através de um processo algébrico complexo envolvendo as propriedades específicas


das matrizes de transformação afim e projecção, é possível demonstrar algebricamente a
invariância dos grupos das transformações afins e projecções em geometria projectiva.

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