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Contabilidade Internacional: como as IFRS (Normas

Internacionais de Contabilidade) resolvem “Torre de


Babel” da comunicação contábil e financeira
Publicado dia 23 de março de 2017
Tempo médio de leitura
13 min
É na área contábil que transitam informações importantíssimas para o desenvolvimento e
crescimento das empresas.
Exatamente por isso ela deve ser tratada com um carinho todo especial e sabemos que você
concorda com isso.
A toda essa importância, junte o mundo globalizado em que vivemos, onde negócios
atravessam fronteiras, e acrescente
a pressão de investidores. Com isso, temos que demonstrações e resultados contábeis
passaram a ter um valor ainda
mais alto perante o mundo dos negócios.
Muito mais do que isso, as áreas contábil e de controladoria são donas de
ferramentas de decisão para gestores. Então, quando falamos em atravessar
fronteiras temos que pensar que a linguagem utilizada na comunicação precisa ter
um padrão para não criarmos uma “Torre de Babel do mundo empresarial”.
Aí é que entra a Contabilidade Internacional, com suas normas que alinham a
linguagem contábil de uma maneira que todos falem o mesmo idioma. As Normas
Contábeis Internacionais fazem com que as operações da área da contabilidade
tornem-se transparentes e, por consequência, muito mais confiáveis (e isso tem
tudo a ver com os padrões da Governança Corporativa que já falamos por aqui!).
Para abordar a Contabilidade Internacional e sua importância, convidamos você a
investir uns minutinhos para o artigo que preparamos sobre o assunto. Vai valer a
pena se você quer transformar sua área em uma controladoria de alto
desempenho!
O que você vai encontrar neste artigo:
A importância da Contabilidade Internacional
Entendendo a Contabilidade Internacional
Estrutura da Contabilidade Internacional
Contabilidade Internacional e as IRFS (Normas Internacionais de Contabilidade)
IFRS - International Financial Reporting Standards
Contabilidade Internacional e o GAAP
Vantagens das Normas Internacionais para as empresas
Por onde começar?
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A importância da Contabilidade Internacional
Se colocássemos 5 pessoas, cada uma de um país em uma sala, falando seu próprio idioma, a
comunicação seria difícil.
No entanto, se todas falarem o inglês, por exemplo, o grupo não terá problemas para se
comunicar.
Assim é o que acontece na contabilidade, pois cada país e órgão
governamental tem o que chamamos de linguagem contábil. Imagine que, ao
invés das 5 pessoas temos 5 países negociando entre si, cada um com sua
maneira de abordar termos contábeis.
Para resolver esse problema é que surgiu a Contabilidade Internacional. Para
você ter uma ideia, antes que se pensasse na ideia de Contabilidade
Internacional cada país tinha seus processos para procedimentos contábeis
de suas empresas. No Brasil, por exemplo, nossa realidade tributária dificultava um pouco
(para sermos generosos) o
entendimento das demonstrações.
Portanto, a importância da Contabilidade Internacional está em justamente alinhar a
linguagem contábil para que órgãos
governamentais e países falem a mesma língua. Com isso, fatos contábeis podem ser
fielmente relatados e as
demonstrações tornam-se muito mais confiáveis e transparentes.
Entendendo a Contabilidade Internacional
Ok, entendemos que como a linguagem contábil não é homogênea foi necessário criar um
ponto comum para os
relatórios financeiros e demonstrativos contábeis. Assim surgiu a Contabilidade Internacional,
que veio para adaptar os
mencionados relatórios e demonstrativos aos padrões internacionais.
Em outras palavras, a Contabilidade Internacional define métodos em que a área contábil
possa se adaptar a um
contexto internacional. Portanto, ela é estruturada a fim de adaptar relatórios tomando como
base as normas contábeis
vigentes de cada país.
Pense numa relação entre uma matriz situada no Brasil e sua filial, no exterior. Nesse caso, é
necessário que princípios
básicos da contabilidade sejam comuns para que os diferentes mercados globais consigam
trocar informações corretas,
mesmo em um ambiente em que técnicas contábeis sejam distintas.
Para lidar com todo esse ambiente globalizado e a troca de informações entre diferentes
mercados, temos o que
chamamos de International Financial Reporting Standard (IFRS), que em bom português são
as Normas Internacionais
de Relatórios Financeiros. As IFRS são emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB), o Conselho de
Normas Internacionais de Contabilidade.
Abaixo separamos as siglas inglesas relacionadas ao tema:
IAS (International Accounting Standard)
IASB (International Accounting Standards Board)
IASC (International Accounting Standards Committee)
IFRIC (International Financial Reporting Interpretations Committee)
IFRS (International Financial Reporting Standard)
SIC (Standing Interpretations Committee)
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jmilisse@gmail.com
Estrutura da Contabilidade Internacional
Para que demonstrações financeiras e relatórios sejam apresentados em um contexto
internacional, são necessários
seguir alguns princípios fundamentais. Para entender melhor, elencamos alguns dos que
dizem respeito à Contabilidade
Internacional.
Fornecer informações sobre resultados e posição financeira que sejam de utilidade a
investidores, fornecedores,
clientes, empregados, etc.
Clareza, confiabilidade, relevância, comparabilidade e equilíbrio ao preparar demonstrações
financeiras.
Elementos de demonstração financeira incluem o Balanço Patrimonial, demonstração do fluxo
de caixa,
demonstração de resultado, notas e divulgações incluindo informações por segmento de
negócio.
Princípios de avaliação das demonstrações financeiras devem ter os elementos: custo corrente,
custo histórico, valor
realizável e valor presente.
Critérios de reconhecimento das receitas e despesas, e ativos e passivos.
Contabilidade Internacional e as IRFS (Normas
Internacionais de Contabilidade)
Falamos que as IFRS (International Financial Reporting Standards) são as
normas emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade
(International Accounting Standards Board - IASB).
Em termos práticos, as IFRS definem as ações que devem ser seguidas para
mensuração, reconhecimento, apresentação e divulgação de informações
financeiras, econômicas, patrimoniais e especiais das demonstrações.
No Brasil, as International Financial Reporting Standards são adaptadas pelo
Conselho de Pronunciamento Contábeis (CPC), órgão surgido da união do
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Portanto, o CPC tem como base as International Financial Reporting Standards, mas, além
disso, utiliza conhecimentos
dos órgãos e instituições:
Apimec -Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais
Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo
ABRASCA - Associação Brasileira de Companhias Abertas
Bacen - Banco Central do Brasil
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
CVM - Comissão de Valores Mobiliários
Febraban - Federação Brasileira de Bancos
FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras
Ibracon - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
Susep - Superintendência de Seguros Privados
SRFB - Secretaria da Receita Federal do Brasil
Importante destacar que a adoção das IFRS permitiram mudanças nas definições de práticas
contábeis. Como exemplo
podemos citar a maneira de reconhecer eventos que impactarão as demonstrações contábeis.
IFRS - International Financial Reporting Standards
Até o momento, são 16 as International Financial Reporting Standards publicadas:
IFRS 1: Aborda os padrões da contabilidade internacional para as empresas brasileiras.
IFRS 2: Referente ao pagamento baseado em ações. A IFRS 2 exige que os efeitos das
transações referentes às ações
sejam informados nas demonstrações contábeis.
IFRS 3: Trata das situações em que uma empresa adquire e passa a controlar uma ou mais
organizações. A IFRS 3
exige que ativos e passivos do negócio adquirido sejam reconhecidos a valor justo e pela data
da aquisição. O
mesmo se aplica ao goodwill ocorrido na transação (diferença entre o valor de aquisição e o
patrimônio da adquirida).
IFRS 4: Especifica que emitentes de contratos de seguros devem, com frequência, aperfeiçoar
a contabilização dos
contratos emitidos.
IFRS 5: Estabelece a contabilização de ativos não circulantes para venda e a divulgação de
operações interrompidas.
IFRS 6: Relacionada aos recursos minerais, ou seja, à contabilização de valores
da exploração e da avaliação dos mesmos.
IFRS 7: Trata da evidenciação das informações nos instrumentos financeiros.
Conforme a IFRS 7 os usuários devem avaliar a relevância desses instrumentos
para as finanças da empresa, além dos tipos, extensão dos riscos associados às
informações divulgadas, e a forma como tais riscos são gerenciados.
IFRS 8: Estabelece que os usuários das demonstrações contábeis consigam
fazer avaliações dos efeitos financeiros das atividades desenvolvidas e do
ambiente econômico no qual a empresa está envolvida.
IFRS 9: Define regras para classificação, contabilização e apresentação de
instrumentos financeiros.
IFRS 10: Estabelece diretrizes a serem seguidas para elaborar e apresentar
demonstrações contábeis de organizações que são controladoras de outros
negócios.
IFRS 11: Exige que empresas integrantes de negócios em conjunto determinem a natureza do
envolvimento por meio
de obrigações e direitos, fazendo a contabilização conforme as operações.
IFRS 12: Estabelece princípios para a divulgação de demonstrações para apreciação dos
interessados.
IFRS 13: Define o que é valor justo, a estrutura de mensuração desse valor e como divulgar a
mensuração de valor
justo.
IFRS 14: Permite que empresas que registram ativos e passivos regulatórios, em atendimento
a seus princípios
contábeis locais, não precisam converter seus ativos e passivos de acordo com as IFRS.
IFRS 15: Entrará em vigor em 2018 e estabelecerá princípios para contabilização de receitas
de contratos com
clientes em relação a fluxo de caixa, épocas e valores.
IFRS 16: A obrigatoriedade de adoção será a partir de 2019. A IFRS 16 estabelece que o
leasing terá de constar em
ativos e passivos das empresas envolvidas.
Contabilidade Internacional e o GAAP
Se o modelo brasileiro adotou as IFRS, a pergunta é: por que não adotamos o modelo norte-
americano, chamado de USGAAP?
Antes, uma breve explicação de conceito: Generally Accepted Accounting Principles, o
GAAP seria, em português,
“Princípios Contábeis Geralmente Aceitos”. A sigla GAAP não vem sozinha, isso porque ela
vem precedida de mais duas
letras que representam o país a que a norma está relacionada. Assim, trazendo para o contexto
deste artigo, temos as BR
GAAP e as US GAAP.
Respondendo a pergunta inicial, seu uso é mais complexo e tem uma raíz muito ligada a
temas societários daquele país.
Outro aspecto a ser levado em consideração é que ao compararmos IFRS x GAAP temos que
as primeiras são
consideradas normas “baseadas em princípios", enquanto que as segundas são “baseadas em
regras".
Para especialistas, por terem como base os princípios, as International Financial Reporting
Standards são melhores em
captar e representar a essência econômica de uma transação. Trazer as normas contidas no
GAAP para nossa realidade
brasileira acabou se tornando uma tarefa árdua e sem bons resultados.
Além disso, em termos de utilização, a abordagem das IFRS é usada em ampla escala por
mais de 110 países.
Vantagens das Normas Internacionais para as empresas
Você pode estar imaginando que Contabilidade Internacional não seja algo
que empresas de capital fechado devam se preocupar (ou prestar atenção).
Muito pelo contrário! A adesão às IFRS torna-se cada vez mais importante
tendo em vista a globalização do mercado.
Falando especificamente do mercado financeiro, você vai concordar que
assuntos como transparência corporativa, disclosure e adequação à
contabilidade internacional são cada vez mais relevantes.
Empresas aderentes à IASB e ao CPC estão alinhadas com a linguagem
contábil nacional e internacional e, portanto, estão muito mais aptas a atender
às exigências dos investidores, do mercado e de interessados.
Além disso, como benefícios da aplicação das normas da Contabilidade
Internacional podemos citar a facilidade nas análises comparativas de resultados financeiros
entre empresas nacionais e
estrangeiras. Adicionalmente, o alinhamento às normas auxilia na avaliação do desempenho
das empresas a um nível
mundial.
Por onde começar?
Falar sobre Contabilidade Internacional em um ambiente cada vez mais globalizado de
negócios deve ser regra para
empresas que, independente do porte, vislumbram outros mercados.
Como cada país possui sua linguagem contábil, a Contabilidade Internacional, com suas
normas e padronizações, tem o
papel de fazer com que órgãos governamentais e empresas falem o mesmo idioma no que
tange termos e operações
contábeis.
Para isso, existem as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros, ou, em inglês,
International Financial Reporting
Standard (IFRS).
No Brasil, as IFRS são extremamente importantes para projetar empresas nacionais em um
cenário internacional. Com
isso, passou a ser mais fácil a captação de recursos no exterior. A importância das IFRS está
também na transparência
das demonstrações brasileiras em qualquer país que as tenha adotado.
E já que estamos falando em Contabilidade Internacional e transparência de informações dos
resultados contábeis, o que
tem a ver com gestão orçamentária, temos uma pergunta: se fosse feita uma avaliação do nível
de maturidade da gestão
orçamentária de sua empresa, qual seria o estágio?
Ok, talvez você nunca tenha pensado em “nível de maturidade da gestão orçamentária”, mas
nós já resolvemos essa
questão. Durante nossa experiência com diversas empresas, de segmentos e portes variados,
criamos uma base de
conhecimento, metodologia, ferramentas e, claro, de melhores práticas de Gestão
Orçamentária em escala mundial (sim!
Estamos de olhos nas novidades por aí).
Reunimos todo esse conhecimento em um e-book (gratuito) especialmente para ajudar sua
empresa a traçar um plano e
tornar-se best-in-class. Para acessá-lo, só clicar no banner e fazer o download:
Neste material você encontrará informações de recursos sobre quando ter uma área de
Planejamento e Controladoria,
Descentralização Orçamentária, KPI´s, Revisões Orçamentárias, dicas para as empresas em
cada estágio, entre outras.
Então, aproveite!
Mas voltando à Contabilidade Internacional, está vendo como o assunto é importante?
Esperamos que tenhamos
esclarecido sua importância e, se esse artigo foi útil para você, não deixe de compartilhar com
seus colegas!
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