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Índice

0.0.Introdução..................................................................................................................................2

0.1.Objectivos:.................................................................................................................................2

0.2.Geral:.........................................................................................................................................2

0.3.Específicos:................................................................................................................................2

0.4.Metodologia...............................................................................................................................2

0.5.Conceitos básicos.......................................................................................................................3

0.6.Comércio....................................................................................................................................3

0.7.Evolução da actividade comercial.............................................................................................3

0.9.Características gerais do comércio............................................................................................6

1.0.Tipos de comércio e suas particularidades................................................................................6

1.1.Teorias do comércio internacional.............................................................................................9

1.2.Teoria clássica...........................................................................................................................9

1.3.Teoria das vantagens absolutas (Adam Smith (1776).............................................................10

1.4.Teoria das vantagens comparativas ou relativas (David Ricardo 1820)..................................10

1.5.Teoria neoclássica....................................................................................................................11

1.6.Balança comercial....................................................................................................................12

1.7.Impactos da actividade comercial na oferta e procura.............................................................12

1.8.Relação existente entre os transportes e o comércio...............................................................13

1.9.Conclusão................................................................................................................................15

2.0.Bibliografia..............................................................................................................................16
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0.0.Introdução
O presente trabalho ira abordar aspectos referente ao comércio, visto que, o comércio é uma
actividade de natureza económica que engloba o intercâmbio e a movimentação de bens do
produtores aos centros do consumo e a finalidade é a distribuição dos bens produzidos e estas
actividades comerciais podem se desenvolver entre pessoas e empresas. Salientar que o comércio
ocorre em todas sociedades.
A actividade mercantil internacional assume um papel fundamental na componente financeira e
nos indicadores macroeconómicos dos países.
Todos os fatos ocorridos desde a antiguidade, incluindo conflitos, guerras e crises contribuíram
de forma relevante para o actual cenário político económico mundial, com uma constante
actualização das regras de comércio e das relações comerciais entre diferentes nações. A criação
da Organização Mundial do Comércio, órgão que supervisiona as negociações e operações na
área de comércio externo dos países aderentes, para além de ter ajudado a reforçar a liberalização
do comércio internacional, também contribuiu para a eliminação de algumas das barreiras
fronteiriças e para a sistematização de conceitos de comércio internacional.
0.1.Objectivos:
0.2.Geral:
 Compreender a temática da actividade comercial

0.3.Específicos:
 Discutir os conceitos básicos o comercio
 Explicar a evolução do comércio
 Descrever as teorias do comércio

0.4.Metodologia
Para a realização e materialização do presente trabalho recorreu-se a vários procedimentos que
combinados permitiram a coerência da pesquisa desde a selecção de documentos e análise das
variadas bibliográficas e por fim a sistematização e compilação do trabalho final
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0.5.Conceitos básicos
0.6.Comércio
A palavra comércio prove do latim commercium que significa troca de mercadorias. Ou seja o
comércio é toda a troca de bens, serviços, valores, comprar algo útil tendo em conta os
mecanismos de oferta e procura, por meio de acordos pré estabelecidos entre diferentes
parceiros.
Coelho (2009) define o comércio como sendo uma actividade humana destinada a colocar em
circulação a riqueza, aumentando-lhe a utilidade.  Este conceito deriva das práticas sociais onde
se registra o escambo que é a troca, permuta dos trabalhos ou produtos directamente entre
produtor e consumidor até o surgimento de uma mercadoria-padrão que ficou conhecida pelo
nome moeda.  E a economia de mercado que é a produção para a venda, aquisição de moeda para
sua aplicação, como capital, em novo ciclo de produção.
O comércio é uma actividade de natureza económica que engloba o intercâmbio e movimentação
ou mobilização de bens do produtor aos centros de consumo. Consiste, enfim, na compra e venda
de bens ou mercadorias derivados basicamente de actividades primárias e secundárias. Idm.
0.7.Evolução da actividade comercial
Segundo Negrão (2006) Os primeiros momentos caracterizam se pela exploração do ambiente
natural para a satisfação das necessidades básicas do homem.
No início, o comércio processava-se por simples troca. Com o passar do tempo, dependendo dos
locais, o gado passa a ser usado como unidade de troca acontecendo o mesmo com os metais
numa primeira fase o cobre e mais tarde, a prata.
Neste processo, fruto do resultado do desenvolvimento do comércio e da vida urbana, foi
imergindo a escrita, a criação de processos de contagem, os padrões de medida e o calendário
melhorado paulatinamente com o tempo.
Mesopotâmia
Na Mesopotâmia, no primeiro milénio antes de Cristo as casas comerciais gozavam de muita
influência tanto no comércio interno como externo. O comércio era o elemento vital da vida da
comunidade de tal forma que obrigou o governo a supervisionar a regulamentação das
actividades comerciais. O código de hamurabe, por exemplo, sujeita a um regulamento do
comércio interior e exterior.
Império romano
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No Império romano, as classes dirigente e os ricos proprietários de terras pouca afinidade tinha
com os negócios. A ingerência do estado reduzia se ao mínimo. Os comerciantes eram
inteiramente livres de agir a vontade. Novos mercados se desenvolviam mais, entretanto, não era
praticada uma politica de expansão comercial e as trocas eram feita sobretudo, internamente.
China
Na china a actividade agrícola tinha relação com o mercado o que pode ser espelhado pelo facto
de o cultivo da terra, em determinado momento, passar a ser feito com o objectivo comercial. No
início da era crista, o comercio ainda era encarado com desconfiança. O século XVI trouxe um
novo dinamismo comercial graça a expansão colonial. O comércio colonial, para Europa, foi a
base do enriquecimento e do progresso económico da época, de tal sorte que no século seguinte
ganham visibilidade os seguintes aspectos:
 Melhorias das leis comerciais;
 A criação de instituições representativas dos interesses comerciais (consolados e camara
de comercio),
 O aparecimento de empresas especializadas em ramos específicos, como o dos seguros, a
multiplicação de centros de créditos comerciais;
 A consolidação de empresas por acções e o princípio da responsabilidade limitada.
Europa
Na Europa, na cidade de Antuérpia, negociantes de todos lados e de qualquer religião eram para
lá atraídos. No século XVII, o porto de Amistadão, que sucedeu ao de Antuérpia, dispunha de
uma total liberdade mercantil, tendo adquirido o monopólio dos produtos coloniais,
transformando-se no maior mercado de metais preciosos que então podiam circular sem entraves
legais.
África ocidental
Na África ocidental, a actividade comercial era desenvolvida entre as comunidades locais e
regionais. As mercadorias provenientes do norte eram destinadas aos grandes mercados desta
região africana. As minas de ouro, pela sua importância, constituíam fontes de abastecimentos
dos mercados mediterrâneos e Europeus.
Na evolução do comércio é de destacar um momento crucial, o da revolução industrial na
Europa. Com esta, o desenvolvimento técnico e a evolução dos transportes fizeram com que o
comércio tivesse duas fases distintas, que são:
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 O comercio na era pré-industrial;


 O comércio da era industrial.

A era pré-industrial foi marcada por limitados factores de produção, consumo e transporte. O
consumo estava virado para as necessidades básicas.
A moeda
A moeda é um bem instrumental que facilitas as trocas e permitem a medida ou a comparação de
valores. Ela é bastante importante no quotidiano da vida de cada um e foi sofrendo
crescentemente, ao longo do tempo, um processo contínua de desmaterialização, isto é, passou
de moeda-mercadoria para moeda-metálica ate chegar a moeda papel tendo como ponto mais
alto a moeda escritural.
A moeda escritural é aquela representada pelos depósitos existentes nos bancos ou outras
instituições de crédito e que se encontram a livre disposição dos seus depositantes.
0.8. Factores do desenvolvimento da actividade comercial
Actividade comercial disponha de uma serie de factores que são os seguintes:
 Distancia;
A distância condiciona a circulação de bens e serviços e, em função da acessibilidade, favorece o
fluxo do volume comercial.
 Especialização;
Conduz a uma maior rentabilidade. Segundo a teoria do comércio internacional cada país deveria
especializar-se na produção de artigos que pudesse produzir de forma vantajosa, trocando,
posteriormente, o excedente dessa produção por artigos produzidos por outros países. Este facto
traria maior disponibilidade de bens e serviços para as respeitavas populações, a preços mais
acessíveis, aumentando-lhes as possibilidades de consumo e elevando, assim o seu bem-estar.
 Complementaridade;
Decorre da diferenciação regional, dai que seja um factor essencial para o comércio. Uma região
produz o que a outra necessita garantindo assim a oferta e a procura
 Politicas comerciais.
As políticas comerciais jogam um papel importante na medida em que a sua repercussão tanto se
pode fazer sentir no contexto nacional como internacional.
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0.9.Características gerais do comércio


As principais características do comércio são:
 Possuir um carácter mundial;
 Há um aumento progressivo do volume do valor dos bens derivados do crescimento
económico e populacional;
 Exige uma complexa organização bancária e financeira;
 A diversificação do produto é progressiva.
 A eficácia dos meios de transporte é fundamental;
 Os factores não económicos como, por exemplo, os políticos e militares podem afectar o
comércio;

1.0.Tipos de comércio e suas particularidades


Os tipos de comércio são: comércio interno e comércio internacional ou externo
a) Comércio interno
O comércio interno é realizado no interior de um determinado país. Este comércio é
caracterizado por:
 Comercio a grosso
 Comercio a Retalho
O comércio a grosso
Consiste na aquisição dos produtos directamente às unidades produtivas ou aos importadores
para depois os revender aos retalhistas, geralmente em grandes quantidades.
Segundo DGCC, IAPMEI, (1999); Comércio por grosso é "a actividade de compra e venda de
bens novos ou usados, sem transformação que altere a identidade económica destes bens,
efectuada a retalhistas, grossistas ou utilizadores e exercida em estabelecimentos comerciais ou
de forma não sedentária nos locais previstos na lei.
O comércio por grosso tem um papel relevante tanto no comércio interno como no externo.
No comércio internacional assume funções de importador e/ou exportador. A função exercida no
comércio interno é a de grossista, que é "pessoa singular ou colectiva que, de forma habitual e
profissional, exerce como actividade principal o comércio por grosso" (DGCC, IAPMEI, 1999).
Ao contrário do retalhista, cujo contacto com o consumidor final lhe granjeia um mais fácil
reconhecimento, a actividade do grossista permanece menos visível e, como tal, suscita alguma
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incompreensão e desconfiança. No entanto, o comércio por grosso tem desempenhado ao longo


dos tempos um papel de grande utilidade nos chamados circuitos de distribuição.
Uma das utilidades principais, certamente contra-intuitiva, porque na aparência o grossista é
apenas um intermediário, é a da simplificação e de melhoria da eficiência de funcionamento do
mercado.
Mas a relevância do grossista abrange também outras áreas:
 Armazena mercadorias, criando bolsas de segurança que atenuam os riscos de rupturas de
abastecimento;
 Transporta produtos, realizando uma função de distribuição física;
 Loteia mercadorias, adaptando as quantidades às necessidades dos clientes1;
 Financia o retalho, através da concessão de crédito;
 É um importante veículo de transmissão de informação entre produtores e retalhistas, nos
dois sentidos.
O comércio a retalho
É o tipo de comércio familiar praticado pela maioria das pessoas, consistindo na venda de bens,
serviços ou mesmo tecnologia ao público consumidor, geralmente em pequenas quantidades.
Segundo DGCC, IAPMEI, (1999) Comércio a retalho é "a actividade de compra e venda de bens
novos ou usados, sem transformação que altere a identidade económica destes bens, destinados
ao consumidor final e exercida ou não em estabelecimento comercial.
Segundo Nielsen, (1999) O nome foi depois adoptado para os estabelecimentos comerciais,
provavelmente devido ao facto de se situarem, por norma, em pisos térreos. Uma loja é então um
local aberto ao público onde os consumidores podem adquirir certos tipos de produtos.
Retalho não é apenas lojas. Existem outras modalidades, como a venda ambulante, a venda
domiciliária, a venda automática ou a venda a distância:
 A venda ambulante caracteriza-se pelo facto do comerciante se deslocar com a
mercadoria que vende aos locais (residências, quintas, aldeias), onde se encontram os
clientes;
 A venda ao domicílio é uma "modalidade de venda a retalho em que o contrato é
proposto e concluído pelo vendedor ou seus representantes, no domicílio do consumidor,
no seu local de trabalho, no domicílio de outro consumidor ou em deslocações
organizadas pelo vendedor fora do seu estabelecimento" (DGCC, IAPMEI, 1999);
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 Venda automática é uma modalidade de retalho que se realiza "por meio de máquinas
próprias, colocadas para o efeito em locais de acesso ao público" (DGCC, IAPMEI,
1999).
 Venda a distância é uma "modalidade de venda a retalho em que se oferece ao
consumidor a

b) Comércio internacional ou externo


O comércio internacional ou externo é realizado entre diferentes países ou blocos económicos
regionais ou mesmo por associações comerciais mundiais.
Segundo Maluf (2000) o comércio internacional é definido como intercâmbio de bens e serviços
entre países, resultante das especializações na divisão internacional dos trabalhos e desvantagens
comparativas dos países.
Já Lopes (2000) afirma que existem dois principais interesses na participação no comércio
exterior: o político e o comercial. O interesse político refere-se à busca dos países por fontes de
recursos, equilíbrio da balança de pagamentos, actualização de tecnologia, diversificação de
mercados, ampliação da pauta de exportação e desenvolvimento social, isto é, geração de
empregos. O interesse comercial reflecte a busca das empresas por aproveitamento da
capacidade ociosa, diversificação de mercados, compensação de tributação, formação de nome
global e aproveitamento de incentivos governamentais.
Por sua vez Lopez (2010) define comércio internacional como sendo um conjunto de operações
realizadas entre países onde há intercâmbio de bens e serviços ou movimento de capitais. Este
comércio é regido por regras e normas, resultantes de acordos negociados, em órgãos
internacionais, a exemplo da OMC (Organização Mundial do Comércio), da OMA (Organização
Mundial das Alfândegas) e da CCI (Câmara de Comércio Internacional), e que são adoptadas
pelos governos dos países signatários.
Manfré (2009), considera o comércio exterior como uma actividade mercantil de carácter
internacional.
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1.1.Teorias do comércio internacional


1.2.Teoria clássica
Segundo BENTO (2012) A teoria do comércio internacional surge da necessidade de explicação
das trocas internacionais, que remonta aos autores clássicos Adam Smith e David Ricardo, no
sentido de desenvolver uma análise susceptível de generalização a qualquer país, em contraponto
com as concessões proteccionistas dos mercantilistas.
O mercantilismo antecede as contribuições clássicas do liberalismo e, mais do que uma escola de
pensamento formal, o mercantilismo consistiu num conjunto de atitudes similares em relação à
actividade económica doméstica e ao papel do comércio internacional. Os mercantilistas
associavam à riqueza do país a acumulação de metais monetários (ouro e prata) e para aumentar
o stock dos mesmos bastaria aumentar as exportações e consequentemente diminuir as
importações. Advogavam uma política comercial proteccionista, considerando que o comércio
internacional desta forma tinha ganhos de soma nula, isto é, um país ganhava à custa das perdas
do outro.
Com o pronúncio do liberalismo económico começa-se a autonomizar e desenvolver a teoria do
comércio internacional e especialização internacional, evidenciando as vantagens que a mesma,
associada às condições de livre comércio, assegurava aos países intervenientes.
1.3.Teoria das vantagens absolutas (Adam Smith (1776)
Adam Smith (1776) argumenta assim contra o mercantilismo, referindo que o proteccionismo
limitaria o processo de desenvolvimento inglês, que o saldo permanente positivo da balança
comercial seria insustentável e que as exportações diminuiriam devido a acções de retaliação dos
outros países. Demonstrou as vantagens da livre troca, em que o ganho seria importante para os
dois intervenientes e para a economia mundial, dada a abertura dos mercados internacionais aos
produtos industriais ingleses. Para esse efeito, os países teriam de se especializar de acordo com
as suas vantagens absolutas, produzindo e exportando os produtos em que tivessem maior
produtividade e eficiência e importando aqueles em que os outros seriam melhores. Na teoria das
vantagens absolutas, a tecnologia era um factor relevante na explicação das trocas.
A limitação desta teoria prende-se com o facto de um país que fosse ineficiente em termos
absolutos em ambos todos os bens, nunca poderia participar no comércio internacional.
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1.4.Teoria das vantagens comparativas ou relativas (David Ricardo 1820)


No início do século XIX, David Ricardo (1820) alegaria que as relações comerciais entre nações
ocorreriam segundo o princípio das vantagens comparativas e não absolutas: os países
exportariam (importariam) bens produzidos onde o trabalho fosse relativamente mais eficiente,
de modo que o comércio seria favorável mesmo para um país que fosse mais (menos) eficiente
em todas as linhas de produção. Após determinação do padrão de especialização, a troca apenas
se concretizaria se existirem incentivos para tal, em termos de Razão de Troca internacional, que
beneficiaria a respectiva especialização em ambos os países.
Para David Ricardo o comércio internacional é um jogo de soma positiva contrariamente ao
pensamento mercantilista.
David Ricardo, com o modelo das vantagens comparativas ou relativas, tentou assim demonstrar
que mesmo quando um país era absolutamente menos eficiente a produzir todos os bens,
continuaria a participar no comércio internacional ao produzir e exportar os bens que produzisse
de forma mais eficiente.
1.5.Teoria neoclássica
A teoria neoclássica do comércio internacional foi desenvolvida por Heckscher (1919) e
aperfeiçoada posteriormente por Ohlin (1933), sendo também conhecida pela teoria Heckscher-
Ohlin. A ideia central é que o comércio internacional é explicado pelas diferenças de dotação de
factores de produção entre os países, isto é, os países tendem a exportar (importar) bens cuja
produção dependa da abundância (escassez) de terra, trabalho e capital. A crítica dos autores
suecos ao modelo clássico de David Ricardo era a de que não bastava explicar a troca
internacional pela lei dos custos comparativos, era necessário explicar que os custos
comparativos existiam. Para tal, seria necessário integrar no factor trabalho, os factores terra e
capital, combinados em cada linha de produção. De forma simplificada, com recurso a apenas
dois factores (terra e trabalho), dois produtos e dois países, o conjunto de pressupostos para
legitimar o livre comércio tornou-se formalmente mais rigoroso:
a) O modelo é baseado numa estrutura de mercado de concorrência perfeita nos mercados
de bens e de factores de produção;
b) As funções de produção são similares entre as nações envolvidas no comércio
internacional, diferentes entre os sectores produtivos e apresentam rendimentos
constantes de escala;
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c) Existe livre mobilidade dos factores de produção entre os sectores produtivos, mas entre
os países não existe livre mobilidade, com os preços totalmente flexíveis;
d) Os produtos e os factores são homogéneos em ambos os países.
O que podemos observar é que mantidas as hipóteses fundamentais da ortodoxia clássica e
neoclássicas - concorrência perfeita, pleno emprego, funções de produção estáveis e iguais entre
empresas/países (difusão livre e imediata de tecnologia) e retornos constantes de escala - os
padrões de especialização relativa de cada país equilibram-se através de ajustamentos em preços
e quantidades, sem alterar o nível sectorial ou global de utilização de recursos, isto é, sem alterar
o nível da receita.

1.6.Balança comercial
É a relação entre o valor das exportações e o das importações de qualquer país. É positiva
quando as exportações são maiores que as importações e deficitária (ou negativas) quando a
relação é oposta. Ou seja a balança comercial é um termo económico utilizado para quantificar a
diferença entre o volume de exportações e importações de um país. Tem três estados básicos
(superávit, déficit e equilíbrio) e é composta pela soma de todos os produtos e serviços vendidos
ou comprados por pessoas físicas ou jurídicas.

A principal função da balança comercial é demonstrar, através de medidas económicas e


categorias, a situação financeira das nações.
O seu surgimento data do século XV, época de formação dos Estados modernos e maior
compreensão da Economia a nível nacional e internacional.
A balança comercial é resultado do valor das exportações de um país, subtraído o valor das suas
importações.
Exportações (em moeda) - Importações (em moeda) = Balança comercial.
Pode-se, ainda, medi-la em forma de percentagem.
A chamada taxa de cobertura deriva da razão entre as exportações e importações.
 (Exportações / Importações) x 100% = Taxa de cobertura.
Quando o volume de exportações é maior do que o de importações, diz-se que há um estado
de superávit comercial.
Quando os volumes se equiparam, há um estado de equilíbrio comercial.
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Por fim, quando o volume de exportações é menor do que o de importações, o estado é de déficit
comercial
1.7.Impactos da actividade comercial na oferta e procura
Segundo Torres e Salas (2015) quando os países passam a comercializar entre si, é normal que
cada um produza aquilo em que mais está especializado. Os recursos são, então, melhor
aproveitados, tornando os preços mais competitivos no mercado externo. Neste contexto, o
comércio internacional se apresenta interessante não apenas pela competição, mas também por
resgatar no país aquilo que ele tem de melhor para oferecer aos outros.
Segundo Arbache e Corseuil (2004) a eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias à
importação e o aumento da competição externa podem levar as firmas nacionais à aquisição de
máquinas e equipamentos com maior tecnologia, com a finalidade de se tornarem mais
competitivas. Essa situação torna possível uma alteração na geração de empregos e salários.
De acordo com Santos e Vasques (2015), a literatura sugere que quanto mais indústrias internas
houver para atender o mercado externo por intermédio das exportações, maior será a renda da
população que detêm essas indústrias. Além do mais, é possível que a sociedade se beneficie a
partir da criação de empregos e do aumento do bem-estar gerado pelas exportações

Segundo LIGIÉRO (2011) Existem dois tipos de factores que afectam a inserção internacional de
um país: os voluntários e os involuntários. Dentro dos factores involuntários, têm-se as
características permanentes do país como: localização e extensão de território, além disso
também existem as características mutáveis que são: população e produto.
Nos factores voluntários estão medidas que cabem aos governantes verificar a forma que será
realizada dentre as formas de actuação do governo, existem as tarifas impostas às exportações e
os subsídios utilizados para promover as exportações, que afectam os termos de troca entre os
países. Essas políticas governamentais utilizadas muitas vezes se justificam a fim de promover
sectores económicos que apresentam maior necessidade de protecção (BRUNO, 2013).
Souza e Burnquist (2011) analisaram que as tarifas inerentes ao comércio internacional de
quarenta e três países, onde limitam a transacção de bens e mercadorias.
De acordo com os autores, reformas que possibilitem a diminuição de custos transaccionais e
facilidade de comercialização possibilitam o aumento do comércio bilateral entre os países. A
liberalização comercial de um país é capaz de influenciar a demanda agregada do mesmo. Isso é
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decorrente do aumento da procura externa, pois as empresas passam a aumentar sua variedade de
produtos à nova demanda do mercado. O aumento da oferta de bens também leva ao crescimento
da sua produtividade, resultando em retornos de escala.

1.8.Relação existente entre os transportes e o comércio


A relação existente entre os transportes e o comércio é uma relação de interdependência, isto é o
comércio só acontece devido aos transportes e aos meios de comunicação.
Isso é, Exemplificado pelo valor que se paga por um produto, pois nesse valor está contida a
forma como ele foi transportado, pois o tipo de transporte escolhido influência os custos finais de
comercialização.
Pode-se dizer que o ideal do transporte é percorrer espaços maiores no menor intervalo de tempo
possível, e visando a atender a esses objectivos existem factores que influenciam a qualidade e
facilidade do deslocamento. As formas mais rápidas de transporte também tendem a ser mais
caras que as mais lentas.
A localização das centralizações industriais também interfere.
Na Primeira Revolução Industrial, as indústrias foram construídas nos arredores das fontes de
Matérias-primas, já que naquela época os transportes não eram tão desenvolvidas. O carvão e as
máquinas a vapor modificaram o potencial de energia e as relações ao redor do mundo Com o
desenvolvimento, não houve mais a limitação de usar a Maria Fumaça e evoluiu-se para
submarinos, carros e aviões.
Atravessar oceanos passou a ser algo mais fácil e quotidiano. Logo se instaura a lógica porto a
porto, ou seja, os navios ficam responsáveis pela circulação de mercadorias a o redor do mundo
no tipo de Transporte hidroviário.
A multiplicação de viagens e do volume de carga, além dobarateamento dos custos de transporte,
não poderiam ter ocorrido sem os numerosos e importantes avanços tecnológicos, que
permitiram o transporte mais rápido e eficaz. Uma das principais invenções, que mudou toda
a logística do transporte mundial, foi o conteiner.
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1.9.Conclusão
Depois de muito trabalho e investigação sobre este magnífico tema a referir “comércio”chego
nas seguintes conclusões, que o comércio foi sempre considerado o meio mais efectivo na busca
de complementaridade e cooperação entre as diferentes nações do mundo em termos
económicos, sociopolíticos e culturais. No início o comércio processava-se por uma simples
trocas, com passar do tempo dependendo dos locais, o gado passa a ser usado como unidade de
troca acontecendo o mesmo com os metais.
Na evolução do comércio é de destacar um momento crucial, o da revolução industrial na
Europa, com esta o desenvolvimento técnico com a evolução dos transportes fizeram com que o
comercio se tornasse o novo tipo de relações económicas e internacionais.
A evolução do comércio internacional existiu também uma evolução das suas teorias
explicativas. Independentemente das versões do argumento liberal ou das novas teorias do
comércio internacional, baseadas no pressuposto de economias de escalas e da concorrência
imperfeita no comércio mundial, alega-se que as diferenças internacionais não implicam
assimetrias, mas complementaridades mutuamente vantajosas: os ganhos de comércio resultantes
serão distribuídos num jogo de soma positiva, de forma que os ganhos de uns não serão obtidos
às custas das perdas de outros.
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2.0.Bibliografia
I. BENTO, A. Como fazer uma revisão da literatura: São Paulo 2012
II. COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 21. ed. São
Paulo: Saraiva, 2009.
III. DG C C , IA PME I, Guia do Comércio, L isb o a , 1 9 9 9
IV. LOPEZ, J. M. (2000). Os custos logísticos do comércio exterior brasileiro. São Paulo:
Aduaneiras.
V. LOPEZ J. M. & Gama, M. (2010). Comércio exterior competitivo. São Paulo:
Aduaneiras.
VI. MALUF, S. (2000). Administrando o comércio exterior do Brasil. São Paulo: 2000
VII. MANFRÉ, M. (2009). Técnicas de Comércio Exterior: Fundamentos, Estratégia e Ações.
1ª ed. Brasília: Clube dos Autores.
VIII. NIELSEN, P e q u e n o C o m é r c io R e ta lh is ta d o R a m o A l im e n ta r N ã o E s
p e c ia l iz a d o , Lisboa, 1999

IX. NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de Empresa. São Paulo: Saraiva,


2006.
X. RICARDO, David. "On The Principles of Politicas Economy And Taxacion". Third
Edition, 1821, Editado por Batoche Books, Kitchener, 2001.
XI. SMITH, ADAM. An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations. Edited
by S. M. Soares. MetaLibri Digital Library, 29Th May 2007.

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