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Síntese da primeira aula de estratificação e mobilidade social

No dia 02/08 /2022, na sala 1 da história na universidade Save, extensão da Massinga realizou-se
a primeira conferência orientado pelo Professor Flávio Tomás Manhice na cadeira estratificação
e mobilidade social, com o tema: desigualdade social (diferença e desigualdade social) onde
dissemos quando falamos da diferença social, estamos a falar dos aspectos naturais na sociedade
como por exemplo: características, comportamento, religião, raça. E dissemos que quando
falamos da desigualdade social estamos a falar de diferença social como por exemplo: a riqueza;
status social como a profissão, aspecto económico, o poder, privilégios, a cultura, além dessas
desigualdades sociais vai ter aquelas que estão relacionadas ou produzidas por domínios
económicos espirituais e politico que forma a civilização. E falamos também da estratificação
social, onde dissemos que na medida em que as sociedades humanas se desenvolveram, elas
tenderam se complexificar e esta complexidade pode ser identificada por sua diferenciação
interna, entretanto as sociedades mais complexas diferenciadas internamente.
Quando essas diferenças sociais são usadas para fundamentar a distribuição desigual de recursos
e poder fundando relações de dominação e atribuindo as pessoas e aos grupos sociais posições
numa hierarquia social, produz se desigualdade sociais.
As desigualdades podem ser entendidas como produtos da distribuição diferenciada de recursos
socialmente valorizadas, tais como: conhecimento, renda, monetária, propriedade, prestígios e
poder político. E a estratificação social podem ser definida como as desigualdades estruturadas
entre diferentes agrupamentos de pessoas. Portanto a estratificação social vai ser um recurso
heurístico que auxilia a estudo das diferenças e das desigualdades entre pessoas e grupos em uma
sociedade ou parte dela, permitindo identificar a posição que cada um ocupa na estrutura social
de acordo com um critério estabelecido teoricamente.

Síntese da segunda aula de estratificação e mobilidade social

No dia 08/08 /2022, na sala 1 da história na universidade Save, extensão da Massinga realizou-se
a segunda conferência orientada pelo Professor Flávio Tomás Manhice na cadeira estratificação e
mobilidade social tinha como tema: Teorias De Estratificação Social:Max Webber, Karl Marx E
Émile Durkheim
As classes: Max Weber
Nas sociedades estruturadas pelo mercado, tenderiam a predominar os conflitos no plano
econômico mais estrito, de modo que Weber propõe compreender a divisão social em termos de
“classes” ou, mais precisamente, de “situações de classes”. Estas possuem como determinante
fundamental, e mesmo exclusivo, a competição dos indivíduos pelo acesso aos bens materiais
(econômicos) e pela obtenção de renda segundo as leis do mercado (tanto de bens como de
trabalho), que definem, assim, a posição objetiva dos indivíduos na hierarquia social
(aproximando-os ou afastando-os uns dos outros).
O critério para a formação dos grupos sociais nesse caso são, portanto, os determinantes
econômicos das oportunidades de vida dos indivíduos ou seja, o acesso, ou não, aos bens
disponíveis no mercado e à renda. Sob essa ótica, Webber, embora não use dados estatísticos de
renda, etc., se aproxima em alguma medida da visão ao estilo de camadas sociais, já que o
critério principal é, em suma, o poder aquisitivo dos indivíduos e sua fonte. Isso é ainda
reforçado pela perspectiva metodológica do autor centrada nos indivíduos: a classe é o conjunto
daqueles que estão em uma mesma “situação de classe”, o que significa que esta não implica
necessariamente uma “ação de classe”.
As classes e os estamentos: Max Weber
econômico que vincula sociologicamente uma classe à outra. Essa conexão conflituosa entre as
classes poderia originar uma “ação de classe” de forma a que se travem então “lutas de classes”.
O mesmo pode ser dito quanto aos “estamentos” – uma divisão da sociedade que se dá no plano
social, segundo o autor. Se as classes dizem respeito à produção e aquisição de bens pelos
indivíduos, os estamentos se diferenciam entre si pelo modo de consumo de bens; estão baseados
em estilos e modos de vida diferenciados. Nesse caso, o mercado já não é o que estrutura as
relações de poder, mas sim a disputa em torno da “honra social”.
A classe: Karl Marx
Karl Marx, por sua vez, talvez seja o autor mais consagrado pelo uso do termo “classe”. De fato,
apesar de não ter um texto ou teoria sistematizados sobre o conceito, o autor confere uma
centralidade ímpar a este no conjunto de sua obra. A idéia de “casta” e de “estamento” são muito
menos importantes aqui do que na teoria de Weber.
Para Marx, tratar-se-ia de conceitos relativos a momentos específicos da história: o primeiro, a
certas formações pré-capitalistas e com determinada divisão do trabalho; o segundo é próprio do
modo de produção feudal. Ambos estariam, não obstante, inclusos numa noção mais ampla de
classe.
A clivagem entre sociedades de classes : Karl Marx
Nas sociedades de classes, a divisão do trabalho e a propriedade produzem clivagens sociais
que instauram a desigualdade e a exploração entre os homens, de um grupo sobre.
O comunismo, por outro lado, eliminaria as classes ao extinguir o fundamento material de sua
existência, introduzindo a igualdade de fato entre os homens e acabando com a exploração do
trabalho alheio. Esse ponto de vista da apresentação geral da história nos dá a base para
compreender o papel das classes nas sociedades, mas é ainda muito abstrato para fins
sociológicos.
A teoria crítica do capitalismo: Karl Marx
O segundo plano é o da teoria crítica do capitalismo empreendida por Marx. A análise
concentra-se, assim, na contradição fundamental entre duas classes: burguesia vs proletariado
(capital X trabalho) – assim como o era senhor vs escravo ou senhor feudal vs servo em modos
de produção anteriores. Devido à contradição inexorável existente, o conflito social está não só
potencialmente dado como em processo contínuo: Por um lado, o processo de produção
transforma continuamente a riqueza material em capital, em meios de valorização e de satisfação
para o capitalista. Por outro, o trabalhador sai do processo
A divisão do trabalho social e a solidariedade orgânica: Durkheim
Émile Durkheim acredita que a divisão do trabalho social influencia mais do que apenas no
âmbito das relações de ordem econômica. Segundo ele, “de facto, os serviços econômicos que
ela pode prestar são pouca coisa em comparação com o efeito moral que ela produz, e sua
verdadeira função é criar entre duas ou várias pessoas um sentimento de solidariedade.
A solidariedade social pode ser de dois tipos: mecânica e orgânica. A solidariedade orgânica:
Durkheim
A solidariedade orgânica surge com base na diferenciação dos indivíduos. Se na solidariedade
mecânica os indivíduos se assemelham, este tipo, eles se diferenciam por conta da actividade
profissional que desempenham e, quanto mais complexa a divisão do trabalho social, maior será
a ocorrência de solidariedade orgânica e isso representa desenvolvimento social.
A intensificação da divisão do trabalho social é vista por Durkheim como um indício de
desenvolvimento, tanto dos tipos individuais, que passam a se especializar em determinadas
actividades, como dos tipos sociais, que comportam um nível elevado de especialidades em seu
seio.

Síntese da terceira aula de estratificação e mobilidade social

No dia 16/08 /2022, na sala 1 da história na universidade Save, extensão da Massinga realizou-se
a segunda conferência orientada pelo Professor Flávio Tomás Manhice na cadeira estratificação e
mobilidade social tinha como tema diferentes tipos de formação social (sociedades semi-igualitárias,
sociedades esclavagistas, vimos também o modo de produção onde é uma representação simplificada
ideal de diversas, organizações que compõem de suas relações e das bases estruturais de sua própria
transformação. é um modelo que serve de instrumentos de analise. e vimos os elementos do modo de
produção onde as estruturas politicas, jurídica e ideológica sempre serão determinadas pelas estrutura
económica, isto é, pelo modo de organizar a produção de vida material.
Modo de produção esclavagista: os escravos são pessoas transformada das em propriedadejuridicas de
alguém, para passam a ser utilizados sistematicamente na produção permitindo que surja uma classe de
homens livres que não trabalham e tem sua substâncias garantida pelo trabalho daquelas pessoas
reduzidas o instrumentos e meio de produção então podemos falar de eslavismos ou de um modo de
produção esclavagista.

SÍNTESES DOS TRABALHOS (SEMINÁRIOS)

SÍNTESE DO PRIMEIRO SEMINÁRIO DE ESTRATIFICAÇÃO E MOBILIDADE


SOCIAL

No dia 02/08 /2022, na sala 1 da história na universidade Save, extensão da Massinga realizou-
se a primeira conferência orientado pelo Professor Flávio Tomás Manhice na cadeira
estratificação e mobilidade social, com o tema: Diferentes tipos de formações sociais (cont.): -
Sociedade estamental (Europa Medieval); Sociedade de casta (Índia e Japão)
A Sociedade é uma associação entre indivíduos que compartilham valores culturais e étnicos e
que estão sob um mesmo regime político e económico, em um mesmo território e sob as mesmas
regras de convivência.
Estratificação social é a divisão dos elementos da comunidade ou sociedades de acordo com a
sua actividade e o seu nível de riqueza. Tal como as castas, os estamentos também não são
definidas somente ao nível da apropriação económica do poder. Categorias socioculturais como
tradição, linhagem, vassalagem, honra e prestígio estão presentes na orientação das relações e
das classificações de seus membros. Sendo assim, considerar os elementos citados é fundamental
para a conceituação típico-ideal do estamento.

A sociedade estamental é caracterizada por ser uma sociedade em que o nascimento é


determinando para a atribuição do status social. O status social é relativo ao estamento, ou
segmento da sociedade, em que a pessoa nasce, portanto, a mobilidade social é bastante baixa
neste modelo de sociedade. É uma sociedade característica da Idade Média, porém não restrita a
mesma. Modelos estamentais podem ser observados em outros locais em diferentes tempos,
porém com suas próprias particularidades e com intensidades e mobilidades diferentes do caso
da Europa medieval, ou seja, a sociedade estamental era uma Sociedade organizada em rígidos
estamentos (grupos) sociais onde não há mobilidade social( mudança de classe social), isto é,
quem nasce servo morre servo, quem nasce nobre morre nobre. Existia o teocentrismo (Crença
de que todos os acontecimentos estão diretamente ligados a Deus, de modo que Deus é colocado
no centro de tudo).

Mobilidade Social

Contudo, diferentemente das castas, a sociedade estamental permite, mesmo de modo bastante
reduzido, algum nível de mobilidade social com ascensões verticais. Os grupos de status se
condensam em comunidades e são ou não contemplados com o status social. Aqueles que o
possuem usufruem-no no presente por serem considerados “dignos” para tal, já os grupos com
prestígio reduzido, entendem esse descrédito como uma dignidade posterior que Deus proverá.

A organização/hierarquia social

Asociedade estamental na Idade Média da Europa funcionava da seguinte maneira: todas as


pessoas faziam parte de uma das quatro categorias sociais: rei, clero, nobreza e servos. Essa
separação de indivíduos era, em geral, baseada na origem de nascimento e não podia mudar ao
longo da vida; ou seja, não havia mobilidade social.
Função de cada classe social

Rei

Embora com papel enfraquecido no feudalismo, em diferentes localidades o rei possuía uma
força política e simbólica importante na sociedade. Em alguns casos, como na Europa Central,
alguns reis se tornaram senhores feudais.

Clero

Uma vez que uma das marcas do feudalismo era a presença do teocentrismo, ou seja, o Deus
cristão no centro de todas as coisas, o clero desempenhava um papel importante, sendo também
proprietário de terras. O clero era composto pelos homens da igreja, grupo fundamental não
apenas para a manutenção do poder ideológico do ponto de vista religioso, mas porque
desempenhavam um papel estratégico e fundamental para o apoio e manutenção do status quo do
poder real. A função deste estamento era a de rezar, ou seja, zelar pela vida espiritual das
pessoas.

Nobreza

Era o grupo que constituía os senhores feudais, concentrando o poder militar da época. Assim, os
nobres davam apoio ao rei e exerciam seu poder político sobre os servos, tinham por função o
combate, a defesa do reino em batalhas.
Servos

Considerado o grupo mais baixo na hierarquia da sociedade estamental, os servos trabalhavam,


sendo responsáveis pela produção do sustento material dos demais na hierarquia.

A igreja no período feudal


A Igreja era uma parte muito importante do sistema feudal por ser a instituição mais poderosa
que as demais. Ela detinha uma enorme quantidade de terras, principal fonte de riqueza da época.
Todos os membros da sociedade doavam terras para a Igreja por motivos diversos, desde a busca
pela salvação a vitórias em guerras.
Bases fundamentais dos Estamentos
Tal como as castas, os estamentos também não são definidas somente ao nível da apropriação
económica do poder. Categorias socioculturais como tradição, linhagem, vassalagem, honra e
prestígio estão presentes na orientação das relações e das classificações de seus membros Sendo
assim, considerar os elementos citados é fundamental para a conceituação típico-ideal do
estamento

Elementos da estrutura dos Estamentos


O sistema estamentário està organizado de cima para baixo, a partir de que quem detém a
dominação e se estende para os grupos que estão subordinados. O sistema estamental apresenta
como fundamentais os seguintes elementos: Casamento e a luta em torno dele (endogamia
estementária); serviços militares e sacerdotais; o despenho de cargos públicos; a propriedade
territorial; os títulos de nobreza; o conceito espacial de honra e os privilégios decorrentes.

A Idade Média e o fim da Sociedade Estamental


Na Idade Média, a sociedade feudal era hierárquica, dividida basicamente em quatro
estamentos ou estados: Rei, Nobreza, Clero e Servos, sendo que os dois primeiros possuíam
privilégios em relação ao último grupo subordinado.

Num período marcado pelo Teocentrismo, as pessoas aceitavam as condições em que viviam


uma vez que para eles, “Deus” havia escolhido aquele destino.

O SISTEMA DE CASTAS NA ÍNDIA

As castas têm sua origem histórica remota há muitos milénios, aproximadamente a 3.000 anos,
os seus portadores por um lado presume-se ser os arianos que invadiram a península indiana. Por
outro, outras fontes indicam a que a palavra casta é de origem portuguesa e espanhola. O termo
parece ter sido usado pelos espanhóis no sentido de raça a posteriormente aplicado pelos
portugueses na Índia em meados do século XV.

A Índia se caracteriza pela diversidade étnica, cultural e religiosa, decorrente de inúmeras


invasões. A cada nova invasão se estabelecia uma nova casta ou religião, criando complexas
hierarquias, divisões de trabalho e papéis sociais. O autor defende ainda que não se sabe com
certeza a origem exacta do sistema de castas na Índia.

Sistemas fechados
Associedades de estratificação fechada podem ser escravocratas, de castas e estamentos. Com
efeito, apresentam-se, de seguida, as características da sociedade de casta tendo como exemplo a
sociedade de casta da índia.

Sociedade de Castas
A casta, em particular a hindu, constitui um exemplo notório do desenvolvimento de status
atribuído como o princípio da desigualdade social. Na casta, quanto acontece no racismo, o
status é atribuído independentemente dos méritos individuais ou das qualidades pessoais.
Portanto, as castas são sistemas de hierarquias ou posições rígidas.

Características
Os sistemas de castas fechadas que se caracterizam: Pelo status atribuído por ocasião do seu
nascimento; Pela permanência dentro de uma casta pelo resto da vida; Pela prática de
endogamia, isto é, o indivíduo só poderá casar dentro da sua casta; A ocupação dentro da casta é
hereditária.

Estrutura hierárquica das castas na índia


há mais de três mil anos, a sociedade indiana começou a se organizar por esse sistema de castas e
subcastas, e para este fim se basearam na religião, etnia, cor, hereditariedade e ocupação, assim
concebido o sistema de estratificação social funciona de forma bastante rígida, a divisão é de
acordo com o papel social que os indivíduos possuem, numa primeira fase na índia, havia
somente quatro castas: Os brâmanes (casta eruditos); Os xátrias ou guerreiros (casta dirigente);
os vaixás

Em termos de estruturação, a sociedade indiana tradicional apresentava quatro castas ou varnas:


 Os brâmanes ou sacerdotes;
 Os xatrias ou guerreiros;
 Os vaicias ou mercadore e artesãos;
 Os sudras ou camponeses e outros trabalhadores (servos).
Os Brâmanes constituem a Casta formada por sacerdotes, religiosos, magos e filósofos. Os
brâmanes são os mais nobres, ocupando cargos religiosos e exercendo actividades intelectuais.
Esta organização teve forte influência do mito sobre deus Brahma. Acreditara-se que Brahma,
que para eles é o Deus que criou e comanda o universo, dividiu as pessoas em grupos. Os
principais são: Os brâmanes  (sacerdotes e letrados): nasceram da cabeça de Brahma.

Xátrias; Era a segunda casta de maior prestígio, era formada por guerreiros, pessoas com
atribuições administrativas, e policiais. Segundo a crença estes nasceram dos braços de brahma.
Abaixo destes existiam os Vaixás: Castas dos comerciantes e camponeses. Acredita-se terem
nascido das penas do Brahma.
A seguir eram os Sudras casta formada por servos que faziam os trabalhos manuais. Acredita-se
terem nascido dos pés do Brahma

Origens dos dois sistemas


O sistema social de quatro camadas do Japão surgiu da filosofia confucionista, e não da religião.
De acordo com os princípios confucionistas, todos em uma sociedade bem ordenada conheciam
seu lugar e respeitavam aqueles que estavam acima deles. Os homens foram mais elevados do
que as mulheres; os idosos eram mais elevados do que os jovens.

Diferenças entre castas indianas e castas japonesas


No sistema social feudal japonês, o shogun e a família imperial estavam acima do sistema de
classes. Ninguém estava acima do sistema de castas indianas, no entanto. De fato, reis e
guerreiros foram agrupados na segunda casta - os Kshatriyas.

As quatro castas da Índia foram, na verdade, subdivididas em literalmente milhares de subcastas,


cada uma com uma descrição de trabalho muito específica. As classes japonesas não foram
divididas dessa maneira, talvez porque a população do Japão fosse menor e muito menos
diversificada étnica e religiosamente. No sistema de classes do Japão, monges e monjas budistas
estavam fora da estrutura social.

Diferenças entre casta e estamentos

Diferentemente das castas, a sociedade estamental permite, mesmo de modo bastante reduzido,
algum nível de mobilidade social com ascensões verticais. Endogamia estamentária: esta não é
tão rígida como as castas, mas é de certo modo hermética, no sentido de regular a manutenção do
estamento impedindo o acesso de algum elemento de estamento mais baixo. Diferentemente dos
estamentos, nas castas havia um grupo dos intocáveis aqueles que estavam fora da pirâmide os
indivíduos considerados impuros, ao passo que nos estametos todos faziam parte da pirâmide

TERCEIRO SEMINÁRIO GRUPO

Estratificação social

Conceitos básicos

Estratificação = estrato = camada. Distribuição de pessoas e grupos em camadas


hierarquicamente superpostas dentro de uma sociedade. Na sociedade capitalista contemporânea,
as posições sociais são determinadas basicamente pela situação dos indivíduos no desempenho
de suas actividades produtivas.
O conceito de estratificação social é usado geralmente na definição de estruturas socialmente
fixas, como classe, raça e sexo. O nome provém de uma terminologia usada em geologia, que
estuda a disposição e composição das rochas em camadas sob a superfície terrestre.

Mobilidade social

Entende mobilidade social como um fenómeno em que indivíduos ou grupos se deslocam de uma
classe social para outra. Ou o deslocamento de indivíduos e grupos entre posições
socioeconómicas diferentes.

A mobilidade social é um campo de estudo da sociologia bastante usado para a compressão de


formas pelas quais os diferentes grupos humanos diferenciam os integrados de uma cultura ao
possibilitar mudanças de posições sociais, acarreta consequentemente alterações sociais e novos
papéis sócias. A mobilidade tem importância função de pensar as vias e possibilidades de troca,
ascensão ou rebaixamento que um determinado indivíduo possui no meio em que estabelece suas
relações.
Tipos de Mobilidade social

a mobilidade social implica um movimento significativo na posição económica, social e política


de um indivíduo ou grupo. Essa mobilidade pode ser observada de modo individual ao longo da
vida de uma única pessoa, ou pode ser vista de modo colectivo, como a mobilidade realizada por
uma família, um grupo social, uma região ou mesmo uma nação inteira. Isso implica reconhecer
que há diferentes tipos de mobilidade social.

Existem diferentes tipos de mobilidade social, denominados: mobilidade vertical e mobilidade


horizontal.

Mobilidade social horizontal

A mobilidade horizontal refere-se a um deslocamento significativo dentro do mesmo nível


social, isto é, que não implica a alteração da situação de estrato social. Esta se refere
principalmente a deslocamentos geográficos entre bairros, cidades ou regiões, que podem ser
identificados como movimentos migratórios. Muitas vezes, a mobilidade vertical e a horizontal
se combinam.

Implica mudança de ocupação sem que haja mudança de classe social, é como mudar de
emprego e continuar na mesma faixa de renda. Também abrange a mudança de posição dentro de
um grupo que confere autoridade e prestígio no campo simbólico, mas não muda a condição
económica, em suma, não existem mudanças na sua classe social.

Ex; Um exemplo disso ocorre em uma comunidade eclesial, em que os membros mais dedicados
tornam-se auxiliares voluntários do líder religioso e, por isso, recebem uma honraria por meio de
um título que os diferencia dos demais, como os diáconos nas comunidades cristãs.

Mobilidade social vertical


A mobilidade vertical refere-se às mudanças de subida ou descida de um estrato social a outro,
quando um indivíduo passa de uma classe social para outra, de uma posição de prestígio ou
poder para outra. A Mobilidade Social Vertical é notória em todas as sociedades abertas, embora
em graus diferentes. Ela consiste em um indivíduo ou grupo passar de uma classe para outra,
adquirindo um novo status. Esta passagem pode significar descida ou subida de escala.
Implica mudança de posição socioeconómica, portanto, envolve não só a dimensão simbólica e
social, mas também o poder aquisitivo. Numa sociedade industrial moderna, estratificada
conforme as profissões e com classes sociais definidas conforme a renda, a mobilidade vertical
ocorre quando, por meio da ascensão profissional, o indivíduo consegue mover-se de uma faixa
de renda para outra. Idem

A mobilidade social vertical pode ser classificada em: ascendente e descendente.

A mobilidade ascendente
Quando um indivíduo ou o grupo cresce na hierarquia é ascende uma classe superior a que estava
antes, por outra corresponde ao deslocamento de indivíduos e grupos das camadas mais baixas
para os estratos elevados como, por exemplo, uma pessoa passa em um concurso público e
ascende na pirâmide social, tendo uma condição financeira melhor do a que estava antes; Ocorre
quando uma pessoa desloca-se para uma posição superior na pirâmide socioeconómica. Idem

A mobilidade descendente
Quando um indivíduo ou o grupo decresce na hierarquia e passa a integrar uma classe social
inferior à que estava antes. Por exemplo, uma família de três pessoas na qual ambos os pais
possuem trabalho, caso um dos pais perca o emprego e a família passe a viver com o salário de
somente um deles, isso pode fazer com que eles decresçam na pirâmide social. Ocorre quando
alguém perde posições e desloca-se para uma posição social inferior. Por outra ocorre quando as
pessoas e grupos não podem manter-se nas suas posições elevadas, ou nas classes em que
nasceram, sendo obrigados a descer na escala social. Se as pessoas permanecerem firmemente
fixadas na posição de classe de seus pais, então está-se perante uma sociedade de classe fechada.
Idem

Ex1: Quando um agricultor que não tem terra e trabalha em regime de parceria na área de
terceiro consegue capitalizar-se e adquire uma área de terra sua, passando a ser o proprietário
desse meio de produção, observamos uma mobilidade vertical ascendente. Por outro lado,
quando um agricultor, por diferentes motivos, se descapitaliza a ponto de ter de vender sua
propriedade e tem que trabalhar como assalariado, deparamo-nos com uma situação de
mobilidade vertical descendente.
Factores da mobilidade social

Factores individuais

Entre as características individuais que facilitam a promoção de um posto para o outro estão os
factores como: inteligência, constância ou dedicação, educação, gratificação adiada, família,
casamento e etnicidade. O factor educacional representa valioso canal de ascensão social,
principalmente nas sociedades em que predominam os analfabetos. O factor adiamento da
gratificação, no sentido de mobilidade, significa apenas adiar a fim de obter vantagens numa
meta posterior. A família é mobilidade social devido à sua grande influência na sociedade. O
casamento é um factor de mobilidade social quando se considera o sistema de heterogamia, ou
seja, casamento entre desiguais. A inteligência como factor de mobilidade social, não obstante
existir uma adequada correlação, é vista entre as possibilidades de sucesso. A motivação é
fundamental para a mobilidade social porque as pessoas motivadas aspiram posições mais
elevadas.

Formação social grupal

Factores colectivos

A estrutura ocupacional e a mobilidade social relacionam-se com o incremento de novas


profissões, devido aos influxos económicos e tecnológicos da industrialização. As profissões que
oferecem melhor remuneração e mais prestígio propiciam a passagem para o status mais
valorizado.

O intercâmbio de posições é outro factor que permite a mobilidade social. Neste caso, a
sociedade proporciona aos membros dos estratos mais baixos meios para competir com os que
estão numa estrutura social mais alta, a partir da abertura de oportunidades para mudança de
profissões ou cargos no mercado de trabalho.

QUARTO SEMINARIO

FACTORES DE MOBILIDADE SOCIAL


A sociedade encontra-se em constante transição pelos estratos sociais. Além da circulação de
indivíduos, circulam ainda, ideias e valores.

Principais factores de mobilidade social

Capitais escolares
Os capitais escolares são um indicador relevante para a compreensão dos processos de
mobilidade social contemporâneos. Embora não substituam nem suplantem as desigualdades de
classe, complementam-nas pela importância crescente que as qualificações têm no mercado de
trabalho e, desse modo, influenciam a inserção profissional dos indivíduos.

A escola como instituição de reprodução das desigualdades sociais


Ao ministrar aos alunos a aprendizagem que lhes permite ler, escrever e contar, e ao alargar a visão
do mundo que os rodeia, o papel da escola é tido como o de transmitir conhecimentos que
contribuem para o desenvolvimento das habilidades que lhes serão úteis na solução dos problemas do
quotidiano, tornando-os qualificados para determinadas profissões. Portanto, a escola assume-se
como uma instituição central da vida social, quer pela sua capacidade de reorientação dos destinos
dos indivíduos, quer pela sua forte criação de expectativas de sucesso por parte dos indivíduos, quer
ainda pela sua importância para o funcionamento da sociedade, quer, finalmente, pela sua ligação às
ideologias igualitárias da sociedade.

Associação entre posição social e a saúde


As associações existentes entre a posição social e a saúde diferem ainda quanto à direcção do
fenómeno, ou seja, hora a saúde aparece como resultante de diferentes condições
socioeconómicas e outra, agindo sobre as chances de alcançar e manter uma boa posição social.
A mobilidade social, evidenciada pela alocação dos indivíduos em diferentes posições sociais,
resulta em uma distribuição desigual de bens, serviços, condições de vida, vantagens e
desvantagens sociais. A saúde ou os processos de saúde/doença e seus determinantes podem
também estar desigualmente distribuídos na população. Desigualdade em saúde é, então, um
termo genérico que se refere às diferenças nos níveis de saúde dos grupos socioeconómicos
distintos em um sentido descritivo.
Habitação
A Moradia mista é a ideia de que pessoas de diferentes níveis socioeconómicos podem morar em
uma área. No entanto, o consenso geral é que a habitação mista permitirá que os indivíduos de
baixo nível socioeconómico adquiram os recursos e conexões sociais necessários para subir na
escala social. Outros possíveis efeitos que a habitação mista pode trazer são mudanças
comportamentais positivas e melhor saneamento e condições de vida mais seguras para os
residentes de baixo nível socioeconómico. Isso ocorre porque os indivíduos de nível
socioeconómico mais elevado são mais propensos a demandar residências, escolas e infra-
estrutura de melhor qualidade.

Entretanto, a habitação mista não promove nem facilita a mobilidade social ascendente. Em vez
de desenvolver relacionamentos complexos entre si, os moradores de moradias mistas de
diferentes níveis socioeconómicos tendem a se envolver em conversas casuais e manter-se
isolados. Se for notado e não abordado por um longo período de tempo, isso pode levar à
gentrificação de uma comunidade.

Raça
A raça como factor da mobilidade social tem origem na época colonial. Tem havido discussão
sobre se a raça ainda pode prejudicar as chances de um indivíduo ter mobilidade ascendente ou
se a classe tem uma influência maior. O significado de raça afecta as chances de um indivíduo de
mobilidade ascendente se não começar na população de classe alta. Outra teoria sobre raça e
mobilidade é que, com o passar do tempo, a desigualdade racial será substituída pela
desigualdade de classe.
Género

As mulheres, em comparação com os homens, experimentam menos mobilidade social. Uma


possível razão para isso é a baixa qualidade ou falta de educação que as mulheres recebem. Em
países como a Índia, é comum que mulheres instruídas não usem sua educação para subir na
escala social devido a costumes culturais e tradicionais. Espera-se que se tornem donas de casa e
deixem a vitória do pão para os homens. Além disso, as mulheres em todo o mundo não têm
acesso à educação, pois suas famílias podem achar mais benéfico economicamente investir na
educação e no bem-estar de seus homens do que de suas mulheres. Aos olhos dos pais, o filho
será quem os sustenta na velhice, enquanto a filha se mudará com o marido. O filho vai gerar
uma renda, enquanto a filha pode precisar de um dote para se casar.
TIPOS DE MOBILIDADE SOCIAL

A mobilidade social se caracteriza por dois tipos distintos:

Mobilidade Estrutural ocorre no início do desenvolvimento de uma região, em virtude do


surgimento de novas ocupações no mercado de trabalho. Nesse período, as pessoas ascendem
na escala social, ao preencher essas novas posições, mesmo sem estarem qualificadas. Assim,
esse tipo de mobilidade inclui a movimentação entre estratos de origem e estratos de destino,
que reflectem os efeitos da mudança na composição da estrutura no mercado de trabalho.
Dá-se em decorrência de mudanças na organização sócio ocupacional da economia. Desta
forma, não é necessariamente consequência de uma igualdade de oportunidade. Estes casos
ocorrem devido a mudanças estruturais criarem novas oportunidades inexistentes
anteriormente, fazendo assim com que parte da população se desloque para ocupá-las.

Mobilidade Circular é a movimentação entre as pessoas, em que a oportunidade de mudança


de posição ocorre devido à ascensão ou descensão na classe social ou por algum indivíduo ter
saído do mercado de trabalho. Ou seja, a mobilidade é resultado de um processo interno do
mercado de trabalho.

Mobilidade Intergeracional: comparação da posição social entre as gerações passadas e a


geração atual. Por exemplo, a condição de um filho em relação à condição de seu pai.
As classes sociais se definem pelas possibilidades comuns de mobilidade, tanto durante a vida
produtiva como através das gerações. A mobilidade intergeracional descreve a mobilidade
social que acontece entre gerações.

QUINTO SEMINARIO
FUNDAMENTOS PSICOBIOLÓGICOS DA MOBILIDADE SOCIAL

Mobilidade social refere-se ao deslocamento de indivíduos e grupos entre posições


socioeconómicas diferentes”. Eventos de vida, como transição para a universidade, mudança de
emprego, união matrimonial ou o nascimento de uma criança causam um conjunto de
consequências na vida dos sujeitos, inclusivamente implicam ou estimulam a mobilidade no
contexto social, afectam as necessidades e preferências por um determinado ambiente
residencial, influenciam os recursos necessários para obter a casa desejada e impõem restrições
na procura de habitação

Fundamentos psicobiológicos

A “mobilidade esta geralmente associado a problemas psicológicos e ansiedades, nos quais os


indivíduos perdem a capacidade de manter os estilos de vida que estão acostumados a ter”.

A influencia da carrega genética dos progenitores para genitores é um alicerce sine qua non
psicobiológico da mobilidade social e os processos psicológicos humanos se desenvolvem como
um resultado do modo de produção, relações sociais de uma sociedade.

As relações sociais são as forças motrizes das funções psicológicas superiores, “geneticamente
relações sociais, relações reais entre as pessoas, são a base de todas as funções superiores e suas
relações”. O desenvolvimento cultural, o desenvolvimento histórico e o desenvolvimento social
são “as forças motrizes de todas as funções mentais humanas a natureza psicológica dos seres
humanos representa o agregado de relações sociais internalizadas que se tornaram funções para o
indivíduo e, nesse processo, estrutura suas funções mentais superiores”.

A noção de mobilidade social tem uma dimensão psicogenética que se constroi ao longo do
desenvolvimento, contando com três níveis hierárquicos, com características bem definidas,
podendo ser assim resumidos:
 Trocas súbitas e pouco realistam- em que as crianças acreditam que a mobilidade social
ocorre mediante a acção livre e individual do sujeito e depende do seu desejo ou azar;
(Idem).

 Trocas naturais- em que há um processo incipiente das causas que levam á mobilidade
social, sendo que o trabalho se converte na principal forma de trocas sociais, ou seja, a
mobilidade são de responsabilidade do indivíduo e depende do seu esforço ou
desempenho (Idem)

 Trocas possíveis- último e mais complexos níveis por apresentar a capacidade do


raciocínio e hipotético-dedutivo, na qual a mobilidade social passa a ser entendida como
algo que leva tempo, além de factores de ordem pessoal e social que favorecem ou
dificultam a tal mobilidade. Neste nível, existe a possibilidade de compreender as
relações existentes entre sistemas sociais distintos, o que leva ao entendimento da
existência de obstáculos sociais e de uma avaliação mais realistas das possibilidades de
mudanças

Fundamentos histórico-cultural

Na história de qualquer grupo social e culturalmente organizado ocorrem períodos em que a


mobilidade (social) aumenta de forma notável, os principais fundamentos histórico-culturais que
aceleram esta mobilidade estão associados as crises, ideologias, revoluções, e depressões
económicas1. Os elementos histórico-culturais são veículos de mobilidade em que o capital
próprio do individuo e a sua experiencia vão assumindo cada vez mais protagonismo,
contrariando, assim, a tendência fatalista da reprodução social.

Nos fundamentos histórico-culturais, a mobilidade social acontece mediante: Ideologias;


Revoluções; Organização política; Migrações.

Cultura
No contexto de estrutura de classe a mobilidade é concebida como movimento entre posições de
classes dentro da estrutura social, no contesto hierárquico a mobilidade é compreendida como o
movimento dentro de uma hierarquia social.
A mobilidade social intervém na socialização cultural dos indivíduos de uma determinada
sociedade segundo) processo de integração de um individuo num grupo social a que pertence
pela aprendizagem de regras, costumes, hábitos, etc. este processo inicia-se com o nascimento e
prolonga se com a vida de cada individuo. Numa primeira fase, este processo predomina se a
imitação e imposição e homem começou a produzir a sua cultura em mobilização social por
necessidade de adaptação que veio permitir ultrapassar as suas deficiências físicas- biológicas

A mobilidade social e o seu impacto sobre a estratificao social


A mobilidade social inscreve-se nas análises de desigualdades, na medida em que esclarece
processos de cristalização ou redistribuição, permanência ou mudança nas chançes de alocação e
em posições da estrutura social.

Os factores hierárquicos têm maior poder, para quem tem menor poder formar essa pirâmide de
disparidade e restrições da sociedade, o sistema capitalista contribui directamente para que este
problema perdure, já que prega justamente a vantagem das grandes empresas sobre os
empregados.

Mobilidade social em Moçambique


Duma forma geral que a mobilidade social verifica – se com mais frequência em sociedade com
alta capacidade industrial e com uma politica económica liberal (sociedade de classe).
Moçambique é democrático e como uma politica de produção da economia competitiva, com
isso o fluxo da mobilidade social é verificada com mais frequência com base

Factores mobilidade social geral e de Moçambique


Existe vários factores de mobilidade social em Moçambique, que são: Escolaridade;
Económicos; Casamento; Profissionais; Problemas psicológicos e ansiedades; Desemprego;

Escolaridade

Quanto maior fosse o nível de escolaridade maior seria aposição social e, por conseguinte, o
nível de renda e de bem-estar.

Económicos
Este factor não depende do nível de escolaridade, verifica – se na medida em que um indivíduo
de baixa renda tenha a capacidade de acumular economia e passa duma classe baixa para outra
classe

Casamento

Mulheres que é da origem duma família de rendimento baixa e casa – se com uma família de
rendimento económico alta, moda o estilo de vida passando para uma vida confortável e de uma
classe para outra classe.

Profissão

Profissão é um dos elementos mais importante para a mobilidade social, visto que com a
profissão de um indivíduo ou grupo, muda de processo de produção de renda.

Problemas psicológicos e ansiedades

Problemas psicológicos na influência da descendência são observados em várias formas, a


incapacidade indivíduo de alcançar outra classe, os indivíduos deixarem de ser capazes de
manter o estilo de vida a que estavam habituados

Desemprego

A falta de trabalho é outra das principais causas de mobilidade descendente, o indivíduo por falta
de emprego permanece na classe baixa.

Económicos

Ao falarmos de factor de choques económicos não se pode apenas olhar pelo acumulo de
economia mais sim, também a incapacidade de mater a economia na mesma posição ou de
progredir.

Factores de mobilidade social em Moçambique

Existe vários factores de mobilidade social em Moçambique, que são:

Em Moçambique verifica-se outro factor que é politico (filiação partidário) onde influencia duma
forma significativamente na mobilidade social. De salientar que este factor não é tão relevante
não nível geral, pois apenas é observado maioritariamente em Países Africano, onde é vista como
uma oportunidade para aquisição e acumulo da economia para o grupo filiado esta política.
Os factores da mobilidade social em Moçambique: nível de instrução; experiência de trabalho;
desempenho e competência; relação de amizade e confinação; filiação partidária e relações de
familiaridade.
QUINTO SEMINARIO
ELITE
Conceitos básicos de elite
A palavra e o conceito de elite são relativamente recentes. A palavra elite prevêem (do francês
élite, substantivação do antigo particípio passado eslit, de élire “escolher/eleger”, este do latim
vulgar exlegere, do latim clássico eligere, '”escolher”) era usada durante o século XVIII para
nomear produtos de qualidade excepcional, a “nata” das mercadorias oferecidas à venda.
Teorias das Elites

A teoria das elites surgiu no final do século XIX, tendo como fundador o filósofo e pensador
político italiano, (Mosca) estabeleceu os pressupostos do elitismo ao salientar que em toda
sociedade, seja ela arcaica, antiga ou moderna, existe sempre uma minoria que é detentora do
poder em detrimento de uma maioria que dele está privado.
Os poderes económicos, ideológicos e políticos são igualmente importantes, mas em seus
escritos Mosca deu ênfase à força política das elites. O restrito grupo de pessoas que a detém
também pode ser denominado de classe dirigente. De acordo com esta teoria as sociedades estão
divididas entre dois grupos: os governantes e os governados. Os governantes são menos
numerosos, monopolizam o poder e impõem sua vontade valendo-se de métodos legítimos ou
arbitrários e violentos ao restante da sociedade.
Governantes e governados
Elite Governante: são os indivíduos que participam do governo. E desta forma fazem parte da
estrutura mais importante do Estado. São eles a elite económica, a elite da administração publica,
os cargos mais elevados das forças armadas.

Elite Governada: não participam activamente do governo, mas são denominadas elites por se
destacarem na sociedade. São eles grupos da política, desportistas, artistas.
O conceito de divisão do poder entre governantes e governados, porém, não é algo novo e consta
nos escritos de muitos filósofos e pensadores antigos e modernos (Maquiavel, Montesquieu, Karl
Marx, entre outros). Entretanto, a originalidade da teoria das elites formulada por Mosca, advém
da preocupação em explicar que a classe dirigente (ou seja, os governantes) constitui uma
minoria detentora do poder pelo fato de serem mais organizados.
Factores das Elites
São factores das Elites os seguintes:
Factores Geográficos
Determinados cataclismos naturais, como inundações, secas, ciclones, tufões, furacões,
maremotos, terramotos, erupções vulcânicas, nevascas, pragas e outros, podem alterar, de forma
transitória ou permanente, a organização ou a estrutura de uma comunidade.
Factores Biológicos
Epidemias, elevação da taxa de mortalidade, rápido crescimento da população e a miscigenação
de grupos étnicos dão origem a transformações sociais. Podem ocasionar desajustamentos e
desequilíbrios nos mais diversos sectores da sociedade, alterando a 8 estrutura económica, a
organização do trabalho, a distribuição do poder e o modo de vida das populações.
Factores Sociais
Guerras, invasões e conquistas, assim como luta de classes e revoluções, alteram as estruturas
sociais, modificam o status de nações, escravizam povos, transformam a vida e destroem
culturas.
Factores Culturais
Descobertas científicas. Alteram a mentalidade, abrem novas perspectivas, modificam atitudes
básicas e transformam a sociedade pela aplicação dos conhecimentos científicos a todos os
campos da vida social.
Tipos de Elites
Nos tipos de Elites podemos destacar os seguintes:
Elites Tradicionais
Possuem autoridade ou influência decorrente de ideias, crenças ou estruturas sociais, baseadas no
passado e reforçadas pela tradição. São tradicionais as elites aristocráticas, cuja nobreza tem
tanto mais prestigio quanto mais antiga for sua linhagem; são também geralmente tradicionais as
elites religiosas, cuja autoridade ou influência decorre do respeito a certas verdades reveladas aos
homens, no passado. O Chefe de uma tribo, a medida que e considerado descendente directo de
um deus mitológico ou de um antepassado importante, possui autoridade tradicional.
Elites Tecnocráticas
Elites Carismáticas
Os líderes carismáticos são portadores de dons específicos (do corpo ou do espírito)
considerados sobrenaturais, não acessíveis a todos, e cujo exercício corresponde as necessidades
do grupo. Encontramos muito mais comummente o carisma ligado a uma pessoa do que ao
grupo; entretanto, o poder de um líder carismático pode, até certo ponto, ser estendido a sua
equipe. Como exemplo de elites carismáticas podemos verificar as castas superiores da índia, de
origem religiosa. Idem
Elites de Propriedades
Sua autoridade ou poder decorre da posse de capitais ou de bens, em virtude dos quais podem
exercer pressões sobre as elites tecnocráticas ou tradicionais. Pertencem a este tipo os grandes
proprietários de terras, industriais, banqueiros etc., capazes de influenciar a vida económica,
política e social de uma comunidade. Idem
Elites ideológicas
São formadas pelas pessoas que concebem uma ideologia, que a difundem ou representam.
Constituem a elite do poder, se a ideologia que representam e a oficial; por outro lado, quando se
opõem a elite do poder, formam as elites de influência, ou contra elites (elites. de oposição, de
contestação). Entre todos os tipos de elites, as ideológicas e as carismáticas são geralmente as
mais dinâmicas e inovadoras.
Elites Simbo1icas
Quase todas as elites possuem urn carácter simbo1ico a medida que representam uma causa,
valores, ideias, modos de viver, qualidades ou virtudes. Entretanto, existem indivíduos ou grupos
cuja função e, mais do que tudo, simbólica. Poder-se-iam citar certos elementos da nobreza,
mulheres de políticos famosos, pessoas da alta-roda, artistas e desportistas famosos.
Divisão social do trabalho das elites
A divisão social do trabalho é um conceito que concerne a especialização de realização de tarefas
para específicas funções. O objectivo é dinamizar, optimizar e aprimorar a produção da indústria.
O processo auxilia a aumentar a eficiência e a velocidade do sistema produtivo. A especialização
retratada realiza a delimitação das específicas funções a serem exercidas em determinadas etapas
da produção. Ela será determinada a partir do fluxo do comércio, do andar do sistema capitalista
e da intensificação da produção. A divisão social do trabalho acarreta ao trabalhador a
capacidade motora repetitiva que possibilite uma execução mais rápida das tarefas.
As fases da divisão social do trabalho tiveram como objectivo, gradualmente, aumentar a
produtividade da classe trabalhadora. Tudo isso contribuiu para surgimento de uma classe
dominante e outra subordinada. Dentro do contexto do capitalismo, a produção trabalha com o
intuito de obtenção de lucro progressivo. O desenvolvimento da divisão social do trabalho se dá
de maneira espontânea. Uma vez que o avanço dos ramos de produção aumenta, mais a
competitividade e o trabalho progridem. Com a globalização vigente, o comércio internacional
acaba influenciando neste contexto.
Os sociólogos e a divisão do trabalho
Émile Durkheim
Os princípios da divisão do trabalho são sobretudo morais, acima dos económicos. Esses factores
unem as pessoas dentro da sociedade, gerando um sentimento de solidariedade para indivíduos
que realizam as mesmas funções. Ainda segundo Durkheim, utilizando uma metáfora do corpo
humano. Nessa óptica a divisão social do trabalho, mantém a harmonia dos órgãos do ser
humano. Ademais, o sociólogo também afirmou, quanto maior a sociedade, maior será a divisão
do trabalho. Com isso, o crescimento da população, que ficará responsável pela divisão do
trabalho.
Karl Marx
A divisão do trabalho de acordo com as especialidade produtivas, acaba gerando uma hierarquia
social na qual as classes dominantes. Isto é, a burguesia, subjugam as classes dominadas,
estabelecendo as instituições, assim como a detenção dos meios de produção. Além disso, ele
também afirmava que a especialização das actividades produtiva em uma sociedade, acabou
gerando uma divisão social do trabalho como uma forma indispensável de sobrevivência. Em
decorrência desse processo, quando a humanidade superar as necessidades básicas, ela acaba
criando outras.
Max Weber
A sociedade pode se afectar por acções individuais. Ademais, ele percebeu diferença entre a
divisão social do trabalho entre os católicos e os protestantes. Segundo ele, os protestantes, eram
rigorosos e valorizavam o trabalho. Além do mais, aliaram a doutrina religiosa com o
capitalismo. Desse modo, criou-se uma tendência empreendedora nas populações protestantes.
Além disso, a visão do sociólogo em relação a burocracia como modo racional da divisão do
trabalho, quando os cargos ocupados por burocratas que detém funções e atribuições específicas,
são dependentes a um cargo mais elevado, acontecendo a distinção social do trabalho. Por fim, a
burocracia, ajuda a classe dominante na divisão do trabalho entre dominantes e dominados.
Multiplicação dos papéis sociais
Entende-se como multiplicação de papéis sociais quando um indivíduo assume dentro da
sociedade ou instituição mais que um papel. Algo que é incontornável, uma vez que os
indivíduos são sujeitos a papéis sociais e a papéis profissionais. Nos papéis sociais alguém pode
em simultâneo ser esposo/a, pai/mãe, pastor/a, conselheiro/a, e mais. Nos papéis profissionais
tem ocorrido o mesmo, um indivíduo pode exercer mais de um papel, na mesma instituição ou
outras instituições em simultâneo. Cada papel e cada posição estão relacionados com outros
papéis e outras posições. Uma das dificuldades capitais da teoria dos papéis é saber em que caso
se pode definir um papel como independente de um outro.

Importância dos papéis sociais


Os papéis sociais têm sua importância na estrutura social, na medida que eles são os definidores
do status dos indivíduos. A importância dos Papéis Social reside no facto deles ser o meio
classificador dos indivíduos dentro das classes sociais. Entende-se como classes sociais grandes
grupos ou camadas de indivíduos que se diferenciam, basicamente, pela posição objectiva que
ocupam na organização social da produção.
Mobilidade social das Elites
Em uma sociedade para que haja equilíbrio social, é necessários processos de mudança, e desta
forma para que haja renovação da elite política é necessária a circulação da mesma. Ou seja, para
se perpetuar no poder, as elites precisam se renovar necessita de indivíduos que sejam
capacitados dentro da sociedade: “Um fato de extrema importância para a fisiologia social é o de
que as aristocracias não duram. Todas elas passam por uma decadência mais ou menos rápida.”
a mobilidade dos indivíduos onde as camadas menos privilegiadas se sobrepõem as melhores, é
imprescindível, pois é isto que permite um equilíbrio geral da sociedade.

SETIMO SENTESE
A GLOBALIZAÇÃO E SEUS IMPACTOS
O mundo actual é caracterizado pela proximidade entre lugares ou regiões que por muito tempo
considerou-se que estivessem distantes. Essa proximidade é resultante dos avanços de ordem
tecnológica, os quais resultaram na invenção e no melhoramento técnico de vários meios de
informação e comunicação, como também de transportes, permitindo, dessa forma, a redução do
tempo-lugar para a interacção entre pessoas localizadas em diferentes pontos do planeta.
É, igualmente, caracterizado por uma espécie de misturas, onde uma grande diversidade de
elementos culturais vai interagindo e mesclando-se uns com os outros, acabando, de certa forma,
por dificultar a identificação de certos aspectos culturais, pois uns que aparentemente “destacam-
se” em relação aos outros acabam ofuscando esses outros. Esses aspectos resumem-se em
Globalização/Homogeneização, um fenómeno muito recente que é, característica fundamental do
capitalismo, e, que, ganhou mais poder com a queda do murro do Berlim (1989) e a consequente
desagregação da URSS (1991).
Origem e conceptualização da Globalização
A origem da globalização pode ser encontrada na Revolução Industrial do século XVIII.
Todavia, foi no século XX que o termo ganhou notoriedade, concretamente na última década,
não obstante ao seu uso, pelos intelectuais, durante o século XIX, para a descrição do processo
de modernização que implicava uma crescente integração mundial. Fundamentalmente, a
globalização pode-se entender como resultado do desenvolvimento do capitalismo a uma escala
mundial e igualmente a continuidade da lógica civilizacional designada pela modernidade. Em
termos práticos, este fenómeno sucedeu ao final da Guerra Fria, tendo-se instalado com a
hegemonia do capitalismo.
Abordagem sobre os factores da Globalização/homogeneização
Aglobalização é, actualmente, entendida como se de um fenómeno caracteristicamente
económico se tratasse, fazendo com que, muitas vezes a análise centre-se no tocante ao papel das
transnacionais, cujas gigantescas operações ultrapassam as fronteiras dos países, influenciando,
deste modo, os processos globais de produção e distribuição internacional do trabalho. Não se
menospreza o papel das forças económicas, mas é errado pensar que tais por si só fazem a
globalização, pois em realidade, trata-se de um resultado de conjugação de factores de ordens
económica, social, política e cultural. Entretanto, o progresso da globalização encontra-se
fundado no desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação.
Impacto da globalização
Enquanto fenómeno, a globalização «existe aqui e agora», afectando as nossas vidas pessoais e
íntimas de inúmeras formas.
a globalização está a traduzir-se num fenómeno de mudança radical da natureza de experiências
quotidianas, pois à medida que as sociedades sofrem profundas transformações, as instituições
que as sustentavam tornam-se obsoletas, o que leva a uma obrigação de redefinição de
determinados aspectos íntimos e pessoais.

IMPACTO DA GLOBALIZACAO CONTEXTO SOCIAL


A realidade actual tornou-se em uma fábrica da perversidade, onde a fome deixa de ser um facto
isolado ou ocasional, passando a ser um dado generalizado e permanente; o desemprego é algo
comum; ficou mais difícil atribuir educação de qualidade e mesmo erradicar o analfabetismo; a
pobreza aumenta. Portanto, a perversidade deixa de manifestar-se por factos isolados, atribuídos
a distorções da personalidade, para estabelecer-se como um sistema, e a causa essencial disso é a
instituição, por lei geral da vida social, da competitividade como regra absoluta, pois ela escorre
sobre todo o edifício social.

Contexto cultural
A globalização cultural é uma das mais directamente percebidas e vivenciadas. Esta dimensão de
globalização traduz-se na internacionalização de marcas de consumo, celebridades, música,
cinema, moda, entre outros elementos, e constitui, de certa forma, manifestações de globalização
mais recentes e presentes na vida quotidiana do cidadão comum. Salienta-se ainda, ser
inconcebível, nos dias actuais, o total isolamento de uma sociedade, sem sofrer influência de
outras e sem corpo de elementos culturais comuns a outras culturas.

Sociedades Globalizadoras e Globalizadas


As sociedades que globalizam destacam-se pelo uso de recursos técnicos mais avançados em
relação aos usados pelas sociedades globalizadas, e como resultado, os primeiros procuram
influenciar os segundos, mas controlando o avanço dos segundos, de modo que estes (segundos)
persistam dependentes dos primeiros. Outro aspecto ao qual Santos faz menção liga-se ao
processo expansionista da rede empresarial das sociedades que globalizam, esta que acaba
ofuscando as empresas das sociedades globalizadas, pois procuram dominar, a todo custo, todo o
mundo através de seus produtos.
As sociedades globalizadas consomem, por conta da globalização, a cultura das sociedades
globalizantes, pois verifica-se a imposição dos hábitos e tradições das sociedades globalizadoras
em relação aos das sociedades globalizadas, tornando-se, traduzindo-se, assim, num
imperialismo cultural onde domina a cultura dos poderosos em detrimento da cultura local.

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