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Lucia Malunguisse

METODOS DE PESQUISA EM HISTORIA

Licenciatura em Ensino de História

Universidade Save
Massinga
2023
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Lucia Malonguisse

METODOS DE PESQUISA EM HISTORIA

Trabalho de Pesquisa da cadeira de Didatica a


ser apresentado no Departamento de Letras e
ciências sociais , para efeito de avaliação

Prof: MSC. Mercia Tembissa


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Índice
1.0.Introdução..................................................................................................................................4

1.1.Objectivos:.................................................................................................................................4

1.2.Geral:.........................................................................................................................................4

1.3.Específicos‫׃‬................................................................................................................................4

1.4.Conceitos básicos.......................................................................................................................5

1.5.Métodos e técnicas da história...................................................................................................6

1.6.Método crítico ou crítica histórica.............................................................................................6

1.7.A Crítica Externa ou de Autenticidade......................................................................................6

1.8.Crítica de Proveniência..............................................................................................................6

1.9.Síntese Histórica........................................................................................................................8

2.0.Método Científico......................................................................................................................8

2.1.Método Dedutivo.......................................................................................................................8

2.2.Método Indutivo........................................................................................................................8

2.3.Tipos de pesquisa.......................................................................................................................8

2.4.O Método de Pesquisa Histórica................................................................................................9


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2.5. Etapas da pesquisa histórica...................................................................................................11

2.6. Métodos de pesquisa em história usados em Moçambique....................................................12

2.7.Conclusão................................................................................................................................13

2.8.Bibliografia..............................................................................................................................14

1.0.Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Didáctica de História, tem como tema:
Métodos de pesquisa em história. Os métodos de pesquisa em história oferecem ao pesquisador
normas genéricas destinadas a estabelecer uma ruptura entre objectivos científicos e não
científicos (ou de senso comum).
Esses métodos esclarecem os procedimentos lógicos que deverão ser seguidos no processo de
dos fatos da natureza e da sociedade. São, pois, métodos desenvolvidos a partir de pesquisa em
historia elevado grau de abstracção, que possibilitam ao pesquisador decidir acerca do alcance de
sua investigação, das regras de explicação dos fatos e da validade de suas generalizações.
O conhecimento histórico escolar, além de se relacionar com o conhecimento histórico de
carácter científico nas especificações das noções básicas da área, também se articula aos
fundamentos de seus métodos de pesquisa, adaptando-os para fins didácticos. A transposição dos
métodos de pesquisa da História para o ensino de História propicia situações pedagógicas
privilegiadas para o desenvolvimento de capacidades intelectuais autónomas do estudante na
leitura de obras humanas, do presente e do passado.
1.1.Objectivos:
1.2.Geral:
Compreender os métodos de pesquisa em historia,
1.3.Específicos‫׃‬
Descrever os métodos e procedimentos da pesquisa em história,
Analisar os métodos de pesquisa em história usados em Moçambique.
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1.4.Conceitos básicos
A palavra Método provém do latim, Methodus que por sua vez, tem origem no grego, das
palavras Meta (Meta=Meta) e Hodos (Hodos=Caminho). Logo, Método quer dizer caminho para
chegar a um determinado lugar. (Mechisso, 2011, p. 30).
Segundo Mechisso (2011, p. 31) o conceito de método mais simples é o caminho para atingir um
objectivo. Na vida quotidiana estamos sempre perseguindo objectivos. Mas estes não se realizam
por se mesmos, sendo necessária a nossa actuação, ou seja, a organização de uma sequencia de
acções para atingi-los. Os métodos são assim meios adequados para realizar objectivos.
De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 83), método é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo -
conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientista.
Nas palavras de Chauí (1994, p. 354) “métodos significa uma investigação que segue um modo
ou uma maneira planejada e determinada para conhecer alguma coisa; procedimento racional
para o conhecimento seguindo um percurso fixado”.
O método indica, portanto, estrada, via de acesso e, simultaneamente, rumo, discernimento de
direcção. O método assinala um percurso escolhido entre outros possíveis. Não é sempre, que o
pesquisador tem consciência de todos os aspectos que envolvem este seu caminhar; nem por isso
deixa de assumir um método. Todavia, neste caso, corre muitos riscos de não proceder
criteriosamente com as premissas teóricas que norteiam seu pensamento. (Idem).
Assim, o método não representa tão-somente um caminho qualquer entre outros, mas um
caminho seguro, uma via de acesso que permita interpretar com a maior coerência e correcção
possíveis às questões sociais propostas num dado estudo, dentro da perspectiva abraçada pelo
pesquisador. (Idem).
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A palavra “pesquisa” tem origem no latim com o verbo “perquirir”, que significava procurar;
buscar com cuidado; procurar em toda parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem;
aprofundar na busca Bagno (2007). Conforme o autor, a pesquisa faz parte do nosso dia-a-dia.
Fazemos pesquisa a todo instante quando comparamos preços, marcas, ou antes de tomar
qualquer decisão. Ela está presente também no desenvolvimento da ciência, no avanço
tecnológico, no progresso intelectual de um indivíduo.
1.5.Métodos e técnicas da história
A História como ciência compreende dois métodos principais: O método crítico ou crítica
histórica e a interdisciplinaridade. (Scheleiermacher, 2003, p. 17).
1.6.Método crítico ou crítica histórica
O método crítico compreende a análise e a síntese histórica.
1.7.Análise
A análise compreende, por sua vez quatro operações distintas: a heurística, a crítica externa, a
crítica interna e a hermenêutica. (Scheleiermacher, 2003, p. 17-18).
Heurística
Como qualquer área de conhecimento a análise histórica pressupõe um sujeito e um objecto na
escolha do objecto da sua análise. O sujeito deve ter acerca do mesmo um conhecimento do nível
correspondente ou por outra, o investigador deve partir daquilo que já é sabido para aquilo que
desconhece sob pena de descobrir coisas já descobertas. A partir do século XVII com o triunfo
da dúvida metódica assiste-se o nascimento da crítica histórica, as fontes internas com o
objectivo de averiguar a autenticidade e a credibilidade do documento. (Scheleiermacher, 2003,
p. 18).
Porém, antes da crítica recomenda-se a recolha das fontes que se designa de Heurística. (Idem).
1.7.A Crítica Externa ou de Autenticidade
É a operação que examina a proveniência do documento (verdadeiro ou falso, original ou copia),
com o objectivo de determinar se o próprio historiador se encontra perante um testemunho
directo ou indirecto e assim contribuir para eliminar eventuais contradições. (Scheleiermacher,
2003, p. 19).
Por sua vez a critica externa compreende a de proveniência e de restituição
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1.8.Crítica de Proveniência
Responde a questão Como, quem redigiu o documento, quando e como foi ele redigido e,
finalmente que vias percorreu ate chegar as nossas mãos. Nem é sempre possível apurar a autoria
ou o trajecto percorrido porém, a duas questões dificilmente respondera se for falso.
Para responder ao quando não basta com efeito uma data é preciso que o material (papiro
pergaminho papel tinta, etc.) e caligrafia corresponda a esta data. (Idem)

Para responder ao como é preciso que o documento responda ao formulário próprio da natureza
do documento e da respectiva época.
Crítica de Restituição
Consiste na restituição do documento a sua forma original depois de eliminadas as
irregularidade. (Scheleiermacher, 2003, p. 20).
Crítica Interna ou de Credibilidade
É a operação que avalia o grau de confiança que apresenta os documentos. A sua materialização
é possível através de crítica de interpretação literária do texto, critica de competência, critica de
veracidade ou exactidão e crítica de intencionalidade ou de sinceridade. (Scheleiermacher, 2003,
p. 20).
Crítica de Interpretação Literária
Investiga o exacto sentido do pensamento do autor, ou aquilo que pretendia dizer. Isto impõe que
o historiador conheça a língua como também a linguagem falada pelo autor. (Scheleiermacher,
2003, p. 21).
Crítica da Competência
Averigua o grau de conhecimento que o autor tem do conhecimento relatado isto é, se, se trata
de um testemunho directo que viveu directamente o acontecimento ou compilador que construiu
sua versão do conhecimento através de outros testemunhos. (Scheleiermacher, 2003, p. 21).
Crítica da Intencionalidade ou Sinceridade
Em que se averigua o grau de inserção do autor ou, até que medida ele se teria deixado
influenciar pelo interesse próprio, de outrem ou pela simpatia ou antipatia. (Scheleiermacher,
2003, p. 21-22).
Crítica de Exactidão
Averigua o grau de exactidão ou rigor do testemunho, isto é, ate que medida é que o relato
corresponde ao que se passou. (Scheleiermacher, 2003, p. 23).
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Crítica Comparativa
Averigua o grau de credibilidade de um testemunho mediante a comparação da informação por
ele fornecida com as informações fornecidas por outros testemunhos. (SCHELEIERMACHER,
2003, p. 24).

Hermenêutica ou Exegese

É a operação que procede a interpretação de documentos em termos de saber-se em que medida é


que a informação transmitida por estes respondem as questões inicialmente postas, isto é, o
historiador interpreta e responde as preocupações colocadas e depois vai a síntese.
(Scheleiermacher, 2003, p. 24).

1.9.Síntese Histórica
É a fase de explicação e esclarecimento de determinadas problemáticas em que o historiador de
acordo com a sua conspecção e hipóteses formuladas classifica, agrupa e explica os factos.
(Scheleiermacher, 2003, p. 25).
Nesta fase o sujeito retém apenas os factos que importa a sua investigação agrupando em
conjuntos de factos por se tratados de acordo com determinados raciocínios constituitivos entre
os quais estabelece laços de consolidação e de consequência. (Idem).

2.0.Método Científico
Os métodos científicos são as formas mais seguras inventadas pelos homens para controlar o
movimento das coisas que cerceiam um fato e montar formas de compreensão adequada dos
fenómenos.

2.1.Método Dedutivo
Esse método parte do geral e, a seguir, desce para o particular. O protótipo do raciocínio
dedutivo é o silogismo, que, a partir de duas proposições chamadas premissas, retira uma terceira
chamada conclusão. Exemplo: Todo mamífero tem um coração. Ora, todos os cães são
mamíferos. Logo, todos os cães têm um coração.
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2.2.Método Indutivo
Conhecimento científico é o único caminho seguro para a verdade dos factos.
As circunstâncias e a frequência com que ocorre determinado fenómeno;
Os casos em que o fenómeno não se verifica;
Os casos em que o fenómeno apresenta intensidade diferente
2.3.Tipos de pesquisa.
Pesquisa Qualitativa

A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização.

As características da pesquisa qualitativa são: objectivação do fenómeno; hierarquização das


acções de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em
determinado fenómeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural.
Pesquisa Quantitativa
os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados.
Pesquisa Exploratória
Este tipo de pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas
envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão.

Pesquisa Descritiva -a pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre
o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenómenos de
determinada realidade. São exemplos de pesquisa descritiva: estudo de caso, análise documental,
pesquisa.

Pesquisa Explicativa
A pesquisa preocupa-se em identificar os factores que determinam ou que contribuem para a
ocorrência dos fenómenos.

2.4.O Método de Pesquisa Histórica


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Os estudos de natureza sócio-histórica, compreendem o estudo dos grupos humanos no seu


espaço temporal e preocupada em discutir os variados aspectos do quotidiano das diferentes
classes e grupos sociais. O método de pesquisa histórica caracteriza-se como uma abordagem
sistemática por meio de colecta, organização e avaliação crítica de dados que tem relação com
ocorrências do passado. (BARROS, 2008, p. 23).
Três passos são considerados essenciais na produção de um trabalho histórico ou seja:

a) Levantamento de dados;
b) Avaliação crítica destes dados e finalmente,
c) Apresentação dos fatos, interpretação e conclusões. (Idem).
Um dos objectivos da investigação histórica é lançar luzes sobre o passado para que este possa
clarear o presente, inclusive fazer perceber algumas questões futuras. A metodologia histórica
pode surgir dentro de uma abordagem quantitativa ou qualitativa, entretanto a natureza da
história é fundamentalmente narrativa (qualitativa) e não numérica (quantitativa). Partindo,
sobretudo, de uma concepção, de que o conhecimento é produzido socialmente, e que o
pesquisador ao produzir o conhecimento sobre qualquer tempo, estará trabalhando a perspectiva
do passado com o seu presente. Essa relação de passado e presente se estabelece na busca do
conhecimento, de maneira a se questionar o passado numa série de questões que são o "agora".
(DIEHL, 1997, p. 33)

Para problematizar a historiografia ou fazer uma tese historiográfica é necessário saber o que
buscamos, ou seja, a definição de uma situação histórica que se configure na possibilidade de
realização de uma pesquisa. A problematização é um ponto de partida para o trabalho, e não
apenas uma ideia inconclusiva relativa a historiografia ou aos livros que já foram escritos. Passa-
se em outras palavras, pelo teste do real, mas apoiado na teoria, nos supostos teóricos
fundamentais, que tem a ver com o presente que queremos compreender, com a nossa vivência
presente. Ou seja, ao olhar o passado, o fazemos com o olhar e as ideologias e ausência de
neutralidade do presente. O campo da história é um campo de possibilidades que vai ser
trabalhado com "os agoras" a serem investigados. (Idem).

Abandonamos a ideia de que vamos reconstruir o passado tal qual aconteceu mesmo porque isso
é impossível mas, ao mesmo tempo, o que fazemos do passado é uma leitura, em termos de
referências recentes, que abrangem o hoje e o agora, com perspectivas sociais, teóricas, ou uma
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concepção de vida, de mundo...e trabalhar por este ângulo é trabalhar a história de "uma forma",
reconhecendo que nela existe toda uma diversidade de abordagens. (Idem).

Percebe-se que a concepção de verdade sofre uma grande mudança, como também a aceitação do
que vem a ser o resultado da produção do conhecimento, além da concepção, não só de ciência,
como de valor do conhecimento produzido. "O historiador busca as chaves das estratégias
comunitárias, dos sistemas de valor, das organizações colectivas, isto é, de todas as condutas que
constituem uma cultura rural ou urbana, popular ou elitista". Os estudos de natureza sócio-
histórica, compreendem o estudo dos grupos humanos no seu espaço temporal e preocupada em
discutir os variados aspectos do quotidiano das diferentes classes e grupos sociais. É o fazer que
identifica a classe, com homens reais, vivendo suas experiências quotidianas. E essas
experiências, absolutamente, não podem ser todas elas traduzidas apenas através de movimentos
políticos, ou no partido, associação ou sindicatos, etc. O seu movimento no quotidiano, de se
fazer historicamente, está presente em todas as suas acções, considerando que o movimento
social é mais amplo. A pesquisa histórica tem o propósito de demonstrar os sucessos, fracassos,
ocorrências em geral ou eventos no âmbito de interesse do historiador; e se entende por
metodologia o modo pelo qual são enfocados os problemas e se buscam as respostas.
(CARDOSO, 1990, p. 21).

A construção da história de vida social tem sido em maior ou menor grau atravessada por
conflitos sociais que mais do que meros "acidentes de percurso" no caminho do equilíbrio são, na
verdade, elementos constitutivos e essenciais da vida social. O conhecimento que se procura por
meio da investigação histórica depende inteiramente da informação que tenha sido transmitida ao
longo do tempo por aqueles que viveram o evento ou assunto que se investiga em lugar e tempo
apropriado. As diversas formas de transmissão desta informação constituem o que se conhece
como fonte de informação. Os assuntos que se estuda não são parte da experiência do
historiador, mas sim, daqueles que testemunharam a história, dos documentos escritos, filmes,
fotos, gravações, obras de arte, mapas, dentre outros. A fim de compreender como
efectivamente deve-se realizar uma investigação histórica é necessário que o pesquisador siga
alguns passos fundamentais, que serão apresentados a seguir. (VIEIRA, 2003, p. 42).
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2.5. Etapas da pesquisa histórica


Segundo Vieira (2003, p. 45), alguns passos devem ser seguidos para a elaboração de um
projecto de pesquisa histórica. O historiador deverá estar atento, buscando organizar o projecto e
posteriormente a pesquisa propriamente dita com a seguinte estrutura:

Definição, justificativa e delimitação do tema;

a) Objectivos da pesquisa;
b) Quadro teórico e as hipóteses;
c) Colecta de dados, as fontes;
d) A crítica e a validação dos dados;
e) A análise e interpretação dos dados, a síntese. (Idem).

2.6. Métodos de pesquisa em história usados em Moçambique


Tendo em conta as condições específicas do seu desenvolvimento, nos últimos anos a história de
Moçambique caminhou a busca de novos métodos, com vista a alcançar, no seu estudo, zonas
não suficiente exploradas. (Basílio, 2006, p. 83).

Neste sentido, há a destacar os progressos da Historia analítica (Historia de campo, que não
depende apenas dos arquivos) para a Historia colonial e pré-colonial, cuja documentação é rara.
O facto de os arquivos coloniais terem sido criados e mantidos por estrangeiros e, naturalmente,
incorporaram os preconceitos dos seus autores, torna ainda mais importante a busca de métodos
que libertam a Historia dos arquivos. (Idem)

Portanto, ao historiador africano impõe-se o recurso a outras fontes (que não as escritas), como é
o caso da informação oral, sob o risco de chegar a resultados desastrosos. (Idem).
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2.7.Conclusão
Esta colectânea sobre métodos de pesquisa foi organizada com o intuito de iluminar a
compreensão da significação do termo método à medida que o primeiro esforço foi tentar
entendê-lo como caminhos para atingir um fi m, investigação, maneira de agir, percurso pelo
qual se chega a um determinado resultado e discernimento de direcção. Como também, a
constituição e politização do método, além das múltiplas acepções dos fundamentos do método
científico, para em seguida, iniciar um diálogo intelectual sobre os procedimentos dos métodos e
sua importância no processo da pesquisa científica.
O método indica, portanto, estrada, via de acesso e, simultaneamente, rumo, discernimento de
direcção. O método assinala um percurso escolhido entre outros possíveis. Não é sempre, que o
pesquisador tem consciência de todos os aspectos que envolvem este seu caminhar; nem por isso
deixa de assumir um método. Todavia, neste caso, corre muitos riscos de não proceder
criteriosamente com as premissas teóricas que norteiam seu pensamento.
Assim, o método não representa tão-somente um caminho qualquer entre outros, mas um
caminho seguro, uma via de acesso que permita interpretar com a maior coerência e correcção
possíveis às questões sociais propostas num dado estudo, dentro da perspectiva abraçada pelo
pesquisador.
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2.8.Bibliografia
I. BARROS, José D’Assunção. O projecto de pesquisa em História. Petrópolis, RJ: Vozes,
2007.
II. Basílio, G. Os saberes locais e o novo currículo do ensino básico. Mestrado em educação
/ currículo. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em convénio com a
Universidade Pedagógica de Moçambique, 2006
III. CARDOSO, Ciro Flamarion. e BRIGNOLI, Héctor Pérez. Os métodos da história. Rio
de Janeiro: Graal, 1990.
IV. DIEHL, Astor Antônio. Do método histórico. Passo Fundo: Ediupf, 1997.
V. Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. Fundamentos de metodologia científica, (5a ed). São
Paulo: Editora Atlas S.A. 2003
VI. MECHISSO, Guedes. Didáctica Geral. Maputo, Universidade Pedagógica, 2011.
VII. CHELEIERMACHER, Friedrich D. E. Hermenêutica: arte e técnica da interpretação.
Petrópolis: Vozes, 2003.
VIII. VIEIRA, Maria do Pilar de Araújo e outros. A pesquisa em história. São Paulo: Ática,
2003.
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