Creio na vida eterna

1. Quem sou? De onde eu vim? Para onde eu vou?

2. Você vai morrer! Não há nenhuma verdade tão certa como essa. Você não sabe como,
quando e em que situação isso ocorrerá. Mas sua morte é certa. Jesus o advertiu: “Vigiai,
portanto, pois não sabeis o dia, nem a hora” (Mt 25,13). Não é porque alguém nega a
realidade da morte que ela deixa de atingi-lo.
3. “Tu és pó!” Olhar a vida a partir do ponto de vista da morte, é um caminho para se viver
bem.
4. Nossa sociedade procura afastar a ideia da morte do dia a dia das pessoas. E você, quantas
vezes se referiu a ela? Os “Novíssimos” (Morte, Juízo, Inferno, Paraíso) parecem ter
desaparecido de nossos temas. Não desapareceram do Catecismo da Igreja Católica: cf. nn.
1020-1050.
5. O que dá medo diante da morte é o pecado; é o morrer em pecado mortal. Jesus foi muito
claro a esse respeito: Lc 12,4-5.
6. A participação na Eucaristia o prepara para a morte: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu.
Quem comer deste pão, viverá eternamente” (Jo 6,51).
7. Creio na vida eterna!: este é o anúncio que você é chamado a fazer. Lembrava Santa Teresa
d´Ávila: “Tudo passa... Só Deus basta”. Na casa do Pai há um lugar para cada um de nós,
preparado por Jesus (cf. Jo 14,2-3).
8. Se você perder o horizonte da eternidade (“O que é isso para a eternidade?” – S. Bernardo,
Santo Inácio de Loyola, S. Domingos Sávio etc.), a chama de sua fé fica sufocada; apaga-se.
9. A visão da eternidade lhe dá uma renovada força para se enfrentar as cruzes (inevitáveis)
desta vida. Cf. Rm 8,18; 1Cor 2,9.
10. Para que você pudesse participar da “glória que há de ser revelada a nós”, “a Palavra se fez
carne!” Só no amor encontramos resposta para a encarnação do Filho de Deus.
11. “O cristão, que une sua própria morte à de Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu
encontro e uma entrada na vida eterna.” (CIC 1020). A Igreja, ao rezar sobre o doente que
está partindo, diz palavras consoladoras: “Parte, ó alma cristã deste mundo, em nome de
Deus Pai todo-poderoso, que te criou; em nome de Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que por
ti morreu; em nome do Espírito Santo, que em ti foi derramado.” No final dessa oração, diz:
“Possas contemplar o teu Redentor face a face e gozar da visão de Deus pelos séculos dos
séculos. Amém.” (Rito de Encomendação dos Agonizantes, n. 1456-147). Então, você verá o
rosto de Deus, que tanto procurou aqui na terra.

Lectio divina: João 17,1-14