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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de educação a Distância- Cuamba

Importância da leitura para a realização de um trabalho académico

Nome: Joaquina Jonas João

Código: 708223220

Curso: Ensino de Língua Portuguesa

Cadeira: MIC II

Ano de frequência: 2o Ano

Cuamba, Maio de 2023


Instituto de Educação à Distância-Cuamba

Universidade Católica de Moçambique

Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Importância da leitura para a realização de um trabalho académico

Joaquina Jonas João

Código: 708223220

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino
de Língua Portuguesa para fins avaliativos
orientado pelo tutor: dr.

Cuamba, Maio de 2023


I. Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota do
Pontuação tutor Subtotal
máxima

 Capa 0.5

 Índice 0.5

 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização (Indicação
clara do problema) 1.0

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
objecto do trabalho 2.0

 Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita cuidada, 2.0
coerência / coesão textual)
Análise e  Revisão bibliográfica
discussão nacional e internacionais
relevantes na área de estudo 2.

 Exploração dos dados 2.0

 Contributos teóricos práticos


Conclusão 2.0

 Paginação, tipo e tamanho de


Aspectos letra, paragrafo, espaçamento 1.0
Formatação
gerais entre linhas
Normas APA 6ª 
edição em Rigor e coerência das
Referências
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução..................................................................................................................5

1.1. Objectivos:.............................................................................................................5

1.2. Metodologia............................................................................................................5

1.3. Estrutura do trabalho..............................................................................................5

2. Referencial Teórico..................................................................................................7

2.1. Qual a importância da leitura para a pesquisa científica?......................................7

2.2. Qual a importância da leitura na vida acadêmica?.................................................7

2.3. A importância da leitura.........................................................................................8

2.4. Importância da leitura no trabalho científico........................................................10

2.5. Importância das Leituras Prévias no Desenvolvimento Acadêmico....................13

3. Considerações finais.................................................................................................19

4. Referências Bibliográficas.......................................................................................20
1. Introdução

O presente trabalho, aborda sobre Importância da leitura para a realização de um trabalho


académico.
Portanto, na sociedade actual, a leitura vem sendo foco de atenção de estudiosos e
pesquisadores. O objectivo é destacar a importância da leitura para a pesquisa, uma vez que a
leitura é fundamental para a assimilação de novos conhecimentos. O bibliotecário, neste
contexto, tem o papel de mediação das fontes de informação. A metodologia é descritiva e
utiliza levantamento bibliográfico, selecção e análise de documentos para uma melhor
fundamentação do trabalho. Conclui-se que, a leitura permite uma visão mais crítica para a
elaboração do texto que problematiza leitura e pesquisa de significativa importância para a
produção do conhecimento.

1.1. Objectivos:

E para a concretização deste estudo, foram desenhados os seguintes objectivos:

1.1.1. Objectivo geral:

 Destacar a importância da leitura para a pesquisa académica.

1.1.2. Objectivos específicos:

 Descrever a Importância da leitura para a realização de trabalho académico;


 Destacar a importância da leitura para a pesquisa académica.
 Reconhecer a Importância da leitura para a realização de trabalho académico

1.2. Metodologia

Segundo Gil (2006). Pesquisa bibliográfica é aquela que é desenvolvida a partir do material já
elaborado, constituído principalmente livros e artigos científicos conduta e correcta e não
prejudica outras pessoas.

Para a concretização deste trabalho, várias metodologias foram aplicadas, desde a leitura de
manuais diversos, a visualização de conteúdos pela internet, a interacção entre colegas e
amigos com conhecimento na matéria, estas estratégias juntas, fizeram com que este trabalho
se tornasse possível a sua realização.
1.3. Estrutura do trabalho

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Em termos estruturais, o trabalho, está estruturado em capítulos, e composto por uma página
introdutória, desenvolvimento, conclusão, e as referências bibliográficas.

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2. Referencial Teórico

Para começar tem algumas questões que se precisa ser esclarecidas tais como:

2.1. Qual a importância da leitura para a pesquisa científica?

A leitura na composição do trabalho científico faz parte de alguns dos posicionamentos do


emissor frente ao trabalho realizado. Além de ampliar nosso conhecimento de mundo,
a leitura nos torna mais cultos e ajuda a desenvolver nosso poder de argumentação, ao mesmo
tempo em que melhora nossa performance lexical.

2.2. Qual a importância da leitura na vida acadêmica?

O hábito de ler permite uma expansão incrível de nosso conhecimento e é fundamental para o
sucesso acadêmico. ... Outro motivo para você ler é a possibilidade de ampliar seu
vocabulário e ter domínio sobre os recursos da língua na prática.

O hábito de ler é indispensável para o indivíduo, pois o caracteriza como um cidadão pensante
e atuante e o insere no meio social, promovendo-o como corresponsável pelos destinos da
sociedade (CARDOSO; PELOZO, 2007).

O aprendizado da leitura se inicia antes mesmo dos indivíduos começarem a


frequentar a escola e logo que entram nas séries iniciais são estimulados e incentivados a
leitura, mas infelizmente este hábito não progride, deixando desfalcada a formação de um
leitor critico, que seja capaz de defender seus ideais e que busque uma sociedade melhor
(NUNES, 2008).

A leitura cientifica proporciona o desenvolvimento do hábito de leitura, a formação de


cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade, uma melhor contextualização do
assunto trabalhado em sala de aula e no laboratório e promove a discussão e a troca de
opiniões sobre o conteúdo (SOUZA; ROCHA, 2012).

Os experimentos realizados nas aulas de ciências contribuem para que o aluno possa
reconhecer o conhecimento científico no seu cotidiano. A elaboração de relatórios após os
experimentos permite que o aluno valorize e desenvolva uma estratégia adequada para se
trabalhar em grupo e constrói um conhecimento a partir da investigação cientifica
(BEVILACQUA; SILVA, 2007).

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Esse trabalho teve como principio divulgar a importância da introdução de relatórios
após as aulas práticas para os alunos do Ensino Fundamental, incentivando assim o contato
com a literatura científica, que vai contribuir com o desenvolvimento critico dos indivíduos e
ajudar na preparação destes para o ensino médio, para que posteriormente possam ingressar
no ensino superior com um conhecimento mais aguçado.

2.3. A importância da leitura

A leitura é um ato essencial ao indivíduo, proporciona momentos de aprendizagem,


descobertas, transformações, conhecimentos, compreensão de fatos.

Nesse sentido, podemos assimilar a leitura como uma decodificação que não se
restringe apenas aos signos linguísticos, pois a mesma tem uma interpretação bem mais ampla
do que diz em um simples texto, a mesma consegue interligar vários mundos através de vários
contextos, uma verdadeira interação em conjuntura estabelecida em diversos momentos e
formas no nosso cotidiano. Geralmente consideradas uma responsabilidade do professor de
português, as atividades de leitura (discutir, interpretar e produzir) deveriam ser partilhadas
por profissionais de todas as áreas, pois todos, de uma maneira ou de outra, são professores de
linguagens. É comum ouvir professores de história, biologia e matemática, por exemplo,
reclamando que os alunos não conseguem responder às questões das provas, têm dificuldade
em resumir os textos do livro ou não entendem os enunciados. Menos frequente é, porém,
ouvir os mesmos professores comentando que discutiram um texto com os alunos, mostraram
como interpretar um problema ou ensinaram a fazer relatório (SANTOS, 2002).

A formação de leitores competentes solicita algumas circunstâncias favoráveis, tanto


por parte do professor como para escola, para que o aluno possa entrar em contato com os
mais diversos tipos de texto existentes, “não existem receitas milagrosas, não há remédios,
não há fórmula mágica. O que os docentes possuem são algumas dicas, que se exercitadas,
podem fazer com que está difícil missão seja amenizada” (OLIVEIRA, 2013). Em
complemento a este cenário Silva (2013, p. 515) discorre:

O papel da escola é o de formar leitores críticos e autônomos capazes de


desenvolver uma leitura crítica do mundo. Contudo, na prática, essa noção
ainda parece perder-se diante de outras concepções de leitura que ainda
orientam as práticas escolares. Na escola, a leitura é praticada tendo em vista
o consumo rápido de textos, ao passo que a troca de experiências, as
discussões sobre os textos, as valorizações das interpretações dos alunos

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tornam-se atividades relegadas em segundo plano. A quantidade de textos
“lidos” (será que de fato são “lidos” pelos alunos?) É supervalorizada em
detrimento da seleção qualitativa do material a ser trabalhado com os alunos.

A fomentação da leitura do Ensino Superior Desenvolver o interesse e o hábito pela leitura é


um processo constante, que começa muito cedo, em casa, aperfeiçoa-se na escola e continua
pela vida inteira. Existem diversos fatores que influenciam o interesse pela leitura.

O primeiro e talvez mais importante é determinado pela “atmosfera literária” que,


segundo Bamberguerd (2000, p. 71) a criança encontra em casa. A criança que houve histórias
desde cedo, que tem contato direto com livros e que seja estimulada, terá um desenvolvimento
favorável ao seu vocabulário, bem como a prontidão para a leitura.

De acordo com Cademartori (1994), o contato inicial com a literatura não exige o
domínio do código escrito, sendo necessário que desde a pré-escola seja narrado para as
crianças histórias clássicas ou populares, conduzindo os primeiramente a ter prazer de ouvi-
las, para depois no decorrer dos anos, quando aprender a ler não considerar a leitura uma
função de dever, mas sim de prazer, de deleite, descoberta e encantamento.

Em sala de aula, a leitura consolida-se cada vez mais como atividade atrelada à
obrigação da rotina de trabalho dentro das universidades, ao passo que o ato de ler como
forma lúdica e prazerosa de reconstruir mundos possíveis revela-se uma prática pouco
discutida e concretizada. Como já referimos, a imposição da leitura do livro didático e das
leituras “prontas”, idealizadas pelo professor, sufocam a descoberta da leitura por prazer. Tais
fatores certamente inibem o acadêmico, direcionam sua compreensão no sentido de ver a
literatura como fenômeno que se pode decorar para se fazer um teste, um exercício, ou para
responder às questões objetivas das avaliações (SILVA, 2003).

Silva (apud LIMA; LAGO, 2011) divide os benefícios da prática da leitura em duas
dimensões: a da linguagem e a social. Na dimensão da linguagem o autor defende que o uso
do texto literário promove aquisição de linguagem no acadêmico; desperta motivação, já que
o professor sai da rotina do livro didático; chama a atenção do acadêmico para outras culturas
e principalmente; mostra ao aluno novas formas de construção de sentido e construções
linguísticas presentes nesse tipo de texto. Ao trazer a prática da leitura, o professor deve
manter uma relação mútua com o educando: o livro, cultura e a própria realidade dos mesmos.
Contando e lendo a história, ele estabelece meios para que o discente possa trabalhar com a

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história à partir de seu subjetivismo, discutindo e trocando informações sobre a mesma,
emitindo opiniões sobre

2.4. Importância da leitura no trabalho científico

No mundo actual, já não sobressaem os países de grandes proporções ou com vastidão


territorial, possuidores de recursos naturais ou de imensas fontes de matérias-primas. Nem
sempre são os países mais bem sucedidos, porém destacam-se os dotados de conhecimento e
tecnologia.

Diante dessa realidade, parte-se do princípio de que um país em crescimento precisa


de pessoas que tenham acesso ao conhecimento, à informação e às tecnologias porque estão
presentes em todos os espaços e apresentam relevância para a otimização de fluxos de
informação e de processos.
A percepção de que a leitura e as tecnologias promovem alterações cognitivas data de épocas
passadas, como ratifica Levy (1993):

As novas tecnologias da informação, da mesma forma que a invenção da escrita por


volta de 3000 a C.e da imprensa por Gutemberg, no século XV, são tecnologias de
inteligência, no sentido de constituírem em novas ferramentas cognitivas, que trazem
possibilidades de raciocínio e de apreensão do conhecimento.
Corroborando com Levy, Kriegl enfatiza que:

Quando alguém lê algo, aplica determinado esquema alterando-o ou confirmando-o,


mas principalmente entendendo mensagens diferentes de seus esquemas cognitivos,
ou seja, as capacidades já internalizadas e o conhecimento de mundo de cada um são
diferentes. (KRIEGL, 2002)

O conhecimento de mundo, as multirreferências e a busca de informações de cada um


são realmente diferentes. As pessoas têm necessidades informacionais diversificadas, sendo
que a internalização dos conteúdos difere de uma pessoa para outra e, assim, o acesso de cada
um ao conhecimento é diferente.
O acesso ao conhecimento, em um mercado tão competitivo, não é igual para todos,
haja vista a clara divisão entre as organizações que sabem, que detêm o conhecimento e as
que não sabem; pessoas que têm acesso ao conhecimento e outras que não têm.

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Questiona-se continuamente soluções que possam modificar a realidade existente, de
modo que todos possam ter acesso ao conhecimento, através da leitura nos diversos suportes
impressos ou eletrônicos.

Em nossa sociedade, a leitura vem sendo foco de atenção de estudiosos e


pesquisadores uma vez que a pesquisa constitui-se uma via de acesso a novos conhecimentos
e, conseqüentemente, uma via de inclusão social.

Neste contexto, Almada e Blattmann destacam a atuação do profissional de


informação [...] Bibliotecário, que precisa inter (agir) para favorecer práticas de leitura de
diferentes fontes de informação, propiciar espaços de leitura e minimizar a exclusão social.

A leitura é um dos meios mais importantes para a consecução de novas aprendizagens;


possibilita a construção e o fortalecimento de idéias e ações. Interessante que estas novas
aprendizagens contemplam um situação que merece destaque, como afirma Kriegl (2002) é
que ninguém se torna leitor por um ato de obediência, ninguém nasce gostando de leitura. A
influência dos adultos como referência é bastante importante na medida em que são vistos
lendo ou escrevendo.

A assimilação de conhecimentos através de leituras possibilita uma melhor


compreensão dos novos paradigmas que se apresentam, pois consegue ver com novos olhares
as situações problemas que a cada dia vão se apresentando.

A leitura promove o desenvolvimento do raciocínio. Importante ressaltar também que


a leitura tem dois objetivos fundamentais: serve como meio eficaz para aprofundamento dos
estudos e aquisição de cultura geral. (KRIEGL, 2002)

O aprofundamento dos estudos nos remete para uma leitura reflexiva e investigativa.
Deve-se chamar a atenção para a proposição: ler se torna um exercício de alienação quando
não acompanha uma compreensão contextualizada (SANTOS JÚNIOR, 2008).

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A alienação toma uma dimensão maior quando além da não compreensão da
contextualização, percebe-se a falta do hábito de ler, um problema cultural conhecido, como
afirmam Santoro e Confuorto (2006):

A falta de hábito da leitura na escola tem como consequência outro indicador


lamentável que extrapola o universo escolar e assenta-se na sociedade: mais
de 70% da população no Brasil não lê jornais nem revistas e o restante, 30%
varia muito no grau de compreensão de texto, de acordo com notícias na
mídia, em geral

A leitura constitui-se em um dos factores decisivos do estudo e imprescindível em qualquer


tipo de investigação científica. Favorece a obtenção de informações já existentes, poupando o
trabalho de pesquisa de campo ou experimental. (MARCONI e LAKATOS, 2006)

A relação da leitura com a pesquisa está na abertura de um caminho para o mundo do


conhecimento.

Logo, observa-se que a leitura como instrumento proporciona melhoria da condição


social e humana, permite uma visão mais crítica para a elaboração do texto que problematiza
leitura e pesquisa de significativa importância para a produção do conhecimento. A leitura
possibilita o acesso à informação e ao conhecimento.

Os resultados evidenciam a importância da leitura para o acesso ao conhecimento. A


leitura propicia modificações substanciais na forma de pensar e de agir das pessoas, a fim de
que estas possam, de forma consciente, intervir no processo de construção e de reconstrução
do conhecimento nos diversos aspectos político, econômico, social e cultural.

Logo, tem-se a percepção e a constatação de que a leitura para a pesquisa:

 possibilita o acesso ao conhecimento;


 promove uma melhoria da aprendizagem;
 o bibliotecário, neste contexto, tem o papel de mediação das fontes de informação;
 é uma via de inclusão social;
 promove a ampliação da produção cultural da humanidade.

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2.5. Importância das Leituras Prévias no Desenvolvimento Acadêmico

O conhecimento é inerente ao ser humano, portanto, sempre existiu. "Nos últimos anos o
conhecimento vem se consolidando como fator de extrema relevância (...), os estudos sobre o
tema são crescentes e significativos" (Girardi, 2009, p.64). Com a globalização e o crescente
acesso a informação, aumenta-se também a disponibilidade e acessibilidade ao conhecimento,
o que possibilitou o surgimento da sociedade do conhecimento, que constitui em um universo
de amplas possibilidades, que é a capacidade humana (SABBAG, 2007).

Segundo Santos et al (2009, p.12), "O conhecimento se transformou em um elemento


fundamental da dinâmica da nova ordem mundial: conhecimento e informação são,
hodiernamente, recursos estratégicos e os agentes transformadores da sociedade". Sendo o
conhecimento uma reunião de informações, que por sua vez são constituídas por dados,
portanto, torna-se relevante diferenciar dado, informação e conhecimento, conceituando esses
elementos e estabelecendo suas ligações, o que é demonstrado pelo quadro 1, a seguir.

Quanto ao conhecimento humano, Nonaka e Takeuchi (1997) propõem duas modalidades


deste: conhecimento explícito e conhecimento tácito. O conhecimento explícito "refere-se ao
conhecimento transmissível em linguagem formal e sistemática" (Nonaka & Takeuchi, 1997,
p.65), já o conhecimento tácito "é pessoal, específico ao contexto e, assim, difícil de ser

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formulado e comunicado" (Nonaka & Takeuchi, 1997, p.65), ele é subjetivo e intuitivo e leva
em conta aspectos pessoais como experiências, emoções, valores e ideais.

De acordo com esta abordagem, pode-se dizer que as formas de gerar conhecimento estão em
constante mutação e oferecem recursos ilimitados, pois a capacidade criativa do ser humano é
infinita (SVEIBY, 1998).

Uma das formas básicas de transmissão de conhecimento é por meio do ensino. As técnicas
de ensino são configuradas pela didática, que orienta a ação do professor para estimular e
dirigir o processo de aprendizagem e educação do aluno. Ela é um instrumento fundamental,
pois o ensino é um fenômeno complexo e ela possui função de facilitar a compreensão de
como o ensino ocorre (SANTOS ET AL., 2009).

Segundo Santos et al. (2009), a didática relaciona o planejamento, a orientação e o controle


do processo de ensino-aprendizagem, e o professor deve trabalhar em cima desses fatores,
atuando como motivador, "para tanto, o docente deve recorrer a métodos, técnicas e
procedimentos de ensino no intento de criar uma situação favorável a aprendizagem" (p.24).

Pode-se considerar que uma das formas de efetivar a aprendizagem é através das leituras, que
de suas variadas formas e fontes, são relevantes para capacitar as pessoas a fazerem
interpretações, analisar dados e fatos, fazer questionamentos e criar sua própria visão do
mundo, sendo parte influente na construção da personalidade e das opiniões próprias de cada
um, "no sentido de desenvolver e vivenciar a sua cidadania, mediante a interação reflexiva e
crítica com o seu meio social" (Assis & Teixeira, 2009, p.48). Aprendizagem engloba
processos de conhecer e "o conhecimento é produzido em resposta a perguntas. E o novo (sic)
conhecimento resulta da formulação de novas perguntas." (Postman & Weingartner, 1971, p.
45) Para incitar o questionamento dos alunos se faz necessário, portanto, um bom método de
ensino-aprendizagem, o que inclui reforçar a importância da leituras prévias dos textos, que
quando feitas capacita os alunos a chegar às aulas com dúvidas já formuladas para serem
esclarecidas e, assim, conhecer e aprender algo novo, bem como deixá-los entusiasmados com
o assunto da aula ou aptos a fazer críticas construtivas, o que também se caracteriza como um
desempenho acadêmico.

Soma-se a essas ideias que as leituras têm influência na obtenção de bons resultados durante a
vida acadêmica, "enfocando o modo como as argumentações levam os alunos à reflexão,
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favorecendo a construção de significados e a transformação de suas perspectivas iniciais"
(ASSIS & TEIXEIRA, 2009, p.48).

Segundo Freire (1981, p.8), os textos indicados pelos professores têm como objetivo "atender
e despertar o desejo de aprofundar conhecimentos" naqueles a quem foram propostos. Além
disso, o autor postula que se um texto não é capaz de desafiar o leitor então a intenção deste
terá sido frustrada. Ao sugerir um texto o professor "deve saber o que está sugerindo e por que
o faz. Quem o recebe, por sua vez, deve ter nele, não uma prescrição dogmática de leituras,
mas um desafio" (Freire, 1981 p.8). Por desafio, o autor entende não uma leitura superficial e
mecânica, onde se busca memorizar passivamente as afirmações do autor, mas um estudo
profundo, o que considera difícil, pois exige da pessoa uma postura crítica, sistemática, além
de requerer prática.

Durante a etapa da vida dos indivíduos que compreende a vida universitária, torna-se ainda
mais fundamental o hábito constante da leitura. Segundo Santos (1997, apud Munhoz, 2004,
p.74) "o ensino superior é última oportunidade formal de ensino que pode garantir a
remediação e o desenvolvimento do hábito de leitura e de compreensão de textos, processos
indispensáveis para a atuação profissional". Para Mercer (1987, apud Assis & Teixeira, 2009,
p.49) a educação "é um processo discursivo sócio-histórico no qual os resultados, do ponto de
vista da aprendizagem, são determinados conjuntamente pelos esforços de professores e
alunos", já que no decorrer do processo de graduação, boa parte do que será desenvolvido está
relacionado a leituras de textos previamente indicados pelos professores, que usarão estes para
ministrar suas aulas, bem como de leituras feitas à parte para complementar os estudos.
Segundo Freire (1981, p.9), "o estudo sério de um livro como de um artigo de revista implica
não somente numa penetração crítica em seu conteúdo básico, mas também numa
sensibilidade aguda, num estado de predisposição a busca".

Essas leituras são importantes, pois é através delas que os alunos entrarão em contato, muitas
vezes pela primeira vez, com assuntos relacionados ao curso escolhido. São essenciais, pois
são fonte de formação de conhecimentos, e onde "estudar é também e sobretudo, pensar a
prática e pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo" (Freire, 1981 p.9). Porém, para
que a leitura seja eficiente e resulte efetivamente em produção de novos saberes, o estudante
deve estar adaptado a este hábito, visto que quando isso não acontece a dificuldade de
compreensão dos textos torna-se grande (SANTOS, 2006).

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Além disso, é importante o posicionamento crítico do leitor para que a aula não seja apenas
uma exposição das ideias dos autores sem argumentação própria, refletindo somente numa
reprodução de conhecimento alheio, podendo-se concluir que "a compreensão do texto a ser
alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto"
(FREIRE, 1989, p.9).

Sendo que, segundo Freire (1981) numa visão crítica, o leitor vai além de uma leitura
mecânica que não busca a compreensão do conteúdo, e sim sua memorização, pois ao fazê-la
"o que estuda se sente desafiado pelo texto em sua totalidade e seu objetivo é apropriar-se de
sua significação profunda" (p.8).

Subentende-se ainda que, a universidade, mais que nas outras etapas de educação da vida de
um indivíduo, é capaz de desenvolver no sujeito a capacidade de criar esse posicionamento
crítico diante do que se é ensinado.

Santos (2006) sustenta ainda a ideia de que a leitura é essencial para que o estudante aprenda
e consiga formar novos conhecimentos a partir de outros já postulados. Isso se refletirá não só
no decorrer do curso, mas também na vida profissional, já que é necessário conhecimento
teórico para se pôr em prática. "O comportamento ético e crítico do leitor é fundamental em
uma leitura; discordar, porém, é fundamental no trabalho científico". (FILHO, 1998 apud
OLIVEIRA et al., 2006, p.2).

Porém, criticar não deve ser entendido, como aponta o autor, apenas como discordância, mas
também como uma forma de analisar o que foi escrito. Estudar um texto é além de tudo
"perceber o condicionamento histórico-sociológico do conhecimento. É buscar as relações
entre o conteúdo em estudo e outras dimensões afins do conhecimento" (FREIRE, 1981, p.9).

Segundo Almeida, Guisande e Miranda (2008), os resultados acadêmicos estão associados


tanto ao esforço do aluno como com o uso de métodos apropriados para o estudo, sendo que
"as bases de conhecimento surgem mais valorizadas na explicação do sucesso escolar"
(p.169), onde a avaliação do desempenho acadêmico já começa a ser observada a partir das
argumentações que o estudante faz dos textos indicados, demonstrando que tem conhecimento
adicional e capacidade de, além de expor as idéias principais, questioná-las, apresentar novas
sugestões, posicionar-se diante do lido, entre outros. Além disso, essa compreensão do que foi
lido demonstra o interesse e engajamento do indivíduo para com a disciplina cursada,
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questões avaliadas pelo professor. O estudo só é produtivo, como analisa Freire (1982, apud
Santos, 2006) quando criticado. Pinto (1986), em outros termos, também sustenta a criticidade
durante a leitura, nesse caso podendo ser entendida como o processo dialético, visto que este
requer atenção e elaboração de argumentos lógicos e próprios.

Outro aspecto que se refletirá importante no decorrer do curso acadêmico é que os textos lidos
na primeira fase, por exemplo, poderão ser considerados como conhecimentos prévios para
passar pelas fases a seguir. Ou seja, um texto que é novo hoje já não será amanhã, pois se terá
outro entendimento sobre ele. Esse entendimento vai servir de base para um bom desempenho
acadêmico nas próximas fases do curso. As fases estão inter-relacionadas e ler os textos
indicados em cada fase sustenta e complementa os textos a ser lidos no próximo semestre.

Santos (2006, p.81) também sustenta essa concepção, ao citar Kleiman (1989) que "considera
os conhecimentos que o aluno possui, denominando-os de conhecimentos prévios, como um
dos fatores essenciais para a compreensão de um texto", texto esse se referindo, neste caso,
aos textos da próxima fase.

Munhoz (2004) associa a habilidade de leitura ao desempenho acadêmico, afirmando que a


leitura é essencial para se efetuar a aprendizagem, pois como Freire (1989) nos esclarece
saber ler implica em saber aprender, já que "um texto para ser lido é um texto para ser
estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos
interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade" (Freire, 1989, p.33), estudar é
acima de tudo criar e recriar idéias, é assumir um diálogo com aquele que escreveu o texto.

Método

Para os fins a que se propõe este estudo, foi utilizada a pesquisa exploratória, descritiva, de
natureza quantitativa, com informações provenientes de fontes de dados primárias e
secundárias.

Quanto aos meios, pode ser considerada uma pesquisa exploratória, pois "busca o
levantamento bibliográfico sobre o tema" (Michel, 2009, p.40). Quanto aos fins, é uma
pesquisa descritiva, pois "tem o propósito de analisar, com a maior precisão possível, fatos ou
fenômenos em sua natureza e características, procurando observar, registrar e analisar suas
relações, conexões e interferências" (MICHEL, 2009, p.45).

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Quanto à natureza da pesquisa, pode ser considerada quantitativa, que, de acordo com Michel
(2009), permite quantificar a complexidade de determinado problema, tanto ao coletar
informações como no uso de técnicas estatísticas para determinar seus resultados, com
precisão.

Participantes

Este estudo teve como população os alunos do curso de Psicologia na Universidade Federal
de Santa Catarina. Sendo que a amostra foi composta de alunos da segunda fase deste curso,
totalizando uma quantidade de 31 alunos. Esta fase foi escolhida através de um processo de
amostragem não-aleatória, sendo considerada como representativa do curso.

Instrumentos

Como etapa inicial da pesquisa, os pesquisadores fizeram uma coleta de dados secundários, a
partir de uma análise de documentos e informações composta por artigos científicos e livros.

Já os dados primários foram coletados pela aplicação de um questionário com 18 perguntas


fechadas a serem avaliadas a partir de uma escala do tipo Likert que varia de 1 a 5 conforme o
posicionamento do participante do questionário em relação às determinadas questões. A
adoção desta escala se deve ao fato de que o questionário visa um grau de concordância
(APPOLINÁRIO, 2006).

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3. Considerações finais

O impacto das leituras prévias no desempenho acadêmico é um tema merecedor de


atenção nos estudos que envolvem a aprendizagem e o ensino universitário. Este tema,
abordado no presente estudo, fez com que se pudesse constatar a sua importância não só como
um modo de proporcionar a compreensão do assunto ensinado em aula, mas também como
um instrumento que efetiva uma melhora significativa em todo o desempenho acadêmico.

Em virtude da importância do ensino acadêmico e da gestão do conhecimento em


geral, objetivou-se verificar a manifestação deste impacto nos estudantes. Para responder tal
questionamento abordou-se, primeiramente uma revisão bibliográfica daquilo que já estava
disponível sobre o tema. Logo após, apresentou-se as técnicas empregadas para a coleta e
análise dos dados coletados entre os alunos da segunda fase do curso de Psicologia da
Universidade federal de Santa Catarina.

Verificou-se que se confirmam os pressupostos desta pesquisa, quando se concluiu que


a realização das leituras prévias efetiva: a participação na aula com questionamentos e
colocações, o entendimento do assunto abordado, a preparação para realizar as provas e
participar das aulas, o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos, contribuições com novas
informações, elaboração de ideias próprias, aquisição de novos conhecimentos, tudo isso se
refletindo em notas mais satisfatórias. Esses dados podem ser comprovados com a análise dos
dados apresentados.

Conclui-se que, a leitura permite uma visão mais crítica para a elaboração do texto que
problematiza leitura e pesquisa de significativa importância influenciando a produção do
conhecimento.

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4. Referências Bibliográficas

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