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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de educação a Distância- Cuamba

Planificação das aulas de Biologia

Código – 7

Curso: Ensino de Biologia

Cadeira: Didáctica de Biologia

Ano de frequência: 2o Ano

Cuamba, Junho de 2023


Instituto de Educação à Distância-Cuamba

Universidade Católica de Moçambique

Licenciatura em Ensino de Biologia

Planificação das aulas de Biologia

Código – 7082

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino
de Biologia para fins avaliativos orientado pelo
tutor: dr.

Cuamba, Junho de 2023


I. Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota do
Pontuação tutor Subtotal
máxima

 Capa 0.5

 Índice 0.5

 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização (Indicação
clara do problema) 1.0

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
objecto do trabalho 2.0

 Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita cuidada, 2.0
coerência / coesão textual)
Análise e  Revisão bibliográfica
discussão nacional e internacionais
relevantes na área de estudo 2.

 Exploração dos dados 2.0

 Contributos teóricos práticos


Conclusão 2.0

 Paginação, tipo e tamanho de


Aspectos letra, paragrafo, espaçamento 1.0
Formatação
gerais entre linhas
Normas APA 6ª 
edição em Rigor e coerência das
Referências
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução............................................................................................................................2

1.1. Objectivos:..................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral:........................................................................................................3

Objectivos específicos:............................................................................................................3

1.2. Metodologias................................................................................................................3

1.3. Estrutura do trabalho....................................................................................................3

2. Referencial Teórico........................................................................................................4

2.1. Planificação no PEA.....................................................................................................4

2.3. Importância da Planificação no PEA...........................................................................4

2.4. Etapas da Planificação do Ensino.................................................................................5

2.5. Níveis de Planificação do PEA....................................................................................6

2.6. Tipos de planificação...................................................................................................8

2.7. Componentes Básicos da Planificação no PEA.........................................................11

3. Plano de Aula.................................................................................................................12

4. Conclusão.......................................................................................................................17

5. Referencias Bibliografia................................................................................................18
1. Introdução

O Processo de Ensino e Aprendizagem é um fenómeno pelo qual todo o Homem passa no seu
quotidiano. Sendo a aprendizagem um processo contínuo e sem limites, este, tem sido um
grande motor no que tange ao desenvolvimento humano. O desenvolvimento humano é um
factor dinamizador para o bem estar de toda a sociedade no mundo em que vivemos.

Para tal, é preciso que haja a transferência de conhecimento de um ser para o outro, esta
transferência de conhecimentos, merece o conhecimento de algumas balizas que ditam certas
regras para que haja um padrão mentor dessa transmissão.

Didáctica investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do


ensino. A ela cabe converter os objectivos sócio políticos e pedagógicos em objectivos de
ensino, seleccionar conteúdos e métodos em função desses objectivos, estabelecer os vínculos
entre o ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais
dos alunos. E se definimos a acção educativa pelo seu carácter intencional, também a acção
docente se caracteriza como direcção consciente e intencional do ensino, tendo em vista a
instrução e educação dos indivíduos, capacitando-os para o domínio de instrumentos
cognitivos e operativos de assimilação da experiência social e culturalmente organizada.
Nivagara( p.19, cit. Libaneo 1994, pp. 25/6).

É nesta linha de pensamento que o presente trabalho visa abordar, aspectos relacionados com
a Didáctica de ensino de Biologia no sentido a ter directrizes, que se enquadrem com as várias
situações de ensino que o mundo oferece.

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1.1. Objectivos:
E para a concretização deste estudo, foram desenhados os seguintes objectivos:

1.1.1. Objectivo geral:


 Conhecer os processos de planificação de uma aula

Objectivos específicos:
 Definir a planificação
 Descrever a importância da planificação
 Identificar os tipos de plano
 Mencionar os elementos de um plano de aula
 Demonstrar um plano de aula

1.2. Metodologias

Segundo Bruyne (1991), a metodologia é a lógica dos procedimentos científicos em sua


gênese e em seu desenvolvimento, não se reduz, portanto, a uma “metrologia” ou tecnologia
da medida dos fatos científicos.A pesquisa bibliográfica é aquela que se “desenvolve tentando
explicar um problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias publicadas
em livros ou obras congêneres” ( Artur cit.,Köche: 1997, p.122).

E para Gil (2006). Pesquisa bibliográfica é aquela que é desenvolvida a partir do material já
elaborado, constituído principalmente livros e artigos científicos conduta e correcta e não
prejudica outras pessoas.

Para e efectivação deste trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica que consistiu na recolha e
compilação de informação de vários autores referente ao tema em destaque.

1.3. Estrutura do trabalho

Em termos estruturais, o trabalho, está estruturado em capítulos, e composto por uma página
introdutória, desenvolvimento, conclusão, e as referências bibliográficas.

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2. Referencial Teórico
Parte I

2.1. Planificação no PEA

Segundo Nivagara planificaçãoé a previsão mais objectiva possível de todas as actividades


escolares para a efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz o aluno a
alcançar os objectivos previstos (p.226).

Para De Araújo planificação da aula é a sistematização de todas as actividades que se


desenvolvem no período de tempo em que o professor e aluno interagem numa dinâmica de
ensino e aprendizagem (p.87).

De acordo com LIBÂNEO (2008, p.221), planificação é uma tarefa docente que inclui
previsões das actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos
objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. Na
outra vertente, considera-se a planificação como um meio para se programar as acções
docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.
(NIVAGARA, s/d, p.218).

2.3. Importância da Planificação no PEA

Compreende-se que devemos planear não uma aula, mas um conjunto de aulas, visto que:

• Na preparação de aulas, o professor deve reler os objectivos gerais da matéria e a sequência


de conteúdos do plano de ensino. Não deve esquecer que cada tópico novo é uma
continuidade do anterior: é necessário, assim, considerar o nível de preparação inicial dos
alunos para a matéria nova.

• O professor deve tomar o tópico de unidade a ser desenvolvido e desdobra-lo numa


sequência lógica, na forma de conceitos, problemas, ideias. Trata-se de organizar um conjunto
de noções básicas em torno de uma ideia central, formando um significado que possibilite ao
aluno uma percepção clara e coordenada do assunto em questão. E ao mesmo tempo que são
listadas noções, conceitos, ideias e problemas, é feita a previsão do tempo necessário.

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Em relação a cada tópico, o professor redigirá um ou mais objectivos específicos, tendo em
conta os resultados esperados da assimilação de conhecimentos e habilidades. A previsão do
tempo, nesta fase, ainda não é definitiva, pois poderá ser alterada no momento de detalhar o
desenvolvimento metodológico.

• É importante que o professor tenha sempre presente uma visão de conjunto e da inter relação
dos seus elementos constituintes, de modo a que cada situação de ensino e aprendizagem, que
propõe, constitua uma peça de um todo. Esta peça vai permitir que a acção educativa se
complete em resultado de uma dialéctica constante entre aquilo que é preconizado no plano a
longo prazo para os alunos de forma mais geral e o que é mais adequado para aqueles alunos
naquele momento. (NIVAGARA, pp.232-233).

Para De Araújo A planificação constitui uma peça fundamental porque:

 Evita a rotina e a improvisão;


 Contribui para a realização dos objectivos visados;
 Promove a eficiência do ensino;
 Garante maior segurança na direcção do ensino;
 Garante economia de tempo e energia (DE ALMEIDA p. 87, cit, em Piletti 2004,
p.75).

Ainda Nivagara (s/d) enfatiza que:

 Com a planificação o professor determina os objectivos a alcançar ao término do PEA,


os conteúdos a serem aprendidos, as actividades a serem realizadas pelo professor e
aluno e a distribuição do tempo; ou seja,

 Permite visualizar previamente a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em dia
lectivo;

 Promove a eficiência do ensino;

 Garante maior segurança na direcção do ensino. (NIVAGARA, s/d, p.219).

2.4. Etapas da Planificação do Ensino.

Segundo PILLETI (2004, p. 63), a actividade de planificação no PEA, obedece quatro etapas,
nomeadamente:

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 Conhecimento da realidade – consiste na sondagem ou busca de dados, o que
permite saber quais as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos
alunos e do ambiente em que o aluno está inserido. Para facilitar a compreensão desta
etapa, propõe-se que se observe o esquema a baixo apresentado.
Elaboração do plano – a partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo
diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é possível alcançar, como fazer para
alcançar o que julgamos possível e como avaliar os resultados.

 Execução do plano – consiste no desenvolvimento das actividades previstas. Na


execução, sempre haverá um elemento não plenamente previsto, às vezes a reacção
dos alunos ou as circunstâncias do ambiente exigirão adaptações e alterações na
planificação, pois uma das características de uma boa planificação deve ser a
flexibilidade.

 Avaliação e aperfeiçoamento do plano – depois da execução do que foi planificado,


passam a avaliar o próprio plano com vista a replanificação. Para além de avaliar os
resultados do ensino - aprendizagem, procuramos avaliar a qualidade do nosso plano,
a nossa eficiência como professores e a eficiência do sistema escolar.

2.5. Níveis de Planificação do PEA

Na perspectiva de NIVAGARA (s/d, p.232), a planificação do PEA realiza-se em dois níveis


fundamentais: nível central e nível de planificação pelo professor, passando por um nível
intermediário, o da planificação pela escola. No entanto, Libâneo define a planificação tendo
em conta os três níveis: Macro, Meso e Micro planificação. Os dois autores estabelecem uma
relação entre si na medida em que Nivagara aglutina no nível central a planificação a longo e
médio prazo, mantendo o nível do professor a que Libâneo apelidou de planificação a curto
prazo.

2.5.1. Nível Central


Neste nível faz-se a planificação curricular a nível da nação que abrange a todos os níveis e
graus de ensino-aprendizagem e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saída do
nível, grau, curso, disciplina, ano, a partir do qual se faz:
 A definição dos objectivos gerais, conteúdos e métodos;

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 A distribuição destes pelos anos, semestres ou trimestre e pelas unidades do PEA;

 Elaboração dos programas detalhados por disciplina.

Com base nos programas detalhados elabora-se o livro dos alunos, o manual do professor e
outros meios de ensino-aprendizagem.

2.5.2. Nível do Professor

A planificação do professor começa juntamente com os outros colegas, com a elaboração do


plano anual da disciplina (Dosificação), na qual o grupo de disciplina ou de classe faz a
distribuição das unidades do ensino, e além de outras que merecem destaque na planificação
anual ou semestral. Em seguida o professor individualmente ou em grupo elabora o seu plano
de aula, ou seja, a previsão do desenvolvimento de conteúdos para uma aula ou um conjunto
de aulas, tendo em conta um carácter bastante específicos em termo de temas (conteúdo),
métodos e técnicas de ensino, objectivos e meios; isto é, das condições concretas que se
realiza o ensino-aprendizagem. Ao iniciar um ano lectivo é importante perspectivar o PEA a
desenvolver ao longo do ano. Para isso, antes das aulas a primeira preocupação do professor,
deve consistir em delimitar globalmente acção a ser aprendida ao longo de todo o ano escolar,
isto é, elaborar a planificação a longo prazo. No desenrolar do ano lectivo é necessário
elaborar plano a médio prazo e a curto prazo.

2.5.3. Longo Prazo (Macro -Planificação)


A planificação a longo prazo engloba os seguintes aspectos: reunir documentos, tais como
programas de ensino, planificação do ano anterior e livros; Marcar as férias, feriados e
momento de reuniões intercalares; Calcular o número de aulas disponíveis ao longo do ano;
Analisar cuidadosamente os textos do programa; Organizar e ordenar conteúdos em blocos
unidades de ensino de modo que cada bloco constitua um todo coerente de aprendizagem a
realizar, definindo os objectivos gerais que deverão ser alcançados; Distribuir o tempo
disponível pelas diversas unidades temáticas.

2.5.4. Médio Prazo (Meso-Planificação)


A planificação a médio prazo consiste em planificar uma unidade de ensino, percorrendo os
seguintes aspectos:

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 Identificação e ordenação dos conteúdos;

 Definição dos objectivos correspondentes aos conteúdos;

 Identificação dos pré-requisitos necessários a aprendizagem a desenvolver e de novos


conceitos;

 Definição das estratégias a implementar mais adequadas à situação pedagógica e aos


objectivos a atingir, Identificação dos materiais e dos recursos físicos e humanos
existentes;

 Definição dos modos ou técnicas de avaliação;

 Distribuição das aulas pelos diferentes conteúdos.

2.5.5. Curto Prazo (Micro-Planificação)


Planificação a curto prazo consiste na planificação de cada aula, onde se define todos os
pormenores essenciais à sua docência tais como:
 Sumário;

 Novos conceitos a serem leccionados;

 Objectivos que os alunos deverão atingir;

 Estratégias;

 Materiais necessários a aula;

 Linguagem específica a utilizar.

2.6. Tipos de planificação

Segundo Da Fonseca e Da Fonseca (2016) existem dois tipos de planificação nomeadamente:


A planificacao do sistema educacional, planificação curricular e planificação didáctica.

Planificacao do sistema educacional em nível nacional, estadual ou municipal, vem refletindo


a política de educação adotada. Ele deve ser executado por toda a equipe da instituição de
ensino, abarcando a tomada de decisões no que diz respeito aos objetivos a serem alcançados

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e a previsão de ações desenvolvidas pela escola. Está relacionado à previsão por todos aqueles
que participam do processo pedagógico da escola.

A planificação curricular integra o desenvolvimento dos conteúdos programáticos, previstos


nos diversos componentes curriculares a serem desenvolvidos ao longo do curso.

A planificação didáctica envolve especificação e a operacionalização do plano curricular e


prevê as ações que o professor irá realizar tendo em vista atingir os objetivos educacionais
estabelecidos,envolve a organização das atividades dos estudantes e as suas experiências de
aprendizagem (pp. 55-56).

Para De Almeida A planificação do processo e ensino- aprendizagem se realiza em dois niveis


fundamentais: central e do professor, passando por um nível intermediario, o da planificação
pela escola

A nivel central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e graus de ensino-
aprendizagem (a nível da nação) e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saida do
nível/grau, curso, disciplina, ano, etc a partir do qual se faz:

 A definição dos objectivos, conteúdos e métodos gerais


 A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc) e
 pelas unidades do PEA.
 A elaboração dos programas detalhadas por disciplina
 Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual do
professor e outros meios de ensino-aprendizagem (pp 89-90).

Planificação do professor começa, juntamente com outros colegas, com a elaboração do plano
anual da disciplina, geralmente denominada “ “dosificação “, na qual o grupo de disciplina faz
a distribuição das unidades de ensino em semanas, prevendo momentos de aula, da
avaliações, para além doutras que mereçam destaque na planificação anual ou semestral. E, a
seguir a isso, o professor individualmente (principalmente) ou em grupo faz plano de aula (s),
ou seja, a previsão do desenvolvimento do conteúdo para aula ou conjunto de aulas, tendo em
conta um carácter bastante específico em termos do tema (conteúdo), métodos e técnicas de
ensino, objectivos, meios, isto é, das condições concretas em que se realizará o ensino-
aprendizagem.

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São os professores que organizam o processo de ensino-aprendizagem. Ou seja, é aos
professores que cabe a responsabilidade de organizar a sua própria actividade, que se inicia
com a planificação, seguindo-se a implementação do processo e a respectiva avaliação do
currículo. Dada a sua especificidade, a actividade docente implica a elaboração de vários tipos
de planificação:

1.Planificação anual  [também dita «a longo prazo»] – são os planos para todo o ano lectivo;

2.Planificação de unidade (também dita de médio prazo  –  são os planos que individualizam


as unidades programáticas: conjunto de temas organizados em torno de uma ideia central; e

3.Planificação de Aula ou núcleos de aulas [também conhecida por planos a


«curtoprazo»] – são planos mais específicos, e estão directamente relacionados com a aula em
si, são, por isso, guias fundamentais para orientação e condução das lições.

As formas dos planos [anual, de unidade e de aula] podem ser tantas quantas os docentes
queiram. Têm apenas de ser operacionais para serem úteis.

 Não existe um modelo perfeito de plano. O que há são planos mais ou menos práticos, mais
ou menos eficazes e esclarecedores. No entanto, uma exigência, por mínima que seja, deve
ser assinalada: um plano deverá ser fruto de um trabalho baseado nas experiências pessoais ou
“pessoalizadas”, e está sempre relacionado com os programas e com o currículo.

 Para tanto,  o docente terá presente que as diversas disciplinas de um currículo são


perspectivadas tendo em conta um eixo vertical que interliga os vários níveis de ensino de um
mesmo ciclo de estudos, e um eixo horizontal em que se articulam as diversas disciplinas do
mesmo nível de aprendizagem. Assim, no início do ano lectivo, os docentes, de cada grupo
disciplinar, analisarão o seu Programa com o objectivo de:

 determinar os pré-requisitos, que devem estar assimilados, necessários ao início


doestudo do Programa;
 examinar o conteúdo deste e identificar o que é mais significativo;
 decidir que objectivos mínimos essenciais deverão os alunos alcançar;
 determinar quais os objectivos de desenvolvimento a integrar na planificação;
 observar se o Programa tem pontos de contacto com outros Programas do
currículoanual, a fim de potenciar esses pontos numa perspectiva interdisciplinar.

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 A análise de todos estas observações, seguida de reflexão, permitir-nos-á concluir que,
aquando da planificação das actividades lectivas, os docentes não poderão deixar de
considerar os elementos que a seguir indicamos, cujo desconhecimento seria o primeiro passo
para o desânimo da prática lectiva:

1.As orientações globais do Programa.

 2.As indicações metodológicas, quando indicadas [desde que não colidam com a nossa forma
de ser professor, uma vez que a planificação deverá ter a marca pessoal do docente].

 3.As finalidades da disciplina.

 4.Os objectivos gerais e específicos.

 5.Os temas organizadores das unidades temáticas.

 6.Os conteúdos que constituem os temas organizadores.

 7.Os tempos lectivos que o programa prevê e os realmente disponíveis

2.7. Componentes Básicos da Planificação no PEA

Na planificação do PEA deve se observar os seguintes componentes:


 Objectivos – consistem em descrição clara do que se pretende alcançar, como
resultado da nossa actividade;

 Conteúdos – constituem a base objectiva da instrução-conhecimento sistematizado e


habilidades. Os conteúdos vêm indicados em linhas gerais, pelos programas de ensino.

 Procedimento de ensino – trata-se de acções, processos ou comportamentos


planeados pelo professor para colocar o aluno em contacto directo com as coisas,
factos e fenómenos que possibilitem modificar a sua conduta, em função dos
objectivos previstos;

 Recursos de ensino são materiais que são usados – para facilitar a aprendizagem;

 Avaliação – é um componente essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na


determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos
definidos.

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2.8. Programação do PEA
Programar – é uma acção que visa organizar as actividades curriculares e extra-curriculares
ou ainda. Numa escola em que existe uma equipe de professores e um certo número de turma
de várias disciplinas e anos lectivos, é certamente necessário efectuar uma programação, que
começa com a inscrição dos alunos, com a constituição das turmas mediante critérios
previamente definidos e com a elaboração dos horários de alunos e professores.
A exigência de programas de ensino oficiais, que tem de ser obrigatoriamente comprido exige
uma programação prévia que consiste em saber:

Por onde começar;

 Número de aulas necessárias para cada assunto;

 Definição de prioridades;

 Actividade extra curricular.

Um dos aspectos mas importantes da programação é contabilizar o número de aulas


efectivamente disponíveis em cada período escolar, descontando feriados e interrupções de
aulas e avaliações. A confrontação deste número de aulas com aquelas que são consideradas
necessárias para cada assunto, leva à definição de prioridades.

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Parte II

3. Plano de Aula
Escola Secundária Samora Moisés Machel de Mandimba

9ª Classe, Turma A T1, Curso do diurno;


Data: 05/06/2023
Número de lições: uma lição;
Disciplina: Biologia
Nome da professora: Arlety
Duração da aula: 60';
Tipo de aula: inicial;
Unidade temática: Sistema Digestivo;
Tema da aula: Fisiologia da digestao
Objectivos específicos:
 Definir o conceito de digestão;
 Identificar as funções do sistema digestivo;
 Descrever os tipos de digestão;
 Mencionar Os órgãos digestórios.

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Tempo Funções Conteúdos Actividades Métodos Meios Observação
didácticas didácticos didácticos
Professora Alunos
5’ Introdução e Marcação de Faz o controlo de Presta atenção ao Elaboração Livro de turma Os objectivos
motivação presenças e revisão presenças e revê a controlo de conjunta foram
da aula anterior aula anterior presenças e revê a alcançados
aula anterior.

30’ Mediação e A fisiologia de Passa o tema no Copiam o tema Elaboração Quadro, giz e Os objectivos
assimilação gestão quadro. Explica a para os cadernos; conjunta e apagador foram
matéria, dita o fazem-se a aula; expositiva atingidos
apontamento passam o
apontamento
20’ Domínio e Exercícios de Passa os exercícios no Resolvem os Elaboração Giz, apagador Os objectivos
consolidação aplicação quadro; orienta a exercícios nos conjunta e quadro foram
resolução de cadernos atingidos
exercícios
5’ Controlo e Correcção de Controla a correcção Fazem a correcção Elaboração Giz, apagador Os objectivos
avaliação exercícios e dos exercícios no no quadro; copiam conjunta e e quadro foram
marcação do TPC quadro; passa o T. P. o T.P.C para os expositiva atingidos
C no quadro cadernos

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Quadro Mural
Tema: Fisiologia da digestão

Digestão

A digestão é o conjunto de transformações físicas e químicas sofridas pelos alimentos para serem absorvidos pelo organismo. Esse processo
inicia-se na boca e termina no ânus.

A digestão é um processo de transformação física e química pelo qual passam os alimentos para poderem, assim, ser absorvidos pelo organismo.
Existem três tipos de digestão:

Intracelular: processo que ocorre no interior da célula por meio dos lisossomos. Exemplos de organismos que apresentam digestão intracelular
são os protozoários.

Extracelular: ocorre no interior do tubo digestório do animal. Esse tipo de digestão é feita por grande parte dos animais, inclusive pela espécie
humana.

Extracorpórea: esse processo de digestão ocorre fora do corpo do animal, que lança suas enzimas sobre o alimento e, após a digestão
extracorpórea, absorve os nutrientes. As aranhas são um exemplo de organismo que faz esse tipo de digestão.

Fisiologia do Sistema Digestivo

O sistema digestivo, ou digestório, é um canal que distende da cavidade bucal ao ânus, podendo ser chamado também de trato gastrintestinal. Os
órgãos que fazem parte do trato digestório incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.

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Existem outros órgãos que fazem parte do sistema digestório mas que nunca entram em contato com o alimento. Os  órgãos digestórios
acessórios auxiliam na digestão através da produção ou armazenamento de secreções que passam para o trato gastrintestinal. São eles:  a língua,
as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas.

Funções do Sistema Digestivo

 Absorção de nutrientes obtidos na digestão de alimentos que asseguram a manutenção dos processos vitais do organismo;
 Transformação das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc) em moléculas de tamanhos e formas apropriados
para serem absorvidas;
 Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais através dos capilares sanguíneos presentes na mucosa do intestino;
 Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos em conjunto com restos de células descamadas do trato gastro
intestinal e substâncias secretadas na luz do intestino.

Exercícios
1) O que é digestão?
2) Quais são os órgãos que fazem parte da digestão?

Correcção de exercícios
1) O que é digestão?
Resposta: A digestão é um processo de transformação física e química pelo qual passam os alimentos para poderem, assim, ser absorvidos pelo
organismo.

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2) Quais são os órgãos que fazem parte da digestão?
Resposta: Os órgãos digestórios acessórios auxiliam na digestão através da produção ou armazenamento de secreções que passam para o trato
gastrintestinal. São eles: a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas.

T.P.C
1) Identifica as funções do sistema digestorio.

Correcção do T.P.C
1) Identifica as funções do sistema digestorio.
Resposta: as funções do sistema digestivo são:

 Absorção de nutrientes obtidos na digestão de alimentos que asseguram a manutenção dos processos vitais do organismo;
 Transformação das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc) em moléculas de tamanhos e formas apropriados
para serem absorvidas;
 Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais através dos capilares sanguíneos presentes na mucosa do intestino;
 Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos em conjunto com restos de células descamadas do trato gastro
intestinal e substâncias secretadas na luz do intestino.

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4. Conclusão

Conclui-se que planificação é a previsão mais objectiva possível de todas as


actividades escolares para a efectivação do processo de ensino e aprendizagem que
conduz o aluno a alcançar os objectivos previstos, ou seja, éa sistematização de todas as
actividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e aluno
interagem numa dinâmica de ensino e aprendizagem.

Quanto a sua importância, referir que, a planificação desempenha um papel


preponderante na medida em que, faz uma previsão de tudo que possa recorrer na sala
de aulas. A planificação constitui um guião facilitador de modo a alcançar os objectivos
previstos para uma certa aula.

A planificação pode ser do nível central, curricular e local. Na planificação local


quem executa a tal actividade é o professor de acordo com o plano curricular. Ao
planificar existem itens importantes que em hipótese nenhuma devem ficar de fora tais
como: Nome da instituição onde o professor lecciona, data, unidade temática, classe
tempo material didáctico entre outros elementos.

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5. Referencias Bibliografia

Artur, S, D., (s.d). Metodologias de Investigação Científica I. s.ed. Beira Moçambique.

Bruyne, P et al. (1991). Os pólos das práticas metodológicas. 5ed. Rio de Janeiro,
Brasil.

Da Fonseca, J, J, S,. & Da Fonseca, S,. (2016). Didáctica Geral (1 Ed.). Sobral

De Araújo, E, A, L,. Didáctica Geral, Maputo, Moçambique.

Libâneo, J, C ( 2006). Didáctica. São Paulo, Brasil: Cortez editora

Jemuce, L,. Didáctica d Geografia I, Beira, Moçambique

Nivagara, D,. Didáctica Geral: Aprender a Ensinar. Maputo, Moçambique.

Nhambire, E, E,. (2008). Geografia 8 classe, Maputo, Moçambique: Texto Editora.

Piletti, C. (2008).Didáctica Geral, (23 Ed). São Paulo Brasil:Ática Editora.

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