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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema:

A Importância de Práticas Pedagógicas II como instrumento de Aprendizagem.

Estudante:
Código:

Disciplina: Práticas Pedagógicas II


Ano de frequência: 2º

Cuamba, Junho de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Tema:

A Importância de Práticas Pedagógicas II como instrumento de aprendizagem.

Estudante:

Código:

Trabalho de investigação da cadeira de Práticas


Pedagógicas II a ser apresentado na Universidade
Católica de Moçambique Cuamba, de carácter
avaliativo. Orientado pelo Tutor:

Cuamba, Junho de 2023


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Classificação
Categoria Indicador Padrões Pontuação Nota do
Sub total
Máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
Organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (indicação
1.0
clara do problema)
Introdução  Descrição do objectivo 1.0
 Metodologia adequada ao
2.0
objectivo do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo 2.0
(Expressão escrita cuidada,
Análises e coerência /coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante nas áreas de estudo
 Exploração de dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0
 Paginação, tipo e tamanho de
Aspectos
Formatação letra, paragrafa, espaçamento 1.0
gerais
entre linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das citações
Referências edições em /referências bibliografia
4.0
Bibliográficas citação e
bibliográfica
Índice
Introdução...................................................................................................................................5

Metodologia................................................................................................................................5

Fundamentação Teórica..............................................................................................................6

Conceito de práticas pedagógicas...............................................................................................6

Documentos Normativos da Instituição......................................................................................8

Organização do ambiente escolar e relacionar com o processo de ensino aprendizagem..........9

As funcionalidades dos ambientes escolares............................................................................10

Espaços multifuncionais...........................................................................................................10

Integração social.......................................................................................................................10

Factores que colaboram com o bem-estar no ambiente escolar................................................10

Conforto acústico......................................................................................................................11

Importância das praticas pedagógicas II e suas respectivas formas de avaliação.....................11

Actividades do professor na sala de aula..................................................................................12

Conceito de Supervisão Pedagógica.........................................................................................12

Conclusão..................................................................................................................................15

Referências Bibliográficas........................................................................................................16
Introdução
As práticas pedagógicas são actividades planejadas que o cursista realiza com seus alunos,
como projectos de pesquisa, visitas técnicas, leccionação de algumas aulas, construção de
blogues, dentre outras. As práticas pedagógicas correspondem à parte prática do curso e que
visam desenvolver a capacidade reflexiva do professor sobre o exercício profissional da
docência.
Para isso, o cursista deve relatar e analisar cada prática, procurando extrair dela uma
aprendizagem que o leve a construir novas e melhores formas de ensinar os seus alunos
preparando os para a vida futura.
Esta pesquisa da cadeira de práticas pedagógica tem como objectivo geral compreender as
práticas pedagógicas II como instrumento de Aprendizagem. A mesma tem como objectivos
específicos os seguintes:
Descrever a organização do ambiente escolar e relacionar com o processo de ensino
aprendizagem;
Descrever a importância das práticas pedagógicas II e suas respectivas formas de
avaliação;
Identificar os documentos normativos da escola;
Descrever as actividades desenvolvidas por docente na sala de aula;
Definir a supervisão pedagógica de acordo com diversos autores;
Descrever as formas de supervisão pedagógicas.

Metodologia
A metodologia de pesquisa segundo Minayo (2003, p. 16-18) é o caminho do pensamento a
ser seguido. Ela ocupa um lugar central na teoria e trata-se basicamente do conjunto de
técnicas e estratégias a serem adoptadas para construir uma determinada realidade científica.
Portanto, com vista a alcançar os objectivos previamente traçados para a concretização do
presente trabalho académico, o autor empregou várias metodologias e métodos de pesquisa
tais com maior destaque para a metodologia de revisão bibliográfica.

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Fundamentação Teórica

Conceito de práticas pedagógicas


As práticas pedagógicas, em seu sentido de praxis, configuram-se sempre como uma acção
consciente e participativa, que emerge da multidimensionalidade que cerca o acto educativo.
Pacheco & Flores (1999) entende:
A prática pedagógica é a componente que engloba tanto a sensibilização para
o contexto escolar e a realização de experiencias como a leccionação em
turmas simuladas e reais, ou seja, o desenvolvimento progressivo das
competências docentes e integra no exercício da prática pedagógica. Portanto,
são uma aproximação profissional e representam por isso, uma situação para
responder a pratica real do ensino (p.103).

Nesta perspectiva, as práticas pedagógicas assumem um lugar extremamente importante no


processo de formação de professores visto que proporcionam uma aproximação e integração
dos professores em conteúdos reais vividos nas escolas, bem como na aquisição de saberes
teóricos e práticos, traduzidos em habilidades e competências para ensinar, dai, a necessidade
da planificação eficaz destas actividades, de modo a assegurar a formação continua dos
professores.
Altet (2000) comenta:
Se o professor não der uma instrução clara, não fornecer indicações
suficientemente explicitas e ficar nos pressupostos conhecidos ou na alusão,
ou ate mesmo no implícito, procedendo como se o aluno soubesse, a
compreensão da instrução pelos alunos não se verifica, estes não conseguem
executar o que lhes é pedido ou não compreendem para que é serve o que tem
de fazer (104).
Neste sentido, para que as praticas pedagógicas contribuam melhor no processo de formação
de professores nas escolas secundárias, é imperioso que os metodólogos transmitam uma
instrução clara, que conduz a adaptação do professor no seu período de estágio profissional
nas situações ou tarefas solicitadas, tornando-se possível a compreensão, uma vez que, um
desvio entre o que o professor espera obter e as realizações dos estudantes surgem muitos
erros fazendo com que o professor formador corrija-se e constitui um grande obstáculo.
De acordo com Gimeno Sacristán (1999) a prática educativa é algo mais do que expressão
do ofício dos professores.
Portanto, ela é algo que não pertence por inteiro aos professores, uma vez que há traços
culturais compartilhados que formam o que pode ser designado por subjectividades
pedagógicas  (Franco, 2012a).

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Alencastro (2005,) argumenta:
Em uma prática pedagógica repetitiva, o professor não se reconhece na actividade
pedagógica, pois coloca-se à margem da actividade que executa, estabelecendo
relações apenas entre as operações que realiza e não entre as pessoas envolvidas. Em
um trabalho desenvolvido a partir de modelos propostos anteriormente, o professor
desempenha o papel de mero executor, muitas vezes decorrente da própria política
educacional definida pelos órgãos competentes. O trabalho do professor é mais um
instrumento de luta pessoal pela existência, não criativo, isolado (p.19).
Neste contexto, o professor que escolhe a prática pedagógica repetitiva fica sendo um
executor, onde não desenvolve nenhum estímulo em seus alunos, não valoriza o que cada um
já sabe, a sua cultura e não estimula a criatividade e não constrói conhecimentos.
Para tal, os professores precisam de ousadia, para experimentar outras práticas pedagógicas
que orientam suas acções educativas; quem ainda copia os planos de aulas antigos, com as
folhas amareladas, não se dá a oportunidade de experimentar e nem consegue testar acções
inovadoras e isto não é viável aos alunos de hoje, pois é necessário o professor se pautar numa
didáctica inovadora, explicando os nexos, as relações e ligações no processo de ensino e
aprendizagem.
O professor necessita de formação continuada para actualizar-se e repensar a sua
prática pedagógica para compor e reelaborar os seus saberes, visando colocá-las em prática e
construir seu planejamento didáctico.
Segundo Villani e Pacca (1992), a habilidade didáctica pode ser expressa como a capacidade
de executar com sucesso as tarefas, ou seja, definição das metas específicas a serem atingidas
em cada aula; elaborar uma representação dos conhecimentos prévios dos alunos, tanto no
aspecto cognitivo quanto afectivo; planejar o desenvolvimento das aulas, propondo uma
sequência prévia das actividades coerentes com a representação das capacidades dos alunos e
com as metas a serem atingidas.
Nessa perspectiva, A prática pedagógica, é uma prática social e como tal é determinada por
um jogo de forças (interesses, motivações, intencionalidades); pelo grau de consciência de
seus atores; pela visão de mundo que os orienta; pelo contexto onde esta prática se dá; pelas
necessidades e possibilidades próprias a seus atores e própria à realidade em que se situam.
(CARVALHO; NETTO, 1994, p.59).
Portanto, A Prática Pedagógica é entendida como uma prática social complexa, acontece em
diferentes espaço/tempos da escola, no quotidiano de professores e alunos nela envolvidos e,
de modo especial, na sala de aula, mediada pela interacção professor-aluno-conhecimento.
Na prática pedagógica  estão também presentes elementos gerais de sua constituição histórica,
políticas públicas e o momento sócio-econômico-político em que se situam. Tais factores

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podem interferir de modo directo ou indirecto nas práticas pedagógicas, segundo políticas
públicas estabelecidas (reformas gerais, implantação de novos currículos, submissão a
processos de avaliação institucional, etc.) e também segundo momento histórico em que se
vive (eleições de cargos públicos, paralisações de aulas e lutas das categorias docente e
discente por seus direitos, etc.).
De acordo com  Heller, (1977) a Prática Pedagógica se constrói no quotidiano da acção
docente e nela estão presentes, simultaneamente,  acções práticas mecânicas e repetitivas,
necessárias ao desenvolvimento do trabalho do professor e à sua sobrevivência nesse espaço,
assim como acções práticas criativas inventadas no Enfrentamento dos desafios de seu
trabalho quotidiano. As acções práticas criativas abrem caminho para o sujeito-professor
reflectir, no plano teórico, sobre a dimensão criativa de sua actividade, ou seja, sobre a praxis
Nessa perspectiva, a prática pedagógica é praxis, pois nela estão presentes a concepção e a
acção que buscam transformar a realidade, ou seja, há unidade entre teoria e prática. Nesse
sentido, a prática e a reflexão sobre a prática se colocam como parte da própria prática, num
movimento contínuo de construção, como parte da experiência vivida pelos sujeitos e
elemento essencial de transformação da realidade.
Nessa perspectiva, o conceito de prática pedagógica é ampliado, entendido em sua unicidade
com a teoria, numa relação de dependência e autonomia relativas (VAZQUEZ, 1977).
Como vimos anteriormente, o conceito de supervisão pedagógica é polissémico, ou seja,
possui vários significados de acordo com a visão de cada autor.

Documentos Normativos da Instituição


Como estabelece os regulamentos das instituições de ensino, documentos normativos podem
ser vistas como sendo um conjunto de instrumentos empregues na orientação do corpo
directivo, professores, alunos e trabalhadores na uniformização de métodos e na tomada de
consciência de medidas perante situações anómalas que possam acontecer no decurso das
actividades escolares.
Deste modo, este conjunto de instrumentos, compreende todos os documentos indispensáveis
para o funcionamento de uma instituição de ensino dentro dos parâmetros legais traçados pelo
MINEDH. Dentre os vários documentos normativos existentes podemos mencionar os
seguintes:
 Regulamento interno da escola;
 Regulamento do ensino secundário geral;
 Despachos ministeriais;

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 Regulamento de avaliação;
 Estatuto do professor;
 Plano anual, trimestral, mensal e semanal da secção pedagógica;
A aplicação destes documentos que regulam o funcionamento da escola proporcionam um
ensino bem sistematizado e organizado, estabelecendo relações entre escolas, com a
comunidade e com outras instituições afins em suma permite a comunhão de objectivos,
métodos e tarefas entre diversas escolas. O plano de actividade anual, trimestral, mensal e
semanal tem por objectivo programar os trabalhos a serem desenvolvidos no espaço de tempo
em causa e atribuir as responsabilizações.

Organização do ambiente escolar e relacionar com o processo de ensino aprendizagem

É direito de todo cidadão receber educação, em espaços que lhe garantam segurança,
dignidade, e acima de tudo, que favoreçam a aprendizagem. Nos dias de hoje existem escolas
que ultrapassam nossas expectativas em relação à estrutura física e tecnológica, em sua
maioria, escolas privadas. Mas, temos também, em alguns casos, escolas púbicas bem
gerenciadas, que apresentam características de qualidade um pouco incomuns. Uma escola
deve conter minimamente:

1. Sala de aula: Espaço físico destinado ao desenvolvimento de aulas regulares


referentes aos Parâmetros Curriculares Nacionais; aulas de reforço e recuperação,
entre outras;
2. Biblioteca/sala de leitura: Local onde é armazenado o acervo bibliográfico, mídia
digital, fitas de vídeo, etc. São adequadas para as actividades de leitura, pesquisa e
produção de trabalhos por alunos, professores e comunidade.
3. Salas da administração/apoio pedagógico: São os ambientes que compreendem a
sala de direcção, coordenação, secretaria, sala dos professores. São espaços destinados
ao atendimento pedagógico, administrativo e planejamento de acções pedagógicas e
administrativas;
4. Cantina/cozinha: Lugar reservado à guarda, higienização, manipulação, cozimento e
distribuição de alimentos e utensílios;
5. Laboratório de Informática: Nem todas as escolas possuem esse espaço, mas nele
são desenvolvidas, de forma didáctica, actividades de pesquisa em grupos, via internet,
além da utilização dos computadores e seus periféricos para elaboração de trabalhos;

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6. Pátio da Escola: Local onde os alunos se reúnem antes e após as aulas, nos intervalos.
Onde também ocorrem eventos sociais comemorativos e de lazer.

As funcionalidades dos ambientes escolares


Espaços multifuncionais
Se lançarmos um olhar crítico e criativo sobre a escola, veremos que cada ambiente abriga
uma gama de possibilidades que torna possível a realização de diversas actividades de
naturezas diversas. O que é necessário, é um planejamento detalhado das actividades e um
arranjo adequado do espaço através da utilização de recursos, insumos e mobiliários de forma
a garantir o alcance dos objectivos almejados.
Integração social
Uma das finalidades da escola é promover a integração social do aluno, através de
programações e actividades socializadoras com o público interno, que são os alunos e
funcionários da escola, e o público externo, que é a comunidade. Na escola existem alguns
espaços que permitem a realização de actividades dessa natureza.
O pátio ou a quadra podem ser utilizados para abrigar eventos de confraternização,
comemoração de datas específicas, campeonatos desportivos, encontro com pais e
encarregados de educação, entre outros. As áreas não construídas, podem transformar-se em
jardins e/ou hortas, plantadas e cultivadas colectivamente entre pais e filhos, alunos e
funcionários.
Factores que colaboram com o bem-estar no ambiente escolar
O calor interfere no rendimento escolar do aluno e no desempenho do professor, pois a
temperatura é um dos factores que colaboram com o bem-estar no ambiente escolar. Também
podemos destacar a questão de ruídos e demais elementos, que estão descritos abaixo:
Conforto térmico
O factor térmico merece destaque no planejamento dos ambientes escolares. Desta forma,
precisamos prestar atenção em alguns itens importantes nos ambientes escolares, tais como:
 Permitir a ventilação cruzada nos ambientes através de janelas e portas para a
renovação do ar;
 Utilizar materiais isolantes térmicos na construção da escola;
 Utilizar árvores, gramados e arbustos para produzir sombra, humidificar os ambientes,
absorver radiações solares, mudar a direcção dos ventos. Devemos estar atentos à

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questão dos ruídos, barulhos ou do silêncio necessário para o estudo, como veremos a
seguir.

Conforto acústico
É Outro factor de peso na qualidade dos ambientes escolares é o controlo dos ruídos, uma vez
que sons alto e persistente prejudicam a concentração, aprendizagem e até mesmo a saúde dos
que frequentam tais ambientes.

Importância das praticas pedagógicas II e suas respectivas formas de avaliação

A Prática Pedagógica tem sua importância para a formação académica, que articula entre a
teoria e a prática na construção do currículo ampliado que segundo o Colectivo de Autores
(1992, p.28), é “capaz de dar conta de uma reflexão pedagógica ampliada [...] tem como eixo
a constatação, a interpretação, a compreensão e a explicação da realidade social complexa e
contraditória”. A preparação do académico no trabalho de campo busca situar o aluno na
complexidade da realidade em nível de observações da Prática Pedagógica que provém à
reflexão da praxis educativa.
Neste contexto, as práticas pedagógicas são instrumentos que podem ajudar as escolas a
concretizarem seus objectivos de aprendizagem. Por exemplo, por meio delas, é possível
manter alunos nativos digitais engajados com a escola ou para estabelecer uma dinâmica de
sala de aula mais participativa e inclusiva.
A discussão sobre a avaliação escolar está directamente vinculada ao processo de ensino e
aprendizagem, ou seja, à prática pedagógica do professor. Porém, muitos educadores
percebem o processo em questão de forma dicotomizada: o professor ensina e o aluno
aprende.
A avaliação da aprendizagem escolar apresenta-se como um tema que provoca reflexões
constantes na área educacional constituindo-se como fonte inesgotável de angústias entre o
colectivo escolar. Sendo assim, a prática avaliativa apresenta-se como um desafio que exige,
principalmente por parte do professor em sua prática pedagógica, verificar continuamente, se
as actividades por ele planejadas, oportunizando ao aluno construir realmente um
conhecimento significativo.
Portanto, a avaliação da aprendizagem é um recurso pedagógico plenamente capaz e
necessário para subsidiar o professor a conduzir o processo pedagógico com segurança e ao
aluno a demonstração do que aprendeu nas situações sociais concretas. Para tal, avaliar exige

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do professor o domínio de conhecimentos de técnicas adequadas, a utilização de critérios
claros e objectivos explicitados entre os sujeitos envolvidos no processo ensino e
aprendizagem.
Dessa forma, construir uma nova cultura avaliativa como compromisso do colectivo da escola
com a construção e a socialização de um conhecimento emancipatório, consequentemente
permitirá uma melhoria na qualidade da Educação e formação ofertada pela instituição
escolar.

Actividades do professor na sala de aula


Dentre as varias actividades que o docente pode levar a cabo quando esta em sala de aula,
podemos destacar as seguintes:
 Interacção aluno e professor em sala de aula;
 Organização dos alunos em sala de aula;
 Responsabilidade dos alunos em sala de aula;
 As estratégicas didácticas utilizadas pelo professor em sala de aula;
 A gestão do tempo de aula;
 Os materiais utilizados para o desenvolvimento das actividades com os alunos;
 Sobre as tecnologias usadas em sala de aula;
 Sobre os factores interferentes nas actividades em aula.

Conceito de Supervisão Pedagógica


Etimologicamente, o termo supervisão integra dois étimos com raiz latina: “super” que
significa “sobre” e “vídeo” que o significado de “ver”. O primeiro significado resulta da
interpretação linear “olhar de ou por cima”, admitindo a perspectiva da “visão global” e
assumiu-se vulgarmente com a integração de funções relacionadas com inspeccionar,
fiscalizar, controlar, avaliar e impor. A estas funções, associou-se, entretanto, as de regular,
orientar (reforçando, por vezes, o sentido de acompanhar) e liderar.
Deste modo, a supervisão pode ser entendida como uma visão aprofundada, reflexiva e com
sentido autocrítico do contexto circundante mas também voltada para o interior com vista a
compreender o significado da realidade; uma visão com capacidade de previsão; Uma retro-
visão; e uma segunda visão para promover o que se pretende que seja instituído, para evitar o
que não se deseja e para reconhecer o que aconteceu e não deveria ter acontecido (STONES,
1984).
Glathorn (1984) explica:

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A supervisão pode ser exercida sob quatro vertentes (clínica,
desenvolvimento pessoal e cooperativo, desenvolvimento auto-direccionado
e monitorização administrativa). Utilizando um princípio semelhante para a
estruturação da supervisão no campo da pedagogia, poderemos dizer que
aqui abrem-se as áreas seguintes: científica e pedagógica com base no apoio
personalizado; humana/social/participativa; de auto supervisão; e
administrativa/organizativa.
Segundo Viera (2010 cit. em Cohen, 2014), a supervisão é entendida como sendo a teoria e
prática de regulação de processo e aprendizagem.

De acordo com Alarcão & Tavares (2003 cit. em Cohen, 2014), a supervisão pedagógica é
entendida como o processo em que um professor, em princípio mais experiente e mais
informado, orienta outro professor ou candidato a professor no seu desenvolvimento humano
(p.322).
Para Simbine (2009), a supervisão pedagógica resume-se na verificação superior das
actividades pedagógicas dos escalões relativamente inferiores, com o objectivo de verificar,
acompanhar, avaliar e apoiar a implementação do processo educativo, inteirando-se dos
avanços, problemas ou irregularidades que, durante o período lectivo, possam a estar a ocorrer
numa determinada instituição ligada ao ensino (p.13).
De acordo com Nérici (1974, cit. em Rolla. 2006), supervisão escolar é a visão sobre todo o
processo educativo, para que a escola possa alcançar os objectivos da educação e os
objectivos específicos da própria escola (p.15).
Segundo Barbosa & Mauride (2017 cit. em A. G. Barbosa, M. N. Ibraimo, M. S. V. Laita & I.
Mussagy, 2017), na prática é difícil falar de inspecção sem que se fale de supervisão e vice-
versa, visto serem processos indissociáveis.
Segundo estes autores, a supervisão centra-se na orientação e aconselhamento dos
professores, enquanto a inspecção preocupa-se com a avaliação do cumprimento da norma e a
observância dos padrões no funcionamento das instituições educacionais, propondo medidas
para os infractores (p.91).
Como vimos anteriormente, o conceito de supervisão pedagógica é polissémico, ou seja,
possui vários significados de acordo com a visão de cada autor.

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Conclusão
Em gesto de conclusão, importa salientar que ao longo desta pesquisa, falamos de conteúdos
relacionados com as Práticas Pedagógicas II, onde demos conceito de práticas pedagógicas de
acordo com os diversos autores, descrevemos a organização do ambiente escolar e a sua
relação com o processo de ensino aprendizagem, descrevemos a importância das práticas
pedagógicas II e suas respectivas formas de avaliação, identificamos alguns documentos
normativos da escola, descrevemos as actividades desenvolvidas por docente na sala de aula e
por fim, definimos a Supervisão Pedagógicas de acordo com alguns autores.
Assim, a Prática Pedagógica é entendida como uma prática social complexa, acontece em
diferentes espaço/tempos da escola, no quotidiano de professores e alunos nela envolvidos e,
de modo especial, na sala de aula, mediada pela interacção professor-aluno-conhecimento.
Dentre os vários documentos normativos existentes numa instituição de ensino, podemos
mencionar o Regulamento interno da escola, Regulamento do ensino secundário geral,
Despachos ministeriais, Regulamento de avaliação, Estatuto do professor, Planos de
assistência de aula (semanal, mensal, trimestral e anual) da secção pedagógica, etc.
A supervisão pedagógica é entendida como o processo em que um professor mais experiente e
mais informado, orienta outro professor ou candidato a professor no seu desenvolvimento
humano.
Enfim, as Práticas Pedagógicas têm sua importância para a formação académica, que articula
entre a teoria e a prática na construção do currículo ampliado.

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Referências Bibliográficas
Veiga. I. P. A. (2005). A prática pedagógica do professor de Didática.
Franco, M. A. R. S. (2012ª) Pedagogia e prática docente. 2. Ed. São Paulo: Cortez.
Villani, a., Pacca, J.L. A. (1997). Construtivismo, conhecimento científico e habilidade
Didática no ensino de Ciências. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo.
Carvalho, M. do Carmo B., Netto, J. P.  (1994). Quotidiano: conhecimento e crítica.  São
Paulo: Cortez.
Cohen, M. A. (Org.). (2014). Supervisão. Liderança e Cultura de Escola. Mangualde,
Portugal: Pedagogia.
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Alarcão, I., & Tavares, J. (2003). Supervisão da prática pedagógica – uma perspectiva de
Desenvolvimento e aprendizagem (2ª edição). Coimbra: Livraria Almedina.
Simbine, R. J. (2009). Guia prático do supervisor pedagógico. Maputo, Moçambique:
Alcance Editores.
Barbosa, A. G. & Mauride, F. (2017). A Supervisão e a Inspecção no Enquadramento Legal
Da Educação em Moçambique. In: A. G. Barbosa, M. N. Ibraimo, M. S. V. Laita & I.
Mussagy (Coords.), Desafios da Educação: Leituras Actuais. Nampula, Moçambique:
Década das palavras.
Minayo, Maria Cecília de Souza. (2003). (Org.) Pesquisa social: teoria, método e
Criatividade. 22ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes.
Altet, Marguerite (2000). Analise das práticas dos professores e das situações Pedagógicas;
5ª Ed. Porto – Portugal: Porto Editora. Professores. S⁄d., Porto – Portugal: Porto
Editora.
Gimeno Sacristán, J.  (1999). Poderes instáveis em educação Porto Alegre: Artmed.
VILLANI, A., PACCA, J.L.A. (1997). Construtivismo, conhecimento científico e habilidade
Didáctica no ensino de Ciências. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo,
vol.23, n.12.

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