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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA

Tema:

Planificação do Processo de ensino e Aprendizagem

Estudante:
Tolentino Benjamim Tomane Gabriel – 708211818

Docente:
Sozinho M. Sabonete

Curso: Língua Portuguesa

Cadeira: Didáctica do Português II

Ano de Frequência: 3º Ano

Turma: K

Milange, Maio, 2023


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 Capa 0.5

 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacion
 Discussão 0.5
ais
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia adequada 2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0

Conclusão  Contributos teóricos 2.0


práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos
Formatação tamanho de letra, 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências
6ª edição em  Rigor e coerência das
Bibliográfic citações/referências 4.0
citações e
as bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................. 5
1.Introdução ............................................................................................................................ 5
1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 5
1.1.2.Objectivo Geral .............................................................................................................. 5
1.1.3.Objectivos Específicos ................................................................................................... 5
1.1.3.Metodologias ................................................................................................................. 5
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 6
2.Planificação do processo de ensino-aprendizagem ................................................................. 6
2.1.Conceito de Planificação .................................................................................................. 6
2.1.1. ELEMENTOS CONSTITUINTES DA PLANIFICAÇÃO ......................................... 7
2.1.2. Competência ................................................................................................................. 7
2.1.3. Estratégias e Metodologias ........................................................................................... 8
2.1.4. Avaliação Diagnostica .................................................................................................. 9
2.1.5.Instrumento de avaliação ............................................................................................. 10
3.Importância da planificação do PEA ................................................................................. 11
4.Etapas do processo de planificação ................................................................................... 12
4.1.Avaliação e Aperfeiçoamento do Plano.......................................................................... 13
4.1.1. Níveis de Planificação do PEA ................................................................................... 13
5.Elaboração de um plano a curto prazo contendo todos elementos que nele constitui. ...... 14
CAPITULO III: CONCLUSÃO E SUGESTÕES .................................................................... 16
6.Conclusão........................................................................................................................... 16
7.Referência bibliográfica ..................................................................................................... 17
CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO
1.Introdução
É sabido que, o ensino é uma das actividades que tem como uma das suas principais
características o facto de ter carácter planificado. Isso faz com que a prática do professor se
oriente por uma adequada planificação, englobando os aspectos fulcrais do plano, tais como,
os conteúdos, os objectivos/competências a desenvolver, os meios de ensino-aprendizagem,
etc. este tema que tem como objectivo, conhecer a essência sobre a planificação e a avaliação,
descrever os tipos de avaliação. Encontra-se dividido em três capítulos. Capitulo I:
Contextualização, capitulo II: Revisão da literatura e capítulo III: conclusão e sugestões a
estrutura do mesmo começa desde, o Conceito de planificação e Avaliação,
A planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da acção docente,
articulando a actividade escolar e a problemática do contexto social. Isto equivale dizer que,
na escola, os professores e os alunos pertencem todos a uma determinada sociedade e a um
determinado contexto de relações sociais, onde prevalecem certas regras e normas de conduta.
1.1.Objectivos
1.1.2.Objectivo Geral
 Conhecer a planificação do processo de ensino e aprendizagem;
1.1.3.Objectivos Específicos
 Definir os diferentes níveis de planificação no PEA;
 Descrever os procedimentos levados acabo durante a planificação do PEA;
 Explicar importância da planificação do PEA.

1.1.3.Metodologias
Este trabalho é meramente bibliográfico onde trouxemos várias teorias de vários autores que
falam sobre o tema: Planificação do PEA. Para tal, foram utilizados como fontes para
realização desta pesquisa livros, revistas e artigos académicos que abordam a temática
pesquisada. E a partir da qual foi feita uma revisão da temática em questão, usando recursos
de abordagem qualitativa no tratamento do conteúdo pesquisado, com o objectivo de
Conhecer a planificação no processo de ensino e aprendizagem. No dizer de Gil (1991), a
pesquisa bibliográfica é um trabalho de natureza exploratória, que propicia bases teóricas ao
pesquisador para auxiliar no exercício reflexivo e crítico sobre o tema em estudo. Em
primeiro momento é bastante útil para aguçar a curiosidade do pesquisador e despertar
inquietações sobre o tema a ser estudado.

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CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.Planificação do processo de ensino-aprendizagem
2.1.Conceito de Planificação
Segundo Bento (2003) “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao
sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização prática”. É
uma actividade prospectiva, directamente situada e empenhada na realização do ensino que se
consuma na sequência (p.32).

De acordo com Santos (2015), exercer a profissão de docente implica uma grande
organização e, nesse sentido, O mesmo autor sugere que a planificação contribui para
melhorar a gestão de tempo e da aprendizagem (p.12).

Para Chiavenato (2010), a planificação, refere-se ao processo que identifica as metas e os


objectivos que se quer alcançar na organização, produzindo, para o efeito, estratégias para
conseguir o que se propõe e organizando os meios pelos quais se quer conseguir os objectivos
e, por fim, dirige e controla todos os passos na sequência apropriada (p.55).

Neste sentido, de acordo com os autores acima citados, o professor é então considerado um
agente de ensino que, além de outros papéis, tem a responsabilidade de desenvolver o
currículo ao nível micro, adequando a sua acção ao Currículo Nacional e aos programas das
disciplinas (elaborados a nível macro), às características do meio social da escola e dos alunos
e ao Projecto Curricular da escola. Desta forma mostra que no processo de planificação o
professor estará sempre confrontado com o programa de ensino, a população a leccionar tendo
em conta as suas características sociais e culturais, a satisfação das expectativas dos alunos
bem como os recursos disponíveis na escola e as orientações definidas no projecto curricular
de Escola

 O processo de ensino e aprendizagem é uma actividade intencional e, nesta condição,


requer uma planificação, a começar pelo nível central, da escola e da aula. Neste
sentido, a planificação do ensino-aprendizagem assume carácter de obrigatoriedade
para o professor: o plano de ensino determina os objectivos a que se pretende chegar e
o conteúdo a mediar e, ademais, algumas características fundamentais da estruturação
didáctico-metodológica e organização do ensino. É essencialmente uma concepção de
direcção didáctica do ensino.

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2.1.1. ELEMENTOS CONSTITUINTES DA PLANIFICAÇÃO
Objectivo
De acordo com Grigull (2008), objectivo é o que se espera que a turma aprenda em
determinadas condições de ensino. O autor denota que é a partir do objectivo que são
definidos e orientados os conteúdos que devem ser trabalhados e os processos didácticos que
são necessários para que o objectivo seja atingido (p.28).

Para Roldão (2003), os objectivos, quando atingidos


Reflectem o que o aluno sabe, em termos de conhecimentos, atitudes e
procedimentos resultantes da aprendizagem dos conteúdos. A mesma
autora defende que se devem definir os objectivos da aprendizagem de
forma a ajustá-los às competências visadas e não como um simples
desdobramento dos conteúdos programáticos (p.99).

Os objectivos referem-se a conhecimentos, atitudes e procedimentos adquiridos através da


aprendizagem dos conteúdos curriculares, e as competências pressupõem o agir em situação,
mobilizando, nessa acção, de forma equilibrada e integrada, conhecimentos, capacidades,
procedimentos e atitudes

2.1.2. Competência
Segundo Nivagara (2007), competência é a capacidade de mobilizar adequadamente diversos
conhecimentos prévios e seleccionar e integrar esses conhecimentos perante uma determinada
questão ou problema (p.71).

De acordo com Libâneo (1992), afirma que os objectivos traduzem o que o aluno sabe sobre
determinados conteúdos ao passo que as competências, sendo da ordem da mobilização dos
saberes, definem o que o aluno será capaz de fazer com os saberes que possui e que por sua
vez se encontram delimitados pelos objectivos (p. 22).

O termo competência, enquanto capacidade, é melhor descrito no contexto organizacional.


Ele tem sido utilizado para qualificar o indivíduo capaz de desempenhar adequadamente
determinado papel em determinado contexto (Guimarães, 2001).

O conceito de competência pode ser entendido como sendo o conjunto de conhecimentos,


habilidades e atitudes necessários ao desempenho das funções dos que as pessoas exercem,
visando o alcance dos objectivos da instituição.

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2.1.3. Estratégias e Metodologias
Segundo Anónimo (2013), considera que a actividade docente é caracterizada pelo desafio
permanente em estabelecer relações interpessoais com os educandos, procurando que as
metodologias e as estratégias utilizadas cumpram os objectivos propostos (p.54).
Neste sentido, este autor sugere que o modo como o docente planeia as suas actividades na
sala de aula é determinante para que haja um maior ou menor interesse por parte dos
participantes, facilitando, ou não, o decorrer da aula.

Avaliação
Para Golias (1995), a avaliação é entendida como um processo dinâmico, continuo e
sistemático que acompanha o desenrolar do ato educativo. Avaliação é um processo contínuo
de pesquisas que visa a interpretar os conhecimentos (p.90).

Segundo Golias (1995), a avaliação é "entendida como um processo dinâmico, continuo e


sistemático que acompanha o desenrolar do ato educativo" (p.90).

De acordo com Nérici (1985), "relaciona avaliação com a verificação de aprendizagem pois,
para ele, a avaliação é o processo de atribuir valores ou notas aos resultados obtidos na
verificação da aprendizagem" (p.49).

A avaliação é tida como “uma componente do processo de ensino que visa, através da
verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os
objectivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às actividades didácticas
seguintes.

De uma forma resumida, avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa a interpretar
os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento dos alunos, propostas nos objectivos, a fim de que haja condições de decidir
sobre alternativas de planificação do trabalho e da escola como um todo.

Modalidades ou Tipos de Avaliação


De acordo com REGEB (2008), a avaliação subdivide-se em três modalidades ou tipos
(Diagnostica, Formativa e Sumativa), eis o detalhe a seguir:
 Avaliação Diagnostica;
 Avaliação Formativa;
 Avaliação Sumativa.

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2.1.4. Avaliação Diagnostica
Este tipo de avaliação, realiza-se no princípio do processo educativo (início do ano lectivo,
trimestre, Unidade Temática, Ciclo e Classe), visando recolher informações a cerca do nível
inicial de aprendizagem dos alunos.
Neste caso, permite ao professor (adoptar a estratégia de diferenciação pedagógica que
possibilitam que todos os alunos atingem os objectivos definidos no programa, delimitar as
capacidades que aluno possui para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagem e, preparar
o aluno para novas aprendizagens verificando se o conhecimento que traz consigo constitui
pré-requisitos para nova abordagem).

Os órgãos Centrais realizarão avaliações diagnosticas por amostragem para identificar o nível
das aprendizagens dos alunos, identificar as dificuldades e sucessos do Sistema e redefinir
políticas relativas aos Curricula, formação de professores e gestão do Sistema.

A avaliação diagnostica também é utilizada para verificar:


 Conhecimento que os alunos têm;
 Pré-requisitos que os alunos apresentam;
 Particularidades dos alunos.

Avaliação Formativa
Este tipo de avaliação é o principal tipo no Ensino Básico ou Primário, visto que, assume
carácter contínuo e sistemático visando a regulação do Ensino e de Aprendizagem, recorrendo
a uma variedade de instrumentos de recolha de informação de acordo com a natureza das
aprendizagens e dos contextos em que ocorrem.

A avaliação Formativa fornece aos (professor, aluno, pai e encarregado de educação e, aos
restantes intervenientes), informações sobre o desenvolvimento das aprendizagens e
competências de modo a permitirem reverem e melhorarem os processos de trabalho.

Em suma a avaliação formativa tem a função controladora. São os seguintes propósitos da


avaliação formativa:
 Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem;
 Localizar as deficiências na organização do ensino.

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Avaliação Sumativa

Esta modalidade de Avaliação, consiste na formulação de uma síntese das informações


recolhidas sobre o desenvolvimento das aprendizagens e competências definidas para cada
área curricular e disciplina, no quadro do projecto curricular da respectiva turma, dando uma
atenção especial à evolução do conjunto dessas aprendizagens e competência.

A avaliação sumativa, ocorre no final de cada período lectivo, de cada ano lectivo e de cada
ciclo. No Ensino Básico ou Primário, a informação resultantes de avaliação sumativa conduz
à atribuição de uma classificação, numa escala de níveis de não satisfatório, satisfatório, Bom,
Muito bom e Excelente, em todas as disciplinas, a qual deve ser acompanhada, de uma
apreciação descritiva sobre a evolução do aluno.

Em suma a avaliação sumativa tem uma função classificatória, isto é, classifica os alunos no
fim do trimestre, semestre, ano, curso ou unidade, segundo os níveis de aproveitamento.

2.1.5.Instrumento de avaliação
Ao se escolher um instrumento de avaliação deve-se ter presente, portanto, o tipo de
habilidade que se deseja verificar no aluno. Podemos agrupar diversas técnicas e instrumentos
de avaliação de maneira seguinte:
Medição de rendimento escolar;
Medidas de desenvolvimento geral.
Estes servem para agrupar diferentes instrumentos. Na mesma ambos aspectos são
relacionados e avaliados ao mesmo tempo.
Medidas de rendimento escolar:
a) Verdadeiro-falso;
b) Múltipla escolha;
c) Associação;
d) Completar lacunas;
e) Identificação;
f) Ordenação;
g) Evocação pergunta e dissertação;
h) Situações-problemas.

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3.Importância da planificação do PEA
A planificação é uma prática corrente em todas as actividades humanas, especificamente as
que são realizadas intencionalmente. Por isso terá sido fácil para você concluir que o plano
de aula (ou seja, a planificação do PEA) é a previsão mais objectiva possível de todas as
actividades escolares para a efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz o
aluno a alcançar os objectivos previstos; e, neste sentido, a planificação do ensino é uma
actividade que consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o
professor e os alunos farão na aula para conduzir os alunos a alcançar os objectivos
educacionais propostos.
A planificação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.

Planificar para quem?


Um professor quando explicita as razões pelas quais planifica está implicitamente a responder
esta pergunta. Em suma, planifica-se para:
a) Os alunos
Para que eles próprios possam saber o que estão a fazer e porquê, ou seja, para perceberem
melhor o “caminho” que estão a trilhar;
b) O professor
Pois é uma forma de organizar o seu trabalho, reflectir sobre os conteúdos, métodos materiais,
espectativas e competências a desenvolver nos alunos;
c) A escola
Pois torna possível um trabalho consciente de todos os docentes e permite a coordenação
interdisciplinar;
d) Os pais
Para perceberem melhor porque é que os filhos aprendem determinados conteúdos e desta
forma poderem acompanha-los melhor e participar mais conscientemente na vida escolar;
e) A sociedade
Porque hoje em dia, cada vez se fala mais em autonomia das escolas e em participação
activada comunidade, ou seja, da sociedade local.

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4.Etapas do processo de planificação
De acordo com Libâneo (1997), as etapas de planificação são seis:
 A pré-planificação,
 O diagnóstico;
 A programação;
 A execução;
 A avaliação;
 A decisão.
As fases e etapas do processo de planificação foram se desenvolvendo simultaneamente com a
difusão e prática da ideia de planificação no âmbito educacional.
Na qual os documentos internacionais anteriores estabelecem as seguintes Etapas: Pré –
planificação; Diagnostico; Programação; Decisão; Execução; Avaliação e nova Planificação.

Conhecimento da realidade
O Professor deve fazer uma sondagem, conhecer o aluno e o seu ambiente, saber quais as
necessidades, aspirações, frustrações e possibilidades. Após a sondagem, é preciso estudar
cuidadosamente os dados recolhidos, para formar a Conclusão, que seria então o diagnóstico.
Sem o diagnóstico e a sondagem, corre-se o risco de propor o que é impossível alcançar, o
que não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado.

Elaboração do Plano
Na perspectiva do Libâneo, a partir do diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é
possível alcançar, como fazer para alcançar e como avaliar os resultados. E para tal, existem
alguns passos seguir na elaboração do plano: a identificação do tema, a determinação dos
objectivos, a selecção e organização dos conteúdos de ensino, a selecção de métodos de
ensino, a selecção de recursos materiais, os procedimentos ou actividade e a estruturação do
plano de ensino.
Execução do plano
Consiste no desenvolvimento das actividades previstas. Na execução poderá haver elementos
não plenamente previstos. As vezes, a reacção dos alunos ou circunstâncias do ambiente
exigirão adaptações e alterações do plano, isto é normal e não dispensa o plano, pois, uma das
características de um bom plano, é que deve ser flexível.

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4.1.Avaliação e Aperfeiçoamento do Plano
Feita a execução do que foi planificado, passamos a etapa de avaliação do nosso trabalho,
com vista a melhoria. Nesta etapa, para além de avaliar os resultados de Ensino e
Aprendizagem, avalia-se também a qualidade do plano, a nossa eficiência como professor.

Diferença entre o plano e a planificação


Geralmente, a planificação é uma prática corrente em todas as actividades humanas,
especificamente as que são realizadas intencionalmente. Entretanto, a planificação do PEA é a
previsão mais objectiva possível de todas as actividades escolares para a efectivação do
processo de ensino e aprendizagem que conduz o aluno a alcançar os objectivos previstos; e,
neste sentido, a planificação do ensino é uma actividade que consiste em traduzir em termos
mais concretos e operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para conduzir os
alunos a alcançar os objectivos educacionais propostos.
A planificação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um
meio para se programar as acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e
reflexão intimamente ligado a avaliação.
Por outro lado, O plano de ensino é a previsão dos objectivos e tarefas do trabalho docente
para um ano, um semestre, trimestre ou quinzena. É um documento mais elaborado, dividido
em unidades sequenciais, no qual aparecem os objectivos específicos, os conteúdos e o
desenvolvimento metodológico.

4.1.1. Níveis de Planificação do PEA


A planificação do processo e ensino- aprendizagem se realiza em dois níveis fundamentais:
central e do professor, passando por um nível intermediário, o da planificação pela escola.
A nível central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e graus de ensino-
aprendizagem (a nível da nação) e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saída do
nível/grau, curso, disciplina, ano, etc. a partir do qual se faz:

a) A definição dos objectivos, conteúdos e métodos gerais;


b) A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc.) e pelas unidades do PEA;
c) A elaboração dos programas detalhadas por disciplina;

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5.Elaboração de um plano a curto prazo contendo todos elementos que nele constitui.
Plano quinzenal de disciplina de Português / 7ª classe

Unidade Temática

Objectivos Conteúdos Competências Básicas Sugestões Metodológicas Sugestões de


No de SEMANA
Material
Aulas

Unidade  Ler excertos do 11. Textos  Interpreta  Leitura do Manual do


regulamento escolar, Normativos: textos excerto do aluno da 7ª
Temática XI:
com entoação, pausa normativos; Regulamento classe;
e ritmo adequado; 11.1. Texto  Expressa-se, escolar;
6 22.05.2023 específico: Quadro;
Textos  Interpretar excertos oralmente e  Interpretação do
à do regulamento Regulamento Escolar por escrito, excerto do Giz;
Normativos
escolar; com Regulamento
26.05.2023
 Escrever frases e 11.2. Funcionamento correcção, escolar; Apagador;
textos, usando as da Língua usando as  Elaboração de
Outros
formas de tratamento formas de frases,
• Formas de materiais
da 2ª e 3ª pessoas tratamento da empregando as
tratamento da 2ª e 3ª
gramaticais; 2ª e 3ª formas de
pessoa gramatical
 Elaborar uma lista de pessoas tratamento da 2ª
direitos e deveres dos 11.3. Temas gramaticais; e 3ª pessoa
alunos da sua turma. transversais: gramatical;
Produz uma lista
- A minha escola de direitos e
deveres.

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 Ler declaração, com 12. Textos
entoação, pausa e Administrativos
ritmo adequados; Interpreta declaração; Leitura e interpretação Manual do
 Interpretar 12.1. Texto específico de declaração; aluno da 7ª
Unidade 29.05.2023 Escreve declarações,
declaração; - Declaração usando verbos no Exercícios sobre tempos classe;
Temática XII: 6 à  Redigir declarações; (Revisão) modo indicativo, com verbais do modo Quadro;
Textos  Escrever frases, boa caligrafia e indicativo e verbos
02.06.2023 12.2. Funcionamento ortografia correcta. Giz;
empregando o modo irregulares;
Administrativos
indicativo dos verbos; da língua Apagador;
 Escrever frases, Produção de declaração.
- Tempos do modo Outros
empregando verbos
indicativo dos verbos materiais
irregulares.
declarar, remeter e
emitir (Revisão)

– Verbos irregulares:
ir, ser, pôr (Revisão)

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CAPITULO III: CONCLUSÃO E SUGESTÕES
6.Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, conclui-se que, a planificação é um fenómeno de planear, de
algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações e metas num projecto que seja capaz de
representar, dentro do possível, as nossas ideias. Na verdade, a planificação assume-se assim
como o modo mais eficaz que cada docente tem de preparar o seu trabalho, organizar o tempo
das suas aulas e garantir uma melhor aprendizagem por parte dos seus alunos.

Nenhum projecto será bem-sucedido se não for devidamente planificado e delineado,


assumindo-se assim a planificação como o “embrião” ou “semente” do projecto, o ponto de
partida para o mesmo. Julgo que as planificações que apresento têm como preocupação base
motivar os alunos, através da selecção de temas do seu agrado e através da selecção de
actividades que possibilitarão a sua participação activa e a emissão de opiniões e sugestões.

Todavia, a planificação “deve contribuir para a optimização, maximização e melhoria da


qualidade do processo educativo. É um guião de acção que ajuda o professor no seu
desempenho” e nesta óptica, considero que a realização deste trabalho assumiu-se como uma
mais-valia para mim, pois apesar de já ter uma ideia do que iria fazer em cada aula, este
trabalho permitiu a organização dessas mesmas ideias e a selecção de estratégias para
abordagem de cada conteúdo.

O plano de aula é um instrumento flexível, aliás, o momento de aula é dinâmico por envolver
uma relação dialéctica entre alunos e destes para com o professor, o que suscita reacções,
interlações, à ajustar/equilibrar, de forma à que o PEA respeite o ritmo do que se passa
efectivamente na sala de aula: dificuldade de aprendizagem dos alunos, perguntas e
contribuições dos alunos, recursos existentes na sala de aula antes não previstos mas que têm
grande potencialidade para a aprendizagem dos alunos.

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7.Referência bibliográfica
Anónimo, (2013). Pré, inter e pós acção. Planificação e avaliação em pedagogia. Coimbra
Bento (2003). Pedagogia. Horizontes Pedagógicos, Lisboa
Chiavenato. (2010). Avaliação Pedagógica II-Mudança na Escola, Porto Editora, Porto.
Golias, Manuel. (1996). Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à distância, Universidade
Pedagógica.
Golias, Manuel. (1995). Educação Básica: Temáticas e conceitos, Maputo,
Guimarães. (2001). Planificação, planificação em projecto, Edições ASA Porto
Grigull. (2008). Planificação didáctica: uma abordagem prática. Universidade do Minho.
INDE/MINED – Moçambique. Plano Curricular do Ensino Básico. INDE/MINED
Moçambique, Maputo,
Libâneo, J. (1992). Didáctica; pedagogia dos pedagogos, 8ª Edição, SP, Cortez Editora
Libâneo, J. (1997). Directrizes Curriculares da Pedagogia. 7ª Edição, editora ática. São Paulo
Nérici. (1985). A importância da planificação do processo ensino-aprendizagem. Porto
Editora. Porto
Roldão. (2003). Curso de Didáctica Geral. 8ª Edição, ática, São Paulo.
REGEB. (2008). Orientação Curriculares para o 3º Ciclo do Ensino Básico- Música.
Departamento da Educação Básica.
Santos. (2015). Critério do Sucesso-Técnicas de Avaliação da Aprendizagem. 4ªedição, Texto
editora, Portugal

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