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Anexos Literatura Cabo Verdeana Seculo X
Anexos Literatura Cabo Verdeana Seculo X
ANEXOS
407
LITERATURA CABO-VERDEANA, SÉCULO XX E INTERNET
Internet, graças aos avanços tecnológicos e a um investimento cada vez maior na rede como
modo de divulgação cultural (obedecendo ao reconhecimento das suas potencialidades), tem-se
convertido em mais uma fonte de (in)formação e consulta da qual tirar partido. Concluído o
século XX, fiz um levantamento para conhecer as virtualidades que podia oferecer para a
abordagem e para o conhecimento da produção literária do arquipélago até esse momento, em
termos de bibliografia activa. A seguir apresento os principais resultados daquela procura, que
julgo poderem ser arrumados, de modo geral, em dois tipos de abordagem: a de textos e a de
dados.
1. OS TEXTOS
1.1. Sítios consagrados à produção literária de língua portuguesa, com destaque para os
seguintes:
“Casa comum”
educom.sce.fct.unl.pt/proj/casa-comum/2/biblioteca/biografias/caboverde.htm (Consulta:
12.01.2001. Actualização: 29.11.2000)
Constam biobibliografias de Orlanda Amarílis, Augusto Mesquitela Lima, Jorge Barbosa Gabriel
Mariano e Germano Almeida.
“Projecto Vercial”
www.ipn.pt/opsis/litera/ligac04.htm (Consulta 02.01.2002; actualização16.01.2001)
Oferece só ligação: para Germano Almeida e “Poesia de autores africanos”.
“Jornal de Poesia”
www.secrel.com.br/jpoesia/caboverd.html (Consulta 22.09.2000)
Estão representados Aguinaldo Fonseca, Ana Júlia Monteiro Macedo Sança, António Mendes
Cardoso, Arménio Vieira, Arnaldo França, Daniel Felipe, Jorge Barbosa, Jorge Pedro Barbosa,
Osvaldo Alcântara, Ovídio Martins, Terêncio Anahory, Tomé Varela da Silva.
“Cais de poemas”
1
usuarios.cultura.com.br/migliari/afri1.htm usuarios.cultura.com.br/migliari/afri2.htm
(Consulta 10.01.2002)
Na listagem de cabo-verdeanos aparecem Aguinaldo Fonseca, (a angolana Alda Lara! e a
santomense Alda do Espírito Santo!), Arménio Vieira, Corsino Fortes, Gabriel Mariano, Jorge
Barbosa, José Luiz Tavares, Luiz Romano, Mário Fonseca, Onésimo Silveira, Osvaldo
Alcântara, Ovídeo Martins, Pedro Corcino Azevedo, Daniel Felipe.
1.2.1. Sítios que reúnem as literaturas africanas com independência da língua em que se
veiculam e do espaço geográfico de origem:
www.africaexpert.org/nav/countries/country8_category30.html -
Cabo Verde está representado por meio de Daniel Filipe, Mário Fonseca, Gabriel Mariano,
Yolanda Morazzo, Oswaldo Osório, Virgílio Pires, Luís Romano, José Luís Tavares, João Vário
e Teobaldo Virgínio.
2
De um total de trinta e seis produtores, dez são cabo-verdeanos (Daniel Filipe, Mário Fonseca,
Corsino Fortes, António Nunes, Oswaldo Osório, Virgílio Pires, Luís Romano, Sukrato, João
Vário e Arménio Vieira), e aparecem representandos com 14 textos.
“Capitu”
www.capitu.com.br/spg/content/capitu/acerv/mpg.asp?referenc=poesiaafricanalp
(Consulta 10.08.2001)
10 poetas de Cabo Verde.
“Poesia feminina dos países africanos de língua oficial portuguesa” (Consultado 13.09.2002)
Cabo Verde está representado por Alzira Cabral, Ana Júlia, Arcília Barreto, Dina Salústio, Lara
Araújo, Paula Martins, Vera Duarte (1 poema de cada).
2. OS DADOS
Assim, por exemplo, a Embaixada de Cabo Verde nos Estados Unidos mantém no seu sítio
um apartado referido a “Cultural aspects” www.capeverdeusembassy.org/cultura.html
(Consulta: 12.01.2001) onde predominam as informações relativas à música e a literatura fica
reduzida, em termos de referências, aos escritores da Claridade (entre os quais é situado Arnaldo
França, revelado na Certeza), sendo a única excepção a grande descoberta, pelo menos em
termos editoriais, do pós-independência: o ficcionista Germano Almeida.
3
escritor José Vicente Lopes, um percurso cronológico: passa pelos nomes dos primeiros
escritores no século XIX, pioneiros das belles lettres que nem sempre foram contemplados à
hora de se falar em literatura cabo-verdeana, tendo avultado, como avultou, a tendência a elidir
todo o anterior à “fabulosa” década de 30; continua com a “A modernidade” entre 1936 e 1975,
marcada pelas revistas, a começar pela Claridade, e pelas obras citadas de Jorge Barbosa na
poesia e de Baltasar Lopes, Manuel Lopes e António Aurélio Gonçalves na ficção; finaliza com a
“Nova vaga” pós-independência, onde destaca as novas revistas, agrupando as várias gerações, e
a “grande leva de poetas” com alguma das suas publicações.
Também ligada à diáspora portuguesa, e dentro da apresentação da cultura das ilhas, na página
imigrantes.no.sapo.pt/page2cvCultura.html (Consulta 24.9.2002) existe uma parte dedicada à
literatura que sublinha a sua singularização, acontecida cedo, e o papel da Claridade nela. Cita
como autores destacados Jorge Barbosa, Baltasar Lopes, Manuel Lopes, António Aurélio
Gonçalves, Gabriel Mariano, Nuno de Miranda, Teobaldo Virgínio e “Manuel Ferreira (escritor
português de temáticas cabo-verdianas): Morabeza, Aventura Crioula, contos, etc.”
2.2. Bibliografia
Outro tipo de informação que pode ser encontrada é a bibliográfica, mas apesar de as páginas se
intitularem com as palavras “literatura” e “cabo-verdeana”, apresentam inúmeras deficiências: há
obras de tipo histórico ou científico à mistura, não existe qualquer marca a diferenciar autores
cabo-verdeanos e estrangeiros, não se citam as edições originais, na maioria dos casos falta a
referência ao género literário...
4
“Cabo Verde reference page”
www.erols.com/kauberdi/CVAuthors.htm (Consultado: 21.09.2000).
CONCLUSÕES
Da observação dos resultados da procura e da análise dos conteúdos fornecidos pelas páginas
consultadas, pude concluir que, naquele momento e relativamente ao acesso que davam à
literatura de Cabo Verde, os recursos disponíveis se revelavam muito limitados e repetitivos,
pouco confiáveis, com abundantes erros ou imprecisões e praticamente restritos, sobretudo no
que diz respeito aos textos, à produção poética, que é a que pelas suas características melhor se
adapta ao tipo de divulgação que o meio oferece. Deste modo, resultavam pouco representativos
da produção narrativa cabo-verdeana, para cuja abordagem está significativamente voltado este
trabalho de investigação.
5
LITERATURA CABO-VERDEANA: PUBLICAÇÕES
SÉCULO XIX
7
Martins, João Augusto. Madeira, Cabo Verde & Guiné. 1891.
Tavares, Eugénio. Manidjas. 1895. (P.) c-v.
Martins, João Augusto. Horas tristes (impressões de viagem), 1898.
Martins, João Augusto. Em pleno mar (impressões de viagem), 1899
SÉCULO XX
1900
Lopes, José. Saudação: ode saphica em louvor de Luiz Loff de Vasconcellos... Lisboa:
Imprensa de Libanio da Silva, 1900. 9 p. (P.)
1910
Alfama, José Bernardo. Canções crioulas e músicas populares de Cabo Verde. Lisboa: Imprensa
Commercial, 1910. 23 p. (P.) c-v.
1912
Dantas, Guilherme. Bosquejos d'um passeio ao interior da ilha de Santiago, 1912.
1913
Dantas, Guilherme. Contos singelos - Nhô José Pedro ou cenas da ilha Brava, 1913. (C.)
Dantas, Guilherme. Memórias de um Pobre Rapaz, 1913. No jornal A Voz de Cabo Verde (R.)
1915
Cardoso, Pedro Monteiro. Caboverdeanas. Lisboa: Tipografia Moralisadora,1915. (P.)
1916
Tavares, Eugénio. Amor que salva: santificação do beijo. Praia: Imprensa Nacional, 1916.
(P.)
Tavares, Eugénio. O mal do amor: coroa de espinhos. Praia: Imprensa Nacional, 1916. (P.)
1923
Mariano, João. Um batizado de boneca (1923?)
Parsons, Elsie Clews. Folk-Lore from the Cape Verde Islands. Cambridge: American Folk-
Lore Society, 1923.
1926
Cardoso, Pedro Monteiro. Jardim das Hespérides. Cabo Verde, 1926. (P.)
1927
Cardoso, Pedro Monteiro. Duas cançoes. 1927 (P.)
Cardoso, Pedro Monteiro. Primícias. 1927.
Nunes, João José Nunes. Ecos d'alma, 1927. (P.)
1928
Cardoso, Pedro Monteiro. Algas e corais. Famalicao: E.A. 1928. 25 p. (P.)
Cardoso, Pedro Monteiro. Rafodjos. 1928. (P.) c-v.
8
1929
Lopes, Baltazar. Cónego Correia, mulher e filhos ou Carta Aberta a S. Exª o Senhor
Governador da Província de Cabo Verde. Lisboa: Imprensa Beleza, 1929. 16 p. (E.)
Nunes, António Pedro. Diário. Praia: Imprensa Nacional, 1929. 40p. (P.)
1930
Cabral, Juvenal. O crime do largo do Hospital . 1930.
Cardoso, Pedro Monteiro. Hespéridas: fragmentos de um poema perdido em triste e
miserando naufragio. Praia: E.A., 1930. 64 p. (P.)
1931
Lopes, Baltazar. “A lenda das rosas” (novela). Notícias de Cabo Verde. 13 (05.09.1931) (N.)
Tavares, Eugénio. Mornas – Cantigas crioulas. Lisboa: Centro Tip. Colonial, 1931. 108 p. (E.
P.) c-v. pt.
1932
Lopes, Manuel. Paúl. S. Vicente: Sociedade de Tipografia, 1932.
1933
Barbosa, Jorge. Arquipélago. S. Vicente: Ed. Claridade, 1935. (P.)
Cardoso, Pedro Monteiro. Folclore caboverdeano. Porto: Maranus, 1933. 120 p. (E. P.) c-v. pt.
Cruz, Francisco Xavier da. Uma partícula da lira caboverdeana: mornas crioulas inspiradas
por saudades, sofrimentos e amores. Praia: Minerva, 1933. 31 p. (P.) c-v. pt.
Duarte, Fausto. Auá! Novela negra. Lisboa: Livraria Clássica, 1933. (N.)
Duarte, Fausto. Da literatura Colonial e da “morna” de Cabo Verde. Lisboa: Tip. Leitao,
1933. (E.)
Leite, Mário. Através de Santo Antão. 1934. Livro de impressões locais.
Lopes, José. Hesperitanas. Lisboa: Livraria J. Rodrigues, 1933. 547 p. (P.)
1934
Duarte, Fausto. Da Literatura Colonial e da morna de Cabo Verde. Porto: Edições da 1ª
Exposição Colonial Portuguesa, 1934. (E.)
Cardoso, Pedro Monteiro. Sonetos e redondilhas. Vila Nova de Famalicão, 1934. (P.)
1935
Silva, João de Deus Lopes da. Os cinco milhões. Praia: E.A., 1935? (N.)
1937
Macedo, Maria da Luz Monteiro de. Rosas do outono. Lisboa: Sociedade Industrial de
Tipografia, 1937. 49 p. (P.)
1938
Andrade, Aguinaldo. Ramalhete. Lisboa: E.A., 1938. 20 p. (P.)
Cabral, Juvenal. Escravos: á saudosíssima memória do Marquez de Sá da bandeira, o
ferveroso patriota que defendendo a liberdade dos escravos demonstrou conceber a formação
de um Império Colonial Português pela dignificação de todos os seus filhos. Praia: Minerva,
1938. 22 p.
Cruz, Francisco Xavier da. Flores murchas. S. Vicente: Sociedade de Tipografia, 1938. 47 p.
(P.)
Duarte, Fausto. Rumo ao degredo. 1Lisboa: Livr. Guimaraes, 1938. (R.)
Gonçalves, António Aurélio. A centelha. Lisboa: E.A., 1938. 24 p. (E.)
9
Nunes, António. Devaneios. Praia: Minerva, 1938. 89p. Com apresentação de José Lopes. (P.)
Silva, João de Deus Lopes da. Eterno amor. 1938? (N.)
Silva, José Inocêncio. Poeira do Oriente (seguido de alguns documentários no tocante à
Europa e sôbre o Portugal de hoje). Praia: Minerva, 1938. 48 p. (E.)
Silva, José. Quadras. Santo Tirso: Tip. Central, 1938. 24 p. (P.)
1939
Macedo, Maria da Luz Monteiro de. Escarpas cabo-verdianas. Lisboa: Tipografia Anuário
Comercial, 1939. 78 p. (P.)
1940
Lopes, Francisco. Recordações. Versos. Rio de Janeiro: Oficinas Gráficas do Jornal do Brasil,
1940. 113 p. (P.)
Lopes, José. Ombres inmortelles: sonnets. Lisboa: J. Rodrigues & Cia, 1940. 26 p. (P.)
Silva, José Inocêncio. Notas do meu rumo. Praia: Minerva, 1940. 138 p.(E.)
1941
Barbosa, Jorge. Ambiente. Praia: Minerva, 1941. 48 p. (P.)
Cardoso, Pedro Monteiro. Cadernos luso-caboverdeanos. Vol. 1: É mi que é lha’r – Fogo. Praia:
1941.
Lopes, José. Saudosamente. Lisboa: Escolas Prof. Oficinas S. José, 1941.
Macedo, Maria da Luz Monteiro de. Primavera. Lisboa: Tip. Anuário Comercial, 1941. 86 p. (P.)
1942
Cardoso, Pedro Monteiro. Cadernos luso-caboverdeanos. Vol. 2: Ritmos de morna. Praia: 1942.
Cardoso, Pedro Monteiro. Cadernos luso-caboverdeanos. Vol. 3: Sem tom nem som. Praia: 1942.
Nunes, João José Nunes. Proscritos da ventura (fome em Cabo Verde), 1942. (E.)
1943
Lopes, José. A Winston Churchill: poesia. Lisboa: E.A., 1943. 14 p. (P.)
1944
Nunes, António. Berta amava outro!. Lisboa: Tip. Cadeia Penitenciária, 1944. 93 p. (N.)
Silva, José Inocêncio. Panoramas caboverdeanos. Crónicas da vida caboverdeana. Praia:
Minerva, 1944. 155 p. (E.)
1945
Duarte, Fausto. A revolta. Porto: Livraria Latina, 1945.
Duarte, Fausto. Foram êstes os vencidos. Lisboa: Inquérito, 1945. (C.)
Lopes, José. Braits: the nurses of Hong-Kong : Presidente Roosevelt : saudoso adeus :
inscriptio. Lisboa: Império, 1945. 55 p.
Nunes, António. Poemas de longe. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1945. 32 p. (P.)
Nunes, João José. Bia. Praia: Minerva, 1945. “Dialecto da ilha Brava” 11 p. (P.) c-v.
1946
Cruz, Francisco Xavier da. Fragmentos. Retalhos de um poemeto perdido no naufrágio da vida.
S. Vicente: Sociedade de Tipografia, 1946. Prefácio de Carlos A. Monteiro Leite 50 p. (P.)
Filipe, Daniel. Missiva: poemas. Lisboa: Ediçoes Gama, 1946. 114 p. (P.)
1947
10
Cabral, Juvenal. Memórias e reflexões. Praia: E.A., 1947. 167 p. (E.)
Figueiredo, Jaime Figueiredo. Terra de sodade, 1947. Na revista Atlântico (T.)
Lopes, Baltasar. Chiquinho. S. Vicente: Edições Claridade (Lisboa: Tip. Cardoso), 1947. 299 p.
(R.)
1948
Sanches, João Baptista Andrade. Asas feridas. Luanda: E.A., 1948. 60 p. (P.)
1949
Cabral, Juvenal. Bejo caro (Confissão de Zé Badiu). Praia: E.A., 1949. 10 p. (P.) c-v.
Lopes, Manuel. Poemas de quem ficou. Angra do Heroísmo: E.A., 1949. (P.)
1950
Cruz, Francisco Xavier da. Razão da amizade caboverdiana pela Inglaterra. Rio de Janeiro:
Departamento da Imprensa Nacional, 1950. 78 p. (E.)
1951
Cardoso, Pedro Monteiro. Lírios e cravos. Ermesinde, 1951. (ed. póstuma) Prefácio José
Lopes (P.)
Fonseca, Aguinaldo Brito. Linha do horizonte. Lisboa: Casa dos Estudantes do Império, 1951.
(P.)
Lopes, Manuel. Os meios pequenos e a cultura. (E.)
Sanches, João Baptista Andrade. Crioula -rimas caboverdianas. Luanda: E.A., 1951.
1952
Barbosa, Jorge. Conversa interrompida e 5 vidas num escritório, 1952. No boletim Cabo Verde.
(C.)
Leite, António Januário. Poesias. S. Vicente: Associação Académica do Mindelo, 1952. 59 p.,
27 composições. (P.)
Lopes, José. Alma arsinária (poemas em aditamento aos do livro Hesperitanas). Lisboa: Tip.
Supergrafia, 1952. 104 p. (P.)
1955
Nunes, João José. Deus salbâ nhose. Praia: E.A., 1955. 3 f.
1956
Barbosa, Jorge. Caderno de um ilhéu. Lisboa: Agência Geral de Ultramar, 1956. 98 p. (P.)
Gonçalves, António Aurélio. Pródiga. Praia: Divisão de Propaganda e Informação, 1956. (N.)
Henriques, Aníbal Henriques. Sampadjudo na capital (poemas e letras de canções satíricas) (P.)
c-v.?
Lopes, Baltasar. O dialecto crioulo de Cabo Verde, (E.)
Lopes, Manuel. Chuva braba. (R.)
Lopes, Manuel. Chuva braba. Novela cabo-verdiana. Lisboa: Inst. Cultura e Fomento de Cabo
Verde, 1956. 310 p. (R.)
1957
Andrade, Martinho de Mello. Drama de uma familia caboverdiana. [S.l.] : E.A., 1957. - 75 p.
(C.)
Gonçalves, António Aurélio. O enterro de nhâ Candinha Sena. Praia: Divisão de Propaganda e
Informação, 1957. (N.)
11
Filipe, Daniel (pseudónimo Raymundo Soares). A ilha e a solidão. Poemas. Lisboa: Agência
Geral do Ultramar, 1957. Prémio Camilo Pessanha de 1956. 55 p. (P.).
Lopes, José. Meu preito. Praia: E.A., 1957. 15 p. (P.)
1958
Lopes, José. Helvetia: poême. Lisboa: Tip. Silva & Ourelo, 1958. 8 p. (P.)
Varela, João Manuel (pseud. João Vário) Horas sem carne. Coimbra, 1958 (retirada do mercado
pelo autor) (P.)
1959
Lopes, Manuel. O galo que cantou na baía e outros contos cabo-verdeanos. Lisboa: Orion,
1959. 220 p. (C.)
Colóquios cabo-verdianos. Lisboa: Centro de Estudos Políticos e Sociais - Junta de
Investigações do Ultramar, 1959. 182 p. (E.)
1960
Lopes, Baltasar (org.) Antologia da ficção cabo-verdiana contemporânea. Praia: Ed.
Henriquinas do Achamento de Cabo Verde, 1960. 430 p. (C.N.)
Lopes, Manuel. Os flagelados do vento leste. Lisboa: Ulisseia, 1960. 226 p. (R.)
Miranda, Nuno. Cais de ver partir. Lisboa: Orion, 1960. (P.)
Silveira, Onésimo. Toda a gente fala: sim senhor. Sá da Bandeira: Imbondeiro, 1960. (C.)
Virgínio, Teobaldo. Poemas caboverdianos. S. Vicente: Ed. Nazarena, 1960. (P.)
1961
Figueiredo, Jaime (org.) Modernos poetas cabo-verdianos. Praia: Ed. Henriquinas, 1961. 197 p.
(P.)
Miranda, Nuno. Gente da ilha. Lisboa: Agência Geral do Ultramar,1961. (C.)
Serra, Manuel Coelho Pereira. Homenagem de Manser ao escritor e poeta J. Inocêncio Silva
(antecedido de Um estudo crítico por Francisco Mascarenhas). Mindelo, 1961. 5 p., 1soneto e 1
poema. (P.)
1962
Almada, Dulce (org.). Poètes des îles du Cap-Vert. Conakry: Departamento Social e Cultural do
PAIGC, 1962. 7 p. mimeografadas. (P.)
Anahory, Terêncio. Caminho longe. Lisboa: Sagitário, 1962. 89 p. (P.)
Figueira, Manuel Bonaparte. Contos e lendas de Cabo Verde. Seixal: Tipografia Popular, 1963.
28 p. (C.)
França, Arnaldo. Notas sobre a poesia e a ficção caboverdianas. Praia: Centro de Informaçao e
Turismo, 1962. (E.)
Gonçalves, António Aurélio. Pródiga. Sá de Bandeira: Imbondeiro, 1962. (inclui também O
enterro...) 94 p. (N.)
Martins, Ovídio. Caminhada. Lisboa: Casa dos Estudantes do Império, 1962. (P.)
Martins, Ovídio. Tchuchinha. Sá de Bandeira: Imbondeiro, 1962. (C.)
Romano, Luís. Famintos. Rio de Janeiro: Leitura, 1962. (R.)
Silveira, Onésimo. Hora grande. Poesia cabo-verdiana. Angola: Bailundo, 1962. (P.)
1963
Mariano, Gabriel. O rapaz doente. Sá da Bandeira: Imbondeiro, 1963. 26 p. (C.)
12
Miranda, Nuno. Compreensão de Cabo Verde. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar,
1963. (E.)
Romano, Luís. Clima. Recife: E.A. 1963. 307 p. (P.) c-v., pt., fr.
Silveira, Onésimo. Consciencialização na literatura caboverdiana. Lisboa: Casa dos Estudantes
do Império, 1963. (E.)
Virgínio, Teobaldo. Beira do cais. Sá de Bandeira: Imbondeiro, 1963. (C.)
Virgínio, Teobaldo. Distância. Lisboa: Agência Geral de Ultramar, 1963. (N.)
1964
Fonseca, Mário. O mar e as rosas. 1964. Confiscado pela PIDE (P.)
Lopes, Felisberto Vieira (pseudónimo Kaoberdiano Dambará). Noti. Paris: Edições do
Departamento de Informação e Propaganda do Comité Central do PAIGC, 1964. (P.)
Lopes, Manuel. Crioulo e outros poemas. Lisboa: Gráf. Eme Silva, 1964. 88 p. (P.)
Mariano, Gabriel. Uma introduçao à poesia de Jorge Barbosa seguida de uma selecçao de
poemas. Praia: Minerva, 1964. 70 p. (E. P.)
Miranda, Nuno. Cancioneiro da ilha. Braga: Pax, 1964. (P.)
1965
Lopes, Manuel. Chuva braba. Novela cabo-verdiana. Lisboa: Ulisseia, 1965. 258 p. (R.)
Mariano, Gabriel. Doze poemas de circunstâncias. Praia: Minerva, 1965. Capa de Jaime
Figueiredo (P.)
1966
Brito, Rosendo Évora. As Hespéridas e Eu. Rio de Janeiro: E.A., 1966. 68 p. (P.)
Mariano, Gabriel. Capitão Ambrósio. Manuscrito (P.)
Miranda, Nuno. Epiderme em alguns textos. Lisboa: Ed. Panorama, 1966. (E.)
Vário, João. Exemplo geral. Coimbra: Almedina, 1966. (P.)
1967
Pereira, Jorge Morbey Ferro Ramos. Esboço de um estudo sobre etnossociologia Caboverdiana.
Lisboa: Círculo de estudos Ultramarinos, 1967. 143 p. (E.)
Virgínio, Teobaldo. Vida crioula. Bertrand: Lisboa, 1967. (N.)
1968
Figueira, Manuel Bonaparte. Narrativas e contos caboverdianos. Caxias: Inst. de Reeducação
Padre António de Oliveira, 1968. 121 p. (C.)
Gonçalves, João Filipe. O povoado adormecido. 1968. 75 p. (P.)
Parsons, Elsie Clews. Folclore do arquipélago de Cabo Verde. Lisboa: Agência Geral do
Ultramar, 1968. 788 p. (E.) pt, c-v.
Vário, João. Exemplo relativo. Antuérpia: E.A., 1968. (P.)
1969
Tavares, Eugénio. Mornas – Cantigas crioulas. Luanda: Liga dos Amigos de Cabo Verde, 1969.
2¨ed. 95 p. (E. P.) c-v. pt.
1970
Évora, Gilberto Sabino. Faíscas no braseiro. 1970 (P.)
Gonçalves, António Aurélio. Noite de vento Praia: Centro de Informação e Turismo, 1970. (N.)
Leite, António Januário. Versos da juventude. Lisboa: Edição Paul, 1970. (P.)
13
1971
Gonçalves, António Aurélio. Virgens loucas. S. Vicente: Gráfica do Mindelo, 1971 (N.)
1972
Lopes, José. Poesias escolhidas. Praia: Comissão para as Comemoraçoes do 1º Centenário do
Nascimento do Poeta, 1972. Prefácio de Maria de Jesus Gomes. 54 p. (P.)
Sousa, Henrique Teixeira de. Contra mar e vento. Mem-Martins: Europa-America, 1972. (C.)
1973
Benoni, Daniel. As aves descansam com o crepúsculo. Praia: E.A., 1973. (N.)
Lopes, Manuel. Considerações sobre as personagens de ficção e seus modelos. Lisboa:
Tipografia Silvas, 1973. 20 p. (E.)
Martins, Albertino de Sales Gomes. Folhas dispersas. Mindelo. Gráfica do Mindelo. 1973. 53
p. (P.)
Martins, Ovídio. Gritarei, berrarei, matarei. Não vou para Pasárgada. Roterdão: Edições Cabo-
verdianas, 1973. 116 p. (P.)
Romano, Luís. Negrume/Lzimparin. Rio de Janeiro: 1973. (C. P.) c-v. e pt.
Sousa, José Maria de. Hora di bai. 2 vol. Capeverdian American Federation/ East Providence,
1973. 1º vol: 238 p; 2º vol.: 212 p. Colectânea de mornas e coladeiras (P.)
Virgínio, Teobaldo. Distância. Lisboa: Ática, 1973. 2ª ed. (N.)
Virgínio, Teobaldo. Viagem para lá da fronteira. Lisboa: Casa de Cabo Verde, 1973. (P.)
1974
Amarílis, Orlanda. Cais-do-Sodré té Salamansa: contos. Coimbra: Centelha, 1974. 124 p. (C.)
Fortes, Corsino. Pão & fonema . Lisboa: E.A., 1974 (P.)
Fragoso, Francisco (pseudónimo Kwame Kondé). Korda Kaoberdi. Paris: Associação dos
Trabalhadores Caboverdianos em França, 1974. (P.)
Fragoso, Francisco. Renunciando Pasárgada: estudo ensaístico. Louvain: E.A., 1974. (E.)
Lima, Augusto Guilherme Mesquitela Lima. Pao & Fonema ou a Odisseia de um Povo.
Luanda: Comité de Acçao do PAIGC-Angola, 1974. 52 p. (E.)
Lopes, Manuel. Chuva braba. Lisboa: Clube Português do Livro e do Disco, 1974. 3ª ed. (R.)
Martins, Albertino de Sales Gomes. Circunstancial. Mindelo: Gráfica do Mindelo. 1974. 20 p.
(P.)
Martins, Albertino de Sales Gomes. Ilhas crioulas. Mindelo: Gráfica do Mindelo, 1974. (??)
Miranda, Nuno. 40 poemas escolhidos. Lisboa: Agência Geral de Ultramar, 1974. (P.)
Miranda, Nuno. Caminho longe. Lisboa: Livraria Portugal, 1974. (R.)
Rodrigues, João. Montes Verde-Cara. Contos de Cabo Verde. S. Vicente: Gráfica do Mindelo,
1974. (C.)
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Varela, João Manuel (pseud. João Vário). Exemplos. Livro 9. Exemplo Coevo. Praia: Spleen,
1998 (P)
Vieira, Arménio. Poemas. Ilhéu Editora, 1998. (P.)
21
1999
Almeida, Germano. Dona Pura e os camaradas de Abril. Lisboa: Caminho, 1999. 226 p. (R.)
Almeida, Germano. O dia das calças roladas. Lisboa: Caminho, 1999. 2 ª ed. (R.)
Cruz, Eutrópio Lima da. Perkurse de Sul d’Ilha. Praia: Assoc. Escritores Caboverdianos,
1999 (R.) c-v.
Duarte, Manuel. Caboverdianidade, africanidade e outros textos. Praia: Spleen, 1999. (E.)
Duarte, Pedro Gabriel Monteiro. Manduna de João Tienne. Praia: Associação de Escritores
Caboverdianos, 1999. (R.)
Marques, António Caldeira. Cabo Verde. Os bazófios da independência. Lisboa: Ed. de Autor,
1999. (E.)
Osório, Oswaldo. Poemas de passagem do século e do milénio: ano 2000. 1999. (P.)
Rodrigues, Euricles. Adon y Eva y otus puemas. Praia: Instituto de Promoção Cultural, 1999.
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Rodrigues, Euricles. (Im)pudicos solstícios: epigramas. Lisboa: Edições Versus Verso, 1999.
85 p. (P.)
Sousa, Mário Lúcio. Para nunca mais falarmos de amor. Mindelo: Artiletra, 1999. (P.)
Spinola, Daniel. Sonâmbulas tentações. Lisboa: Tema. 1999. (P.)
Tavares, Eugénio. Viagens, tormentas, cartas e postais. Praia: Instituto de Promoção Cultural,
1999. Recolha, org. e notas biográficas de Félix Monteiro. (E.)
Vieira, Arménio. No inferno. Praia e Mindelo: Centro Cultural Português, 1999. (R.)
22
TESES OU DISSERTAÇÕES SOBRE LITERATURA CABO-VERDEANA
Apresento, a seguir, a série de trabalhos académicos que consegui reunir, focalizando Cabo
Verde e a sua literatura, ora de modo central ora, por vezes, mais marginal. Dado que o nível de
acesso ou conhecimento que tenho destes materiais é diverso, optei por oferecer as referências a
eles de dois modos:
I. CRONOLOGIA
Anos 60
Norman Araújo. From Classicism to 'Clarity': a study of Cape Verdean literature. Tese de
Doutoramento na Universidade de Harvard, 1962. Orientador: F. M. Rogers (Publicada em
1966).
Anos 70
Simone Caputo Gomes. Uma recuperação de raiz: Cabo Verde na obra de Daniel Filipe.
Mestrado em Letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 1979. Orientadora:
Vilma Sant’Anna Arêas (Editada em 1993 pelo Instituto Caboverdiano do Livro e do Disco).
Anos 80
Benilde Caniato. Hora di bai: romance de Cabo Verde. Tese de Mestrado em Filologia e Língua
Portuguesa na Universidade de São Paulo, 1980. Orientadora Aparecida Santilli.
Maria do Rosário Spencer. As noveletas de António Aurélio Gonçalves. Ensaio sobre a ficção
caboverdiana. Tese di Laurea in Letteratura e Lingua Portoguesa (Itália), 1981.
23
Doutoramento na Universidade Paris-Sorbonne, 1984.
Elsa Rodrigues dos Santos. As máscaras poéticas de Jorge Barbosa e a mundividência cabo-
verdiana. Tese de Mestrado na Universidade Clássica de Lisboa, 1985. Orientador: Manuel
Ferreira. (Publicada pela Caminho em 1989).
Isabel de Almeida Lima Lobo. Noite de vento, de António Aurélio Gonçalves, uma noveleta
caboverdiana. Tese de Mestrado em Literaturas Brasileira e Africanas de Expressão Portuguesa.
Universidade Clássica de Lisboa, 1987.
Ana Maria Mão-de-Ferro Martinho. Narrativas curtas de ficção e suas autoras: Angola - Cabo
Verde – Moçambique Tese de Mestrado na Universidade de Lisboa, 1988. (Publicada
posteriormente como Contos de África escritos por mulheres).
Maria de Lourdes Zizi Trevisan Perez. A personagem cabo verdiana: realidade e discurso.
Diálogo da literatura de Cabo Verde com as do Brasil e Portugal. Tese de Doutoramento na
Universidade Estadual Paulista, 1988. Orientador Fernando Manuel de Mendonça.
Ana Mafalda Leite. A modalização épica em «Mayombe» e «Pão & Fonema». Tese
doutoramento na Universidade de Lisboa, 1988. Orientador Manuel Ferreira. (Publicada pela
editora Vega em 1996).
Maria Amélia Barreira. Sombras de mito num universo dialógico: os mundos romanescos de
Teixeira de Sousa. Tese de Mestrado em Literaturas Brasileira e Africanas de Expressao
Portuguesa na Universidade de Lisboa, 1989.
Anos 90
Rosendo Évora Brito. An analysis of the Brazilian influence on Cape Verdean literature. Tese de
Mestrado na Brown University, 1990.
Darryle John Gatlin. A socioeconomic history of São Vicente de Cabo Verde (1830-1970). Tese
de Doutoramento na Universidade de Los Angeles – California, 1990.
24
Paul Wayne Barrows. The historical roots of Cape Verdean Dependency (1460-1990). Tese de
doutoramento em Filosofia na Universidade de Minnesota, 1990.
Ebenezer Adedeji Omoteso. A comparative study of Brazilian Northeast regionalism and the
Claridade Generation in Cape Verde (1922-1962). Dissertação de doutoramento na
Universidade de Londres, 1992.
Rosendo Évora Brito. Translation of the capeverdean novel “Chuva braba”. Tese de
Doutoramento na Universidade de Rhode Island, 1993.
1995
Lucia Maria de Assunção Barbosa. Vozes de liberdade em Voz de prisão de Manuel Ferreira:
as conquistas de um narrador moderno. Tese de Mestrado na Universidade Estadual de São
Paulo, 1995. Orientador Suely Fadul Vilibor Flory.
Rubens Pereira dos Santos. Vidas Secas e Os flagelados do Vento Leste: insulamento e tragédia.
Tese de Doutoramento em Letras na Universidade de São Paulo, 1995. Orientada por Benjamin
Abdala Junior.
1996
Maria Manuela Lopes Guerreiro. Germano Almeida e a nova escrita cabo-verdiana. Um estudo
de O testamento do Sr. Napomuceno da Silva Araújo. Tese de Mestrado em Literatura e Cultura
dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa na Universidade Nova de Lisboa, 1996.
Orientada por João Lopes Filho. (Publicada).
25
1997
Susan Margaret Hurley-Glowa. Batuko and Funana: musical traditions of Santiago, Republic of
Cape Verde. Tese de Doutoramento em Antropologia na Brown University, 1997.
1998
Jane Fraga Tutikian. Inquietos olhares a construcão̧ do processo de identidade nacional nas
obras de Lídia Jorge e Orlanda Amarílis. Tese de Doutoramento em Literatura Comparada na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998. Orientadora Tânia Franco Carvalhal.
José Carlos Gomes dos Anjos. Intelectuais, literatura e poder em Cabo Verde: lutas e definição
da identidade nacional. Tese de Doutoramento em Antropologia Social na Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, 1998. Orientação: Odaci Luiz Coradini. (Publicada em 2002 pela
UFRGS e NIPC).
1999
Ana Luísa Ventura Vieira Pereira. A oeste das ilhas, a América: Açores e Cabo Verde numa
mesma perspectiva. Tese de Mestrado na Universidade de São Paulo, 1999. Orientada por Rita
Chaves.
Sonia Maria Santos. A oportunidade do grito em Mornas eram as noites de Dina Salústio. Tese
de Mestrado em Letras na Universidade Federal Fluminense, 1999. Orientada por Simone
Caputo Gomes. (Publicada pelo ICL, 2001).
2000
Alamir Aquino Correa. A formação das literaturas nacionais lusófonas em África.. Tese de
Doutoramento na Indiana University, 2000.
Maria Laura Pereira Areias. Ilhas riqueza, ilhas miséria: a representação literária da
insularidade num triângulo atlântico lusófono. Tese de Doutoramento na Universidade de
Tulane, 2000. (Publicada em 2002).
26
Norma Sueli Rosa Lima. Revisitando Claridade: o encantamento da poesia caboverdiana com
o modernismo brasileiro. Tese de Doutoramento em Literatura Comparada na Universidade
Federal Fluminense, 2000. Orientada por Simone Caputo Gomes.
Pedro Manoel Monteiro. A noite escura e mais eu, de Lígia Fagundes Telles e A Casa dos
Mastros de Orlanda Amarílis: uma análise comparada. Tese de Mestrado na Universidade de
São Paulo, 2000. Orientadora Aparecida Santilli.
2001
Ana Luiza Moreira Diniz. De São Vicente a Vancouver: viagens em um 'mar português'. Tese de
Mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orienta: Carmen Lúcia Tindó Ribeiro
Secco.
Baltazar Soares Neves. Para a história do ensino em Cabo Verde: o caso do Seminário / Liceu
de São Nicolau. Tese de Mestrado na Universidade do Porto, 2001. Orientada por Elvira Mea.
Genivaldo Rodrigues Sobrinho. Nas trilhas do neo-realismo : um estudo comparado das treŝ
versões de galo cantou na baía, de Manuel Lopes. Tese de Mestrado na Universidade de São
Paulo, 2001. Orientadora Tania Macedo.
José Marcel Lança Coimbra. Cabo Verde em revista: análise da primeira fase de Claridade
(1936-1937). Dissertação de Mestrado em Letras na Universidade Estadual Paulista, 2001.
Orientado por Tania Macedo.
Loida Pereira Peterson. Feminine space in short stories of Lidia Jorge, Marina Colasanti and
Orlanda Amarílis. Tese de Doutoramento na Universidade de North Carolina at Chapel Hill,
2001.
2002
Elga Cristina Vilela Viana Pereira da Costa. Chuva braba: o testemunho Claridoso de Manuel
Lopes. Tese de Doutoramento na Universidade de Glasgow, 2002.
Isabel Paim de Bruges Feo Rodrigues. Crafting nation and creolization in the islands of Cape
Verde. Tese de Doutoramento em Antropologia na Brown University, 2002.
Jeosafá Fernandez Gonçalves. Bem para além da ilha: Os flagelados do vento leste, do
caboverdiano Manuel Lopes, em diálogo com Seara Vermelha, do brasileiro Jorge Amado. Tese
de Doutoramento na Universidade de São Paulo, 2002. Orientador: Benjamim Abdala Junior.
27
Rennes II, 2002.
2003
Maria João Alves Borges da Gama. O universo feminino em António Aurélio Gonçalves. Tese
de Mestrado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, Universidade Clássica de Lisboa,
2003. Orientador: Alberto Carvalho.
2004
Juliana Braz Dias. Mornas e Coladeiras de Cabo Verde: versões musicais de uma nação. Tese
de doutoramento em Antropologia Social na Universidade de Brasília, 2004. Orientador:
Wilson Trajano Filho.
Marla Donatoni Alves de Arruda. Jorge de Lima e Jorge Pedro Barbosa: resgate folclórico.
Tese de Mestrado na Universidade de São Paulo, 2004. Orientadora: Salete de Almeida Cara.
28
Sandra Maria Ferreira Gomes. A mundividência cabo-verdiana no ciclo inicial de Germano
Almeida. Tese de Mestrado na Universidade Católica Portuguesa, 2004. Orientador Luís Alberto
Seixas Mourão.
Sonia Maria Santos. Caleidoscópio de Cenas: narrativa de autoria feminina e reflexão sobre o
espaço sociocultural em Cabo Verde. Tese de Doutoramento em Letras na Universidade Federal
do Rio de Janeiro, 2004. Orientada por Carmen Lucia Tindó Ribeiro Secco e Simone Caputo
Gomes.
2005
Alceu Leite Ribeiro. Literaturas em contato -Brasil e Cabo Verde (análise de O Quinze e
Chiquinho). Tese de Doutoramento na Universidade de São Paulo, 2005. Orientadora: Benilde
Caniato.
Dina Teresa Chainho Chora. António Aurélio Gonçalves: uma escrita sem fronteiras insulares.
Tese de Mestrado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade Clássica de
Lisboa, 2005. Orienta: Alberto Carvalho.
Renata Soares Quintão. O mundo à revelia em Grande Sertão: Veredas e Flagelados do Vento
Leste. Tese de Mestrado na Universidade de São Paulo, 2005. Orienta: Roberto de Oliveira
Brandão.
2006
Márcio Guimarães. Cabo Verde, entre imagem e palavra: leituras de O Testamento do Sr.
Napumoceno. Tese de Mestrado em Letras da Universidade Federal Fluminense, 2006.
Orientador: Mário César Lugarinho.
Maria Ambrosina Esperança da Silva. Mundo de Afectos em Chiquinho de Baltasar Lopes. Tese
de Mestrado, Universidade Clássica de Lisboa, 2006. Orientador: Alberto Carvalho.
29
Maria Elizabeth Candio. A representacã̧ o literária da evasão em Morte e Vida Severina e em
Poemas de quem ficou.Tese de Mestrado na Universidade de São Paulo, 2006. Orienta Helder
Garmes.
2007
Ana Paula Baptisa M. C. Augusto. Na rota da identidade e da alteridade nas obras O útero da
casa e A dolorosa raiz de micondó de Conceiçao Lima e Assomada Nocturna (Poema de N'Zé
di Sant'y Águ) de José Luís C. Hopffer Almada. Tese de Mestrado em Literaturas Lusófonas
Comparadas na Universidade Aberta, 2007. Orientadora Maria Paula Mendes Coelho.
Antonio
̂ Carlos Oliveira Santos. Eugeniô Tavares: poesia e convencã̧ o romantica.
̂ Tese
Mestrado de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na Universidade de São
Paulo, 2007. Orientador: Helder Garmes.
Genivaldo Rodrigues Sobrinho. Eugénio Tavares: retratos de Cabo Verde em prosa e poesia.
Tese doutoramento em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na
Universidade de São Paulo, 2007. Orientada por Simone Caputo Gomes.
José Manuel Leite Teixeira. O realismo na escrita poética de Manuel Lopes. Tese de Mestrado
em Literaturas Românicas na Universidade de Lisboa, 2007. Orientador Alberto Carvalho.
Patrice Mendes Pacheco. Navegando pela estética literária de «Árvore e Tambor». Proposta
para uma leitura de texto poético. Tese de Mestrado em Estudos Africanos na Faculdade de
Letras da Universidade do Porto, 2007. Orientadores: José Carlos Venâncio e Elvira Mea.
2008
Fabrizia de Sousa Carrijo. A busca da adequacã̧ o entre formas literárias e momento histórico
um estudo comparativo entre O guarani de José de Alencar e O escravo de José Evaristo de
Almeida. Tese de Mestrado na Universidade de São Paulo, 2008. Orientador: Hélder Garmes.
Julião Soares Sousa. Amílcar Cabral e a luta pela independência da Guiné e Cabo Verde
(1924-1973). Tese de Doutoramento em História na Universidade de Coimbra, 2008.
30
Olavo Bilac Barbosa Monteiro Cardoso. Pedro Monteiro Cardoso e o Protonacionalismo
Literário em Cabo Verde. Tese de Mestrado em Estudos Africanos na Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, 2008. Orientador Francisco Topa.
2009
Maria Adriana Beirão Gonçalves Sousa Carvalho. O Liceu em Cabo Verde, um imperativo da
cidadania (1917-1974). Tese de Doutoramento em Ciências da Educação na Universidade de
Lisboa, 2009.
Paulo Fernando Campbell Franco. Amilcar Cabral: a palavra falada e a palavra vivida. Tese de
Mestrado em História Social na Universidade de S. Paulo, 2009. Orienta: Leila Maria Gonçalves
Leite Hernandez.
Renildo Ribeiro. Do chão Brasileiro do Nordeste ao insulamento caboverdiano: a narrativa de
Graciliano Ramos e Manuel Lopes. Tese de Doutoramento em Letras e Lingüística da
Universidade Federal de Alagoas, 2009. Orientador: Vera Lúcia Romariz Correia de Araújo.
Risanda dos Reis Soares. São Vicente de Cabo Verde no Pós-Guerra (1945 -1960). Tese de
Mestrado em Estudos Africanos na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2009.
Orientador: Maciel Santos.
Suely Alves de Carlos Identidade, memória e gênero nas obras literárias de Orlanda Amarilis
e Clarisse Lispector. Dissertação de Mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de
Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo, 2009. Orienta Simone Caputo Gomes.
2010
Alberto Francisco Mendes Lopes. Uma leitura do romance O Escravo de José Evaristo
d'Almeida. Tese de Mestrado em Estudos Africanos (especialidade Literatura Cabo-verdiana) na
Faculdade de Letras do Porto, 2010. Orientador Francisco Topa.
Ana Maria Almeida Santos Cordeiro. Nós, Cabo-Verdianos A Representação da Identidade nos
Textos Literários do Séc. XIX. Tese de Mestrado em Estudos Africanos na Universidade do
Porto, 2010. Orientador: Elvira Mea.
Antônio Aparecido Mantovani. Espaco̧ em ruínas: meio social, conflito familiar e a casa em
ruínas em Os dois irmãos de Germano Almeida e Dois irmãos de Milton Hatoum. Tese de
31
Doutoramento Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade de
São Paulo, 2010. Orientadora Simone Caputo Gomes
Sonia Maria Alves de Queiroz. Literatura e representação social das mulheres em Cabo Verde:
vencendo barreiras. Tese de Mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua
Portuguesa na Universidade de São Paulo, 2010. Orientadora: Simone Caputo Gomes.
2011
Danilo de Jesus da Veiga dos Santos. O Cabo-verdiano através dos olhos de forasteiros:
representações nos textos portugueses, 1784-1844. Tese de Mestrado em História de África, na
Universidade de Lisboa, 2011.
Maria Luiza Carvalho de Barros Paraense. O canto do galo, o pouso da mosca: exclusão social
em Manuel Lopes e Graciliano Ramos. Tese de Mestrado em Estudos Comparados de
Literaturas de Ling. Portuguesa na Universidade de São Paulo, 2011. Orientador Benjamin
Abdala Junior.
Susanne Maria Lima Castrillon. O romance O escravo (1856), de José Evaristo de Almeida no
sistema literário português. Tese de Doutoramento em Letras na Universidade de São Paulo,
2011. Orientador Helder Garmes.
32
II. DESCRITORES OU RESUMOS DISPONÍVEIS
O romance O Escravo (1856), escrito por José Evaristo de Almeida, portugueŝ radicado por
algum tempo em Cabo Verde, traz marcas do contexto histórico e cultural daquela colonia ̂
portuguesa em meados do século XIX. Este estudo busca demonstrar que o romance vai além
da caracterizacã̧ o genérica do arquipélago, e procura delinear literariamente uma identidade
caboverdiana. Essa abordagem, identitária, tem por parametros,
̂ estéticos e de valor, não apenas
o contexto literário e de idéias portugues,
̂ mas o contexto maior do debate europeu acerca da
escravidão e da raca,̧ com destaque para um diálogo intertextual privilegiado com o romance
Bug-Jargal (1826) de Victor Hugo.
+ Areias, Maria Laura Pereira. Ilhas riqueza, ilhas miséria: a representação literária da
insularidade num triângulo atlântico lusófono. Tese de Doutoramento na Universidade de
Tulane, 2000.
To the traditional unity of the Lusophone world I will explore its variety not only geographic,
dispersed over five continents, but also linguistic, cultural, social, economical and political.
As a sample I will analyse the literature of four archipelagos located in the Atlantic Ocean,
representing a country and a continent or part of a country— Azores (Portugal), Cape Verde,
São Tomé e Principe, Bahia islands (Brazil). At the same time I will define the character of
the islander, based on studies about Caribbean Islands, by Pedreira, Benitez Rojo, Juan Floras,
etc. This analysis will study different writers and more meaningful social and political
periods, such as the rising of a black conciousness and struggle for independance, or the
pessimistic disillusion of the current distopia in Azores and Brazil. Conclusions will be based
on marxist, anti and post-colonialist, and post-modern theories of Fanon, Margarido, Appiah,
Loomba, and Pratt. Particular emphasis will be placed on the humor that characterizes
islanders in its different forms, based on Bakhtin and Bergson. The idea of island leads to two
opposing images/conceits—abundance and absence, hence the title “ilhas riqueza, ilhas
miséria”. So, I will analyse that contrast and one of the consequences of the islander's reality:
emmigration. The massive Portuguese and the Cape-Verdian exodus to the New World in the
American whale-boats started around the turn of the XIX century, which remade Azores with
a “ Tenth Island ” or the L(USA)lândia. A short view of the human potentials of three
generations will be given by the studies of Eduardo Lourenço or the Californian or East-coast
scholars Eduardo Mayone Dias, Dinis Borges and Onésimo Almeida.
Finally we will end up concluding that the islands and islanders are unfairly subject to
marginalization and explotation by the authorities and elites. If it will be democratically given
a place and the chance to express itselves to all lusophone countries or regions, Lusophonia
will become more than “the world the Portuguese created” as imagined in the 30's by the
Brazilian sociologist Gilberto Freyre, but rather a democratic project where nobody and
nothing—race, colour, linguistic substracts, culture—will be lost.
+ Barrows, Paul Wayne. The historical roots of Cape Verdean Dependency (1460-1990). Tese
de doutoramento em Filosofia na Universidade de Minnesota, 1990.
This dissertation analyzes the process of social transformation in postcolonial Cape Verde. It is
33
thus history with a contemporary perspective. I argue that, as a result of 500 years of neglect,
Portuguese colonialism distorted Cape Verdean society through its failure to: establish a
representative form of government within which each Cape Verdean could participate, build an
adequate economic infrastructure, establish a system for educating Cape Verdeans and provide
adequate health and social services. The results from this failure were devastation, numerous
famines and mass migrations.
The thesis advances the argument that, by way of contrast, in approximately 15 years of
independence, the government and people of Cape Verde have generally been able to reverse
this situation. The new regime has eliminated starvation and famine, provided a representative
form of government, created an economic infrastructure to undergird the development within
the major islands, provided universal education for all young Cape Verdeans as well as literacy
programs for adults and made major improvements in the health and public health of Cape
Verdeans.
Despite these achievements, many difficult challenges face the government and people of Cape
Verde. Many of the programs and policies of the new government have been met with uneven
success. This thesis will provide a critical review of both the colonial and the postindependence
periods, analyzing politics at the local, national and transnational levels.
+ Brito, Rosendo Évora. Translation of the capeverdean novel “Chuva braba”. Tese de
Doutoramento na Universidade de Rhode Island, 1993.
This dissertation contains two parts: the first part discusses the three major periods of
Capeverdean literature beginning with the novel O Escravo, written in 1856, and the classic
writings of the major poets published in the Almanac-Luso-African, from 1894 to 1936; the
Claridade Movement, or the modern period from 1936 to 1944; and Certeza period from 1944
to 1958. The second part of the dissertation is a translation of Chuva-Braba (Wild Rain), a prize
winning novel by Manuel Lopes, one of the founders of modern Capeverdean literature. The
novel describes the dilemma of emigrating to a foreign land, leaving families, friends and the
34
country behind. The dilemma comes to light when Mane Quim's godfather, Joquinha, arrives in
Ribeira das Patas, a small hamlet in the interior of Santo Antao, one of ten islands that form the
archipelago of Cape Verde, to ask his godchild Mane Quim, to emigrate with him to Manaus, in
the Amazon's region of Brazil, where he now lives. Immediately, the villagers begin to discuss
the pros and cons of emigration. Some think it is a good thing to escape the drought stricken
island to look for a better life abroad. Others don't think emigration is good at all. The dilemma
is resolved when in a dream Nho Lourencinho, a foe of emigration, tells Joquinha that when a
person emigrates he or she is split in two. One half may go, he says, but the other half will stay
behind. In time it will rot like roots of a fallen tree that were left in the ground. There follows a
wild rain which awakens Mane Quim in the early dawn; he recants his decision to emigrate
with his godfather and he returns to his valley to farm the family plot.
Em ambos os autores, a acã̧ o é uma forma de resistencia. ̂ Em João Cabral, ela se faz pela
mobilidade, pela crenca̧ de que a ida em busca representa a solucã̧ o dos problemas. E se, no
percurso de Severino, ao se procurar a vida, só se encontra a morte pelo caminho, ao final
teremos uma perspectiva utópico-revolucinária que permite a continuidade da
resistencia.Poemas
̂ de Quem Ficou apresenta a resistencia ̂ em permanecer, apesar de a
situacã̧ o concorrer para o contrário: a seca, a fome e as epidemias convidam a partir, o oceano
acena para um mundo de infinitas possibilidades, mas o eu-lírico não quer trocar a sua
identidade de colonizado pela de colonizador. Mais do que isso, não quer, em partindo, perder
a sua identidade.Num painel comparativo de ambas as obras, pode-se afirmar que, além do
fato de a evasão se destacar como tema comum, também outros elementos estão presentes nos
dois livros e são de fundamental importancia ̂ na composicã̧ o e entendimento dos textos. De
início, a seca, que em ambas as obras é a razão principal da evasão; juntamente com ela, a
fome e a miséria, fatores que impulsionam a partida em busca de melhores condicõ ̧ es de
vida.Outro importante ponto em comum é a presenca̧ do mar: em Morte e Vida Severina, ele
representa o final da jornada, a chegada à cidade e à possibilidade de renovacã̧ o. Em Poemas
de Quem Ficou ele é o convite à jornada, à evasão que não se concretiza.
+ Carlos, Suely Alves de. Identidade, memória e gênero nas obras literárias de Orlanda
Amarilis e Clarisse Lispector. 2009. Dissertação de Mestrado em Estudos Comparados de
Literaturas de Língua Portuguesa - Universidade de São Paulo - FFLCH. Orienta Simone
Caputo Gomes.
Esta Dissertação insere-se na área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua
Portuguesa e tem por objetivo estabelecer uma analogia entre as narrativas de duas escritoras
que viveram na diáspora. Para tanto, examinaremos Desencanto e Cais-do- Sodré, do livro
Cais-do-Sodré te Salamansa1, e Thonon-les-Bains, do livro Ilhéu dos Pássaros2, ambos de
Orlanda Amarílis, e A Hora da Estrela3, de Clarice Lispector. Partindo dessas obras literárias,
pretendemos mostrar como a realidade da mulher migrante encontra pontos comuns mesmo
em países tão distantes como Brasil e Cabo Verde, e, ainda, sempre sob a ótica de gênero, as
múltiplas identidades que se estabelecem quando se está em situação de diáspora. Destacar-
se-á de cada conto de Orlanda Amarílis apenas um núcleo temático (diáspora e identidade
cultural, memória na diáspora e gênero, respectivamente), que será trabalhado
comparativamente à narrativa de Clarice Lispector, A hora da estrela, evitando-se, dessa
forma, que haja redundância ou repetições de temas.
35
+ Carrijo, Fabrizia de Sousa A busca da adequacã ̧ o entre formas literárias e momento
histórico um estudo comparativo entre O guarani de José de Alencar e O escravo de José
Evaristo de Almeida. Tese de Mestrado na Universidade de São Paulo, 2008. Orientador:
Hélder Garmes.
A dissertação de mestrado intitulada A busca da adequação entre formas literárias e momento
histórico: um estudo comparativo entre O guarani de José de Alencar e O escravo de José
Evaristo de Almeida tem o objetivo de fazer um estudo comparativo dos romances em
questão, apontando os elementos do gênero épico presentes em O guarani, e os elementos do
gênero trágico presentes em O escravo. Para tanto, reportaremos o leitor ao momento
histórico pelo qual passava o Brasil e Cabo Verde, porque a representação da realidade
política e social desses países demandava um diálogo com esses gêneros clássicos, os quais,
sem dúvida, deram uma maior legitimidade e verossimilhança aos romances.
+ Correa, Alamir Aquino. A formação das literaturas nacionais lusófonas em África.. Tese de
Doutoramento na Indiana University, 2000.
This study divided in seven chapters deals with the national literature construct. In the first
chapter, I show that although it has been discussed since the Romantic period, and one may
find canonization lists before that, there are no standards insofar as establishing what is or is
not the national quality of a given body of literary works. A national literature normally can
be defined if the language is considered. However, when there are several nations, formerly
Metropolis and Colonies, using the same language, other factors must be taken in order to
define whether a literary work may be taken as different from others. Moreover, it is
important to characterize the moment during the colonization period, if there is any, when a
given author declares his identity to be different from other writers in the Metropolis, thus
reflecting a different worldview.
Two elements, local lexical items and social tradition, are thereby taken into account as
possible nationality-definig factors, using as the object of study the literary works from the
Portuguese-speaking world, the Lusophone literatures. After evolving a diachronic
description of both Portuguese and Brazilian literatures and their social histories in chapters
two and three, it is established that those elements have been used as such.
In the fourth chapter, Lusophone Africa is described; the proper taxonomy in terms of
referring to literatures produced there, the official language option, and "Africanity" and its
processes are also discussed. Next, the social traditions and lexical items present in the
36
literatures of Mozambique (chapter five), Cape Verde, Guine-Bissau, and Sao Tome-Principe
(Chapter six), and Angola (chapter seven), including glossary building for all countries but
Angola, are collected and discussed.
Since local lexical items and social tradition are present in the national Lusophone literatures,
they are proven to be real nationalizing factors; therefore, the national literature construct has
now at least two objective standards.
Da análise das variações da lei da liberdade de imprensa desde os princípios do século XIX, e
da constatação de que, nas brechas de restrição ditatorial dessa liberdade, o Jornalismo cabo-
verdiano acompanhava Portugal e a Europa na missão reguladora da sociedade, passamos à
demonstração de como a censura foi obrigando os colaboradores da imprensa a transferir de
espaço a exteriorização das suas ideias e, por consequência, a missão de controlar, pela
denúncia, os poderes públicos.
Protegida, em parte, pela capa de ficcionalidade que lhe justifica a liberdade na escolha e
tratamento dos temas, a Literatura ocupou o lugar do Jornalismo na delação dos mais graves
problemas do arquipélago, torneando a vigilância colonial e, alimentando uma consciência
social que lançaria as sementes da independência política de Cabo Verde. É considerando
todas as especificidades da criação artística a que a Literatura obedece, mas, sobretudo, o
desejo de realismo que consegue chegar a encostá-la à verdade, que nos atrevemos a ver
notícias nas obras literárias seleccionadas para este reflexão.
As Minhas Mornas is a collection of poems which reflects the influences of Cape Verdean and
Cape Verdean-American culture. The critical introduction discusses how other authors use
memory as a tool of literary creation. Judith Ortiz Cofer, Milan Kundera, Derek Walcott, and
Toni Morrison are some of the writers who illustrate ways in which individual and collective
37
memory create a bridge from the past to present artistic expression. The subsequent collection
of poems examines the traditions that the Cape Verdean community has built to maintain ties
to the individuals within this migrant and transnational population and to cultivate the
connection with the spirit of their ancestors. The first section of poems reflects an American-
based perspective, and many of the representations of Cape Verde are conjured through
imagination and secondary retellings about the past. The second section focuses upon the
crossing and transitions between the fixed loci of Cape Verde and the Cape Verdean-
American communities in New England. The third part of this collection is based upon the
people, landscapes, and traditions as they are tied to the islands of Cape Verde. Finally, I have
included a glossary of definitions and terms used throughout the collection.
+ Gatlin, Darryle John. A socioeconomic history of São Vicente de Cabo Verde (1830-1970).
Tese de Doutoramento na Universidade de Los Angeles – California, 1990.
Considering the importance of Sao Vicente to international shipping and communications for
so many years it is surprising that, until this effort here before you, no book length monograph
in English has ever been produced about it. The primary purpose of this dissertation is to fill
this rather large scholarly lacuna.
Chapters one and two are devoted to a general overview of the archipelago's geographical and
cultural history. Chapter three deals with the historical specifics of Sao Vicente from the
38
1830's until 1910. Chapter four takes Sao Vicente 's history from 1910 to 1926 while chapter
five extends from 1926 to the 1970's. Chapter six is devoted to an examination of cultural
developments on Sao Vicente, especially the literary movement which developed there in the
1930's and 1940's. The seventh and last chapter of this dissertation is the conclusion in which
I recapitulate the findings of this dissertation as well as point the direction toward further
work which remains to be done by English speaking scholars in the area of Cape Verdean
history.
+ Gonçalves, Jeosafá Fernandez. Bem para além da ilha: Os flagelados do vento leste, do
caboverdiano Manuel Lopes, em diálogo com Seara Vermelha, do brasileiro Jorge Amado.
Tese de Doutoramento na Universidade de São Paulo, 2002. Orientador: Benjamim Abdala
Junior.
A presente tese compõe-se de três capítulos: 1. Os flagelados do vento leste e seu estilo; 2. Os
caminhos simbólicos que levam de Os flagelados do vento leste a Seara vermelha; e 3. Seara
vermelha / Os flagelados do vento leste: diálogos e confrontos. O capítulo 1 dedica-se ao
romance do escritor caboverdiano Manuel Lopes, e sua função é estudar aspectos temáticos, de
estrutura narrativa e de linguagem, para fins de trabalho comparativo, no âmbito das literaturas
de língua portuguesa, particularmente a brasileira. O capítulo 2 compreende: a) as teorias e os
métodos empregados como instrumentos para o estudo das relações entre Os flagelados do
vento leste (Manuel Lopes), Vidas secas (Graciliano Ramos), e Seara vermelha (Jorge Amado);
b) contextualização do tema da seca; c) aproximação entre Os flagelados do vento leste e Vidas
secas, e entre Os flagelados do vento leste e Seara vermelha. O capítulo 3 compara a temática, a
estrutura narrativa e a linguagem de Os flagelados do vento leste e de Seara vermelha,
enfatizando este último aspecto, defende a semelhança poética entre esses dois romances, e
destaca as particularidades respectivas de dois projetos estéticos que um e outro manifestam.
+ Grecco, Fabiana Miraz de Freitas. O amor mestiço nas modinhas e lundus de Domingos
Caldas Barbosa (1740 - 1800) e nas mornas de Eugénio Tavares (1867 - 1930). 2010.
Dissertação (Mestrado em Literatura e Vida Social) – Universidade Estadual Paulista Campus
de Assis. Orientador Rubens Pereira dos Santos.
A obra poética do brasileiro Domingos Caldas Barbosa (1740- 1800), intitulada Viola de
Lereno (1798- 1826), que corresponde aos gêneros poético-musicais denominados modinhas e
lundus, e do cabo-verdiano Eugénio Tavares (1867- 1930), que corresponde a Mornas –
Cantigas Crioulas (1930), cantigas populares de Cabo Verde, possuem grande semelhança em
relação ao tema amoroso. De acordo com o musicólogo cabo-verdiano Vasco Martins, morna,
modinha e lundu apresentam, em comum, muitos pontos musicológicos, como a harmonia, os
acordes e a tonalidade menor, mas, além disso, é identificável, principalmente, o
sentimentalismo amoroso que se expressa por meio de uma linguagem diferente daquela
verificada na Literatura Portuguesa. Assim, propomos nesta pesquisa um estudo comparativo
entre as modinhas e lundus de Caldas Barbosa e as mornas de Eugénio Tavares. Dessa forma,
procuraremos um novo conceito de amor nos dois poetas, partindo da análise do tema em
literatura comparada, a fim de demonstrar a partir dele, o que Elizabeth Frenzel denomina de
“inovação motívica”.
39
Este trabalho tem como objetivo analisar o diálogo que o poeta caboverdiano Jorge Barbosa
estabeleceu entre sua obra poética, o Modernismo brasileiro e, principalmente, a poética de
Manuel Bandeira. Buscamos destacar, nos textos de Jorge Barbosa, passagens em que há
menção a Manuel Bandeira ou que nos remetem aos versos deste autor, seja da perspectiva
temática, seja da perspectiva estrutural. Em nossa abordagem, preterimos o termo influência
em prol de ressonância não só por crermos ser este conceito mais abrangente do que aquele,
como também por ele mostrar-se mais coerente em relação à Literatura Comparada
contemporânea. Arquipélago (1935), livro de estréia de Jorge Barbosa, está diretamente
relacionado ao nascimento da moderna literatura caboverdiana, por sua vez ancorado no
projeto intelectual que, em 1936, culminou na fundação da revista Claridade. Um de nossos
objetivos é abordar a importância histórica desta revista e de seu grupo fundador, do qual
Jorge Barbosa faz parte. Ocupar-nos-emos da interseção histórico-cultural entre Brasil e Cabo
Verde, responsável pelo surgimento do sentimento de afinidade e identificação dos
caboverdianos com os brasileiros. Nossa expectativa é contribuir com o aprofundamento do
diálogo cultural e estético entre Cabo Verde e Brasil, a incluir as ressonâncias de Manuel
Bandeira (e do Modernismo) na obra poética de Jorge Barbosa.
Palavras-chave: Jorge Barbosa, Manuel Bandeira, Brasil, Cabo Verde.
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/ECAP-
8BQFFC/1/wellinton_disserta__o__ap_s_defesa__completa....pdf
+ Lopes, Alberto Francisco Mendes Uma leitura do romance O Escravo de José Evaristo
d'Almeida. Tese de Mestrado em Estudos Africanos (especialidade Literatura Cabo-verdiana)
na Faculdade de Letras do Porto, 2010. Orientador Francisco Topa.
O presente trabalho tem como objectivo analisar o romance O Escravo, de José Evaristo
d’Almeida, publicado em 1856. A principal razão para a escolha deste objecto de estudo tem a
ver com a circunstância de se tratar de um texto fundador: para além de ser o primeiro
romance de temática cabo-verdiana, O Escravo tem a importância história de denunciar
precocemente as iniquidades do sistema esclavagista e de sugerir, com bastante nitidez, a
identidade cabo-verdiana em formação e a sua componente africana.
Mesmo admitindo como possível a influência, já sugerida, de Bug-Jargal, de Victor Hugo (um
romance de 1826), o pioneirismo de José Evaristo d’Almeida não pode ser contestado:
pensando no contexto das literaturas de língua portuguesa, não esqueçamos que Castro Alves
nasce em 1847, que A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, é de 1875 ou que O Mulato,
40
de Aluísio de Azevedo, sai em 1881. A nossa leitura de O Escravo desdobra-se em dois
grandes capítulos, cada um dos quais se desdobra em vários subcapítulos. Na primeira parte,
fazemos um breve enquadramento histórico-cultural de Cabo Verde, apresentamos o
fenómeno esclavagista, esboçamos uma síntese da produção ficcional cabo-verdiana e da sua
produção ficcional e procedemos à contextualização da obra e do autor. Na segunda parte,
desenvolvemos uma leitura do romance, partindo do estudo das principais categorias da
narrativa. O trabalho termina com uma síntese conclusiva e com a bibliografia utilizada.
+ Mantovani, Antônio Aparecido Espaco̧ em ruínas: meio social, conflito familiar e a casa
em ruínas em Os dois irmãos de Germano Almeida e Dois irmãos de Milton Hatoum. Tese de
Doutoramento Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade de
São Paulo, 2010. Orientadora Simone Caputo Gomes.
O diálogo entre a literatura brasileira e a caboverdiana não se esgota nas décadas de 30 e 40.
Este pode ser observado até a atualidade e com extensão para outras regiões brasileiras, além
do Nordeste. A partir desta reflexão, este estudo tem como objetivo investigar, dentro do
macrossistema literário de língua portuguesa e no ambito ̂ das relacõ ̧ es literárias
contemporaneas ̂ entre Brasil e Cabo Verde, como se dá o diálogo entre as obras Os dois
irmãos, de Germano Almeida, e Dois irmãos, de Milton Hatoum. lnvestiqará também como o
espaco̧ impacta o comportamento das personagens que, não raro, são movidas pelo contexto
em que estão inseridas. Essas obras podem ser aproximadas, numa abordagem comparativa,
por alguns fatores como a hibridez cultural, em virtude principalmente da emigracã̧ o, a
presenca̧ do mito da rivalidade entre irmãos, o drama familiar causado pelo adultério seguido
da reparacã̧ o sob o signo da vinganca,
̧ a casa que se desfaz associada à ruína das personagens,
a coercã̧ o imposta pelos valores da sociedade.
Esta dissertacã̧ o tem como objetivo investigar as relacõ̧ es literárias entre Brasil e Cabo Verde
dentro do macrossistema literário de língua portuguesa, especificamente do neo-realismo
brasileiro e caboverdiano por volta de 1930, pois é neste período que tais relacõ ̧ es se estreitam
e confluem em virtude de um conjunto de fatores semelhantes. Estes nos permitem comparar
O Quinze, de Rachel de Queiroz, e Chiquinho, de Baltasar Lopes, tendo em vista uma
diversidade de fatos e procedimentos similares envolvendo as personagens e o espaco ̧ destas
obras. A partir da inter-relacã̧ o entre o espaco̧ físico, a seca e seus efeitos, propõe-se uma
investigacã̧ o que contemple as similitudes e as diferencas ̧ presentes nestes dois romances. As
obras retratam o espaco, ̧ o meio histórico e os ambientes sociais que influem diretamente no
comportamento das personagens num período de seca provocador de uma grande crise social.
Este estudo se fará dentro da linha de pesquisa Literatura e sociedade na época
contemporanea:̂ Portugal, Brasil e África.
41
transformações socioculturais e linguísticas de São Vicente, desde a ocupação da ilha até
1975, data da independência do país. O texto foca em primeiro lugar aspectos contextuais,
que remetem para o povoamento da ilha, para a sua importância económica para o
arquipélago durante o período colonial, de como as sucessivas migrações devidas à seca e
outros estrangulamentos de ordem política e social vão configurando o aspecto social e
sobretudo o cultural e o linguístico. A Cidade do Mindelo, sinédoque de São Vicente e vice-
versa, ao receber os―apports‖ (as influências, os contributos) das ilhas que lhe estão mais
próximas (Santo Antão, S. Nicolau e Boavista), conjugados com o inglês que demanda a baía
do Porto Grande como interposto do abastecimento dos barcos a carvão, num período curto de
tempo em processo de transculturação, apresenta uma face diferente do arquipélago. Aqui se
caracteriza esta identidade sanvicentina com base nos aspectos linguísticos, literários e
culturais (ensino, imprensa, musicais e teatrais).
http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/55924
Este estudo examina a literatura feminina, mais especificamente, alguns contos de Clarice
Lispector e Orlanda Amarilis, considerando as situacõ ̧ es históricas, sociais e geográficas dos
seus espacoş de origem: Brasil e Cabo Verde. O trabalho toma por base os contos Mas vai
chover, da brasileira Clarice Lispector e Thonon-les-Bains, da caboverdiana Orlanda
Amarilis, desenvolvendo estudo comparativo das respectivas personagens femininas,
consideradas sobretudo nas suas relacõ ̧ es de genero
̂ (gender). Demais textos das autoras serão
analisados como complementacã̧ o às propostas anteriormente expostas, no sentido de se
demonstrar como a mulher, nas narrativas analisadas, desenvolve uma luta de conquista pelos
seus direitos e acaba vivendo em estado de solidão. As personagens de Clarice Lispector,
vivendo numa cidade aberta como o Rio de Janeiro, encontram eco nas personagens de
Orlanda Amarilis, recém-saídas de um contexto de colonizacã̧ o e opressão. Vemos assim que,
apesar dos avancos ̧ a mulher- personagem experimenta, ainda nos anos 70 do século XX, a
violencia
̂ e humilhacã̧ o, passando por situacõ̧ es difíceis, e na maior parte das vezes, calada e
sozinha. Para desenvolver tais propostas, uma primeira parte, de "Introducã̧ o", apresenta uma
série de afirmacõ
̧ es sobre a mulher, onde filósofos, escritores, doutores e santos expõem um
variado leque de posturas preconceituosas. Aí também apresentamos as questões referentes à
"Solidão e Resistencia,"
̂ pala.literatura brasileira escrita por mulheres e analisa os contos do
volume A Via Crucis do Corpo, de Clarice Lispector. O capítulo IV "África: Orlanda Amarilis
e Ilhéu dos Pássaros" apresenta pontos referentes à história da colonizacã̧ o e da revolucã̧ o
cultural no arquipélago de Cabo Verde, ex-África Portuguesa, e faz um estudo do volume de
contos Ilhéu dos Pássaros, de Orlanda Amarilis. No final segue-se um capítulo, V, com as
"Consideracõ̧ es finais." Ao registrar esses contextos, o trabalho pretende colaborar para o
aperfeicoamento
̧ dos estudos da literatura feminina e para o processo de defesa dos direitos da
mulher. Estes são os dois principais objetivos desta dissertacã̧ o.
42
O nosso ponto de partida assentou no facto de Cabo Verde exercer um fascínio especial sobre
nós, pois partilhamos hábitos e costumes, embora saibamos que, no arquipélago, eles
assumem uma dimensão muito mais genuína e, antropologicamente, mais rica. Pois bem,
tendo em conta o chamamento da cultura cabo-verdiana, pensamos realizar um mergulho
pelas coordenadas sócio-culturais e literárias de Cabo Verde e, nesse caminho, encontramos
Corsino Fortes e a sua obra.
Assim, constataremos que “se o Decameron, Os Lusíadas, o Dom Quixote ou o Hamlet são
grandes obras literárias, é também (embora, como é obvio, não só) porque os textos que
incorporam tiveram uma excepcional capacidade de plasmar artisticamente e de prolongar
no tempo os contextos histórico-culturais em que se inseriram e, com eles, os seus mais
significativos componentes (ideias, temas, mitos, valores, etc.)” também Árvore & Tambor
resulta dos contextos que a circundam. Daí que o presente trabalho tenha início, precisamente,
com a exploração dos aspectos históricos, culturais e sociais, nos quais se inserem os textos de
Árvore & Tambor, que consideramos uma obra literária, representativa e tradutora de todos os
aspectos da cultura cabo-verdiana.
+ Paula, Júlio Cesar Machado de Manuel Bandeira e Claridade: confluenciaŝ literárias
entre o modernismo brasileiro e o cabo-verdiano.Tese de Mestrado na Universidade de São
Paulo, 2005. Orientador: Helder Garmes.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-21082007-150507/pt-br.php
+ Pereira, Ana Luísa Ventura Vieira A oeste das ilhas, a América : Acores
̧ e Cabo Verde
numa mesma perspectiva. Tese de Mestrado na Universidade de São Paulo, 1999.
Orientadora: Rita Chaves.
43
Se a arte em geral e a literatura em particular expõem as aspiracõ̧ es dos povos e a sua forma
de estar no mundo e se-lo, ̂ é preciso que haja um esforco ̧ para encontrar as pontes que tão
genuinamente nos ligam e entrelacam ̧ a toda a humanidade. Procurar esses
lacos/tracos/abracos
̧ ̧ ̧ entre as vozes que até nós viajam vindos dos Acoreş e de Cabo Verde e,
ao mesmo tempo, descobrir em cada uma o reflexo da identidade cultural de que é arauto, é a
mola e o leme deste trabalho. Comparando asliteraturas destes dois arquipélagos, optou-se por
registrar o foco de interesse às consequencias̈ ̂ da macica̧ emigracã̧ o para os Estados Unidos
que ambos arquipélagos apresentam, sistematizando a esse respeito dados de cunho
linguí̈ stico eliterário, enriquecidos por outros, históricos e sociológicos, que em muito virão
amparar e dar novo significado aos resultados obtidos. Tendo em comum o código literário
portugueŝ e a condicã̧ o insular, os dois arquipélagos revelam, no universoliterário construído
neste século, temáticas e preocupacõ ̧ es que muito os aproximam, ao lado de contextos
marcadamente distintos - fato que nos leva a enriquecer esta pesquisa com um outro enfoque,
o da identidade cultural, que vem somar-se aos já citados resultados linguí̈ stico e literário.
+ Peterson, Loida Pereira. Feminine space in short stories of Lidia Jorge, Marina Colasanti
and Orlanda Amarílis. Tese de Doutoramento na Universidade de North Carolina at Chapel
Hill, 2001.
Space can have special relevance to the interpretation of women's literature. It constitutes an
intersection of physical, psychological and social territories. Spatial boundaries divide
patriarchal societies, such as that of Portugal, Brazil, and Cape Verde, into two sub-universes:
the universe of men, or the world comprised of public, religious and economic power; and the
universe of women, or the domestic world of sexuality and of the family.
Traditional literary images of women and their gendered roles in society bear significance to
the study of the relationship women have to space. By analyzing women's experiences in their
relationships with others, one is better able to establish an individualized self-identity for the
female. These experiences are described within different concepts of space that are associated
with the idea of an imposed marginalization for the woman.
In their works Jorge, Colasanti and Amarílis reveal the feminine process of self-evaluation
and identification as the authors explore women's roles in contemporary society within
different spaces they occupy in their countries. I demonstrate this process by analyzing
selected short stories from the following texts: Lídia Jorge's Marido a outros contos (1997)
and A Instrumentalina (1992); Marina Colasanti's O leopardo é um animal delicado (1998)
and Contos de amor rasgados (1986); and Orlanda Amarílis' A casa dos mastros (1989) anda
Ilhéu dos pássaros (1983).
In these short stories, I analyze different types of space that the female characters occupy in
attempts to discover a common voice for the women in their respective countries. The
following themes will be analyzed: masculine versus feminine space, literary images of
women in space, the presence of women in physical space, and the search for a feminine
identity vis-à-vis psychological space. As a theoretical approach I use literary theory
concerning space, complimented with French feminist theory (specifically Hélène Cixous and
Luce Irigaray), Ecofeminism, and Existentialist theory.
+ Queiroz, Sonia Maria Alves de. Literatura e representação social das mulheres em Cabo
Verde: vencendo barreiras. Tese de Mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de
Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo, 2010. Orientadora: Simone Caputo Gomes.
44
Esta dissertacã̧ o analisa comparativamente textos cabo-verdianos de autoria masculina e
feminina à luz do tema Literatura e representacã̧ o social das mulheres em Cabo Verde, com o
objetivo de demonstrar como constroem a historicidade das mulheres naquele contexto, com
base na abordagem de generô e numa hermeneutica
̂ do cotidiano feminino. Diante do exposto,
centramos as leituras nas personagens femininas das narrativas, especialmente as protagonistas,
no intuito de acompanhar suas trajetórias de objetos a sujeitos históricos, tendo em conta a
complexidade do fenomenô da emancipacã̧ o feminina em Cabo Verde e a entrada um pouco
tardia, todavia decisiva, de producõ̧ es de mulheres no canone
̂ literário. Buscamos demonstrar,
em nossa pesquisa, como a escritura literária masculina de António Aurélio Goncalves,
̧ Baltasar
Lopes, Manuel Ferreira, Oswaldo Osório, Teobaldo Virgínio e Virgílio Pires apreende e
apresenta realidades femininas, sobretudo por meio da exposicã̧ o, ao passo que as escrituras
literárias femininas de Camila Mont-Rond, Dina Salústio, Fátima Bettencourt, Ivone Aída e
Maria Margarida Mascarenhas revelam subjetividades femininas que lancam ̧ novos olhares e
novos recortes que dialogam o universo representado pela ótica masculina.
+ Ribeiro, Alceu Leite Literaturas em contato -Brasil e Cabo Verde (análise de O Quinze e
Chiquinho). Tese de Doutoramento na Universidade de São Paulo, 2005. Orientadora: Benilde
Caniato.
Esse trabalho teve como objeto de investigacã̧ o a análise comparada de duas obras: O Quinze,
de Rachel de Queiroz e Chiquinho, de Baltasar Lopes que marcaram mudancas ̧ radicais em
termos de usos de linguagem, de temática, revelando-nos as novas facetas que passariam a ser
exploradas a partir das mudancas ̧ propostas pelo Modernismo (Semana de 22, seguida pela
Geracã̧ o de 1930-45). Para isso, em um primeiro momento, demos o necessário embasamento
teórico e, a seguir, fizemos a identificacã̧ o dos acontecimentos de época, tanto em Cabo Verde
como no Brasil (Nordeste). A seguir, com fundamento nas teorias discutidas, confrontamos as
45
duas obras por meio de citacõ̧ es pertinentes que, aos poucos, vão apresentando e analisando
divergencias
̂ e convergencias
̂ que identifiquem temática, padrões sociais vigentes,
personagens, diálogos, enfim, tudo aquilo que, de alguma forma, possa mostrar a presenca̧ da
oralidade, do coloquial, da linguagem como mostra de tensões emotivas e como retrato de
época.
Tendo como ponto de partida os romances Vidas secas do escritor alagoano Graciliano Ramos
e Os flagelados do vento Leste do cabo-verdiano Manuel Lopes aborda-se o diálogo literário
entre Brasil e Cabo Verde, sobretudo a partir de uma contextualização das obras em relação ao
regionalismo da década de 30. Nesse trabalho, longe de fazer juízo de valor quanto à
influência de um sistema literário sobre outro, é enfatizado os processos de auto-identificação
e interdependência entre as literaturas do Brasil e de Cabo Verde, que configuram-se como
uma relação de parceria e completude. Também observa-se, neste trabalho, as manifestações e
configurações utópicas propulsoras dos atos de resistência na representação dos personagens
brasileiros e cabo-verdianos fixados em seus respectivos espaços. E por fim, constata-se a
semelhança não apenas temática e ideológica de Graciliano Ramos e Manuel Lopes como
também suas afinidades na concepção que tinham de obra de arte, no processo criativo e na
forma como concebiam a função do texto literário.
http://bdtd.ufal.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=714
Propõe-se, neste trabalho, analisar os romances São Bernardo (1934), do escritor alagoano
Graciliano Ramos e Chuva Braba (1956), do escritor caboverdiano Manuel Lopes, tendo
como principal respaldo teórico os conceitos de originalidade e representatividade propostos
pelo uruguaio Angel Rama (2001). Os romances acima referidos rompem com a tradição
narrativa de seus respectivos sistemas e, tendo por base elementos regionais/locais,
conseguem representar originalmente suas respectivas realidades sem que enveredem pela
caricatura ou pela tipificação, ambas redutoras como processo compositivo. Assim, Graciliano
Ramos e Manuel Lopes respondem a uma tensão produtiva, criando obras que são destaques
para seus sistemas literários sem descartar a forte base referencial.
http://bdtd.ufal.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=734
46
A leitura comparativa das producõ ̧ es em prosa e poesia que compõem a obra literária de
Eugénio Tavares possibilita a compreensão da importancia ̂ da participacã̧ o dos escritores
nativistas para a construcã̧ o da nacã̧ o Cabo Verde, da sua cultura e para a formacã̧ o de sua
série literária. Buscaremos nas producõ ̧ es jornalística e epistolar eugenianas tracar ̧ um
panorama do contexto cabo-verdiano da virada do século dezenove para o vinte, destacando-
lhes o propósito de denúncia das principais questões sociais, economicas ̂ e políticas, assim
como as aspiracõ ̧ es libertárias que preocupavam os intelectuais cabo-verdianos da época. Na
poesia, que ora se expressa em língua portuguesa, ora nas mornas em língua cabo-verdiana
(crioulo), daremos enfase ̂ a aspectos que fazem confluir a arte eugeniana para um
ultrarromantismo tardio, de raiz lusa e, ao mesmo tempo, a estratégias que rasuram este estilo
a partir de dentro, por meio de artifícios como a crítica e o humor carnavalizador. Quanto à
morna, documento de registro da consciencia ̂ coletiva, recorte de um patrimonio ̂ histórico,
cultural e humanístico, submetida à mestria da pena de Eugénio Tavares, constituirá, além de
uma marca identitária crioula, um dos marcos do lirismo literário cabo-verdiano. A opcã̧ o de
trabalhar com o cotejo de textos de diferentes generoŝ manifesta a nossa tentativa de captar a
riqueza com que Eugénio Tavares se apresenta e representa Cabo Verde em sua obra.
+ Rodrigues, Isabel Paim de Bruges Feo. Crafting nation and creolization in the islands of
Cape Verde. Tese de Doutoramento em Antropologia na Brown University, 2002.
This dissertation argues that creolization, despite being historically enmeshed with the
colonial experience, became the main symbolic content for the crafting of a postcolonial
national identity in Cape Verde. This process of creolization began with the settlement of the
colony in the 15 th century and involves biological, linguistic, cultural and social intersections
of several identities. It was a process inscribed in a place without a native society where
colonizers were brought together with colonized each having referential cultural orders
outside of Cape Verde, namely in Europe and in Africa. Through the friction and negotiation
of identities between colonized and colonizer, a Capeverdean identity was brought into being
by blurring the boundaries of race and subverting the codes of colonial stratification.
This process of creolization is not made of neat intersections resulting from the addition and
subtraction of traveling cultures following symmetric lines of power. Creolization is in fact
47
the most prominent way of disclosing the internal fragmentation of colonial societies and their
internal contradictions. It is a process that reveals that the boundaries of power and
subjugation were not and are not always clearly dichotomous. Creolization also reveals that
the political domain of colonialism was not entirely separate from the intimate space of social
relations. Rather, they coexisted generating multiple frictions and tensions across race, class
and gender boundaries, which continue to characterize daily forms of crafting and
reproducing postcolonial identities.
̂
+ Santos, Antonio Carlos Oliveira. Eugenio
̂ Tavares: poesia e convencã
̧ o romantica.
̂ Tese
Mestrado de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na Universidade de
São Paulo, 2007. Orientador: Helder Garmes.
Eugenio
̂ Tavares (1867-1930) foi, na sua época, uma personalidade influente no cenário
cultural e político caboverdiano, atuando como poeta bilínguë e jornalista engajado, embora
tenha se notabilizado apenas pela sua producã̧ o poética em crioulo (mornas). A sua poesia em
língua portuguesa dispersa em periódicos e revistas ficou por muito tempo esquecida, vindo a
público somente nos anos oitenta, através de uma pesquisa empreendida por Félix Monteiro,
da qual um importante corpus foi publicado na revista Raízes nº 17/20. Pretendemos neste
trabalho tracaŗ o roteiro biográfico do autor e fazer uma apresentacã̧ o e leitura de sua poesia
em língua portuguesa, ressaltando a sua militancia ̂ política e a importancia
̂ dessa obra no
panorama literário caboverdiano desse período, como também refletir sobre a relacã̧ o entre
manifestacõ̧ es literárias e o meio social, tendo em vista as convencõ ̧ es estético-formais
vigentes no contexto colonial finissecular e suas relacõ̧ es intertextuais com a obra de Eugeniô
Tavares.
+ Santos, Danilo de Jesus da Veiga dos. O Cabo-verdiano através dos olhos de forasteiros:
representações nos textos portugueses, 1784-1844. Tese de Mestrado em História de África, na
Universidade de Lisboa, 2011.
Ao ler os textos portugueses dos finais do século XVIII e a primeira metade do século XIX
deparase com uma certa depreciação e africanização do homem cabo-verdiano. As formas de
sociabilidade dos cabo-verdianos eram reprovadas por estes serem demasiados próximo dos
“negros africanos”. Estas representações continuam a ser menos conhecidas tanto no domínio da
História como nos outros campos do saber. Ora, o presente trabalho debruça-se sobre a imagem
do homem caboverdiano construída, pensada, e dada a ler nos textos portugueses produzidos
pelos forasteiros no período entre 1784 e 1844. O corpo textual que sustenta este estudo foi
produzido a partir do contacto com as ilhas e os seus habitantes ou, muitas vezes, a partir de
informações de terceiros, por alguém cujos padrões mentais e culturais pertenciam à outra
realidade. Da longa relação dos portugueses/europeus com os africanos sob a soberania
portuguesa no espaço cabo-verdiano desenvolveu-se uma cultura nova e um homem novo – uma
nova sociedade, que por um lado reflecte o fracasso português na assimilação dos cabo-
verdianos e por outro mostra a capacidade de, num espaço novo, através do processo de
mestiçagem, que foi quase um fenómeno natural nas ilhas de Cabo Verde, surgir algo novo, com
contornos próprios, que se pode caracterizar de caboverdiano.
http://repositorio.ul.pt/handle/10451/4152
+ Soares, Risanda dos Reis. São Vicente de Cabo Verde no Pós-Guerra (1945 -1960). Tese de
Mestrado em Estudos Africanos na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2009.
Orientador: Maciel Santos.
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A ilha de São Vicente foi socialmente a mais recente do arquipélago, devendo o seu
desenvolvimento ao impulso da revolução industrial europeia e a presença inglesa, com a
implementação das companhias de carvão.Com o decréscimo do movimento das embarcações
e as crises agrícolas que ocorreram nos anos quarenta a ilha ficou numa situação bastante
difícil tendo-se solicitado a metrópole vários apoios que seriam empregues na realização de
obras. No entanto as respostas tardias fizeram com que muitas pessoas saíssem a procura de
sustento para as suas famílias, dirigindo a emigração para o exterior nomeadamente para a
colónia de S. Tomé, na condição de contratados. A maior parte dos que ficaram não resistiram
e fizeram aumentar o número de mortalidade na ilha.
De forma a enriquecer melhor o trabalho recorreu-se a análise de composições antigas que
retratam a vivência social da ilha, evidenciando todos os pontos importantes do trabalho que
ora se apresenta. Face a essa conjuntura manifesta-se a vontade de muitos entusiastas a favor
da atribuição á Cabo Verde do estatuto de colónia adjacente, como forma da metrópole
assumir com mais eficácia e prontidão os problemas da colónia. No entanto, após muitas
discussões nada foi feito até a independência da colónia.
Nesse contexto do pós-guerra assiste-se ao aprofundar da crise em São Vicente, que somente
viria a conhecer sinais de melhorias a partir dos anos cinquenta do século XX, altura que a
produção agrícola em Cabo Verde melhora bastante de vido as chuvas e paralelamente
começam a chegar ajuda financeira a metrópole através dos Planos de Fomento, destinados ao
desenvolvimento económico da metrópole e das colónias.
Palavras-chaves: Colónia, São Vicente, II Guerra Mundial.
+ Teixeira, José Manuel Leite. O realismo na escrita poética de Manuel Lopes. Tese de
Mestrado em Literaturas Românicas na Universidade de Lisboa, 2007. Orientador Alberto
Carvalho.
O realismo apresenta em Cabo Verde particularidades próprias. Se em Portugal e noutros países
foi um movimento literário e idiológico-político empenhado em soluções transformadoras da
sociedade pela via da função social da arte, pela desmistificação da consciência e pela oposição
ao capitalista e ao burguês, em Cabo Verde, por razões naturais, geográficas e sociais
contextualiza-se assumindo outras preocupações. Manuel Lopes, com o tempo, sem esquecer o
plano subjectivo, envereda por uma escrita poética com implicações objectivistas tematizando os
problemas crioulos mais prementes: seca, isolamento, fome, emigração. A objectividade e a
subjectividade são, por isso, duas características do realismo cabo-verdiano. Os paradigmas, São
Vicente-Mar (urbanidade) e Santo Antão-terra (ruralidade) e ainda a dinâmica de oposição entre
o partir/ficar informam decisivamente a sua poesia.
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/405/1/15991_1_100AA%2520Parte.pdf
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Germano Almeida, como contribuição para um debate em que referências identitárias já
assumidas pelas sucessivas gerações de cabo-verdianos são reinterpretadas por Germano, no
redesenhar do país-nação, e se realizam também no Parlamento de Cabo Verde, numa
concepção peculiar de autoria. Como foco principal, analisamos a obra O Meu Poeta, sob o
ponto de vista da autoria e identidade, dialogando-a com as sessões solenes das
comemorações do 5 de Julho, numa perspectiva de interface. A proposta de leitura conjuga os
fundamentos da Crítica Textual com os da Literatura, numa abordagem plural que, para além
da análise interdisciplinar do texto literário, deixa propostas que contribuirão para a
preservação do património imaterial do jovem país. Uma digressão pela situação linguística
do arquipélago é feita, de forma a ilustrar a diversidade dessa síntese cultural na sua
materialidade de linguagem em duas vozes.
Palavras-chave: Autoria, identidade, literatura cabo-verdiana, escrita almeidiana.
http://www.bdtd.ndc.uff.br/tde_arquivos/23/TDE-2010-09-14T135021Z-2623/Publico/Maria
%20Augusta%20Teixeira-Dissert.pdf
+ Varela, Edmilson Jesus Ramos Oliveira Varela. Representações de Cabo Verde e dos
cabo-verdianos: 1890-1910. Tese de Mestrado em História Contemporânea da Universidade de
Lisboa, 2010. Orientador Sérgio Campos Matos.
O nosso objectivo consiste em analisar como, no período que vai do Ultimatum britânico de
1890 à implantação de I República em Portugal (1910), se representavam o arquipélago de
Cabo Verde e a sua sociedade, partindo do princípio que quem representava eram sobretudo
os colonos portugueses e, por outro lado, de como os próprios cabo-verdianos se auto-
representavam. Para a representação tanto do espaço como da sociedade em si, tivemos em
linha de conta um conjunto de questões sociais, geográficas e territoriais, que nos permitiu, de
uma forma clara, caracterizar e descrever quer o espaço, quer a sociedade cabo-verdiana no
período estudado. Neste sentido e atendendo à nossa finalidade, dividimos o trabalho em três
capítulos; No primeiro, analisámos a sociedade cabo-verdiana da época e de maneira a
perceber de que sociedade se está a falar, caracterizando-a do ponto de vista social, cultural e
religiosa; No segundo, abordamos a questão da identidade cultural, o que nos permitiu
descrever a sua representação e o sentimento de pertença da sociedade caboverdiana;
Finalmente, no terceiro e último capítulo, caracterizámos o espaço, falando da identidade
geográfica propriamente dita, concluindo como se representava Cabo Verde –
província/colónia ou África.
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