Você está na página 1de 24

Metralhadora Cal .

50 M2
Metralhadora Cal .50 M2

I – INTRODUÇÃO
- Apresentar a Mtr .50 M2

II – DESENVOLVIMENTO
- Identificar as características e a nomenclatura das peças.
- Desmontar e montar a Mtr em 1º Esc, colocando as peças em ordem e na sequência correta
- Praticar a manutenção de 1º Esc.

III – CONCLUSÃO
- Retirada de dúvidas

IV – FONTE DE CONSULTA
- Manual da .50 C-23-65
Metralhadora Cal .50 M2
Principais características:

a. Designação

Referência numérica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .NEE 1005-1061 100


Indicativo militar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . MTR .50 M2
Nomenclatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Metralhadora .50 M2

b. Classificação
Quanto ao tipo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Não portátil
Quanto ao emprego. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Coletivo
Quanto ao funcionamento. . . . . . . . . . . . . . . Automático
Quanto ao princípio motor . . . . . . . . . . . . . . Utilização direta dos gases
Quanto ao carregamento. . . . . . . . . . . . . . . . Retrocarga

c. Alimentação
Carregador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . Tipo fita, de elos metálicos
Capacidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Indeterminada (normalmente 100 cartuchos, para o cofre cal .50M2)
Sentido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Da esquerda para direita ou vice-versa
Metralhadora Cal .50 M2

d. Raiamento
Número de raias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 (oito)
Sentido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Da esquerda para direita

e. Dados Numéricos
Velocidade teórica:
- em cadência automática. . . . . . . . . . . .. . . 400 a 600 tiros/min
- em cadência intermitente. . . . . . . . . . . . . . 75 tiros/min

Alcance máximo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.900 m

Alcance de utilização. . . . . . . . . . . . . . . . . . 900 m

Pesos:
- Peça. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Kg
- Cano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Kg
- Reparo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 Kg
- Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Kg
Metralhadora Cal .50 M2

f. Munição
A munição é classificada como munição para armas portáteis e é fornecida
sob a forma de cartucho completo. O cartucho consiste no projétil, estojo de
cartucho, pólvora de propulsão e cápsula. Utiliza principalmente, os seguintes
tipos de munição:

- car .50 M1 - ponta do projétil na cor natural do metal.

- car .50 Pf M1 - ponta do projétil pintada de preto

- car .50 Tr M1 - ponta do projétil pintada de vermelho

- car .50 Tr M2 - ponta do projétil pintada de alaranjado

- car .50 Pf Inc M1 - ponta do projétil pintada de alumínio

- car .50 Pf Inc Tr M1 - ponta do projétil pintada de vermelho e alumínio

- car .50 Na - cartucho e projétil cromados, cartucho perfurado.


Metralhadora Cal .50 M2
DESENVOLVIMENTO – Desmontagem 1º Esc
A desmontagem de 1º Escalão da Mtr .50 M2QCB é precedida de 6 (seis)
Medidas preliminares, considerando a arma sem munição. São elas:

1) Coloque a Mtr na posição de tiro-a-tiro, na figura ao lado a Mtr está


na posição automática;

2) Abra a tampa da caixa da culatra (2), levante o transportador/ejetor de cartuchos


e retire da entrada de alimentação a cinta de munições, caso esteja presente;

3) Traga a alavanca de manejo (3) para a retaguarda, fazendo retroceder


totalmente o ferrolho. Se a Mtr está ajustada para um tiro somente, o conjunto
do cano-caixeta-ferrolho permanecerá a retaguarda; e

4) Inspecione visualmente a câmara e a ranhura em ‘T’ para certificar-se que estejam


sem cartuchos;

Nota: Não feche a tampa da caixa da culatra com o ferrolho a retaguarda.

5) Pressione a tecla do retém do ferrolho e libere-o para frente, segurando-o com


a alavanca de manejo; e

6) Feche a tampa da caixa da culatra.

A desmontagem de 1º escalão é executada pela guarnição da Mtr .50, visando a manutenção de


1º escalão ou seja, limpeza e lubrificação, e se compõe de 06 (seis) operações:
DESENVOLVIMENTO – Desmontagem 1º Esc
1ª) Retirada do cano
- Abra a tampa da caixa da culatra (3), agindo nas alavancas de manejos recue levemente o conjunto cano-caixeta-ferrolho,
e, coloque o anel mais fino de um elo metálico entre a caixeta e a mesa de alimentação, em seguida, leve o conjunto
suavemente à frente, até que o elo metálico fique preso entre a caixeta e a mesa de alimentação.
- Na posição do atirador, gire a alça de transporte do cano até a posição vertical, a qual faz com que o cano gire para
direita até o batente, em seguida puxá-lo para frente, retirando-o da arma.

Nota: A utilização do elo tem por finalidade coincidir a mola duplo ressalto retém do cano (1) com o furo (2)
existente do lado direito da caixa da culatra, abaixo da mesa de alimentação. Esse procedimento é necessário para
liberar o cano.

Nota: Assegure-se que a alça de transporte do cano está instalada corretamente. Caso a Mtr atire com a alça de
transporte do cano instalada incorretamente podem haver falhas, danos e lesões pessoais.
DESENVOLVIMENTO – Desmontagem 1º Esc
2ª) Retirada do bloco de fechamento
- Identificar o retém do trinco (3) do bloco de fechamento e o trinco (4);
- Verificar se a tecla do retém do ferrolho está solta; e
- Puxar para trás o retém do trinco (3) do bloco de fechamento e para cima o trinco (4) do bloco de fechamento, em
seguida, levante o bloco (1) com ambas as mãos pelos punhos, retirando-o da caixa da culatra.
DESENVOLVIMENTO – Desmontagem 1º Esc
3ª) Retirada da mola recuperadora
- Com o polegar, forçar a haste-guia da mola recuperadora (1) para a esquerda e puxá-la para trás.
DESENVOLVIMENTO – Desmontagem 1º Esc
4ª) Retirada da alavanca de manejo e seu pino
- Trazer a alavanca de manejo auxiliar e o pino da alavanca de manejo (2) até os cortes em forma de meia lua, existentes
nas corrediças laterais da caixa da culatra. Após coincidi-los com os cortes, basta puxá-los para fora da arma.
DESENVOLVIMENTO – Desmontagem 1º Esc
5ª) Retirada do conjunto caixeta-ferrolho-armação
- Com o auxílio de um toca pino (7), forçar para dentro a mola retém da armação, pelo furo existente na parte posterior
direita da caixa da culatra (2). Simultaneamente, empurrar para trás o sistema caixeta-ferrolho-armação (8), retirando-o do
interior da caixa da culatra.
DESENVOLVIMENTO – Desmontagem 1º Esc
6ª) Separar o conjunto caixeta-ferrolho-armação
- Retirar o ferrolho (10) da caixeta puxando-o para a retaguarda; e
- Empurrar o acelerador (1) para a frente, separando a caixeta (8) da armação (12).
DESENVOLVIMENTO – Montagem
Terminada a desmontagem de 1º escalão, as peças deverão estar dispostas, da esquerda para direita,
na seguinte ordem:
- Cano;
- Bloco de fechamento;
- Mola recuperadora e haste guia da mola recuperadora;
- Alavanca auxiliar de manejo e pino da alavanca de manejo;
- Ferrolho;
- Caixeta; e
- Armação.

Montagem de 1º escalão:
- A montagem de 1° escalão é a operação inversa da desmontagem, sendo mais delicada e mais difícil, começando pelo ponto
em que terminou a desmontagem.

Medidas Complementares
A montagem de 1º escalão completa-se com a execução das seguintes medidas complementares:

- Fechar a tampa da caixa da culatra;


- Engatilhar a arma;
- Desengatilhar a arma.
FIM DA 1ª PARTE
DESENVOLVIMENTO – Funcionamento
Para melhor compreensão do funcionamento partiremos do momento em que houve o primeiro tiro, observando-se em
seguida as fases de recuo e avanço das peças móveis, conforme a Apostila Armt Leve - Volume II e suas respectivas
páginas descritas ao lado de cada fase, bem como os vídeos de apoio (Funcionamento M2HB .50_01 e Funcionamento
M2HB .50_02):

A - RECUO DAS PEÇAS MÓVEIS

a) Princípio físico utilizado (Pg. 137)


- "Ação e Reação".

b) Ação dos gases (Pg. 137)


- A queima progressiva da pólvora dá origem à formação de gases cuja força de expansão age em todos os sentidos.

c) Curto recuo do cano (Pg. 137)

d) Destrancamento (Pg. 137 e 138)

e) Abertura (Pg. 138)

f) Extração (Pg. 138 e 139)

g) Engatilhamento 1ª fase (Pg. 139 e 140)

h) Apresentação do cartucho 1ª fase (Pg. 140 e 141)

i) Alimentação 1ª fase (Pg. 141)


DESENVOLVIMENTO – Funcionamento da M2QCB
B- AVANÇO DAS PEÇAS MÓVEIS

a) Apresentação do cartucho 2ª fase e ejeção (Pg. 141 e 142)

b) Carregamento (Pg. 142)

c) Trancamento (Pg. 142 e 143)

d) Engatilhamento 2ª fase (Pg. 143 e 144)

e) Alimentação 2ª fase (Pg. 144 e 145)

f) Desengatilhamento (Pg. 145)

g) Disparo (Pg. 145)

h) Percussão (Pg. 145)


DESENVOLVIMENTO – Inspeção da M2QCB
ATENÇÃO:
- A montagem da peça Nr 6 (Fig. 01 - Corrediça do gatilho) deve ser executada conforme as
Fig. 01 e 02, (da esquerda para a direita), caso a mesma seja montada invertida (Fig. 03)
o solenóide de disparo do REMAX não conseguirá acionar à mesma, e, consequentemente
não ocorrerá o desengatilhamento-disparo-percussão.

Fig. 01 Fig. 02 Fig. 03


DESENVOLVIMENTO – Calibragem da M2QCB
ATENÇÃO:
- Após a montagem do cano é necessário a verificação da calibragem da folga de carregamento (Fig. 01). Porém na Mtr .50 M2QCB, diferente da Mtr .50
M2HB, esse procedimento consiste de apenas conferir se o Calibrador “NO GO .212” (Fig. 02), que acompanha a arma, não está entrando no espaço entre o
ferrolho e o conjunto cano-caixeta, caso o mesmo entre o cano está condenado.

Nota: Não utilizar o calibrador “GO”/“NO GO” da Mtr .50 M2HB (Fig. 03), pois a medida do mesmo é diferente do calibrador da Mtr .50 M2QCB.

- A calibragem de tempo de percussão (Fig. 04) ou sincronismo da Mtr .50 M2QCB não é realizada pelo operador, tendo em vista que a porca do parafuso de
sincronismo encontra-se fixada, não sendo sendo possível ajustá-la.

Nota: É obrigatório após a montagem da arma e antes de realizar o tiro fazer a conferência com os calibradores “No fire .116” e “Fire .020” da seguinte forma:
1º) Introduzir o calibrador “No fire .116” entre a caixeta e a mesa de alimentação. A arma não deve desengatilhar; e
2º) Introduzir o calibrador “Fire .020” entre a caixeta e a mesa de alimentação. A arma deve desengatilhar.

Fig. 01 Fig. 02 Fig. 03 Fig. 04


DESENVOLVIMENTO – Quadro de incidentes de tiro
TIPO DE C A U S A CORREÇÃO
INCIDENTE
FALHA NA 1. Virola do estojo quebrada. * Remover.
EXTRAÇÃO 2. Ranhura extratora quebrada. * Substituir.
3. Folga excessiva ou insuficiente. * Regular.
FALHA NA EJEÇÃO 1. Ejetor quebrado. * Substituir.
2. Mola do ressalto de rotação quebrada. * Substituir.
FALHA NO 1. Alavanca de armar gasta ou quebrada. * Substituir.
ENGATILHAMENTO 2. Mola do gatilho intermediário quebrada. * Substituir.
3. Ressalto da extensão do percussor ou ressalto do * Substituir.
gatilho intermediário gasto ou quebrado.

1. Talão do gatilho intermediário gasto ou* Substituir.


FALHA NO quebrado. * Substituir.
DESENGATILHA- 2. Alav. do gat. intermediário gasta ou quebrada. * Montar no
MENTO 3. Alav. do gat. Intermediário montada no local local correto.
errado.
DESENVOLVIMENTO – Quadro de incidentes de tiro
FALHA 1. Pino do batente da mola do percussor* Substituir.
NO quebrado. * Substituir.
DISPARO 2. Mola do percussor quebrada.
FALHA NA 1. Ponta do percussor gasta ou quebrada. * Substituir.
PERCUSSAO

FALHA NO 1. Estojo rompido no interior da câmara. * Remover.


CARREGAMENTO 2. Mola recuperadora quebrada. * Substituir.
3. Munição defeituosa. * Substituir.

FALHA NA 1. Mola do ressalto de rotação quebrada. * Substituir.


APRESENTAÇÃO 2. Batentes do cartucho trocados. * Destrocar.
FALHA 1. Posicionamento incorreto fita de munição. * Reposicionar.
NA 2. Retém da fita quebrado. * Substituir.
ALIMENTAÇÃO 3. Molas do retém da fita quebradas * Substituir.
4. Talão da alav. do impulsor quebrado. * Substituir.

NEGA 1. Munição defeituosa. * Substituir.


CONCLUSÃO
Pratique a desmontagem e manejo da Mtr em sua OM!

Aço, boina preta, Brasil!

Você também pode gostar