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Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Departamento de Engenharia – Campus Angicos


Curso: Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia
Disciplina: AEN2283 – Mecânica dos Solos I | Sem.: 2023.1
Docente: Thâmara Dayane Batista Alves

Discente: wilson silas cunha Matrícula: 2023012410


Lista de exercícios 1 – Unidade I
Conteúdo: Origem e formação dos solos

1) Descreva, de maneira sucinta, os processos de formação rocha - solo. Comente a


possibilidade de em um perfil qualquer de solo encontrarmos uma camada de solo
residual sobrejacente a uma camada de solo sedimentar.
A formação de rocha-solo envolve vários processos geológicos ao longo de um período
de tempo significativo. A rocha original passa por intemperismo físico e químico,
resultando em fragmentação, dissolução e alteração mineral. Esse processo é influenciado
por fatores como clima, temperatura, umidade, pressão e a presença de organismos vivos.
À medida que a rocha se fragmenta, o material resultante pode se acumular na superfície,
formando o solo residual. O solo residual é composto pelos minerais da rocha original,
juntamente com matéria orgânica, água e ar. Esse tipo de solo geralmente é encontrado
em regiões onde o intemperismo foi o principal processo de formação do solo.
No entanto, em outros locais, o solo pode ser formado por depósitos sedimentares. Esses
depósitos são compostos por partículas minerais que foram transportadas e depositadas
por água, vento, gelo ou gravidade. O solo sedimentar pode conter sedimentos de
diferentes origens geológicas e pode ser encontrado em camadas sobrejacentes ao solo
residual ou à rocha subjacente.
Portanto, é possível encontrar uma camada de solo residual sobrejacente a uma camada
de solo sedimentar, principalmente em áreas onde ocorreram processos de intemperismo
e erosão da rocha original, seguidos pelo transporte e deposição dos sedimentos
resultantes em outra área. Essa sobreposição de camadas de solo pode ser observada em
perfis de solo, revelando a história geológica e os processos que ocorreram ao longo do
tempo.
2) Distinga intemperismo físico de intemperismo químico citando as principais
características dos solos formados pela predominância de um ou outro tipo de
intemperismo.
A principal diferença entre eles está na maneira como a rocha é alterada e na composição
e características do solo resultante.
O intemperismo físico refere-se à quebra mecânica da rocha original em partículas
menores, sem alterar a composição química dos minerais presentes. Alguns dos principais
processos de intemperismo físico incluem ação do gelo, expansão e contração térmica,
abrasão por vento e água, pressão de raízes de plantas e atividades de organismos.
Por outro lado, o intemperismo químico envolve reações químicas que alteram a
composição dos minerais presentes na rocha. A água é um agente importante nesse
processo, dissolvendo certos minerais e promovendo a formação de novos compostos
químicos.
Em resumo, o intemperismo físico resulta na fragmentação mecânica da rocha, enquanto
o intemperismo químico envolve reações químicas que alteram a composição mineral.

3) Fale sobre a influência do agente de transporte na formação de solos sedimentares


(se possível desenhar curvas granulométricas típicas para diferentes agentes de
transporte). Descreva um perfil de solo residual, citando as características
predominantes de cada horizonte de intemperismo.
Cada agente de transporte seleciona os grãos que transporta com maior ou menor
facilidade, durante o transporte, as partículas de solo se desgastam ou quebram. Resulta
daí um tipo diferente de solo para cada tipo de transporte. Solos eólicos, solos aluvionares,
solos marinhos, solos fluviais, solos pluviais, solos glaciais e solos coluvionares.
4) Fale sobre as principais diferenças entre as partículas de textura grossa e fina e
como cada um destes grupos influi nas características dos solos (estrutura,
sensibilidade, atividade, etc).]
Entende se por textura o tamanho relativo e a distribuição das partículas sólidas que
formam os solos. Pela sua textura os solos podem ser classificados em solos Grossos e
solos finos, esta divisão é fundamental no entendimento do comportamento dos solos pois
a depender do tamanho predominante das suas partículas as forças de campo
influenciando em seu comportamento serão gravitacionais ou elétricas.
A superfície das partículas argilo minerais possui uma carga elétrica negativa cuja
intensidade depende das características do argilo mineral considerado, as atividades
decorrem dessa carga. Solos finos possuem uma estrutura mais elaborada que o solo
grosso e possuem sensibilidade menor.
5) O que são solos?
Misturas de partículas pequenas que se diferenciam pelo tamanho e pela composição
química.
Misturas naturais de um ou diversos minerais (às vezes com matéria orgânica) que podem
ser separados por processos mecânicos simples, tais como agitação em água ou manuseio.
Numa conceituação mais simplista, o solo seria todo material que pudesse ser escavado,
sem o emprego de técnicas especiais, como, por exemplo, explosivos.
O solo forma a fina camada superficial que recobre quase toda a crosta terrestre e no seu
estado natural apresenta-se composto de partículas sólidas, líquidas e gasosas.
6) Quais são os tipos de solos de acordo com sua origem? Caracterize-os.
SOLOS RESIDUAIS – O material resultante do intemperismo permanece sobre a rocha
que lhe deu origem.
SOLOS TRANSPORTADOS – Acúmulo do resíduo do intemperismo de uma rocha em
local diferente do de formação;
SOLOS ORGÂNICOS – Solos com elevado teor de matéria orgânica visíveis a olho nu
ou no estado coloidal.
SOLOS LATERÍTICOS – Solos superficiais, típicos das partes bem drenadas das regiões
tropicais úmidas, resultante de uma transformação da parte superior do subsolo pela
atuação do intemperismo

7) Descreva um exemplo de transporte de partículas e como ocorre a alteração das


partículas (diferente do exemplo utilizado em sala de aula)?
O transporte de partículas ocorre quando a água em movimento carrega sedimentos ao
longo de um curso d'água. Durante o transporte, as partículas podem ser movidas por salto
e arrasto, enquanto as partículas menores podem ser mantidas em suspensão. A deposição
das partículas ocorre quando a energia da água diminui, resultando em decantação e
deposição por suspensão. Ao longo desse processo, as partículas podem sofrer alterações
físicas e químicas devido a forças de atrito, colisão e interações com substâncias
dissolvidas na água.
8) Descreva, de maneira sucinta, os arranjos estruturais típicos de solos grossos e
finos, enfatizando o porquê da complexidade e variação estrutural dos solos finos.
Os arranjos estruturais típicos dos solos podem variar de acordo com a textura do solo,
sendo classificados como solos grossos (areia, areia grossa) ou solos finos (silte, argila).
Os solos grossos, como a areia e a areia grossa, têm partículas maiores e são compostos
principalmente por grãos de areia. Esses solos geralmente apresentam uma estrutura
granular solta, com pouca ou nenhuma coesão entre as partículas. A estrutura granular
permite uma boa drenagem de água e uma boa permeabilidade, o que torna esses solos
geralmente bem drenados.
Os solos finos, como o silte e a argila, possuem partículas menores e apresentam uma
maior complexidade e variação estrutural. A estrutura dos solos finos é influenciada por
vários fatores, como o tamanho e a forma das partículas, a quantidade de matéria orgânica
presente, a atividade biológica e a mineralogia dos minerais presentes.
A complexidade e a variação estrutural dos solos finos são devidas principalmente à
capacidade das partículas menores se unirem e formarem agregados. Esses agregados
podem se organizar em diferentes padrões estruturais, como: estrutura em blocos estrutura
em flocos, estrutura em placa, estrutura em prismas.
9) Quais os principais agentes ou processos que predominam no intemperismo físico
e químico? Qual o tipo de intemperismo predominante no interior do Nordeste? E
nas regiões Sul e Sudeste do país? Explique por quê.
No intemperismo físico, os principais agentes ou processos envolvidos são:
Congelamento e descongelamento: Ocorre quando a água presente nas rachaduras e poros
da rocha congela e se expande, exercendo pressão sobre a rocha. Com a repetição desse
processo, a rocha pode se fragmentar.
Ação das raízes: O crescimento das raízes das plantas pode exercer pressão sobre as
rochas, causando sua fragmentação.
Variações de temperatura: Mudanças na temperatura levam a expansão e contração dos
minerais da rocha, resultando em rachaduras e eventual desagregação.
Ação do vento: O vento pode transportar partículas abrasivas que colidem com a rocha,
causando desgaste físico.
Já no intemperismo químico, os principais processos envolvidos são:
Hidrólise: A água reage com os minerais da rocha, alterando sua composição química.
Oxidação: Ocorre quando minerais reagem com o oxigênio, resultando na formação de
óxidos.
Carbonatação: O dióxido de carbono presente na atmosfera reage com a água, formando
ácido carbônico, que pode dissolver certos minerais, como o calcário.
Dissolução: Certos minerais podem se dissolver diretamente na água, como no caso da
halita (sal de cozinha).
No interior do Nordeste do Brasil, o tipo de intemperismo predominante é o intemperismo
físico. Essa região é caracterizada por um clima semiárido, com baixos índices
pluviométricos e altas temperaturas. A falta de umidade limita a ação do intemperismo
químico, enquanto as variações de temperatura, o vento e a ação das raízes das plantas
têm um papel mais significativo na fragmentação das rochas.
Já nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, o intemperismo químico é mais predominante.
Essas regiões possuem um clima mais úmido, com maior precipitação ao longo do ano.
A presença de umidade favorece a ação dos processos químicos, como hidrólise e
dissolução, que ocorrem em maior intensidade nessas regiões. Além disso, a vegetação
densa nessas áreas também contribui para a liberação de ácidos orgânicos que aceleram
o intemperismo químico.
10) Comente a textura de solos coluvionares, aluvionares (pluviais e fluviais) e
eólicos e que problemas estes solos podem apresentar as obras assentes sobre eles.
Os solos coluvionares são formados por material transportado pela gravidade, geralmente
proveniente de encostas e morros adjacentes. Esses solos apresentam uma textura variada,
dependendo do material que foi transportado e depositado. Podem conter uma mistura de
areia, silte, argila e fragmentos de rochas. A textura dos solos coluvionares pode ser
heterogênea, com variações ao longo do perfil do solo.
Os solos aluvionares são formados por depósitos de sedimentos transportados e
depositados por água, tanto em ambientes pluviais (chuvas) quanto fluviais (rios). Os
solos aluvionares pluviais são formados por sedimentos transportados e depositados pela
água da chuva, geralmente em encostas ou planícies inclinadas. Esses solos podem
apresentar textura variada, com mistura de partículas de diferentes tamanhos, como areia,
silte e argila.
Os solos aluvionares fluviais são formados por sedimentos transportados e depositados
por rios. Esses solos são frequentemente compostos por sedimentos finos, como silte e
argila, juntamente com areia e fragmentos de rochas. A textura dos solos aluvionares
fluviais pode variar ao longo do curso do rio, dependendo da velocidade da água e do tipo
de sedimento transportado.
Os solos eólicos são formados pela ação do vento, que transporta e deposita partículas
minerais finas, como areia fina e silte, em áreas desprotegidas. Esses solos, muitas vezes,
têm uma textura granular e podem ser compostos principalmente por partículas de
tamanho semelhante.
Os problemas que esses tipos de solos podem apresentar para obras assentadas sobre eles
podem variar de acordo com suas características físicas e geotécnicas. Alguns possíveis
problemas incluem:
Estabilidade: Solos coluvionares podem ser instáveis devido à sua heterogeneidade e à
possibilidade de conter fragmentos de rochas soltas. Isso pode afetar a estabilidade de
estruturas construídas sobre eles, como edifícios ou estradas.
Compressibilidade: Solos aluvionares pluviais e fluviais podem ser compostos por
sedimentos finos, como silte e argila, que são mais suscetíveis à compressão. Isso pode
resultar em problemas de assentamento diferencial e afundamento das estruturas
construídas sobre eles.
Permeabilidade: Solos aluvionares podem ter variações na permeabilidade ao longo do
perfil, dependendo da textura e da compactação. Isso pode afetar a drenagem das obras e
a possibilidade de acúmulo de água, levando a problemas de umidade e instabilidade.
Erosão: Solos aluvionares fluviais e eólicos podem ser mais suscetíveis à erosão,
especialmente quando expostos a altas velocidades de água ou vento. Isso pode resultar
em perda de solo e instabilidade das obras.
11) Explique por que o quartzo forma a fração mineralógica predominante nos solos
grossos.
O quartzo é um mineral muito resistente e estável quimicamente. Isso significa que ele é
menos suscetível à decomposição química durante os processos de intemperismo em
comparação com outros minerais presentes nas rochas.
Nos solos grossos, que são compostos principalmente por partículas de areia e fragmentos
maiores, o quartzo é mais abundante devido à sua maior resistência ao intemperismo
físico e químico. Enquanto outros minerais menos resistentes são mais facilmente
desintegrados e decompostos, o quartzo permanece intacto e é preservado no solo.
Como o quartzo é muito resistente, ele permanece como um dos principais constituintes
minerais das partículas de areia nesses solos.nAlém de sua resistência, o quartzo também
é muito comum nas rochas que são fonte dos solos grossos.
Portanto, a combinação de sua resistência ao intemperismo, sua abundância nas rochas
fonte e sua preservação durante os processos de desintegração e transporte faz com que o
quartzo forme a fração mineralógica predominante nos solos grossos.
12) Descreva um perfil típico de solo residual, citando as principais características
de cada horizonte. Como deve variar a resistência a compressão simples de um solo
residual ao longo de seu perfil de intemperismo?
A rocha sã passa paulatinamente à rocha fraturada, depois ao saprolito, ao solo residual
jovem e ao solo residual maduro. A rocha alterada caracteriza−se por uma matriz de
rocha possuindo intrusões de solo, locais onde o intemperismo atuou de forma mais
eficiente. O solo saprolítico ainda guarda características da rocha mãe e tem basicamente
os mesmos minerais, porém a sua resistência já se encontra bastante reduzida. Este pode
ser caracterizado como uma matriz de solo envolvendo grandes pedaços de rocha
altamente alterada, denominados de matacões.
O solo residual jovem apresenta boa quantidade de material que pode ser classificado
como pedregulho (# > 4,8 mm). Geralmente são bastante irregulares quanto a resistência
mecânica, coloração, permeabilidade e compressibilidade, já que o processo de
transformação não se dá em igual intensidade em todos os pontos, os solos maduros, mais
próximos à superfície, são mais homogêneos e não apresentam semelhanças com a rocha
original. De uma forma geral, há um aumento da resistência ao cisalhamento do, da
textura (granulometria) e da heterogeneidade do solo com a profundidad
13) Fale sobre a influência do clima no tipo de intemperismo. Quais os principais
agentes dos intemperismos físico e químico? Quais as características principais dos
solos formados por um ou outro tipo de intemperismo?
A água é um fator fundamental no desenvolvimento do intemperismo químico da rocha.
Deste modo, regiões com altos índices de pluviosidade e altos valores de umidade relativa
do ar tendem a apresentar uma predominância de intemperismo do tipo químico, o
contrário ocorrendo em regiões de clima seco.
Os principais agentes do intemperismo físico são: variações de temperatura, repuxo
coloidal, ciclos de gelo/degelo e alívio de pressões.
Entre os processos de intemperismo químico destacam−se: hidrólise, hidratação e
carbonatação. O intemperismo químico possui um poder de desagregação da rocha muito
maior do que o físico.
Deste modo, solos gerados por intemperismo químico tendem a ser mais profundos e mais
finos do que aqueles solos formados pelo intemperismo físico. Além disto, os solos
originados a partir do intemperismo físico apresentarão uma composição química
semelhante à da rocha mãe, ao contrário daqueles formados por ação do intemperismo
químico.
14) Diferencie solos colapsáveis de solos expansivos. Quais os principais problemas
de engenharia relacionados com estes solos e que cuidados podemos tomar para
evitá-los?
Solos Colapsáveis:
Os solos colapsáveis são compostos por partículas soltas, geralmente argilosas, que são
suscetíveis a um colapso súbito quando são saturadas com água.
Esse colapso ocorre devido à reorganização das partículas, resultando em uma diminuição
significativa do volume do solo.
A capacidade de suporte de carga do solo colapsável é drasticamente reduzida após o
colapso, o que pode levar a problemas de assentamento e afundamento de estruturas
construídas sobre eles.
Solos Expansivos:
Os solos expansivos, por outro lado, têm a capacidade de se expandir significativamente
quando molhados e encolher quando secos.
Essa expansão e contração resultam das propriedades físicas dos minerais presentes no
solo, como a presença de argilas expansivas, que têm a capacidade de absorver e reter
água.
O aumento no volume dos solos expansivos quando molhados pode causar pressões
hidrostáticas, levando a tensões e deformações nas estruturas construídas sobre eles.
Quando secos, esses solos podem retrair, causando rachaduras e afundamento das
estruturas.
Principais Problemas de Engenharia:
Tanto os solos colapsáveis quanto os solos expansivos apresentam desafios significativos
para a engenharia geotécnica e a construção civil.
Os problemas associados a esses solos incluem assentamento diferencial de fundações,
rachaduras em estruturas, movimentação de pisos e paredes, distorção de tubulações e
danos em estruturas devido à variação de volume.
Além disso, a presença desses solos pode comprometer a estabilidade global de taludes e
encostas.
Cuidados para Evitar Problemas:
A investigação geotécnica adequada é fundamental para identificar a presença de solos
colapsáveis ou expansivos antes da construção. Isso envolve análises de solo, testes
laboratoriais e avaliação de campo.
A adoção de técnicas construtivas adequadas é essencial para lidar com esses solos
problemáticos. Medidas como pré-adensamento, compactação controlada, uso de
geossintéticos, melhoramento do solo e drenagem podem ser aplicadas para reduzir os
riscos associados a esses solos.
O projeto de fundações e estruturas deve levar em consideração as propriedades e o
comportamento desses solos, garantindo a escolha de fundações apropriadas e a
implementação de medidas de mitigação, como o uso de lajes de fundação e estacas
especiais.
É importante realizar monitoramento contínuo durante e após a construção para
identificar quaisquer problemas em potencial e tomar medidas corretivas adequadas.
15) Quais as principais características da camada de solo saprolítico do perfil de
intemperismo e que problemas são geralmente associados com esta camada durante
a fase de investigação do subsolo?
Composição: O solo saprolítico é composto por minerais intemperizados provenientes da
rocha subjacente. Pode conter fragmentos de rochas desintegradas, argilas, areias e
minerais intemperizados.
Cor: A coloração do solo saprolítico pode variar dependendo dos minerais presentes e do
grau de intemperismo. Pode apresentar uma coloração avermelhada, amarelada ou
acinzentada.
Estrutura: A estrutura do solo saprolítico pode ser mais ou menos fragmentada,
dependendo do grau de alteração da rocha subjacente. Pode variar de uma estrutura
maciça, com pouca estruturação, até uma estrutura laminar ou em blocos.
Porosidade: O solo saprolítico pode apresentar uma porosidade significativa devido à
presença de espaços vazios entre as partículas e fraturas resultantes do intemperismo.
Essa porosidade influencia a capacidade de drenagem e armazenamento de água do solo.
Compressibilidade: O solo saprolítico pode ser relativamente compressível devido à
presença de partículas intemperizadas e fraturas. Essa compressibilidade pode influenciar
a capacidade de suporte de carga do solo e o comportamento das estruturas construídas
sobre ele.
Problemas associados com a camada de solo saprolítico:
Dificuldade de amostragem: A amostragem do solo saprolítico pode ser desafiadora
devido à sua natureza fragmentada e heterogênea. A obtenção de amostras representativas
pode ser difícil, o que pode afetar a precisão das análises laboratoriais e a compreensão
das propriedades geotécnicas do solo.
Variações na resistência e comportamento: A camada de solo saprolítico pode apresentar
variações significativas nas propriedades geotécnicas ao longo do perfil de intemperismo.
Isso pode incluir variações na resistência, permeabilidade e compressibilidade, o que
pode afetar o projeto e a construção das fundações e estruturas.
Descontinuidades e fraturas: A presença de descontinuidades, como fraturas, no solo
saprolítico pode afetar a estabilidade e o comportamento das estruturas. Essas fraturas
podem influenciar a distribuição de tensões e a drenagem do solo, além de facilitar a
movimentação de água.
16) Em regiões onde há predominância do intemperismo químico e a ocorrência de
rochas com pouca presença de minerais resistentes ao intemperismo (ex: basalto),
que tipos de ensaios de caracterização seriam mais adequados para se prever o
comportamento do solo, granulometria ou limites de consistência?
O tipo de ensaio mais adequado é o de limites de consistência, pois o solo gerado
por intemperismo químico tem diâmetro inferior à 0,0075 mm, não obtendo
resultados satisfatórios em ensaios de peneiramento, apenas em ensaios de sedimentação
e de limites de consistência.
17) O que você entende por laterização? Qual a importância dos solos lateríticos na
engenharia civil?
O processo de laterização é típico de regiões onde há uma nítida separação entre períodos
chuvosos e secos e é caracterizado pela lavagem da sílica coloidal dos horizontes
superiores do solo, com posterior deposição desta em horizontes mais profundos,
resultando em solos superficiais com altas concentrações de óxidos de ferro e alumínio.
Os solos lateríticos desempenham um papel importante na engenharia civil,
especialmente em regiões tropicais e subtropicais, onde são amplamente encontrados.
Como em materiais de construção, estabilidade de taludes, fundações, durabilidade etc.
18) Fale sobre os solos orgânicos. Qual a influência da presença dos solos orgânicos
nas obras de engenharia civil?
A presença de solos orgânicos nas obras de engenharia civil pode apresentar desafios,
como compressibilidade, baixa capacidade de suporte de carga, estabilidade e erosão. É
importante considerar essas características e adotar medidas adequadas de projeto,
construção e estabilização para lidar com os solos orgânicos e garantir a segurança e o
desempenho das estruturas. Uma avaliação geotécnica detalhada e a orientação de
profissionais especializados em geotecnia são fundamentais ao lidar com esses solos.
19) Faça um resumo sobre os tipos de solos transportados apresentados em sala de
aula, falando sobre suas principais características em termos geotécnicos.
Solos Aluviais: São formados pelo transporte e deposição de sedimentos por rios.
Possuem uma ampla distribuição granulométrica, comumente composto por areia, silte e
argila. Esses solos geralmente apresentam alta permeabilidade, boa capacidade de
drenagem e elevada capacidade de suporte de carga.
Solos Coluviais: São formados pelo transporte e deposição de sedimentos por processos
de gravidade, como deslizamentos de encostas e movimentos de massas. Podem conter
uma mistura de fragmentos de rochas, areia, silte e argila. Os solos coluvionares podem
ser heterogêneos em termos de granulometria e composição mineralógica. Suas
características geotécnicas variam dependendo dos materiais transportados, mas
geralmente apresentam baixa coesão e menor resistência.
Solos Eólicos: São formados pelo transporte e deposição de sedimentos pelo vento. São
compostos principalmente por partículas finas, como areia fina, silte e argila. Os solos
eólicos geralmente têm boa drenagem e alta porosidade, mas sua resistência pode ser
baixa devido ao tamanho das partículas e à falta de coesão.
Solos Glaciais: São formados pelo transporte e deposição de sedimentos por geleiras.
Esses solos variam amplamente em sua granulometria, desde areia e cascalho até argila.
Os solos glaciais podem apresentar alta compactação e densidade, bem como alta
resistência e capacidade de suporte de carga.
Solos Lacustres: São formados pelo transporte e deposição de sedimentos em lagos ou
lagoas. Esses solos podem variar em sua composição granulométrica, desde areia e
cascalho até silte e argila. Os solos lacustres geralmente têm alta retenção de água, baixa
permeabilidade e podem ser compressíveis.
Bom desempenho!

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