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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI

Fundação de Apoio à Escola Técnica - FAETEC

ETE JOÃO LUIZ DO NASCIMENTO

NOTAS DE AULA - TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES


2º TRIMESTRE

CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES

PROF: WAGNER LUIZ ALVES DA SILVA

e-mail: profwag77@gmail.com
Limpeza do terreno

Modalidades

• Carpir → Terrenos com vegetação rasteira e arbustiva - Uso apenas da enxada


• Roçar → Terrenos com árvores de pequeno porte. - Uso de enxada e da foice
• Destocar → Terrenos com árvores de grande porte, necessitando desgalhar / serrar o tronco / remover
parte da raiz.
- Manual : machado / cortar galhos / cavadeiras / serrote / enxadão
- Mecânico: uso de máquinas (motosserra / escavadeira)

• Retirada do entulho→ Realizada após a limpeza do terreno, em caçambas/caminhões basculantes/


sacos.
- Manual : serventes / pás / carros-de-mão / jerica
- Mecânico: Retroescavadeira / Bobcat

Exercício (PCRJ-Ag de engenharia 2011) O serviço de limpeza de uma obra resultará em um volume
total de 400 m3 de entulho, a serem retirados por caminhões, cuja capacidade é de 8 m3. O tempo de ciclo
do caminhão, isto é, o tempo gasto para o caminhão ser carregado, transportar os resíduos e retornar a
obra é de 2 h. Sabendo que este serviço deve ser realizado em, no máximo, 5 dias úteis de 8 h.
Calcule o número mínimo de caminhões que devem ser utilizados simultaneamente (por ciclo).

Terraplenagem ou terraplanagem

- Terrapleno → “ terra cheia ou cheio de terra”


- Serviço que objetiva atender um projeto topográfico.
- Visa aplainar e aterrar um terreno.

- Compreende as etapas de:

1 Escavações (cortes)
2 Carga
3 Transporte
4 Descarga (aterro e bota-fora)
5 Espalhamento
6 Compactação
7 Acabamento (nivelamento)

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- Movimento de terra: É a parte da terraplenagem que se dedica ao transporte, ou seja, a entrada e saída
de terra no canteiro de obras (podendo eventualmente incluir escavações (cortes) e aterros, dependendo
do equipamento empregado).
O movimento de terra pode ser:

• Manual → Executado pelo homem, com pá, enxada.


Transporte em carrinho de mão.
• Motorizado → Quando são usados no transporte caminhões basculantes e o desmonte poderá ser
manual ou mecânico com escavadeiras ou mini escavadeira (Bobcat)
• Mecanizado → Quando o transporte é realizado pela mesma máquina que faz o desmonte.
Ex: Scrape ou moto-scrape
• Hidráulico → Quando o veículo transportador é a água.
Ex: Dragagem (Draglines e Draga-escavadeira)

Empolamento: É o aumento do volume de terra, causado por seu deslocamento (na escavação), passando
do seu estado natural, para o estado solto ou fofo, expressado em %.

Ex:
MATERIAL Empolamento (%)
Argilas 40
Terra 25
Areias 12
• Solos desconfinados 40

Vc = 1,4 * Vn

Vc → volume de corte
Vn → volume natural do talude

Contração quando compactado → Aterros e reaterros


Contração usual → 30 %

Va = 1,3 * Vn
Va → volume do aterro

- Máquinas utilizadas na terraplanagem podem ser: motrizes e operacionais

Classificação dos equipamentos de Terraplenagem

Unidade (de):

• Tração → Trator esteira / pneumático (com rodas)

• Escavo-empurradoras → Trator de esteira com lâmina (Bulldozer)


de pneus com lâmina

• Escavo-transportadoras → “Scraper” ou moto-scraper

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• Escavo-carregadoras

→ Pás-carregadeiras (esteira / de pneus)


→ Escavadeiras (pá-mecânica) - lança c/ pá frontal (Shovel)
- lança c/ caçamba de arrasto (Dragline)
- lança c/ caçamba de acionamento hidráulico
- lança c/ caçamba mandíbula - Dragline (Clam-Shell)
- lança c/ caçamba retroescavadeira (Back Shovel)

• Aplainadoras (espalhamento e acabamento) → Motoniveladora (Plaina ou “Patrol”)

• Transporte → Caminhão basculante / Caminhão fora de estrada

• Compactadores (acabamento) → Rolos lisos - p/solos arenosos (não coesivos)


Pé-de-carneiro - p/solos argilosos e silte (solos coesivos),
* não indicado para solos arenosos, pois apenas
revolvem o material sem compactar.
Vibratórios
Pneumáticos – em serviços de acabamento /
na compactação de maciços terrosos/
em pavimentos betuminosos.

Terraplenagem

Classificação de materiais para escavação

1ª Categoria: terras em geral, argilas, rochas em adiantado estado de decomposição (saibro) e seixos
com diâmetro máximo de 15 cm.

2ª Categoria: rochas com resistência à penetração mecânica inferior ao granito.

3ª Categoria: rochas com resistência à penetração mecânica igual ou superior ao granito.

Material para aterro:


- Não são recomendados turfas, argilas orgânicas, solos com material orgânico, entre outros.

Compactação - em camadas de 20 cm para compactação manual


em camadas que variam entre 27 e 40 cm, dependendo do equipamento

Exercício 01: Em uma obra está prevista uma escavação e transporte de 100 m3 de argila seca.
Calcule o tempo aproximado em horas, necessário para executar o serviço com uma retroescavadeira com
capacidade de 0,5 m3 e um caminhão caçamba com capacidade de 8 m3.
Dados:
- empolamento da argila = 40%
- tempo fixo = 30 s (tempo de ciclo da retro)
- tempo variável = 15 min (tempo de ciclo do caminhão caçamba)

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Exercício 02:

Exercício 03: No terreno abaixo calcule o volume de corte e o nº de caminhões para transportar o bota-
fora. Dado: Vcaminhão = 10m3 ,Terreno 10 x 25 m, solo argiloso, Empolamento: 40%, → Vc = 1,4  Vn .

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Exercício 04: No terreno abaixo calcule o volume de aterro e o nº de caminhões.
Dado: Vcaminhão = 10m3 ,Terreno 10 x 25 m, solo argiloso, Empolamento: 30%, → Va = 1,3  Vn .

Exercício 05: No perfil do terreno abaixo calcule os volumes de aterro /corte, e o nº de caminhões para
transportar a compra ou o bota-fora do solo. Dado: Vcaminhão = 10m3 ,Terreno 8 x 25 m, solo argiloso,
Empolamento: 40%, → Vc = 1,4  Vn . Va = 1,3  Vn. Considere: x = 5m

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Implantação do canteiro de obras (introdução)
- Organizado de acordo com as necessidades e volumes da obra.
- Suas áreas não podem gerar conflitos na circulação entre operários, equipamentos, produção.
- Visam otimizar a produção.
- Tapume e placa de obras
- Após a licença de obra deve ser feito um tapume (madeirite 2,20 m x 1,00 m / OSB), isolando a obra,
evitando projetar materiais na rua.
- Ligações Provisórias (água / esgoto / luz)

• Água - Áreas com rede pública : • Construção de abrigo para cavalete e hidrômetro conforme
norma da concessionária ( Cedae / águas do Imperador /
águas de Juturnaíba / Sabesp)
• Pedido de ligação

- Áreas sem rede pública: • Abertura de poços (freáticos / semi-artesianos / artesiano)


• Esgoto - Áreas com rede pública : • Pedido de ligação

- Áreas sem rede pública: • Sistema de tratamento individualizado de esgoto


(Fossa / Filtro-Anaeróbio / Sumidouro)

• Luz : • Construção do padrão de ligação conforme concessionária (Light / Ampla)


• Pedido de ligação

Obras de pequeno porte

- Barracão (4,30 m x 3,30 m), para depósito de material perecível e instalação sanitária.
- Depósito de material não perecível
- Centrais de produção de Formas, Armações, Argamassa e Concreto, etc...

→ Ocupam e disputam áreas dentro da construção quando os terrenos são pequenos (terrenos urbanos)

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Locação da obra
→ Etapa de transferência das medidas da construção projetada para o terreno.
Porte da obra - Pequeno → Métodos simples (esquadro / prumo de centro / nível de bolha)
- Grande → Auxílio da Topografia (Teodolito / níveis topográficos / mira)

Métodos construtivos - Processo dos cavaletes


- Processo da Tábua corrida / Gabarito / Tabeira

Processo dos cavaletes


- Alinhamentos fixados por pregos cravados em cavaletes.
- Não confiável → Cavalete sujeito a deslocamentos por colisões de funcionários e equipamentos.
- Distribuem-se cavaletes de madeira no terreno, alinhados com os eixos da planta locação.
- Linhas auxiliares são fixadas nos cavaletes para alinhamento do alicerce e sua vala.

Processo da Tábua Corrida (Gabarito ou Tabeira)


- Elaboração do gabarito da obra conforme a planta de locação.
- Cravação de pontaletes aprumados de Pinho (3” x 3”) no solo a 50 cm de profundidade, afastados entre
si de 1,50 m e a 1,20 m do perímetro da construção.
- Tábuas de 20 ou 30 cm são fixadas e niveladas ao longo dos pontaletes, demarcando o gabarito (cinta
em volta da área construída), a 1m do solo.
- Verificação das dimensões e esquadro perfeito do gabarito (esquadro metálico / processo do triângulo
retângulo – 3 x 4 x 5).
- Pregos são fincados nas tábuas com as mesmas distâncias entre os eixos da construção projetada (planta
de locação), marcando os eixos na face interna das tábuas (letras e números). Faz-se o mesmo nas tábuas
opostas.
- Linhas ou Arames são esticados entre pregos do mesmo eixo. Verifica-se o esquadro.
- Marca-se as estacas com um prumo de centro, fincando um piquete de madeira (Peroba – 2,5 x 2,5 x 2,5
cm) e pinta-se de laranja (para sinalização e a 15cm de profundidade; evita desaprumos devido ao bate-
estaca em movimento).
- Pregos Auxiliares e menores são fincados na tábua para alinhamento das paredes / Alicerces / e valas de
fundação).
- Processo confiável.
- A locação deve ser feita sempre pelo eixo da parede / alicerce / vala, e nunca pela espessura,
distribuindo igualitariamente as dimensões, caso as espessuras de paredes não fiquem idênticas ao
projeto.
- Deve ser executada pelo engenheiro. Quando realizada pelo mestre, o engenheiro deve verificar
esquadros / nivelamento e dimensões com a planta de locação.
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Fundações
Definição: São elementos estruturais encarregados de transmitir ao solo as cargas de uma edificação.
- Devem ter resistência adequada para suportar tensões geradas pela sobrecarga.
Classificadas em:
1) Fundações diretas (superficiais ou rasas)
• Blocos (isolados/ corridos)
• Sapata isolada
• Sapata corrida ou contínua
• Sapata associada
• Sapata alavancada (excêntrica)
• Radier

2) Fundações indiretas ou profundas


• Estacas - pré moldadas
- moldadas em loco
• Tubulões *
• Caixão *

* consideradas fundações diretas e profundas por alguns autores.

Escolha da fundação adequada


- Sobrecarga da edificação
- Resistência do solo (tensão admissível)
- Construções vizinhas
- Complexidade e custo
- Nível d'água (N.A)
- Fundações correspondem de 3 a 10% do custo total da obra, porém se forem mal concebidas encarecem
5 a 10 vezes o custo da solução adequada.

Fundações Diretas (fácil execução e baixo custo)


- A carga é transmitida ao solo por pressões na base da fundação.
- A profundidade de assentamento é menor que duas vezes a menor dimensão da fundação, e até 2m.
desenho
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Fundação Indireta (Profundas)
- A carga é transmitida ao solo por pressões na base (resistência de ponta) e por atrito lateral (atrito no
fuste).
- Profundidade maior que o dobro da menor dimensão, e a pelo menos 3 m.
desenho

Tipos de Fundações Diretas (apostila de fundação da USP)

Blocos de Fundações (• isolados / • corridos → alicerce)


- Utilizados com pequenas cargas em terrenos resistentes (s  0,1 Mpa ou 1kgf/cm2).
Ex: Sobrados ou edificações com sobrecarga < 400 kN
- Elementos de grande rigidez, ligados por vigas “baldrames”.
- Construídos em concreto simples e ciclópico (sem armadura e com pedra de mão); alvenaria de pedra de
mão argamassada ou não; alvenaria de tijolos romanos argamassada ou não.
- Utilizados quando a camada resistente do solo estiver entre 0,5 e 1 m de profundidade.
- Possuem altura relativamente grande, necessária para trabalharem essencialmente à compressão e
absorverem os esforços de tração pelo próprio material, sem necessidade de armadura.
- Formas: comum ou escalonável (degraus).
* Explicar o que é alvenaria de embasamento (alvenaria entre a fundação e o respaldo da fundação, ou
seja é a alvenaria entre a base da cinta de fundação e a fundação, responsável por conter o re-aterro da
fundação), e Respaldo da fundação (final da fundação e início da parede) e alvenaria de elevação.
- Alicerces (blocos corridos) → Utilizados em pequenas residências / Suportam cargas provenientes de
paredes autoportantes / São cintados e impermeabilizados contra a ascensão capilar de umidade (água de
capilaridade).
- Cintas → Absorvem recalques diferenciais e distribuição das cargas de parede na fundação.

Sequência de execução do bloco


1- Abertura da vala.
2- Apiloamento do fundo da vala (compactação).
3- Execução do lastro de concreto magro de 5 a 10 cm de espessura.
4- Execução - Montagem das formas do bloco.
5- Concretagem do bloco
6- Execução da cinta de amarração.
7- Impermeabilização (argamassa polimérica / emulsão asfáltica / acrílica)

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Sapatas
- Pequena altura em relação a base ( < 45 ).
- Executadas em concreto armado.
- Trabalham principalmente à flexão.
- Formas: Quadrada / Retangular / Hexagonal / Octogonal
- Podem ser: Isoladas / De divisa com viga de equilíbrio (alavancada) / Associada / Corrida.

Sapata isolada
- Transmitir para o solo a carga de um pilar através de sua base.
- Um projeto econômico deve ser feito com o maior número possível de sapatas isoladas.
- Forma: Quadrada / Retangular
desenho

Sequência de execução da sapata


1- Escavação e limpeza da vala + apiloamento (compactação).
2- Lastro de concreto magro (5 a 10 cm) para nivelamento da vala.
3- Posicionamento da forma conforme tabeira (gabarito de locação).
4- Colocação da armadura da sapata.
5- Colocação da armadura de arranque do pilar (pé-de-galinha).
6- Concretagem da base com vibrador.
7- Concretagem da parte inclinada com vibração manual.
8- Viga baldrame (cintamento inferior).
9- Impermeabilização.
Desenho

Sapata associada
- Solução adotada quando ocorre no projeto a superposição de duas ou mais sapatas .
- Deve-se evitar essa solução, buscando sempre usar sapatas isoladas (economicamente viáveis),
mesmo com bases alternativas.
desenho

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Sapata corrida
- Boa distribuição da sobrecarga na edificação no terreno
- Absorvem melhor recalques diferenciais
- Boa solução Econômica enquanto sua área em relação à da edificação não ultrapasse 50%, senão radier.
- Econômicas quanto às formas, são contínuas ou até desnecessárias, quando concretados direto nas
cavas.
desenho

Sapata de Divisa (excêntrica / alavancada com viga de equilíbrio ou não)


- Solução adotada para sapatas dispostas em regiões limítrofes com terrenos vizinhos, sem que ocorra
avanço da sapata no lote vizinho.
- Centro de gravidade do pilar difere da sapata → solução: armação no pilar para resistir a tração
provocada pelo momento fletor, ou armação com viga de equilíbrio.

Desenhos

* um pilar absorve o momento resultante na excentricidade do outro.

Radier → Sistema de fundação que reúne num só elemento de transmissão de carga, um conjunto de
pilares.
- Placa de concreto armado.
- Utilizado em solos de baixa resistência (Ex: argila mole --- (s ≤ 0,5 kgf/cm2).
- Peça monolítica → Minimiza recalques diferenciais (alta rigidez).
- Custo inicial elevado.
- Resistem à compressão; a momentos provenientes de pilares carregados diferencialmente; e a
momentos por pressões ocasionais do lençol freático (necessidade de armadura negativa).
- Impõe a realização precoce de todos os serviços enterrados na área do radier (instalações sanitárias /
drenagem / gás, ...)
- Devem ser impermeabilizados.
- Aplicam baixas tensões no solo, já que sua área de contato é levada ( = P / A)
- Alturas usuais para casas populares: 10 cm ≤ h ≤ 20 cm), acima disso o custo será muito elevado.
* México → Solo de baixíssima resistência (prédios apoiados em radiers estaqueado).
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Exercícios de Fundações

1) Para construção de uma edícula centralizada em 5 m x 3 m, adotou-se uma fundação em bloco


corrido de concreto ciclópico com largura 50 cm e altura 50 cm. As valas foram abertas com folga
de 30 cm nas laterais e na profundidade.

Calcule:
a) O volume total da escavação (corte). Dado Vc = 1,4  Vn

b) O volume de concreto ciclópico desta fundação, considerando 5% de perda.

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2) Uma residência será construída com 13 sapatas isoladas de 1,2 m por 1,2 m, com tronco de
pirâmide e pescoço conforme esquemas abaixo:

Calcule:

a) O volume de corte para as escavações das cavas. Dado Vc = 1,4  Vn

b) O volume de concreto para as sapatas (base / tronco / pescoço), considerando uma perda de
10% .

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Escoramentos de valas: Técnica usada quando não for mais possível escavar apenas com taludes.
- Estrutura provisória para construção de obras enterradas ou assentamento de tubulações.
- São compostos de: Paredes, Longarinas, Estroncas (escoras) e Tirantes

Presentes num sistema de contenção de vala Aumentam a estabilidade dos taludes

• Paredes → - Parte em contato direto com o solo a ser contido.


- Vertical (placas ou chapas em madeira / aço / concreto)

• Longarinas → - Travam longitudinalmente e na horizontal as paredes.


- Vigas de madeira ou Aço

• Estroncas (escoras /trabalham à compressão) → Travam perpendicularmente as longarinas./


-Comprimento máx = 12 m
- Vigas de madeira ou aço contraventadas ou com apoios intermediários.

• Tirantes → - Possuem a mesma função da estroncas, mas trabalham a tração.


- São introduzidos no solo a ser contido, ancorados (bulbo) e tracionados.
- Vantagens: Alta capacidade de carga / Simplicidade construtiva / Espaço na escavação /
Reduzem o risco de prejuízo à edificações vizinhas.
- Desvantagens: Custo elevado.

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Rebaixamento do lençol freático

- Técnica usada na construção de prédios com subsolos, barragens, túneis, metrô, assentamento de
tubulações enterradas, isto é, escavações abaixo do lençol freático.
- Consiste em bombear o lençol freático (gradiente hidráulico), desviando linhas de fluxo da área de
trabalho abaixando o nível da água (NA) na região (alteração das condições naturais do subsolo).
- Dependendo do tipo de solo (solo frágil e vizinhança com fundações diretas), deve ser descartado
(alternativa para contenção de águas vizinhas → parede-diafragma).
- Estudo preliminar → Definição do método / Registro dos diversos níveis de água do subsolo / Medição
do volume de água que se infiltra e que será bombeada / Análise de recalques em imóveis vizinhos /
Impacto Ambiental / Estudo geológico da região para pesquisa de incidência de cavernas / Necessidade
de injeção de água em lotes vizinhos (p/ proteção de edificações adjacentes às zonas de recalques).
- Temporário ou Permanente

Efeitos negativos (do rebaixamento)


- Redução da umidade de terrenos vizinhos / Morte da vegetação de porte.
- Redução do NA de córregos abastecidos pelo lençol freático.
- Adensamento de terrenos vizinhos.
➔ Rompimento de tubulações
➔ Recalques diferenciais em prédios vizinhos (Trincas, rachaduras, descolamento de paredes).
➔ Afundamento de pisos, calçadas, corredores.
➔ Abertura de crateras - Carreamento de subsolo
- Desmoronamento de cavernas

Métodos
- Bombeamento direto (esgotamento da vala)
- Ponteiras filtrantes (sistema de poços filtrantes)

➔ Usados em solos moles (baixa consistência )


➔ Simplicidade e baixo custo
➔ Evitam carreamento de partículas de solo
➔ Concentram o rebaixamento às imediações da linha de ponteira
➔ Rebaixamento de no máximo 7 m
➔ Mais usual

- Poços profundos
- Eletrosmose, etc.
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