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Em uma vasta e antiga floresta, onde as árvores dançavam com

os ventos e os riachos murmuravam segredos antigos, havia


uma árvore diferente de todas as outras. Era uma árvore
solitária, um carvalho majestoso, que se erguia em um pequeno
claro. Enquanto as outras árvores formavam densos
agrupamentos, esta árvore permanecia sozinha, mas não
solitária.

Ela era conhecida pelos habitantes da floresta como "Solitária",


e seu nome apropriado refletia seu espírito único. As estações
vinham e iam, mas Solitária permanecia imóvel, suas raízes
profundas na terra, sua copa alta tocando o céu. Suas folhas
variavam do verde vibrante da primavera ao dourado reluzente
do outono, uma exibição solitária de cores em meio ao verde da
floresta.

Animais da floresta frequentemente visitavam Solitária,


buscando abrigo sob sua copa acolhedora ou compartilhando
suas histórias. Corujas pousavam em seus galhos para
contemplar as estrelas à noite, e esquilos brincavam ao redor
de suas raízes. As histórias e os segredos que essa árvore
testemunhava ao longo dos anos a tornavam uma guardiã
silenciosa das vidas que passavam por ali.

As estações transformaram Solitária, moldando-a como uma


testemunha silenciosa do tempo. Quando o inverno chegava, ela
se mantinha forte sob o peso da neve, seu silêncio ecoando
através das colinas brancas. Quando a primavera retornava, ela
brotava com nova vida, suas folhas surgindo como um sinal de
esperança.

Um dia, um jovem viajante entrou na floresta. Ele estava em


busca de algo que ele mesmo não sabia definir. Ao se deparar
com Solitária, sentiu uma sensação de tranquilidade e conexão.
Ele se sentou aos pés da árvore e compartilhou seus
pensamentos e desejos, como se Solitária pudesse entender.

Com o passar do tempo, o jovem viajante voltava


frequentemente para visitar Solitária. Ele compartilhava suas
alegrias e tristezas, suas conquistas e frustrações. Solitária
parecia absorver suas palavras, oferecendo conforto silencioso
através de sua mera presença.

Eventualmente, o jovem viajante encontrou o que estava


procurando, não muito longe dali. Era uma clareira cercada por
flores selvagens, um lugar de beleza serena. Ele percebeu que a
árvore solitária o havia guiado para este lugar, ensinando-lhe
que mesmo a solidão pode ser um presente, uma oportunidade
de encontrar seu próprio caminho.

E assim, o jovem viajante continuou suas jornadas, mas nunca


esqueceu a árvore solitária que o ajudou a encontrar a beleza
na solitude. Solitária permaneceu lá, uma testemunha paciente,
lembrando a todos que estar sozinho não significa estar vazio, e
que cada ser tem um propósito único neste mundo.

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